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Normas da Corregedoria Geral – TJSP

Teoria e Exercícios
Prof. Róger Aguiar – Aula 00

AULA 00:
NORMAS DA CORREGEDORIA GERAL DE JUSTIÇA DO TJSP
E LEI DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA

SUMÁRIO PÁGINA
1. DO PROFESSOR 1
2. APRESENTAÇÃO DO CURSO 2
3. CRONOGRAMA DO CURSO 2
4. FÓRUM DE DÚVIDAS 3
5. AULA DEMONSTRATIVA 3
6. LEI DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA 3
7. BASE CONCEITUAL 6
8. DAS DISPOSIÇÕES GERAIS DA LEI DE IMPROBIDADE 6
9. O POLO ATIVO DA RELAÇÃO JURÍDICA DE IMPROBIDADE 7
10. O POLO PASSIVO DA RELAÇÃO JURÍDICA DE IMPROBIDADE 7
11. OBSERVAÇÕES GERAIS DA PARTE INTRODUTÓRIA DA LEI 8
12. DAS QUESTÕES GABARITADAS E COMENTADAS 9
13. LISTA DAS QUESTÕES ESTUDADAS NA AULA DE HOJE 13

Ol@’! Queridos alunos, meus cumprimentos a todos!

Sejam muito bem-vindos a nossa aula 0 do Curso de Normas


da Corregedoria Geral de Justiça do TJSP e da Lei de
Improbidade Administrativa.

1. DO PROFESSOR

Meu nome é Róger Aguiar. Sou servidor público do Poder Judiciário há 20


anos e conheço profundamente a estrutura do Poder Judiciário.
Atualmente sou Oficial de Gabinete de Desembargador Federal do
Tribunal Regional Federal da 1ª Região. Sou bacharel em Direito e
mestrando em Direito e Políticas Públicas, professor Universitário de
Graduação e Pós-Graduação em Direito. Aqui no Estratégia, ministro
cursos de legislação específica, dentre outras matérias.

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2. APRESENTAÇÃO DO CURSO

Bem, pessoal, eu tenho por hábito fazer uma breve apresentação do


curso antes de iniciarmos a parte teórica. Qual a importância da nossa
matéria?

As normas da Corregedoria são consideradas legislação específica e, por


isso, têm grande importância para o concurso. A matéria costuma ser um
diferencial nos concursos públicos, pois tem características
“selecionantes” (permitam-me a invenção do termo).

Toda legislação específica é estudada, normalmente, a partir da


legislação. Não há disponíveis, no mercado, obras doutrinárias prontas e
sistematizadas, tal como ocorre com outras matérias mais comuns, tal
como Direito Constitucional, Português, Matemática etc.

Então, no geral, os alunos têm a mesma fonte de conhecimento e, como a


matéria não é estudada em outro concurso, os alunos têm mais ou menos
o mesmo pré-conhecimento de seu conteúdo, o que faz a concorrência se
estabelecer em “bloco” mais ou menos homogêneo.

Este curso pretende lhe oferecer um diferencial competitivo, dando-lhe


informações importantes sobre o Provimento. Uma aula de legislação
específica, como esta, pretende explicar a matéria de forma didática,
explicar os termos técnicos, os pontos mais importantes e prováveis em
prova. Esse é o nosso desafio e a nossa proposta!

Aqui você tem um material importante para o seu concurso. Uma aula
técnica sobre o conteúdo da legislação específica e eu incluo nessas
características o estudo da Lei de Improbidade Administrativa.

Juntos vamos abordar os pontos do nosso conteúdo de forma a lhe dar as


condições didáticas de conhecimento para que você venha a gabaritar a
matéria e, como foi dito, ter uma vantagem competitiva importante no
seu certame.

3. CRONOGRAMA DO CURSO

Normas de Corregedoria e Lei 8.429/92 p/ TJ/SP (Escrevente)

Aula 00 (14/09/2012): Lei 8.429/92 - Improbidade Administrativa (Teoria


e Exercícios)

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Aula 01 (14/09/2012): NORMAS DA CORREGEDORIA GERAL DA JUSTIÇA


(Teoria e Exercícios)

Aula 02 (19/10/2012): Lei 8.429/92 - Improbidade Administrativa (Teoria


e Exercícios)

Aula 03 (19/10/2012): NORMAS DA CORREGEDORIA GERAL DA JUSTIÇA


(Teoria e Exercícios)

Aula 04 (26/10/2012): Lei 8.429/92 - Improbidade Administrativa (Teoria


e Exercícios)

Aula 05 (26/10/2012): NORMAS DA CORREGEDORIA GERAL DA JUSTIÇA


(Teoria e Exercícios)

4. FÓRUM DE DÚVIDAS

Pessoal, é fundamental que você elabore suas dúvidas no nosso fórum de


questões da área do aluno em nosso sítio. Participe! Pergunte a matéria!
Questione! Isso é parte essencial do processo ensino-aprendizagem,
principalmente nos cursos à distância. Estou te esperando lá, ok?

5. AULA DEMONSTRATIVA

Segue a aula demonstrativa do nosso curso, para que você tenha uma
ideia da metodologia. O curso será de teoria e de exercícios. Faço um
alerta de que não é comum encontrarmos questões de concursos
anteriores, em grande quantidade, disponíveis na internet ou em livros de
provas comentadas. Por isso, as questões também serão elaboradas pelo
professor, conforme o perfil da banca, combinado?

6. LEI DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA

Vamos iniciar com a natureza jurídica dessa lei.

A Lei de Improbidade Administrativa é a Lei 8.429, de 02 de junho de


1992. Assume especial relevo no cenário político, jurídico, social e
econômico do país, pois tem por objetivo disciplinar efetiva atividade de
controle administrativo e combate à corrupção no poder público.

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ATENÇÃO! A Lei 8.429/92 dispõe sobre a definição de “improbidade


administrativa”, sendo estudada no âmbito do Direito Administrativo.
Muito cobrado em prova de concursos públicos sobre sua natureza.

A LEI DE IMPROBIDADE NÃO DEFINE CRIME. ELA NÃO É DE NATUREZA


PENAL. A LEI DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA NÃO É DE NATUREZA
ADMINISTRATIVA (apesar de ser estudada em Direito Administrativo). A
LEI DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA NÃO É DE NATUREZA
CONSTITUCIONAL (apesar de uma previsão da norma da Lei Maior).

A Lei de Improbidade Administrativa é norma de natureza civil. As


condutas descritas na lei como de improbidade são administrativas, mas
as consequências da improbidade convergem para a responsabilidade civil
do agente que venha a praticar os atos definidos como de improbidade
administrativa.

Existe sim 1 “tipo penal” na Lei de Improbidade:

CAPÍTULO VI

Das Disposições Penais

Art. 19. Constitui crime a representação por ato de


improbidade contra agente público ou terceiro
beneficiário, quando o autor da denúncia o sabe
inocente.

Pena: detenção de seis a dez meses e multa.

O crime é definido na hipótese de pessoa acusar outra pela prática de


improbidade, sabendo que essa pessoa é inocente. Isso pode gerar à
vítima da “falsa acusação” sérios problemas quanto à sua imagem. Tanto
assim que a legislação afirma que além da sanção penal, o denunciante
(criminoso) está sujeito a indenizar o denunciado (a vítima da falsa
acusação) pelos danos materiais, morais ou à imagem que houver
provocado.

A responsabilidade penal gera prisão, multa penal e restrição de direitos.


A responsabilidade administrativa gera advertência, suspensão ou
demissão do cargo. A responsabilidade civil gera a obrigação de
devolução de valores desviados ou o pagamento pelos danos causados.

A intenção da lei de improbidade é a de impor ao acusado pela


irregularidade administrativa consequências políticas, civis e
administrativas. Tanto assim que no art. 32, §4º, da Constituição da

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República vem disposto que os atos de improbidade administrativa


importarão a suspensão dos direitos políticos (consequências políticas), a
perda da função pública (consequências administrativas), a
indisponibilidade dos bens (consequências civis) e o ressarcimento ao
erário (consequências civis), na forma e gradação previstas em lei, sem
prejuízo da ação penal cabível.

Viu que nada é dito quanto à prisão? Quem pratica improbidade não tem
como consequência, por esse fato isolado, a prisão. Isso prova que a
improbidade não é penal. Em Direito dizemos que o que não é penal, é
civil.

A Lei de Improbidade Administrativa, Lei n. 8.429/92 tem 25 artigos. É


considerada uma lei pequena. É dividida em 8 capítulos da seguinte
forma:

● Das disposições gerais (aqui é feita uma introdução geral da


matéria, definindo-se o agente ativo e o agente passivo da prática
dos atos de improbidade, bem assim alguma disciplina relativa à
responsabilidade civil do culpado por essa prática);

● Dos atos de improbidade administrativa (nessa parte da lei são


definidas três frentes de possibilidades de conduta de improbidade:
1) enriquecimento ilícito, 2) prejuízo ao erário, 3) quebra de
princípios. Interessante observar que o prejuízo para o Estado não é
só de ordem econômica. As duas primeiras frentes na definição do
ato de improbidade têm natureza econômica (a lei fala em “dano
patrimonial”), mas a terceira frente define improbidade como
elemento imaterial, relacionada à quebra de confiabilidade da
Administração perante a opinião pública e perante os agentes
internos do Estado. Inclusive, os agentes públicos de qualquer nível
ou hierarquia são obrigados a velar pela estrita observância dos
princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade e publicidade
no trato dos assuntos que lhe são afetos.);

● Do sistema de penalidade (nessa parte estudamos algumas


consequências mais específicas aos acusados da prática de
improbidade);

● Da declaração de bens (a obrigatoriedade da declaração de bens


relaciona-se à possibilidade de a Administração vir a acompanhar a
evolução patrimonial do servidor, para agir de forma preventiva
quanto ao possível indício de improbidade);

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● Do procedimento administrativo e do processo judicial (essa é a


parte processual da lei, onde podemos vislumbrar a ocorrência de
regras específicas para o levantamento e o julgamento dos atos de
improbidade no âmbito da Administração, bem como no âmbito do
Estado-juiz);

● Das disposições penais (como já dissemos, apesar de a legislação


conter uma parte penal, isso não torna a lei de improbidade de
natureza criminal);

● Das disposições finais.

7. BASE CONCEITUAL

A improbidade é a falta de probidade. A probidade, filosoficamente, é


espécie de “vergonha” enquanto “freio moral”. O agente probo
corresponde ao funcionário reto de caráter, de conduta ilibada, inatacável,
com senso ético, consciência e responsabilidade. Na pessoa que não tem
probidade, faltam todos esses valores afirmativos.

8. DAS DISPOSIÇÕES GERAIS DA LEI DE IMPROBIDADE

A “preocupação” inicial da lei está em definir os chamados legitimados na


relação jurídica de improbidade administrativa.

Em Direito, a chamada “relação jurídica” representa o vínculo que liga


dois polos: um ativo e um passivo.

No caso dessa lei, no polo ativo da relação jurídica estabelecida pela Lei
8.429/92 encontra-se o chamado agente ativo da conduta definida como
ato de improbidade. É o acusado pela prática do ato de improbidade. É o
responsável pelo dano, prejuízo ou pela quebra de princípios no âmbito da
Administração Pública.

No polo passivo, estão os agentes passivos, o Estado, seus órgãos


públicos, entidades da Administração Pública Indireta.

Pronto, caracterizamos a relação jurídica disciplinada pela Lei de


Improbidade Administrativa. De um lado (polo ativo), o acusado (o
agente público); de outro, (polo passivo) a vítima.

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No objeto dessa relação jurídica está o dano ou prejuízo material ou


imaterial, bem como a possibilidade efetiva de punição civil e/ou
administrativa.

9. O POLO ATIVO DA RELAÇÃO JURÍDICA DE IMPROBIDADE

No art. 1º da Lei 8.429/92, há o conceito ampliado de improbidade


administrativa. Qualquer agente público (servidor no sentido lato (geral)
do termo) ou não (nós chamamos essa última hipótese de “agente
equiparado”).

É importante visualizarmos o conceito ampliado do polo ativo da relação


jurídica de improbidade. Nesse sentido, está disposto na norma em
comento que se entende “agente público”, para os efeitos da lei, todo
aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por
eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer outra forma de
investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função nas entidades
da Administração Pública.

As disposições da lei são aplicáveis, no que couber, àquele que, mesmo


não sendo agente público, induza ou concorra para a prática do ato de
improbidade ou dele se beneficie sob qualquer forma direta ou indireta.
Esse é o agente equiparado.

10. O POLO PASSIVO DA RELAÇÃO JURÍDICA DE IMPROBIDADE

Quem pode ser vítima do ato de improbidade? A resposta está na lei!

Os atos de improbidade são praticados por qualquer agente público,


servidor ou não, contra a administração direta, indireta ou fundacional de
qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos
Municípios, de Território, de empresa incorporada ao patrimônio público
ou de entidade para cuja criação ou custeio o erário (cofre público) haja
concorrido ou concorra com mais de cinqüenta por cento do patrimônio ou
da receita anual.

Estão constituem-se vítimas dos atos de improbidade: o patrimônio de


entidade que receba subvenção, benefício ou incentivo, fiscal ou
creditício, de órgão público bem como daquelas para cuja criação ou
custeio o erário haja concorrido ou concorra com menos de cinqüenta por
cento do patrimônio ou da receita anual, limitando-se, nestes casos, a

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sanção patrimonial à repercussão do ilícito sobre a contribuição dos cofres


públicos.

11. OBSERVAÇÕES GERAIS DA PARTE INTRODUTÓRIA DA LEI

Ocorrendo lesão ao patrimônio público por ação ou omissão, dolosa (com


a intenção de provocar o prejuízo) ou culposa (sem a intenção de
provocar o prejuízo), do agente ou de terceiro, dar-se-á o integral
ressarcimento do dano. Essa é uma regra de responsabilidade civil.

O Código Civil diz que a pessoa que provoca dano no outro pratica ato
ilícito e todo aquele que pratica ato ilícito é obrigado a reparar o dano
causado.

No caso de enriquecimento ilícito, perderá o agente público ou terceiro


beneficiário os bens ou valores acrescidos ao seu patrimônio. Há uma
tentativa de recuperar o patrimônio perdido do Estado ou demais
entidades do poder público ou das empresas públicas em geral.

Quando o ato de improbidade causar lesão ao patrimônio público ou


ensejar enriquecimento ilícito, caberá a autoridade administrativa
responsável pelo inquérito (inquérito civil) representar (noticiar) ao
Ministério Público, para a indisponibilidade dos bens do indiciado. Esse
procedimento de “indispor” os bens do indiciado (aquele sobre quem recai
a suspeita da prática de ato de improbidade, quando há apenas uma
investigação sobre o fato, ausente o processo formal) tem previsão
constitucional e objetiva, cautelarmente (prudentemente), impedir que o
indiciado venha a retirar o patrimônio de seu domínio (propriedade), o
que dificultaria futura tentativa de recuperação dos ativos desviados.

A indisponibilidade, inclusive, recairá sobre bens que assegurem o integral


ressarcimento do dano, ou sobre o acréscimo patrimonial resultante do
enriquecimento ilícito.

O sucessor (herdeiro) daquele que causar lesão ao patrimônio público ou


se enriquecer ilicitamente está sujeito às cominações (consequências
civis) da lei, mas até o limite do valor da herança. É claro que o herdeiro
honesto não “sujará” o seu nome, mas os bens transmitidos aos
herdeiros, pelos que cometeram atos de improbidade, poderão ser usados
para recompor o patrimônio outrora lesionado.

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12. DAS QUESTÕES GABARITADAS E COMENTADAS

1. ADM. Improbidade Administrativa. Lei 8.429/92.


A improbidade administrativa é crime, sujeitando os infratores às
penalidades de reclusão, além da possibilidade de se aplicar aos
condenados pela prática de improbidade a suspensão de direitos
políticos. (2010, CESPE, Estendida)
Gabarito: ERRADO.
Comentários:
Atenção todos! A IMPROBIDADE NÃO É CRIME, tecnicamente falando.
Conforme a lei, a improbidade administrativa é ilícito de natureza civil. A
Lei de Improbidade Administrativa contém apenas 1 conduta penal, mas
isso não faz da lei inteira de natureza penal.
A suspensão de direitos políticos é possível, mas a reclusão não é
possível em face da prática de improbidade.

2. ADM. Improbidade Administrativa. Lei 8.429/92.


A improbidade administrativa só se caracteriza se houver dano material
à Fazenda Pública. (2010, CESPE, Estendida)
Gabarito: ERRADO.
Comentários:
O dano material à Fazenda Pública é o mesmo que dano ao erário,
prejuízo material ao erário. Isso é possível sim.
Porém, a improbidade não se caracteriza só por isso. Poderá haver
improbidade administrativa por meio da conduta do agente que venha a
“quebrar” princípios administrativos. A “quebra” de princípios não
necessariamente provoca prejuízo material ao erário.

3. ADM. Improbidade Administrativa. Lei 8.429/92.


A Lei de Improbidade Administrativa é aplicável somente aos agentes
públicos, e desde que induzam ou concorram para a prática do ato de
improbidade administrativa ou dele se beneficiem sob qualquer forma
direta ou indireta. (2010, CESPE, SERPRO, Analista)
Gabarito: ERRADO.
Comentários:
Nos termos do art. 2° da Lei 8.429/92, reputa-se agente público, para
os efeitos da lei, todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou
sem remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou

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qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo,


emprego ou função nas entidades públicas. Nesse sentido, agentes são
aqueles que têm qualquer tipo de vínculo com a Administração Pública.

4. ADM. Improbidade Administrativa. Lei 8.429/92.


As sanções aplicáveis aos atos de improbidade têm natureza civil e, não
penal. (2008, CESPE, ABIN, Agente de Inteligência)
Gabarito: CERTO.
Comentários:
A sanção, para ser penal, deve ter uma estrutura própria, onde devem
ser definidos na lei o chamado preceito primário (descrição da conduta
incriminadora) e o preceito secundário (descrição das penas, que podem
ser de multa e/ou de restrição de liberdade). A Lei de Improbidade
Administrativa (Lei 8.429/92), ao definir as sanções aplicáveis aos atos
de improbidade, não possui essa estrutura. Não é, portanto, penal.

5. ADM. Improbidade Administrativa. Lei 8.429/92.


Considere que Pedro tenha denunciado o agente público João por ato de
improbidade, sabendo que este era inocente. Nesse caso, Pedro perderá
automaticamente sua função pública e terá seus direitos políticos
suspensos, além de ser condenado à pena de reclusão e ao pagamento
de multa. (2010, CESPE, ANEEL, Analista Administrativo)
Gabarito: ERRADO.
Comentários:
ATENÇÃO! Se Pedro viesse a perder AUTOMATICAMENTE sua função
pública, haveria, nesse caso, flagrante violação ao Princípio do Devido
Processo Legal. Isso é vedado, proibido.
Observe, ainda, que o art. 20 da Lei 8.429/92 diz que perda da função
pública e a suspensão dos direitos políticos só se efetivam com o
trânsito em julgado da sentença condenatória.
Só para confirmarmos uma coisa aqui... você sabe o que é “trânsito em
julgado”? Se não sabe, sem problemas, quero que você envie a mim
sua pergunta... participe de nosso fórum de dúvidas!
Outro detalhe aqui nesta questão! Se uma pessoa vier mesmo a ser
condenada pelo crime previsto no art. 19 da Lei 8.429/92, a sanção não
é de reclusão (como afirmado no comando da questão) e sim de
detenção.
Na reclusão o regime inicial de execução penal é o “semi-aberto”; na
reclusão, o “fechado”.

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Constitui enriquecimento ilícito o ato de um agente público receber para
seu filho um automóvel zero quilômetro como presente de um
empresário que tenha tido interesse direto amparado por omissão
decorrente das atribuições desse agente público como servidor público.
(2010, CESPE, ANEEL, Analista Administrativo)
Gabarito: CERTO.
Comentários:
A lista do art. 9º da Lei 8.429/92 deve mesmo ser analisada de forma
cuidadosa. Observe que o examinador foi no ponto em que se classifica
a conduta descrita no comando da questão como sendo efetivamente do
tipo “enriquecimento ilícito”. Em especial, a hipótese dessa questão está
no inciso I desse art. 9º da Lei de Improbidade Administrativa.
Cuidado, o examinador vai querer saber de você se você conhece as
diferentes hipóteses de improbidade, isto é: a diferença entre
enriquecimento ilícito (art. 9º), prejuízo ao erário (art. 10) e condutas
que “quebram” princípios aplicáveis à Administração Pública (art. 11).

7. ADM. Improbidade Administrativa. Lei 8.429/92.


Improbidade, para fins de aplicação das sanções cominadas na lei, é a
ilegalidade tipificada e qualificada pelo elemento subjetivo da conduta
do agente. Por isso mesmo, a jurisprudência do STJ considera
indispensável, para a sua caracterização, que a conduta do agente seja
dolosa. (2010, CESPE, IPAJM, Advogado)
Gabarito: ERRADO.
Comentários:
A questão está errada, pois a jurisprudência do STJ não faz essa
exigência de conduta dolosa. O dolo, lembre-se, é a conduta
direcionada para o resultado. É o mesmo que ter a intenção de fazer
alguma coisa, intenção essa consciente, voltada para o resultado
danoso.
Antes, a improbidade também pode ser considerada diante de uma
conduta culposa, onde o agente atinge o resultado danoso por meio de
conduta de imperícia, negligência ou imprudência.

8. ADM. Improbidade Administrativa. Lei 8.429/92.


Locupletamento, prejuízo ao erário e quebra principiológica são os
elementos caracterizadores da improbidade administrativa. (2010,
CESPE, Estendida)
Gabarito: CERTO.

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Comentários:
De fato, são três as condutas que caracterizam a chamada improbidade:
locupletamento é o mesmo que enriquecimento ilícito. A quebra de
princípios aplicáveis à Administração Pública equivale à quebra, isto é,
inobservância, principiológica. Além disso, também caracteriza a
improbidade a conduta do agente que venha a provocar prejuízo ao
erário.

9. ADM. Improbidade Administrativa. Lei 8.429/92.


Se um servidor público vier a omitir conduta que prejudique o partícula
e, com isso, venha a receber de presente algum objeto de valor, estará
praticando conduta definida em lei de improbidade administrativa, na
modalidade “enriquecimento ilícito”. (2010, CESPE, Estendida)
Gabarito: CERTO.
Comentários:
Quando um servidor se omite quanto aos deveres funcionais e, com
isso, recebe presentes, está caracterizada, sem dúvida, sua conduta de
improbidade.
Considerando que o dito servidor no comando da questão recebeu
presente que lhe acrescentou patrimônio, caracterizado está o
enriquecimento ilícito, nos termos do art. 9º, inciso I, da Lei 8.429/92.

10. ADM. Improbidade Administrativa. Lei 8.429/92.


Aquele que, não sendo agente público, induz ou concorre para a prática
do ato de improbidade ou dele se beneficia sob qualquer forma não se
submete às disposições da Lei n. 8.429/1992, devendo a sua conduta
ser apurada de acordo com o Código Penal. (2010, CESPE, TRE/MT,
Analista Judiciário: administrativa)
Gabarito: ERRADO.
Comentários:
O comando da questão contém item errado, pois está em
desconformidade com o disposto no art. 3º da Lei 8.429/92: “As
disposições desta lei são aplicáveis, no que couber, àquele que, mesmo
não sendo agente público, induza ou concorra para a prática do ato de
improbidade ou dele se beneficie sob qualquer forma direta ou indireta”.

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13. LISTA DAS QUESTÕES ESTUDADAS NA AULA DE HOJE

1. ADM. Improbidade Administrativa. Lei 8.429/92.


A improbidade administrativa é crime, sujeitando os infratores às
penalidades de reclusão, além da possibilidade de se aplicar aos
condenados pela prática de improbidade a suspensão de direitos
políticos. (2010, CESPE, Estendida)

2. ADM. Improbidade Administrativa. Lei 8.429/92.


A improbidade administrativa só se caracteriza se houver dano material
à Fazenda Pública. (2010, CESPE, Estendida)

3. ADM. Improbidade Administrativa. Lei 8.429/92.


A Lei de Improbidade Administrativa é aplicável somente aos agentes
públicos, e desde que induzam ou concorram para a prática do ato de
improbidade administrativa ou dele se beneficiem sob qualquer forma
direta ou indireta. (2010, CESPE, SERPRO, Analista)

4. ADM. Improbidade Administrativa. Lei 8.429/92.


As sanções aplicáveis aos atos de improbidade têm natureza civil e, não
penal. (2008, CESPE, ABIN, Agente de Inteligência)

5. ADM. Improbidade Administrativa. Lei 8.429/92.


Considere que Pedro tenha denunciado o agente público João por ato de
improbidade, sabendo que este era inocente. Nesse caso, Pedro perderá
automaticamente sua função pública e terá seus direitos políticos
suspensos, além de ser condenado à pena de reclusão e ao pagamento
de multa. (2010, CESPE, ANEEL, Analista Administrativo)

6. ADM. Improbidade Administrativa. Lei 8.429/92.


Constitui enriquecimento ilícito o ato de um agente público receber para
seu filho um automóvel zero quilômetro como presente de um
empresário que tenha tido interesse direto amparado por omissão
decorrente das atribuições desse agente público como servidor público.
(2010, CESPE, ANEEL, Analista Administrativo)

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7. ADM. Improbidade Administrativa. Lei 8.429/92.


Improbidade, para fins de aplicação das sanções cominadas na lei, é a
ilegalidade tipificada e qualificada pelo elemento subjetivo da conduta
do agente. Por isso mesmo, a jurisprudência do STJ considera
indispensável, para a sua caracterização, que a conduta do agente seja
dolosa. (2010, CESPE, IPAJM, Advogado)

8. ADM. Improbidade Administrativa. Lei 8.429/92.


Locupletamento, prejuízo ao erário e quebra principiológica são os
elementos caracterizadores da improbidade administrativa. (2010,
CESPE, Estendida)

9. ADM. Improbidade Administrativa. Lei 8.429/92.


Se um servidor público vier a omitir conduta que prejudique o partícula
e, com isso, venha a receber de presente algum objeto de valor, estará
praticando conduta definida em lei de improbidade administrativa, na
modalidade “enriquecimento ilícito”. (2010, CESPE, Estendida)

10. ADM. Improbidade Administrativa. Lei 8.429/92.


Aquele que, não sendo agente público, induz ou concorre para a prática
do ato de improbidade ou dele se beneficia sob qualquer forma não se
submete às disposições da Lei n. 8.429/1992, devendo a sua conduta
ser apurada de acordo com o Código Penal. (2010, CESPE, TRE/MT,
Analista Judiciário: administrativa)

Então, pessoal, finalizo por aqui a aula 0 (demonstrativa). Reforço que é


importante que você use a área do aluno para me enviar suas dúvidas da
matéria, combinado? Um abração a todos e bons estudos! Prof. Róger
Aguiar.

Prof. Róger Aguiar www.estrategiaconcursos.com.br 14 de 14

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