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Kleverton R. Costa
© 2018 by Universidade de Uberaba
Universidade de Uberaba
Reitor
Marcelo Palmério
Editoração e Arte
Produção de Materiais Didáticos-Uniube
Editoração
Márcia Regina Pires
Revisão textual
Stela Maria Queiroz Dias
Diagramação
Douglas Silva Ribeiro
Projeto da capa
Agência Experimental Portfólio
Edição
Universidade de Uberaba
Av. Nenê Sabino, 1801 – Bairro Universitário
Costa, Kleverton R.
C823e Estruturas de concreto armado I / Kleverton R. Costa. –
Uberaba: Universidade de Uberaba, 2018.
220 p. : il.
Este material visa trazer estratégias para que o aluno possa conhecer as
etapas de verificação do comportamento estrutural e dimensionamento
das lajes e vigas. Assim, pautados pelos princípios normativos, e sob as
luzes das maiores publicações a este respeito, o aluno encontrará mais
do que as rotinas e formulários necessários ao dimensionamento; ele
encontrará o motivo pelo qual as equações são empregadas, pois em
toda obra há a dedução das suas fórmulas: o motivo de sê-las.
Introdução
Entende-se por lajes, aos elementos em forma de placas com
dimensões distintas, em que a espessura é a menor delas. Há
uma gama de soluções, quando do lançamento estrutural, possíveis
para o engenheiro utilizar com o intuito de compor o elemento laje.
Neste capítulo, abordarememos de maneira mais aprofundada
as lajes maciças de concreto armado. O modelo mais simples e
mais empregado na construção de pequenos edifícios é a laje
premoldada, composta por vigotas de concreto armado em forma
de treliças. Porém este modelo será estudado em outro momento. As
lajes mais robustas e que normalmente resistem a carregamentos
mais elevados são o objetivo de nosso estudo nesse momento.
Objetivos
Ao final dos estudos propostos neste capítulo, esperamos que
seja capaz de:
Esquema
1.1Definição
1.1.1 Classificação das lajes maciças
1.1.2 Vão Efetivo
1.1.3 Vinculações das lajes maciças
1.2 Ações a serem consideradas
1.2.1 Carregamento proveniente do peso próprio
1.2.2 Carregamento proveniente da regularização/ contrapiso
1.2.3 Carregamento proveniente do reboco do teto
1.2.4 Carregamento proveniente do piso assentado
1.2.5 Carregamento proveniente de paredes
1.2.6 Carregamento acidental
1.3 Valores máximos e minimos
1.4 Pré-Dimensionamento
1.5 Dimensionamento: Determinação das reações de apoio
1.5.1 Reações de apoio em lajes armadas em uma direção -
λ=lx/ly≥2
1.5.2 Reações de apoio em lajes armadas em duas direções
- λ=lx/ly<2
1.6 Dimensionamento: Determinação dos momentos fletores
UNIUBE 3
1.1 Definição
Uma laje maciça pode trabalhar (ser armada) em uma ou duas direções.
Quando do primeiro caso, calculamos a mesma como uma viga com
4 UNIUBE
Observe a Figura 2:
b) Bordas Livres
As lajes que possuem uma ou mais bordas sem nenhum tipo de apoio
são classificadas, para fim de cálculo dos esforços solicitantes, como
bordas livres. É pouco comum encontramos bordas livres em construções
de edifícios correntes, portanto não nos aprofundaremos neste modelo.
Um exemplo visualizável é a laje de muros de arrimo sem viga de
respaldo.
c) Engaste Perfeito
Observe a Figura 5:
d) Engaste elástico
q, pp
= yc ∗ e ,
Onde:
Onde:
Note que, em uma laje de piso, a mesma servirá de piso para o pavimento
“n” e teto para o pavimento “n-1”. Deste modo, devemos escolher o tipo
12 UNIUBE
Onde:
Onde:
Onde:
Onde:
Onde:
16 UNIUBE
∆c
onde:
1.4 Pré-dimensionamento
onde:
Onde:
Conclui-se que:
Figura 10: Esquema estático em relação aos triângulos e trapézios pelo método das charneiras
plásticas.
Fonte: Bastos (2015, p. 20).
em que,
UNIUBE 23
a) Lajes bi apoiadas:
b) Lajes engaste/apoio:
c) Lajes engaste/engaste:
24 UNIUBE
onde:
, montamos o seguinte
sistema:
Onde:
= quinhão de carga atuante no sentido
= quinhão de carga atuante no sentido
= vão de cálculo no sentido x
UNIUBE 27
Isolando , temos:
Como , temos:
Simplificando:
kN kN
Q 2 ∗ 1m =
Q
m m
Genericamente:
5∗ λ4
Se qx= Q ∗ , então,
5∗ λ4 +1
UNIUBE 29
onde:
Da Tabela, tiramos:
Onde:
Exemplo de aplicação:
ly
Neste caso, a laje é do tipo 4b (menor lado biengastado). λ =
lx
UNIUBE 35
Da tabela, tiramos:
É possível notar que os valores calculados por este método, com relação
aos dois métodos antes apresentados (Dedução e Processo de Marcus),
são mais conservadores. Os valores, em módulo, são maiores do que
os calculados outrora.
O processo que utilizamos para cálculo dos momentos fletores é feito sob
a ótica do comportamento elástico, portanto não nos cabe o processo
iterativo. A adoção do maior momento fletor permite-nos uma margem
alargada de segurança, margem esta que já é coberta pelos inúmeros
coeficientes de majoração e minoração adotados no dimensionamento
no E.L.U (Estado Limite Último). Deste modo, a compatibilização entre
momentos fletores negativos de intensidades diferentes se dará sob as
seguintes condições:
em que:
em que:
Este caso peculiar, ocorre na maioria das vezes com as lajes das sacadas
ou dos corredores (hall de circulação). Quando uma placa é muito maior
do que a sua continuidade poderão, devido à grande diferença de
momentos fletores, ocorrer momentos negativos no centro da laje menor.
No caso de lajes em balanço (sacadas), poderá haver levantamento
desta laje. Portanto, cabe ao calculista analisar criteriosamente cada
caso para que o mesmo tome a melhor medida para cada situação.
Como medida paliativa razoável é, possível considerar a laje menor (do
hall ou da sacada) engastada na maior e a maior laje apenas apoiada
na laje menor.
Figura 18: Detalhe do levantamento imposto por vãos muito diferentes em lajes contínuas.
1.7 Conclusão
Resumo
Neste primeiro capítulo, começamos o nosso estudo referente ao
dimensionamento de lajes de concreto armado, sendo possível destacar:
• a definição;
• ações a serem consideradas;
• valores máximos e mínimos;
• pré-dimensionamento;
• determinação das reações de apoio;
• determinação dos momentos fletores.
UNIUBE 43
Referências
ABNT_NBR6118: 2014. Projeto de estruturas de concreto - Procedimento. Disponível
em: <https://docs.google.com/viewer?a=v&pid=sites&srcid...>. Acesso em: set. 2017.
BASTOS, Paulo Sérgio dos Santos. Lajes de Concreto - Notas de aula, Bauru,
2015. Disponível em: <wwwp.feb.unesp.br/pbastos>. Acesso em: 02 ago. 2017.
SANTOS, L.M. Cálculo de Concreto Armado, v.l, São Paulo: Editora LMS, 1983.
PFEIL, W. Concreto armado, v. 1/2/3, 5. ed. Rio de Janeiro: Editora Livros Técnicos e
Científicos, 1989.
Capítulo
Lajes maciças –
dimensionamento
2
das armaduras de
flexão e verificação do
cisalhamento e flechas
Introdução
O dimensionamento na flexão das lajes maciças depende
basicamente do estádio em que o carregamento submeteu o
elemento de concreto armado, bem como o domínio que a sua
altura e largura possibilitem ao elemento. Como as lajes são
placas, assemelham-se às vigas de comprimento váriável e
largura de um metro. Dimensioná-las passa pelo crivo da ánalise
da profundidade da linha neutra e como esta irá influenciar a
deformação na armadura de aço e no concreto comprimido. Estes
fatores serão analisados neste capítulo.
Objetivos
Ao final dos estudos propostos neste capítulo, esperamos que
seja capaz de:
46 UNIUBE
Esquema
2.1 Dimensionamento: dimensionamentos das armaduras
2.1.1 Cálculo das armaduras com utilização da tabela de
Pinheiro
2.1.2 Área de aço mínima na flexão
2.1.3 Área de aço máxima na flexão
2.1.4 Diâmetro máximo das barras fletidas
2.1.5 Espaçamento máximo e mínimo entre as barras
2.1.6 Comprimento e disposições das armaduras de flexão
2.1.7 Armadura para combate dos momentos volventes
2.2 Dimensionamento: dimensionamento da armadura transversal
2.3 Dimensionamento: flecha
2.3.1 Flecha imediata segundo a NBR 6118/2014
2.4 Conclusão
Equação de dimensionamento:
Sendo assim,
Equilibrando a seção:
Substituindo na equação ,
temos a equação para armadura de compressão:
E para equilíbrio:
Finalmente:
Mx = 4,65 kN.m/m
My = 1,55 kN.m/m
M’x = 9,28 kN.m/m
Resolução:
logo:
logo:
em que,
54 UNIUBE
em que,
Nenhuma barra de combate à flexão pode ter diâmetro maior que a oitava
parte da espessura.
Com relação aos valores mínimos nada é disposto. Porém para que haja
perfeição na concretagem, inclusive sobrando espaço para passagem do
mangote vibratório, esta distância não deve ser menor que 2 cm.
a) Armadura positiva:
Para o comprimento das armaduras positivas a ABNT_NBR 6118/2014,
em seu item 20.1, dispõe o seguinte:
Nas lajes armadas em uma ou em duas direções,
em que seja dispensada armadura transversal de
acordo com 19.4.1, e quando não houver avaliação
explícita dos acréscimos das armaduras decorrentes
da presença dos momentos volventes nas lajes, toda
a armadura positiva deve ser levada até os apoios,
não se permitindo escalonamento desta armadura. A
armadura deve ser prolongada no mínimo 4 cm além do
eixo teórico do apoio. (ABNT_NBR_2014, p. 169).
b) Armadura negativa:
Para elementos cuja relação base seja maior ou igual a cinco vezes a
altura ( ), a verificação da necessidade de armadura transversal
(estribos) é verificada conforme o item 19.4, da ABNT_NBR 6118/2014,
p.158, que dispõe sobre a necessidade de armaduras transversais para
os seguintes casos:
em que,
onde:
sendo:
em que,
60 UNIUBE
Como este material tem uma finalidade didática, deixaremos por hora
de lado os cálculos e as demonstrações das deflexões baseadas no
modelo clássico da linha elástica, no que tange às lajes armadas em
duas direções, e nos deteremos em determinar as flechas – imediata
e diferida no tempo – através da instrução da NBR 6118/2014. Porém,
nada impede que o profissional, no âmbito do projeto, aplique a teoria
que mais achar válida. Para lajes armadas em uma direção, a equação
da linha elástica, caso a laje atenda as condições de fissuramento, ainda
é a única maneira.
sendo
onde:
em que,
, sendo:
UNIUBE 65
a) Lajes biapoiadas:
b) Lajes engaste/apoio:
66 UNIUBE
c) Lajes engaste/engaste:
d) Lajes em balanço:
em que,
= flecha imediata;
= menor vão;
em que,
= flecha imediata;
UNIUBE 67
= menor vão;
com
2.4 Conclusão
Resumo
Neste segundo capítulo, continuamos o nosso estudo referente ao
dimensionamento de lajes de concreto armado, sendo possível destacar:
UNIUBE 69
Referências
ASSOCIAÇÃO Brasileira de Normas Técnicas. Projeto de estruturas de concreto –
Procedimento. In: ______NBR 6118. Rio de Janeiro, ABNT, 2014.
PFEIL, W. Concreto armado, v. 1/2/3, 5a ed., Rio de Janeiro, Ed. Livros Técnicos e
Científicos, 1989.
SANTOS, L.M. Cálculo de Concreto Armado, v.l, São Paulo: Ed. LMS, 1983, 541p.
Capítulo Lajes maciças –
3 exemplo prático de
dimensionamento
Introdução
Agora que todos os aspectos que envolvem o dimensionamento
de lajes maciças foi abordado, podemos, de maneira prática, fazer
a leitura de um croqui e, a partir deste, aplicar os conhecimentos
anteriormente adquiridos.
Objetivos
Ao final dos estudos propostos neste capítulo, esperamos que
você seja capaz de:
Esquema
3.1 Exemplo prático de dimensionamento
3.2 Conclusão
72 UNIUBE
Para tentar resumir tudo que foi explicado nos capítulos, 1 e 2, faremos
o dimensionamento das lajes a seguir:
Obs: A laje 2, por opção do autor, terá a espessura final ( igual a 10 cm.
2 kN/m²
UNIUBE 77
Laje 01:
78 UNIUBE
Laje 03:
Laje 04:
Laje 07:
Da Tabela:
Então:
BARÉS:
MARCUS:
Laje 01:
82 UNIUBE
Laje 02:
Para “x”.
Para “y”.
Laje 03:
UNIUBE 83
Laje 04:
84 UNIUBE
Laje 05:
Para “x”.
Para “y”.
UNIUBE 85
Laje 06:
Para “x”.
Para “y”.
86 UNIUBE
Laje 07:
/m
Flecha imediata:
Flecha diferida:
88 UNIUBE
Flecha Limite:
Laje OK!
Para a laje 07, como é armada em uma direção, calcula-se como uma
viga com largura de 1m.
Tabela 9: Flechas
3.2 Conclusão
Resumo
Neste terceiro capítulo, encerramos o nosso estudo referente ao
dimensionamento de lajes de concreto armado, sendo possível destacar:
• exemplo prático de dimensionamento ao Estado Limite Último ELU.
• exemplo prático de dimensionamento ao Estado Limite de Serviço ELS.
UNIUBE 91
Referências
ASSOCIAÇÃO Brasileira de Normas Técnicas. Projeto de estruturas de concreto –
Procedimento. In:______NBR 6118. Rio de Janeiro: ABNT, 2014.
BASTOS, P. Lajes de Concreto- Notas de aula. Bauru, 2015. Disponível em: <wwwp.
feb.unesp.br/pbastos>. Acesso em: 02 ago. 2017.
MARCUS. H. Die Theorie elasticher Gewebe und ihre Anwendung auf die
Berechning biesamer Platten. Berlim, 1932.
PFEIL, W. Concreto armado, v. 1/2/3, 5. ed. Rio de Janeiro: Ed. Livros Técnicos e
Científicos, 1989.
SANTOS, L.M. Cálculo de Concreto Armado, v.l, São Paulo: Ed. LMS, 1983.
Capítulo Vigas – Flexão
4 Simples na Ruína
Introdução
Vigas são os elementos, normalmente dispostos na horizontal, que
recebem as cargas das lajes e paredes e as transferem aos pilares.
São os elementos mais comuns na rotina de dimensionamento de
estruturas de concreto armado. São sucetíveis a flexão, torção,
cisalhamento além da combinação destes efeitos com a tração e
a compressão.
Objetivos
Ao final dos estudos propostos neste capítulo, esperamos que
você seja capaz de:
• aplicar vinculações corretas ao lançamento estrutural no que
tange às vigas de concreto armado;
94 UNIUBE
Esquema
4.1 Definição
4.2 Classificação das vigas
4.3 Modelo de vinculação permitido para vigas contínuas
4.3.1 Vão efetivo
4.4 Estimativa de altura
4.5 Ações a serem consideradas
4.5.1 Carregamento proveniente do peso próprio
4.5.2 Carregamento proveniente de paredes
4.5.3 Carregamento proveniente das lajes
4.5.4 Carregamento proveniente de outras vigas
4.6 Comportamento resistente das vigas sob flexão simples
4.7 Deformação nos materiais que compõem a viga de concreto
armado
4.7.1 Altura da linha neutra
4.7.2 Domínios de deformaçao em função da posição da linha
neutra
4.8 Equações de Dimensionamento
UNIUBE 95
4.1 Definição
Veja a Figura 1.
onde:
Calculando como:
98 UNIUBE
em que,
em que,
sendo:
sendo:
,
em que,
UNIUBE 103
em que,
em que,
Para flexão pura, a posição da linha neutra deve estar contida dentro da
seção de concreto. O que implica a mesma se posicionar entre 0 e d.
Nos domínios 1, 4a e 5 (Figura 8) a linha neutra está contida fora destes
limites como se vê agora.
4.7.2.1 Domínio 1
4.7.2.2 Domínio 2
4.7.2.3 Domínio 3
4.7.2.4 Domínio 4
Equilibrando a seção:
Substituindo na equação “ ,
temos a equação para armadura de compressão:
E para equilíbrio:
em que,
UNIUBE 113
Finalmente:
logo:
logo:
UNIUBE 115
onde:
onde:
Na horizontal:
• 2 cm
• Diâmetro da barra ou feixe da luva
• 1,2 vez a dimensão máxima característica do agregado graúdo.
UNIUBE 117
Na vertical:
• 2 cm
• Diâmetro da barra ou feixe da luva
• 0,5 vez a dimensão máxima característica do agregado graúdo.
Nas vigas com altura maior que 60 cm (h > 60 cm), segundo a NBR
6118/2014, item 17.3.5.2.3, deve ser colocada uma armadura lateral,
chamada armadura de pele ou de costela, composta por barras de CA-50
ou CA-60, com espaçamentos iguais entre si não maiores que 20 cm e
devidamente ancoradas nos apoios, com área mínima em cada face da
seção retangular da viga, igual a:
onde:
sendo
onde:
em que,
sendo:
a) Vigas bi apoiadas:
b) Vigas engaste/apoio:
c) Vigas engaste/engaste:
d) Vigas em balanço:
em que,
= flecha imediata;
= valor do carregamento na viga;
= menor vão;
= módulo de elasticidade secante do concreto.
com
4.10 Contraflecha
1º Exemplo:
Vamos dimensionar uma viga-baldrame, a ser executada com concreto
C-20 e aço CA-50, para suportar as seguintes ações/carregamentos:
• parede sobre a viga com pé-direito de 3,35 m, largura da parede
acabada é de 20 cm, sem aberturas verticais a considerar;
• peso próprio: para cômputo do peso próprio, admitiremos a seção da
viga como a largura da parede acabada e altura referente ao menor
valor inteiro, múltiplo de 5, mais próximo de um décimo do vão maior
(situação para vigas biapoiadas).
Agora escolheremos as bitolas das barras para cobrir esta área de aço:
Flecha imediata:
Flecha diferida:
UNIUBE 133
Flecha total
Flecha limite
Flecha imediata:
Flecha diferida:
UNIUBE 135
Flecha total
Flecha limite
2º Exemplo:
Resolução:
Conclui-se então que a profundidade da linha neutra para que esta viga,
em específico, obtenha o melhor aproveitamento da sua altura e da sua
área de aço é .
Kc =5,5 e Ks =0,025
4.12 Conclusão
Resumo
Neste quarto capítulo, iniciamos nossos estudos a respeito das vigas de
concreto armado, sendo possível destacar:
• classificação das vigas;
• modelo de vinculação permitido para vigas contínuas;
• estimativa de altura;
• ações a serem consideradas;
• comportamento resistente das vidas sob flexão simples;
• deformação nos materiais que compõem a viga de concreto armado;
• altura da linha neutra;
• equações de dimensionamento;
• flecha;
• contraflecha.
Referências
ASSOCIAÇÃO Brasileira de Normas Técnicas. Concreto para fins estruturais
– Classificação pela massa específica, por grupos de resistência e consistência. In:
______ NBR 8953. Rio de Janeiro: ABNT, 2009.
BASTOS, P. Flexão Normal Simples - Notas de aula, Bauru, 2015. Disponível em:
<wwwp.feb.unesp.br/pbastos>. Acesso em: 02 ago. 2017.
FUSCO, P.B. Técnica de armar as estruturas de concreto. São Paulo: Ed. Pini,
2000, p. 382.
140 UNIUBE
PFEIL, W. Concreto armado, v. 1/2/3, 5. ed. Rio de Janeiro: Ed. Livros Técnicos e
Científicos, 1989.
SÜSSEKIND, J.C. Curso de concreto, v. 1, 4. ed. Porto Alegre: Ed. Globo, 1985.
Capítulo Vigas seção “t” e “l” –
5 flexão simples na ruína
Introdução
Continuaremos abordando o elemento mais comum na construção
civil em concreto armado: as vigas. O que difere este capítulo do
anterior é a geometria da viga. Em alguns casos específicos, as
vigas ditas “retangulares”, por sua ligação com as lajes maciças,
tomam o formato de um “T”, ou um “L” invertido. A consequência
desta mudança na geometria é a capaciadade da viga receber
maiores carregamentos do que o último modelo, tornando-as
mais econômicas. A verificação desta nova geometria bem como
a metodologia de cálculo pertinente a esse novo modelo serão
contemplados de maneira aprofundada.
Objetivos
Ao final dos estudos propostos neste capítulo, esperamos que
você seja capaz de:
• reconhecer os casos em que as vigas “T” são aplicáveis;
• definir o comprimento das mesas colaborantes;
• determinar as ações e os carregamentos em que a viga será
suscetível;
• explicar os possíveis domínios de cálculo das vigas de seção “T”;
142 UNIUBE
Esquema
5.1 Definição
5.2 Considerações necessárias para o dimensionamento
5.2.1 Largura da mesa colaborante (bf)
5.2.2 Espessura da mesa colaborante (hf)
5.3 Modelo de vinculação permitido para vigas contínuas
5.3.1 Vão efetivo
5.4 Estimativa de altura
5.5 Ações a serem consideradas
5.6 Comportamento resistente das vigas “T” e “L” sob flexão
simples
5.6.1 Altura da linha neutra
5.6.2 Determinação da profundidade da linha neutra em
seções “T” e “L”
5.6.3 Verificação do comportamento, se viga “T” falsa ou
verdadeira
5.6.4 Utilização dos coeficientes tabelados para determinação
da seção
5.7 Equações de dimensionamento
5.7.1 Cálculo da área de aço em função dos coeficientes Kc
e Ks
5.7.2 Áreas de aço mínima, máxima e armaduras de pele
5.8 Exemplos de dimensionamento
5.9 Conclusão
UNIUBE 143
5.1 Definição
Figura 1: Seção T.
Fonte: Bastos (2015, p. 44).
144 UNIUBE
onde:
onde:
onde:
logo:
Primeiro exemplo:
Geometria da seção:
Materiais empregados:
Concreto C-25
Aço CA-50.
UNIUBE 153
Solicitações:
Resolução:
Supondo comportamento retangular da seção, calcula-se a altura da linha
neutra para o momento fletor solicitante:
Segundo exemplo:
Geometria da seção:
Materiais empregados:
Concreto C-20
Aço CA-50.
Solicitações:
Resolução:
Deste modo, para seções “T” falsas, a inequação deve atender a relação:
Primeiro exemplo:
Geometria da seção:
Materiais empregados:
Concreto C-25
Aço CA-50.
Solicitações:
Resolução:
Calcula-se o valor de :
Como 0,10 < 0,277, então teremos uma viga “T” Falsa.
Segundo exemplo:
Geometria da seção:
Materiais empregados:
Concreto C-20
Aço CA-50.
Solicitações:
Resolução:
Calcula-se o valor de :
158 UNIUBE
Como 0,32 > 0,199, então teremos uma viga “T” Verdadeira.
Onde,
A dedução das fórmulas foi feita nos capítulos anteriores, e deste modo
160 UNIUBE
teremos:
Para viga “T” falsa:
Resolução:
Primeiramente devemos definir a largura da mesa colaborante:
Como 0,10 < 0,278, então temos uma viga “T” falsa.
UNIUBE 163
Resolução:
Primeiramente devemos definir a largura da mesa colaborante:
Verificação do comportamento:
Como 0,30 > 0,278, então temos uma viga “L” verdadeira.
Para a flange:
5.9 Conclusão
Resumo
Neste quinto capítulo estudamos as vigas com seção composta, sendo
possível destacar:
• considerações necessárias para o dimensionamento;
• modelo de vinculação permitido para vigas contínuas;
• estimativa de altura;
• ações a serem consideradas;
• comportamento resistente das vigas “T” e “L” sob flexão simples;
• equações de dimensionamento;
• exemplos de dimensionamento.
Referências
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Concreto para fins estruturais
– Classificação pela massa específica, por grupos de resistência e consistência. In:
NBR 8953. Rio de Janeiro: ABNT, 2009.
FUSCO, P.B. Técnica de armar as estruturas de concreto. São Paulo: Ed. Pini,
2000, 382 p.22.
PFEIL, W. Concreto armado, v. 1/2/3, 5a ed., Rio de Janeiro, Ed. Livros Técnicos e
Científicos, 1989
Introdução
Além dos esforços oriundos da flexão, é necessário dimensionar os
esforços cortantes aplicados em peças normalmente dispostas na
horizontal. As rotinas de dimensionamento de peças de concreto
armado seguem um rito como se cada ação fosse tomada em
separado. Ocorre que há uma sobreposição destes esforços, fato
que pode ser observado com a inclinação das fissuras de flexão
em função dos esforços cortantes. Neste capítulo, abordaremos
o dimensionamento voltado para estes esforços, os quais
normalmente são secundários, ou seja, sua solicitação requer da
viga seção transversal menor que a requerida pelo esforço da
flexão, portanto são normalmente os últimos dimensionamentos
feitos pelo engenheiro calculista.
Objetivos
Ao final dos estudos propostos neste capítulo, esperamos que
você seja capaz de:
• explicar como o cisalhamento atinge a alma de vigas
prismáticas;
• analisar os tipos de ruptura por cisalhamento puro ou
combinado;
• determinar a intensidade da carga suportada sem que haja
esmagamento das bielas comprimidas;
168 UNIUBE
Esquema
6.1 Definição
6.2 Modelo clássico da treliça de RITTER-MORCH ( )
6.3 Modelo de treliça generalizada ( )
6.4 Análise dos tipos de ruptura por cisalhamento
6.5 Modelo de cálculo I, ABNT_NBR 6118/2014
6.5.1 Verificação da compressão das bielas
6.5.2 Cálculo da armadura de cisalhamento- Estribos
6.6 Disposições construtivas
6.6.1 Diâmetro máximo e mínimo do estribo vertical
6.6.2 Espaçamento máximo e mínimo entre estribos verticais
6.6.3 Determinação do número de ramo do estribo
6.7 Armadura de suspensão
6.8 Exemplos de dimensionamento
6.9 Conclusão
6.1 Definição
Veja a Figura 2.
podendo chegar a ângulos um pouco menores que 30º. Daí surge a treliça
generalizada, cujos ângulos podem variar entre 30º e 45º. Cabe ressaltar
que a consideração de um ângulo menor (30º, por exemplo) implica uma
quantidade de aço menor. Deste modo poderá representar economia
na obra. Porém se mal analisada, a inclinação também poderá levar a
subdimensionamentos, pois irá indicar uma quantidade insuficiente de
área de aço. Este modelo é utilizado quando se dimensiona as armaduras
conforme o modelo II da ABNT_NBR 6118/2014.
em que,
em que,
176 UNIUBE
4- ação de arco;
em que,
em que:
UNIUBE 179
Sendo:
em que,
UNIUBE 181
Quando se tem um apoio indireto, ou seja, viga apoiada sobre outra viga,
há necessidade de calcular a armadura de suspensão. Este fato justifica-
se pela transmissão das cargas às vigas que servem como apoios
principalmente por meio das bielas de compressão, na parte inferior da
viga. Deste modo, há a necessidade de se suspender o vetor carga para
a parte comprimida da viga, ou seja, o bordo superior.
em que,
Resolução:
2º Passo: Calculo do :
6.9 Conclusão
Ao final desta leitura, você deve ter percebido como é possível criar
uma rotina de cálculos a partir das fórmulas, tabelas e verificações
apresentadas neste material. Estas servem para subsidiar tanto os
estudos, como, caso queira, a vida profissional. É fato que uma edificação
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possui mais elementos dos que aqui estudados, e estes serão abordados
na disciplina de Estruturas de Concreto Armado II.
Resumo
Neste sexto e último capítulo, estudamos as vigas prismáticas e o efeito
do cisalhamento, sendo possível destacar:
• suas definições;
• o modelo clásico da treliça de RITTER-MORCH;
• o modelo de treliça generalizada;
• a análise dos tipos de ruptura por cisalhamento;
• o modelo de cálculo I, NBR 6118/2014;
• as disposições construtivas e
• a armadura de suspensão.
Referências
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Projeto de estruturas
de concreto – Procedimento. In:______ NBR 6118. Rio de Janeiro: 2014.
MÖRSCH, E. Der Eisenbetonbau-Seine Anwendung und Theorie, 1st ed. Wayss and
Freytag, A. G., Im Selbstverlag der Firma, Neustadt a. d. Haardt, Germany, 1902.
Anexo(s)
As tabelas, a seguir, foram extraídas da referência:
PINHEIRO, L. M. et al. Projeto de Lajes Maciças. In: PINHEIRO, L.
Fundamentos do Concreto e Projeto de Edifícios - v.1. São Carlos,
2007. Disponível em: <wwwp.eesp_usp_pinheiro.usp.br>. Acesso em:
02 ago. 2017.
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