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Plural de Cidade:
Novos Léxicos Urbanos
PLURAL DE CIDADE:
NOVOS LÉXICOS URBANOS
ORGA NI ZADORES
CARLOS FORTUNA
ROGERIO PROENÇA LEITE
EDITOR
EDIÇÕES ALMEDINA. SA
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3000-174 Coimbra
Tel.: 239 851 904
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Setembro, 2009
DEPÓSITO LEGAL
297901/09
I – FORTUNA, Carlos
II – LEITE, Rogério Proença
CDU 316
711
SUMÁRIO
Apresentação 7
2. Enobrecimento urbano 25
Silvana Rubino
3. Requalificação urbana 41
Paulo Peixoto
6. Cidade e urbanidade 83
Carlos Fortuna
Não existe contexto urbano dado a priori, apenas aquele construído por
análises e interpretações. As cidades têm sido estudadas, de longa data, por
diversas ciências, e nisso reside uma força, bem como desafios decorrentes
da natureza dos debates multidisciplinares em torno de tal objeto. Entre tais
interlocuções – tanto as proveitosas1 quanto outras mais ásperas ou confli-
tuosas2 que marcam esses diálogos –, deter-me-ei principalmente ao campo
das ciências sociais, com ênfase na antropologia urbana,3 em certas interfa-
ces com a sociologia. A partir desse ponto de vista, é possível delinear temas,
âmbitos e fronteiras que demarcam a própria cidade – ainda mais porque a
inserção nesse campo só faz sentido quando voltada ao fortalecimento disci-
plinar, com objetos e métodos próprios que dialoguem e busquem incorpo-
rar, numa perspectiva hierárquica, outros campos de saber.
Tratar-se-á aqui do contexto urbano4 redefinido principalmente pelo ciclo
de modernidade ocorrido a partir de meados do século XIX, assinalado por um
forte desenraizamento populacional do campo, industrialização e mudanças
1
Sobre a prática da interdisciplinaridade como processo controlado de empréstimos
recíprocos para a realização de leituras renovadas da realidade social, ver Lepetit (2001
[1990]: 31-43).
2
Um exemplo reside nas interlocuções entre urbanistas e cientistas sociais, já que os
primeiros, muitas vezes comprometidos com a consecução de projetos, costumam recorrer
a categorias problemáticas, como “êxito” ou “fracasso” (Rivière d’Arc, 2003), ao passo que
aos pesquisadores cabe, dentre outras, a produção de uma crítica radical das idéias corren-
tes e da racionalidade dominante (Kowarick, 2000: 117-34).
3
Sobre a constituição de uma antropologia urbana brasileira e portuguesa no campo
dos estudos urbanos, ver Velho (1999) e Cordeiro (2003); sobre as interlocuções entre
antropologia e sociologia brasileiras, ver Frúgoli Jr. (2005).
4
Uma representação corrente sobre a formação das cidades ocidentais nos remete,
em geral, ao declínio do feudalismo e à formação do capitalismo; isso é, todavia, alvo de
controvérsias, já que para certos autores, uma significativa dimensão citadina – troca, infor-
mação, vida cultural – articulara-se já no período medieval (Le Goff, 1998). Outro desafio
diz respeito à própria delimitação do que sejam cidades ocidentais; em Pamuk (2007
[2003]) há uma rara descrição literária, marcada pela melancolia (hüzün), sobre Istambul
(Turquia) – metrópole situada numa fronteira particular entre Oriente e Ocidente –,
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incluindo uma reconstituição dos olhares estrangeiros ocidentais sobre a mesma, como o
de Le Corbusier (2007 [1966]).
5
Para uma interpretação instigante sobre a modernidade como um regime de desigual-
dades e diferenças, ver Clark (2004 [1984]).
6
Coube a Jacobs (2003 [1961]) uma definição referencial de diversidade urbana, com
base em sua experiência de moradora e freqüentadora das ruas de Greenwich Village (Nova
York), ao defender a vitalidade das ruas, marcadas pela convivência envolvendo uma grande
diversidade de tipos humanos, mas tornada possível através da variedade de funções e de
um sentido comunitário existente. Sua crítica à suburbanização norte-americana e às pers-
pectivas modernistas inspiradas em Le Corbusier, entretanto, foram depois ressignificadas
por arquitetos pós-modernos, que definiram uma “estética da diversidade” articulada
a interesses do mercado imobiliário (Harvey, 1992: 69-96). Em São Paulo, gestores de
políticas voltadas à “requalificação urbana” (Frúgoli Jr., 2000) têm recentemente acionado
discursivamente a noção de diversidade para combater a suposta homogeneidade de
áreas urbanas marcadas apenas pela pobreza, invertendo um uso político costumeiro do
conceito, ligado à ampliação de grupos constitutivos, e não à sua restrição. Deve-se, assim,
pensar numa reconstituição antropológica das matrizes discursivas de tal visão urbanística,
que retome e aprofunde a idéia de diversidade como conceito crítico.
7
Ver um cenário detalhado em Waizbort (2000), especialmente no capítulo “A cidade,
grande e moderna” (p. 311-40).
8
Segundo Vandenberghe (2005), em Simmel nem sociedade nem indivíduo como tais
seriam reais, a não ser por suas implicações recíprocas.
9
Para mais detalhes sobre a noção de interação social em Simmel e suas influências
posteriores, ver o capítulo de Fraya Frehse desta coletânea.
A CIDADE NO DIÁLOGO ENTRE DISCIPLINAS 55
10
Ver quadro detalhado em Eufrasio (1999).
11
Tal questão é mapeada com clareza por Levine (1971); sobre as influências de Park na
Escola de Chicago, ver Becker (1996).
12
Para mais detalhes, ver Hannerz (1980: 19-58).
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13
As articulações teóricas entre Wirth e Redfield são trabalhadas em profundidade por
Hannerz (1980: 59-118).
14
Com destaque inicial para Castells (1983 [1972]).
A CIDADE NO DIÁLOGO ENTRE DISCIPLINAS 57
15
Para um panorama a respeito do contexto brasileiro, ver Kowarick (1997), lembrando
que várias reflexões em curso na América Latina sobre redemocratização e cidadania pas-
savam consideravelmente pelo crivo desses enfoques.
16
Ver um balanço do campo da antropologia urbana brasileira do período, com enfo-
ques sobre o que a autora denomina “alteridade próxima”, em Peirano (1999).
17
Num balanço mais recente, Fonseca (2005) avalia os riscos ligados a etnografias da
pobreza cujos textos adquirem uma problemática dimensão militante, mas também aponta
os limites de abordagens centradas apenas em etnia, gênero e geração, buscando manter
aberta a hipótese da classe social como um dos organizadores de idéias e comportamentos.
18
Que inclui a Escola de Manchester, que não será aqui abordada.
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19
Ver mais detalhes na entrevista com Joseph (2000).
A CIDADE NO DIÁLOGO ENTRE DISCIPLINAS 59
20
Para uma análise instigante sobre a formação de múltiplas redes locais e suas articu-
lações com contextos mais abrangentes, assentada no bairro da Alfama (Lisboa), ver Costa
(1999).
21
Que não devem ser encaradas, mostra o autor, apenas em sua positividade, pois no
interior das mesmas pode-se observar várias modalidades de clientelismo.
22
Como já propusera Hannerz (1980).
23
O que implica uma visão crítica sobre os diálogos anteriores entre história e antro-
pologia estabelecidos por Darnton (1986) com a perspectiva geertziana, ambos ligados a
uma visão da cultura como mundo de signos plenamente compartilhados (Lepetit, 1998
[1993]: 85-6).
60 PLURAL DE CIDADE: NOVOS LÉXICOS URBANOS
24
Seu escopo de pesquisas também abrange cidades africanas, e mais recentemente,
outras cidades latino-americanas.
25
Ainda que se definam pontos de partida etnográficos situados em bairros periféricos,
marcados por distintos graus de pobreza, precariedade e informalidade.
A CIDADE NO DIÁLOGO ENTRE DISCIPLINAS 61
26
Na tradução para o português desse estudo de Grafmeyer, a palavra citadin (citadino),
muito recorrente no texto, torna-se cidadão, com prejuízos para uma presença mais precisa
do termo, lembrando aqui as considerações já citadas de Joseph (2005 [1998]).
27
Que não serão tratados neste texto.
28
Um importante desdobramento dessa análise encontra-se em Gupta e Ferguson
(1997).
29
Talvez seja mais apropriado traduzir multi-sited ethnography para etnografia multi-
-localizada do que multi-situada, já que a segunda pode remeter, inadvertidamente, ao
conceito de «situação».
62 PLURAL DE CIDADE: NOVOS LÉXICOS URBANOS
30
Para uma ótima problematização a respeito, ver Herzfeld (2006).
31
Outros tópicos relevantes sobre a prática etnográfica no contexto urbano podem ser
obtidos, nessa coletânea, no capítulo escrito por José Guilherme Magnani.
32
Na Inglaterra, França e Estados Unidos, muitas pesquisas antropológicas voltaram-
se a contextos situados em outros países, embora tal característica venha passando por
inflexões (Peirano, 2006 [1998]).
A CIDADE NO DIÁLOGO ENTRE DISCIPLINAS 63
33
Anthropology at home.
34
Ver a abordagem sobre territorialidade itinerante em Perlongher (1987).
35
Muito sinteticamente, a capacidade humana abstrata para o social, sem a determi-
nação do caráter da relação, com ênfase no conceito de pessoa (Strathern, 1999: 54-5).
36
Ver mais detalhes em Frúgoli Jr. (2007).
64 PLURAL DE CIDADE: NOVOS LÉXICOS URBANOS
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Carlos Fortuna
Ph. D. em Sociologia (State University of New York – Binghamton), é professor
catedrático da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra e investigador
do Centro de Estudos Sociais. Coordenador científico dos Programas de Mestrado
e de Doutoramento em “Cidades e Culturas Urbanas”. É o coordenador português
da “Rede Brasil-Portugal de Estudos Urbanos” (CPLP/CNPq e CAPES-FCT). É autor
de Identidades, Percursos e Paisagens Culturais (Oeiras, Celta, 1999) e editor de Cidade,
Cultura e Globalização (Oeiras, Celta, 1997) e Projecto e Circunstância: Culturas Urbanas em
Portugal (Porto, Afrontamento, 2002), entre outras publicações.
Clarissa Gagliardi
Turismóloga, docente da PUC São Paulo e pesquisadora do Observatório das
Metrópoles (São Paulo). Mestre em Valorização e Gestão de Centros Históricos pela
Università La Sapienza di Roma. É mestre em Planejamento Turístico e em Sociologia
e encontra-se em fase final de doutoramento no Programa de Estudos Pós-Graduados
em Ciências Sociais da PUC-SP.
338 PLURAL DE CIDADE: NOVOS LÉXICOS URBANOS
Claudino Ferreira
Doutor em Sociologia pela Universidade de Coimbra, Director da Revista Critica de
Ciências Sociais, professor e investigador do Centro de Estudos Sociais e da Faculdade
de Economia da U. Coimbra. Entre outras publicações, é autor de “A Expo’98 e os
imaginários do Portugal contemporâneo: cultura, celebração e políticas de represen-
tação” (Coimbra, 2005).
Cristina Meneguello
Doutora em História, professora do Departamento de História da Faculdade de
Filosofia e Ciências Humanas da UNICAMP, investigadora do Centro Interdisciplinar
de Estudos sobre a Cidade (CIEC). É autora, entre outros títulos, de Da Ruína ao Edifí-
cio, Editora Annablume, 2008.
Eugénia Rodrigues
Socióloga, é docente do Departamento de Sociologia, Instituto de Ciências Sociais
da Universidade do Minho e investigadora do Centro de Investigação em Ciências
Sociais (CICS). Tem desenvolvido pesquisa sobre “Modos de Monitorização Leiga do
Ambiente”. Trabalha em áreas que articulam os Estudos Sociais da Ciência e da Tec-
nologia e a Sociologia do Ambiente. Entre as suas publicações encontra-se “Monito-
rização da qualidade ambiental e dinâmicas de participação pública: potencialidades
e práticas da monitorização leiga”, Actas da 9ª Conferência Nacional do Ambiente, 2007.
Fraya Frehse
Doutora em Antropologia Social, professora de Sociologia da Faculdade de Filoso-
fia, Letras e Ciências Humanas da USP. É investigadora associada do Núcleo de Antro-
pologia Urbana da USP. É autora, entre outros, de O Tempo das Ruas na São Paulo de Fins
do Império (Edusp, 2005).
Lucia Bógus
Doutora em Arquitetura pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP, pes-
quisadora do CNPq, Professora Titular do Departamento de Sociologia da PUC-SP.
Investigadora e coordenadora do Observatório das Metrópoles / São Paulo. É co-edi-
tora dos Cadernos Metrópole e autora, entre outros trabalhos, de Como Anda São Paulo
(EDUC/SP, 2006), em colaboração com Suzana Pasternak.
Paulo Peixoto
Doutor em Sociologia, professor na Faculdade de Economia da Universidade de
Coimbra, investigador do Centro de Estudos Sociais – Laboratório Associado. Direc-
tor Executivo do CES, é autor, dentre outras, de “O passado ainda não começou:
funções e estatuto dos centros históricos co contexto urbano português” (Coimbra,
2006)
Silvana Rubino
Doutora em Ciências Sociais pela UNICAMP, com Pós-Doutoramento em Sociolo-
gia pela École des Hautes Ètudes en Sciences Sociales, Paris. É professora e Directora
do Departamento de História Universidade Estadual de Campinas. É autora, dentre
outras, de “A Curious Blend? City revitalization, gentrification and commodification
in Brazil”, in Rowland Atkinson e Gary Bridge (eds.), Gentrification in a Global Context:
The new urban colonialism. Londres: Routledge.