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Primeira página
Desde o momento em que ensaiamos nossos primeiros passos, tem início um sutil e
inconsciente movimento de inibição de nossa criatividade natural. Primeiro em casa,
depois na escola e no trabalho, somos instados a andar em terreno já conhecido, seguir a
tradição e não “fazer marolas”.
Este processo tem seu lado positivo, pois a vida em sociedade requer a observação de
certas regras e costumes. No entanto, traz um efeito secundário pernicioso: o lento, mas
inexorável, bloqueio de nossa curiosidade, imaginação e engenhosidade.
O DECLÍNIO DA CRIATIVIDADE
grupo foi testado aos 10 anos e este percentual caiu para 30%; aos 15 anos, somente
12% mantiveram um alto índice de criatividade. Teste similar foi aplicado a mais de
200.000 adultos e somente 2% se mostraram altamente criativos..
George Land e sua colega Beth Jarman concluíram que aprendemos a ser não-criativos.
O declínio da criatividade não é devido à idade, mas aos bloqueios mentais criados ao
longo de nossa vida. A família, a escola e as empresas têm tido sucesso em inibir o
pensamento criativo. Esta é a má notícia. A boa notícia é que as pesquisas e a prática
mostram que este processo pode ser revertido; podemos recuperar boa parte de nossas
habilidades criativas. Melhor ainda, nós podemos impedir este processo de robotização.
Acredito que todos nós, cada um a seu modo, somos capazes de realizações criativas em
alguma área de atividade. Para isso, é necessário contar com as condições certas e com
o acesso aos conhecimentos e habilidades apropriadas.
Existem várias definições diferentes para criatividade. Para Ghiselin (1952), "é o
processo de mudança, de desenvolvimento, de evolução na organização da vida
subjetiva". Segundo Flieger (1978), "manipulamos símbolos ou objetos externos para
produzir um evento incomum para nós ou para nosso meio". Outras definições:
Tipos
Potencial criativo
Quando as pessoas sabem que suas ações serão valorizadas, parecem tender a criar
mais. O medo do novo, o apego aos paradigmas são formas de consolidar o status quo.
Quando sentem que não estão sob ameaça (de perder o emprego ou de cair no ridículo,
por exemplo), as pessoas perdem o medo de inovar e revelam suas habilidades criativas.
Certas pessoas também admitem que a criatividade não tem necessariamente ligação
com o quociente de inteligência (QI), que ela tem mais afinidade com motivação do que
com inteligência. Outras pessoas, por outro lado, confirmam uma forte correlação entre
QI e potencial criativo, especialmente para QIs abaixo de 120 e com uma correlação
positiva leve acima de QI 120.
Processo criativo
Forma de expressão
• Humor (comédia)
Medição
Entendendo a criatividade:
o comportamento de pessoas criativas
Por Que Criatividade é tão importante? Será que todos nós somos criativos? É
algo que vem de berço ou se aprende? Pode ser cultivada, incentivada? Dá
para ser Criativo em uma Empresa não Criativa? O que é afinal Criatividade?
São muitas perguntas, grande parte delas com várias respostas possíveis, e nenhuma
resposta pode ser considerada a "melhor". Criatividade é o típico conceito que resiste a
definições e durante muito tempo temos visto aparecer diversos livros e manuais
tentando apresentar visões pessoais (e algumas vezes idiossincráticas) sobre o assunto.
Nosso enfoque neste pequeno artigo é mostrar que Criatividade pode ser encarada de
uma maneira bastante diferente das tradicionais e que essa forma é mais fundamentada
do que muitas outras alternativas.
Como quase todas as definições, estas são opacas e difíceis de entender, mas servem
para demonstrar como é vasto o repertório de idéias que podem ser postas em conjunto
para tentar explicar o que é o fenômeno criativo. Há, no entanto, uma grande tendência
em se "assustar" com essas idéias e dessa forma evitar compreendê-las, ficando com
aquelas noções batidas de "preparação, incubação, insight". Não temos espaço neste
artigo para mostrar porque essas idéias velhas não vão muito longe. Basta dizer que a
grande maioria dos autores de livros e manuais de Criatividade se contentam em expor
"técnicas" com variações dessas estratégias e com isso parecem se satisfazer com as
idéias que historicamente tem sido usadas para explorar esse assunto. No mínimo, isto
pode ser dito como muito pouco criativo da parte deles. Temos que ser criativos para
pensar sobre criatividade.
Propomos pensar sobre Criatividade a partir de outro enfoque: para ser mais
criativo, temos que entender porque o cérebro humano é naturalmente
criativo, porque as crianças são espontaneamente criativas.
Temos que compreender como funciona a mente humana, em seus aspectos mais
cognitivos e perceptuais, não através de "chutes" sobre como pensamos, mas sim
através do acompanhamento criterioso das descobertas científicas acerca da mente e do
cérebro humanos. Nunca houve tantas informações sobre esse assunto quanto tivemos
nos últimos dez anos.
A Ciência Cognitiva estuda, entre outras coisas, como o cérebro humano desenvolve
progressivamente sua capacidade perceptual. Uma criança aprende com o tempo a
perceber expressões faciais de seus pais quando eles estão, por exemplo, zangados ou
impacientes. A percepção é uma atividade contínua do cérebro e para identificar os
diversos objetos e eventos que uma criança tem que lidar, muito de seu aprendizado
depende de correlacionar coisas que acontecem em frente a seus olhos, ouvidos e mãos.
Para executar essa correlação a criança precisa ser ativa, precisa interagir com o
ambiente e testar seus limites, precisa verificar se aquilo que aconteceu ontem também
vai acontecer hoje. Isto é, na essência, um dos procedimentos fundamentais da
Criatividade, o desenvolvimento (através de testes e observação) de uma capacidade
perceptual apurada através da atitude ativa.
Agora ela já está mais apta a atuar sobre o mundo e teve tempo de desenvolver um
aparelho perceptual suficientemente poderoso para ajudá-la na tentativa de satisfazer
seus anseios. Um deles pode ser, por exemplo, alcançar aquele bolo que está ali sobre a
mesa. Sua percepção lhe informa que um banquinho próximo à mesa lhe daria suporte
para quase alcançar o topo dela. Falta apenas um pouco mais. Então, sua criatividade
vai impeli-la a observar ao redor e ver se há algo mais que possa lhe "fornecer" o tipo de
suporte de que necessita para elevá-la além da altura do banco. Ao encontrar uma caixa
de brinquedos, um "estalo" ocorre: se colocada sobre o banquinho, isto lhe permitirá
atingir a mesa e assim saborear o bolo.
Este ato criativo no caso da criança tem dois componentes que eu gostaria de destacar.
O primeiro é a solução inovadora (a criança não "sabia" desta solução, ela a concebeu,
principalmente porque sua percepção "juntou partes"). Mas há também o fator "risco",
pois qualquer adulto que estivesse presente iria desincentivar a criança porque talvez a
caixa de brinquedos sobre o banquinho fosse instável e assim a criança poderia cair.
Temos aqui dois itens que influenciam bastante a criatividade:
2) A crítica dos pais fornece reforço negativo (neste caso, apropriado), pois há a
imposição de uma regra que "corta" o fluxo criativo de pensamento (essa regra, na
verdade, só tem significado para os pais, para a criança não significa nada, pois ela não
sabe do perigo de cair de apoios instáveis, só irá aprender quando cair uma vez).
Obviamente, a regra dos pais é bem-vinda pois evita um acidente desagradável. Mas se
os pais não esclarecem à criança o porquê da regra, isto fará sobrar em sua pequena
mente apenas a parte negativa da regra, aquela que tolhe a iniciativa sem dizer qual a
causa disso. É fundamental que todos nós entendamos o porquê das coisas.
Elas nos colocam regras, normas, procedimentos, padrões, bloqueios que agem como os
pais originais agiram em relação à criança. À primeira vista, isto pode parecer tão útil
quanto a situação original da criança: as regras e procedimentos foram desenhados
porque eles deram certo no passado (evitam quedas dolorosas). As regras que nos
ensinaram na escola e na faculdade também tiveram certo cuidado em sua confecção.
Então como justificar a criatividade (quebra de regras) neste caso? Vamos nos
concentrar agora no porque é necessário quebrar regras.
Esta é mais uma das observações que fazemos para justificar porque temos que entender
as coisas. Não basta sabermos sobre fatos, temos que captar a essência de suas
interligações. Em outras palavras, em vez de ensinar a nossas crianças o nome dos
afluentes do rio Amazonas (e de cobrar esses nomes em provas, valendo nota!), elas
deveriam ser expostas ao ciclo de eventos que ocorrem por causa da chuva,
deslocamento de águas dos rios para os mares e posterior evaporação.
Veja que a cada "teste" malsucedido que fazemos conseguimos novos elementos para
nosso aparelho perceptual (mais ligações de causa/efeito, mais identificação de
correlações, mais micro-regras unindo partes do problema a outras partes, mais
conhecimento sobre partes montando um todo, etc). Por isso se diz que muito se
aprende com os erros. Eles enriquecem nossa percepção de forma que possamos ter
melhores chances de simular o mundo em nossas mentes em futuras situações.
Uma das características mais marcantes dos "seres inteligentes" que habitam este
planeta é a habilidade de aprender e antever consequências de atos imaginados. Isto nos
permite fazer "modelos" do mundo. Conseguimos "rodar" um programa simulador em
nossa mente. Uma criança desde cedo aprende a entender o que significa a força da
gravidade e a partir daí irá ganhar uma forma virtual de testar mentalmente uma
determinada ação física, verificando se ela é segura ou não antes de executá-la. As
crianças acabam descobrindo que se colocar o dedinho no fogo a consequência é dor
lancinante. Depois disso, elas podem antever a consequência do ato de estender seu
dedinho mental no fogo virtual e sentir assim o efeito virtual correspondente, sem ter
que passar pelo efeito físico.
Passamos boa parte de nossa vida aprendendo como melhorar nossa simulação do
mundo exterior. Modelamos o mundo físico, modelamos as emoções das pessoas com
as quais convivemos, modelamos a empresa em que trabalhamos, o governo, nossos
vizinhos, nosso carro, o trânsito, etc. Boa parte de nosso raciocínio é meramente uma
simulação de grandes cadeias causais (isto causa aquilo que causa aquilo...). Podemos
dizer que essa sequência de inferências são representantes das "regras" que usamos no
dia-a-dia, equivalentes às regras mais simples como aquela que diz que quando vou
atravessar uma rua, devo olhar para os dois lados. Essa regra é tão forte que chega ao
caráter de comportamento condicionado. Tudo isto é muito, muito útil, pois poupa-nos
tempo, automatiza procedimentos rotineiros, aumenta nossas margens de acerto e evita
erros fatais. Há poucas (se é que há alguma!) vantagem em ser criativo no atravessar a
rua.
Mas há um lado ruim dessa tática: essas regras também nos fazem ficar acomodados e
por isso evitamos procurar novas possibilidades. Para sermos criativos, temos que estar
dispostos a quebrar (mesmo que apenas mentalmente) várias dessas sequências pré-
programadas e dessa forma rodar nossa simulação do mundo com um conjunto alterado
de regras. Mas para que mesmo fazer isso? Vamos rever essa idéia.
O Estalo Perceptual
Aposto que todos os leitores já ouviram falar (ou mesmo já tiveram) o famoso "aha!" ou
o "eureka". São expressões que exprimem o momento em que as coisas se "encaixam"
de um jeito ideal mostrando seu valor imediatamente. Chamo a isso de "estalo
perceptual". Por que?
Porque esse estalo aparece devido ao nosso treinamento perceptual para reconhecer
coisas valiosas. Quando as coisas se juntam, há um momento onde identificamos uma
espécie de "objeto" como se tivessemos reconhecido a face de um velho amigo que não
vemos há muito tempo. Na realidade, em termos neurocientíficos é exatamente isso o
que ocorre. Essa é uma atividade essencialmente cognitiva e que mostra a importância
de cultivarmos habilidades perceptuais.
Ainda há muito a se falar sobre este tópico e caso você esteja interessado em maiores
informações, você pode me contatar no e-mail abaixo. Veja também a página do meu
seminário sobre criatividade que trata desses assuntos com maior profundidade, em
especial como podemos fazer para alterar as regras que conhecemos e assim obter
maiores chances de estalos perceptuais.
Nós humanos somos os únicos seres inteligentes deste planeta capazes de uma profunda
auto-reflexão. Para ser mais criativos, temos que levar esse auto-conhecimento um
passo adiante. Temos que conhecer como funcionam nossos cérebros para poder não
apenas nos deleitar com esse conhecimento, mas também para potencializar nossas
capacidades e assim ampliar o alcance de nossas melhores intenções humanísticas.
Criatividade
Desenvolvendo a criatividade.
A criatividade tem suas raízes na infância, mas infelizmente a maioria dos adultos não teve acesso a
uma educação eficiente, impedindo que elas crescessem e florescessem.
“Quando as crianças vão para a escola, são pontos de interrogação; quando saem, são frases
feitas”. Neil Postman (educador).
Esse pequeno trecho a seguir, retirado do livro: Um “toc” na cuca, ed. São Paulo, ilustra exatamente
onde ocorre essa mudança.
“Quando eu estava no meio do curso colegial, meu professor de inglês fez uma pequena marca de
giz no quadro-negro.
Ele perguntou à turma o que era aquilo. Passados alguns segundos, alguém disse: ’É uma marca de
giz no quadro-negro’. O resto da classe suspirou de alívio, porque o óbvio foi dito e ninguém tinha
mais nada a dizer. ‘Vocês me surpreendem’, o professor falou, olhando para o grupo. ‘Fiz o mesmo
exercício ontem, com uma turma do jardim da infância, e eles pensaram em umas cinqüenta coisas
diferentes: o olho de uma coruja, um inseto esmagado e assim por diante. Eles realmente estavam
com a imaginação a todo vapor’.
Nos dez anos que vão do jardim da infância ao colegial, nós tínhamos aprendido a encontrar a
resposta certa, mas também havíamos perdido a capacidade de procurar outras respostas certas e
perdido muito em capacidade imaginativa”.
A boa notícia é que a criatividade faz parte da natureza humana e com o estímulo certo, nós
podemos desenvolve-la.
- Faça anotações
Idéias são como sonhos, se não forem devidamente armazenadas, serão esquecidas e perdidas em
poucos minutos. Por isso, anote qualquer idéia, mesmo aquelas que não façam o menor sentido,
que ainda não estejam prontas ou que não despertaram o interesse de ninguém, mesmo assim,
anotem.
“Quando perguntaram a Einstein onde era seu laboratório, ele tirou uma caneta e respondeu ‘Aqui!’ ”
Trecho do livro, Einstein – O Enigma do Universo de Huberto Rohden.
Certa vez, Einstein disse: “ - não sou mais inteligente do que ninguém, sou apenas a pessoa mais
curiosa que conheço”.
Esse é um exercício simples, que se for feito com regularidade, pode em pouco tempo trazer
resultados interessantes. Faça o seguinte: separe alguns minutos por dia, durante o banho, indo
para o trabalho, antes de dormir, ou em qualquer outro lugar e hora, para pensar sobre um
determinado assunto. Pense em novas soluções para antigos problemas, idéias para problemas
novos, etc. Faça o exercício diariamente e anote e guarde todas as idéias que surgirem.
Um dos maiores estudiosos do processo criativo, Edward De Bono, diz que a sua principal função
como consultor de grandes empresas do mundo, sempre foi fazer as pessoas pararem um pouco
para pensarem e repensarem seus problemas. Então, escolha uma hora qualquer do dia para sair
um pouco da rotina e bote a cabeça para funcionar.
"Quando a mente de uma pessoa expande-se ao criar uma nova idéia, nunca mais voltará a sua
dimensão original".
Oliver Wendell Holmes
Algumas idéias precisam ficar descansando, para então, amadurecerem e ganharem vida. Muitas
vezes uma idéia de hoje, pode resolver um problema de amanhã, por isso, anote e guarde todas as
idéias que tiver.
Um boa dica para não esquecer e perder suas idéias é comprar um pequeno caderno, de
preferência de capa dura para anotar sempre que surgir uma idéia ou pensamento. Não se esqueça
de levar o caderno acompanhado de um lápis ou caneta para todos os lugares. Leve-o para onde
quer que você vá, ao banheiro, ao almoço em família, ou para qualquer outro lugar. As boas idéias
não escolhem hora para aparecer e como já disse, se não anotar rápido, certamente vai esquecer.
Guarde também os recortes de jornais, revistas, anúncios, e-mails, Websites ou qualquer outra fonte
que possa conter informações relevantes aos seus projetos e que no futuro possa servir como
inspiração. Consulte seu arquivo sempre que precisar de boas idéias.
Mas tome cuidado, com tempo você terá muitos recortes, revistas e cadernos para guardar. Para
facilitar sua pesquisa no futuro, separe tudo em pastas por assunto e guarde em caixas.
Imagine se em sua casa, não tivesse um armário com portas e gavetas para organizar as coisas?
Como seria para encontrar um par de meias pretas?
Assim também funciona com as idéias, precisamos organizá-las! Mas, não adianta guardar na parte
de cima do armário, procure deixar em um local de fácil acesso.
Pessoas, lugares e acontecimentos podem nos enviar mensagens, respostas e idéias a todo
instante. Muitas vezes precisamos codificar essas mensagens através de nossa experiência,
percepção e intuição. Utilize todas as armas e sentidos na busca da melhor resposta para o que
procura.
"Descobrir é olhar para a mesma coisa como todos olham e enxergar algo diferente".
Albert Szent-Gyorgyi
O psicólogo Samuel Gosling, desenvolveu uma interessante tese que é preciso notar os pequenos
detalhes para se ter uma visão real de uma pessoa ou problema. Uma particularidade de alguém,
um pormenor sobre um caso podem provocar um insight.
Normalmente as idéias mais criativas são aquelas mais obvias e simples. As crianças são a
essência da simplicidade e podemos aprender muito observando a maneira com que elas
desenvolvem suas brincadeiras e criações.
Do outro lado temos os idosos com toda a experiência e sabedoria acumulada a duras provas
durante várias gerações de muito trabalho. Se observarmos outras culturas, como, por exemplo, a
oriental, poderemos aprender a respeitar um pouco mais essas pessoas tão especiais e que têm
muitas coisas para nos ensinar.
Se juntarmos a simplicidade das crianças com a experiência dos idosos, teremos uma poderosa
fonte de idéias.
“Ao analisar pessoas de todas as idades, constituições, culturas e portes, aprendemos que os
melhores produtos incorporam as diferenças das pessoas”. Tom Kelley
É importante ter a mente aberta para as mudanças, novidades e diversidades que surgirem. Como
muito bem disse, Kelley logo acima, os melhores produtos, assim como as melhores idéias podem
surgir das diferenças entre as pessoas, coisas, idéias, etc.
Ter coragem de perguntar, questionar e duvidar, é o caminho para entender melhor o problema e
dar o primeiro passo no desenvolvimento de uma solução criativa.
Uma das características infantis presentes nos adultos criativos é fazer perguntas sobre temas que
eles em geral, já não questionam mais.
Não adianta só ter idéias, é preciso ter coragem para mostrá-las aos amigos, família, sócios,
patrocinadores, etc. Ao apresentarmos uma idéia, ela cresce, se transforma e atinge uma outra
esfera. É nesse momento que a colocamos a prova e podemos visualizar suas reais possibilidades.
“Quem troca pães, fica com um único pão. Quem troca idéias fica com as duas. O melhor negócio é
sempre trocas idéias.” J.M. Machado de Assis.
Jack Welch ex-presidente da General Eletric diz em seu livro “Jack Definitivo”, que se uma idéia não
resistir a algumas perguntas de corredor, por certo não resistirá ao mercado.
Toda nova idéia normalmente passa por diversos tipos de resistências e obstáculos. Da falta de
vontade política a escassez de recursos humanos e materiais. Mesmo uma excelente idéia pode
sofrer todo tipo de pressão, por isso, para vencermos precisamos ser perseverantes, mantermos a
motivação e sabermos buscar os aliados certos.
Ter coragem para tentar, mesmo sabendo que é provável que tenhamos muitas quedas durante o
percurso. Nunca devemos esquecer que as piores idéias, são sempre aquelas que nunca saíram
das gavetas.
Qualquer tipo de droga legalizada ou não, pode à primeira vista ajudar no processo criativo, mas
cuidado, o preço cobrado é caro demais por alguns voláteis instantes de bem estar e euforia.
Não é caretice, é fato! Todos que utilizam por muito tempo algum tipo de bengala acabam
desaprendendo a andar sozinhos. Com o tempo ainda diminuem sua capacidade de criação,
raciocínio, concentração e percepção.
É preciso ainda estar atento a outros tipos de perigos aparentemente inofensivos, mas que podem
ter conseqüências negativas ao processo criativo. São eles a baixa auto-estima, a insegurança, o
medo de errar, a timidez, o ciúme, a preguiça, o comodismo, o desamor e a timidez, que juntos ou
separados, podem limitar e até neutralizar seu potencial criativo.
Só erra quem faz e só constrói uma grande idéia quem acredita em seu potencial, tem paixão pela
que faz e acredita na sua idéia.
É claro que mesmo o “melhor” trabalho não pode ser sempre divertido e prazeroso. Mas quando
descobrimos nossos verdadeiros talentos e trabalhamos no que gostamos, transformamos nossas
segundas-feiras, em dias tão interessantes quanto os sábados.
“As pessoas não têm mais talento, têm mais paixão por seus assuntos. Einstein investia tempo,
todos os dias, viajando pelo imensurável espaço além da atmosfera terrestre com sua imaginação
intuitiva. Quem quiser ter mais intuição sobre alguma coisa deve aumentar sua paixão sobre ela”.
Psicóloga Sharon
Roberto Menna Barreto fala em seu livro “Criatividade no Trabalho e na Vida”, que existem
ingredientes que devem ser misturados e muito bem cuidados para que possamos ter idéias
criativas. A partir da idéia de um médico pernambucano, ele criou um acrônimo chamado BIP. O B é
exatamente o Bom Humor. Segundo o autor, bom humor é estar numa boa perante um problema,
qualquer problema, é razão imprescindível, sine qua non, para um indivíduo ter um flash criativo
capaz de resolvê-lo.
Problemas que nos comprometem o bom humor, que nos fazem sofrer, são problemas para cuja
solução estamos provisoriamente, impotentes.
Roberto tem razão, quando estamos de bom humor, todas as coisas ficam mais claras e fáceis. Mas
na falta dele, é como se perdêssemos parte da visão e não pudéssemos mais enxergar todas as
paredes de uma sala. Sem ele, nosso raciocínio e intuição ficam comprometidos.
Quando estava terminando este artigo tive alguns problemas pessoais que me privaram o bom
humor e o poder de concentração. Fiquei quase uma semana sem conseguir escrever uma linha.
É muito difícil, poderia até dizer que é quase impossível manter o humor quando passamos por
algum problema pessoal que nos deixa triste, desmotivado e até sem esperanças. Mas mesmo
assim, é preciso levantar a cabeça, olhar o problema de frente e dar a volta por cima. Quando
consegui recuperar o humor, passei a enxergar meu problema com outros olhos e afinal, ele não era
assim tão feio.
- Trabalhe duro
“Eu penso 99 vezes, e nada descubro; deixo de pensar e mergulho no silêncio – e eis que a verdade
me é revelada”. Einstein
Na filosofia milenar de Bhagauad Gita se exprime esta verdade do seguinte modo: “Quando o
discípulo está pronto o mestre aparece”.