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Prefeitura Municipal de São Paulo Gestão 2013—2016

Espaços
públicos e a
cidade que
queremos

Secretaria Municipal de
Desenvolvimento Urbano
Espaços públicos e a cidade que queremos 3

Sumário

05 Apresentação

07 Rede de espaços públicos:


Conceito, diálogo, metodologia

08 Renovação das formas de uso

12 Diálogo aberto

14 Projetos-piloto

16 Ações estratégicas

17 Caixa de ferramentas

27 Projetos

29 Centro Aberto

75 Mobiliário do Largo da Batata

93 Parklets Municipais

103 Vale do Anhangabaú

123 Calçadões / Sete de Abril

141 Santo Amaro

159 Considerações finais

166 Créditos
Espaços públicos e a cidade que queremos 5

Apresentação

A cidade oferece inúmeras oportunidades Pensar a recuperação dos espaços


a quem nela vive. São oportunidades que públicos passa necessariamente pelo
se tem de habitar e trabalhar, de ter direito entendimento de suas formas de uso. É
ao lazer e à cultura, às compras e aos ser- preciso não simplesmente construir novos
viços, ao usufruto dos espaços de encontro espaços, mas sim transformar as estruturas
e a propiciar capacitação e educação aos preexistentes, a fim de renovar o seu uso e
seus cidadãos. Estas oportunidades geram dotá-las de significação, ou seja, transfor-
nos habitantes da cidade não só a neces- mar esses espaços em lugares em que se
sidade de deslocamento por seu território, potencialize o domínio público.
mas, principalmente, a necessidade de
permanência em seus inúmeros espa- A presente publicação tem o objetivo
ços. E são nos espaços de permanência, de registrar algumas práticas realiza-
principalmente os espaços públicos, que das pela SMDU e SP Urbanismo, na
se manifestam as demandas dos cidadãos. gestão 2013–2016, voltadas à ação sobre
Entretanto, para garantir a presença de o espaço público pelo viés da compreen-
toda a população no espaço é necessário são do modo de uso desses espaços. Os
estar atento a como as diferentes deman- projetos aqui apresentados foram cons-
das e dinâmicas acontecem em suas ruas, truídos a partir de um extenso trabalho de
avenidas, praças e parques, e qual é o leitura das condições e das potencialidades
impacto na qualidade da infraestrutura e da existentes, buscando sempre a melhor
paisagem da cidade. estrutura para o desenvolvimento de uma
cidadania plena.
Em São Paulo, a qualificação dos espaços
públicos e de suas formas de ocupação Fernando de Mello Franco
constitui um tema exaustivamente debatido Secretário Municipal de
Desenvolvimento Urbano
nos últimos trinta anos, período em que a
cidade buscou reinventar seus espaços
mediante uma série de projetos e obras a
fim de se requalificar. Todavia, essas ações
não atingiram plenamente seus objetivos,
pois não priorizaram o que de mais rele-
vante esses espaços suscitam: a maneira
como as pessoas os utilizam.
Espaços Públicos e a cidade que queremos 7

Rede de
espaços
públicos:
Conceito,
diálogo,
metodologia
8 Espaços públicos e a cidade que queremos

Renovação A perspectiva de renovação das formas de Um processo de projeto dos espaços públi-

das formas
uso dos espaços da cidade ocorre não só cos que fosse ao mesmo tempo participati-
pelo apreço e cuidado com as áreas pú- vo e tecnicamente adequado exerceu tam-

de uso
blicas, mas também pela necessidade de bém o papel de articular as políticas muni-
atualização e transformação das estruturas cipais voltadas às mais diversas agendas,
preexistentes. Neste sentido a diversifica- no âmbito da promoção de melhor infraes-
ção das atividades, envolvendo um número trutura e de transparência nos processos
maior de grupos de usuários, constitui o de gestão. A esse processo convergiram
instrumento fundamental para construir a propostas de diversos órgãos municipais,
apropriação pública do espaço. Além de por exemplo, o WiFi Livre SP, a renovação
melhorar a percepção de segurança e de da iluminação pública, o incentivo à presen-
qualidade dos espaços, esse processo leva ça de artistas e de comida de rua, assim
ao reforço do sentido de pertencimento e como a rede de bicicletas compartilhadas e
de identificação da população com a cida- a instalação de paraciclos.
de. A ressignificação de seus usos passa,
portanto, pelo entendimento da renovação A iniciativa de repensar os usos e a função
e da gestão dos espaços públicos como um dos espaços públicos na cidade foi desen-
campo de negociação de conflitos de seus volvida pela SP-Urbanismo com base em
cidadãos, em que a coexistência pública se três ações complementares que procura-
torne não somente possível, mas priorita- ram resgatar a importância dos espaços
riamente desejável. e de seus projetos, não apenas para a
cidade, mas também para a administração
Para além do tratamento da infraestrutura municipal. A primeira dessas ações consis-
e do desenho de sua paisagem, a discus- te na implantação de um programa de usos
são relevante se refere a como criar nova e atividades em espaços que se encontram
significação para o uso e o tratamento dos subutilizados ou mesmo fechados ao uso
espaços públicos da cidade de São Paulo, cotidiano da cidade. Nesse caso, não se
em suas mais variadas origens. Mas para trata de reconstruir os espaços, mas de
ensaiar outras formas de afirmação da fun- renovar suas formas de uso e revelar a
ção dos espaços públicos, vivenciando as importância desses lugares para a fruição
transformações imaginadas para, depois, tor- da cidade. O programa Centro Aberto tem
ná-las permanentes, é necessário entender o objetivo de ativar espaços degradados
o campo do projeto como um campo político. ou pouco utilizados pela população, substi-
tuindo gradis e bloqueios por áreas abertas
Assim, o objetivo das experiências realizadas com intensa atividade de lazer, num convite
nessa esfera pela SP Urbanismo, durante a à permanência. Ao mesmo tempo, o Centro
gestão 2013-2016, foi desenvolver e operar Aberto atua como articulador de políticas
o projeto desses espaços como um fazer po- públicas municipais, agregando diversas
lítico: incentivar o seu uso, observando suas ações setoriais com o objetivo único de res-
diferentes formas de ocupação pela popula- taurar os usos e ativar as funções desses
ção e transformando-os em espaços ativos, espaços. Esse programa se concretizou
que contribuem para a vida cotidiana de mediante um processo participativo de pro-
quem usufrui a cidade. É esse processo que dução do espaço urbano e foi desenvolvido
a Prefeitura de São Paulo vem desenvolven- por meio do diálogo entre os diversos agen-
do e defende como adequado para a reno- tes envolvidos na produção e no uso do es-
vação das formas de uso e para resgatar o paço. Nas audiências e oficinas de projeto
sentido simbólico dos lugares da cidade. realizadas foram aplicadas as ferramentas
Conceito, diálogo, metodologia Renovação das formas de uso 9

de desenho urbano que auxiliam na toma- Limpa,1 a regulamentação dos Parklets2 fraestrutura adequada de suporte para
da de decisão em cada situação, levando e a política pública de ampliação da ex- as atividades nessas áreas. A aplicação
ao resgate da escala humana dos espaços periência desse novo tipo de espaço para de novos componentes e materiais, di-
públicos da área central da cidade. toda a região periférica da cidade são ferentes procedimentos de manutenção,
exemplos desse procedimento. relação dos projetos com o nível de inter-
Na segunda ação, o objetivo foi pesquisar ferência de instalações e infraestrutura
e qualificar os processos de regulamenta- Como forma de efetivar a transformação do subsolo, a implantação de mobiliário
ção e de cooperação entre a administração dos espaços públicos, o processo de urbano e as novas formas de valorização
pública e os cidadãos para implantar novas projeto também investigou e ampliou a da paisagem urbana constituíram as dire-
formas de ocupar os espaços das ruas da tecnologia quanto à construção da in- trizes de desenvolvimento dessa terceira
cidade. Essa regulação não se colocava ação. O projeto de reurbanização do Vale
mais somente como forma de controle do do Anhangabaú e dos calçadões, iniciado
uso da rua, mas como uma atualização pela transformação da Rua Sete de Abril,
1. Manual ilustrado de aplicação da Lei Cidade
das atribuições e das contrapartidas quan- Limpa e normas complementares. Disponível em
foi uma iniciativa importante da gestão
to à permanência de determinados usos do http://gestaourbana.prefeitura.sp.gov.br/wp-content/ neste sentido. Além destes exemplos, po-
domínio público. Processos que acontece- uploads/2016/10/Cartilha-Lei-Cidade-Limpa.pdf. demos incluir a reurbanização da Avenida
Acesso em 2016.
ram para além dos já consolidados termos Santo Amaro, que inaugura uma forma
de cooperação e que possibilitaram usos de qualificar as avenidas associadas a
2. Manual operacional para implantar um parklet
mais abrangentes, temporários e culturais em São Paulo. Disponível em http://gestaourbana.
corredores de transporte, confirmando a
do espaço urbano. A consolidação das re- prefeitura.sp.gov.br/wp-content/uploads/2014/04/MA- assertividade dessa abordagem.
soluções complementares à Lei Cidade NUAL_PARKLET_SP.pdf
10 Espaços públicos e a cidade que queremos

Atividades culturais e esportivas na rua


Conceito, diálogo, metodologia Renovação das formas de uso 11

Espaços reconquistados

Áreas de descanso em espaços reconquistados


12 Espaços públicos e a cidade que queremos

Diálogo O diálogo com aqueles que usam e O portal Gestão Urbana SP, por exemplo,

aberto
transformam a cidade configura-se como demonstrou ser um importante canal para
o elemento principal no desenvolvimento a participação dos munícipes em temas
de uma política pública de renovação dos relevantes, como a revisão do Marco
espaços públicos e na elaboração dos Regulatório da cidade e o debate sobre
conceitos de cada intervenção. Desde o as diretrizes de importantes projetos.
início de 2013, demos início a um proces- Soma-se a esse canal de informação
so de diálogo com a população de várias o contato frequente com a população
formas e por vários canais. por meio de uma variedade de tipos
de encontro, como oficinas, reuniões e
audiências públicas, o que culminou no
desenvolvimento de projetos que articu-
lam políticas municipais voltadas para as
mais diversas agendas, para o atendi-
mento de demandas complexas e para a
transparência dos processos de gestão.
Conceito, diálogo, metodologia Diálogo aberto 13

Nesse constante diálogo aberto com a são e para quem se destinam esses usos,
comunidade, uma das primeiras experiên- defendendo uma agenda ampla, flexível e
cias foi o estabelecimento de uma metodo- necessariamente democrática – para todas
logia de trabalho participativo com vários as pessoas, independentemente de sua
segmentos. A definição de um primeiro condição social ou da sua forma de lazer
recorte para a aplicação dessa metodolo- e de trabalho na região. Os projetos-piloto
gia se deu por uma questão estratégica e e o programa Centro Aberto são, na área
afetiva. Desde o final do século 19, a área central do município, casos de excelência.
central da cidade é seu espaço de maior O sucesso na aplicação da metodologia de
referência; tem a maior oferta de comércio diálogo participativo ensejou sua expansão
e de serviços, de transporte e de patri- para outras áreas do município. Na discus-
mônio histórico e cultural. Não é diferente são que já vinha ocorrendo acerca do uso e
em relação aos espaços públicos. Para da ocupação do Largo da Batata, em outro
renovar as formas de seu uso e seu caráter exemplo, a organização de oficinas aliada
simbólico, duas estratégias são importantes a um trabalho intersecretarial alcançou
na região central. Primeiro, afirmar quais resultados muito positivos.
14 Espaços públicos e a cidade que queremos

Projetos-
piloto

Os projetos-piloto são formas de testar de realizar o projeto-piloto, a coleta de


novas soluções em escala real antes de dados e o levantamento das qualidades
se realizarem alterações permanentes no e deficiências de cada local ajudam a
espaço. Ao mesmo tempo, esses pilotos identificar as mudanças necessárias e
permitem o diálogo público e o envolvi- a documentar o processo de projeto,
mento da comunidade, convidando atuais justificando a motivação da transforma-
e potenciais usuários para o engajamento ção do lugar; (ii) Após a implantação do
no processo de mudança da cidade e projeto-piloto, o levantamento de dados
para que indiquem as necessidades e as tem o objetivo de sublinhar os efeitos
demandas de cada grupo. O conteúdo e o das mudanças e apontar as qualidades
prazo de implantação temporária podem alcançadas, e os aperfeiçoamentos ne-
variar de um projeto para o outro, de acor- cessários advindos dos aprendizados de
do com objetivos e os critérios de sucesso cada proposta específica, além de moni-
definidos para o lugar. torar o grau de satisfação dos usuários
em relação ao projeto.
Essa metodologia provou ser uma ferra-
menta política importante na tomada de Os resultados positivos dos projetos-
decisão, uma vez que demonstra direta- pilotos implantados são, na verdade, a
mente como a vida cotidiana da cidade sinalização de que a melhoria da cidade
será afetada, quais são os resultados passa impreterivelmente pela renovação
positivos do processo e os pontos que das formas de uso de seus espaços pú-
precisam ser corrigidos para incrementar blicos. A metodologia de projeto adotada
os objetivos da proposta. Nesse contex- se qualifica, portanto, como um impor-
to, a coleta e a interpretação de dados tante processo de transformação urbana,
sobre cada lugar são indispensáveis abrindo caminho para novas possibili-
para avaliar e melhorar os projetos, ser- dades de expansão desta proposta para
vindo para diferentes objetivos: (i) Antes outras regiões.
Conceito, diálogo, metodologia Projetos-piloto 15

Coleta de dados
antes e depois da intervenção
Atividades no Largo Paissandu / Avenida São João

Atividades no Largo São Francisco


16 Espaços públicos e a cidade que queremos

Ações Durante o desenvolvimento dessas ações, Associados a esse processo foram desen-

estratégicas
um processo de projeto que consideras- volvidos diversos procedimentos e ações
se o campo político de pactuação das para, a partir dos problemas diagnostica-
demandas da sociedade e a governança dos, propor soluções que transformem de
do espaço viu como necessário estimu- maneira coesa os espaços públicos. O
lar o trabalho efetivamente participativo Diálogo Aberto determinou o debate sobre
e colaborativo do projeto, respeitando a o programa de requalificação dos espaços
heterogeneidade dos desejos da popula- e suas consequentes propostas, resultan-
ção e as virtudes de cada espaço. Esse do ações no espaço público, definidas em
processo abrange não só a identificação três abordagens:
dos problemas e as potencialidades de
cada lugar, mas também a avaliação in 1 priorização e proteção aos meios não
loco de seus componentes formadores e o motorizados de deslocamento, principal-
levantamento das hipóteses da transforma- mente de pedestres e ciclistas;
ção. Assim, os projetos desenvolvidos na
SP Urbanismo contemplaram: 2 ações de suporte à permanência das
pessoas no espaço público;
I a produção de uma base de dados sobre
as atribuições dos espaços e sobreposi- 3 promoção de novos usos e atividades
ção dos usos e serviços neles existentes para estes espaços.
atualmente, bem como os encargos e
responsabilidades, com transparência das As ações estratégicas, que tratam da
informações, visando qualificar o processo abordagem e do programa sobre o espaço
de diálogo entre os diferentes agentes; público, podem ser compostas de inúmeras
soluções de projeto, e várias delas foram
II a identificação das agendas e dos agen- experimentadas nos Projetos-piloto. Com
tes nos processos participativos e culturais base na análise do comportamento das
que utilizam a infraestrutura produzida para experiências, elaborou-se um conjunto va-
a ativação dos espaços; riável e flexível de ferramentas de desenho,
passando a compor o acervo de procedi-
III a integração das diferentes políticas mentos da Prefeitura. Estas ferramentas
públicas tendo a governança como for- contribuíram não somente para incremen-
ma de pactuação entre essas ações e tar a técnica e a qualidade do projeto,
esses agentes; mas também para ressignificar o usos de
cada lugar.
IV a definição dos componentes do pro-
cesso de produção do projeto, adequando Concomitantemente às estratégias relativas
a agenda oriunda do diálogo e dos instru- ao programa de requalificação, as inter-
mentos de intervenção urbana, desenvolvi- venções no espaço público incorporaram
dos por meio do processo de investigação ações de renovação de infraestrutura.
dos Projetos-piloto; Com a coordenação da SP Urbanismo,
foram desenvolvidas pesquisas técnicas
V definições de ações de curto e longo para obter soluções inovadoras de infraes-
prazos para, em curto prazo, transfor- trutura básica dos espaços, o que resul-
mar a cultura de uso da cidade (ativa- tou em novos desenhos de soluções de
ção) e, em longo prazo, incrementar a pavimentação, iluminação, elementos de
infraestrutura (suporte). drenagem e mobiliário.
Conceito, diálogo, metodologia Caixa de ferramentas 17

Caixa de As ferramentas de desenho desenvolvi-

ferramentas
das para a composição de estratégias de
suporte e de renovação do uso dos es-
paços públicos, desenvolvidas em ações
inter-secretariais, garantem as condições
para o desenvolvimento das atividades da
vida urbana.
18 Espaços públicos e a cidade que queremos

Prioridade e proteção
de pedestres e ciclistas
Melhorias nas travessias

O objetivo dessas ferramentas é melhorar a


acessibilidade e a segurança de pedestres
e ciclistas para acesso e passagem, além
de assegurar boa sinalização. Em áreas
movimentadas como o Centro de São Pau-
lo, é importante garantir esse espaço, com
atribuições espaciais de acordo com as
necessidades dos usuários.

A implantação de ciclovias promove o vín-


culo seguro e direto entre a área central,
os principais pontos de transporte público e
os bairros. Esse é um passo em direção a
uma cidade mais amigável e mais humana,
testando novas soluções que sejam funcio-
nais também para outras áreas urbanas.
A instalação de estações de bicicletas
compartilhadas, paraciclos e bicicletários foi
fundamental nesse processo.

A sinalização horizontal é um elemento


estruturador e possibilita novos usos e a
fruição das ruas existentes, garantindo a
segurança dos pedestres no compartilha-
mento das vias. Faixas de prioridade de
pedestres, ampliação da área de espera
nas travessias e a faixas de travessias em
diagonal são alguns exemplos.
Conceito, diálogo, metodologia Caixa de ferramentas 19

Infraestrutura de apoio ao ciclista


20 Espaços públicos e a cidade que queremos

Suporte à
permanência
Espaços de estar

Melhorar as condições de permanência


em espaços públicos é fundamental para
promover a vida urbana e a segurança na
cidade. A criação de pontos de encontro
e locais para descanso e lazer, a partir
de mudanças qualitativas nos espaços,
leva ao convívio e ao intercâmbio entre os
usuários locais, os recém-chegados, os
estudantes, residentes, trabalhadores de
escritórios, comerciantes, entre outros.

A melhoria e o tratamento localizado da


iluminação e a implantação de mobiliário
que possibilite o ócio e a contemplação são
ações dessa natureza. Iluminação localiza-
da, bancos modulares, mobiliário portátil e Bancos modulares
outros elementos configuram um espaço
seguro e atrativo.

Vasos e cantoneiras de ferro


Conceito, diálogo, metodologia Caixa de ferramentas 21

Mobiliário portátil Iluminação localizada


22 Espaços públicos e a cidade que queremos

Promoção de novos
usos e atividades
Atividades cotidianas

As ações estratégicas de ativação do espa-


ço público podem servir de incentivo a ati-
vidades cotidianas, tais como alimentação,
informação turística e de serviços, ativida-
des lúdicas, esportivas e culturais.

As atividades cotidianas são elementos de


afirmação da escala humana nas ruas e
propiciam o compartilhamento de funções
e modos de apropriação do espaço. Entre
eles, destacam-se os centros de informa-
ção e de apoio, os serviços de suporte às
atividades de trabalho e estudo, como o
Wifi livre SP, pontos de recarga de eletrô-
nicos, entre outros; a comida de rua, que,
além de garantir a presença de pessoas Atividades comerciais
nesses espaços, possibilita a alimentação
ao ar livre e o ponto de encontro em locais
públicos, medidas para um convívio social
frutífero e de trocas com a cidade.

As atividades de lazer são compostas de


elementos que propiciam a intervenção lú-
dica no espaço público. São exemplos dis-
so os equipamentos de atividades físicas e
de recreação, inclusive os infantis.

As ações culturais proporcionam a oportu-


nidade de permanecer no espaço público
ao longo do dia. Atividades como cinema
ao ar livre, por exemplo, garantem a per-
manência noturna e o acesso gratuito à
cultura. A presença de artistas de rua é
também benéfica nesse sentido, pois mo- Quiosques
biliza grupos de espectadores e incentiva a
permanência e a participação na cidade.
Conceito, diálogo, metodologia Caixa de ferramentas 23

Ações culturais Atividades de lazer

Ações culturais Atividades de lazer


24 Espaços públicos e a cidade que queremos

Infraestrutura

Além das ações listadas nas três abor-


dagens propostas no diálogo com a
sociedade, procedimentos relativos à in-
fraestrutura de suporte são fundamentais
para garantir as condições adequadas ao
desenvolvimento das demais intervenções:
enterramento de fiação, organização da
infraestrutura subterrânea, criação de gale-
rias, qualificação do sistema de drenagem,
iluminação pública, arborização e melhoria
dos serviços públicos de modo geral.

Coleta de lixo Iluminação pública

Infraestrutura subterrânea
Conceito, diálogo, metodologia Caixa de ferramentas 25

Piso

Tampa oculta Sistema de drenagem


Espaços Públicos e a cidade que queremos 27

Projetos
SP Urbanismo
Projetos
Anhangabaú

Calçadões - Fase 1

Calçadões - Fase 2

Centro Aberto

Largo da Batata

Avenida Santo Amaro

Parklets municipais

Parklets

0 2 5 10km
Projetos 29

Centro
Aberto

Os projetos do Largo São Francisco e Nessa segunda fase, também, os dois pro-
da Praça do Ouvidor Pacheco e Silva, e jetos já implantados sofreram reformas de
do Largo Paissandu e Avenida São João manutenção. Um aspecto fundamental foi a
foram implantados inicialmente como proje- contratação de um processo de ativação do
tos-piloto para testar as ações estratégicas mobiliário urbano instalado, complementar
estabelecidas nos processos de debate às funções da administração pública. A
participativo, assim como testar as ferra- presença constante de monitores é funda-
mentas de desenho. Após pouco mais de mental para o desenvolvimento das ações
um ano de funcionamento, as pesquisas pretendidas nesses espaços: a disponibili-
pós-implantação no local demonstraram zação de mobiliário portátil e equipamentos
completa aderência da população, con- para a prática de jogos e de atividades cul-
solidando a pertinência dessa forma de turais; a manutenção preventiva e corretiva
intervenção, que permite o diálogo público de mobiliário fixo; e a oferta de sanitários
e envolvimento da comunidade, atraindo químicos para manutenção da limpeza dos
usuários para se engajarem no processo lugares. Esta iniciativa qualifica a presen-
de mudança do espaço público. ça do poder público nestas localidades,
fomentando a comunicação, o diálogo e a
Ao consolidarmos essa forma de interven- participação da população.
ção, iniciamos a 2ª fase do Programa, com
estudos para várias localidades na região
central. Entre as localidades estudadas,
duas se destacaram pelo alcance do proje-
to e pela articulação local: Largo São Bento
e Rua Galvão Bueno, respectivamente.
30 Espaços públicos e a cidade que queremos

Região municipal
atendida pelo projeto

Mapa de situação
Centro Aberto

Áreas de intervenção

Outras áreas de intervenção

Equipamentos de saúde

Equipamentos de esporte e cultura

Equipamentos de serviço social

Equipamentos educacionais

Mercado Municipal

Estações CPTM

Estações Metrô

Terminal de ônibus
MSP
Subprefeituras Ferrovia
Área do mapa
Metrô

Operação Urbana
Consorciada Centro

Edificações

Quadras viárias

Áreas verdes

Hidrografia

0 5 15 30km 0 2 500 1000m


Conceito, diálogo, metodologia Conceito, diálogo, metodologia 31

AIA
ES M
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VIADUTO DO AV D
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RR
CO
32 Espaços públicos e a cidade que queremos

Largo
São Francisco

O projeto resulta na reconquista de uma Implantação


área pública antes cercada e hostil, que
protegia áreas de ventilação do metrô. As
grades azuis limitavam as perspectivas Telefone público
visuais e os caminhos dos pedestres,
causando sensação de insegurança na Postes de iluminação
praça. A sua retirada possibilitou a in-
serção de elementos convidativos à vida Lixeira aramada
urbana na escala humana.
Balizador
A implantação de elementos de mobiliá-
rio e um ambiente com novas funções Paraciclo
intensificou o uso público, pois gerou um
espaço de encontro e de descanso ao
ar livre, tanto aos moradores da região Ombrelone
como para trabalhadores e estudantes,
além de incentivar a permanência noturna Mesa de pingue-pongue
graças às atividades de lazer, como cine-
ma e karaokê na praça, e de festas nos Banco "s" de madeira
finais de semana. com encosto

Conjunto de mesa e
cadeira dobráveis

Cadeira dobrável

Container

Xadrez gigante

Conjunto de sanitários
químicos

Banca de jornal

Piso em grama
Projetos Centro Aberto 33
34 Espaços públicos e a cidade que queremos

Histórico Diretrizes

A Praça Ouvidor Pacheco e Silva e o Lar- As principais diretrizes para o Centro


go São Francisco, localizados no Centro Aberto São Francisco foram recuperar o
da cidade de São Paulo, entre as ruas espaço gradeado para uso público; quali-
São Francisco, José Bonifácio e Libero ficar as travessias de pedestres onde se
Badaró, abrigam alguns marcos históricos mostrou necessário, a partir de levanta-
da cidade, e nelas se situa o principal mentos desenvolvidos na região; trazer
conjunto de arquitetura barroca paulista- atrativos e qualidade para a permanência
na. Aí estão instaladas a Faculdade de no local; e converter um espaço subutili-
Direito da Universidade de São Paulo e zado em área de contemplação da cidade
as igrejas de São Francisco de Assis e e do patrimônio histórico.
das Chagas do Seráfico Pai São Francis-
co. Em conjunto com o Largo São Bento
e a antiga igreja do Carmo, o Largo São
Francisco constitui o triângulo histórico de
formação da cidade.

Diagnóstico

Com a instalação do metrô, no Largo São


Francisco foram implantadas áreas de
respiro para a conexão entre as estações
Sé e Anhangabaú. Ao longo dos anos,
houve a degradação do espaço em razão
da ausência de atrativos para a perma-
nência no local. A região possuía grande
concentração de fluxo de pedestres no
horário comercial, em virtude dos escritó-
rios no entorno do Largo São Francisco,
e apresentava esvaziamento no período
noturno e em fins de semana.
Projetos Centro Aberto 35
36 Espaços públicos e a cidade que queremos

Antes e depois
Projetos Centro Aberto 37

Projeto São Francisco


em números
O novo espaço conta com um grande zação horizontal até a adição de elementos
deque de madeira no local anteriormente associados, como anteparos às travessias
protegido por grades, que se adapta tanto – vasos e monolitos de granito –, paraciclos Área de implantação:
à inclinação natural do piso quanto às (suportes físicos para prender as bicicletas) 3.900,00 m²
muretas de proteção do respiro do metrô, e bicicletas compartilhadas. Área total do deque: 397m²
estabelecendo diferentes espaços, como
uma mesa para refeições ao ar livre, Foi implantada uma nova faixa de pedes- Data do projeto: 2013
patamares adequados para se sentar ou tres em continuidade ao eixo histórico Data da obra:
apoiar, espaço para apresentações artísti- da Rua São Bento, local onde, segundo Projeto-piloto:
cas. As inúmeras configurações espaciais, as pesquisas pré-implantação, ocorriam setembo 2014
permitem sessões de cinema na praça, várias travessias. Nessa nova implan- Projeto definitivo:
comida de rua e Wifi, proporcionando ao tação de faixa, foi ampliada a área da setembro 2016
público uma experiência mais vibrante calçada com pintura, o que tornou a
e ativa. Outros elementos de mobiliário, travessia mais curta, além da integração
como mesa de pingue-pongue com raque- com a nova ciclovia. Com isso, a média • 1 base de apoio (contêiner
tes e bolinhas disponibilizadas no Centro de travessias por hora saltou de 95 para • 4 bancos de mureta linear
de informações (contêiner), bancos de 162 pessoas, que passaram a cruzar com encosto (2,50m)
praça, bancos de mureta, lixeiras, mobiliá- a rua em segurança.  • 1 banco-mureta linear sem
rio portátil (cadeira de praia, guarda-sóis encosto (1,20m)
do tipo ombrelone, mesas e cadeiras de • 11 bancos “s” de madeira
ferro dobráveis), oferecem condições de com encosto
conforto físico e visual para permanência • 1 mesa de pingue-pongue
na praça, descanso, almoço e para aguar- • 60 cadeiras de praia
dar o transporte público. • 12 conjuntos de cadeiras e
mesas dobráveis
A instalação de tomadas junto à rede • 8 ombrelones acoplados
pública gratuita de internet (Wifi Livre SP) ao deque
e os banheiros públicos disponíveis 24 • 2 unidades de banheiros
horas por dia, são outros elementos do químicos standard
projeto que dão suporte à permanência de • 2 unidades de banheiros
pessoas na praça. químicos acessíveis

Em parceria com a Secretaria de Cultura/


SP Cine e Subprefeitura da Sé, foram
introduzidos novos usos na praça, com
apresentações musicais, teatrais e artistas
de rua no horário do almoço e no fim de
tarde. Nos fins de semana, a praça se
mantém viva com festas de rua e encon-
tros coletivos, que continuam a ocorrer
espontaneamente. 

O projeto deu prioridade à melhoria do


acesso e também da circulação nesse
local e, para tanto, contou com ações que
envolveram desde a adequação na sinali-
38 Espaços públicos e a cidade que queremos

Deque
Projetos Centro Aberto 39

Deque Nova travessia

Mobiliário portátil
40 Espaços públicos e a cidade que queremos

Banco-mureta
Projetos Centro Aberto 41

Perspectiva

assento e encosto em
tábuas de madeira cumar

estrutura de fixação em
chapa de aço dobrada

furo escareado para parafuso


de fixação

mureta para fixação do banco


furo escareado para parafuso
de fixação

Planta baixa

assento e encosto em
tábuas de madeira cumar
estrutura de fixação em
chapa de aço dobrada

Corte Elevação
42 Espaços públicos e a cidade que queremos

São João
/ Paissandu

Um dos objetivos do Centro Aberto Implantação


Avenida São João e Largo do Paissandu
é melhorar as condições de segurança e
de conforto dos pedestres e passageiros,
equilibrando a distribuição de espaço físi-
co para a circulação e a espera, de acor-
do com as necessidades dos usuários.
Trata-se de melhorar a experiência de
mobilidade ao longo da rua e no aguardo
do transporte público, com oportunida-
des para se sentar e descansar, além de
pequenas intervenções que propiciam um
ambiente mais interessante e garantem,
adicionalmente, travessias para pedes-
tres seguras e diretas, ligando os dois
lados da Rua Antônio de Godoi.
Projetos Centro Aberto 43
44 Espaços públicos e a cidade que queremos

Histórico Diretrizes

No início do século 19, o Largo do No Largo do Paissandu, as diretrizes do


Paissandu era conhecido como Praça projeto objetivam qualificar as travessias
das Alagoas, por conta das nascentes para o acesso e as áreas de espera e
de água que existiam e escoavam em permanência de pedestres em busca de
direção ao Vale do Anhangabaú, forman- transporte público, criar áreas de lazer
do pequenas lagoas. Ao longo dos anos, para crianças e incentivar usos cultu-
esse largo foi se transformando, e a mais rais, em consonância com o entorno.
significativa modificação foi a fundação Ao proporcionar situações de espera de
da Igreja do Rosário dos Homens Pretos, alta qualidade com assentos, sombra
local que passou a abrigar eventos de co- e atividades adicionais – como shows
memoração da libertação dos escravos. em espaço público e comida de rua –,
Além da igreja, no Largo do Paissandu a experiência do tempo de espera pode
existem importantes pontos de referência, ser melhor aproveitada, e os passageiros
como as galerias Olido e do Rock e o podem vivenciar um espaço público mais
tradicional bar e lanchonete Ponto Chic, vibrante e ativo.
fundado em 1922.

Diagnóstico

Com base nos levantamentos realiza-


dos no Largo do Paissandu, verificou-se
a latente necessidade de melhorar as
condições de acesso e de permanência
nesse local, ponto de confluência do
transporte público na região central. A
intensa circulação de ônibus ao redor da
praça dificulta o acesso e condiciona o
isolamento do espaço interior. Ao mes-
mo tempo, a presença das paradas de
ônibus garante presença e circulação de
pessoas no Largo ao longo de todos os
períodos do dia.
Projetos Centro Aberto 45
46 Espaços públicos e a cidade que queremos

Projeto

O projeto para o Largo do Paissandu apri- de rua aliada à oportunidade de se sentar Centro Aberto revelou a presença dessas
mora a condição de espera do transporte adequadamente remete aos diversos crianças na cidade e proporcionou a
público com a instalação de bancos nas restaurantes locais. oportunidade de encontro.
paradas de ônibus e na praça, a melhoria
da iluminação pública e a pintura gráfica A instalação de um playground teve como Um espaço público aberto e com pro-
das estruturas. objetivo dar condições de lazer às diver- gramação cultural gratuita contribui para
sas crianças da região do Largo, presen- seu desenvolvimento, além de ofere-
A estratégia de projeto para melhorar ça constatada na pesquisa prévia. Essas cer oportunidades de convívio e lazer
o acesso e a circulação nesse local se crianças fazem uso contínuo do parqui- com os pais.
constitui de um conjunto de ações de nho, inclusive à noite, e sua presença
sinalização horizontal – desde o Largo contribui muito para aumentar a sensação
do Paissandu e ao longo da Avenida São de segurança nesse local.
João – e a adição de elementos asso-
ciados – balizadores de trânsito, vasos e Outros elementos de mobiliário, como
plantas, monólitos de granito, paraciclos bancos de praça, bancos instalados nas
e bicicletas compartilhadas. muretas, mobiliário portátil – cadeiras
de praia, mesas e cadeiras dobráveis e
Foram criadas áreas de prioridade para ombrelones –, oferecem condições de
pedestres, ampliaram-se as faixas de conforto físico e visual para permanecer
pedestres existentes e criaram-se novas na praça, descansar após o almoço ou
faixas em cruzamentos e pontos estraté- mesmo esperar pelo transporte público.
gicos: Largo do Paissandu e Rua Conse- Esses elementos destacaram-se na apro-
lheiro Crispiniano; Largo do Paissandu vação em pesquisas com usuários.
e Rua Dom José de Barros; Avenida
São João e Rua Conselheiro Nébias e Além dos elementos fixos, o projeto conta
Avenida São João e Rua Pedro Américo. com programação cultural constante, com
Além dessas intervenções, a implanta- ações que apoiam o uso e a permanência
ção da faixa em diagonal no cruzamento na praça e incentivam atividades ao ar
das avenidas São João e Ipiranga reduz livre. Batalhas de break, shows, rodas de
o tempo de travessia dos pedestres e samba e dança foram algumas das ativi-
garante mais segurança em um local com dades que ocorreram no tablado circular
fluxo intenso de pedestres e veículos. do projeto-piloto, ao longo do primeiro
ano de implantação. Outras tiveram lugar
Cabe destacar a ampliação do canteiro no deque e junto ao parquinho – como
em frente à Morada São João – abrigo teatro de rua, atividades e oficinas para
municipal para a terceira idade –, que crianças. Ao longo de todo o período
ganhou caráter de praça com a instalação de implantação, o projeto contou com
de bancos, equipamentos de ginástica e empréstimo e troca de livros para serem
mobiliário portátil. lidos na praça, além de ações de media-
ção de leitura e contação de histórias.
Para dar suporte à permanência nos
espaços públicos das áreas vizinhas, em Muitas das crianças que habitam o
especial no Largo do Paissandu, o projeto Centro vivem em edifícios ocupados por
buscou atrair para o interior da praça os movimentos de moradia e têm poucas
usos de seu entorno. A oferta de comida oportunidades de lazer. A experiência do
Projetos Centro Aberto 47

Atividades culturais no tablado e deque

Parquinho
48 Espaços públicos e a cidade que queremos

Ampliação do espaço público – Morada São João


Projetos Centro Aberto 49

Faixa de pedestre em "x" – São João – Av. Ipiranga


50 Espaços públicos e a cidade que queremos

Antes e depois
Projetos Centro Aberto 51
52 Espaços públicos e a cidade que queremos

Antes e depois
Projetos Centro Aberto 53
54 Espaços públicos e a cidade que queremos

Detalhe do Largo Paissandu

O

LO
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IGREJA DO ROSÁRIO
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DO
RUA ABELAR
PINTO

AVENIDA SÃO JOÃO

0 1 5 10
Projetos Centro Aberto 55

São João / Paissandu


em números

Postes iluminação
Área de implantação:
6315,00 m²
Telefone público Área total do deque: 89 m²

Data do projeto: 2013


Data da obra:
Quiosque de apoio Projeto-piloto:
setembro 2014
Projeto definitivo:
Balanço setembro 2016

Trave
• 1 base de apoio (contêiner)
Escorregador • 2 unidades de banheiros
químicos standard
Piso em grama • 2 unidades de banheiros
químicos acessíveis
Novo banco "s" • 11 bancos de mureta linear
com encosto (2,50m)
Novo banco-mureta • 16 bancos “s” de madeira
com encosto
Lixeira aramada • 1 mesa de pingue-pongue
• 14 lixeiras aramadas
• 1 unidade de paraciclo
Sanitário químico • 1 balanço de dois lugares
• 1 brinquedo tipo carrossel
(gira gira)
• 1 escorregador
• 1 gangorra
• 30 cadeiras de praia
• 4 ombrelones acoplados
ao deque
• 8 conjuntos de cadeiras e
mesas dobráveis
• 4 ombrelones com base
56 Espaços públicos e a cidade que queremos

Galvão Bueno

A proposta para a Rua Galvão Bueno Implantação


consiste em transformar parte da rua em
calçadão nos fins de semana e, durante
a semana, reduzir de modo significativo
a presença do automóvel nessa região.
A intervenção será realizada entre as
ruas Américo de Campos e dos Estudan-
tes, melhorando assim as condições de
circulação de pedestres em uma das ruas
comerciais mais movimentados do bairro
da Liberdade.
RUA AMÉRICO DE CAMPOS

IO
23 E MA
AVENIDA
RUA GALVÃO BUENO

E MAIO
RUA AMÉRICO DE CAMPOS

AVENIDA 23
Projetos Centro Aberto 57

METRÔ LIBERDADE

O BUENO
DANTES
RUA DOS ESTU

0 5 10 25
58 Espaços públicos e a cidade que queremos

Histórico Diretrizes

A Rua Galvão Bueno situa-se no bairro Diante dos dados que foram coletados
da Liberdade, conhecido por concentrar nesse local, o Centro Aberto Galvão
a maior comunidade japonesa em uma Bueno procurou qualificar a área destina-
mesma cidade fora do Japão e hoje tam- da ao passeio dos pedestres, diminuindo
bém amplamente povoado por imigrantes assim a circulação de veículos e criando
coreanos e chineses. A ocupação dessa áreas confortáveis para os passantes.
região por imigrantes japoneses teve
início a partir de 1912; ele se estabele-
ciam principalmente na Rua Conde de
Sarzedas. Em 1974, já com o metrô em
obras, foi finalizada a primeira etapa da
caracterização da Liberdade em Bairro
Oriental, com a implantação de luminárias
orientais e de pórticos de sinalização. Ao
longo dos anos, o bairro da Liberdade tor-
nou-se um centro de referência da cultura
oriental, e a Rua Galvão Bueno, uma das
principais ruas de comércio dessa área,
liga a estação Liberdade do metrô ao
miolo do bairro. O trecho inicial, próximo
ao metrô, é o mais movimentado, e é nele
que se localiza o projeto Centro Aberto.

Diagnóstico

A Galvão Bueno é uma rua comercial


estreita, de mão única, com uma faixa de
estacionamento para carga e descarga.
É muito utilizada por pedestres, que, em
horários de pico, caminham pelo leito car-
roçável. Em datas específicas de intenso
comércio, já está em curso uma operação
de fechamento de trecho dessa rua para
utilização apenas por pedestres.
Projetos Centro Aberto 59
60 Espaços públicos e a cidade que queremos

Projeto Galvão Bueno


em números
Para a ampliação do passeio, foram Em complemento às atividades de com-
removidas as vagas de estacionamento pra, novos bancos de madeira permitem
do lado par dessa rua. As vagas desti- que os usuários descansem, conversem Área de implantação:
nadas a carga e descarga, vitais para o ou façam suas refeições ao ar livre, em 4400,00 m²
comércio da região, foram relocadas em locais definidos estrategicamente para não
mesma quantidade para o lado ímpar, comprometer a circulação de pedestres. O Data do projeto:
próximo da Rua Américo de Campos. O Viaduto Cidade de Osaka recebeu a maior dezembro 2015
mesmo ocorreu com as vagas destina- parte do mobiliário, configurando uma Data da obra:
das a idosos. praça elevada. novembro 2016

A operação de fechamento desse trecho Com o objetivo de aumentar a oferta de


já se realiza algumas vezes no ano, sen- áreas de permanência e contemplação em • 3 bancos de dois níveis
do amplamente conhecida pelo Centro mais horários, o Jardim Oriental também é • 14 bancos de madeira sem
de Engenharia de Tráfego (CET), assim aberto nos dias da semana, com enfoque no encosto
como as alternativas de circulação pelas horário de almoço. Como incentivo ao uso • 10 bancos “s” de madeira
demais ruas do entorno. noturno, quando a maior parte do comércio com encosto
se encontra fechada, são promovidos even- • 4 bancadas de apoio em
A proposta que foi construída, conjun- tos como karaokê ao ar livre, por exemplo. madeira
tamente com a CET, se embasa em • 11 unidades de lixeira
contagens de pedestres e de veículos aramada
realizadas pela SP Urbanismo nesse local, • 3 lunetas
em dias úteis e em fins de semana. Em • 50 cadeiras de praia
um domingo de compras, entre as 9 horas • 6 conjuntos de cadeira e
e as 19 horas, cerca de 64 mil pessoas mesas dobráveis
circulam pela Rua Galvão Bueno a pé, • 1 tela de projeções adaptada
contra menos de 4 mil que passam de car- aos postes
ro ou de moto. Ou seja, 95% dos passan-
tes são pedestres, mas 56% do espaço
está destinado à circulação de automóveis
que transportam apenas 5% das pessoas.
O projeto busca justamente estabelecer
a equidade no uso do espaço público,
priorizando e incentivando a presença de
pedestres, potencializando, assim, a expe-
riência de compras e lazer na região.
Projetos Centro Aberto 61

Antes e depois
62 Espaços públicos e a cidade que queremos

Banco com encosto


Projetos Centro Aberto 63

Perspectiva

taxa metálica para


proteção da borda

encosto em madeira
cumar

assento em madeira
cumar

estrutura do encosto em
barra chata de aço dobrada

estrutura do banco em
perfil retangular de aço

estrutura do banco em
perfil retangular de aço

Planta

taxa metálica para


proteção da borda

banco com estrutura


metálica e assento em
madeira

Corte Elevação
64 Espaços públicos e a cidade que queremos

São Bento

O projeto Centro Aberto no Largo São Implantação


Bento também promove a reconquista de
uma área pública cercada, que anterior-
mente tinha a função de estacionamento Telefone público
de funcionários do Metrô. Nesse caso,
as grades azuis protegiam uma área com Postes de iluminação
muito potencial de uso e contemplação
do patrimônio, pois ali em frente é possí- Lixeira aramada
vel observar o Mosteiro de São Bento.
Balizador
A retirada das grades e a implantação
do mobiliário revelou uma demanda não Paraciclo
atendida até então: a necessidade de
áreas de estar e de permanência nessa
região. Em poucos dias, foi perceptível Ombrelone
a aderência da população em relação a
esse novo espaço. Mesa de pingue-pongue

Banco "s" de madeira


com encosto

Conjunto de mesa e
cadeira dobráveis

Cadeira dobrável

Contêiner

Xadrez gigante

Conjunto de sanitários
químicos

Piso em grama
Projetos Centro Aberto 65
66 Espaços públicos e a cidade que queremos

Histórico Diretrizes

O Largo São Bento é um dos espaços A partir das análises do local, estabelece-
públicos mais antigos de São Paulo, ram-se os objetivos principais do projeto:
constituindo com o Largo São Francisco recuperar o espaço anteriormente des-
e a antiga igreja do Carmo o triângulo tinado a estacionamento de automóveis
histórico de formação da cidade. A igreja particulares, transformando-o em espaço
e o mosteiro que encontramos ali são de de fruição; formar áreas de estar e de
1911. Na década de 1970, com a implan- permanência com variedade de assen-
tação do metrô, o largo passou por uma tos; estimular novos usos e atividades; e
ampla reforma, conectando-se vertical- qualificar, onde se mostrasse necessário,
mente ao Vale do Anhangabaú. as travessias de pedestres.

Diagnóstico

Um dos principais fatos observados nas


pesquisas no entorno do Largo São Bento
foi a presença de um grande numero de
pessoas em assentos improvisados – mu-
retas, degraus de escada, balizadores – ou
em pé, apoiadas em muros e em paredes,
principalmente no horário do almoço e no
fim da tarde. Por ser um dos extremos da
área de calçadões, o conflito entre pedes-
tres e veículos, principalmente nas traves-
sias da Rua Boa Vista, é intenso.

Em frente do Largo, na esquina das ruas


Boa Vista e Líbero Badaró, se localiza-
va um espaço gradeado, utilizado pelo
Metrô, primeiro como canteiro de obras
e depois como área de estacionamento,
que fora antes uma pequena praça.
Projetos Centro Aberto 67
68 Espaços públicos e a cidade que queremos

Projeto São Bento


em números
Foi implantado um grande deque de Próximo a este local foi implantada uma
madeira, com áreas de sombra, mobiliá- nova faixa de pedestres melhorando a
rio portátil e um centro de informações conexão geral entre o Largo São Bento e Área de implantação:
(contêiner) onde são armazenados os seu entorno. 2705,00 m²
mobiliários portáteis (mesas, cadeiras, Área total do deque: 540 m²
ombrelones, xadrez gigante) em horários Na Rua Florêncio de Abreu foi realizada a
em que não há a operação e a zelado- ampliação de uma das calçadas, dimi- Data do projeto: dezembro 2015
ria. O deque implantado é adequado às nuindo a presença de veículos estacio- Data da obra: setembro 2016
inclinações existentes, fazendo a cone- nados ao longo do dia e proporcionando
xão entre as ruas São Bento e Líbero uma área maior e mais confortável para a
Badaró, gerando uma nova experiência circulação de pedestres; criou-se também • 1 base de apoio (contêiner)
de travessia. Essa nova infraestrutura uma nova faixa de pedestres para a tra- • 11 bancos “s” de maderia com
gera um espaço confortável para es- vessia em um dos pontos de maior fluxo encosto
tar e desfrutar ao longo do dia e com a de pessoas. Ambas as intervenções fo- • 1 mesa de tênis de mesa
disponibilidade de tomadas e energia ram pensadas em razão do elevado fluxo • 2 unidades de lixeira aramada
elétrica junto à instalação de rede pública de pedestres nessa região predominan- • 60 cadeiras de praia
gratuita de internet (Wifi Livre SP), além temente comercial, diminuindo de modo • 17 conjuntos de cadeira e
de banheiros públicos, ambos disponíveis significativo a presença do automóvel no mesa dobráveis
24 horas por dia. Esses são elementos do trecho da implantação e proporcionando • 5 ombrelones acoplados ao
projeto que sustentam a permanência de mais segurança aos usuários. deque
pessoas na praça. • 4 ombrelones com base
• 1 tapete de xadrez gigante
Além dessa grande área anteriormente • 2 unidades de banheiros
gradeada, foram incorporados ao projeto químicos standard
mais dois espaços: uma praça subutili- • 2 unidades de banheiros
zada na região mais próxima ao Viaduto químicos acessíveis
Santa Ifigênia e a primeira quadra da Rua
Florêncio de Abreu.

Na praça ao lado do respiro do metrô


foram instalados bancos fixos, sanitários
químicos e uma mesa de pingue-pongue.
Projetos Centro Aberto 69

Nova experiência de travessia Mobiliário portátil

Área de estar e contemplação


70 Espaços públicos e a cidade que queremos

Antes e depois
Projetos Centro Aberto 71
72 Espaços públicos e a cidade que queremos
Projetos Centro Aberto 73

Os primeiros projetos Centro Aberto, ini-


ciados como teste em escala real e prazo
de término, demonstraram a urgência da
revisão do trato do espaço público. A utili-
zação intensa dos locais onde se implan-
taram os dois projetos-piloto ensejou sua
permanência e a criação de um programa
constante de recuperação e ativação de
áreas subutilizadas.

São intervenções de pequena escala,


mas com larga abrangência. Instalados na
área central, servem a pessoas vindas das
mais diversas regiões da cidade, que vêm
ao Centro para trabalhar, fazer compras
ou realizar atividades de lazer, assim
como aos moradores locais. Atividades
imprevistas que passaram a se desen-
volver nos espaços, assim como alguns
horários de utilização demonstram
claramente como a população já se
apropriou destes locais, mesmo quando
recém-inaugurados, como é o caso do
Centro Aberto São Bento.

Esse tipo de intervenção mostra direta-


mente como a vida das pessoas pode
ser afetada pelas mudanças. Cria, de
imediato, um senso de pertencimento e
envolvimento, fundamental na construção
de um compromisso com a cidade, com a
participação política e a tomada de deci-
sões, que serão fundamentais para a sua
própria vida.
74 Espaços públicos e a cidade que queremos
Projetos 75

Mobiliário
do Largo
da Batata

A atual configuração do Largo da Batata


é resultado das obras de ampliação da
Avenida Faria Lima e de um concurso
público de projetos realizado em 2002.
O resultado construído gerou um espaço
excessivamente amplo, pouco arborizado
e sem as instalações de suporte às atuais
atividades que lá são realizadas. No início
da gestão 2013-2016, o entendimento da
situação local, o diálogo com a conces-
sionária do Metrô e a participação dos
moradores, trabalhadores e frequentadores
da área, em conjunto com a parceria entre
SP Urbanismo, SP Obras e Subprefeitura
de Pinheiros ensejou a revisão do pro-
jeto de implantação de mobiliário com a
introdução de equipamentos de esporte,
cultura e lazer.
76 Espaços públicos e a cidade que queremos

Região municipal
atendida pelo projeto

Mapa de situação
Largo da Batata

Área de intervenção

Equipamento de saúde

Equipamento de esporte e cultura

Equipamento educacional

Mercado municipal de Pinheiros

Estações CPTM

Estações Metrô

Terminal de ônibus

Ferrovia

Metrô
MSP
Subprefeituras Edificações
Área do mapa
Áreas verdes

Operação Urbana Consorciada Faria Lima

Quadras viárias

Hidrografia

0 5 15 30km 0 100 250 500m


Projetos Centro Aberto 77

AV
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78 Espaços públicos e a cidade que queremos

Implantação

Banco curvo em concreto

Banco de concreto com


madeira – 13.30m

Banco de concreto com


madeira – 9.10m

Banco ilha (em madeira)

Banco curvo de madeira


(entorno da árvore)

Mesa de madeira com bancos


(para piquenique)

Banco madeira e aço sem encosto

Banco madeira e aço com encosto

Lixeira em aço galvanizado 50lts

Papeleira no banco de concreto

Brinquedo de cordas Corocord

Piso emborrachado em placas


para parquinho

Balanço de 2 lugares

Equipamentos de ginástica

Suporte para bicicleta –


paraciclo padrão PMSP

Pergolado modular

Arvoreira

Balizador de concreto
Projetos Mobiliário do Largo da Batata 79

0 5 10 25
80 Espaços públicos e a cidade que queremos

Histórico Diagnóstico Diálogo Aberto

O Largo da Batata surgiu no fim do sécu- O Largo da Batata atual é uma área Uma das primeiras demandas de grupos
lo 19 como ponto de apoio e parada no situada na confluência da Avenida Bri- organizados da sociedade para o Largo
caminho do núcleo central da cidade para gadeiro Faria Lima com as ruas Teodoro da Batata foi a instalação de um bicicletá-
a região de Sorocaba, importante centro Sampaio, Fernão Dias, Martim Carrasco, rio, necessário para dar suporte e integrar
de abastecimento da cidade. Apesar de Cardeal Arcoverde, Chopin Tavares de o uso da bicicleta aos modais: ônibus e
isolado, no início do século 20 o Largo da Lima e Manoel Carlos F. de Almeida. metrô. O programa do bicicletário con-
Batata já era um entreposto com muito O espaço é cortado pela Avenida Faria templa vagas verticais gratuitas para até
movimento, graças ao “mercado dos Lima, de mão dupla, que atualmente cem bicicletas, bebedouro e estação de
caipiras” que já existia ali. A constituição possui oito faixas de tráfego, sendo duas manutenção de bicicletas, e foi acresci-
da Cooperativa Agrícola de Cotia em exclusivas de ônibus. A Avenida possui do de uma floricultura, mantida por um
1927 consolidou o largo como centro de um canteiro central que neste trecho está Termo de Cooperação firmado com a
comércio hortigranjeiro, que deu o nome em desnível, com muretas que impedem Subprefeitura de Pinheiros. O processo
ao local. A ocupação efetiva da região se a visualização de um lado a outro da de implantação iniciou-se em setembro
deu a partir dos anos 20, com o lotea- avenida. Possui duas grandes instala- de 2013; em julho de 2014 o bicicletário
mento da várzea do rio Pinheiros e da ções de acesso ao metrô, instalações foi inaugurado.
colina em direção à Avenida Paulista. Ao complementares e bancas de jornal em
longo do século 20, o Largo da Batata ambos os lados da avenida. No início Paralelamente às conversas com o grupo
cresceu e teve suas funções ampliadas, desta gestão configurava-se como um de ciclistas, a partir de meados de 2013,
atendendo às populações da região e as local sem mobiliário, sem sombras, com ainda com as obras em andamento, o
que se instalaram ao longo da Avenida algumas árvores recém-plantadas e sem Largo da Batata passou a ser intensa-
Francisco Morato e da Rodovia Raposo manutenção. Por outro lado, o Largo da mente ocupado, em estruturas improvi-
Tavares. Além disso, contribuíram para o Batata se tornou, a partir de 2013, um sadas pelos próprios usuários, em um
seu incremento a instalação de diversos local de intensa vida política, quando foi zoneamento de atividades espontâneo.
pontos finais e intermediários de ônibus escolhido como ponto de concentração Várias solicitações feitas por grupos de
municipais e intermunicipais e a amplia- de algumas das manifestações daquele moradores, trabalhadores e frequenta-
ção e diversificação do comércio, tor- ano. Ali também, muitos grupos iniciavam dores locais, particularmente relativas
nando-o um centro de bairro regional. A uma ocupação mais efetiva do Largo, à ausência de mobiliários urbanos e à
ampliação da Avenida Faria Lima, a partir com a instalação de mobiliários improvi- promoção e incentivos ao uso da praça,
da década de 1990, alterou significativa- sados e atividades que reclamavam uma foram encaminhadas à Prefeitura do Mu-
mente a configuração espacial do Largo ação por parte do poder público. nicípio de São Paulo, tanto à SP Urbanis-
da Batata, e consequentemente, suas mo quanto à Subprefeitura de Pinheiros.
funções de centro de bairro foram com-
prometidas. O projeto para Reconversão Em conjunto com a Subprefeitura de
do Largo da Batata, objeto do concurso, Pinheiros, a SP Urbanismo promoveu en-
insere-se no Plano de Ação da Operação tão oficinas participativas envolvendo os
Urbana Faria Lima e suas obras foram moradores da região e usuários do Largo.
iniciadas em 2007. O objetivo era entender e consolidar as
necessidades do local. Foram realizados
três encontros entre os meses de abril e
dezembro de 2014, os quais resultaram
num conjunto de diretrizes e propostas
consolidadas em uma planta de pro-
grama. Essa planta contempla diversas
propostas de uso da praça, seguindo
os usos e o zoneamento preexistentes.
Projetos Mobiliário do Largo da Batata 81

O conjunto de diretrizes e propostas


desenvolvido com base nas oficinas
constituiu o guia para o desenvolvimento
do projeto de mobiliário urbano para o
Largo da Batata, entre o final de 2014 e o
início de 2015.

Durante o desenvolvimento do projeto


o processo de diálogo continuou ativa-
mente. Foram realizadas reuniões de
acompanhamento para verificação e
aprimoramentos, com sugestões vindas
da Subprefeitura de Pinheiros e dos
usuários. Os encontros tiveram também a
participação dos coletivos que atuam na
região do Largo da Batata e do Conselho
Regional de Meio Ambiente, Desenvol-
vimento Sustentável e Cultura de Paz
(Cades) de Pinheiros.

Diretrizes

As principais diretrizes estabelecidas na


planta de programa foram criar espaços
agradáveis e qualificar o uso da praça.
Isso foi realizado mediante a implantação
de áreas sombreadas efêmeras, espa-
ços de estar, de lazer adulto e infantil,
área para skate, paraciclos, sanitários,
ludoteca, área de alimentação e suporte
para eventos, além do incremento de
travessias entre as áreas separadas por
ruas existentes.
82 Espaços públicos e a cidade que queremos

Planta do programa

Deslocamento de pedestres Metrô – saídas da estação

Faixa de pedestres Pontos de ônibus


“latente”
Feira de orgânicos
Ciclovia faria lima
Área para skates
Áreas de sombra
Mobiliário portátil
Zoneamento
Container de armazenamento
1 Zonas de mobiliário portátil

Sanitários públicos

Área pingue-pongue

Painéis / exposições

Bancos

Comida de rua / livraria / floricultura

Lazer adultos / idosos

Wi-fi livre

Faixa de pedestres

Café / bar

Eventos

Suporte para eventos


coreto / palco

Restaurante

Lazer infantil

Informações

Paraciclos

Bicicletários municipais
Projetos Mobiliário do Largo da Batata 83
84 Espaços públicos e a cidade que queremos

Projeto

O desenvolvimento do projeto procurou nários que realizam a varrição e a distri- relacionadas a mobiliário fixo, bancos,
atender às demandas estabelecidas na buição do mobiliário portátil pela praça. mesas e cadeiras, área com jogos para
planta de programa, apresentando muitas adultos, área de estar e descanso e
vezes soluções de desenho de mobiliário Ao lado da Praça Cívica, a Zona do ludoteca. No final de 2015, a empresa
desenvolvidos internamente. Metrô (área 3) é a área de mais fluxo de Erê-Lab, que cria e desenvolve objetos
pedestres em virtude dos acessos ao lúdicos, mostrou interesse em instalar um
Na área conhecida como Zona da Igreja bicicletário e à estação de metrô. Fo- parque infantil, que foi autorizado pela
(área 1), localizada em frente da Igre- ram propostos espaços de informação e Subprefeitura de Pinheiros. Desse modo,
ja Nossa Senhora de Monte Serrat, o comunicação, mesa de pingue-pongue e o projeto de mobiliário urbano manteve
programa enfocou a área de lazer para outros jogos, área com mesas e bancos a existência dos brinquedos e comple-
idosos e para crianças: aparelhos de fixos para piquenique, banheiro público, mentou a área com bancos longos com
ginástica, brinquedos infantis, bancos bebedouro, bancos e quiosques de ali- ombrelones, floreiras e lixeiras, além de
nas áreas sombreadas, bebedouros e mentação. No desenvolvimento do proje- bancos ao redor das árvores. Também fo-
paraciclos. Também se instalou uma to, acrescentamos um grande banco para ram implantadas algumas arvoreiras para
faixa de pedestres para proporcionar observação e permanência dos usuários a proteção de canteiros com árvores, nos
travessia segura e gerar conexão entre ao lado da mesa de pingue-pongue. locais em que os canteiros são rotas de
a área em questão e a área chamada Nessa mesma região, foram instalados acesso a pequenos terminais de ônibus e
Praça Cívica (área 2). mesas e bancos fixos, configurando uma ao centro do bairro.
área destinada a piquenique, próxima
Na Praça Cívica, localizada na região ao bicicletário. Além disso, implantamos Na Zona do Mercado, área triangular pró-
central do Largo da Batata, o programa arvoreiras para a proteção dos canteiros xima ao Mercado Municipal Engenheiro
consolidou, assim como no projeto inicial, com árvores, pois eles costumam ser pi- João Pedro de Carvalho Neto, conhecido
a área para eventos, deixando um es- soteados por estarem localizados em rota como Mercadão de Pinheiros (área 6),
paço livre para instalações temporárias; de acesso à estação de metrô. previu-se uma área destinada à prática
e previu a instalação de mobiliário para de esportes, equipamentos portáteis
dar suporte à permanência na área mais A área 4, em frente ao lote privado que e base comunitária para zeladoria do
adensada da praça. No desenvolvimento se projeta no largo (antiga área na qual espaço, que foi transferida para a Praça
do projeto, foi proposta a implantação ficava a sede Pinheiros da Cooperativa das Araucárias. Ali, foram implantados
de pergolados metálicos, que oferecem Agrícola de Cotia – CAC), é também uma bancos e se disponibilizou uma área des-
grande ambiente de sombra em que o região de circulação intensa de pedestres tinada à instalação de pista de skate e de
mobiliário portátil (cadeiras de praia, graças ao acesso à estação do metrô. mobiliários desenvolvidos pelos grupos
mesas e cadeiras dobráveis, ombrelones Nesse local, comprimida entre o acesso coletivos locais.
e suportes para ombrelones) poderia ser ao metrô e os tapumes do lote privado,
disponibilizado ao longo do dia. Além dos ocorre com frequência uma feira orgâni-
pergolados e do mobiliário portátil, ban- ca, a qual recebeu pergolados metálicos,
cos longos e lineares, lixeiras, floreiras bancos, paraciclos e lixeiras.
e paraciclos também foram dispostos
nessa área, e também balizadores para Na Praça das Araucárias (área 5), está
evitar a utilização irregular do largo por a maior área gramada da praça, entre
veículos. Essa área também foi contem- a Avenida Brigadeiro Faria Lima e Rua
plada com um contêiner para armazenar Cardeal Arcoverde. Para essa região, de
o mobiliário portátil, sob gestão de uma fluxo de passagem menos intenso, mas
empresa privada, a partir de um termo alta permanência de pessoas nos pontos
de cooperação com a Subprefeitura de de parada dos ônibus, foram apresen-
Pinheiros. A empresa disponibiliza funcio- tadas nas oficinas as necessidades
Projetos Mobiliário do Largo da Batata 85

Antes e depois
86 Espaços públicos e a cidade que queremos

Iluminação noturna

Áreas sombreadas Bancos de diversos tipos


Projetos Mobiliário do Largo da Batata 87

Mesas e bancos Equipamentos de ginástica

Bicicletário
88 Espaços públicos e a cidade que queremos

Banco ilha
Perspectiva

Planta

Elevação

banco e encosto em madeira banco e encosto em madeira tábuas de vaso de concreto


com estrutura metálica com estrutura metálica madeira cumaru
Projetos Mobiliário do Largo da Batata 89

Planta

Elevação

banco de madeira com encosto banco de madeira sem encosto


fixado no banco de concreto fixado no banco de concreto
módulo papeleira módulo floreira módulo módulo para módulo floreira
banco de concreto encaixe do ombrelone

Perspectiva Cortes
dreno

floreira

papeleira

banco
90 Espaços públicos e a cidade que queremos

Mobiliário portátil e fixo


Projetos Mobiliário do Largo da Batata 91

O sucesso da implantação de mobiliá- Mobiliário do Largo da


rio adequado no Largo da Batata, sua Batata em números
intensa utilização e a rápida parceria
através de Termo de Cooperação para a
guarda e disponibilização de mobiliário
portátil mostra que o caminho para o Área do projeto: 28.885,00 m²
cuidado com os espaços públicos que a Data projeto: fevereiro 2016
SP Urbanismo vem traçando está correto. Data obra: novembro 2016
A instalação de bicicletário, brinquedos,
equipamentos de ginástica, áreas de • 221 placas de piso
sombra e espaços de descanso, áreas emborrachado para parquinho
para alimentação e quiosque comercial (108,56m² totais)
formam um conjunto de elementos que • 28 unidades de pergolado
atua no caminho de suportar diversas modular (488,92m² totais)
atividades e contribuir para a ativação • 12 módulos de banco curvo
do espaço público com mais qualidade em concreto
`na infraestrutura. • 16 bancos de concreto
com madeira
• 1 banco ilha de madeira
• 13 bancos circulares de
madeira
• 41 bancos de madeira
com aço
• 6 unidades de mesa de
madeira com bancos
• 21 papeleiras de aço
galvanizado (50L)
• 14 papeleiras no banco
de concreto
• 1 brinquedo de cordas
• 1 balanço de dois lugares
• 5 equipamentos de ginástica
• 19 paraciclos
• 10 arvoreiras
• 28 balizadores de concreto
92 Espaços públicos e a cidade que queremos
Projetos 93

Parklets
Municipais

Na busca de incrementar os processos de Os parklets contribuem para a vivacidade


regulamentação e de cooperação entre das ruas ao oferecer oportunidades para a
a administração pública e a sociedade e permanência dos cidadãos, especialmente
visando implantar novas formas criativas de onde já se observa a presença de pessoas
se ocupar espaços da cidade, os parklets e a realização de atividades cotidianas,
representam um grande avanço como em áreas próximas aos caminhos mais
política pública. A maioria dos espaços da frequentes da cidade. O parklet incentiva a
cidade, que são tomados por automóveis, população a acompanhar e a participar dos
ganha uma poderosa amplitude em bene- acontecimentos urbanos, ao mesmo tempo
fício dos pedestres e da qualidade de vida que fornece argumentos para a reflexão
urbana. O parklet é uma extensão temporá- sobre a qualidade do espaço que quere-
ria da calçada e constitui uma intervenção mos. Esse complemento entre atividades
física no sistema viário, utilizando para de passagem e de deslocamento promove
isso uma área anteriormente ocupada por a ocupação da rua por diferentes pessoas
veículos estacionados. ao longo de todo o dia, colaborando inclu-
sive com o comércio local. Além disso, a
instalação de parklets atua como estímulo
aos percursos feitos a pé e de bicicleta, ao
devolver à população um espaço que esta-
va destinado apenas aos estacionamentos.
94 Espaços públicos e a cidade que queremos
Projetos Parklets Municipais 95

Histórico

O termo "parklet" foi usado pela pri- das (Resolução nº 33/CONPRESP/2014). os equipamentos ficaram concentrados
meira vez em 2005, em São Francisco Além disso, normas técnicas de aces- nas regiões de maior poder aquisitivo da
(EUA), para designar a conversão de um sibilidade também foram incorporadas cidade, principalmente junto às subprefei-
espaço de estacionamento de automó- ao projeto. Esse conjunto de regras se turas de Pinheiros, Vila Mariana, Lapa e
vel na via pública em um miniparque complementa a fim de esclarecer o fun- Sé. Isso levou à dificuldade de atingir os
temporário, cujo objetivo era propiciar a cionamento de cada etapa de aprovação, objetivos iniciais, justamente nas áreas
discussão sobre o tema da cidade que implantação e gestão do parklet. de maior necessidade de uso e menos
prioriza as pessoas e a igualdade no uso providas de espaços públicos.
do solo. Em São Paulo, o conceito de Para facilitar a compreensão da legislação
parklets foi introduzido em 2012, e sua e esclarecer aos potenciais interessados Tornou-se então necessário difundir o
primeira implantação ocorreu em 2013. as etapas do processo de implantação parklet na cidade, como uma política de
Isso deu início ao processo de regula- de um parklet, visando assim incentivar resgate do espaço público. Para superar
mentação, que culminou na publicação a adesão a essa política, a SP Urbanis- esse desafio e estimular a implantação
do Decreto Municipal nº 55.045/14. mo elaborou o Manual operacional para deste equipamento por toda a cidade, a
Mediante a publicação desse decreto, o implantar um parklet em São Paulo. Este Prefeitura de São Paulo, por meio da SP
parklet se tornou uma política pública do manual apresenta todas as informações Urbanismo, implantou 32 parklets públi-
município paulistano. necessárias para a realização do projeto, cos, um para cada subprefeitura, entre
por meio de diagramas explicativos e resu- novembro de 2015 e janeiro de 2016,
Ainda em 2014, foram acrescidas novas mos das recomendações e exigências. como politica pública de ampliação da
regulamentações para o controle da comu- experiência do mobiliário urbano para as
nicação visual e da inserção na paisagem No acompanhamento e monitoramento regiões periféricas da cidade.
(Resolução SMDU.CPPU/017/2014) e da das implantações de parklets privados
instalação nas vias (Portaria SMT nº 75, pela cidade, logo notou-se que, por
de 01/10/2014) e em bens e áreas tomba- diversos fatores, sobretudo o econômico,
96 Espaços públicos e a cidade que queremos

Projeto

O projeto de parklet proposto pelo muni- Materiais Vegetação


cípio foi desenvolvido para implantação Os materiais escolhidos permitem rápida Os equipamentos têm floreiras para
em duas vagas consecutivas de esta- execução e resistência às intempéries, vegetação em toda a extensão traseira e
cionamento numa extensão de 10 m e 2 além de priorizar as condições de conforto vasos nas laterais. Os dois grandes vasos
m de largura. Constitui-se de elementos no espaço público. Os bancos têm assen- de concreto contêm árvores de pequeno
para se sentar, mesinhas, ombrelone, tos e encosto de madeira. Alguns com- porte, que também contribuirão para fazer
paraciclo e vasos para plantas, entre plementos metálicos integram o conjunto sombra e melhorar o microclima no local.
outros acessórios. A disposição espacial de mobiliário, como mesinhas e apoios Nas floreiras laterais e internas, poderão
do mobiliário possibilita diferentes situa- para objetos. ser plantadas espécies vegetais herbá-
ções de estar: sozinho, em duplas ou em ceas, suculentas, folhagens e flores, que
grupos, ora com assentos agrupados, ora qualificam os espaços.
com bancos lineares contínuos. O projeto Plataforma
procura reduzir ao mínimo a presença A plataforma tem apoios ajustáveis para
de elementos verticais, resultando na in- se alinhar às diferentes conformações de Sombra
serção discreta na paisagem e com clara calçadas, com estrutura metálica e placas Como critério de escolha da localização
sinalização aos usuários de que se trata de cimento, encaixes contínuos e plena- de cada parklet, priorizaram-se as vagas
de um local de uso público. mente acessível. A estrutura preserva as próximas às árvores e, portanto, sombrea-
condições de drenagem, não obstruindo o das. Além disso, cada equipamento possui
O local de implantação foi definido pelas fluxo do escoamento de água. um ombrelone para proteção nos dias
Coordenadorias de Planejamento e De- mais quentes.
senvolvimento Urbano (CPDU) de cada
subprefeitura, ficando também a cargo Proteção do usuário
destas a manutenção da sua estrutura. Para garantir a segurança do pedestre, Espaço aberto
As subprefeituras poderão ainda estabe- o parklet é protegido em todos os lados. Os parklets municipais poderão receber
lecer parcerias com agentes do entorno Na extensão traseira, os fechamentos de contribuições e intervenções da popu-
– equipamentos públicos, comerciantes, aço e floreiras permitem a identificação lação: podem receber mobiliário portá-
entidades civis, entre outros, para a ma- de um equipamento que se destaca na til, como cadeiras e mesas dobráveis,
nutenção da qualidade deste mobiliário. paisagem, diferente do contexto usual acessórios, intervenções de arte urbana.
em vagas de estacionamento. No sen- Alguns acessórios como suportes para
tido de fluxo de veículos, a lateral mais coleiras de animais de estimação, lixeira,
vulnerável é protegida por dois grandes paraciclo e apoio para objetos pessoais,
vasos de concreto. permitem que o parklet seja usado espon-
taneamente por diferentes grupos.
Projetos Parklets Municipais 97

Parklet municipal na Sé

Parklet municipal na Vila Mariana Parklet municipal em Pinheiros


98 Espaços públicos e a cidade que queremos

Módulo Parklet
Perspectiva

barra de proteção
em perfil tubular

encosto em madeira cumar

placa de sinalização

chapa perfurada para


acabamento da parte inferior

assento em madeira cumar

mesinha / apoio de
braço em chapa de aço
dobrada

floreira em fibrocimento
1.20 x 0.30cm

placa de sinalização

apoio floreiras em madeira cumar

floreira em fibrocimento
0.70 x 0.30cm
banco chapa de aço dobrada

vasos de concreto

paraciclo para bicicletas

plataforma de apoio em estrutura


metálica com placas cimentícias
Projetos Parklets Municipais 99

Perspectiva

vasos de concreto

área para bicicletas

banco em chapa de
aço dobrada

plataforma de apoio em
estrutura metálica com
placas cimentícias
assento e encosto em
madeira cumar

mesinha / apoio de
braço em chapa de aço
dobrada

leito carroçável

guia

Planta

Elevação Corte
100 Espaços públicos e a cidade que queremos

Paraciclo

Vasos e plantas Identificação: espaço público


Projetos Parklets Municipais 101

A implantação de parklets em São Paulo Desde a publicação do decreto até Parklets


tem sido bem recebida pela socieda- setembro de 2016, foram implantados 32 em números
de e atuado como elemento de grande parklets municipais e 95 de cooperantes
relevância para a ativação das ruas, privados, totalizando 127 unidades. Nota-
proporcionando um espaço de descan- se ainda que a evolução da política pode Primeira fase:
so e interação social para a população ser organizada em três períodos: a partir abril 2014 a novembro 2015:
local. Embora a maior parte dos parklets de abril de 2014, com a publicação do implantação de 55 parklets de
ainda se concentre nas regiões mais decreto; de dezembro de 2015 a março cooperantes privados
centrais do município, já se iniciou um de 2016, com a implantação dos parklets
processo de descentralização, trazendo municipais; e no atual período, com o novembro 2015 a
as intervenções para as áreas periféricas, crescimento de parklets de cooperantes janeiro 2016:
tornando assim os espaços públicos mais privados distribuídos em todo o território implantação de
bem distribuídos e acessíveis a todos. e não mais apenas nas áreas economica- 32 parklets municipais
Constata-se também grande frequência mente mais abastadas.
no recebimento de novas solicitações,
o que indica a tendência de consoli- Segunda fase:
dação da política e da presença dos novembro 2015 a setembro 2016
parklets na cidade. 40 parklets de
cooperantes privados

Área parklet: 22,00 m²


Área total de parklets municipais:
704,00 m²
Área total de parklets privados:
Elemento de proteção 20190,00 m²
102 Espaços públicos e a cidade que queremos
Projetos 103

Vale do
Anhangabaú

O projeto de requalificação e reurbaniza-


ção do Vale do Anhangabaú insere-se no
contexto de intervenções estruturais nos
espaços públicos, como suporte para o
desenvolvimento de uma vida cotidiana
ativa e para a diversificação das formas de
uso desse e de outros espaços. Localizado
no Centro histórico de São Paulo, o Vale do
Anhangabaú é um espaço público central
da metrópole, considerado ponto de refe-
rência para a população e historicamente
utilizado como um dos principais pontos de
encontro da cidade.
104 Espaços públicos e a cidade que queremos

Região municipal
atendida pelo projeto

Mapa de situação
Centro: Anhangabaú

Áreas de intervenções

Outras áreas de intervenção

Equipamentos de saúde

Equipamentos de esporte e cultura

Equipamentos de serviços
públicos e sociais

Equipamentos educacionais

Mercado municipal

Estações CPTM

Estações Metrô

Terminal de ônibus
MSP
Subprefeituras Ferrovia
Área do mapa
Metrô

Operação Urbana
Consorciada Centro

Edificações

Quadras viárias

Áreas verdes

Hidrografia

0 5 15 30km 0 2 500 1000m


AIA
ES M
EST
AV
RI

R
O

AV P
BR
AN
CO

AV
S ÃO
JO
ÃO

O
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AV

GLICÉRIO
VIADUTO DO AV D
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DO
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E-SU
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NO
OR
ED
RR
CO
106 Espaços públicos e a cidade que queremos

Implantação

Aspersores de água

Bancos de concreto

Iluminação

Quiosques
Projetos Vale do Anhangabaú 107
108 Espaços públicos e a cidade que queremos

de fundo de vale. Um novo Viaduto do


Chá foi construído, projeto de Elisiário
Bahiana na década de 1940.

A ocupação do Vale por uma via arterial


trouxe de volta o antigo problema da
travessia para a ligação entre as duas
margens do Centro. Ao longo da década
de 70, várias soluções foram discuti-
das, até o lançamento do “Concurso
Público Nacional para a elaboração de
Plano de Reurbanização para o Vale do
Anhangabaú”, cuja equipe vencedora era
liderada pelos arquitetos Jorge Wilheim,
Jamil José Kfouri e Rosa Grena Kliass.
No projeto vencedor, o sistema viário foi
transferido para um túnel, provocando
intensas alterações na dinâmica da área
central, principalmente na relação do
Anhangabaú com a colina histórica e com
o eixo da Avenida São João, que foi inter-
rompido. Durante a obra, vários aspectos
do projeto do concurso foram adaptados,
resultando no desenho atual.

Hoje, o Anhangabaú caracteriza-se


por uma grande laje que contém uma
série de passeios, canteiros e espelhos
d’água, sobreposta aos túneis do Eixo
Viário Norte-Sul e a uma galeria que
comporta o Rio Anhangabaú. Em sua
esplanada, há o acesso às paradas de
ônibus localizadas no eixo viário sob a
Histórico laje e aos terminais de ônibus das pra-
ças da Bandeira e Pedro Lessa.
Ao longo do desenvolvimento e do cres- ria da cidade, o Anhangabaú recebeu um
cimento da cidade de São Paulo, o Vale parque projetado pelo arquiteto francês
do Anhangabaú sofreu várias transfor- Joseph-Antoine Bouvard. Com a implan- Diagnóstico
mações. Na primeira grande mudança, tação do Plano de Avenidas na gestão de
o Vale deixou de ser o “fundo” da cidade Prestes Maia (1938-1945), o Vale passou Por meio de uma série de pesquisas
e ganhou uma ligação em nível entre a a ocupar um papel importante na estrutu- realizadas com os usuários locais, cons-
Rua Direita e o Morro do Chá, através ração viária norte-sul da cidade e o que tatou-se que o Vale do Anhangabaú é
do Viaduto idealizado por Jules Martim era um local de passeio e contemplação identificado como um local de passagem,
e inaugurado em 1892. Em 1911, no tornou-se um lugar de passagem motori- considerado bastante inseguro à noite,
conjunto de obras que visavam à melho- zada, com a implantação de uma avenida sendo o principal destino para os usuá-
Projetos Vale do Anhangabaú 109

rios do sistema de transporte público dos pação de diversos grupos, um trabalho e eventos maiores, e sua escala
terminais Praça da Bandeira e Pedro Les- de análise do Vale do Anhangabaú. O impressiona quem o visita. Entretanto, a
sa e tendo como maior eixo de circulação grupo, a partir das pesquisas locais escala monumental torna-se desafiadora
o cruzamento com a Avenida São João. estabeleceu um diagnóstico preciso e para acolher as atividades do cotidiano.
montou um programa de intervenção para O Anhangabaú deve manter sua
Apesar de receber quase diariamente essa área, mapeando a vida pública e a grandeza e, ao mesmo tempo, pode ser
algum evento, o espaço e seu entorno não atuação nos espaços não somente pela organizado em zonas menores, que se
apresentam muitas outras atividades de su- ótica do desenho e da infraestrutura, mas relacionem melhor com a escala humana
porte à vida urbana. É robusto e eficaz para também pela montagem de um programa e ofereçam um programa diversificado de
shows, atividades culturais e esportivas, de atividades capaz de renovar o uso atividades culturais e de lazer. As zonas
mas árido e pouco qualificado para o dia a dos espaços. Com base nesse mapea- se intensificam na proximidade do térreo
dia da população, pois não oferece ativida- mento, definiram-se as premissas iniciais dos edifícios, onde a maior parte dos
des cotidianas adequadas às pessoas que de desenvolvimento das intervenções bancos e das cadeiras, estabelecimentos
nele circulam e permanecem. Seu entorno nos espaços públicos centrais, como os públicos e ligados ao comércio devem
é repleto de edifícios históricos e emblemá- Calçadões e o Vale. estar localizados.
ticos, mas são poucos aqueles cujo piso
térreo convide os usuários à permanência O projeto conceitual para o Vale do Melhorar os acessos
e ao desfrute. O espaço propicia algumas Anhangabaú foi construído com base O Vale do Anhangabaú é um ponto de
práticas de lazer, mas não é acessível a em uma planta de programa desen- passagem para os pedestres que atra-
idosos, crianças e pessoas com deficiência. volvida com a contribuição de diver- vessam o Centro de leste a oeste, e deve
Por outro lado, o Anhangabaú faz parte de sos profissionais, técnicos municipais, se conectar melhor com o transporte
uma extensa rede pedestrianizada na área profissionais da sociedade civil, nos público e a rede de calçadões. O fluxo
central, bastante movimentada, com ótimo workshops do processo Diálogo Aberto. de pedestres entre as diferentes regiões
serviço de transporte público e grande O processo participativo de construção do Centro e entre os modais de trans-
variedade e quantidade de atividades que do programa estimou quais seriam as porte deve ser facilitado pelo projeto do
se desenrolam nas proximidades: estudo, diretrizes e as estratégias para a área do Anhangabaú.
trabalho, alimentação, atividades sociais e Vale do Anhangabaú.
culturais, serviços públicos, compras. Fachadas ativas e programação
O piso térreo dos edifícios que confor-
É de fato um dos espaços de maior diversi- Diretrizes mam o Vale do Anhangabaú encontra-se
dade de públicos e de conflitos sociais que em geral inativo ou introvertido para o
o Centro possui, e apresenta potencialida- A intervenção no vale não se limita a trans- acesso da população. Articular com os
des que justificam pensar em alternativas formar um único lugar; trata-se de uma proprietários desses prédios a abertura
de usos, programas de atividades e dina- intervenção articuladora de toda a região de seu piso térreo aos cidadãos é uma
mização de suas estruturas ambientais por central, que funcione como aglutinador de ação-chave que convida mais usuários
meio de um projeto que possibilite resgatar ações para promover a requalificação de para o Anhangabaú. Enquanto isso
a importância das pessoas no espaço e do toda essa área. As diretrizes propostas não ocorre, uma “fachada secundária”,
convívio na cidade. envolvem o respeito à escala humana, a formada por bancas e pavilhões, pode
melhoria dos acessos, a ativação de suas funcionar como gerador de vida urbana.
fachadas e a instalação de equipamentos A programação do espaço e o novo piso
Diálogo Aberto de apoio, de estar e de lazer. devem acrescentar nova camada de con-
vites ao uso da praça.
Ao longo de oito meses, no processo Respeito à escala humana
iniciado no Diálogo Aberto, a Prefeitura A grande dimensão do Vale do Anhanga-
de São Paulo coordenou, com a partici- baú é excelente para celebrações
110 Espaços públicos e a cidade que queremos

Situação e proposta
Projetos Vale do Anhangabaú 111
112 Espaços públicos e a cidade que queremos

Planta do programa

Estação de metrô

Ponto de ônibus

Ponto de ônibus/túnel THEATRO


MUNICIPAL

Ponto de táxi S ATE

COMER AO
AR LIVRE

Estacionamento de bicicletas

Estacionamento de ZONA DE
EXPOSIÇÃO
bicicletas coberto

Banheiro público
COMER AO
AR LIVRE
METR
ANHANGABAÚ

Restaurante/café CENTRO
DE REFERÊNCIA
DO IDOSO

ZONA DE

Café/lanchonete

ESTACION
TERMINAL EXPOSIÇÃO
BANDEIRA

PRAÇA DA
BANCO

AMENTO
Feira

S ARTES
ARQUIBANCADA

BASQUETE ESPORTES
JOGOS/ VENDA DE
Pavilhões, quiosques,
DE RUA
S ATE BILHETES
ESPORTES PONTO DE JOGOS/
bancos de frutas, etc ESPORTES
DE RUA/S ATE
DE RUA TAXI
BANCOS
MORRINHO

JOGOS/ GUA

Zona cultural PALCO PRINCIPAL/


PISTA DE DANÇA
JOGOS/ GUA

REA DE EVENTOS

REA DE EVENTOS

Zona de exposição ARQUIBANCADA


BANCOS

EXPOSIÇÃO
TERMINAL BANCOS ZONA
ESPAÇO
Zona cultural
BANDEIRA CULTURAL
PREFEITURA CAFÉ
BANCOS
METR COMER AO
VENDA DE COMER AO
BANHEIROS
AR LIVRE
ANHANGABAÚ COMÉRCIO AR LIVRE BILHETES PÚBLICOS

GESTÃO
DO VALE ZONA DE ALIMENTAÇÃO
BANCOS
COMER AO LANCHONETE

Zona de esportes de rua PREFEITURA


AR LIVRE

BANCOS
SE

CAFÉ
RVIÇ
O PÚ

Zona de esportes de parque

ESTACIONAMENTO
BANCO

SERVIÇO
ESTACIONAMENTO
BLICO

SERVIÇO
SERVIÇO PÚBLICO
ACES
DO PA
SO
TRIARC A
PRAÇ
A
Projetos Vale do Anhangabaú 113

Fluxo e nós principais

BAR LANCHE
LOJA

LOJA

LOJA

BAR LANCHE
LOJA
BAR LANCHE

LOJA

SERVIÇO BAR LANCHE

BAR LANCHE

TERMINAL
BAR LANCHE
CORREIO

Fachadas ativas e fachadas secundárias


PRAÇA
DAS ARTES QUIOSQUE
BA
R
LA

CABELEREIRO
N
C
H
Q

E
U
IO
SQ

ENTRADA DA
U
E

ESCOLA
LO
JA
LO
JA
LO
ES

JA
TA
C
IO

BAR LANCHE
N
AM
EN
BA

TO

BICICLETA
R
LA

COMPARTILHADA
BAR LANCHE
N
C
H
E
PRAÇA DA

BANHEIROS
ZONA DE EXPOSIÇÃO

PÚBLICOS
ZONA DE EXPOSIÇÃO
CORREIOS

NOVA FUNÇÃO
CORREIOS

ZONA DE
S ARTES

CULTURAL
ATIVIDADE
NOVA FUNÇÃO
24h BIBLIOTECA

VERDE

GOS/ PALCO/ ZONA DE


RINHO PISTA DE DANÇA EXPOSIÇÃO ZONA DE
EXPOSIÇÃO

FEIRA DE ZONA DE JOGOS


ALIMENTOS ATIVIDADE BANCOS

JOGOS/ GUA BANCOS


BANCOS

BANCOS
Zonas de atividades
BANCOS FEIRA DE
ALIMENTOS
BANCOS
BANCOS
PALCO/ JOGOS/ GUA
PISTA DE DANÇA JOGOS/ GUA JOGOS/ GUA

FEIRA DE
ALIMENTOS COMÉRCIO FEIRA DE
ZONA BANCOS
ALIMENTOS
CULTURAL
QUIOSQUES FLORES FRUTAS
ER AO BANCOS FRUTAS
IVRE BANHEIROS
PÚBLICOS COMER AO
AR LIVRE
COMER AO
CAFÉ AR LIVRE
LOJA
ESTACIONAMENTO
BAR LANCHE

BAR LANCHE
BAR LANCHE
LOJA
BAR LANCHE

SERVIÇO
LOJA

BAR LANCHE
RESTAURANTE
ESTACIONAMENTO

BAR LANCHE
BANCO
SERVIÇO

LOJA

BAR LANCHE

METR
LOJA SÃO BENTO

Flexibilidade de uso
LIPA

PISTA 1
PALCO

PISTA 3
PISTA 2
PRINC

PISTA 4 EVENTOS
SECUNDÁRIOS
114 Espaços públicos e a cidade que queremos

Projeto
Acesso Rua Líbero Badaró Paisagismo

Eixo Avenida São João


Projetos Vale do Anhangabaú 115

Acesso e circulação Iluminação Paisagismo

A proposta de mobilidade para o Vale do De maneira complementar, a iluminação O projeto em debate reordena e valoriza
Anhangabaú valoriza a circulação dos pública condiz com as necessidades de as áreas ajardinadas e as árvores da
pedestres. Observam-se no projeto as ocupação do espaço. Ela será automatiza- área de intervenção. Em sua forma final,
principais rotas de desejo para a cone- da com um sistema LED de alta eficiência o Anhangabaú contará com 480 árvores
xão entre as estações e os terminais de energética, levando ao aumento da quali- – 355 serão mantidas entre as existentes,
ônibus e de metrô. Essas estações e dade da iluminação e, ao mesmo tempo, e serão plantadas 125 novas espécies
terminais vão se manter permanentemen- proporcionando economia de energia. nativas. A proposta paisagística reorga-
te secas, o que favorecerá e facilitará as Além de todas as demandas técnicas fun- niza e resgata a característica original
conexões que atualmente são interrompi- cionais, o projeto forneceu uma variável de esplanada central, indicando menor
das por diversos elementos. Um destaque de iluminação cênica ao Anhangabaú, escala em suas ruas laterais. A proposta
é o resgate do eixo da Avenida São João, tratada na escala da esplanada, das ruas privilegia o plantio nas áreas do Vale do
primeira ligação histórica entre o Centro e dos jardins, valorizando e incentivando Anhangabaú que não foram comprome-
Velho e o Centro Novo,1 que foi interrom- atividades culturais no espaço. tidas pela laje do túnel, aumentando de
pido pela atual conformação do Anhan- maneira efetiva a permeabilidade existen-
gabaú. A proposta em debate recupera te. O manejo arbóreo foi autorizado pela
integralmente o eixo e, ao dotar a área Secretaria Municipal do Verde e Meio
de pavimento adequado aos critérios da Ambiente, órgão competente que elabo-
norma de acessibilidade (NBR 9050), e rou Termo de Compensação Ambiental
de sinalização ambiental e tátil adequada, (TCA), no qual o projeto supera o número
contempla a memória desse lugar de liga- do plantio exigido. O TCA também exige
ção entre as colinas centrais da cidade. o acompanhamento da evolução das
novas espécies, garantindo a realização
Toda a circulação de veículos automo- do projeto proposto.
tores é controlada e direcionada às ruas
Anhangabaú e Formosa, complemen-
tando sua característica de bulevar. O
aprimoramento do acesso ao Corredor
Norte-Sul, linha de transporte estruturado-
ra entre os extremos da cidade, se efetiva
com a implantação de “plataformas” para
pedestres com catracas e vedação, para
garantir o acesso seguro e salubre ao cor-
redor de ônibus junto ao túnel, sob o vale.
O Anhangabaú torna-se assim, novamen-
te, a porta de acesso ao Centro.

1. Centro Velho é a denominação para a área de for-


mação da cidade de São Paulo, em torno do triângulo
histórico, entre as igrejas São Bento, São Francisco e
Sé. O Centro Novo corresponde à área de expansão
do Centro Velho, do outro lado do Viaduto do Chá, no
quadrilátero formado pelas ruas Xavier de Toledo, a Av.
Ipiranga, a Av. São João e Av. São Luiz.
116 Espaços públicos e a cidade que queremos

Projeto

Água Facha ativa/ Ativação Enterramento de redes

A utilização da água no projeto tem papel O conceito da intervenção tem claramente Exemplar é a questão de como o projeto
fundamental na melhoria do microclima referências históricas quando se dispõe enfrenta o enterramento da rede de ener-
da região, além de sua característica a resgatar a característica de bulevar gia e de telecomunicações, mapeando as
cênica e lúdica. Toda a estrutura funcio- presente na proposta original do parque, redes existentes e sua atual demanda,
na com um circuito fechado, e a água é de 1911. As funções e as características realizando o seu ordenamento em novas
aspergida, molhando apenas o chão, e das ruas Formosa e Anhangabaú serão galerias técnicas e banco de dutos. É
depois é recolhida pelos ralos do equipa- reativadas, estabelecendo a relação entre uma proposta de iniciativa do município,
mento. Posteriormente, é enviada a filtros a escala da rua e os acontecimentos e as com adesão irrestrita das concessioná-
de limpeza para tratamento, retornando atividades do espaço urbano. Estratégias rias, que servirá portanto de modelo para
ao aspersor, quando então é novamente como a formação de uma segunda fa- a redefinição de toda a rede dos calça-
lançada ao piso, o que permite o contato chada ativa nessas ruas, com quiosques dões. Essa intervenção permitirá que o
humano com a água. Além do cuidado de café, comércio e serviços, sanitários Anhangabaú assuma papel de protago-
neste circuito fechado, os reservatórios e afins favorecerão a permanência da nista no desenvolvimento tecnológico da
do sistema poderão absorver a água das população e a apropriação do espaço por cidade, possibilitando a implantação de
chuvas, colaborando com a microdrena- todos, indiscriminadamente. A provisão qualquer tipo de empresa que demande
gem de toda essa área e incorporando o de elementos de mobiliário urbano eleva- alta tecnologia com confiabilidade do sis-
recurso hídrico ao sistema de aspersão. rá de forma significativa a quantidade e a tema. Em conjunto com a infraestrutura
Para momentos de escassez hídrica, o possibilidade de assentos. São mais de de energia e telecomunicações, desta-
sistema contará com a complementação 1.500 lugares distribuídos entre bancos e camos a questão da drenagem, com os
de água obtida em poço profundo que cadeiras, além de bebedouros, lixeiras e sistemas de captação e de utilização da
será perfurado no vale. paraciclos implantados no perímetro. água de chuva.

Aspersores Boulevard com quiosques


Projetos Vale do Anhangabaú 117

Vista geral
118 Espaços públicos e a cidade que queremos

Acesso Estação Anhangabaú do Metrô

Vista geral
Projetos Vale do Anhangabaú 119

Por meio dessas estratégias de projeto, Anhangabaú em


o espaço se torna mais democrático, números
podendo acolher diversas atividades que
vão se desenvolver simultaneamente,
evitando o afastamento ou segregação da Área do projeto: 55.600 m² Iluminação:
população que o utiliza. A vida cotidiana, Data do projeto: julho 2016 • 28 pontos de iluminação na
em seu amplo espectro social e cultural, esplanada (h=18m)
é resgatada e valorizada. Por tudo isso, Estruturas de apoio: • 105 pontos de iluminação
possivelmente um dos maiores avanços • 3 conjuntos de estruturas de sob as árvores (h=15m)
desse processo é a constatação, pelos apoio: 637,50 m² • 217 pontos de iluminação na
diversos agentes participantes, de que o • 2 acessos aos pontos de escala do pedestre ( h=10m)
sucesso da intervenção depende de um ônibus no túnel: 325,85 m² • 900 m lineares de iluminação
plano de gestão do espaço e das ativida- sob os bancos
des para o Anhangabaú, com o intuito de Atividades cotidianas:
fomentar e organizar atividades existen- • 2670 pessoas sentadas Galerias técnicas
tes e possíveis no novo espaço, comple- simultaneamente subterrâneas:
mentadas por ações sociais de apoio a • 800 m² de área para • 1100 m lineares de galerias
toda a população. esportes de rua caminháveis
• 800 m² de área de parque • 360 m lineares de calhas
A proposta de renovação do Anhangabaú infantil técnicas e bancos de dutos
avança não somente na discussão de • 460 cadeiras para • Organização de cerca de
renovar as formas de uso e recuperar empréstimo 20 redes existentes
as estruturas ambientais dos espaços • 600 m² de arquibancada-
públicos, mas também na discussão de mirante
alternativas para aprimorar a gestão de • 116 paraciclos
espaços públicos, tal como está sendo
realizada no Centro Aberto. Arborização:
• 355 árvores preservadas
• 125 novas árvores nativas
plantadas

Água:
• 850 jatos d´água
• Capacidade do reservatório
de 1500m³
• Uso nos jatos 1200m³ / dia
• Reaproveitamento de 90%
do total de água
• Captação de 10% restante
através do poço artesiano
120 Espaços públicos e a cidade que queremos

Quiosque multi-uso
Projetos Vale do Anhangabaú 121

Planta

Elevação
122 Espaços públicos e a cidade que queremos
Projetos 123

Calçadões/
Sete de Abril

A requalificação dos espaços públicos do O destaque e a visibilidade destinam-se às


Centro foi uma das principais metas da áreas integrantes do patrimônio histórico,
gestão 2013-2016, prevendo a redescober- cultural e artístico existentes, para criar
ta das qualidades e belezas dessa região. meios de manter e expandir as atividades
Assim, qualificar os calçadões foi um meio econômicas instaladas, especialmente nos
importante de retomar o acesso universal setores ligados à educação, à cultura, ao
a essa área urbana. O objetivo foi construir lazer e ao entretenimento e, finalmente,
um sistema de espaços públicos para to- reforçar a identidade do Centro histórico de
dos, independentemente de características São Paulo, promovendo a valorização do
pessoais, faixa etária ou habilidades, para contexto local e suas várias formas de uso.
que funcione como corredor de transporte
peatonal e interligue os diferentes modais
de transporte (ciclovias, metrô e ônibus).
124 Espaços públicos e a cidade que queremos

Região municipal
atendida pelo projeto

Mapa de situação
Calçadões/ Sete de Abril

Área de intervenções Sete de Abril

Calçadões

Outras áreas de intervenção

Equipamentos de saúde

Equipamentos de esporte e cultura

Equipamentos de serviço social

Equipamentos educacionais

Mercado municipal

Estações CPTM

Estações metrô

MSP Terminal de ônibus


Subprefeituras
Área do mapa Ferrovia

Metrô

Operação Urbana Consorciada Centro

Edificações

Quadras viárias

Áreas verdes

Hidrografia

0 5 15 30km 0 2 500 1000m


AIA
ES M
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126 Espaços públicos e a cidade que queremos

Implantação
Projetos Calçadões / Sete de Abril 127
128 Espaços públicos e a cidade que queremos

Histórico

Os calçadões do Centro Velho e do


Centro Novo surgiram na década de 1970
como resposta à nova dinâmica que a
cidade havia implantado: o transporte de
alta capacidade. A crescente demanda
por circulação de pessoas, comércio
especializado e farto patrimônio cultural
ensejou a transformação das ruas tradi-
cionais de seu Centro, com leito viário
com calçadas de ambos os lados, em
ruas exclusivas para pedestres, com piso
único – ou melhor, a transformação do
espaço destinado ao automóvel em um
espaço livre público. Essa nova condição
valorizou e qualificou os usos cotidianos
da região e a circulação confortável com
áreas de estar, espaços de sombra du-
rante o dia e boa iluminação à noite.

O metrô no Centro trouxe consigo a


lógica de uma cidade voltada ao usuário
do transporte público, na qual os aces-
sos a essa região se concentrariam ao
longo das diversas estações. Primeiro,
com a linha 01 nas estações Liberdade,
Sé e São Bento e, depois, com a linha
03, na República, Anhangabaú e Parque
D. Pedro. Em conjunto, foram pensados
edifícios-garagem que poderiam receber
os automóveis nessa região por meio de
um novo sistema de circulação viária: a
rótula e a contrarrótula. A garagem da
Praça Roosevelt e do Terminal Bandeira
são exemplos desse tipo de sistema.
Projetos Calçadões / Sete de Abril 129

Diagnóstico da e descompromissada com a manuten- Valorização do patrimônio


ção do passeio público. Ao oferecer passeios acessíveis e con-
A transformação da área central em fortáveis, prover espaços de estar e de
calçadões, ainda na década de 70, foi Contando com o abastecimento de descanso, e vegetação quando for possí-
uma proposta bastante inovadora. Várias grande escala em horário não comercial vel, a intervenção na área dos calçadões
características essenciais se perderam e a distribuição das mercadorias a partir promove a melhora de toda a ambiência
desde a implantação do projeto até os das bordas da área pedestrianizada, o dessa região, uniformizando a paisagem
dias atuais, como a existência de mo- sistema atual acarreta prejuízo para todos urbana do Centro, e contribui para dar
biliário urbano e de espaços de lazer e os envolvidos no processo, seja no âmbito destaque e visibilidade ao patrimônio
de permanência. Outras características, dos negócios – em que comerciantes com histórico, incentivando a interação entre o
como o comércio e a mobilidade a pé, se capacidade e estrutura diferentes têm di- público e o patrimônio.
intensificaram ao longo dos anos. ficuldade para garantir que seus produtos
Além da mudança nas características cheguem às prateleiras –, seja no que Qualificação da infraestrutura
essenciais, a deterioração das instala- tange à experiência do pedestre nos cal- A manutenção das redes de infraestrutu-
ções, do pavimento e dos equipamentos çadões, que sofrem os problemas de de- ra – que, na área central da cidade, são
é visível. Por décadas, o Centro histórico gradação do pavimento pela circulação de subterrâneas – demanda algum tipo de
foi preterido pela administração pública veículos pesados, e das regiões lindeiras, operação quase diária no piso. A inter-
em relação a outras áreas. que são sobrecarregadas por entregas de venção nos calçadões deve evitar esse
menor escala feitas durante todo o dia. incômodo, prevendo uma forma mais
Diante dessas condições, estudaram-se eficiente de acesso à infraestrutura, bem
várias soluções para a qualificação do como a organização de redes afins em
calçadão, incluindo diversas soluções de Diretrizes calhas ou canaletas comuns. O projeto de
piso, de mobiliário urbano, de iluminação, microdrenagem superficial deve seguir as
de formas de distribuição de bens e de Valorização local mesmas premissas.
produtos, e de gestão do espaço. O intuito A intervenção nos calçadões das áreas
foi o de promover o uso e a ocupação des- centrais, com a troca da pavimentação e
se e de outros espaços públicos de forma a implantação de iluminação e mobiliário
mais qualificada. É inegável a importância urbano, tem o intuito de qualificar um
histórica do calçadão e dos edifícios ou espaço intensamente utilizado pela
áreas abertas que interagem diretamente população e promover novos usos,
com ele e demandam atenção especial reforçando a identificação com a área
para garantir que se preserve a ambiência central e sua valorização como “coração”
do conjunto. Sua degradação por mau uso, da cidade.
por obras malfeitas, por impregnação de
sujeira e mau cheiro fragiliza sua estrutura. Acessibilidade universal
A definição de um pavimento adequado,
A evolução tecnológica contínua causa a revisão de aspectos geométricos e o
impacto direto na qualidade do pavimen- atendimento às normas atuais no que
to dos calçadões. Com a premissa de tange às inclinações longitudinais e trans-
garantir o serviço ao consumidor final, versais e aos vãos entre as grelhas, por
são realizadas obras de atualização e de exemplo, proporciona o percurso acessí-
ampliação da estrutura em ritmo vertigi- vel, sem interferências, por toda a área
noso e desregrado, que não levam em dos calçadões. A qualificação das bordas
conta a restauração das características dos calçadões e as conexões com as
mínimas do pavimento. Nesse processo, demais calçadas, ruas e praças, formará
são aplicados materiais de linha inferior, um circuito completamente acessível em
além de utilizar mão de obra desprepara- toda a área central.
130 Espaços públicos e a cidade que queremos

O Projeto-piloto
Rua Sete de Abril

Histórico Diagnóstico
Em outubro de 2014, recebemos da Caminhar na Rua Sete de Abril antes caso da Rua Sete de Abril, sofrem com
Secretaria Municipal de Transportes/ da intervenção era uma experiência problemas específicos, como acúmulo
CET, estudos para o fechamento de um pouco agradável: a irregularidade do excessivo de lixo, falta de estaciona-
trecho da Rua Sete de Abril para o trá- piso e a desordem das tampas de mento para abastecimento e o confli-
fego de automóveis, mantendo somente inspeção, somadas à largura restrita to crescente entre fluxos veiculares
tráfego local, de emergência e de servi- das calçadas, criavam um cenário hostil e de pedestres.
ços muncipais e obrigatorios, priorizan- para o pedestre.
do o uso da via por pedestres. Nesses
estudos, foram abordadas questões de O uso comercial de grande parte dos
uso do solo, densidade de pedestres, térreos ao longo da calçada, a presença
volume veicular, abastecimento, estacio- de algumas vitrines e o detalhamen-
namento e demais necessidades para to das fachadas geravam, em certos
o fechamento dessa via. O trecho em momentos, relação com a escala do
questão situava-se entre as ruas Bráulio pedestre e uma sensação de segurança.
Gomes e Marconi. Por outro lado, imóveis degradados ou
vazios, a falta de marquises e toldos e
Os estudos do CET vieram ao encontro outras estruturas para proteger os tran-
dos estudos que a SP Urbanismo vinha seuntes do sol ou da chuva restringiam
desenvolvendo para a requalificação dos as opções de permanência ligadas aos
calçadões da área central. Além disso, a usos do térreo.
Rua Sete de Abril está inserida na área
de abrangência da Operação Urbana A falta de mobiliário e a inexistência de
Centro (Lei nº 12.349/97), cujo objetivo arborização contribuíam para manter
é criar condições que reforcem a impor- o caráter de passagem da calçada. No
tância da área central para a metrópole entanto, trabalhadores dos escritórios
de São Paulo, tornando-a atraente para localizados nos edifícios adjacentes utili-
investimentos imobiliários, turísticos e zavam pequenos degraus e desníveis
culturais, consolidando sua função de de acesso e estabelecimentos comer-
centro institucional. ciais fechados como locais improvisa-
dos para se sentar. A paisagem da Rua
Nesse contexto, propusemos utilizar a Sete de Abril parecia bastante árida e
Rua Sete de Abril como um projeto-piloto desconfortável. Além disso, o baixo fluxo
da aplicação das propostas estudadas de veículos e as pequenas dimensões
para a requalificação dos calçadões, que do leito carroçável levavam os transeun-
englobam soluções para questões de tes a cruzarem a rua fora das faixas
piso, mobiliário, iluminação, coleta de de pedestre. A Secretaria Municipal de
lixo e drenagem. Esse estudo foi enviado Transportes/CET inverteu recentemente
para apreciação das diversas secretarias o sentido do trecho entre as ruas Bráulio
e órgãos envolvidos, assim como foram Gomes e Gabus Mendes, e elaborou es-
organizadas apresentações, entre elas, à tudos para fechar esse trecho ao tráfego
Comissão de Meio Ambiente da Câmara de passagem, dando prioridade ao uso
de Vereadores, à Comissão Executiva da por pedestres.
Operação Urbana Centro e uma apresen-
tação no local, aos usuários e frequenta- Além dos problemas específicos dos
dores dessa região. calçadões, as áreas de borda, como é o
Projetos Calçadões / Sete de Abril 131

O projeto

Para a renovação de toda a área de


calçadões, foram estudados novos
sistemas e produtos. No projeto-piloto
da Rua Sete de Abril, tendo em vista o
fluxo reduzido de veículos, propusemos
a transformação da via em calçadão,
organizando os fluxos principais,
estabelecendo, com elementos de piso, as
faixas compartilhadas, faixas exclusivas
de pedestres, faixa de mobiliário urbano,
piso tátil e linha de captação de águas.
Como a via foi fechada ao trânsito de
passagem, a proposta para o controle do
fluxo é a instalação de balizadores fixos
e retráteis. Os balizadores retráteis serão
comandados pelo usuário, através de
leitura de placa ou do acionamento por
cartão. Para qualificar a disposição e a
coleta de lixo, foram dispostos ao longo
do trecho de calçadão quatro conjuntos de
lixeiras/papeleiras com separação de lixo
reciclável e lixo comum e a instalação de
lixeiras-contêineres nas extremidades do
trecho. Para a drenagem superficial, foi
instalado um sistema completo composto
de canal oculto metálico e de canaleta
feita de concreto polimérico. A organização
da infraestrutura subterrânea também
constituiu uma meta a ser atingida. Diante
das dificuldades encontradas, a proposta
foi deixar um grupo de dutos secos a fim
de minimizar os impactos com expansões
de rede de forma organizada. de tampas tipo bandeja com preenchimento
de concreto, a fim de diminuir o excesso de
Assim, chegou-se às soluções que interferências visuais;
poderão ser implementadas em • grelhas para árvores em caixas ou
outras áreas dos calçadões do Centro metálicas quando houver a possibilidade
de São Paulo: de plantio;
• piso de alta resistência e com facilidade • reorganização da coleta de lixo e uso de
de troca e de retirada para a manutenção; lixeiras enterradas;
• captação linear e contínua de água • utilização de balizadores retráteis para o
(microdrenagem) em canal oculto, para controle de fluxo de veículos;
evitar danos e depredações; complementação da iluminação;
• alinhamento de tampas de poços de visita • instalação de mobiliário urbano robusto
no sentido da implantação do piso, utilização em quantidade apropriada.
132 Espaços públicos e a cidade que queremos

O Projeto-piloto
Rua Sete de Abril

Novo piso Drenagem superficial Projeto e ordenação de


tampas metálicas
O piso utilizado é feito de blocos de Propôs-se a utilização de canal “oculto”,
concreto e desenvolvido em parceria eficiente no escoamento, para garantir As tampas provenientes das diversas
com a Associação Brasileira de Cimento que não haja acúmulo de água no pavi- concessionárias de serviço público foram
Portland. A resistência mínima foi definida mento no período crítico de chuvas. refeitas, alinhadas ao piso proposto com
em 20 toneladas (pontual) por bloco e requadro de ferro fundido e preenchidas na
suas características incluem a resistência O sistema de drenagem é composto de parte superior com concreto, com altura mí-
à compressão e à flexão, baixo índice de captação linear superficial integrada por nima de 6 cm. A resistência do conjunto é a
escorregamento, baixa permeabilidade elementos de aço inox 304, conectados a mesma dos blocos do piso. Os requadros
e emulsionamento fotocatalítico – o que uma canaleta de concreto polímero (mis- externos foram previstos para ficar encai-
faz que o material mantenha sua aparên- tura de agregados e resinas sem a adição xados nos alinhamentos do piso. As novas
cia por muitos anos. As peças possuem de cimento e com resistência 95 MPA e tampas devem ter travas antivandalismo.
tamanho de 20 × 40 × 16 cm, com peças rugosidade 0,011) sob o pavimento, com
de 20 × 20 × 16 cm para acabamento caixas para limpeza e manutenção.
junto às guias, soleiras, rampas e tampas Coleta mecanizada
de poços de visita. Seu manuseio é feito O canal é fabricado integralmente com con-
por meio da retirada dos blocos, e não creto polímero e tem seção transversal em Para eliminar a disposição de sacos de
de quebra, evitando assim remendos e forma de “U” para dar velocidade ao escoa- lixo no passeio público, haviam sido pre-
complementações mal executadas. Além mento da água e promover a autolimpeza. vistas duas lixeiras hidráulicas de grande
do dimensionamento correto do mate- capacidade, enterradas, no início e no fim
rial para o piso, é necessário o correto Optou-se pela conexão macho e fêmea do trecho reformado. Em virtude de haver
dimensionamento da base e sub-base, entre os canais para instalação simples e instalações não conhecidas, a inclusão
sempre definido a partir do conhecimento rápida. O espaço para a junta de vedação dessas lixeiras foi impossibilitada. Desse
e análise do solo existente. entre os canais permite um acabamento de modo, elas foram substituídas por contêi-
alta qualidade. neres de superfície.

Rua Sete de Abril após reforma


Projetos Calçadões / Sete de Abril 133

Antes e depois
134 Espaços públicos e a cidade que queremos

O Projeto-piloto
Rua Sete de Abril

Controle de acesso Mobiliário Arborização

Previu-se o controle de acesso motoriza- O mobiliário instalado é formado por No projeto-piloto, não foi possível o plan-
do pelo balizamento retrátil automatizado bancos de diversos tamanhos, paraciclos, tio de novas árvores, em virtude de pouca
com acompanhamento e acionamento bituqueiras, papeleiras duplas e vasos. área ensolarada e do excesso de interfe-
feito remotamente. O balizador retrátil foi Os bancos, confeccionados em estrutura rências no subsolo. Assim, foram previs-
desenvolvido para regular o acesso em metálica e revestidos de madeira de boa tos 16 vasos de concreto espalhados ao
ruas públicas e privadas. Ele é gerencia- qualidade, foram projetados para diversas longo dos 200 metros de rua reformada. A
do por um sistema de controle acionado formas de uso, permitindo ao usuário sen- árvore existente no início do trecho, exó-
pelo usuário. Os balizadores da Rua Sete tar-se e apoiar as costas, esticar as pernas, tica, foi substituída por exemplar nativo.
de Abril constituem o primeiro teste em usar de forma individual ou coletivamente. Sua caixa foi aumentada e foi instalado o
área pública. Os bancos também contam com ombrelo- acabamento em “L” metálico do mesmo
nes, para o abrigo do sol, e argolas metá- padrão das novas tampas e grelhas.
licas, para prender animais de estimação.
Iluminação As lixeiras e bituqueiras foram construídas
com estrutura e revestimento metálico para
O projeto de iluminação foi desenvol- terem mais durabilidade. Os paraciclos me-
vido pelo Departamento de Iluminação tálicos, assim como os vasos de concreto,
Pública do Município de São Paulo compõem o conjunto do mobiliário.
(Ilume), pertencente à Secretaria Muni-
cipal de Serviços, e previu 19 luminárias
com lâmpadas LED alinhadas à faixa
destinada à colocação de mobiliário.
As luminárias instaladas permitiram
o prolongamento das atividades de
rua no início da noite e ampliaram a
sensação de segurança.

Mobiliário
Projetos Calçadões / Sete de Abril 135

A requalificação das áreas pedestriani- Calçadões


zadas da região central da cidade é um em números
instrumento fundamental para retomar o
acesso universal a essa área, visando o
espaço público para todos, independen- Projeto-piloto Sete de Abril
temente das características pessoais, Área do projeto: 3160 m²
idade ou habilidades, que funcione como Data projeto: novembro 2014
corredor de transporte peatonal e inter- Data obra: setembro 2016
ligue os diferentes modais de transporte
(ciclovias, metrô e ônibus. Visa também Pessoas atendidas:
destacar as áreas integrantes do patrimô- 80 pessoas / minuto
nio histórico, cultural e artístico existen- nas horas de pico
tes; criar meios de manter e expandir
as atividades econômicas instaladas, Área de piso em blocos de
especialmente nos setores ligados à concreto: 3160 m²
educação, à cultura, ao lazer e entre-
tenimento. Finalmente, contribui para 8 conjuntos de bancos de
reforçar a identidade do Centro histórico diversos tamanhos, 4 papeleiras,
do município, promovendo a valoriza- 19 novas luminárias
ção do contexto local e de suas várias
formas de uso. Sistema de drenagem perfil L +
Canaleta: 205m

Piso tátil:
250 m lineares
Tampas realinhadas: 200

Calçadões
Área do projeto: 60.000 m²
Data projeto: julho 2016
136 Espaços públicos e a cidade que queremos

Bancos
Perspectiva

apoio para braço em

estrutura do encosto em
barras chatas soldadas

espaçamento entre tábuas 5mm

espaçamento entre tábuas 5mm

apoio para braço em


chapa de aço dobrada

saia metálica para fechamento da parte


inferior de encontro com o piso

Planta

apoio para braço barra de proteção


em chapa de aço dobrada em perfil metálico

proj. ombrelone

Elevação Corte
assento e encosto em
madeira cumarú

assento e encosto em apoio para braço assento e encosto em apoio para braço apoio para braço barra de proteção
madeira cumarú em chapa de aço madeira cumarú em chapa de aço em chapa de aço em perfil metálico
dobrada dobrada dobrada
Projetos Calçadões / Sete de Abril 137

Perspectiva

estrutura do encosto em barras


chatas soldadas
encosto do banco em madeira cumarú
espaçamento entre tábuas 5mm

assentos do banco em madeira cumarú


espaçamento entre tábuas 5mm

apoio para braço em chapa


de aço dobrada

perfis cartola para travamento do conjunto


estrutural e fixação do assento e
encosto de madeira

estrutura do conjunto em perfis tubulares


e barras chatas fixados por solda

saia metálica para fechamento da parte


inferior de encontro com o piso
138 Espaços públicos e a cidade que queremos

Bituqueira
Peça instalada Perspectiva

apagador

compartimento
armazenagem

estrutura de
travamento

base para
fixação

Elevações
Projetos Calçadões / Sete de Abril 139

Papeleira
Peça instalada Perspectiva

fechamento em chapa
dobrada

estrutura em barras chatas


de aço dobradas

porta de acesso para retirada


do conteúdo armazenado

base de apoio em
perfis "U" de aço

Corte transversal Corte transversal Corte longitudinal

a
rtur
j. abe
pro

proj. abertura acesso


140 Espaços públicos e a cidade que queremos
Projetos 141

Santo
Amaro

O Projeto de Requalificação da Aveni- concentrando áreas de comércio local,


da Santo Amaro abrange um trecho de supermercados, bancos e outros serviços.
aproximadamente 3 quilômetros, entre as Merece destaque a parceria entre três
avenidas Presidente Juscelino Kubitschek empresas públicas para o desenvolvimen-
e dos Bandeirantes e foi desenvolvido to do projeto, não apenas relativamente
em parceria entre a SP Urbanismo, a SP à contribuição especifica de cada uma
Transportes e a SP Obras. As premissas dada sua atribuição, mas principalmente à
do projeto consideraram o importante papel mudança cultural de integração de projetos
da Avenida Santo Amaro na rede estru- de infraestrutura relacionados ao desenvol-
tural de transportes da cidade, como um vimento urbano.
eixo para a mobilidade da zona sul de São
Paulo. Também observaram a importância
dessa avenida para os bairros lindeiros,
142 Espaços públicos e a cidade que queremos

Região municipal
atendida pelo projeto

Mapa de situação
Avenida Santo Amaro

Área de intervenção

Equipamento de saúde

Equipamento de esporte e cultura

Equipamento educacional

Estações CPTM

Ferrovia

Edificações

Áreas verdes

Operação Urbana Consorciada Faria Lima

Quadras viárias

RMSP Hidrografia
Subprefeituras
Área do mapa

0 5 15 30km 0 100 250 500m


IM
D
R
JA
E
AD
ID
C
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ESTAÇÃO
CIDADE JARDIM

PARQUE
DO POVO

PARQUE DO
IBIRAPUERA
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AV P
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AP
IR
IB
AV
RO
AMA
NTOA
AV S
144 Espaços públicos e a cidade que queremos

Implantação

1 2 3 4 5 6 7
Projetos Santo Amaro 145

1 Caroba 8 Ipê Roxo


(Jacarandá cuspidifolia) (Tabebuia impetiginosa)

2 Farinha Seca 9 Pau Ferro


(Albizia hassleni) (Caesalpinia leiostachya)

3 Aleluia 10 Mulungu
(Senna macranthera) (Erythrina falcada)

4 Ipê Branco 11 Falsa Barbatimão


(Tabebuia róseo-alba) (Cassia leptophyila vogel)

5 Mirindiba Rosa 12 Canafístula


(Lafoensia glyptocarpa) (Peltophorum dubium)

6 Ipê Rosa 13 Pau Viola


(Taberbuia heptaphylla) (Citharexylum myrianthum)

7 Sibipiruna 14 Ipê Amarelo


(Caesalpinia peltophorodes) (Tabebuia serratifolia)

8 9 10 11 8 12 13 14
146 Espaços públicos e a cidade que queremos

Histórico

O corredor da Avenida Santo Amaro foi apresentam características e diretrizes mecanismos para ativação das áreas de
um dos primeiros corredores de ônibus semelhantes e que são prioritárias para adensamento ao longo do tempo, à medi-
da cidade de São Paulo, implantado ali o crescimento da cidade. Nessas áreas, da que forem construídas novas linhas de
em 1985. Isso acabou resultando uma são propostas mudanças de padrões transporte público. Com isso, pretende-se
avenida com calçadas estreitas, que em construtivos e de estruturação urba- qualificar a vida urbana, estimulando usos
alguns pontos são insuficientes para o flu- na, com o objetivo de ampliar o direito e atividades voltadas para a rua – como
xo de pedestres local. O tráfego intenso da população à cidade e reequilibrar a comércio, serviços e equipamentos so-
de ônibus e consequente poluição sonora distribuição entre moradia e emprego, ciais –, potencializando o espaço público
e atmosférica também comprometeram a além de reduzir a necessidade de longos como local de encontro e maximizando o
qualidade urbana da avenida. Apesar de deslocamentos diários. uso do tempo e do espaço.
atravessar regiões extremamente valori-
zadas da cidade, essa avenida apresenta São áreas demarcadas ao longo dos A Operação Urbana Consorciada Faria
em seu traçado grande quantidade de sistemas de transporte coletivo de alta Lima está contida na Macroárea de Es-
imóveis deteriorados, que não aderiram e média capacidade – como metrô, trem truturação Metropolitana (MEM), definida
significativamente à Operação Urbana e corredores de ônibus –, nas quais se pelo novo PDE. A MEM é um território
Consorciada Faria Lima, de um lado, e pretende potencializar o aproveitamento estratégico de transformação, no qual
tampouco sofreram a transformação e do solo urbano, articulando o aden- podem incidir instrumentos urbanísticos
o adensamento orientados pelo Plano samento populacional e de atividades específicos que tenham condições de
Diretor Estratégico, de outro. urbanas à mobilidade e à qualificação dos promover essas transformações.
espaços públicos.
No Plano Diretor Estratégico de São A primeira Operação Urbana Faria Lima
Paulo (PDE – Lei nº 16.050/14), os corre- Para viabilizar essas transformações, foi aprovada pela Lei nº 11.732/95, e
dores de ônibus fazem parte dos chama- o PDE definiu critérios para orientar as estabeleceu um programa de melhora-
dos Eixos de Estruturação da Transfor- transformações desejadas, median- mentos públicos para a área de influência
mação Urbana, áreas do território que te incentivos urbanísticos e fiscais e definida em função da interligação da
Projetos Santo Amaro 147

Diagnóstico
Avenida Brigadeiro Faria Lima com a com o adensamento populacional, permi- Atualmente, em seus primeiros 3 quilô-
Avenida Pedroso de Moraes e com as tindo não só a renovação da infraestrutu- metros iniciais, a Avenida Santo Amaro é
avenidas Presidente Juscelino Kubits- ra, mas, principalmente, a relação entre um local hostil para os usuários, estejam
chek, Hélio Pellegrino, dos Bandeirantes, esse importante eixo de transporte com eles se deslocando a pé, em transporte
Engenheiro Luís Carlos Berrini e Cidade bairros e espaços públicos do entorno. público ou em transporte individual. Esse
Jardim. Essa operação compreende um corredor encontra-se bastante saturado,
conjunto integrado de ações coordenadas Em 31 de julho de 2015, foi aprovada com alto nível de ruído e intensa poluição
pela prefeitura que visam à melhoria e à pela Câmara Municipal de São Paulo a atmosférica. As calçadas são estreitas e
valorização ambiental da área contida em Lei nº 16.242/15, integrando o Plano de têm muitas interferências (postes, suporte
seu perímetro, e estabelece incentivos, Melhoramentos da Avenida Santo Amaro, de sinalização etc.), não há arboriza-
diretrizes, contrapartidas e instrumentos cujo resultado é o Projeto de Requa- ção nem áreas de apoio ao usuário não
para sua implantação. lificação da Avenida Santo Amaro, ao motorizado. Tudo isso compõe o quadro
Programa de Investimentos da Operação inóspito desse corredor para a população.
Em 26 de janeiro de 2004, foi aprovada Urbana Consorciada Faria Lima, o que
a Operação Urbana Consorciada Fa- tornou possível a obra de requalificação e
ria Lima, por meio da Lei nº 13.769/04, de reforma do trecho mediante recursos
que revogou a lei anterior. O intuito foi da venda de Certificados de Potencial Diretrizes
adequar a Operação Urbana existente Adicional Construtivo (Cepac) da ope-
ao Estatuto da Cidade (Lei Federal nº ração. Além disso, a Lei nº 16.242/15 As diretrizes urbanísticas, previstas nos
10.257/01), que definiu as Operações definiu os incentivos e as diretrizes lados par e ímpar da avenida, seja pelo
Urbanas Consorciadas como sendo um urbanísticas para o lado par da avenida, PDE, seja pela Operação Urbana Faria
instrumento de política urbana gerido de alterando e ampliando o artigo 14 da lei Lima, incentivam a destinação de áreas
forma consorciada entre o poder público original da operação urbana (13.769/04). para a fruição pública, a implantação de
e a sociedade civil, através de um grupo No lado ímpar, permanecem as regras e usos não residenciais no térreo e o uso
gestor, e que conta com a participação de as disposições do Plano Diretor. misto nos edifícios, resultando em lotes
órgãos municipais e entidades represen- mais permeáveis, fachadas mais ativas
tativas da sociedade civil organizada, No decorrer dos anos de 2014 e 2015, e mais circulação de pessoas nas áreas
responsável pela definição e pela implan- a Prefeitura Municipal de São Paulo de- franqueadas ao público. O projeto para a
tação do Programa de Intervenções, bem senvolveu o Projeto de Requalificação da requalificação da Avenida Santo Amaro
como pela definição da aplicação dos Avenida Santo Amaro, apoiado no Plano partiu dessas diretrizes gerais e agregou
seus recursos. de Melhoramentos Viários de 2006 e nas algumas diretrizes específicas: qualificar
diretrizes do Plano Diretor Estratégico os percursos humanos, com o alarga-
Em 2006, foi aprovado o Plano de Me- viabilizando a contratação das obras e o mento e arborização de calçadas e a cria-
lhoramentos Viários da Avenida Santo processo de desapropriação dos imóveis ção de galerias para passagem entre a
Amaro (Lei nº 14.193/06), que definiu ao longo de 2016. Avenida Santo Amaro e ruas paralelas ou
os novos alinhamentos para o trecho transversais; promover a acessibilidade
entre as avenidas Presidente Juscelino universal, com definição de piso adequa-
Kubitschek e dos Bandeirantes, com lar- do e a colocação de piso tátil e semafori-
gura variável de 25 metros a 36 metros), zação sonora; qualificar a infraestrutura,
a fim de renovar o corredor de ônibus com o enterramento da rede aérea e a
dessa região. organização das redes no subterrâneo; e
Com a publicação do Novo Plano Diretor valorização do patrimônio, ao promover a
Estratégico e a definição dos Eixos de qualificação de todo o ambiente.
Transformação Urbana, surgiu a necessi-
dade de qualificar o sistema de transporte
148 Espaços públicos e a cidade que queremos

Projeto

O projeto tem como premissa considerar Espaços de trajeto Redes de


os percursos humanos em todas as do pedestre infraestrutura
suas dimensões – a pé, de bicicleta
e em transporte coletivo – e engloba Para a segurança do pedestre em áreas As redes de infraestrutura devem ser
as conexões entre os diferentes específicas das paradas de ônibus, instaladas sob a faixa livre. As redes
meios de locomoção e o atendimento devem ser propostos guarda-corpos com similares – por exemplo, as de lógica e
às necessidades de cada um deles: corrimão em tubo metálico 3 polegadas telefonia – devem estar agrupadas em
percursos acessíveis, espaços de de aço inox e fechamento em gradil. As banco de dutos. As caixas de inspeção
estar, lazer, descanso e alimentação faixas de pedestres devem ter a maior e os poços de visita estarão sempre na
ao longo dos percursos sombreados; largura possível, estimada a partir do fluxo, faixa de serviços. Além dos dutos para
atendimento aos ciclistas mediante a principalmente no acesso às paradas atender as redes existentes, deve-se
disponibilização de cruzamentos seguros de ônibus. As faixas estão posicionadas prever um grupo de dutos secos para
e a instalação de equipamentos de apoio; alinhadas com a faixa livre das calçadas, minimizar os impactos com expansões de
conforto e segurança no acesso e na ou seja, 1,20 m do alinhamento da guia. É rede de forma organizada.
permanência nas paradas de ônibus e necessário observar a faixa de retenção de
diminuição do tempo de espera. Para acordo com as diretrizes da CET. Para qualificar a disposição e a
atender esses objetivos, o projeto coleta de lixo, devem ser instaladas
prevê, em ambos os lados da avenida, Nas calçadas, a largura varia de 2,50 m a lixeiras coletivas, enterradas, quando
a ampliação de calçadas, a criação de 5 m. Foram organizadas em fluxos e em possível. Nas áreas de praças devem
rede de praças, nova pavimentação de setores bem definidos: serão dois setores, ser instalados conjuntos de lixeiras
vias e de espaços públicos, melhoria da uma faixa de serviço de 1,20 m e uma para recicláveis.
infraestrutura para transporte coletivo, faixa livre de circulação com, no mínimo,
redes enterradas, melhoria da drenagem 1,20 m. Na faixa de serviço se localizam as
urbana, iluminação, sinalização e árvores, as rampas de acesso dos veículos Arborização
semáforos, implantação de mobiliário aos lotes, as tampas de inspeção de redes,
urbano, comunicação visual, paisagismo os postes de iluminação, a sinalização, A vegetação foi pensada como
e ajardinamento. os elementos verticais diversos (como um corredor arbóreo de cada lado
caixas de telefonia), papeleiras e da avenida, complementando os
Ao longo dos 2,7 quilômetros desse paraciclos. Também nesse alinhamento corredores existentes e incentivando sua
trecho, o projeto se estrutura em três estarão as rampas para a acessibilidade continuidade pelas áreas mais áridas da
faixas por sentido (uma para tráfego nas travessias. região, a fim de reforçar a conectividade
exclusivo de ônibus, com 3,5 m de entre os diversos espaços verdes e
largura, e duas para tráfego geral, com permitir a circulação e a expansão
3 m de largura cada uma). Em todas as Projeto cicloviário da avifauna.
paradas, haverá a ultrapassagem livre
e um canteiro central único cuja largura De acordo com o projeto cicloviário da Propõe-se o plantio de árvores de
é de 5 m. região, existem seis cruzamentos de grande e de médio porte ao longo da
ciclofaixas nesse trecho da Avenida avenida, nas praças e no canteiro central,
Santo Amaro. Além de um bicicletário, desde que não interfira no espaço das
foram propostos grupos de paraciclos paradas de ônibus, da iluminação e da
em todas as praças e nos cruzamentos, sinalização. A escolha das espécies
propiciando mais conexão entre ciclistas ocorreu de modo a obter floração o
e ônibus, polos geradores, praças e ano todo, de diversas cores. Além das
parques. Nos cruzamentos, observou- árvores, nos canteiros centrais, em áreas
se a distinção entre faixa de pedestres, sem passagem de pedestres, serão
ciclofaixas de paradas de ônibus, também plantadas espécies arbustivas.
evitando assim o conflito de fluxos.
Projetos Santo Amaro 149
150 Espaços públicos e a cidade que queremos

Antes e depois
Projetos Santo Amaro 151

22 6 ,300 ,8 9,35 3,4

29,80m

4,10 12,50 5,00 9,50 4,90

36m
152 Espaços públicos e a cidade que queremos

Antes e depois

1,70 19,35 1,65

22,5m

3,75 22,5 3,75

27m
Projetos Santo Amaro 153
154 Espaços públicos e a cidade que queremos

Antes e depois

1.70 m 6.20m 3m 1m 3m 6.20m 1.65m


PASSEIO 2 FAIXAS ÔNIBUS ÔNIBUS 2 FAIXAS PASSEIO

SEÇÃO 23m

3.75 m 6m 3m 1m 3m 6m 3.75m
FRUIÇÃO PÚBLICA PASSEIO 2 FAIXAS ÔNIBUS ÔNIBUS 2 FAIXAS PASSEIO FRUIÇÃO PÚBLICA

SEÇÃO 27m
Projetos Santo Amaro 155

2m 6m 2.30m 6m 0.8m 3.35m 6m 3.4m


PASSEIO 2 FAIXAS PARADA ÔNIBUS ÔNIBUS 2 FAIXAS PASSEIO

SEÇÃO 29.80m

4.10m 6m 6.50m 5m 3.50m 6m 4.90m


FRUIÇÃO PÚBLICA PASSEIO 2 FAIXAS ÔNIBUS PARADA ÔNIBUS 2 FAIXAS PASSEIO FRUIÇÃO PÚBLICA

SEÇÃO 36m
156 Espaços públicos e a cidade que queremos

Detalhe da Avenida Santo Amaro


Projetos Santo Amaro 157

O projeto de requalificação da Avenida Santo Amaro


Santo Amaro mostra completa cone- em números
xão com as necessidades e demandas
globais e locais. Atende ao objetivo de
criar um suporte adequado ao desenvol- Área do projeto: 98418,54 m²
vimento das propostas do PDE para os Data projeto: dezembro 2014
Eixos de Estruturação da Transformação
Urbana, assim como permite o usufruto Infraestrutura
e o desenho da paisagem do espaço
público com mais qualidade. O progresso • 5.400 ml de enterramento
de mudança das construções ao longo da de redes
avenida tem se intensificado nos últimos
dois anos, tanto as de menor escala, • 1019,59m² de área permeável
quanto o aparecimento incessante de em canteiro central verde
novos empreendimentos, demonstrando
a confiança e o apoio de moradores e • 1270,00 m² de área permeável
interessados, em mais um exemplo de em praças e arvoreiras
espaço público pensado para todos.
• 600 árvores
O desenvolvimento do projeto também
foi um exemplo positivo e qualificado de • 340 novas luminárias
interação entre os diversos setores muni-
cipais: desenvolvimento urbano, transpor- • 80 novas papeleiras
te, meio ambiente, obras; resultando em
uma proposta de qualidade que deve ser • 100 bancos
expandida e replicada.
• 2 conjunto de lixeiras
de lixo reciclável

Planta

luminária dupla árvores a paraciclo paraciclo árvores a luminária simples árvores a possibilidade árvores a luminária dupla
a cada 32m cada 8m cada 8m a cada 16m cada 8m de acessos cada 8m a cada 32m
Espaços Públicos e a cidade que queremos 159

Considerações
finais
Considerações finais 161

Ao longo dos últimos anos, as ações e gera fragilidade na gestão e manutenção intersecções que existem entre esses
os projetos de ressignificação do uso dos dos espaços. Desse modo, para além do espaços para pedestres e para os demais
espaços públicos desenvolvidos pela SP aprimoramento na qualidade do desenho usos e modais.
Urbanismo geraram conclusões muito si- dos espaços, é fundamental superar essa
milares entre si. Por um lado, confirma-se fragmentação de atribuições. Esse Guia faz parte do processo de
que o desenho é uma forma de qualifi- revisão dos instrumentos de Planeja-
car o espaço da cidade para o uso das Difusão de boas práticas mento e Projeto Urbano realizado nesta
pessoas, em escala humana. O desenho gestão e cujo resultado ultrapassou a
urbano e seus componentes (infraestru-
de desenho urbano mera revisão dos Marcos Regulatórios
tura, equipamentos e mobiliário urbano) da Cidade (Plano Diretor e Zoneamen-
complementam as políticas públicas, ga- No campo do desenho, a SP Urbanismo to) na reestruturação da forma de se
rantindo a ocupação e o compartilhamen- percebeu a necessidade de difundir os desenvolver projetos. Isso ocorreu de
to das ruas da cidade. Por outro, consoli- exemplos de projetos desenvolvidos que modo não apenas baseado na qualidade
da-se a necessidade de a administração foram bem-sucedidos e a troca de expe- do desenho, mas também comprometido
municipal renovar o modo de gestão dos riências intersecretariais e globais realiza- com as estratégias de financiamento e
espaços públicos ressignificados. Portan- das nos últimos anos. Assim, o Guia de de viabilidade de implantação associadas
to, uma gestão voltada não mais à sim- boas práticas para os espaços públicos à gestão democrática e ao engajamento
ples manutenção ou ao embelezamento da cidade de São Paulo tem o objetivo de das comunidades em todo o processo. O
de espaços construídos e ajardinados, difundir e propor boas práticas de dese- conteúdo do Guia foi definido utilizando
mas à interlocução do poder público com nho urbano, de ordenamento ou de reor- como ponto de partida as demandas de
os cidadãos. Assim, entender o projeto denamento da paisagem, tanto no âmbito projeto e de levantamentos de tipologia
desses espaços como campo de conflitos das experiências implantadas na cidade de diversas ruas da cidade, procurando
de demanda e campo político de debates quanto das referências e possibilidades abarcar um universo considerável para o
em relação à natureza de seus usos leva de soluções de desenho, abrangendo os diagnóstico de problemas e o desenvolvi-
ao reconhecimento de que a tradicional espaços de uso do pedestre: calçadas, mento de soluções e de propostas.
divisão das atribuições e das respon- ampliações de calçadas, largos, praças,
sabilidades da administração municipal galerias e espaços de fruição e todas as
162 Espaços públicos e a cidade que queremos

Concurso de ideias para A provisão de elementos acessíveis do urbano é parte integrante dos serviços da
mobiliário urbano mobiliário urbano, que seguem os prin- cidade e sua implantação em quantidade
cípios da Lei nº 13.146/15 (Estatuto da adequada contribuirá para o fácil acesso
Pessoa com Deficiência – Lei Brasileira e a utilização dos serviços de interesse
Ainda no campo do desenho, a SP de Inclusão da Pessoa com Deficiência) e coletivo e para preservar a qualidade do
Urbanismo realizou o Concurso Público as recomendações orientadas pelas nor- espaço público e o desenvolvimento de
Nacional de Ideias para Elementos de mas da Associação Brasileira de Normas atividades de modo qualificado.
Mobiliário Urbano da Cidade de São Pau- Técnicas (ABNT) configura uma necessi-
lo. Dentre 69 trabalhos apresentados no dade básica na política de universaliza-
concurso, foi selecionada a melhor pro- ção do direito à cidade e de melhoria da
posta para o desenho de nove elementos paisagem urbana nos espaços públicos.
e famílias de elementos de mobiliário O concurso abriu um campo de discus-
urbano – sanitários públicos, quiosques, são democrático cujo resultado será o
abrigos de táxi, bancos, papeleiras, investimento e a qualificação dos espa-
bebedouros, paraciclos, guarda-corpos ços públicos urbanos, oferecendo ampla
e balizadores. O Concurso resgatou o gama de projetos de qualidade, que
espaço de contribuição dos profissionais possam ser aplicados em todo o municí-
dessa área na criação e modernização de pio e que garantam a distribuição desses
um conjunto de mobiliários e equipamen- serviços de forma justa, em condições
tos urbanos pautados pela qualidade do adequadas de uso, preservando a fluidez
desenho e pela distribuição equilibrada na circulação de pedestres e com menor
no território da cidade. obstrução do campo visual. O mobiliário
Considerações finais 163

Ordenação da civil, bem como da inserção de grafite esclarecem dúvidas e delibera sobre ca-
paisagem urbana e demais formas de arte na paisagem sos não previstos na Lei original, além de
urbana. Ao longo dos dez anos de vigên- imprimir mais eficiência aos processos de
cia da Lei Cidade Limpa, a Comissão de aprovação. Essas resoluções estão des-
Com base no princípio de valorização Proteção à Paisagem Urbana (CPPU)1 critas e explicadas no Manual.ção. Essas
da transparência, e da gestão e cons- – órgão colegiado municipal responsável resoluções estão descritas e explicadas
trução coletiva dos espaços públicos, a pelo acompanhamento das questões no Manual.
SP Urbanismo desenvolveu o Manual referentes à paisagem urbana – produziu
ilustrado de aplicação da Lei Cidade uma série de resoluções normativas que
Limpa e normas complementares a fim de
facilitar o acesso ao conjunto das normas
que regem a inserção de elementos na
paisagem, sua compreensão, aplicação e 1. Criada em 1978, a CPPU teve suas atribuições
monitoramento por todos os cidadãos. ampliadas a partir da Lei Cidade Limpa. Como os
demais órgãos colegiados da cidade, tem o objetivo de
A Lei nº 14.223/06 (Lei Cidade Limpa) garantir a gestão democrática por meio da participação
constitui a principal norma que atual- de diferentes segmentos da população, diretamente
mente rege a inserção de elementos na ou por intermédio de associações representativas,
nos processos de decisão, planejamento e gestão da
paisagem urbana. Seu escopo abrange cidade, No caso da CPPU, a atuação se dá no acom-
a regulamentação de todos os elemen- panhamento das propostas relativas à intervenção e
tos de comunicação visual nos espaços ordenação dos elementos na paisagem, analisando e
deliberando quanto à aplicação da Lei Cidade Limpa.
públicos, dos termos de cooperação com A comissão realiza reuniões públicas periódicas para
a iniciativa privada e com a sociedade essas avaliações.
164 Espaços públicos e a cidade que queremos

Uma gestão participativa Públicos, cujos principais objetivos são Anhangabaú, a Praça Roosevelt, a Praça
compreender o desempenho dos meca- do Trabalhador e o Largo da Batata,
nismos administrativos atuais, e propor entre outros.
Por fim, no campo da gestão, foram mecanismos que compreendam as parti-
realizados vários estudos e pesquisas cularidades dos novos espaços públicos A partir desse mapeamento de agrupa-
de referencia,2 com o objetivo de identifi- e estabeleçam estratégias para melhorar mentos, das pesquisas iniciais e das
car deficiências e potencialidades e, por a qualidade das ações de zeladoria e de experiências realizadas nesta gestão,
meio de um diagnóstico preciso, propor manutenção, e fomentar novas formas de são apresentadas a seguir as principais
alternativas e novos modelos de admi- uso e de ocupação do espaço urbano. diretrizes apontadas, até o momento, por
nistração que garantam a eficiência na Foram feitos dois agrupamentos de áreas esse trabalho:
manutenção dos espaços ressignificados, definidos no projeto:
o controle social e a gestão democrática. - Agrupamento 1 – praças e áreas - continuidade e aprofundamento do
ajardinadas de bairro; e mapeamento dos espaços públicos, com
Essas propostas podem ser testadas - Agrupamento 2 − praças secas e áreas base sólida e confiável que subsidie o
como projetos-piloto de gestão – assim de encontro de abrangência regional. planejamento, o acompanhamento e a
como está sendo realizado no programa fiscalização da gestão desses espaços,
Centro Aberto – e que levam ao enten- O Agrupamento 1 aglutina as áreas que no portal GeoSampa;
dimento da necessária reforma adminis- atraem o interesse da população local
trativa em relação aos gestores e suas que vive cotidianamente próxima, que - desenvolvimento de estratégias de
atribuições em relação aos espaços se preocupa com sua manutenção e fomento à celebração de termos de doa-
públicos. conservação e que usufrui ou gostaria de ção e de cooperação com a sociedade
usufruir de suas funções ambientais, fun- civil, modernizando os processos admi-
A necessidade da revisão das formas cionais, estéticas e/ou simbólicas. Esse nistrativos e englobando mecanismos
vigentes de gestão dos espaços públicos grupo se caracteriza também por grande diferenciados para cada um dos agru-
pautou-se pelo surgimento de novas for- quantidade e capilaridade no território. pamentos de áreas públicas propostos,
mas de ocupação dos espaços públicos Para esse grupo, vale lembrar a aprova- considerando também os diferentes tipos
pela sociedade civil e a inexistência de ção da Lei nº 16.212/15 (Lei de Gestão de parceiro;
instrumentos adequados para absorver Participativa de Praças), que estabelece
essa demanda; princípios, objetivos e instrumentos para - formalização de mecanismos de pes-
Outras questões, já conhecidas incre- que os cidadãos participem, em conjunto quisa, monitoramento, fiscalização e ava-
mentam essa necessidade: com o poder público, da implantação, liação pós-ocupação dos espaços e da
revitalização, requalificação, fiscalização, política instituída, de modo a instrumen-
1 A atuação muitas vezes insuficiente do uso e conservação das praças públi- talizar o poder público para a avaliação
poder público na zeladoria e na manuten- cas, com vistas a garantir a qualidade da política;
ção dos espaços existentes; e desses espaços e a fortalecer o neces-
2 Implantação de novas estruturas sem o sário diálogo entre o poder público e a - continuidade e aprimoramento da ges-
correspondente exercício de um processo sociedade civil. tão democrática e das instâncias de parti-
de gestão adequado. cipação direta da sociedade civil por meio
Em oposição, no Agrupamento 2 temos dos Conselhos Participativos e Conselhos
A SP Urbanismo então iniciou o desen- um número expressivamente menor de Gestores, instituídos nos últimos anos;
volvimento do projeto Elaboração de áreas, pontos de encontro de escala
Ferramentas para a Gestão dos Espaços regional, notadamente polos atrativos - desenvolvimento de procedimentos
de grande quantidade de pessoas, em padronizados a todas as Subprefei-
geral próximas às estações da rede turas para aprovação de eventos em
de transporte coletivo de média e alta espaços públicos, com competências e
2. Experiências não tradicionais de gestão pública, capacidades e a importantes áreas de atribuições esclarecidas;
tanto na cidade de São Paulo como em outras cidades
do mundo: Medellín, Bogotá, Londres, Nova York, atividade econômica da cidade. Nesse
entre outras. grupo, temos como exemplo o Vale do
Considerações finais 165

- instituição de mecanismos de gestão de Uma política pública abrangente na ges- Esta publicação procurou difun-
mobiliário urbano. tão dos espaços públicos deve superar a dir algumas práticas realizadas e
simples articulação dos diversos serviços bem-sucedidas e, ao mesmo tempo,
Enfim, o que se percebe é a necessidade necessários, reconhecer a complexidade contribuir para incrementar o modo como
de compreender a maneira como as pes- e as particularidades desses locais e dar a administração pública mantém seus
soas utilizam os espaços ressignificados voz aos diferentes atores envolvidos. espaços emblemáticos. Buscou também
e oferecer espaços de interlocução entre oferecer subsídios à sociedade para o
poder público e cidadãos. aprimoramento do debate e do apoio à
transformação da cidade.
166 Espaços públicos e a cidade que queremos

Créditos

Agradecimentos Prefeitura da Cidade Subprefeituras


de São Paulo Subprefeitura de Campo Limpo
Agradecemos às equipes da SMDU, Subprefeitura de Capela do Socorro
SP Urbanismo, Secretarias Municipais e Fernando Haddad Subprefeitura de Cidade Tiradentes
demais equipes que participaram da ela- Prefeito Subprefeitura de Ermelino Matarazzo
boração dos projetos e conteúdos Subprefeitura de Freguesia do Ó
apresentados nesta publicação.  Nádia Campeão Subprefeitura de Ipiranga
Todos os esforços foram feitos para locali- Vice-Prefeita Subprefeitura de Itaquera
zar e creditar os detentores de direitos das Subprefeitura de Jaçanã/Tremembé
imagens aqui reproduzidas, bem como Secretaria Municipal de Subprefeitura de Lapa
para mencionar todos os que colaboraram Desenvolvimento Urbano Subprefeitura de Mooca
na realização desta publicação. Pedimos Subprefeitura de Penha
desculpas por possíveis erros ou omis- Secretaria Municipal de Educação Subprefeitura de Pirituba/Jaraguá
sões nesse sentido. Caso haja novas edi- Subprefeitura de Santo Amaro
ções impressas ou digitais desse material, Secretaria Municipal de Cultura Subprefeitura de São Miguel
corrigiremos as eventuais falhas que nos Subprefeitura de Sapopemba
sejam comunicadas. Secretaria Municipal de Esportes Subprefeitura de Vila Maria
Subprefeitura de Vila Prudente
Créditos de imagens Secretaria Municipal de
Assistência Social Outros órgãos municipais
Fotos Companhia de Engenharia de Tráfego
p. 9: Marília Bello Secretaria Municipal de Direitos Companhia Metropolitana de
p. 10 a: Ana Claudia Schad Humanos e Cidadania Habitação de São Paulo
p. 10 b: Felipe Morozini/Yoga da Marina Empresa de Cinema e Audiovisual
p.11: Sissy Eiko Secretaria Municipal de de São Paulo
p. 14: Cidade Ativa Infraestrutura Urbana São Paulo Obras
p. 61: Heloisa Ballarini/SECOM São Paulo Transportes
p. 81 a: fonte desconhecida Secretaria Municipal de Verde
p. 81 b: Adamo Bazani/Acervo PMSP. e Meio Ambiente
p. 95: Cesar Ogata/SECOM
p.108 a: Autor desconhecido, 1923. Secretaria Municipal de Serviços
[IMS, 2004. p.139.]
p. 108 b: 1945: fonte desconhecida Secretaria Municipal de Transportes
p. 128: Acervo SP Urbanismo
p. 165: Everton Ballardin Secretaria Municipal da Pessoa
demais imagens: SP Urbanismo com Deficiência

Imagens / Perspectivas Secretaria Municipal de Licenciamento


p. 102, 111, 114, 116, 117, 118, 120: PJJ
p. 140, 149, 151, 153: Secretaria Municipal de Habitação
Martin Benavidez/SMDU/SP Urbanismo
Secretaria Municipal de Coordenação
Mapas das Subprefeituras
Base cartográfica: Mapa Digital da Cidade,
2004; Projeção UTM/235 DATUM Secretaria Municipal de Governo
Horizontal SAD69
Emplasa, 2007
Elaboração: SMDU, SP Urbanismo, 2016
Créditos 167

SMDU Assessoria Jurídica  Aparecida Candido


Heloisa Toop Sena Rebouças Aparecido Roberto de Lima
Secretário Municipal de (até 11/2016) Aristeu Zensaburo Nakamura
Desenvolvimento Urbano Débora Sotto (a partir de 11/2016) Arlete da Silva
Fernando de Mello Franco Arlete Lucia Bertini Leitao
Assessorias de Imprensa/Comunicação  Aurea Lucia Alonso
Secretária Adjunta Thais Aguiar Cruz (até 04/2016) Aymar Mendes Soares
Tereza Beatriz Ribeiro Herling Larissa de Pieri Grizoli Barbara Fernandes Pereira
(a partir de 04/2016) Bianca Marques de Brito Ferreira
Chefe de Gabinete Bruna Oliveira Domingos
Weber Sutti (até 10/2015) Assessoria de Participação Popular e Caio Rioei Yamaguchi Ferreira
Priscila Specie (a partir de 11/2015) Comunicação Camila Cristina de Oliveira
Nuria Pardillos Vieira (até 10/2016) Camila Nastari Fernandes
Coordenadoria de Administração e Luzinete Ramos Borges Carla Garcia de Oliveira
Finanças (CAF) (a partir de 10/2016) Carla Montanheri Andrade Madureira
Felipe Garofalo Cavalcanti Carlos Alberto Di Nubila
(até 05/2016) Assessoria de Pesquisa Carlos Augusto Miguel Monteiro
Francinaldo da Silva Rodrigues Aplicada e Fomento Carlos Eduardo Silverio Barbosa
(a partir de 05/2016) Carolina Heldt D’Almeida Carlos Malzyner
Carlos Matosalem de Souza
Departamento de Produção e Análise Assessoria de Relações Institucionais Carlos Previato de Oliveira
de Informação (DEINFO) Luis Claudio Messa Longo (até 03/2016) Carolina Baptista Suzuki Silva
Tomás Wissenbach Carolina Gomes de Souza
Funcionários Carolina Moura Andrade Moron Ribeiro
Departamento de Urbanismo (DEURB) Accacio Gomes de Mello Junior Carolina Sato Aikawa
Anderson Kazuo Nakano (até 03/2014) Adernoval Moreira Araujo Caroline Maderic Riquino
Andre Luis Goncalves Pina Adilson Panunto Castelo Cassia Aparecida Quachio
(03/2014 a 09/2014) Akinori Kawata Catia Lacerda Ferras da Silva
Fábio Mariz Gonçalves Alcides Geraldi da Silva Celso Coaracy Dalprat de Moraes Franco
(a partir de 10/2014) Alice Cruz Antunes Christina Otani Kitamura
Aline Rocha Gorga Cicero Calheiros de Souza
Departamento do Uso do Solo (DEUSO) Amanda Cristina Franco Gueraldi Clarice de Fatima Francisco
Daniel Todtmann Montandon Amanda Hansen Cortez Clarice Sacchi Correia Hiray Leal
Amanda Paulista de Souza Claudenice Jorge Lago Silvino
Departamento de Controle da Função Ana Carolina Lucieto Claudia Calazans Cardoso
Social da Propriedade (DCFSP) Ana Cristina Oliveira Lima Claudio Jose de Oliveira
Fernando Guilherme Bruno Filho  Ana Gabriela Akaishi Claudio Mendonca Braga
Ana Lucia dos Anjos Claudio Thomaz de Paula Ribeiro
Departamento de Gestão do Ana Maria de Andrade Clementina Delfina Antonia de Ambrosis
Patrimônio Imobiliário (DGPI) Ana Maria Moyses Chaim Cristina do Nascimento Borba
Fernando Guilherme Bruno Filho  Ana Paula de Araujo Vieira Dalva Maria de Araujo
(até 09/2015) Anderson dos Reis Gonzaga Daniel Ventura
Andréa Oliveira Villela Andre de Freitas Goncalves Daniela Bortolozzo
(a partir de 09/2015) Andre Kviatkovski Danilo Mizuta
Andrelina Martins Lopes Darwin Pavan Filho
Andrew Seymour Burt Davi Augusto de Aro
Anna Kaiser Mori David Vital Brasil Ventura
Antonio Rodrigues do Nascimento Debora Grama Ungaretti
168 Espaços públicos e a cidade que queremos

Debora Samelo Mischiatti Glauco Blasco Leticia Figueiredo Collado


Debora Sibantos Penteado Grimaldi Guilherme de Carvalho Pereira Leticia Galan Garducci
Deidevani Liberatti Pinheiro Pimenta Guilherme Filocomo Leticia Moreira Sigolo
Delaide Amara Lontra Pinto Guilherme Pedroso Nascimento Nafalski Liane Lafer Schevz
Denise de Campos Bittencourt Gustavo Anello Campos Ligia Maria Coelho Nieto
Denise Goncalves Lima Malheiros Gustavo Kazuo Kimoto Ligia Vasconcellos Oliva Buratto
Diana Teresa Di Giuseppe Gustavo Oliveira Mota Lilian Sponda de Freitas
Diogo Dias Lemos Hannah Arcuschin Machado Lisandro Frigerio
Dione Barros de Farias He Nem Kim Seo Lucas Pimenta Alves
Dirce Harumi Matuzaki Helena Lania de Araujo Luci Neves Soares
Domingos Theodoro de Azevedo Netto Heliana Lombardi Artigiani Luciana Chakarian Kuada
Douglas Peixoto da Silva Helio Florentino da Silva Luciana Correia Gaspar Souza
Edson Capitanio Henrique Sugaya Luciana de Sa Roncada
Eduardo Augusto Arteiro de Faria Igor Cortinove Luciana Fernanda Bueno Alves de Moura
Eduardo Donizete Pastrelo Irene Shizue Iyda Luciana Pascarelli Santos
Eduardo Quirino dos Santos Iris Ferreira Moriyama Luis Fernando Villaça Meyer
Egly Meyer Alves Isaura Regina Ferraz Parente Luis Octavio da Silva
Elaine Cristina Melgaço Paladini Gonçalves da Cunha Luis Oliveira Ramos
Elaine do Carmo Bueno Pereira Dias Ivani dos Santos Luisa Marujo Ibrahim
Elena Maria de Oliveira Ivone Sousa da Silva Miranda Luiz Augusto Lima de Oliveira
Eliana Costa Simoes Janaina Clapis Dias Luiz Carlos dos Santos
Eliane Ferrara Janaina Pacheco Cortinove Luiz Fernando de Moraes Vecchia
Elza Sumiko Yanasse Jeane dos Santos Almeida Luiz Guilherme Silveira Monteiro
Emilia Satiko Mizuta Joao Bosco Pereira Bom Luiz Roberto Rolim de Oliveira
Erica Artuso de Campos Baptista Joao Davi de Souza Maira Fernandes Silva
Erminia Mukuno Joao Paulo Parenti Ceban Marcela Alonso Ferreira
Estela Maria Olimpio Joao Ricardo Passarella Coelho Marcela Sayeg Johansson
Fabiana Cristina da Luz Jose Antonio Apparecido Junior Marcella Carmona Wahl Rontani Migliacci
Fabio Corsi Ferrao Jose Aurelio Brentari Marcella Correa Martins
Fabio Custodio Costa Jose Benedito de Freitas Marcelo Candido Rodrigues
Fatima Maria Niglio Cardoso Jose Cabral Neto Marcelo Cardoso Gontijo
Fatima Regina Mascarenhas Lopes Jose Carlos dos Santos Marcelo de Mendonca Bernardini
Fernanda Passos Vieirafernando Jose Geraldo Martins de Oliveira Marcelo Novaes Baracas dos Santos
Guilherme Bruno Filho Jose Luiz Inacio Marcia Labate
Fernando Henrique Gasperini Jose Marcos Pereira de Araujo Marcia Petrone
Fernando Jose Ribeiro Caram Jose Marinho Nery da Silva Junior Marcia Regina Alessandri
Fernando Tulio Salva Rocha Franco Jose Pereira da Silva Filho Marcio Correa Soares
Felipe Souza de Almeida Josue da Silva Marco Antonio Baldoni
Filipe Teixeira Ragazzini Joyce Carvalho da Silveira Marco Antonio Guimaraes
Filomena Galvani Amoroso Lopes Gloder Juliana Colli Munhoz Marcos Fiorani
Flavia Taliberti Pereto Juliana Maria Vitorino das Chagas Santos Marcos Toyotoshi Maeda
Francisco de Assis Santana Julio Cesar de Moura Oliveira Marcus Vinicius Russo Roberto
Frank Olav Whitton Junior Julio Maia de Andrade Mari Rosangela Luz Guimaraes
Gabriela Maria de Mello Karina Veglione Maria Aparecida Nogueira Paulino
Cavalcanti Tenório Lara Cavalcanti Ribeiro de Figueiredo Maria Auxiliadora Gomes Cintra Silva
Gabriela Nunes Machado Larissa Gomes de Lima Maria Cecilia Lisboa de Azevedo
Geiza Cristini Marins Cardoso Ferreira Laurentina Felismina de Mello Maria Cristina Amato Veloso
Genair Soares Fernandes Leila Maria Pires de Aguiar Dias Maria Cristina de Souza Bortoletto
Créditos 169

Maria Cristina dos Santos Paulo Candura Sandra Nadia Pricert Rettore
Maria de Lourdes Ribeiro Paulo Carlos Pereira do Amaral Sandra Nascimento Lima Cedraz
Maria do Carmo do Nascimento Paulo Cesar Gaioto Fernandes Sandra Regina da Silva Ribeiro Barbosa
Maria do Rosario Muniz Paulo Cesar Sperduti Sandra Regina Papst
Maria Elisabeth dos Santos Paulo Rapoport Sandra Regina Paulino Okumura
Nogueira Grimberg Paulo Roberto Castaldelli Sandro Esperidiao
Maria Isabel Meira de Castro Paulo Sergio Riso Alcantara Sebastiao Alves Feitosa
Maria Isabel Rodrigues Paulino Pedro Dias da Silva Sergio Adas
Maria Isilda Pereira Palma Pedro Fasani Junior Silas Ferreira Dias
Maria Lucia da Silveira Pedro Francisco Tisovec Silvia Cristina Lopes de Oliveira
Maria Lucia de Branco Pedro Kiyoshi Camargo Nakamura Silvia Vasconcellos Rocha
Maria Lucia Silva Lemos Pedro Manuel Rivaben de Sales Silvio Cesar Lima Ribeiro
Maria Raimunda Marinho Pedro Salomon Bezerra Mouallem Silvio Cesar Martins
Maria Stella Cardeal de Oliveira Penha Elizabeth Arantes Ceribelli Pacca Simone Aparecida Bettuzzi
Maria Teresa Oliveira Grillo Pionete Maria Aparecida Oliveira Peterson Solange de Alencar Ribeiro
Mariana Morais Luiz Rafael Mielnik Sonia Aparecida Gomes
Marieta Colucci Ribeiro Rafael Moura da Cunha Soraia Tavares de Almeida
Marilia Araujo Roggero Raquel Bertolaso Ribeiro Suelma Ines Alves de Deus
Mariluci de Oliveira Silva Regina Helena Vieira Santos Suzete Batista de Medeiros
Marilza de Fatima Simoneti Regina Magalhaes de Souza Sylvia Maria Luz Fre
Marina Ataguile Malagolini Regina Maria Martins Mesquita Tais Jamra Tsukumo
Marina Miyuki Kurashima Martins Reginaldo Aparecido Gozzo Taline Alves Santos da Silva
Marina Nemoto Lourenco Renato de Barros Panzoldo Talita Veiga Cavallari Fonseca
Marlene de Almeida Ricardo Aguillar da Silva Tania Capelo Vieira de Sa
Masacatu Koga Ricardo Bertolazzi Tania Cinquini
Matias Chambouleyron Ricardo Calil Tassia Botti Bozza
Michelle Tazaki Simões Ricardo Ernesto Vasquez Beltrao Teresinha de Donato Machado
Miriam Liemi Yoneda Ricardo Jose Castro Tereza Cristina Vespoli
Mirian Marques Ricardo Nucci Vieira Terezinha da Silva
Monalisa Rodrigues Moreira Ricardo Pedro Simoes Nazarian Terezinha de Oliveira
Montezuma Carvalho Bernardo Rita Cassia Gomes Thais Balsalobre de Mesquita
Nadia Marzola Rita de Cassia Ogera Thais de Ricardo Chueiri
Nataria Megumi Takeichi Roberta Anjoletto Bartaquine Thais Helena Borges Crespo
Necy de Fatima Guimaraes Roberto Alves de Almeida Tokiko Akamine
Nelma Cecilia Madeira Roberto da Silva Ramos Valeria Paiva Martins Tiveron
Neuza Maria Oliveira de Alcantara Roberto Lazarini Valeria Romao Barros
Nizete Silva Xavier Mesquita Roberto Luis Machado Bueno Valmir Jonas da Silva
Norma Yurie Seki Rodrigo Bagnatori Ribeiro Valmir Marinho
Olga Maria Soares e Gross Rodrigo de Araujo Merida Sanches Vera Lucia da Silva
Olimpio Bezerra Campos de Souza Rogerio Alves Vera Lucia Nelson Bernardo
Osvaldo Zuliani Junior Rogerio Fazio de Souza Victor Graumam
Otavio Prado Ronailde Guedes Vogado Vilma Rodrigues Matos
Ovidio Teruaki Nakahara Rosana Yamaguti Vito Panicci Neto
Pamela Borges Silva Rosangela Colnaghi Vitor Cesar Vaneti
Patcha Cademartori Figueiredo Pietrobelli Rosemeire dos Santos Machado Viunetane Siqueira Alves
Patricia Baptista Moreno Martin Rubens Arias Capitan Vlamir Marques
Patricia Marra Sepe Rute Zeferino Negreiros Walmaria da Costa Gomes
Paula Burgarelli Corrente Sandra Maria Valeria Patriani Walmir Tadeu Copula
170 Espaços públicos e a cidade que queremos

Walter Tenorio Nobre Chiara Scotoni Mendes da Silva Heloisa Ometto


William Kleberson dos Santos Ciro Bertini Camargo Henrique Guilherme Estrela
Zaide Aparecida Francisco Cristiane Aparecida Cosmo da Silva Aciole Inae Egle Santos Gadelha
Daisy Regina Pena Ingrid Jesus Costa
Estagiários Daniel Borges Sombra Isa Pato Vila de Andrade
Adriana Monteiro Quaini Daniel Henrique Caires Marques de Araújo Isaac Nilton Ribeiro de Matos
Alessandra Iturrieta de Souza Daniel Santos Mendes Isabel da Silva Rego
Alexandre Tadeu de Moraes Resende Daniela Fernandes Sobrinho Isabela Bastelli Pagnan
Alice da Conceição Oliveira Benedetti Daniela Maranhão Gonçalves Isabela Pabla Ruttul Aguirra
Aline Cantos Cintra Davi de Souza Leite Isabella Abbatepaulo Ulhôa
Aline dos Santos Souza Débora de Souza Monteiro Rodrigues Guimarães
Aline Peres do Amaral Débora Grama Ungaretti Isabella Gonçalves Ferreira
Aline Salamanca Denis Douglas Diaz Castro Isabella Gouveia de Lima
Aline Zaque Jampietro Diego Aparecido Silva Ivan Augusto Alves Pereira
Amanda de Brito Polo Diego Luciano da Silva Faria Jean Carlo Miyazaki
Amanda Ferreira de Oliveira Diogo Dias Lemos Jefferson David Gomes Arruda
Amanda Neves Trindade Santos Dori Edson M. dos S. Junior Jessica Caroline Cavaletti
Amanda Silva Barral Eduardo Abramowicz Santos Jessica Costa de Jesus
Ana Beatriz Mota Lobo Edvaldo Pedro Peitosa Silva Jéssica Daiane Augusto de Jesus
Ana C. Quintella de Souza Edwin Cruz Cavino Jessica de Freitas Santos
Ana Caroliny Fazani da Silva Eric Ferreira de Olvieira Jessica Ferreira Barbosa Luchesi
Ana Jardelle N. Furukawa Erica Claudino Jessica Souza Fernandes
Ana Karolina de Souza Braga Érique Vieira Rodrigues Jessyca Schroeder Selingardi
Ana Lidia Moreira Cavalli Eugenio Vojkovic João Mario Correa Matos
Ana Márcia Araújo de Aguiar Felipe Alves de Paula Joel Marques de Sousa
Ana Paula Chudzinski Tavassi Felipe Romano dos Santos Johanna Levy de Wolinsk Miklos
Anderson Santos Azevedo Fernanda Gonçalves Coimbra da Silva Joyce Almeida dos Santos
Andrea Saturnino Fernando Bizarri Requena Joyce de Souza Santos
Andreia Caroline Santos da Silva Fernando Tomazella Rosito Julia de Andrade Reis
Anna Paula Cardoso Silva Flávia Rodrigues de Souza Julia de Brito Machado
Apollo Ricardo Souza Francesco Giannelli Julia Sayeg Tranchesi
Arão Nicolas Lopes da Silva Gabriel Hollaender Vilela Juliana Furlanetto Pereira
Artur Nunes de Souza e Almeida Gabriel Rocha Ribeiro Juliana Gilardino
Aurelio Crivellente Forcinitto Gabriela Brito Fernandes Juliana Goncalves de Azevedo
Bárbara Fernandes Bueno Gabriela de Oliveira Riccio Juliana Oms
Beatriz Laurindo de Sousa Gabriela Magalhães Tavares de Oliveira Juliane Machado da Silva
Bianca Maria Miquelutti Gabriela Mem de Barboza Kamila Oliveira da Silva
Bruna Geneze Liberato da Costa Gabriela Nascimento Karen Durães da Silva
Camila Antunes Silva Giovanna Fabbri Falconi Karina de Moura Moreira
Camila Sayuri Yamasaki Gisele Rodrigues Ganucho Karina Dominici Alves
Carimie Romano Gislaine Helena da Cruz Larissa Maria Rodrigues Bezerra
Carina Gomes Barasino Giuliano Salvatore Fiusa Magnelli Laura Belfort de Andrade Fernandes
Carolina da Rocha Bizarro Glauco Blasco Layse Lieko Ikeda
Carolina Florinda Boullosa C. Guilherme Garelha Albuquerque Lenita Ann de Menezes Palma
Velho da Costa Guilherme Nascimento Minarelli Leo Schurmann de Azevedo
Caroline Lima da Silva Helder Calil Zuchinalli Leonardo Ragano
Caroline Lopes Silva Helen Cristina de Oliveira Silva Letícia Almeida Costa
Caue dos Reis Ribeiro Heloisa Gabriela Gregório Letícia Araújo Santos
Créditos 171

Letícia Ciquini Castro Rafael Vianna dos Santos SP Urbanismo


Leticia da Silva Patrocinio Rafaela Santos Cardoso
Leticia de Araújo Santos de Almeida Raoni Kanashiro Mariano Presidente
Leticia Figueiredo Collado Rebecca Minorelli Fernando de Mello Franco
Leticia Haspene Santaella Regiane Silva Brito
Leticia Silva Pontes Renan Moreira Gomes Chefe de Gabinete
Ligia Marthos Renan Soares de Mello Antonio Carlos Cintra do Amaral Filho
Liliane Pereira Campos Renata Hernandes Ferreira (até 03/2013)
Lucas Ambrozin Gallo Rodrigo Dantas Valverde Fabio Teizo Belo da Silva
Lucas Chiconi Balteiro Rodrigo de Araujo Merida Sanches (03/2013 a 07/2016)
Lucas Pimenta Alves Rodrigo de Carvalho Ribeiro Sandra Barbosa Pacheco Santinho
Lucas Soares Calixto Rodrigo Luz Damasceno (a partir de 07/2016)
Luis Antonio Oliveira Dias Batista Rodrigo Marinoni Mandelli
Luis Henrique Santos de Souza Saliny Ribeiro Marin Diretoria de Desenvolvimento (DDE)
Luiz Felipe do Nascimento Sheila Frankonis Gustavo Partezani Rodrigues
Marcela Girotto Lino Sidney Coelho Barbosa
Maria Beatriz Alves de Souza Taíza Moreira dos Santos Diretoria Administrativa e
Maria Claudia L. Figliolino Tales Fontana Siqueira Cunha Financeira (DAF)
Maria Concebida da Silva Chaves Tamara Fagundes da Rocha Tinoco Antonio Carlos Cintra do Amaral Filho
Mariana Costa Panseri Tamires Martir da Silva (até 02/2015)
Marina Ayumi Onoda Tayna Cavalcanti Berloffe Ricardo Augusto Grecco Teixeira
Marina de Almeida Magalhães Thais Alcantara Perez (a partir de 11/2015)
Marina Novais Lima Thais Viyuela de Araújo
Marina Xavier Rolindo Thiago Nunes Diretoria de Gestão e Finanças
Matheus Marchetti Tiago Rego Gomes (passou a se chamar Diretoria
Mathews Vichr Lopes Tomás Santos do Amaral de Gestão de Operações Urbanas
Maurilio Lopes de Oliveira Filho Vanessa Mattos Mendonça em 2016)
Miguel Jose G. M. de Oliveira Vinicius Santos Almeida Mario Wilson Pedreira Reali
Monica Ferreira Santos Viviane Matsuguma Tiezzi (de 02/2015 até 12/2015)
Monica Vieria Couto Walter Vinicius Ribeiro Cancelieri
Monthana Cristina de Matos Dias Wesley Rogério Carvalho Pereira Diretoria de Gestão de Operação
Natalia Cristina de Oliveira Urbanas (DGO)
Nathallya de Sousa Barradas Martins Simone Gueresi de Mello
Nicholas da Silva Constanci (a partir de 02/2016)
Paloma Almeida da Costa
Pamella Chrystina Ferreira Miguel Diretoria de Participação e
Paola Trombetti Ornaghi Representação dos Empregados (DPE)
Paula Loturco Margarete Costa Rolla Goncalves
Paulo Henrique da Costa Lopes (até 04/2016)
Paulo Pereira dos Santos Sonia Regina Chiaradia
Pedro Cardoso da Silva (a partir de 04/2016)
Pedro Filippo Antunes de Oliveira
Pedro Petry Franceschini Freire Ademar de Castro
Philippe de Morais Gama Agnaldo dos Reis
Piterson Filipe R. da Silva Alexandre Rodrigues Seixas
Priscila Souza Gyenge Alvaro Vieira Sobrinho
Rafael Augusto de Castro Amanda C Franco Gueraldi
Rafael Mielnik Ana Claudia Rocha Bomfim
172 Espaços públicos e a cidade que queremos

Ana Lucia de Moura Moreira Francisco Cezar Tiveron Manoel Gabriel Gomes
Ana Paula D Meireles de Assis Fransueldo Pereira da Silva Marcelo Fonseca Ignatios
Ana Paula Roque de Sousa Giselle Kristina Mendonca Abreu Marcio Jose de Goes Martins
Andre de Paula Andreis Giulia Bettini Calistro Marcio Serafim Barbosa
Andre Fabiano Hoon Kwak Harmi Takiya Marco Antonio Fialho
Andre Goncalves dos Ramos Hecio Lucas dos Santos Marco Antonio Palermo
Andrea de Oliveira Tourinho Helena Strada Nosek Marcoantonio Marques de Oliveira
Angela dos Santos Silva Higor Rafael de Souza Carvalho Marcos Alexandre M Mastropaulo
Angela Maria Batista Hugo Martins da Silva Marcos Antonio Marques
Anna Carvalho de Moraes Barros Hyun In Ra Marcos da Silva Gomes
Anna Gabriela Hoverter Callejas Isabel Cristina de Sousa Marcos de São Thiago Lopes
Antonio Carlos da Silva Ivan de Andrade Paixao Marcos Roberto R Clementino
Antonio Carlos dos S Silva Jair Aparecido Donizete Zanelato Margarete C Rolla Goncalves
Antonio Carlos Pereira Janete Morales da Ressureicao Maria Aparecida Chaves
Antonio Claudio Quintão da Silva Jannes de Souza Albuquerque Maria Aparecida Souza Carvalho
Antonio Jesus Galdiano Junior Jihana Yussif Abou Nassif Maria Cristina Fernandes
Antonio Jorge Gomes de Sousa Joao Eudes Soares Paes Maria de Fatima Claro Cabral
Aurenice Maria Porto Joao Porfirio da Silva Neto Maria de Fatima do Nascimento Niy
Bruno de Lima Borges Jonas Ismar Marcal Fonseca Maria Fernanda Willy Fabro
Carla Poma Jorge Luiz de Azevedo Cezar Maria Giselda Felizardo dos Santos
Carla Raduan de Oliveira José Antonio Apparecido Júnior Maria Neide Pereira Korasi
Carlos Alberto de Oliveira Jose Eduardo de Sousa Costa Mariana Figueiredo Bertelli
Carmen Celeste de O Soares Jose Eduardo N de Souza Alves Marilena Fajersztajn
Carolina Baptista Suzuki Silva Jose Ivan da Conceicao Mario Rui Feliciani
Cesar Augusto Sapia Pedro Jose Manuel Jorge dos Santos Matias Chambouleyron
Cleide Goncalves Conrado José Oswaldo de Araujo Vilela Mauri Fogaca de Almeida
Cristiana Gonçalves Pereira Rodrigues Jose Ribamar Silva Filho Mayna de Campos Queiroz
Cristina Sumagawa Jovelina R da Silva e Souza Melina G de Araujo Possagnolo
Cristina Tokie Sannomiya Laiza Joyce Reis Ferreira da Silva Milton Tadeu Motta
Cristine Basseto Cruz Jucimara Dolfini de Oliveira Murilo Rodrigues Filho
Dacirlene Celia Silva Juliana Cipolletta Natascha Rodenbusch Valente
Daniela Tunes Zilio Julio Ushiro Nelson Antonio Marques Mendes
Eduardo Dalcanale Martini Karin Ana Garske Schiavinato Nelson de Souza Paula
Eduardo Pompeo Martins Karin Nazar Rebello Nivaldete Sanches C de Jesus
Eduardo Tavares de Carvalho Katia Canova Norival Rosa
Elaine de Fatima G Rissi Lara Cavalcanti Ribeiro de Figueiredo Odair Nigosky
Eliane Aparecida de Abreu Leonardo de Medeiros e Silva Omar Mohamad Dalank
Elias dos Santos Siqueira Liane Faiock Patricia Lutz Vidigal
Eneida R Belluzzo Godoy Heck Luana Moreira Pereira Patricia Saran
Erica Pereira dos Santos Lucia Miyuki Okumura Paulo de Moraes Junior
Erika Alves Santos e Silva Luciana da Costa Pedro Vitalino Gomes
Fabio Nascimento de Jesus Luciana Loureiro Petras Damiao Serafim
Fabrizio Lucas Rosati Luciana Rodrigues Fagnoni Potiguara Mendes Ponciano
Fernando Henrique Gasperini Costa Travassos Rafael Giorgi Costa
Flavia Cancian Nachtergaele Lucy Maria Feijo Esteves Rafael Henrique de Oliveira
Francila Natalia dos Santos Luis Eduardo Surian Brettas Rafael Pollastrini Murolo
Francimary Gomes de Sá Luiz Antonio de Sampaio Tiengo Renata Eiras dos Santos
Francisca Rosemary O Frysman Luiz Vicente Goria Peluso Renata Maria Pinto Moreira
Créditos 173

Renato Penteado Silva Grimaldi Ana Carolina Buim A Marques Guilherme Augusto Lemes
Ricardo Keiity Takahashi Ana Paula de Carvalho Siqueira Guilherme Oliveira Barbosa
Ricardo Simonetti Ana Paula Lopes de Fraga Guilherme Ventura Marques Silv
Rinaldo Ribeiro Gimenes Anderson Venancio Lopes Heloisa de Souza Oliveira
Rita Alves de Lima André de Paula Andreis Horrana Porfirio Soares
Rita Cassia G S Goncalves Andre Moreno Bonassa Ian Kennedy da Rocha Silva
Robernize Chakour Andressa Sthefanie Rangel Ingrid Oliveira da Paixao
Rodrigo Furlan Araujo Angela Santos Silva Ionne Satico Yamashiro
Rosa Maria Miraldo Beatriz Cotrim Paraizo Isabella Andrade de Souza
Rosana de Oliveira M Goncalves Beatriz Helena Vicino Santos Italo Soderini Ferracciu
Salvador Ribeiro dos Santos Beatriz Rosa Alves Soares Jaqueline Ramos Alves
Samuel R dos Santos Filho Bibiana Araujo Tini Jessica Fausto Soares
Sandra Aparecida Batista Bispo Bruno da Silva Padilha Jessica Furtado Moreira
Sergio Antonio Tararkis Caio Leonardo R. Pereira Jessyca Schroeder Selingardi
Sergio Donizetti Pericinoto Caroline Fernandes Bel Homo João Pedro Neves Alves
Sergio Ricardo da Silva Cassio Hioji Endo Joao Tadeu Emanuel da Silva
Sheila Sandra Silveira Batista Cesar Henrique Viana Roca Jonathan Crispim Viana
Sidneya de Abreu Vigiani Cynthia Cardoso Benagouro Jonathas Oliveira de Souza
Silvana da Silva G. Garcez Daiane da Silva Joyce Oliveira do Carmo
Sonia da Silva Goncalves Daniela Paliotta Julia Caprini Cezar Bento
Sonia Regina Chiaradia Daniele Guedes dos Santos Julia Kaffka Gianetti
Susane Figueiredo Cardoso Danilo Ramella Farago Juliana Custódio Miranda
Synval Jose Viziack Davi Hastenreiter Sampaio Juliana Souza Matayoshi
Tercio Ruiz Ruggeri Debora Cristina Ribeiro Soares Kaio Matheus Santos Nogueira
Thaisa Folgosi Froes Debora Marques de Oliveira Karina Dominici Alves
Thiago Antonio Pastorelli Rodrigues Diego Fontgalland Dias Karina Ribeiro Cardoso Silva
Thiago Francisco Lopes Carneiro Douglas Vieira Farias Lais Aparecida Pereira Lopes
Thomas Len Yuba Eduardo Bueno Garcia Lana Goncalves Lima
Valda Cardoso Enrico Patriani Movizzo Larissa de Brito Pinto
Valdelice Dias dos Santos Evandro Kiche Abreu Larissa de Souza F Bulzico
Valdete Alves de Oliveira Evelyn da Silva Leandro Hugenschmidt Zanella
Valeria Negrisoli dos Santos Even Miranda da Silva Leandro Vicente de Andrade
Viviane Resende Fabio Martines Garcia Leticia Sampaio Encimas
Vladimir Avila Fabio Ragone Voto Ligia Ferreira de Araujo
Vladir Bartalini Felipe Madio de Oliveira Luana Pereira Santos Souza
Wagner Linhares Felipe Victor Rodrigues Santos Lucas Emanuel Goncalves Melo
Wagner Tiberio de Vasconcelos Fernanda M de Melo Shelkovsky Luis Gregorio Pierola
Waldemar da Silva Ramos Filho Flavia Ferreira Nunes Lyken Lameu Costa
Waldir Macho La Rubbia Flaviano Ferreira Junior Marcos André Rocha Rodrigues
Flávio Johnsen Barossi Marcos Antonio Reginaldo
Estagiários Gabriela G Winther Antunes Maria Cláudia Levy Figliolino
Adriana Cirelli Gabriele Pereira de Oliveira Maria Paula Pontes
Ailsson de Lima Souza Giovanna Maschio Sbeghem Mariana F Pereira Nascimento
Alana Nazario de Oliveira Giulia Xavier Lorenzi Mariana Nascimento Cavalheiro
Alessandra Burci Giuliana Walder M.Francesconi Mariana Rogerio Nishida
Alexsander dos Santos Cezarano Graziela do Nascimento Souza Mariana Wandarti Clemente
Amanda Gentil Gregory Matos Diniz Marina de Moraes Rodrigues
Amanda Karoline Gomes Pereira Guilherme Alves da Silva Marina Simões Vieira
174 Espaços públicos e a cidade que queremos

Marla Fernanda dos S.Rodrigues Rede de Espaços Públicos Colaboração: Subprefeitura de Pinheiros
Marta Lúcio dos Santos e População
Matheus Henrique Silva Souza Processo Diálogo Aberto Implantação: São Paulo Obras - SPObras
Nicolas Costa Panseri
Pamela Lopes da Silva Consultoria: Gehl Architects Parklets Municipais
Paola Trombetti Ornaghi
Patricia Valera de Carvalho Participantes: Desenvolvimento do Projeto:
Paula Fidelis P do Nascimento São Paulo Urbanismo São Paulo Urbanismo – SDP
Pedro Cezar de Andrade Cipis Secretaria Municipal de Cultura - SMC Colaboração: São Paulo Obras - SPObras
Pedro Hartfiel Pereira Departamento do Patrimônio
Priscila Martines Histórico - DPH Anhangabaú
Priscila Vieira da Silva Secretaria de Coordenacão das
Rebeca Faria Aguiar Subprefeituras - SMSP Proposta Conceitual: Gehl Architects
Regina Goncalves do Nascimento São Paulo Transportes - SPTrans Desenvolvimento do Projeto:
Rene de Souza Santos Junior Companhia de Engenharia de São Paulo Urbanismo – SDP
Ricardo Sylos de Almeida Tráfego - CET PJJ Malucelli
Rilciane de Sousa Bezerra Departamento de Planejamento
Rodolpho R. Baptista do Prado Cicloviário - CET/DCL Projeto Calçadões / Sete de Abril
Rodrigo Carneiro C. de Miranda Secretaria Municipal de Serviços - SES
Rodrigo Marinoni Mandelli Secretaria Municipal de Segurança Desenvolvimento do Projeto:
Saliny Ribeiro Marin Urbana – SMSU São Paulo Urbanismo – SDP
Samuel Manoel Gomes
Silvana Braga Gomes Ulloa Programa Centro Aberto Projeto Santo Amaro
Simone Paes Landim
Solange Gomes de Sousa Proposta Conceitual: Gehl Architects Desenvolvimento Conceitual e Diretrizes:
Stephanie Vitoria Souza Landim Desenvolvimento do Projeto: São Paulo Urbanismo
Suzi Meire Correa São Paulo Urbanismo – SDP Estudos de Viabilidade Econômica:
Taciane dos Santos Silva Superintendência de Estruturação
Thais Regina Cardoso Largo São Francisco e de Projetos
Vinicius Goncalves Chumbinho Largo Paissandú / Av. São João Diretrizes de Projeto: Superintendência
Vinicius Harahel F de Cerqueir Desenvolvimento Projeto Executivo: de Desenvolvimento
Vinicius Tavares Medeiros Metro Arquitetos Diretrizes de Desenho: Superintendência
Vitor de Oliveira Rabazallo Produção: Elástica / Entre Produções do Desenho da Paisagem
Vitor Ferreira Porto Pesquisa e Monitoria: Cidade Ativa Desenvolvimento do Anteprojeto:
Vitoria Raiza Marques Novo Secretaria de Transportes – SPTrans
Walter Vinicius Ribeiro Cancel Largo São Bento e Rua Galvão Bueno
Wellington Carlos da Silva Desenvolvimento de Sinalização Coordenação editorial, projeto
Horizontal e Vertical: Companhia de gráfico e desenvolvimento
Engenharia de Tráfego - CET
Iluminação Pública: Secretaria Municipal de
Departamento de Iluminação Desenvolvimento Urbano
Pública - Ilume SP Urbanismo
Operação: Entre Produções Cristina Fino
Paula Tinoco
Largo da Batata Leandro Lopes

Desenvolvimento do Projeto:
São Paulo Urbanismo – SDP
Créditos 175
176 Espaços públicos e a cidade que queremos

Prefeitura da Cidade de São Paulo


Fernando Haddad – Prefeito
Nádia Campeão – Vice-prefeita

Coordenação
Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano
São Paulo Urbanismo

Esta publicação foi desenvolvida sob o Projeto de


Cooperação Técnica Internacional 914 BRZ 5015 en-
tre o Governo Brasileiro e a UNESCO, que tem como
agência executora a SMDU/ PMSP, cujo objetivo é
desenvolver metodologias eficientes e inovadoras para
a promoção de Planejamento Urbano Participativo na
cidade de São Paulo, por meio de ações voltadas ao
desenvolvimento institucional da SMDU e à elabora-
ção de estratégias para a gestão da informação e do
conhecimento e para o desenvolvimento de políticas
públicas de modernização de acervos documentais, de
forma a aproximar a sociedade da gestão urbana da
cidade. As designações empregadas e a apresen-
tação do material nesta publicação não implicam a
expressão de qualquer opinião por parte da UNESCO
a respeito do status legal de qualquer país, território,
cidade ou área ou de suas autoridades, nem a respeito Prefeitura de São Paulo
da delimitação de suas fronteiras ou limites. Os Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano
pensamentos e opiniões expressos nesta publicação Rua São Bento, 405 – 17° e 18° andar – Centro
são de responsabilidade dos autores. Eles não são São Paulo – SP – CEP 01008-906
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Número de páginas: 176
Tiragem: 100
Dezembro de 2016

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