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Maio de 2018
II
SUMÁRIO
Pág.
EQUIPE TÉCNICA..............................................................................................................................IV
LISTA DE TABELAS............................................................................................................................V
LISTA DE FIGURAS..........................................................................................................................VII
LISTA DE SIGLAS..............................................................................................................................IX
LISTA DE SÍMBOLOS.........................................................................................................................X
RESUMO...............................................................................................................................................XI
ABSTRACT...........................................................................................................................................XI
1. INTRODUÇÃO...............................................................................................................................1
2. METODOLOGIA...........................................................................................................................3
Pág.
7. CONCLUSÕES.............................................................................................................................59
BIBLIOGRAFIA...................................................................................................................................63
IV
EQUIPE TÉCNICA
Equipe de Campo:
LISTA DE TABELAS
Pág.
Tabela 5.1 – Equações de chuvas intensas para o posto do IAG, em São Paulo...............................51
LISTA DE FIGURAS
Pág.
Figura 4.7 – Mogi das Cruzes: Curvas I-D-F função do período T (anos).......................................19
Figura 4.8 – Mogi das Cruzes: Curvas I-D-F função da duração t (minutos)....................................20
Figura 4.11 –São Bernardo do Campo: Curvas I-D-F função do período T (anos) ..........................25
Figura 4.13 –São Bernardo do Campo: Curvas I-D-F função do período T (anos) ..........................28
Figura 4.15 –São Caetano do Sul: Curvas I-D-F função do período T (anos)...................................31
Figura 4.16 –São Caetano do Sul: Curvas I-D-F função da duração t (minutos)...............................32
LISTA DE SIGLAS
LISTA DE SÍMBOLOS
it,T : intensidade da chuva (mm/min) para a duração t (min) e período de retorno T (anos)
M(i)t : média das intensidades médias das chuvas intensas correspondentes à duração t
Kn,T: fator de freqüência para a distribuição de Gumbel, função do número de anos da série de
RESUMO
Nesta publicação foram revisados os estudos desenvolvidos para a Bacia do Alto Tiete, publicados
em 2016.
São realizados estudos mais aprofundados relativos ao comportamento das chuvas intensas na bacia
do Alto Tietê. Para tanto foram desenvolvidas 9 equações de chuvas intensas para 7 municípios,
comparando-se os resultados obtidos relativamente ao posto do IAG (Instituto Astronômico e
Geofísico da Universidade de São Paulo).
Foram também elaborados estudos específicos para o posto do IAG/USP, analisando-se os resultados
comparativamente a outras equações anteriormente para ele desenvolvidas.
ABSTRACT
In this publication we reviewed the studies developed the Alto Tiete basin, published in 2016.
Are more detailed studies concerning the behaviour of heavy rains in the Alto Tietê basin. For both
9 equations were developed heavy rains for 7 municipalities, comparing the results obtained in
relation to the IAG (astronomical and Geophysical Institute of the University of São Paulo).
Specific studies were also prepared for the stand of the IAG/USP, analyzing the results compared to
other previously he developed equations.
-1-
1 INTRODUÇÃO
A Bacia do Alto Tietê abriga o maior polo de geração de renda e emprego do Brasil. Ela abrange uma
área de 5.720 km2, desde as cabeceiras do Rio Tietê até o município de Pirapora de Bom Jesus.
O histórico de ocupação humana da bacia, realizada sem planejamento, com a invasão de grande parte
das suas várzeas, tem levado a graves problemas de drenagem urbana, com o transbordamento de
córregos e inundações nas áreas de menor altitude.
Nesse contexto, a realização de obras hidráulicas é parte fundamental da solução destes graves
problemas que são constatados na Bacia do Alto Tietê.
Para córregos situados em zonas urbanas, a previsão de descargas de cheias baseada em medições
diretas não é recomendável, em função dos extravasamentos e represamentos muitas vezes
verificados.
Particularmente na Bacia do Alto Tietê, observa-se que a ampliação da urbanização, com a alteração
significativa das condições de recobrimento vegetal, influenciam muito os projetos de drenagem
urbana, proporcionando vazões completamente diferentes das anteriormente observadas, tornando
pouco significativas as enchentes já ocorridas para as previsões futuras.
-2-
As relações entre intensidade, duração e frequência das precipitações intensas devem ser deduzidas a
partir das observações de chuvas ocorridas durante um período de tempo longo, suficientemente
grande para que seja possível considerar as frequências como probabilidades. Para casos em que é
boa a qualidade dos dados, considera-se 20 anos suficientes para essa análise. Essas relações se
traduzirão por uma família de curvas intensidade - duração, uma para cada frequência, ou período de
retorno.
Na Bacia do Alto Tietê, considerando-se os estudos elaborados por outros autores, foi inicialmente
levantada a existência de 8 equações de precipitações intensas, elaboradas para 3 municípios: Cotia,
Guarulhos e São Paulo.
Objetivou-se nesse trabalho abranger a maior área possível da bacia, no entanto, devido à ausência
de postos pluviográficos, ou de dados suficientes, algumas regiões não foram contempladas,
particularmente as regiões Noroeste (Santana de Parnaíba) e Sudoeste (Embu-Guaçu).
-3-
2 METODOLOGIA DE TRABALHO
Os postos pluviográficos em que foram realizados estudos na Bacia do Alto Tietê ficaram definidos
em função da disposição geográfica, do número de anos de registros de chuvas, da importância
econômica dos municípios e da qualidade dos dados disponíveis.
Foram utilizadas séries anuais de intensidades e escolhidos postos com séries históricas mínimas de
20 (vinte) anos de dados, buscando dar confiabilidade às equações elaboradas.
As equações que relacionam intensidade, duração e frequência das precipitações para cada posto
incorporam a expressão proposta por Ven-Te-Chow para as análises hidrológicas (1954), conforme
abaixo:
Onde:
it,T : intensidade da chuva (mm/min) para a duração t (min) e período de retorno T (anos);
M(i)t: média das intensidades médias das chuvas intensas com duração t;
(i)t: desvio-padrão das intensidades médias das chuvas intensas com duração t;
Kn,T: fator de frequência, função do número de anos da série histórica e período de retorno T;
Admitiu-se que as precipitações intensas atendem à distribuição estatística de tipo I de Fisher Tippett,
conhecida também como distribuição de Gumbel, uma vez que se constatou que ela é a mais
apropriada para representar o comportamento de valores extremos de intensidade.
̅
𝒚− 𝒚 𝒚 ̅
𝒚
𝒌𝒏,𝑻 = = (𝝈 ) − (𝝈 ) (2)
𝝈𝒚 𝒚 𝒚
onde:
Kn,T: fator de frequência para a distribuição de Gumbel, função do número de anos da série de
precipitações e período de retorno T;
y: variável reduzida da distribuição de Gumbel;
y : média da variável reduzida da distribuição de Gumbel;
-4-
(𝒚−𝒚
̅) ̅
𝒚 𝟏 𝑻
𝒌𝒏,𝑻 = = − (𝝈 ) − (𝝈 ) 𝒍𝒏𝒍𝒏 [𝑻−𝟏] (4)
𝝈𝒚 𝒚 𝒚
Admitiu-se a hipótese de que a média e o desvio-padrão das intensidades médias das chuvas variem
com a duração, através de expressões do tipo:
III – Definição dos anos de séries históricas de precipitações a serem considerados para a
elaboração das equações de chuvas intensas.
Foi realizada uma análise conjunta dos dados pluviográficos e pluviométricos, verificando-se se
deixaram de ser lidas chuvas importantes. Como resultado foram definidos os anos de precipitações
a serem considerados no desenvolvimento do trabalho.
Dessa forma, foram elaboradas equações de chuvas intensas para 9 postos pluviográficos, sendo 7
para postos que não dispunham de equações. Para o posto do IAG foi constituída nova equação,
buscando atualizar a anteriormente elaborada.
A seleção dos municípios e postos pluviográficos em que foram efetivados os estudos (Tabela 3.1 e
figura 3.1), levou em conta os seguintes fatores:
Além disso, serão mostrados dois gráficos, o primeiro com a relação entre a duração e a intensidade
da precipitação e o segundo relacionando período de retorno e a intensidade.
Através de análise verificou-se que é necessária uma amostra mínima de 20 anos para dar maior
confiabilidade às equações elaboradas. Assim, entre as equações desenvolvidas a amostra mínima
utilizada é de 20 anos para o posto de Franco da Rocha.
Na utilização das equações recomenda-se cotejar os resultados obtidos para um determinado posto
com os resultantes da aplicação da equação aqui desenvolvida para o posto localizado no IAG, que
apresenta série histórica significa mente mais extensa, proporcionando resultados mais seguros.
350
300
250
200
i (mm/h)
150
100
50
0
0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600
Duração t (min.)
t = 10 t = 20 t = 30 t = 60 t = 120
t = 180 t = 360 t = 720 t = 1440
350
300
250
200
i (mm/h)
150
100
50
0
0 50 100 150 200 250
Período T (anos)
250
200
150
i (mm/h)
100
50
0
0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600
Duração t (min.)
t = 10 t = 20 t = 30 t = 60 t = 120
250
200
150
i (mm/h)
100
50
0
0 50 100 150 200 250
Período T (anos)
350
300
250
200
i (mm/h)
150
100
50
0
0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600
Duração t (min.)
t = 10 t = 20 t = 30 t = 60 t = 120
t = 180 t = 360 t = 720 t = 1440
350
300
250
200
i (mm/h)
150
100
50
0
0 50 100 150 200 250
Período T (anos)
Tabela 4.7 – Mogi das Cruzes: Previsão de máximas intensidades de chuvas, em mm/h.
Duração t Período de retorno T (anos)
(minutos) 2 5 10 15 20 25 50 100 200
10 94,7 125,9 146,6 158,2 166,4 172,7 192,1 211,3 230,5
20 74,0 96,6 111,5 119,9 125,8 130,3 144,3 158,1 171,9
30 61,1 79,0 90,8 97,5 102,1 105,7 116,8 127,8 138,7
60 40,7 52,1 59,6 63,9 66,8 69,1 76,2 83,2 90,1
120 25,1 32,0 36,5 39,1 40,9 42,3 46,6 50,8 55,1
180 18,4 23,5 26,8 28,7 30,1 31,1 34,2 37,4 40,5
360 10,5 13,5 15,5 16,6 17,3 17,9 19,8 21,6 23,4
720 5,9 7,6 8,8 9,4 9,8 10,2 11,2 12,3 13,4
1080 4,2 5,4 6,2 6,7 7,0 7,3 8,0 8,8 9,6
1440 3,3 4,3 4,9 5,3 5,5 5,7 6,3 6,9 7,6
Tabela 4.8 – Mogi das Cruzes: Previsão de máximas alturas de chuvas, em mm.
Duração t Período de retorno T (anos)
(minutos) 2 5 10 15 20 25 50 100 200
10 15,8 21,0 24,4 26,4 27,7 28,8 32,0 35,2 38,4
20 24,7 32,2 37,2 40,0 41,9 43,4 48,1 52,7 57,3
30 30,6 39,5 45,4 48,7 51,1 52,9 58,4 63,9 69,4
60 40,7 52,1 59,6 63,9 66,8 69,1 76,2 83,2 90,1
120 50,2 64,0 73,1 78,2 81,8 84,6 93,2 101,7 110,1
180 55,2 70,5 80,5 86,2 90,2 93,3 102,7 112,1 121,4
360 63,3 81,0 92,8 99,4 104,1 107,7 118,7 129,7 140,6
720 70,9 91,4 105,0 112,7 118,1 122,2 135,0 147,6 160,2
1080 75,3 97,6 112,4 120,7 126,6 131,0 144,9 158,6 172,3
1440 78,5 102,1 117,8 126,6 132,8 137,5 152,2 166,7 181,2
- 19 -
250
200
150
i (mm/h)
100
50
0
0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600
Duração t (min.)
t = 10 t = 20 t = 30 t = 60 t = 120
t = 180 t = 360 t = 720 t = 1440
250
200
150
i (mm/h)
100
50
0
0 50 100 150 200 250
Período T (anos)
250
200
150
i (mm/h)
100
50
0
0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600
Duração t (min.)
t = 10 t = 20 t = 30 t = 60 t = 120
t = 180 t = 360 t = 720 t = 1440
250
200
150
i (mm/h)
100
50
0
0 50 100 150 200 250
Período T (anos)
Tabela 4.11 – São Bernardo do Campo: Previsão de máximas intensidades de chuvas, em mm/h.
Duração t Período de retorno T (anos)
(minutos) 2 5 10 15 20 25 50 100 200
10 79,5 125,3 155,6 172,7 184,7 193,9 222,4 250,6 278,7
20 64,3 92,4 111,0 121,4 128,8 134,4 151,8 169,1 186,3
30 54,2 75,2 89,1 97,0 102,5 106,8 119,8 132,8 145,7
60 37,4 50,3 58,8 63,6 67,0 69,6 77,6 85,5 93,4
120 23,9 31,8 37,0 40,0 42,0 43,6 48,5 53,4 58,2
180 18,0 23,9 27,8 30,0 31,6 32,8 36,4 40,1 43,7
360 10,7 14,4 16,8 18,1 19,1 19,8 22,0 24,3 26,5
720 6,3 8,5 10,0 10,8 11,4 11,8 13,2 14,6 15,9
1080 4,6 6,2 7,3 7,9 8,4 8,7 9,8 10,8 11,8
1440 3,6 5,0 5,9 6,4 6,7 7,0 7,9 8,7 9,5
Tabela 4.12 – São Bernardo do Campo: Previsão de máximas alturas de chuvas, em mm.
Duração t Período de retorno T (anos)
(minutos) 2 5 10 15 20 25 50 100 200
10 13,2 20,9 25,9 28,8 30,8 32,3 37,1 41,8 46,5
20 21,4 30,8 37,0 40,5 42,9 44,8 50,6 56,4 62,1
30 27,1 37,6 44,6 48,5 51,3 53,4 59,9 66,4 72,8
60 37,4 50,3 58,8 63,6 67,0 69,6 77,6 85,5 93,4
120 47,8 63,6 74,1 80,0 84,1 87,3 97,1 106,8 116,5
180 53,9 71,7 83,4 90,1 94,7 98,3 109,3 120,3 131,2
360 64,4 86,1 100,5 108,7 114,3 118,7 132,2 145,6 159,0
720 75,3 101,9 119,6 129,5 136,5 141,8 158,4 174,8 191,1
1080 82,1 112,0 131,9 143,1 150,9 157,0 175,6 194,0 212,4
1440 87,1 119,7 141,3 153,5 162,0 168,6 188,8 208,9 228,9
- 25 -
300
250
200
i (mm/h)
150
100
50
0
0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600
Duração t (min.)
t = 10 t = 20 t = 30 t = 60 t = 120
t = 180 t = 360 t = 720 t = 1440
300
250
200
i (mm/h)
150
100
50
0
0 50 100 150 200 250
Período T (anos)
Tabela 4.13 – São Bernardo do Campo: Previsão de máximas intensidades de chuvas, em mm/h.
Duração t Período de retorno T (anos)
(minutos) 2 5 10 15 20 25 50 100 200
10 83,7 124,1 150,8 165,9 176,5 184,6 209,7 234,5 259,3
20 65,7 96,2 116,3 127,7 135,7 141,8 160,7 179,5 198,2
30 54,4 78,9 95,1 104,3 110,7 115,6 130,8 145,9 160,9
60 36,6 52,1 62,3 68,1 72,1 75,2 84,8 94,3 103,8
120 22,8 31,8 37,7 41,0 43,4 45,2 50,7 56,2 61,7
180 16,9 23,2 27,4 29,7 31,4 32,6 36,6 40,4 44,3
360 9,8 13,2 15,4 16,7 17,5 18,2 20,3 22,4 24,4
720 5,6 7,3 8,5 9,2 9,6 10,0 11,1 12,1 13,2
1080 4,0 5,2 6,0 6,4 6,7 7,0 7,7 8,4 9,2
1440 3,1 4,0 4,6 5,0 5,2 5,4 6,0 6,5 7,1
Tabela 4.14 – São Bernardo do Campo: Previsão de máximas alturas de chuvas, em mm.
Duração t Período de retorno T (anos)
(minutos) 2 5 10 15 20 25 50 100 200
10 14,0 20,7 25,1 27,7 29,4 30,8 34,9 39,1 43,2
20 21,9 32,1 38,8 42,6 45,2 47,3 53,6 59,8 66,1
30 27,2 39,5 47,6 52,1 55,3 57,8 65,4 72,9 80,5
60 36,6 52,1 62,3 68,1 72,1 75,2 84,8 94,3 103,8
120 45,7 63,5 75,4 82,0 86,7 90,3 101,4 112,4 123,4
180 50,7 69,6 82,1 89,2 94,1 97,9 109,7 121,3 132,9
360 58,9 79,1 92,5 100,0 105,3 109,3 121,8 134,3 146,6
720 67,1 88,1 102,0 109,8 115,3 119,6 132,6 145,5 158,4
1080 72,0 93,3 107,5 115,5 121,1 125,4 138,6 151,8 164,9
1440 75,5 97,1 111,4 119,5 125,1 129,5 142,9 156,2 169,4
- 28 -
300
250
200
i (mm/h)
150
100
50
0
0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600
Duração t (min.)
t = 10 t = 20 t = 30 t = 60 t = 120
t = 180 t = 360 t = 720 t = 1440
300
250
200
i (mm/h)
150
100
50
0
0 50 100 150 200 250
Período T (anos)
Tabela 4.16 – São Caetano do Sul: Previsão de máximas alturas de chuvas, em mm.
300
250
200
i (mm/h)
150
100
50
0
0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600
Duração t (min.)
t = 10 t = 20 t = 30 t = 60 t = 120
t = 180 t = 360 t = 720 t = 1440
300
250
200
i (mm/h)
150
100
50
0
0 50 100 150 200 250
Período T (anos)
250
200
150
i (mm/h)
100
50
0
0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600
Duração t (min.)
t = 10 t = 20 t = 30 t = 60 t = 120
t = 180 t = 360 t = 720 t = 1440
250
200
150
i (mm/h)
100
50
0
0 50 100 150 200 250
Período T (anos)
4.10. Equações de precipitações intensas para São Paulo, Martinez e Magni (1999)
250
200
150
i (mm/h)
100
50
0
0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600
Duração t (min.)
t = 10 t = 20 t = 30 t = 60 t = 120
t = 180 t = 360 t = 720 t = 1440
250
200
150
i (mm/h)
100
50
0
0 50 100 150 200 250
Período T (anos)
4.11 Equação de precipitações intensas para São Paulo, Mero e Magni (1982)
𝑻
𝒊𝒕,𝑻 = (𝒕)−𝟎,𝟖𝟐𝟏 [𝟏𝟔, 𝟏𝟒 − 𝟓, 𝟔𝟓𝒍𝒏𝒍𝒏 [𝑻−𝟏]] para 60 < t 1440min
250
200
150
i (mm/h)
100
50
0
0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600
Duração t (min.)
t = 10 t = 20 t = 30 t = 60 t = 120
t = 180 t = 360 t = 720 t = 1440
250
200
150
i (mm/h)
100
50
0
0 50 100 150 200 250
Período T (anos)
300
250
200
i (mm/h)
150
100
50
0
0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600
Duração t (min.)
t = 10 t = 20 t = 30 t = 60 t = 120
t = 180 t = 360 t = 720 t = 1440
300
250
200
i (mm/h)
150
100
50
0
0 50 100 150 200 250
Período T (anos)
Figura 4.24 - SÃO PAULO: CURVAS I-D-F EM FUNÇÃO DA
DURAÇÃO t (MINUTOS)
- 45 -
4.13 Equação de precipitações intensas para São Paulo, Occhipinti e Santos (1965)
250
200
150
i (mm/h)
100
50
0
0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600
Duração t (min.)
t = 10 t = 20 t = 30 t = 60 t = 120
t = 180 t = 360 t = 720 t = 1440
250
200
150
i (mm/h)
100
50
0
0 50 100 150 200 250
Período T (anos)
Figura 4.26 - SÃO PAULO: CURVAS I-D-F EM FUNÇÃO DA
DURAÇÃO t (MINUTOS)
- 48 -
para 10 t 1440min
Onde: i: intensidade da chuva, correspondente à duração t e período de retorno T, em mm/min;
t: duração da chuva em minutos;
T: período de retorno em anos.
Tabela 4.27 – São Paulo: Previsão de máximas intensidades de chuvas, em mm/h.
Duração t Período de retorno T (anos)
(minutos) 2 5 10 15 20 25 50 100 200
10 114,0 161,6 193,1 210,9 223,3 232,9 262,4 291,7 321,0
20 87,6 122,0 144,8 157,6 166,6 173,5 194,9 216,1 237,2
30 71,4 98,1 115,8 125,8 132,8 138,2 154,8 171,3 187,7
60 46,4 62,1 72,5 78,4 82,5 85,7 95,5 105,1 114,8
120 27,8 36,1 41,7 44,8 47,0 48,7 53,8 59,0 64,1
180 20,0 25,6 29,3 31,4 32,8 34,0 37,4 40,9 44,3
360 11,1 13,8 15,6 16,6 17,3 17,9 19,5 21,2 22,9
333720 6,0 7,3 8,1 8,6 8,9 9,2 10,0 10,8 11,6
1080 4,2 5,0 5,5 5,8 6,0 6,2 6,7 7,2 7,7
1440 3,2 3,8 4,2 4,4 4,6 4,7 5,1 5,4 5,8
350
300
250
200
i (mm/h)
150
100
50
0
0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600
Duração t (min.)
t = 10 t = 20 t = 30 t = 60 t = 120
t = 180 t = 360 t = 720 t = 1440
350
300
250
200
i (mm/h)
150
100
50
0
0 50 100 150 200 250
Período T (anos)
Neste capítulo serão realizados os resultados obtidos para a cidade de São Paulo, para o posto do IAG
(Instituto Astronômico e Geofísico da Universidade de São Paulo), localizado no Parque do Estado.
Este posto é incorporado à rede de postos do DAEE/CTH e possui o prefixo E3-035.
A tabela 5.1 mostra as equações de chuvas intensas elaboradas para o posto. Nota-se que,
anteriormente à realização deste estudo, haviam sido desenvolvidas quatro equações.
Tabela 5.1– Equações de chuvas intensas para o posto do IAG, em São Paulo
Wilken – 1972
Para 60 t 1440 minutos: 𝒊𝒕,𝑻 = 𝟐𝟎, 𝟐𝟏 × 𝑻𝟎,𝟏𝟓 × 𝒕−𝟎,𝟖𝟐
A tabela 5.2 apresenta as diferenças percentuais médias entre os valores calculados pela nova equação
e as equações anteriores, considerando-se períodos de retorno de 2, 5, 10, 15, 20, 25, 50, 100 e 200
anos.
Tabela 5.2– Diferenças percentuais médias com relação às equações anteriores
A partir da análise da tabela 5.2 é possível concluir que a nova equação formulada neste trabalho
apresenta valores de intensidades de chuva relativamente próximos aos obtidos com as equações
anteriormente elaboradas.
- 53 -
Neste capítulo será efetuada uma comparação entre os resultados obtidos para o posto do IAG e os
outros postos estudados. O intuito dessa análise é verificar a existência de homogeneidade no que diz
respeito às chuvas intensas na Bacia do Alto Tietê.
O critério utilizado é a diferença média percentual entre os valores calculados a partir das equações
para cada duração da chuva, de acordo com os diferentes períodos de retorno.
10
0 -10 -14 -16 -17 -18 -20 -22 -24 -15,7
20
-1 -6 -8 -9 -10 -10 -12 -12 -13 -9,2
30
-2 -4 -6 -6 -6 -6 -7 -8 -8 -5,9
60
-3 -2 -2 -2 -2 -2 -1 -1 -1 -1,8
120
-5 -2 0 0 1 1 2 2 2 0,2
180
-5 -2 0 1 1 1 2 3 3 0,6
360
-6 -2 0 0 1 1 2 3 4 0,3
720
-7 -3 -1 -1 0 0 1 2 2 -0,8
1080
-8 -4 -2 -2 -1 -1 0 1 1 -1,7
1440
-8 -5 -3 -2 -2 -1 -1 0 1 -2,3
A tabela abaixo sintetiza as análises realizadas para cada posto. São mostradas as médias das
diferenças percentuais médias em relação ao posto do IAG. Com esses resultados é possível avaliar
o quão próximos deste posto estão os dados de intensidade de precipitações calculados para cada
posto. Esta medida de proximidade serve para avaliar a homogeneidade das chuvas intensas na bacia
do Alto Tietê.
A análise da tabela nos permite concluir que há uma aproximação inferior a 10% em relação ao posto
do IAG excetuando-se o posto localizado em Guarulhos, o qual, como já mencionado, foi elaborado
com uma amostra de 20 anos, utilizando uma diferente metodologia.
- 59 -
7. CONCLUSÕES
A partir deste trabalho, dispomos de 14 equações de chuvas intensas elaboradas para 10 postos
pluviográficos situados em 8 municípios da Bacia do Alto Tietê, conforme mostrado na Tabela 7.1 e
na Figura 7.1.
Assim podemos dizer que, com as novas equações elaboradas, obtivemos uma melhoria significativa
no que concerne ao número de equações e sua distribuição geográfica.
Dessa forma obtivemos melhor conhecimento do comportamento das chuvas intensas na Bacia do
Alto Tietê, já que antes da elaboração deste trabalho dispúnhamos de equações somente para três
postos pluviográficos, localizados nos municípios de Cotia, Guarulhos e São Paulo.
Em todas as novas equações verificou-se, após a realização do ajuste estatístico, que as mesmas
podem ser representadas através de uma única expressão matemática, resultando na obtenção de
apenas uma equação de chuvas intensas com validade para todas as durações de precipitações
admitidas neste trabalho.
A amostra de dados utilizada para os postos pluviográficos variou entre 20 anos (Franco da Rocha) e
66 anos (IAG). Obviamente, tratando-se de um estudo estatístico, a confiabilidade das equações
cresce proporcionalmente ao número de anos da amostra utilizada.
Com relação ao posto do IAG, a equação agora elaborada apresenta maior confiabilidade que as
anteriores, já que, o a amostra de dados compreende um período de tempo maior e mais recente.
Pode-se também constatar que não houve mudança significativa no regime de chuvas, uma vez que
a diferença percentual média entre os valores obtidos através da equação atual e as anteriores não é
significativa, variando entre -5,3% para duração de 10 minutos (Ochippinti e Santos, 1965) e 14,2%
para duração de 360 minutos (Mero e Magni, 1982).
Considerando-se as equações elaboradas para os diversos postos pluviográficos verificou-se que não
há diferença percentual média importante relativamente à equação elaborada para o posto do
- 60 -
- 61 -
Martinez e Piteri/2015 66
Bibliografia
CHOW, Ven Te, (1954) – Section 8-I. Statistical and probability analysis of hydrologic data. Part I:
Frequency Analysis. In: Handbook of Applied Hydrology. Mcgraw Hill. USA: pp. 2-37
PFAFSTETTER, Otto, (1982) - Chuvas Intensas no Brasil: relação entre precipitação, duração e
frequência de chuvas, registradas com pluviógrafos, em 98 postos. 2°ed. Rio de Janeiro: DNOS, 1982.
426p.
MARTINEZ JÚNIOR, Francisco; MAGNI, N. L., (2014). Precipitações Intensas no Estado de São
Paulo.São Paulo:DAEE/CTH, 262p.
MAGNI, Nelson Luiz; MERO, Félix, (1982). Precipitações Intensas no Estado de São Paulo:
apresentação prática das relações precipitação x duração x tempo de retorno obtidas para 11 cidades.
São Paulo: DAEE/CTH, 187p.
OCCHIPINTI, Antonio Garcia; SANTOS, Paulo Marques, (1965) - Análise das máximas
intensidades de chuvas na cidade de São Paulo. São Paulo: USP/IAG, 127p.
WILKEN, Paulo Sampaio, (1978). Engenharia de Drenagem Superficial. São Paulo: CETESB,
478p.
ZUFFO, Antonio Carlos, (2009). Determinação da Equação de Chuvas para a Cidade de Guarulhos,
São Paulo: UNICAMP, 45p.