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Espaços
públicos e a
cidade que
queremos
Secretaria Municipal de
Desenvolvimento Urbano
Espaços públicos e a cidade que queremos 3
Sumário
05 Apresentação
12 Diálogo aberto
14 Projetos-piloto
16 Ações estratégicas
17 Caixa de ferramentas
27 Projetos
29 Centro Aberto
93 Parklets Municipais
166 Créditos
Espaços públicos e a cidade que queremos 5
Apresentação
Rede de
espaços
públicos:
Conceito,
diálogo,
metodologia
8 Espaços públicos e a cidade que queremos
Renovação A perspectiva de renovação das formas de Um processo de projeto dos espaços públi-
das formas
uso dos espaços da cidade ocorre não só cos que fosse ao mesmo tempo participati-
pelo apreço e cuidado com as áreas pú- vo e tecnicamente adequado exerceu tam-
de uso
blicas, mas também pela necessidade de bém o papel de articular as políticas muni-
atualização e transformação das estruturas cipais voltadas às mais diversas agendas,
preexistentes. Neste sentido a diversifica- no âmbito da promoção de melhor infraes-
ção das atividades, envolvendo um número trutura e de transparência nos processos
maior de grupos de usuários, constitui o de gestão. A esse processo convergiram
instrumento fundamental para construir a propostas de diversos órgãos municipais,
apropriação pública do espaço. Além de por exemplo, o WiFi Livre SP, a renovação
melhorar a percepção de segurança e de da iluminação pública, o incentivo à presen-
qualidade dos espaços, esse processo leva ça de artistas e de comida de rua, assim
ao reforço do sentido de pertencimento e como a rede de bicicletas compartilhadas e
de identificação da população com a cida- a instalação de paraciclos.
de. A ressignificação de seus usos passa,
portanto, pelo entendimento da renovação A iniciativa de repensar os usos e a função
e da gestão dos espaços públicos como um dos espaços públicos na cidade foi desen-
campo de negociação de conflitos de seus volvida pela SP-Urbanismo com base em
cidadãos, em que a coexistência pública se três ações complementares que procura-
torne não somente possível, mas priorita- ram resgatar a importância dos espaços
riamente desejável. e de seus projetos, não apenas para a
cidade, mas também para a administração
Para além do tratamento da infraestrutura municipal. A primeira dessas ações consis-
e do desenho de sua paisagem, a discus- te na implantação de um programa de usos
são relevante se refere a como criar nova e atividades em espaços que se encontram
significação para o uso e o tratamento dos subutilizados ou mesmo fechados ao uso
espaços públicos da cidade de São Paulo, cotidiano da cidade. Nesse caso, não se
em suas mais variadas origens. Mas para trata de reconstruir os espaços, mas de
ensaiar outras formas de afirmação da fun- renovar suas formas de uso e revelar a
ção dos espaços públicos, vivenciando as importância desses lugares para a fruição
transformações imaginadas para, depois, tor- da cidade. O programa Centro Aberto tem
ná-las permanentes, é necessário entender o objetivo de ativar espaços degradados
o campo do projeto como um campo político. ou pouco utilizados pela população, substi-
tuindo gradis e bloqueios por áreas abertas
Assim, o objetivo das experiências realizadas com intensa atividade de lazer, num convite
nessa esfera pela SP Urbanismo, durante a à permanência. Ao mesmo tempo, o Centro
gestão 2013-2016, foi desenvolver e operar Aberto atua como articulador de políticas
o projeto desses espaços como um fazer po- públicas municipais, agregando diversas
lítico: incentivar o seu uso, observando suas ações setoriais com o objetivo único de res-
diferentes formas de ocupação pela popula- taurar os usos e ativar as funções desses
ção e transformando-os em espaços ativos, espaços. Esse programa se concretizou
que contribuem para a vida cotidiana de mediante um processo participativo de pro-
quem usufrui a cidade. É esse processo que dução do espaço urbano e foi desenvolvido
a Prefeitura de São Paulo vem desenvolven- por meio do diálogo entre os diversos agen-
do e defende como adequado para a reno- tes envolvidos na produção e no uso do es-
vação das formas de uso e para resgatar o paço. Nas audiências e oficinas de projeto
sentido simbólico dos lugares da cidade. realizadas foram aplicadas as ferramentas
Conceito, diálogo, metodologia Renovação das formas de uso 9
de desenho urbano que auxiliam na toma- Limpa,1 a regulamentação dos Parklets2 fraestrutura adequada de suporte para
da de decisão em cada situação, levando e a política pública de ampliação da ex- as atividades nessas áreas. A aplicação
ao resgate da escala humana dos espaços periência desse novo tipo de espaço para de novos componentes e materiais, di-
públicos da área central da cidade. toda a região periférica da cidade são ferentes procedimentos de manutenção,
exemplos desse procedimento. relação dos projetos com o nível de inter-
Na segunda ação, o objetivo foi pesquisar ferência de instalações e infraestrutura
e qualificar os processos de regulamenta- Como forma de efetivar a transformação do subsolo, a implantação de mobiliário
ção e de cooperação entre a administração dos espaços públicos, o processo de urbano e as novas formas de valorização
pública e os cidadãos para implantar novas projeto também investigou e ampliou a da paisagem urbana constituíram as dire-
formas de ocupar os espaços das ruas da tecnologia quanto à construção da in- trizes de desenvolvimento dessa terceira
cidade. Essa regulação não se colocava ação. O projeto de reurbanização do Vale
mais somente como forma de controle do do Anhangabaú e dos calçadões, iniciado
uso da rua, mas como uma atualização pela transformação da Rua Sete de Abril,
1. Manual ilustrado de aplicação da Lei Cidade
das atribuições e das contrapartidas quan- Limpa e normas complementares. Disponível em
foi uma iniciativa importante da gestão
to à permanência de determinados usos do http://gestaourbana.prefeitura.sp.gov.br/wp-content/ neste sentido. Além destes exemplos, po-
domínio público. Processos que acontece- uploads/2016/10/Cartilha-Lei-Cidade-Limpa.pdf. demos incluir a reurbanização da Avenida
Acesso em 2016.
ram para além dos já consolidados termos Santo Amaro, que inaugura uma forma
de cooperação e que possibilitaram usos de qualificar as avenidas associadas a
2. Manual operacional para implantar um parklet
mais abrangentes, temporários e culturais em São Paulo. Disponível em http://gestaourbana.
corredores de transporte, confirmando a
do espaço urbano. A consolidação das re- prefeitura.sp.gov.br/wp-content/uploads/2014/04/MA- assertividade dessa abordagem.
soluções complementares à Lei Cidade NUAL_PARKLET_SP.pdf
10 Espaços públicos e a cidade que queremos
Espaços reconquistados
Diálogo O diálogo com aqueles que usam e O portal Gestão Urbana SP, por exemplo,
aberto
transformam a cidade configura-se como demonstrou ser um importante canal para
o elemento principal no desenvolvimento a participação dos munícipes em temas
de uma política pública de renovação dos relevantes, como a revisão do Marco
espaços públicos e na elaboração dos Regulatório da cidade e o debate sobre
conceitos de cada intervenção. Desde o as diretrizes de importantes projetos.
início de 2013, demos início a um proces- Soma-se a esse canal de informação
so de diálogo com a população de várias o contato frequente com a população
formas e por vários canais. por meio de uma variedade de tipos
de encontro, como oficinas, reuniões e
audiências públicas, o que culminou no
desenvolvimento de projetos que articu-
lam políticas municipais voltadas para as
mais diversas agendas, para o atendi-
mento de demandas complexas e para a
transparência dos processos de gestão.
Conceito, diálogo, metodologia Diálogo aberto 13
Nesse constante diálogo aberto com a são e para quem se destinam esses usos,
comunidade, uma das primeiras experiên- defendendo uma agenda ampla, flexível e
cias foi o estabelecimento de uma metodo- necessariamente democrática – para todas
logia de trabalho participativo com vários as pessoas, independentemente de sua
segmentos. A definição de um primeiro condição social ou da sua forma de lazer
recorte para a aplicação dessa metodolo- e de trabalho na região. Os projetos-piloto
gia se deu por uma questão estratégica e e o programa Centro Aberto são, na área
afetiva. Desde o final do século 19, a área central do município, casos de excelência.
central da cidade é seu espaço de maior O sucesso na aplicação da metodologia de
referência; tem a maior oferta de comércio diálogo participativo ensejou sua expansão
e de serviços, de transporte e de patri- para outras áreas do município. Na discus-
mônio histórico e cultural. Não é diferente são que já vinha ocorrendo acerca do uso e
em relação aos espaços públicos. Para da ocupação do Largo da Batata, em outro
renovar as formas de seu uso e seu caráter exemplo, a organização de oficinas aliada
simbólico, duas estratégias são importantes a um trabalho intersecretarial alcançou
na região central. Primeiro, afirmar quais resultados muito positivos.
14 Espaços públicos e a cidade que queremos
Projetos-
piloto
Coleta de dados
antes e depois da intervenção
Atividades no Largo Paissandu / Avenida São João
Ações Durante o desenvolvimento dessas ações, Associados a esse processo foram desen-
estratégicas
um processo de projeto que consideras- volvidos diversos procedimentos e ações
se o campo político de pactuação das para, a partir dos problemas diagnostica-
demandas da sociedade e a governança dos, propor soluções que transformem de
do espaço viu como necessário estimu- maneira coesa os espaços públicos. O
lar o trabalho efetivamente participativo Diálogo Aberto determinou o debate sobre
e colaborativo do projeto, respeitando a o programa de requalificação dos espaços
heterogeneidade dos desejos da popula- e suas consequentes propostas, resultan-
ção e as virtudes de cada espaço. Esse do ações no espaço público, definidas em
processo abrange não só a identificação três abordagens:
dos problemas e as potencialidades de
cada lugar, mas também a avaliação in 1 priorização e proteção aos meios não
loco de seus componentes formadores e o motorizados de deslocamento, principal-
levantamento das hipóteses da transforma- mente de pedestres e ciclistas;
ção. Assim, os projetos desenvolvidos na
SP Urbanismo contemplaram: 2 ações de suporte à permanência das
pessoas no espaço público;
I a produção de uma base de dados sobre
as atribuições dos espaços e sobreposi- 3 promoção de novos usos e atividades
ção dos usos e serviços neles existentes para estes espaços.
atualmente, bem como os encargos e
responsabilidades, com transparência das As ações estratégicas, que tratam da
informações, visando qualificar o processo abordagem e do programa sobre o espaço
de diálogo entre os diferentes agentes; público, podem ser compostas de inúmeras
soluções de projeto, e várias delas foram
II a identificação das agendas e dos agen- experimentadas nos Projetos-piloto. Com
tes nos processos participativos e culturais base na análise do comportamento das
que utilizam a infraestrutura produzida para experiências, elaborou-se um conjunto va-
a ativação dos espaços; riável e flexível de ferramentas de desenho,
passando a compor o acervo de procedi-
III a integração das diferentes políticas mentos da Prefeitura. Estas ferramentas
públicas tendo a governança como for- contribuíram não somente para incremen-
ma de pactuação entre essas ações e tar a técnica e a qualidade do projeto,
esses agentes; mas também para ressignificar o usos de
cada lugar.
IV a definição dos componentes do pro-
cesso de produção do projeto, adequando Concomitantemente às estratégias relativas
a agenda oriunda do diálogo e dos instru- ao programa de requalificação, as inter-
mentos de intervenção urbana, desenvolvi- venções no espaço público incorporaram
dos por meio do processo de investigação ações de renovação de infraestrutura.
dos Projetos-piloto; Com a coordenação da SP Urbanismo,
foram desenvolvidas pesquisas técnicas
V definições de ações de curto e longo para obter soluções inovadoras de infraes-
prazos para, em curto prazo, transfor- trutura básica dos espaços, o que resul-
mar a cultura de uso da cidade (ativa- tou em novos desenhos de soluções de
ção) e, em longo prazo, incrementar a pavimentação, iluminação, elementos de
infraestrutura (suporte). drenagem e mobiliário.
Conceito, diálogo, metodologia Caixa de ferramentas 17
ferramentas
das para a composição de estratégias de
suporte e de renovação do uso dos es-
paços públicos, desenvolvidas em ações
inter-secretariais, garantem as condições
para o desenvolvimento das atividades da
vida urbana.
18 Espaços públicos e a cidade que queremos
Prioridade e proteção
de pedestres e ciclistas
Melhorias nas travessias
Suporte à
permanência
Espaços de estar
Promoção de novos
usos e atividades
Atividades cotidianas
Infraestrutura
Infraestrutura subterrânea
Conceito, diálogo, metodologia Caixa de ferramentas 25
Piso
Projetos
SP Urbanismo
Projetos
Anhangabaú
Calçadões - Fase 1
Calçadões - Fase 2
Centro Aberto
Largo da Batata
Parklets municipais
Parklets
0 2 5 10km
Projetos 29
Centro
Aberto
Os projetos do Largo São Francisco e Nessa segunda fase, também, os dois pro-
da Praça do Ouvidor Pacheco e Silva, e jetos já implantados sofreram reformas de
do Largo Paissandu e Avenida São João manutenção. Um aspecto fundamental foi a
foram implantados inicialmente como proje- contratação de um processo de ativação do
tos-piloto para testar as ações estratégicas mobiliário urbano instalado, complementar
estabelecidas nos processos de debate às funções da administração pública. A
participativo, assim como testar as ferra- presença constante de monitores é funda-
mentas de desenho. Após pouco mais de mental para o desenvolvimento das ações
um ano de funcionamento, as pesquisas pretendidas nesses espaços: a disponibili-
pós-implantação no local demonstraram zação de mobiliário portátil e equipamentos
completa aderência da população, con- para a prática de jogos e de atividades cul-
solidando a pertinência dessa forma de turais; a manutenção preventiva e corretiva
intervenção, que permite o diálogo público de mobiliário fixo; e a oferta de sanitários
e envolvimento da comunidade, atraindo químicos para manutenção da limpeza dos
usuários para se engajarem no processo lugares. Esta iniciativa qualifica a presen-
de mudança do espaço público. ça do poder público nestas localidades,
fomentando a comunicação, o diálogo e a
Ao consolidarmos essa forma de interven- participação da população.
ção, iniciamos a 2ª fase do Programa, com
estudos para várias localidades na região
central. Entre as localidades estudadas,
duas se destacaram pelo alcance do proje-
to e pela articulação local: Largo São Bento
e Rua Galvão Bueno, respectivamente.
30 Espaços públicos e a cidade que queremos
Região municipal
atendida pelo projeto
Mapa de situação
Centro Aberto
Áreas de intervenção
Equipamentos de saúde
Equipamentos educacionais
Mercado Municipal
Estações CPTM
Estações Metrô
Terminal de ônibus
MSP
Subprefeituras Ferrovia
Área do mapa
Metrô
Operação Urbana
Consorciada Centro
Edificações
Quadras viárias
Áreas verdes
Hidrografia
AIA
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32 Espaços públicos e a cidade que queremos
Largo
São Francisco
Conjunto de mesa e
cadeira dobráveis
Cadeira dobrável
Container
Xadrez gigante
Conjunto de sanitários
químicos
Banca de jornal
Piso em grama
Projetos Centro Aberto 33
34 Espaços públicos e a cidade que queremos
Histórico Diretrizes
Diagnóstico
Antes e depois
Projetos Centro Aberto 37
Deque
Projetos Centro Aberto 39
Mobiliário portátil
40 Espaços públicos e a cidade que queremos
Banco-mureta
Projetos Centro Aberto 41
Perspectiva
assento e encosto em
tábuas de madeira cumar
estrutura de fixação em
chapa de aço dobrada
Planta baixa
assento e encosto em
tábuas de madeira cumar
estrutura de fixação em
chapa de aço dobrada
Corte Elevação
42 Espaços públicos e a cidade que queremos
São João
/ Paissandu
Histórico Diretrizes
Diagnóstico
Projeto
O projeto para o Largo do Paissandu apri- de rua aliada à oportunidade de se sentar Centro Aberto revelou a presença dessas
mora a condição de espera do transporte adequadamente remete aos diversos crianças na cidade e proporcionou a
público com a instalação de bancos nas restaurantes locais. oportunidade de encontro.
paradas de ônibus e na praça, a melhoria
da iluminação pública e a pintura gráfica A instalação de um playground teve como Um espaço público aberto e com pro-
das estruturas. objetivo dar condições de lazer às diver- gramação cultural gratuita contribui para
sas crianças da região do Largo, presen- seu desenvolvimento, além de ofere-
A estratégia de projeto para melhorar ça constatada na pesquisa prévia. Essas cer oportunidades de convívio e lazer
o acesso e a circulação nesse local se crianças fazem uso contínuo do parqui- com os pais.
constitui de um conjunto de ações de nho, inclusive à noite, e sua presença
sinalização horizontal – desde o Largo contribui muito para aumentar a sensação
do Paissandu e ao longo da Avenida São de segurança nesse local.
João – e a adição de elementos asso-
ciados – balizadores de trânsito, vasos e Outros elementos de mobiliário, como
plantas, monólitos de granito, paraciclos bancos de praça, bancos instalados nas
e bicicletas compartilhadas. muretas, mobiliário portátil – cadeiras
de praia, mesas e cadeiras dobráveis e
Foram criadas áreas de prioridade para ombrelones –, oferecem condições de
pedestres, ampliaram-se as faixas de conforto físico e visual para permanecer
pedestres existentes e criaram-se novas na praça, descansar após o almoço ou
faixas em cruzamentos e pontos estraté- mesmo esperar pelo transporte público.
gicos: Largo do Paissandu e Rua Conse- Esses elementos destacaram-se na apro-
lheiro Crispiniano; Largo do Paissandu vação em pesquisas com usuários.
e Rua Dom José de Barros; Avenida
São João e Rua Conselheiro Nébias e Além dos elementos fixos, o projeto conta
Avenida São João e Rua Pedro Américo. com programação cultural constante, com
Além dessas intervenções, a implanta- ações que apoiam o uso e a permanência
ção da faixa em diagonal no cruzamento na praça e incentivam atividades ao ar
das avenidas São João e Ipiranga reduz livre. Batalhas de break, shows, rodas de
o tempo de travessia dos pedestres e samba e dança foram algumas das ativi-
garante mais segurança em um local com dades que ocorreram no tablado circular
fluxo intenso de pedestres e veículos. do projeto-piloto, ao longo do primeiro
ano de implantação. Outras tiveram lugar
Cabe destacar a ampliação do canteiro no deque e junto ao parquinho – como
em frente à Morada São João – abrigo teatro de rua, atividades e oficinas para
municipal para a terceira idade –, que crianças. Ao longo de todo o período
ganhou caráter de praça com a instalação de implantação, o projeto contou com
de bancos, equipamentos de ginástica e empréstimo e troca de livros para serem
mobiliário portátil. lidos na praça, além de ações de media-
ção de leitura e contação de histórias.
Para dar suporte à permanência nos
espaços públicos das áreas vizinhas, em Muitas das crianças que habitam o
especial no Largo do Paissandu, o projeto Centro vivem em edifícios ocupados por
buscou atrair para o interior da praça os movimentos de moradia e têm poucas
usos de seu entorno. A oferta de comida oportunidades de lazer. A experiência do
Projetos Centro Aberto 47
Parquinho
48 Espaços públicos e a cidade que queremos
Antes e depois
Projetos Centro Aberto 51
52 Espaços públicos e a cidade que queremos
Antes e depois
Projetos Centro Aberto 53
54 Espaços públicos e a cidade que queremos
O
MÃ
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IGREJA DO ROSÁRIO
AA
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RUA ABELAR
PINTO
0 1 5 10
Projetos Centro Aberto 55
Postes iluminação
Área de implantação:
6315,00 m²
Telefone público Área total do deque: 89 m²
Trave
• 1 base de apoio (contêiner)
Escorregador • 2 unidades de banheiros
químicos standard
Piso em grama • 2 unidades de banheiros
químicos acessíveis
Novo banco "s" • 11 bancos de mureta linear
com encosto (2,50m)
Novo banco-mureta • 16 bancos “s” de madeira
com encosto
Lixeira aramada • 1 mesa de pingue-pongue
• 14 lixeiras aramadas
• 1 unidade de paraciclo
Sanitário químico • 1 balanço de dois lugares
• 1 brinquedo tipo carrossel
(gira gira)
• 1 escorregador
• 1 gangorra
• 30 cadeiras de praia
• 4 ombrelones acoplados
ao deque
• 8 conjuntos de cadeiras e
mesas dobráveis
• 4 ombrelones com base
56 Espaços públicos e a cidade que queremos
Galvão Bueno
IO
23 E MA
AVENIDA
RUA GALVÃO BUENO
E MAIO
RUA AMÉRICO DE CAMPOS
AVENIDA 23
Projetos Centro Aberto 57
METRÔ LIBERDADE
O BUENO
DANTES
RUA DOS ESTU
0 5 10 25
58 Espaços públicos e a cidade que queremos
Histórico Diretrizes
A Rua Galvão Bueno situa-se no bairro Diante dos dados que foram coletados
da Liberdade, conhecido por concentrar nesse local, o Centro Aberto Galvão
a maior comunidade japonesa em uma Bueno procurou qualificar a área destina-
mesma cidade fora do Japão e hoje tam- da ao passeio dos pedestres, diminuindo
bém amplamente povoado por imigrantes assim a circulação de veículos e criando
coreanos e chineses. A ocupação dessa áreas confortáveis para os passantes.
região por imigrantes japoneses teve
início a partir de 1912; ele se estabele-
ciam principalmente na Rua Conde de
Sarzedas. Em 1974, já com o metrô em
obras, foi finalizada a primeira etapa da
caracterização da Liberdade em Bairro
Oriental, com a implantação de luminárias
orientais e de pórticos de sinalização. Ao
longo dos anos, o bairro da Liberdade tor-
nou-se um centro de referência da cultura
oriental, e a Rua Galvão Bueno, uma das
principais ruas de comércio dessa área,
liga a estação Liberdade do metrô ao
miolo do bairro. O trecho inicial, próximo
ao metrô, é o mais movimentado, e é nele
que se localiza o projeto Centro Aberto.
Diagnóstico
Antes e depois
62 Espaços públicos e a cidade que queremos
Perspectiva
encosto em madeira
cumar
assento em madeira
cumar
estrutura do encosto em
barra chata de aço dobrada
estrutura do banco em
perfil retangular de aço
estrutura do banco em
perfil retangular de aço
Planta
Corte Elevação
64 Espaços públicos e a cidade que queremos
São Bento
Conjunto de mesa e
cadeira dobráveis
Cadeira dobrável
Contêiner
Xadrez gigante
Conjunto de sanitários
químicos
Piso em grama
Projetos Centro Aberto 65
66 Espaços públicos e a cidade que queremos
Histórico Diretrizes
O Largo São Bento é um dos espaços A partir das análises do local, estabelece-
públicos mais antigos de São Paulo, ram-se os objetivos principais do projeto:
constituindo com o Largo São Francisco recuperar o espaço anteriormente des-
e a antiga igreja do Carmo o triângulo tinado a estacionamento de automóveis
histórico de formação da cidade. A igreja particulares, transformando-o em espaço
e o mosteiro que encontramos ali são de de fruição; formar áreas de estar e de
1911. Na década de 1970, com a implan- permanência com variedade de assen-
tação do metrô, o largo passou por uma tos; estimular novos usos e atividades; e
ampla reforma, conectando-se vertical- qualificar, onde se mostrasse necessário,
mente ao Vale do Anhangabaú. as travessias de pedestres.
Diagnóstico
Antes e depois
Projetos Centro Aberto 71
72 Espaços públicos e a cidade que queremos
Projetos Centro Aberto 73
Mobiliário
do Largo
da Batata
Região municipal
atendida pelo projeto
Mapa de situação
Largo da Batata
Área de intervenção
Equipamento de saúde
Equipamento educacional
Estações CPTM
Estações Metrô
Terminal de ônibus
Ferrovia
Metrô
MSP
Subprefeituras Edificações
Área do mapa
Áreas verdes
Quadras viárias
Hidrografia
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78 Espaços públicos e a cidade que queremos
Implantação
Balanço de 2 lugares
Equipamentos de ginástica
Pergolado modular
Arvoreira
Balizador de concreto
Projetos Mobiliário do Largo da Batata 79
0 5 10 25
80 Espaços públicos e a cidade que queremos
O Largo da Batata surgiu no fim do sécu- O Largo da Batata atual é uma área Uma das primeiras demandas de grupos
lo 19 como ponto de apoio e parada no situada na confluência da Avenida Bri- organizados da sociedade para o Largo
caminho do núcleo central da cidade para gadeiro Faria Lima com as ruas Teodoro da Batata foi a instalação de um bicicletá-
a região de Sorocaba, importante centro Sampaio, Fernão Dias, Martim Carrasco, rio, necessário para dar suporte e integrar
de abastecimento da cidade. Apesar de Cardeal Arcoverde, Chopin Tavares de o uso da bicicleta aos modais: ônibus e
isolado, no início do século 20 o Largo da Lima e Manoel Carlos F. de Almeida. metrô. O programa do bicicletário con-
Batata já era um entreposto com muito O espaço é cortado pela Avenida Faria templa vagas verticais gratuitas para até
movimento, graças ao “mercado dos Lima, de mão dupla, que atualmente cem bicicletas, bebedouro e estação de
caipiras” que já existia ali. A constituição possui oito faixas de tráfego, sendo duas manutenção de bicicletas, e foi acresci-
da Cooperativa Agrícola de Cotia em exclusivas de ônibus. A Avenida possui do de uma floricultura, mantida por um
1927 consolidou o largo como centro de um canteiro central que neste trecho está Termo de Cooperação firmado com a
comércio hortigranjeiro, que deu o nome em desnível, com muretas que impedem Subprefeitura de Pinheiros. O processo
ao local. A ocupação efetiva da região se a visualização de um lado a outro da de implantação iniciou-se em setembro
deu a partir dos anos 20, com o lotea- avenida. Possui duas grandes instala- de 2013; em julho de 2014 o bicicletário
mento da várzea do rio Pinheiros e da ções de acesso ao metrô, instalações foi inaugurado.
colina em direção à Avenida Paulista. Ao complementares e bancas de jornal em
longo do século 20, o Largo da Batata ambos os lados da avenida. No início Paralelamente às conversas com o grupo
cresceu e teve suas funções ampliadas, desta gestão configurava-se como um de ciclistas, a partir de meados de 2013,
atendendo às populações da região e as local sem mobiliário, sem sombras, com ainda com as obras em andamento, o
que se instalaram ao longo da Avenida algumas árvores recém-plantadas e sem Largo da Batata passou a ser intensa-
Francisco Morato e da Rodovia Raposo manutenção. Por outro lado, o Largo da mente ocupado, em estruturas improvi-
Tavares. Além disso, contribuíram para o Batata se tornou, a partir de 2013, um sadas pelos próprios usuários, em um
seu incremento a instalação de diversos local de intensa vida política, quando foi zoneamento de atividades espontâneo.
pontos finais e intermediários de ônibus escolhido como ponto de concentração Várias solicitações feitas por grupos de
municipais e intermunicipais e a amplia- de algumas das manifestações daquele moradores, trabalhadores e frequenta-
ção e diversificação do comércio, tor- ano. Ali também, muitos grupos iniciavam dores locais, particularmente relativas
nando-o um centro de bairro regional. A uma ocupação mais efetiva do Largo, à ausência de mobiliários urbanos e à
ampliação da Avenida Faria Lima, a partir com a instalação de mobiliários improvi- promoção e incentivos ao uso da praça,
da década de 1990, alterou significativa- sados e atividades que reclamavam uma foram encaminhadas à Prefeitura do Mu-
mente a configuração espacial do Largo ação por parte do poder público. nicípio de São Paulo, tanto à SP Urbanis-
da Batata, e consequentemente, suas mo quanto à Subprefeitura de Pinheiros.
funções de centro de bairro foram com-
prometidas. O projeto para Reconversão Em conjunto com a Subprefeitura de
do Largo da Batata, objeto do concurso, Pinheiros, a SP Urbanismo promoveu en-
insere-se no Plano de Ação da Operação tão oficinas participativas envolvendo os
Urbana Faria Lima e suas obras foram moradores da região e usuários do Largo.
iniciadas em 2007. O objetivo era entender e consolidar as
necessidades do local. Foram realizados
três encontros entre os meses de abril e
dezembro de 2014, os quais resultaram
num conjunto de diretrizes e propostas
consolidadas em uma planta de pro-
grama. Essa planta contempla diversas
propostas de uso da praça, seguindo
os usos e o zoneamento preexistentes.
Projetos Mobiliário do Largo da Batata 81
Diretrizes
Planta do programa
Sanitários públicos
Área pingue-pongue
Painéis / exposições
Bancos
Wi-fi livre
Faixa de pedestres
Café / bar
Eventos
Restaurante
Lazer infantil
Informações
Paraciclos
Bicicletários municipais
Projetos Mobiliário do Largo da Batata 83
84 Espaços públicos e a cidade que queremos
Projeto
O desenvolvimento do projeto procurou nários que realizam a varrição e a distri- relacionadas a mobiliário fixo, bancos,
atender às demandas estabelecidas na buição do mobiliário portátil pela praça. mesas e cadeiras, área com jogos para
planta de programa, apresentando muitas adultos, área de estar e descanso e
vezes soluções de desenho de mobiliário Ao lado da Praça Cívica, a Zona do ludoteca. No final de 2015, a empresa
desenvolvidos internamente. Metrô (área 3) é a área de mais fluxo de Erê-Lab, que cria e desenvolve objetos
pedestres em virtude dos acessos ao lúdicos, mostrou interesse em instalar um
Na área conhecida como Zona da Igreja bicicletário e à estação de metrô. Fo- parque infantil, que foi autorizado pela
(área 1), localizada em frente da Igre- ram propostos espaços de informação e Subprefeitura de Pinheiros. Desse modo,
ja Nossa Senhora de Monte Serrat, o comunicação, mesa de pingue-pongue e o projeto de mobiliário urbano manteve
programa enfocou a área de lazer para outros jogos, área com mesas e bancos a existência dos brinquedos e comple-
idosos e para crianças: aparelhos de fixos para piquenique, banheiro público, mentou a área com bancos longos com
ginástica, brinquedos infantis, bancos bebedouro, bancos e quiosques de ali- ombrelones, floreiras e lixeiras, além de
nas áreas sombreadas, bebedouros e mentação. No desenvolvimento do proje- bancos ao redor das árvores. Também fo-
paraciclos. Também se instalou uma to, acrescentamos um grande banco para ram implantadas algumas arvoreiras para
faixa de pedestres para proporcionar observação e permanência dos usuários a proteção de canteiros com árvores, nos
travessia segura e gerar conexão entre ao lado da mesa de pingue-pongue. locais em que os canteiros são rotas de
a área em questão e a área chamada Nessa mesma região, foram instalados acesso a pequenos terminais de ônibus e
Praça Cívica (área 2). mesas e bancos fixos, configurando uma ao centro do bairro.
área destinada a piquenique, próxima
Na Praça Cívica, localizada na região ao bicicletário. Além disso, implantamos Na Zona do Mercado, área triangular pró-
central do Largo da Batata, o programa arvoreiras para a proteção dos canteiros xima ao Mercado Municipal Engenheiro
consolidou, assim como no projeto inicial, com árvores, pois eles costumam ser pi- João Pedro de Carvalho Neto, conhecido
a área para eventos, deixando um es- soteados por estarem localizados em rota como Mercadão de Pinheiros (área 6),
paço livre para instalações temporárias; de acesso à estação de metrô. previu-se uma área destinada à prática
e previu a instalação de mobiliário para de esportes, equipamentos portáteis
dar suporte à permanência na área mais A área 4, em frente ao lote privado que e base comunitária para zeladoria do
adensada da praça. No desenvolvimento se projeta no largo (antiga área na qual espaço, que foi transferida para a Praça
do projeto, foi proposta a implantação ficava a sede Pinheiros da Cooperativa das Araucárias. Ali, foram implantados
de pergolados metálicos, que oferecem Agrícola de Cotia – CAC), é também uma bancos e se disponibilizou uma área des-
grande ambiente de sombra em que o região de circulação intensa de pedestres tinada à instalação de pista de skate e de
mobiliário portátil (cadeiras de praia, graças ao acesso à estação do metrô. mobiliários desenvolvidos pelos grupos
mesas e cadeiras dobráveis, ombrelones Nesse local, comprimida entre o acesso coletivos locais.
e suportes para ombrelones) poderia ser ao metrô e os tapumes do lote privado,
disponibilizado ao longo do dia. Além dos ocorre com frequência uma feira orgâni-
pergolados e do mobiliário portátil, ban- ca, a qual recebeu pergolados metálicos,
cos longos e lineares, lixeiras, floreiras bancos, paraciclos e lixeiras.
e paraciclos também foram dispostos
nessa área, e também balizadores para Na Praça das Araucárias (área 5), está
evitar a utilização irregular do largo por a maior área gramada da praça, entre
veículos. Essa área também foi contem- a Avenida Brigadeiro Faria Lima e Rua
plada com um contêiner para armazenar Cardeal Arcoverde. Para essa região, de
o mobiliário portátil, sob gestão de uma fluxo de passagem menos intenso, mas
empresa privada, a partir de um termo alta permanência de pessoas nos pontos
de cooperação com a Subprefeitura de de parada dos ônibus, foram apresen-
Pinheiros. A empresa disponibiliza funcio- tadas nas oficinas as necessidades
Projetos Mobiliário do Largo da Batata 85
Antes e depois
86 Espaços públicos e a cidade que queremos
Iluminação noturna
Bicicletário
88 Espaços públicos e a cidade que queremos
Banco ilha
Perspectiva
Planta
Elevação
Planta
Elevação
Perspectiva Cortes
dreno
floreira
papeleira
banco
90 Espaços públicos e a cidade que queremos
Parklets
Municipais
Histórico
O termo "parklet" foi usado pela pri- das (Resolução nº 33/CONPRESP/2014). os equipamentos ficaram concentrados
meira vez em 2005, em São Francisco Além disso, normas técnicas de aces- nas regiões de maior poder aquisitivo da
(EUA), para designar a conversão de um sibilidade também foram incorporadas cidade, principalmente junto às subprefei-
espaço de estacionamento de automó- ao projeto. Esse conjunto de regras se turas de Pinheiros, Vila Mariana, Lapa e
vel na via pública em um miniparque complementa a fim de esclarecer o fun- Sé. Isso levou à dificuldade de atingir os
temporário, cujo objetivo era propiciar a cionamento de cada etapa de aprovação, objetivos iniciais, justamente nas áreas
discussão sobre o tema da cidade que implantação e gestão do parklet. de maior necessidade de uso e menos
prioriza as pessoas e a igualdade no uso providas de espaços públicos.
do solo. Em São Paulo, o conceito de Para facilitar a compreensão da legislação
parklets foi introduzido em 2012, e sua e esclarecer aos potenciais interessados Tornou-se então necessário difundir o
primeira implantação ocorreu em 2013. as etapas do processo de implantação parklet na cidade, como uma política de
Isso deu início ao processo de regula- de um parklet, visando assim incentivar resgate do espaço público. Para superar
mentação, que culminou na publicação a adesão a essa política, a SP Urbanis- esse desafio e estimular a implantação
do Decreto Municipal nº 55.045/14. mo elaborou o Manual operacional para deste equipamento por toda a cidade, a
Mediante a publicação desse decreto, o implantar um parklet em São Paulo. Este Prefeitura de São Paulo, por meio da SP
parklet se tornou uma política pública do manual apresenta todas as informações Urbanismo, implantou 32 parklets públi-
município paulistano. necessárias para a realização do projeto, cos, um para cada subprefeitura, entre
por meio de diagramas explicativos e resu- novembro de 2015 e janeiro de 2016,
Ainda em 2014, foram acrescidas novas mos das recomendações e exigências. como politica pública de ampliação da
regulamentações para o controle da comu- experiência do mobiliário urbano para as
nicação visual e da inserção na paisagem No acompanhamento e monitoramento regiões periféricas da cidade.
(Resolução SMDU.CPPU/017/2014) e da das implantações de parklets privados
instalação nas vias (Portaria SMT nº 75, pela cidade, logo notou-se que, por
de 01/10/2014) e em bens e áreas tomba- diversos fatores, sobretudo o econômico,
96 Espaços públicos e a cidade que queremos
Projeto
Parklet municipal na Sé
Módulo Parklet
Perspectiva
barra de proteção
em perfil tubular
placa de sinalização
mesinha / apoio de
braço em chapa de aço
dobrada
floreira em fibrocimento
1.20 x 0.30cm
placa de sinalização
floreira em fibrocimento
0.70 x 0.30cm
banco chapa de aço dobrada
vasos de concreto
Perspectiva
vasos de concreto
banco em chapa de
aço dobrada
plataforma de apoio em
estrutura metálica com
placas cimentícias
assento e encosto em
madeira cumar
mesinha / apoio de
braço em chapa de aço
dobrada
leito carroçável
guia
Planta
Elevação Corte
100 Espaços públicos e a cidade que queremos
Paraciclo
Vale do
Anhangabaú
Região municipal
atendida pelo projeto
Mapa de situação
Centro: Anhangabaú
Áreas de intervenções
Equipamentos de saúde
Equipamentos de serviços
públicos e sociais
Equipamentos educacionais
Mercado municipal
Estações CPTM
Estações Metrô
Terminal de ônibus
MSP
Subprefeituras Ferrovia
Área do mapa
Metrô
Operação Urbana
Consorciada Centro
Edificações
Quadras viárias
Áreas verdes
Hidrografia
R
O
AV P
BR
AN
CO
AV
S ÃO
JO
ÃO
O
AÇÃ
SOL
A CON
RUAD
AV ALCÂNTAR
HO
A MACHADO
UL
EJ
ED
OV
N
AV
GLICÉRIO
VIADUTO DO AV D
OE
STA
DO
L
E-SU
RT
NO
OR
ED
RR
CO
106 Espaços públicos e a cidade que queremos
Implantação
Aspersores de água
Bancos de concreto
Iluminação
Quiosques
Projetos Vale do Anhangabaú 107
108 Espaços públicos e a cidade que queremos
rios do sistema de transporte público dos pação de diversos grupos, um trabalho e eventos maiores, e sua escala
terminais Praça da Bandeira e Pedro Les- de análise do Vale do Anhangabaú. O impressiona quem o visita. Entretanto, a
sa e tendo como maior eixo de circulação grupo, a partir das pesquisas locais escala monumental torna-se desafiadora
o cruzamento com a Avenida São João. estabeleceu um diagnóstico preciso e para acolher as atividades do cotidiano.
montou um programa de intervenção para O Anhangabaú deve manter sua
Apesar de receber quase diariamente essa área, mapeando a vida pública e a grandeza e, ao mesmo tempo, pode ser
algum evento, o espaço e seu entorno não atuação nos espaços não somente pela organizado em zonas menores, que se
apresentam muitas outras atividades de su- ótica do desenho e da infraestrutura, mas relacionem melhor com a escala humana
porte à vida urbana. É robusto e eficaz para também pela montagem de um programa e ofereçam um programa diversificado de
shows, atividades culturais e esportivas, de atividades capaz de renovar o uso atividades culturais e de lazer. As zonas
mas árido e pouco qualificado para o dia a dos espaços. Com base nesse mapea- se intensificam na proximidade do térreo
dia da população, pois não oferece ativida- mento, definiram-se as premissas iniciais dos edifícios, onde a maior parte dos
des cotidianas adequadas às pessoas que de desenvolvimento das intervenções bancos e das cadeiras, estabelecimentos
nele circulam e permanecem. Seu entorno nos espaços públicos centrais, como os públicos e ligados ao comércio devem
é repleto de edifícios históricos e emblemá- Calçadões e o Vale. estar localizados.
ticos, mas são poucos aqueles cujo piso
térreo convide os usuários à permanência O projeto conceitual para o Vale do Melhorar os acessos
e ao desfrute. O espaço propicia algumas Anhangabaú foi construído com base O Vale do Anhangabaú é um ponto de
práticas de lazer, mas não é acessível a em uma planta de programa desen- passagem para os pedestres que atra-
idosos, crianças e pessoas com deficiência. volvida com a contribuição de diver- vessam o Centro de leste a oeste, e deve
Por outro lado, o Anhangabaú faz parte de sos profissionais, técnicos municipais, se conectar melhor com o transporte
uma extensa rede pedestrianizada na área profissionais da sociedade civil, nos público e a rede de calçadões. O fluxo
central, bastante movimentada, com ótimo workshops do processo Diálogo Aberto. de pedestres entre as diferentes regiões
serviço de transporte público e grande O processo participativo de construção do Centro e entre os modais de trans-
variedade e quantidade de atividades que do programa estimou quais seriam as porte deve ser facilitado pelo projeto do
se desenrolam nas proximidades: estudo, diretrizes e as estratégias para a área do Anhangabaú.
trabalho, alimentação, atividades sociais e Vale do Anhangabaú.
culturais, serviços públicos, compras. Fachadas ativas e programação
O piso térreo dos edifícios que confor-
É de fato um dos espaços de maior diversi- Diretrizes mam o Vale do Anhangabaú encontra-se
dade de públicos e de conflitos sociais que em geral inativo ou introvertido para o
o Centro possui, e apresenta potencialida- A intervenção no vale não se limita a trans- acesso da população. Articular com os
des que justificam pensar em alternativas formar um único lugar; trata-se de uma proprietários desses prédios a abertura
de usos, programas de atividades e dina- intervenção articuladora de toda a região de seu piso térreo aos cidadãos é uma
mização de suas estruturas ambientais por central, que funcione como aglutinador de ação-chave que convida mais usuários
meio de um projeto que possibilite resgatar ações para promover a requalificação de para o Anhangabaú. Enquanto isso
a importância das pessoas no espaço e do toda essa área. As diretrizes propostas não ocorre, uma “fachada secundária”,
convívio na cidade. envolvem o respeito à escala humana, a formada por bancas e pavilhões, pode
melhoria dos acessos, a ativação de suas funcionar como gerador de vida urbana.
fachadas e a instalação de equipamentos A programação do espaço e o novo piso
Diálogo Aberto de apoio, de estar e de lazer. devem acrescentar nova camada de con-
vites ao uso da praça.
Ao longo de oito meses, no processo Respeito à escala humana
iniciado no Diálogo Aberto, a Prefeitura A grande dimensão do Vale do Anhanga-
de São Paulo coordenou, com a partici- baú é excelente para celebrações
110 Espaços públicos e a cidade que queremos
Situação e proposta
Projetos Vale do Anhangabaú 111
112 Espaços públicos e a cidade que queremos
Planta do programa
Estação de metrô
Ponto de ônibus
COMER AO
AR LIVRE
Estacionamento de bicicletas
Estacionamento de ZONA DE
EXPOSIÇÃO
bicicletas coberto
Banheiro público
COMER AO
AR LIVRE
METR
ANHANGABAÚ
Restaurante/café CENTRO
DE REFERÊNCIA
DO IDOSO
ZONA DE
Café/lanchonete
ESTACION
TERMINAL EXPOSIÇÃO
BANDEIRA
PRAÇA DA
BANCO
AMENTO
Feira
S ARTES
ARQUIBANCADA
BASQUETE ESPORTES
JOGOS/ VENDA DE
Pavilhões, quiosques,
DE RUA
S ATE BILHETES
ESPORTES PONTO DE JOGOS/
bancos de frutas, etc ESPORTES
DE RUA/S ATE
DE RUA TAXI
BANCOS
MORRINHO
JOGOS/ GUA
REA DE EVENTOS
REA DE EVENTOS
EXPOSIÇÃO
TERMINAL BANCOS ZONA
ESPAÇO
Zona cultural
BANDEIRA CULTURAL
PREFEITURA CAFÉ
BANCOS
METR COMER AO
VENDA DE COMER AO
BANHEIROS
AR LIVRE
ANHANGABAÚ COMÉRCIO AR LIVRE BILHETES PÚBLICOS
GESTÃO
DO VALE ZONA DE ALIMENTAÇÃO
BANCOS
COMER AO LANCHONETE
BANCOS
SE
CAFÉ
RVIÇ
O PÚ
ESTACIONAMENTO
BANCO
SERVIÇO
ESTACIONAMENTO
BLICO
SERVIÇO
SERVIÇO PÚBLICO
ACES
DO PA
SO
TRIARC A
PRAÇ
A
Projetos Vale do Anhangabaú 113
BAR LANCHE
LOJA
LOJA
LOJA
BAR LANCHE
LOJA
BAR LANCHE
LOJA
BAR LANCHE
TERMINAL
BAR LANCHE
CORREIO
CABELEREIRO
N
C
H
Q
E
U
IO
SQ
ENTRADA DA
U
E
ESCOLA
LO
JA
LO
JA
LO
ES
JA
TA
C
IO
BAR LANCHE
N
AM
EN
BA
TO
BICICLETA
R
LA
COMPARTILHADA
BAR LANCHE
N
C
H
E
PRAÇA DA
BANHEIROS
ZONA DE EXPOSIÇÃO
PÚBLICOS
ZONA DE EXPOSIÇÃO
CORREIOS
NOVA FUNÇÃO
CORREIOS
ZONA DE
S ARTES
CULTURAL
ATIVIDADE
NOVA FUNÇÃO
24h BIBLIOTECA
VERDE
BANCOS
Zonas de atividades
BANCOS FEIRA DE
ALIMENTOS
BANCOS
BANCOS
PALCO/ JOGOS/ GUA
PISTA DE DANÇA JOGOS/ GUA JOGOS/ GUA
FEIRA DE
ALIMENTOS COMÉRCIO FEIRA DE
ZONA BANCOS
ALIMENTOS
CULTURAL
QUIOSQUES FLORES FRUTAS
ER AO BANCOS FRUTAS
IVRE BANHEIROS
PÚBLICOS COMER AO
AR LIVRE
COMER AO
CAFÉ AR LIVRE
LOJA
ESTACIONAMENTO
BAR LANCHE
BAR LANCHE
BAR LANCHE
LOJA
BAR LANCHE
SERVIÇO
LOJA
BAR LANCHE
RESTAURANTE
ESTACIONAMENTO
BAR LANCHE
BANCO
SERVIÇO
LOJA
BAR LANCHE
METR
LOJA SÃO BENTO
Flexibilidade de uso
LIPA
PISTA 1
PALCO
PISTA 3
PISTA 2
PRINC
PISTA 4 EVENTOS
SECUNDÁRIOS
114 Espaços públicos e a cidade que queremos
Projeto
Acesso Rua Líbero Badaró Paisagismo
A proposta de mobilidade para o Vale do De maneira complementar, a iluminação O projeto em debate reordena e valoriza
Anhangabaú valoriza a circulação dos pública condiz com as necessidades de as áreas ajardinadas e as árvores da
pedestres. Observam-se no projeto as ocupação do espaço. Ela será automatiza- área de intervenção. Em sua forma final,
principais rotas de desejo para a cone- da com um sistema LED de alta eficiência o Anhangabaú contará com 480 árvores
xão entre as estações e os terminais de energética, levando ao aumento da quali- – 355 serão mantidas entre as existentes,
ônibus e de metrô. Essas estações e dade da iluminação e, ao mesmo tempo, e serão plantadas 125 novas espécies
terminais vão se manter permanentemen- proporcionando economia de energia. nativas. A proposta paisagística reorga-
te secas, o que favorecerá e facilitará as Além de todas as demandas técnicas fun- niza e resgata a característica original
conexões que atualmente são interrompi- cionais, o projeto forneceu uma variável de esplanada central, indicando menor
das por diversos elementos. Um destaque de iluminação cênica ao Anhangabaú, escala em suas ruas laterais. A proposta
é o resgate do eixo da Avenida São João, tratada na escala da esplanada, das ruas privilegia o plantio nas áreas do Vale do
primeira ligação histórica entre o Centro e dos jardins, valorizando e incentivando Anhangabaú que não foram comprome-
Velho e o Centro Novo,1 que foi interrom- atividades culturais no espaço. tidas pela laje do túnel, aumentando de
pido pela atual conformação do Anhan- maneira efetiva a permeabilidade existen-
gabaú. A proposta em debate recupera te. O manejo arbóreo foi autorizado pela
integralmente o eixo e, ao dotar a área Secretaria Municipal do Verde e Meio
de pavimento adequado aos critérios da Ambiente, órgão competente que elabo-
norma de acessibilidade (NBR 9050), e rou Termo de Compensação Ambiental
de sinalização ambiental e tátil adequada, (TCA), no qual o projeto supera o número
contempla a memória desse lugar de liga- do plantio exigido. O TCA também exige
ção entre as colinas centrais da cidade. o acompanhamento da evolução das
novas espécies, garantindo a realização
Toda a circulação de veículos automo- do projeto proposto.
tores é controlada e direcionada às ruas
Anhangabaú e Formosa, complemen-
tando sua característica de bulevar. O
aprimoramento do acesso ao Corredor
Norte-Sul, linha de transporte estruturado-
ra entre os extremos da cidade, se efetiva
com a implantação de “plataformas” para
pedestres com catracas e vedação, para
garantir o acesso seguro e salubre ao cor-
redor de ônibus junto ao túnel, sob o vale.
O Anhangabaú torna-se assim, novamen-
te, a porta de acesso ao Centro.
Projeto
A utilização da água no projeto tem papel O conceito da intervenção tem claramente Exemplar é a questão de como o projeto
fundamental na melhoria do microclima referências históricas quando se dispõe enfrenta o enterramento da rede de ener-
da região, além de sua característica a resgatar a característica de bulevar gia e de telecomunicações, mapeando as
cênica e lúdica. Toda a estrutura funcio- presente na proposta original do parque, redes existentes e sua atual demanda,
na com um circuito fechado, e a água é de 1911. As funções e as características realizando o seu ordenamento em novas
aspergida, molhando apenas o chão, e das ruas Formosa e Anhangabaú serão galerias técnicas e banco de dutos. É
depois é recolhida pelos ralos do equipa- reativadas, estabelecendo a relação entre uma proposta de iniciativa do município,
mento. Posteriormente, é enviada a filtros a escala da rua e os acontecimentos e as com adesão irrestrita das concessioná-
de limpeza para tratamento, retornando atividades do espaço urbano. Estratégias rias, que servirá portanto de modelo para
ao aspersor, quando então é novamente como a formação de uma segunda fa- a redefinição de toda a rede dos calça-
lançada ao piso, o que permite o contato chada ativa nessas ruas, com quiosques dões. Essa intervenção permitirá que o
humano com a água. Além do cuidado de café, comércio e serviços, sanitários Anhangabaú assuma papel de protago-
neste circuito fechado, os reservatórios e afins favorecerão a permanência da nista no desenvolvimento tecnológico da
do sistema poderão absorver a água das população e a apropriação do espaço por cidade, possibilitando a implantação de
chuvas, colaborando com a microdrena- todos, indiscriminadamente. A provisão qualquer tipo de empresa que demande
gem de toda essa área e incorporando o de elementos de mobiliário urbano eleva- alta tecnologia com confiabilidade do sis-
recurso hídrico ao sistema de aspersão. rá de forma significativa a quantidade e a tema. Em conjunto com a infraestrutura
Para momentos de escassez hídrica, o possibilidade de assentos. São mais de de energia e telecomunicações, desta-
sistema contará com a complementação 1.500 lugares distribuídos entre bancos e camos a questão da drenagem, com os
de água obtida em poço profundo que cadeiras, além de bebedouros, lixeiras e sistemas de captação e de utilização da
será perfurado no vale. paraciclos implantados no perímetro. água de chuva.
Vista geral
118 Espaços públicos e a cidade que queremos
Vista geral
Projetos Vale do Anhangabaú 119
Água:
• 850 jatos d´água
• Capacidade do reservatório
de 1500m³
• Uso nos jatos 1200m³ / dia
• Reaproveitamento de 90%
do total de água
• Captação de 10% restante
através do poço artesiano
120 Espaços públicos e a cidade que queremos
Quiosque multi-uso
Projetos Vale do Anhangabaú 121
Planta
Elevação
122 Espaços públicos e a cidade que queremos
Projetos 123
Calçadões/
Sete de Abril
Região municipal
atendida pelo projeto
Mapa de situação
Calçadões/ Sete de Abril
Calçadões
Equipamentos de saúde
Equipamentos educacionais
Mercado municipal
Estações CPTM
Estações metrô
Metrô
Edificações
Quadras viárias
Áreas verdes
Hidrografia
R
O
AV P
BR
AN
CO
AV
S ÃO
JO
ÃO
ÇÃO
OLA
CONS
DA
RUA
AV ALCÂNTAR
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UL
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ED
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AV
GLICÉRIO
VIADUTO DO AV D
OE
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DO
UL
E-S
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NO
OR
ED
RR
CO
126 Espaços públicos e a cidade que queremos
Implantação
Projetos Calçadões / Sete de Abril 127
128 Espaços públicos e a cidade que queremos
Histórico
O Projeto-piloto
Rua Sete de Abril
Histórico Diagnóstico
Em outubro de 2014, recebemos da Caminhar na Rua Sete de Abril antes caso da Rua Sete de Abril, sofrem com
Secretaria Municipal de Transportes/ da intervenção era uma experiência problemas específicos, como acúmulo
CET, estudos para o fechamento de um pouco agradável: a irregularidade do excessivo de lixo, falta de estaciona-
trecho da Rua Sete de Abril para o trá- piso e a desordem das tampas de mento para abastecimento e o confli-
fego de automóveis, mantendo somente inspeção, somadas à largura restrita to crescente entre fluxos veiculares
tráfego local, de emergência e de servi- das calçadas, criavam um cenário hostil e de pedestres.
ços muncipais e obrigatorios, priorizan- para o pedestre.
do o uso da via por pedestres. Nesses
estudos, foram abordadas questões de O uso comercial de grande parte dos
uso do solo, densidade de pedestres, térreos ao longo da calçada, a presença
volume veicular, abastecimento, estacio- de algumas vitrines e o detalhamen-
namento e demais necessidades para to das fachadas geravam, em certos
o fechamento dessa via. O trecho em momentos, relação com a escala do
questão situava-se entre as ruas Bráulio pedestre e uma sensação de segurança.
Gomes e Marconi. Por outro lado, imóveis degradados ou
vazios, a falta de marquises e toldos e
Os estudos do CET vieram ao encontro outras estruturas para proteger os tran-
dos estudos que a SP Urbanismo vinha seuntes do sol ou da chuva restringiam
desenvolvendo para a requalificação dos as opções de permanência ligadas aos
calçadões da área central. Além disso, a usos do térreo.
Rua Sete de Abril está inserida na área
de abrangência da Operação Urbana A falta de mobiliário e a inexistência de
Centro (Lei nº 12.349/97), cujo objetivo arborização contribuíam para manter
é criar condições que reforcem a impor- o caráter de passagem da calçada. No
tância da área central para a metrópole entanto, trabalhadores dos escritórios
de São Paulo, tornando-a atraente para localizados nos edifícios adjacentes utili-
investimentos imobiliários, turísticos e zavam pequenos degraus e desníveis
culturais, consolidando sua função de de acesso e estabelecimentos comer-
centro institucional. ciais fechados como locais improvisa-
dos para se sentar. A paisagem da Rua
Nesse contexto, propusemos utilizar a Sete de Abril parecia bastante árida e
Rua Sete de Abril como um projeto-piloto desconfortável. Além disso, o baixo fluxo
da aplicação das propostas estudadas de veículos e as pequenas dimensões
para a requalificação dos calçadões, que do leito carroçável levavam os transeun-
englobam soluções para questões de tes a cruzarem a rua fora das faixas
piso, mobiliário, iluminação, coleta de de pedestre. A Secretaria Municipal de
lixo e drenagem. Esse estudo foi enviado Transportes/CET inverteu recentemente
para apreciação das diversas secretarias o sentido do trecho entre as ruas Bráulio
e órgãos envolvidos, assim como foram Gomes e Gabus Mendes, e elaborou es-
organizadas apresentações, entre elas, à tudos para fechar esse trecho ao tráfego
Comissão de Meio Ambiente da Câmara de passagem, dando prioridade ao uso
de Vereadores, à Comissão Executiva da por pedestres.
Operação Urbana Centro e uma apresen-
tação no local, aos usuários e frequenta- Além dos problemas específicos dos
dores dessa região. calçadões, as áreas de borda, como é o
Projetos Calçadões / Sete de Abril 131
O projeto
O Projeto-piloto
Rua Sete de Abril
Antes e depois
134 Espaços públicos e a cidade que queremos
O Projeto-piloto
Rua Sete de Abril
Previu-se o controle de acesso motoriza- O mobiliário instalado é formado por No projeto-piloto, não foi possível o plan-
do pelo balizamento retrátil automatizado bancos de diversos tamanhos, paraciclos, tio de novas árvores, em virtude de pouca
com acompanhamento e acionamento bituqueiras, papeleiras duplas e vasos. área ensolarada e do excesso de interfe-
feito remotamente. O balizador retrátil foi Os bancos, confeccionados em estrutura rências no subsolo. Assim, foram previs-
desenvolvido para regular o acesso em metálica e revestidos de madeira de boa tos 16 vasos de concreto espalhados ao
ruas públicas e privadas. Ele é gerencia- qualidade, foram projetados para diversas longo dos 200 metros de rua reformada. A
do por um sistema de controle acionado formas de uso, permitindo ao usuário sen- árvore existente no início do trecho, exó-
pelo usuário. Os balizadores da Rua Sete tar-se e apoiar as costas, esticar as pernas, tica, foi substituída por exemplar nativo.
de Abril constituem o primeiro teste em usar de forma individual ou coletivamente. Sua caixa foi aumentada e foi instalado o
área pública. Os bancos também contam com ombrelo- acabamento em “L” metálico do mesmo
nes, para o abrigo do sol, e argolas metá- padrão das novas tampas e grelhas.
licas, para prender animais de estimação.
Iluminação As lixeiras e bituqueiras foram construídas
com estrutura e revestimento metálico para
O projeto de iluminação foi desenvol- terem mais durabilidade. Os paraciclos me-
vido pelo Departamento de Iluminação tálicos, assim como os vasos de concreto,
Pública do Município de São Paulo compõem o conjunto do mobiliário.
(Ilume), pertencente à Secretaria Muni-
cipal de Serviços, e previu 19 luminárias
com lâmpadas LED alinhadas à faixa
destinada à colocação de mobiliário.
As luminárias instaladas permitiram
o prolongamento das atividades de
rua no início da noite e ampliaram a
sensação de segurança.
Mobiliário
Projetos Calçadões / Sete de Abril 135
Piso tátil:
250 m lineares
Tampas realinhadas: 200
Calçadões
Área do projeto: 60.000 m²
Data projeto: julho 2016
136 Espaços públicos e a cidade que queremos
Bancos
Perspectiva
estrutura do encosto em
barras chatas soldadas
Planta
proj. ombrelone
Elevação Corte
assento e encosto em
madeira cumarú
assento e encosto em apoio para braço assento e encosto em apoio para braço apoio para braço barra de proteção
madeira cumarú em chapa de aço madeira cumarú em chapa de aço em chapa de aço em perfil metálico
dobrada dobrada dobrada
Projetos Calçadões / Sete de Abril 137
Perspectiva
Bituqueira
Peça instalada Perspectiva
apagador
compartimento
armazenagem
estrutura de
travamento
base para
fixação
Elevações
Projetos Calçadões / Sete de Abril 139
Papeleira
Peça instalada Perspectiva
fechamento em chapa
dobrada
base de apoio em
perfis "U" de aço
a
rtur
j. abe
pro
Santo
Amaro
Região municipal
atendida pelo projeto
Mapa de situação
Avenida Santo Amaro
Área de intervenção
Equipamento de saúde
Equipamento educacional
Estações CPTM
Ferrovia
Edificações
Áreas verdes
Quadras viárias
RMSP Hidrografia
Subprefeituras
Área do mapa
PARQUE
DO POVO
PARQUE DO
IBIRAPUERA
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144 Espaços públicos e a cidade que queremos
Implantação
1 2 3 4 5 6 7
Projetos Santo Amaro 145
3 Aleluia 10 Mulungu
(Senna macranthera) (Erythrina falcada)
8 9 10 11 8 12 13 14
146 Espaços públicos e a cidade que queremos
Histórico
O corredor da Avenida Santo Amaro foi apresentam características e diretrizes mecanismos para ativação das áreas de
um dos primeiros corredores de ônibus semelhantes e que são prioritárias para adensamento ao longo do tempo, à medi-
da cidade de São Paulo, implantado ali o crescimento da cidade. Nessas áreas, da que forem construídas novas linhas de
em 1985. Isso acabou resultando uma são propostas mudanças de padrões transporte público. Com isso, pretende-se
avenida com calçadas estreitas, que em construtivos e de estruturação urba- qualificar a vida urbana, estimulando usos
alguns pontos são insuficientes para o flu- na, com o objetivo de ampliar o direito e atividades voltadas para a rua – como
xo de pedestres local. O tráfego intenso da população à cidade e reequilibrar a comércio, serviços e equipamentos so-
de ônibus e consequente poluição sonora distribuição entre moradia e emprego, ciais –, potencializando o espaço público
e atmosférica também comprometeram a além de reduzir a necessidade de longos como local de encontro e maximizando o
qualidade urbana da avenida. Apesar de deslocamentos diários. uso do tempo e do espaço.
atravessar regiões extremamente valori-
zadas da cidade, essa avenida apresenta São áreas demarcadas ao longo dos A Operação Urbana Consorciada Faria
em seu traçado grande quantidade de sistemas de transporte coletivo de alta Lima está contida na Macroárea de Es-
imóveis deteriorados, que não aderiram e média capacidade – como metrô, trem truturação Metropolitana (MEM), definida
significativamente à Operação Urbana e corredores de ônibus –, nas quais se pelo novo PDE. A MEM é um território
Consorciada Faria Lima, de um lado, e pretende potencializar o aproveitamento estratégico de transformação, no qual
tampouco sofreram a transformação e do solo urbano, articulando o aden- podem incidir instrumentos urbanísticos
o adensamento orientados pelo Plano samento populacional e de atividades específicos que tenham condições de
Diretor Estratégico, de outro. urbanas à mobilidade e à qualificação dos promover essas transformações.
espaços públicos.
No Plano Diretor Estratégico de São A primeira Operação Urbana Faria Lima
Paulo (PDE – Lei nº 16.050/14), os corre- Para viabilizar essas transformações, foi aprovada pela Lei nº 11.732/95, e
dores de ônibus fazem parte dos chama- o PDE definiu critérios para orientar as estabeleceu um programa de melhora-
dos Eixos de Estruturação da Transfor- transformações desejadas, median- mentos públicos para a área de influência
mação Urbana, áreas do território que te incentivos urbanísticos e fiscais e definida em função da interligação da
Projetos Santo Amaro 147
Diagnóstico
Avenida Brigadeiro Faria Lima com a com o adensamento populacional, permi- Atualmente, em seus primeiros 3 quilô-
Avenida Pedroso de Moraes e com as tindo não só a renovação da infraestrutu- metros iniciais, a Avenida Santo Amaro é
avenidas Presidente Juscelino Kubits- ra, mas, principalmente, a relação entre um local hostil para os usuários, estejam
chek, Hélio Pellegrino, dos Bandeirantes, esse importante eixo de transporte com eles se deslocando a pé, em transporte
Engenheiro Luís Carlos Berrini e Cidade bairros e espaços públicos do entorno. público ou em transporte individual. Esse
Jardim. Essa operação compreende um corredor encontra-se bastante saturado,
conjunto integrado de ações coordenadas Em 31 de julho de 2015, foi aprovada com alto nível de ruído e intensa poluição
pela prefeitura que visam à melhoria e à pela Câmara Municipal de São Paulo a atmosférica. As calçadas são estreitas e
valorização ambiental da área contida em Lei nº 16.242/15, integrando o Plano de têm muitas interferências (postes, suporte
seu perímetro, e estabelece incentivos, Melhoramentos da Avenida Santo Amaro, de sinalização etc.), não há arboriza-
diretrizes, contrapartidas e instrumentos cujo resultado é o Projeto de Requa- ção nem áreas de apoio ao usuário não
para sua implantação. lificação da Avenida Santo Amaro, ao motorizado. Tudo isso compõe o quadro
Programa de Investimentos da Operação inóspito desse corredor para a população.
Em 26 de janeiro de 2004, foi aprovada Urbana Consorciada Faria Lima, o que
a Operação Urbana Consorciada Fa- tornou possível a obra de requalificação e
ria Lima, por meio da Lei nº 13.769/04, de reforma do trecho mediante recursos
que revogou a lei anterior. O intuito foi da venda de Certificados de Potencial Diretrizes
adequar a Operação Urbana existente Adicional Construtivo (Cepac) da ope-
ao Estatuto da Cidade (Lei Federal nº ração. Além disso, a Lei nº 16.242/15 As diretrizes urbanísticas, previstas nos
10.257/01), que definiu as Operações definiu os incentivos e as diretrizes lados par e ímpar da avenida, seja pelo
Urbanas Consorciadas como sendo um urbanísticas para o lado par da avenida, PDE, seja pela Operação Urbana Faria
instrumento de política urbana gerido de alterando e ampliando o artigo 14 da lei Lima, incentivam a destinação de áreas
forma consorciada entre o poder público original da operação urbana (13.769/04). para a fruição pública, a implantação de
e a sociedade civil, através de um grupo No lado ímpar, permanecem as regras e usos não residenciais no térreo e o uso
gestor, e que conta com a participação de as disposições do Plano Diretor. misto nos edifícios, resultando em lotes
órgãos municipais e entidades represen- mais permeáveis, fachadas mais ativas
tativas da sociedade civil organizada, No decorrer dos anos de 2014 e 2015, e mais circulação de pessoas nas áreas
responsável pela definição e pela implan- a Prefeitura Municipal de São Paulo de- franqueadas ao público. O projeto para a
tação do Programa de Intervenções, bem senvolveu o Projeto de Requalificação da requalificação da Avenida Santo Amaro
como pela definição da aplicação dos Avenida Santo Amaro, apoiado no Plano partiu dessas diretrizes gerais e agregou
seus recursos. de Melhoramentos Viários de 2006 e nas algumas diretrizes específicas: qualificar
diretrizes do Plano Diretor Estratégico os percursos humanos, com o alarga-
Em 2006, foi aprovado o Plano de Me- viabilizando a contratação das obras e o mento e arborização de calçadas e a cria-
lhoramentos Viários da Avenida Santo processo de desapropriação dos imóveis ção de galerias para passagem entre a
Amaro (Lei nº 14.193/06), que definiu ao longo de 2016. Avenida Santo Amaro e ruas paralelas ou
os novos alinhamentos para o trecho transversais; promover a acessibilidade
entre as avenidas Presidente Juscelino universal, com definição de piso adequa-
Kubitschek e dos Bandeirantes, com lar- do e a colocação de piso tátil e semafori-
gura variável de 25 metros a 36 metros), zação sonora; qualificar a infraestrutura,
a fim de renovar o corredor de ônibus com o enterramento da rede aérea e a
dessa região. organização das redes no subterrâneo; e
Com a publicação do Novo Plano Diretor valorização do patrimônio, ao promover a
Estratégico e a definição dos Eixos de qualificação de todo o ambiente.
Transformação Urbana, surgiu a necessi-
dade de qualificar o sistema de transporte
148 Espaços públicos e a cidade que queremos
Projeto
Antes e depois
Projetos Santo Amaro 151
29,80m
36m
152 Espaços públicos e a cidade que queremos
Antes e depois
22,5m
27m
Projetos Santo Amaro 153
154 Espaços públicos e a cidade que queremos
Antes e depois
SEÇÃO 23m
3.75 m 6m 3m 1m 3m 6m 3.75m
FRUIÇÃO PÚBLICA PASSEIO 2 FAIXAS ÔNIBUS ÔNIBUS 2 FAIXAS PASSEIO FRUIÇÃO PÚBLICA
SEÇÃO 27m
Projetos Santo Amaro 155
SEÇÃO 29.80m
SEÇÃO 36m
156 Espaços públicos e a cidade que queremos
Planta
luminária dupla árvores a paraciclo paraciclo árvores a luminária simples árvores a possibilidade árvores a luminária dupla
a cada 32m cada 8m cada 8m a cada 16m cada 8m de acessos cada 8m a cada 32m
Espaços Públicos e a cidade que queremos 159
Considerações
finais
Considerações finais 161
Ao longo dos últimos anos, as ações e gera fragilidade na gestão e manutenção intersecções que existem entre esses
os projetos de ressignificação do uso dos dos espaços. Desse modo, para além do espaços para pedestres e para os demais
espaços públicos desenvolvidos pela SP aprimoramento na qualidade do desenho usos e modais.
Urbanismo geraram conclusões muito si- dos espaços, é fundamental superar essa
milares entre si. Por um lado, confirma-se fragmentação de atribuições. Esse Guia faz parte do processo de
que o desenho é uma forma de qualifi- revisão dos instrumentos de Planeja-
car o espaço da cidade para o uso das Difusão de boas práticas mento e Projeto Urbano realizado nesta
pessoas, em escala humana. O desenho gestão e cujo resultado ultrapassou a
urbano e seus componentes (infraestru-
de desenho urbano mera revisão dos Marcos Regulatórios
tura, equipamentos e mobiliário urbano) da Cidade (Plano Diretor e Zoneamen-
complementam as políticas públicas, ga- No campo do desenho, a SP Urbanismo to) na reestruturação da forma de se
rantindo a ocupação e o compartilhamen- percebeu a necessidade de difundir os desenvolver projetos. Isso ocorreu de
to das ruas da cidade. Por outro, consoli- exemplos de projetos desenvolvidos que modo não apenas baseado na qualidade
da-se a necessidade de a administração foram bem-sucedidos e a troca de expe- do desenho, mas também comprometido
municipal renovar o modo de gestão dos riências intersecretariais e globais realiza- com as estratégias de financiamento e
espaços públicos ressignificados. Portan- das nos últimos anos. Assim, o Guia de de viabilidade de implantação associadas
to, uma gestão voltada não mais à sim- boas práticas para os espaços públicos à gestão democrática e ao engajamento
ples manutenção ou ao embelezamento da cidade de São Paulo tem o objetivo de das comunidades em todo o processo. O
de espaços construídos e ajardinados, difundir e propor boas práticas de dese- conteúdo do Guia foi definido utilizando
mas à interlocução do poder público com nho urbano, de ordenamento ou de reor- como ponto de partida as demandas de
os cidadãos. Assim, entender o projeto denamento da paisagem, tanto no âmbito projeto e de levantamentos de tipologia
desses espaços como campo de conflitos das experiências implantadas na cidade de diversas ruas da cidade, procurando
de demanda e campo político de debates quanto das referências e possibilidades abarcar um universo considerável para o
em relação à natureza de seus usos leva de soluções de desenho, abrangendo os diagnóstico de problemas e o desenvolvi-
ao reconhecimento de que a tradicional espaços de uso do pedestre: calçadas, mento de soluções e de propostas.
divisão das atribuições e das respon- ampliações de calçadas, largos, praças,
sabilidades da administração municipal galerias e espaços de fruição e todas as
162 Espaços públicos e a cidade que queremos
Concurso de ideias para A provisão de elementos acessíveis do urbano é parte integrante dos serviços da
mobiliário urbano mobiliário urbano, que seguem os prin- cidade e sua implantação em quantidade
cípios da Lei nº 13.146/15 (Estatuto da adequada contribuirá para o fácil acesso
Pessoa com Deficiência – Lei Brasileira e a utilização dos serviços de interesse
Ainda no campo do desenho, a SP de Inclusão da Pessoa com Deficiência) e coletivo e para preservar a qualidade do
Urbanismo realizou o Concurso Público as recomendações orientadas pelas nor- espaço público e o desenvolvimento de
Nacional de Ideias para Elementos de mas da Associação Brasileira de Normas atividades de modo qualificado.
Mobiliário Urbano da Cidade de São Pau- Técnicas (ABNT) configura uma necessi-
lo. Dentre 69 trabalhos apresentados no dade básica na política de universaliza-
concurso, foi selecionada a melhor pro- ção do direito à cidade e de melhoria da
posta para o desenho de nove elementos paisagem urbana nos espaços públicos.
e famílias de elementos de mobiliário O concurso abriu um campo de discus-
urbano – sanitários públicos, quiosques, são democrático cujo resultado será o
abrigos de táxi, bancos, papeleiras, investimento e a qualificação dos espa-
bebedouros, paraciclos, guarda-corpos ços públicos urbanos, oferecendo ampla
e balizadores. O Concurso resgatou o gama de projetos de qualidade, que
espaço de contribuição dos profissionais possam ser aplicados em todo o municí-
dessa área na criação e modernização de pio e que garantam a distribuição desses
um conjunto de mobiliários e equipamen- serviços de forma justa, em condições
tos urbanos pautados pela qualidade do adequadas de uso, preservando a fluidez
desenho e pela distribuição equilibrada na circulação de pedestres e com menor
no território da cidade. obstrução do campo visual. O mobiliário
Considerações finais 163
Ordenação da civil, bem como da inserção de grafite esclarecem dúvidas e delibera sobre ca-
paisagem urbana e demais formas de arte na paisagem sos não previstos na Lei original, além de
urbana. Ao longo dos dez anos de vigên- imprimir mais eficiência aos processos de
cia da Lei Cidade Limpa, a Comissão de aprovação. Essas resoluções estão des-
Com base no princípio de valorização Proteção à Paisagem Urbana (CPPU)1 critas e explicadas no Manual.ção. Essas
da transparência, e da gestão e cons- – órgão colegiado municipal responsável resoluções estão descritas e explicadas
trução coletiva dos espaços públicos, a pelo acompanhamento das questões no Manual.
SP Urbanismo desenvolveu o Manual referentes à paisagem urbana – produziu
ilustrado de aplicação da Lei Cidade uma série de resoluções normativas que
Limpa e normas complementares a fim de
facilitar o acesso ao conjunto das normas
que regem a inserção de elementos na
paisagem, sua compreensão, aplicação e 1. Criada em 1978, a CPPU teve suas atribuições
monitoramento por todos os cidadãos. ampliadas a partir da Lei Cidade Limpa. Como os
demais órgãos colegiados da cidade, tem o objetivo de
A Lei nº 14.223/06 (Lei Cidade Limpa) garantir a gestão democrática por meio da participação
constitui a principal norma que atual- de diferentes segmentos da população, diretamente
mente rege a inserção de elementos na ou por intermédio de associações representativas,
nos processos de decisão, planejamento e gestão da
paisagem urbana. Seu escopo abrange cidade, No caso da CPPU, a atuação se dá no acom-
a regulamentação de todos os elemen- panhamento das propostas relativas à intervenção e
tos de comunicação visual nos espaços ordenação dos elementos na paisagem, analisando e
deliberando quanto à aplicação da Lei Cidade Limpa.
públicos, dos termos de cooperação com A comissão realiza reuniões públicas periódicas para
a iniciativa privada e com a sociedade essas avaliações.
164 Espaços públicos e a cidade que queremos
Uma gestão participativa Públicos, cujos principais objetivos são Anhangabaú, a Praça Roosevelt, a Praça
compreender o desempenho dos meca- do Trabalhador e o Largo da Batata,
nismos administrativos atuais, e propor entre outros.
Por fim, no campo da gestão, foram mecanismos que compreendam as parti-
realizados vários estudos e pesquisas cularidades dos novos espaços públicos A partir desse mapeamento de agrupa-
de referencia,2 com o objetivo de identifi- e estabeleçam estratégias para melhorar mentos, das pesquisas iniciais e das
car deficiências e potencialidades e, por a qualidade das ações de zeladoria e de experiências realizadas nesta gestão,
meio de um diagnóstico preciso, propor manutenção, e fomentar novas formas de são apresentadas a seguir as principais
alternativas e novos modelos de admi- uso e de ocupação do espaço urbano. diretrizes apontadas, até o momento, por
nistração que garantam a eficiência na Foram feitos dois agrupamentos de áreas esse trabalho:
manutenção dos espaços ressignificados, definidos no projeto:
o controle social e a gestão democrática. - Agrupamento 1 – praças e áreas - continuidade e aprofundamento do
ajardinadas de bairro; e mapeamento dos espaços públicos, com
Essas propostas podem ser testadas - Agrupamento 2 − praças secas e áreas base sólida e confiável que subsidie o
como projetos-piloto de gestão – assim de encontro de abrangência regional. planejamento, o acompanhamento e a
como está sendo realizado no programa fiscalização da gestão desses espaços,
Centro Aberto – e que levam ao enten- O Agrupamento 1 aglutina as áreas que no portal GeoSampa;
dimento da necessária reforma adminis- atraem o interesse da população local
trativa em relação aos gestores e suas que vive cotidianamente próxima, que - desenvolvimento de estratégias de
atribuições em relação aos espaços se preocupa com sua manutenção e fomento à celebração de termos de doa-
públicos. conservação e que usufrui ou gostaria de ção e de cooperação com a sociedade
usufruir de suas funções ambientais, fun- civil, modernizando os processos admi-
A necessidade da revisão das formas cionais, estéticas e/ou simbólicas. Esse nistrativos e englobando mecanismos
vigentes de gestão dos espaços públicos grupo se caracteriza também por grande diferenciados para cada um dos agru-
pautou-se pelo surgimento de novas for- quantidade e capilaridade no território. pamentos de áreas públicas propostos,
mas de ocupação dos espaços públicos Para esse grupo, vale lembrar a aprova- considerando também os diferentes tipos
pela sociedade civil e a inexistência de ção da Lei nº 16.212/15 (Lei de Gestão de parceiro;
instrumentos adequados para absorver Participativa de Praças), que estabelece
essa demanda; princípios, objetivos e instrumentos para - formalização de mecanismos de pes-
Outras questões, já conhecidas incre- que os cidadãos participem, em conjunto quisa, monitoramento, fiscalização e ava-
mentam essa necessidade: com o poder público, da implantação, liação pós-ocupação dos espaços e da
revitalização, requalificação, fiscalização, política instituída, de modo a instrumen-
1 A atuação muitas vezes insuficiente do uso e conservação das praças públi- talizar o poder público para a avaliação
poder público na zeladoria e na manuten- cas, com vistas a garantir a qualidade da política;
ção dos espaços existentes; e desses espaços e a fortalecer o neces-
2 Implantação de novas estruturas sem o sário diálogo entre o poder público e a - continuidade e aprimoramento da ges-
correspondente exercício de um processo sociedade civil. tão democrática e das instâncias de parti-
de gestão adequado. cipação direta da sociedade civil por meio
Em oposição, no Agrupamento 2 temos dos Conselhos Participativos e Conselhos
A SP Urbanismo então iniciou o desen- um número expressivamente menor de Gestores, instituídos nos últimos anos;
volvimento do projeto Elaboração de áreas, pontos de encontro de escala
Ferramentas para a Gestão dos Espaços regional, notadamente polos atrativos - desenvolvimento de procedimentos
de grande quantidade de pessoas, em padronizados a todas as Subprefei-
geral próximas às estações da rede turas para aprovação de eventos em
de transporte coletivo de média e alta espaços públicos, com competências e
2. Experiências não tradicionais de gestão pública, capacidades e a importantes áreas de atribuições esclarecidas;
tanto na cidade de São Paulo como em outras cidades
do mundo: Medellín, Bogotá, Londres, Nova York, atividade econômica da cidade. Nesse
entre outras. grupo, temos como exemplo o Vale do
Considerações finais 165
- instituição de mecanismos de gestão de Uma política pública abrangente na ges- Esta publicação procurou difun-
mobiliário urbano. tão dos espaços públicos deve superar a dir algumas práticas realizadas e
simples articulação dos diversos serviços bem-sucedidas e, ao mesmo tempo,
Enfim, o que se percebe é a necessidade necessários, reconhecer a complexidade contribuir para incrementar o modo como
de compreender a maneira como as pes- e as particularidades desses locais e dar a administração pública mantém seus
soas utilizam os espaços ressignificados voz aos diferentes atores envolvidos. espaços emblemáticos. Buscou também
e oferecer espaços de interlocução entre oferecer subsídios à sociedade para o
poder público e cidadãos. aprimoramento do debate e do apoio à
transformação da cidade.
166 Espaços públicos e a cidade que queremos
Créditos
Maria Cristina dos Santos Paulo Candura Sandra Nadia Pricert Rettore
Maria de Lourdes Ribeiro Paulo Carlos Pereira do Amaral Sandra Nascimento Lima Cedraz
Maria do Carmo do Nascimento Paulo Cesar Gaioto Fernandes Sandra Regina da Silva Ribeiro Barbosa
Maria do Rosario Muniz Paulo Cesar Sperduti Sandra Regina Papst
Maria Elisabeth dos Santos Paulo Rapoport Sandra Regina Paulino Okumura
Nogueira Grimberg Paulo Roberto Castaldelli Sandro Esperidiao
Maria Isabel Meira de Castro Paulo Sergio Riso Alcantara Sebastiao Alves Feitosa
Maria Isabel Rodrigues Paulino Pedro Dias da Silva Sergio Adas
Maria Isilda Pereira Palma Pedro Fasani Junior Silas Ferreira Dias
Maria Lucia da Silveira Pedro Francisco Tisovec Silvia Cristina Lopes de Oliveira
Maria Lucia de Branco Pedro Kiyoshi Camargo Nakamura Silvia Vasconcellos Rocha
Maria Lucia Silva Lemos Pedro Manuel Rivaben de Sales Silvio Cesar Lima Ribeiro
Maria Raimunda Marinho Pedro Salomon Bezerra Mouallem Silvio Cesar Martins
Maria Stella Cardeal de Oliveira Penha Elizabeth Arantes Ceribelli Pacca Simone Aparecida Bettuzzi
Maria Teresa Oliveira Grillo Pionete Maria Aparecida Oliveira Peterson Solange de Alencar Ribeiro
Mariana Morais Luiz Rafael Mielnik Sonia Aparecida Gomes
Marieta Colucci Ribeiro Rafael Moura da Cunha Soraia Tavares de Almeida
Marilia Araujo Roggero Raquel Bertolaso Ribeiro Suelma Ines Alves de Deus
Mariluci de Oliveira Silva Regina Helena Vieira Santos Suzete Batista de Medeiros
Marilza de Fatima Simoneti Regina Magalhaes de Souza Sylvia Maria Luz Fre
Marina Ataguile Malagolini Regina Maria Martins Mesquita Tais Jamra Tsukumo
Marina Miyuki Kurashima Martins Reginaldo Aparecido Gozzo Taline Alves Santos da Silva
Marina Nemoto Lourenco Renato de Barros Panzoldo Talita Veiga Cavallari Fonseca
Marlene de Almeida Ricardo Aguillar da Silva Tania Capelo Vieira de Sa
Masacatu Koga Ricardo Bertolazzi Tania Cinquini
Matias Chambouleyron Ricardo Calil Tassia Botti Bozza
Michelle Tazaki Simões Ricardo Ernesto Vasquez Beltrao Teresinha de Donato Machado
Miriam Liemi Yoneda Ricardo Jose Castro Tereza Cristina Vespoli
Mirian Marques Ricardo Nucci Vieira Terezinha da Silva
Monalisa Rodrigues Moreira Ricardo Pedro Simoes Nazarian Terezinha de Oliveira
Montezuma Carvalho Bernardo Rita Cassia Gomes Thais Balsalobre de Mesquita
Nadia Marzola Rita de Cassia Ogera Thais de Ricardo Chueiri
Nataria Megumi Takeichi Roberta Anjoletto Bartaquine Thais Helena Borges Crespo
Necy de Fatima Guimaraes Roberto Alves de Almeida Tokiko Akamine
Nelma Cecilia Madeira Roberto da Silva Ramos Valeria Paiva Martins Tiveron
Neuza Maria Oliveira de Alcantara Roberto Lazarini Valeria Romao Barros
Nizete Silva Xavier Mesquita Roberto Luis Machado Bueno Valmir Jonas da Silva
Norma Yurie Seki Rodrigo Bagnatori Ribeiro Valmir Marinho
Olga Maria Soares e Gross Rodrigo de Araujo Merida Sanches Vera Lucia da Silva
Olimpio Bezerra Campos de Souza Rogerio Alves Vera Lucia Nelson Bernardo
Osvaldo Zuliani Junior Rogerio Fazio de Souza Victor Graumam
Otavio Prado Ronailde Guedes Vogado Vilma Rodrigues Matos
Ovidio Teruaki Nakahara Rosana Yamaguti Vito Panicci Neto
Pamela Borges Silva Rosangela Colnaghi Vitor Cesar Vaneti
Patcha Cademartori Figueiredo Pietrobelli Rosemeire dos Santos Machado Viunetane Siqueira Alves
Patricia Baptista Moreno Martin Rubens Arias Capitan Vlamir Marques
Patricia Marra Sepe Rute Zeferino Negreiros Walmaria da Costa Gomes
Paula Burgarelli Corrente Sandra Maria Valeria Patriani Walmir Tadeu Copula
170 Espaços públicos e a cidade que queremos
Ana Lucia de Moura Moreira Francisco Cezar Tiveron Manoel Gabriel Gomes
Ana Paula D Meireles de Assis Fransueldo Pereira da Silva Marcelo Fonseca Ignatios
Ana Paula Roque de Sousa Giselle Kristina Mendonca Abreu Marcio Jose de Goes Martins
Andre de Paula Andreis Giulia Bettini Calistro Marcio Serafim Barbosa
Andre Fabiano Hoon Kwak Harmi Takiya Marco Antonio Fialho
Andre Goncalves dos Ramos Hecio Lucas dos Santos Marco Antonio Palermo
Andrea de Oliveira Tourinho Helena Strada Nosek Marcoantonio Marques de Oliveira
Angela dos Santos Silva Higor Rafael de Souza Carvalho Marcos Alexandre M Mastropaulo
Angela Maria Batista Hugo Martins da Silva Marcos Antonio Marques
Anna Carvalho de Moraes Barros Hyun In Ra Marcos da Silva Gomes
Anna Gabriela Hoverter Callejas Isabel Cristina de Sousa Marcos de São Thiago Lopes
Antonio Carlos da Silva Ivan de Andrade Paixao Marcos Roberto R Clementino
Antonio Carlos dos S Silva Jair Aparecido Donizete Zanelato Margarete C Rolla Goncalves
Antonio Carlos Pereira Janete Morales da Ressureicao Maria Aparecida Chaves
Antonio Claudio Quintão da Silva Jannes de Souza Albuquerque Maria Aparecida Souza Carvalho
Antonio Jesus Galdiano Junior Jihana Yussif Abou Nassif Maria Cristina Fernandes
Antonio Jorge Gomes de Sousa Joao Eudes Soares Paes Maria de Fatima Claro Cabral
Aurenice Maria Porto Joao Porfirio da Silva Neto Maria de Fatima do Nascimento Niy
Bruno de Lima Borges Jonas Ismar Marcal Fonseca Maria Fernanda Willy Fabro
Carla Poma Jorge Luiz de Azevedo Cezar Maria Giselda Felizardo dos Santos
Carla Raduan de Oliveira José Antonio Apparecido Júnior Maria Neide Pereira Korasi
Carlos Alberto de Oliveira Jose Eduardo de Sousa Costa Mariana Figueiredo Bertelli
Carmen Celeste de O Soares Jose Eduardo N de Souza Alves Marilena Fajersztajn
Carolina Baptista Suzuki Silva Jose Ivan da Conceicao Mario Rui Feliciani
Cesar Augusto Sapia Pedro Jose Manuel Jorge dos Santos Matias Chambouleyron
Cleide Goncalves Conrado José Oswaldo de Araujo Vilela Mauri Fogaca de Almeida
Cristiana Gonçalves Pereira Rodrigues Jose Ribamar Silva Filho Mayna de Campos Queiroz
Cristina Sumagawa Jovelina R da Silva e Souza Melina G de Araujo Possagnolo
Cristina Tokie Sannomiya Laiza Joyce Reis Ferreira da Silva Milton Tadeu Motta
Cristine Basseto Cruz Jucimara Dolfini de Oliveira Murilo Rodrigues Filho
Dacirlene Celia Silva Juliana Cipolletta Natascha Rodenbusch Valente
Daniela Tunes Zilio Julio Ushiro Nelson Antonio Marques Mendes
Eduardo Dalcanale Martini Karin Ana Garske Schiavinato Nelson de Souza Paula
Eduardo Pompeo Martins Karin Nazar Rebello Nivaldete Sanches C de Jesus
Eduardo Tavares de Carvalho Katia Canova Norival Rosa
Elaine de Fatima G Rissi Lara Cavalcanti Ribeiro de Figueiredo Odair Nigosky
Eliane Aparecida de Abreu Leonardo de Medeiros e Silva Omar Mohamad Dalank
Elias dos Santos Siqueira Liane Faiock Patricia Lutz Vidigal
Eneida R Belluzzo Godoy Heck Luana Moreira Pereira Patricia Saran
Erica Pereira dos Santos Lucia Miyuki Okumura Paulo de Moraes Junior
Erika Alves Santos e Silva Luciana da Costa Pedro Vitalino Gomes
Fabio Nascimento de Jesus Luciana Loureiro Petras Damiao Serafim
Fabrizio Lucas Rosati Luciana Rodrigues Fagnoni Potiguara Mendes Ponciano
Fernando Henrique Gasperini Costa Travassos Rafael Giorgi Costa
Flavia Cancian Nachtergaele Lucy Maria Feijo Esteves Rafael Henrique de Oliveira
Francila Natalia dos Santos Luis Eduardo Surian Brettas Rafael Pollastrini Murolo
Francimary Gomes de Sá Luiz Antonio de Sampaio Tiengo Renata Eiras dos Santos
Francisca Rosemary O Frysman Luiz Vicente Goria Peluso Renata Maria Pinto Moreira
Créditos 173
Renato Penteado Silva Grimaldi Ana Carolina Buim A Marques Guilherme Augusto Lemes
Ricardo Keiity Takahashi Ana Paula de Carvalho Siqueira Guilherme Oliveira Barbosa
Ricardo Simonetti Ana Paula Lopes de Fraga Guilherme Ventura Marques Silv
Rinaldo Ribeiro Gimenes Anderson Venancio Lopes Heloisa de Souza Oliveira
Rita Alves de Lima André de Paula Andreis Horrana Porfirio Soares
Rita Cassia G S Goncalves Andre Moreno Bonassa Ian Kennedy da Rocha Silva
Robernize Chakour Andressa Sthefanie Rangel Ingrid Oliveira da Paixao
Rodrigo Furlan Araujo Angela Santos Silva Ionne Satico Yamashiro
Rosa Maria Miraldo Beatriz Cotrim Paraizo Isabella Andrade de Souza
Rosana de Oliveira M Goncalves Beatriz Helena Vicino Santos Italo Soderini Ferracciu
Salvador Ribeiro dos Santos Beatriz Rosa Alves Soares Jaqueline Ramos Alves
Samuel R dos Santos Filho Bibiana Araujo Tini Jessica Fausto Soares
Sandra Aparecida Batista Bispo Bruno da Silva Padilha Jessica Furtado Moreira
Sergio Antonio Tararkis Caio Leonardo R. Pereira Jessyca Schroeder Selingardi
Sergio Donizetti Pericinoto Caroline Fernandes Bel Homo João Pedro Neves Alves
Sergio Ricardo da Silva Cassio Hioji Endo Joao Tadeu Emanuel da Silva
Sheila Sandra Silveira Batista Cesar Henrique Viana Roca Jonathan Crispim Viana
Sidneya de Abreu Vigiani Cynthia Cardoso Benagouro Jonathas Oliveira de Souza
Silvana da Silva G. Garcez Daiane da Silva Joyce Oliveira do Carmo
Sonia da Silva Goncalves Daniela Paliotta Julia Caprini Cezar Bento
Sonia Regina Chiaradia Daniele Guedes dos Santos Julia Kaffka Gianetti
Susane Figueiredo Cardoso Danilo Ramella Farago Juliana Custódio Miranda
Synval Jose Viziack Davi Hastenreiter Sampaio Juliana Souza Matayoshi
Tercio Ruiz Ruggeri Debora Cristina Ribeiro Soares Kaio Matheus Santos Nogueira
Thaisa Folgosi Froes Debora Marques de Oliveira Karina Dominici Alves
Thiago Antonio Pastorelli Rodrigues Diego Fontgalland Dias Karina Ribeiro Cardoso Silva
Thiago Francisco Lopes Carneiro Douglas Vieira Farias Lais Aparecida Pereira Lopes
Thomas Len Yuba Eduardo Bueno Garcia Lana Goncalves Lima
Valda Cardoso Enrico Patriani Movizzo Larissa de Brito Pinto
Valdelice Dias dos Santos Evandro Kiche Abreu Larissa de Souza F Bulzico
Valdete Alves de Oliveira Evelyn da Silva Leandro Hugenschmidt Zanella
Valeria Negrisoli dos Santos Even Miranda da Silva Leandro Vicente de Andrade
Viviane Resende Fabio Martines Garcia Leticia Sampaio Encimas
Vladimir Avila Fabio Ragone Voto Ligia Ferreira de Araujo
Vladir Bartalini Felipe Madio de Oliveira Luana Pereira Santos Souza
Wagner Linhares Felipe Victor Rodrigues Santos Lucas Emanuel Goncalves Melo
Wagner Tiberio de Vasconcelos Fernanda M de Melo Shelkovsky Luis Gregorio Pierola
Waldemar da Silva Ramos Filho Flavia Ferreira Nunes Lyken Lameu Costa
Waldir Macho La Rubbia Flaviano Ferreira Junior Marcos André Rocha Rodrigues
Flávio Johnsen Barossi Marcos Antonio Reginaldo
Estagiários Gabriela G Winther Antunes Maria Cláudia Levy Figliolino
Adriana Cirelli Gabriele Pereira de Oliveira Maria Paula Pontes
Ailsson de Lima Souza Giovanna Maschio Sbeghem Mariana F Pereira Nascimento
Alana Nazario de Oliveira Giulia Xavier Lorenzi Mariana Nascimento Cavalheiro
Alessandra Burci Giuliana Walder M.Francesconi Mariana Rogerio Nishida
Alexsander dos Santos Cezarano Graziela do Nascimento Souza Mariana Wandarti Clemente
Amanda Gentil Gregory Matos Diniz Marina de Moraes Rodrigues
Amanda Karoline Gomes Pereira Guilherme Alves da Silva Marina Simões Vieira
174 Espaços públicos e a cidade que queremos
Marla Fernanda dos S.Rodrigues Rede de Espaços Públicos Colaboração: Subprefeitura de Pinheiros
Marta Lúcio dos Santos e População
Matheus Henrique Silva Souza Processo Diálogo Aberto Implantação: São Paulo Obras - SPObras
Nicolas Costa Panseri
Pamela Lopes da Silva Consultoria: Gehl Architects Parklets Municipais
Paola Trombetti Ornaghi
Patricia Valera de Carvalho Participantes: Desenvolvimento do Projeto:
Paula Fidelis P do Nascimento São Paulo Urbanismo São Paulo Urbanismo – SDP
Pedro Cezar de Andrade Cipis Secretaria Municipal de Cultura - SMC Colaboração: São Paulo Obras - SPObras
Pedro Hartfiel Pereira Departamento do Patrimônio
Priscila Martines Histórico - DPH Anhangabaú
Priscila Vieira da Silva Secretaria de Coordenacão das
Rebeca Faria Aguiar Subprefeituras - SMSP Proposta Conceitual: Gehl Architects
Regina Goncalves do Nascimento São Paulo Transportes - SPTrans Desenvolvimento do Projeto:
Rene de Souza Santos Junior Companhia de Engenharia de São Paulo Urbanismo – SDP
Ricardo Sylos de Almeida Tráfego - CET PJJ Malucelli
Rilciane de Sousa Bezerra Departamento de Planejamento
Rodolpho R. Baptista do Prado Cicloviário - CET/DCL Projeto Calçadões / Sete de Abril
Rodrigo Carneiro C. de Miranda Secretaria Municipal de Serviços - SES
Rodrigo Marinoni Mandelli Secretaria Municipal de Segurança Desenvolvimento do Projeto:
Saliny Ribeiro Marin Urbana – SMSU São Paulo Urbanismo – SDP
Samuel Manoel Gomes
Silvana Braga Gomes Ulloa Programa Centro Aberto Projeto Santo Amaro
Simone Paes Landim
Solange Gomes de Sousa Proposta Conceitual: Gehl Architects Desenvolvimento Conceitual e Diretrizes:
Stephanie Vitoria Souza Landim Desenvolvimento do Projeto: São Paulo Urbanismo
Suzi Meire Correa São Paulo Urbanismo – SDP Estudos de Viabilidade Econômica:
Taciane dos Santos Silva Superintendência de Estruturação
Thais Regina Cardoso Largo São Francisco e de Projetos
Vinicius Goncalves Chumbinho Largo Paissandú / Av. São João Diretrizes de Projeto: Superintendência
Vinicius Harahel F de Cerqueir Desenvolvimento Projeto Executivo: de Desenvolvimento
Vinicius Tavares Medeiros Metro Arquitetos Diretrizes de Desenho: Superintendência
Vitor de Oliveira Rabazallo Produção: Elástica / Entre Produções do Desenho da Paisagem
Vitor Ferreira Porto Pesquisa e Monitoria: Cidade Ativa Desenvolvimento do Anteprojeto:
Vitoria Raiza Marques Novo Secretaria de Transportes – SPTrans
Walter Vinicius Ribeiro Cancel Largo São Bento e Rua Galvão Bueno
Wellington Carlos da Silva Desenvolvimento de Sinalização Coordenação editorial, projeto
Horizontal e Vertical: Companhia de gráfico e desenvolvimento
Engenharia de Tráfego - CET
Iluminação Pública: Secretaria Municipal de
Departamento de Iluminação Desenvolvimento Urbano
Pública - Ilume SP Urbanismo
Operação: Entre Produções Cristina Fino
Paula Tinoco
Largo da Batata Leandro Lopes
Desenvolvimento do Projeto:
São Paulo Urbanismo – SDP
Créditos 175
176 Espaços públicos e a cidade que queremos
Coordenação
Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano
São Paulo Urbanismo