Sei sulla pagina 1di 79

FACULDADE DO CENTRO LESTE – UCL

BÁSICO DAS ENGENHARIAS

CÁLCULO I

Este trabalho contém uma compilação de


textos de diversos autores, tendo sido elaborado
com o objetivo exclusivo de ser um apoio didático
para o aluno em sala de aula.

Prof. Walquiria Torezani

Serra 2015

1
Sumário
1. FUNÇÕES E SUAS PROPRIEDADES .................................................................... 3
1.1. Por que estudar as Funções.................................................................................. 3
1.2. Conceito de Função ............................................................................................... 3
1.3. Algumas Características das Funções ................................................................. 5
1.4. Funções Compostas ............................................................................................. 15
1.5. Funções Inversas ................................................................................................. 17
1.6. Algumas Funções Básicas ................................................................................... 21
1.7. Funções Definidas Por Partes e Funções Modulares ....................................... 27
1.8. Função Exponencial ............................................................................................ 36
1.9. A Função Logarítmica ........................................................................................ 38
1.10. Funções Trigonométricas e Trigonométricas Inversas ................................ 41
1.11. Transformações das funções trigonométricas .............................................. 57
1.12. Identidades Trigonométricas ......................................................................... 61
1.13. Exercícios ......................................................................................................... 66
Algumas Características das funções .......................................................................... 66
Funções Compostas e Funções Inversas ...................................................................... 66
Aplicações das Funções ............................................................................................... 68
Algumas Funções Básicas ........................................................................................... 69
Funções Trigonométricas e Trigonométricas Inversas ................................................ 76

2
1. FUNÇÕES E SUAS PROPRIEDADES

1.1. Por que estudar as Funções


O conceito de função é um dos mais importantes da Matemática e ocupa lugar de destaque
em vários de seus ramos, bem como em outras áreas do conhecimento. É muito comum
expressar fenômenos físicos, biológicos, sociais e os problemas de engenharia, dentre
outros, por meio de funções.

As funções são consideradas o elemento chave para a modelagem matemática que nada
mais é do que descrever os problemas do mundo real em termos matemáticos. A noção de
função é fundamental para todo o nosso trabalho em cálculo.

Este capítulo abre caminho para o cálculo discutindo as ideias básicas relacionadas às
funções e seus gráficos, bem como as formas de combiná-los e transformá-los.

Uma função pode ser representada por uma equação, uma tabela numérica, um gráfico ou
verbalmente. O gráfico de uma função é uma maneira particularmente útil de visualizar
suas propriedades e comportamento geral.

Vamos estudar aqui os principais tipos de funções que ocorrem no cálculo e descrever o
modo de usá-las como modelos matemáticos do nosso cotidiano. Daremos ênfase especial
para as funções exponenciais, trigonométricas e suas inversas.

1.2. Conceito de Função


As funções surgem quando relacionamos duas grandezas variáveis, isto é quando uma
grandeza depende de outra. Vejamos alguns exemplos:

• A temperatura de ebulição da água depende da altitude – o ponto de ebulição


diminui quando a altitude aumenta.
• Os juros pagos sobre um investimento dependem do tempo que o dinheiro
permanece investido.
• A distância que um objeto percorre a uma velocidade constante, a partir de um
ponto inicial, ao longo de uma trajetória reta, depende do tempo transcorrido.

Em todos os casos, o valor de uma variável, que podemos chamar de y, depende do valor
de outra, que podemos denominar de x. Uma vez que o valor de y é completamente
determinado pelo valor de x, dizemos que y é uma função de x.

Definição – Uma função de um conjunto A em um conjunto B é uma lei que associa a cada
elemento x de A um e somente um elemento y de B.
Usamos as seguintes notações:

f :A→ B A →
f
B f :A→B
ou ou tal que y = f ( x )
x a f ( x) x a f (x) xa y

3
O conjunto A é chamado domínio da função e o conjunto B é chamado contradomínio da
função. Como a definição não obriga que todos os elementos de B sejam atingidos pela
função, o conjunto dos elementos atingidos chama-se imagem de A pela função f, ou
simplesmente imagem da função.

A variável x que representa os elementos do conjunto A é chamada de variável


independente e a variável y = f(x) que representam os elementos do conjunto B é chamada
de variável dependente, pois seus valores dependem dos valores de x.

No nosso curso A e B serão sempre conjuntos de números reais.

Representações de Funções

É possível representar uma função de quatro maneiras:

• Verbalmente – descrevendo-a com palavras.

Dizemos que a área A de um círculo é função do seu raio r.


Dado um círculo de raio r sua área A é calculada multiplicando-se π pelo quadrado
( )
do seu raio r 2 .

• Numericamente – por meio de tabela de valores

Podemos representar a função que expressa a área A de um círculo como função do


seu raio r através da seguinte tabela:

r 1 cm 2 cm 3 cm ...
A π cm 2 4π cm 2 9π cm 2 ...

• Algebricamente – Utilizando-se uma fórmula explícita y = f (x )

A mais útil dentre as representações da área A de um círculo em função de seu raio


r é provavelmente a fórmula:
A(r ) = πr 2
Apesar de ser possível, como visto acima, elaborar uma tabela de valores, bem
como esboçar seu gráfico.

• Visualmente - através de gráficos ou diagrama de Venn – Euler

Como o raio do círculo deve ser positivo, o domínio da função A(r ) é dado por:
D = {r ∈ IR / r > 0} =]0, ∞[ , assim seu gráfico é parte de uma parábola.

4
Usando o Diagrama de Venn – Euler a tabela que montamos anteriormente podemos
representar a função A(r ) da seguinte maneira:

A B

Cada flecha conecta um elemento de A com um único elemento de B. A flecha indica, por
exemplo, que 2 está associado a 4π . Podemos escrever ainda que A(2) = 4π .

1.3. Algumas Características das Funções


Domínio

Usualmente definimos uma função f enunciando uma fórmula para calcular o valor de
f ( x ) para cada valor de x dado. Quando o domínio de uma função não é especificado no
problema, tomamos como domínio todos os valores reais de x para os quais existe a
imagem y = f ( x ) .
Se x está no domínio de f, dizemos que f é definida em x, ou que f ( x ) existe, caso
contrário dizemos que f ( x ) não existe ou que f não está definida em x.

Exemplo 1 - Dada a função f ( x) = x − 2 , determine, se possível:

a) f (27 ) b) f (2) c) f (1)

Vamos calcular cada um desses valores:

a) f (27 ) = 27 − 2 = 25 = 5
b) f (2 ) = 2 − 2 = 0 = 0
c) f (1) = 1 − 2 = − 1 ∉ R

Observe que x não pode assumir certos valore, por exemplo, para x = 1 temos que f (1)
não é um número real e portanto, nem todo número real pertence ao domínio dessa função.

Para determinar o domínio de uma função é preciso obedecer duas regras básicas da
matemática, que chamaremos de “Condições de Existência”. Essas regras são válidas
sempre que estivermos tratando de números reais.

a 
•Em uma fração o denominador deve ser sempre diferente de zero.  com b ≠ 0 
b 
• Em uma raiz de índice par o radicando deve ser sempre maior ou igual a zero.
(
a com a ≥ 0 )
Exemplo 2 - Determine o domínio das funções abaixo:
5
2 5x x −3
a) y = x 2 + 5 x − 2 b) y = c) y = x − 2 d) y = e) y =
x−3 4−x x−5

a) Neste caso, não há qualquer restrição, portanto D = R.

b) Aqui devemos respeitar a primeira condição de existência:

x−3≠ 0⇒ x ≠ 3
Logo: D = R − {3}

c) Aqui devemos respeitar a segunda condição de existência:

x−2≥0⇒ x≥2
Graficamente temos que:

Logo: D = [2, ∞[

d) Este é um caso típico onde devemos satisfazer as duas condições de existência,


pois temos uma raiz quadrada no denominador de uma fração:

4− x >0⇒ x < 4
Graficamente temos que:

Logo: D =] − ∞, 4[

e) Aqui também usaremos as duas condições de existência; a primeira para o


denominador da fração e a segunda para o numerador que é uma raiz quadrada:

x−5 ≠ 0⇒ x ≠ 5
e
x -3 ≥ 0 ⇒ x ≥ 3
Graficamente temos que:

Logo: D = [3, ∞[−{5}

Imagem

Dada uma função y = f(x) de A em B, definimos a imagem de f como o conjunto de todos


os elementos y ∈ B que estão relacionados com algum x de A. Isto é,

Im f = {y ∈ B / y = f ( x ) para algum x ∈ A}

6
Exemplo - Determine a imagem de cada uma das funções abaixo:

Im f = [ −2, ∞[ Im f = IR

Im f = [0.2] Im f =]0, ∞[∪{− 2}

Interceptos da Função

Dada uma função y = f ( x ) , os valores de x para os quais f (x ) = 0 são chamados de raízes


da função ou interceptos - x. No gráfico cartesiano da função, as raízes são abscissas dos
pontos onde o gráfico corta o eixo horizontal.

No gráfico abaixo temos que f ( x1 ) = 0 , f ( x2 ) = 0 e f ( x3 ) = 0 . Assim x1 , x 2 e x3 são as


raízes da função.

O valor de f (0) é chamado de interceptos – y pois é a ordenado do ponto onde o gráfico


corta o eixo vertical.

Função Injetora e Função Sobrejetora

7
Uma função f : A → B é dita injetora se para quaisquer elementos distintos do conjunto
A ( x1 ≠ x2 ) correspondem elementos distintos do conjunto B( y1 ≠ y 2 ) .
Isto é,
x1 ≠ x 2 ⇒ f ( x1 ) ≠ f ( x 2 )

Uma função é considerada injetora no diagrama de Venn se cada elemento de B for


atingido por, no máximo, uma flecha.

Exemplo - Observe cada uma das funções abaixo descrita através de seus diagramas de
Venn:

f(x) não é Injetora f(x) é injetora

Em relação ao seu gráfico uma função é considerada injetora se qualquer reta horizontal
intercepta o gráfico, no máximo, uma vez.

Exemplo - Observe os gráficos abaixo:

f(x) não é injetora f(x) é injetora

Uma função f : A → B é dita sobrejetora se seu conjunto imagem é igual ao conjunto B.

Im( f ) = B .

Para o diagrama de Vem de uma função representar uma função sobrejetora é preciso que
todos os elementos B sejam atingidos por pelo menos uma flecha.

Exemplo - Observe o diagrama de Vem das funções representadas abaixo:

8
f(x) é sobrejetora f(x) não é sobrejetora

Em relação ao seu gráfico uma função somente será sobrejetora se a projeção do gráfico
sobre o eixo Oy for seu contradomínio.

Exemplo - A função f : IR → IR dada por f ( x ) = x 2 cujo gráfico está representado


abaixo não é sobrejetora, pois sua imagem é o conjunto IR+.

Uma função f : A → B é dita bijetora se for injetora e sobrejetora ao mesmo tempo.


Para o diagrama de Vem de uma função representar uma função bijetora é preciso que
todos os elementos B sejam atingidos por uma única flecha.

f(x) é bijetora f(x) não é bijetora

É fácil ver que as funções que são crescentes ou decrescentes em todo o seu domínio são
funções bijetoras.

Exemplo - As funções esboçadas abaixo são funções bijetoras.

9
f : IR → IR f : IR+* → IR
f (x ) = x + 2 f ( x ) = log1 / 2 ( x )

Dependendo do domínio A e do contradomínio B escolhido, a função f: A → B


determinada pela mesma sentença aberta poderá ser somente sobrejetora, somente injetora,
bijetora, ou nem sobrejetora, nem injetora.

Exemplo - Considere a função determinada por f ( x ) = x 2 .

a) Considerando A = IR+ e B = IR, f(x) é somente injetora.

b) Considerando A = IR e B = IR+, f(x) é somente sobrejetora.

c) Considerando A = IR+ e B = IR+, f(x) bijetora.

10
d) Considerando A = IR e B = IR, f(x) não é injetora nem sobrejetora.

Função Crescente e Decrescente

Uma função y = f(x) é crescente se, atribuindo a x valores crescentes, se obtém para y
valores também crescentes. Isto é:

x1 < x 2 ⇒ f ( x1 ) < f ( x 2 )

Exemplo 1 - Os gráficos abaixo descrevem funções crescentes. Observe que, embora as


três funções sejam crescentes, não crescem da mesma forma:

Uma função y = f(x) é decrescente se, atribuindo a x valores crescentes, se obtém para y
valores decrescentes. Isto é:

x1 < x 2 ⇒ f ( x1 ) > f ( x 2 )

Exemplo 2 - Os gráficos abaixo descrevem funções decrescentes. Observe que, embora as


três funções sejam decrescentes, não decrescem da mesma forma:

11
Uma função y = f(x) é constante se, atribuindo a x valores crescentes, y permanece
invariável. Isto é,
f ( x1 ) = f ( x 2 ) para todo x1 , x 2 ∈ D f

Exemplo 3 - O gráfico abaixo descreve uma função constante:

Uma função que seja crescente ou constante num intervalo é chamada não decrescente
naquele intervalo; se uma função for constante ou decrescente num intervalo ela é
chamada não crescente naquele intervalo.

Exemplo 4 - Os gráficos abaixo descrevem uma função não decrescente e uma função não
crescente:

Não decrescente Não crescente

Uma maneira simples de determinar os intervalos de crescimento ou decrescimento de


uma função é aplicar o seguinte teste:

“Da esquerda para a direita siga o traçado do gráfico da função com o dedo. Nos
intervalos em que seu dedo sobe a função é crescente e nos intervalos em que ela desce a
função é decrescente. Se seu dedo seguir na horizontal, a função é constante.”

12
Exemplo 5 - Usando o teste acima, determine os intervalos de crescimento e
decrescimento da função f(x) ilustrada abaixo:
Resolução:

Observando o gráfico vemos que:


• f(x) é decrescente nos intervalos [2, 4], [7, 9] e [12, 15]
• f(x) é constante no intervalo [4,7]
• f(x) é crescente nos intervalos [9,12], [15,18]

Máximos e Mínimos de uma Função

Já vimos que uma função pode não ser crescente (ou decrescente) em todo o seu domínio,
tendo intervalos em que cresce e intervalos em que decresce. Quando isso ocorre a função
apresenta máximos ou mínimos locais, conforme o caso.

Dizemos que f ( x0 ) é um máximo local (máximo relativo) de uma função y = f (x ) se


f ( x0 ) ≥ f ( x ) para qualquer outro x do domínio de f que estejam em um intervalo aberto
]a, b[ contendo x 0 . Em outras palavras f (x 0 ) está “no topo de uma montanha”, pois em x 0
a função passa de crescente para decrescente.

Da mesma forma, f ( x0 ) é um mínimo local (ou mínimo relativo) de uma função y = f (x )


se f ( x0 ) ≤ f ( x ) para qualquer outro x do domínio de f que estejam em um intervalo aberto
]a, b[ contendo x 0 . Em outras palavras f (x 0 ) está “no fundo de um poço”, pois em x 0 a
função passa de decrescente para crescente.

Se x 0 é tal que f (x 0 ) é o maior valor que a função assume em todo o seu domínio, então
x 0 é dito ponto de máximo absoluto de f.

Analogamente, se f (x 0 ) é o menor valor que a função assume em todo o seu domínio,


então x 0 é dito ponto de mínimo absoluto de f.

13
Exemplo - Determine os pontos de máximos e mínimos locais e absolutos da função cujo
gráfico está ilustrado abaixo:

Supondo que o domínio dessa função é o intervalo de zero a quinze temos:

• Máximos locais: f (1,7 ) = 4,2 , f (7 ) = 9 e f (12,5) = 3,5 .


• Mínimos locais: f (4 ) = −2 e f (10) = −2 .
• Máximo absoluto: f (7 ) = 9 .
• Mínimo absoluto: f (15) = −3 .

Funções Pares e Ímpares

Uma função f é par se f (− x ) = f ( x ) para todo x ∈ D f .

Exemplo - São funções pares:

x2 − 2
f (x ) = x 2 f (x ) = x 4 − 3 f (x ) =
x2 + 2

Os gráficos das funções pares são simétricos em relação ao eixo y.

Exemplo - Observe o gráfico de y = x 2 :

14
Uma função f é ímpar se f (− x ) = − f ( x ) para todo x ∈ D f .

Exemplo - São funções ímpares:

x3
f (x ) = x 3 f (x ) = x 5 + 3x f (x ) =
x2 − 4

Os gráficos das funções ímpares são simétricos em relação à origem.

Exemplo - Observe o gráfico de y = x 3 :

Algumas funções não são nem pares nem ímpares.

Por exemplo, f ( x ) = x 2 + 5 x − 1 não é nem par nem ímpar, pois calculando f (− x ) temos:

f (− x ) = (− x ) + 5(− x ) − 1 = x 2 − 5 x − 1
2

Logo, f (− x ) ≠ f ( x ) e f (− x ) ≠ − f (x ) .

1.4. Funções Compostas

Considere as funções g : A → B e f : B → C . Chama-se função composta das funções f e


g a função h : A → C definida por:

h( x ) = ( f o g )( x ) = f ( g ( x ))

15
A imagem de um determinado elemento x de A através da função composta ( f o g)é
definida em duas partes:

• A transformação do elemento x de A no elemento g(x) de B.


• A transformação do elemento g(x) de B no elemento f ( g ( x )) = ( f o g )( x ) de C.

O contradomínio de g é idêntico ao domínio de f, porém, para existir ( f o g ) é preciso que


Im( g ) ⊂ D( f ) .
Podemos dizer então, que o domínio de ( f o g ) é o conjunto de todos os x ∈ D( g ) para os
quais f ( g (x )) ∈ IR .
D f o g = {x ∈ D g / f ( g ( x )) ∈ IR}

Exemplo 1 - Dadas as funções f ( x ) = 2 x + 3 e g ( x ) = 5 x , pede-se determinar ( g o f )( x ) e


( f o g )(x ) .
(g o f )(x ) = g ( f (x )) = g (2 x + 3) = 5(2 x + 3) = 10 + 15
(f o g )( x ) = f ( g ( x )) = f (5 x ) = 2(5 x ) + 3 = 10 x + 3 .

Este exemplo nos mostra que de modo geral f o g ≠ g o f , ou seja, a operação de


"composição de funções " não é comutativa.

Exemplo 2 – Dadas as funções f ( x ) = x 2 − 16 e g ( x ) = x , determine:


a) ( f o g )( x ) e o seu domínio.
b) ( g o f )( x ) e o seu domínio.

Inicialmente note que D f = IR e Dg = [0, ∞[

a) ( f o g )( x ) = f ( g ( x )) = f ( x)= ( x) 2
− 16 = x − 16 = x − 16

Se considerássemos apenas a expressão final poderíamos a ser levados a crer que o


domínio de f o g fosse IR. Entretanto, por definição, o domínio de f o g é o conjunto de
todos os x ∈ [0, ∞[ tal que g(x) está em IR.
16
Assim, D f o g = [ 0, ∞ [
( )
b) ( g o f )( x ) = g ( f ( x )) = g x 2 − 16 = x 2 − 16

Por definição o domínio de g o f é conjunto de todos os x em IR tal que f(x) está em


[0, ∞[ .
Logo devemos determinar os valores de x para os quais x 2 − 16 ≥ 0 ⇒ x ≥ 4 .
Assim, D g o f =] − ∞, − 4 ] ∪ [ 4, ∞ [

Forma Funcional Composta

Se f e g são funções tais que y = f (u ) e u = g ( x )

Então, substituindo o valor de u em y = f (u ) , temos y = f ( g ( x )) .

Para certos problemas no cálculo, costumamos inverter este procedimento, ou seja, dado
y = h( x ) para alguma função h, determinamos uma forma funcional composta
y = f (u ) e u = g ( x ) tal que h( x ) = f ( g ( x )) .

Exemplo - Expresse y = (2 x + 5) sob a forma de uma função composta.


8

u = 2x + 5
Fazendo  temos que y = f (u ) = u 8 onde u = 2 x + 5
 y = u 8

O método usado para resolver este exemplo pode ser aplicado a outras funções.
Em geral suponha y = h( x ) . Para escolher a expressão interior u = g ( x ) em uma forma
funcional composta, faça a seguinte pergunta:

“Se estivesse usando uma calculadora que parte de y = h( x ) seria calculada primeiro?”

Isso conduz em geral a uma escolha adequada de u = g ( x ) . Após escolher u, recorra a


h( x ) para determinar y = h(u ) .

Exemplo - Observe a tabela abaixo que ilustra a escolha de algumas formas funcionais
compostas:

Função Escolha de u = g ( x ) Escolha de y = f (u )


(
y = 2x 3 + 5x − 1 )5
u = 2x 3 + 5x − 1 y = u5

y = 4 − x2 u = 4 − x2 y= u
2 u = 3x − 1 2
y= y=
3x − 1 u

1.5. Funções Inversas


Se f é uma função bijetora com domínio A e contradomínio B, então para cada y ∈ B ,
existe um único número x ∈ A tal que y = f (x ) . Podemos então pensar na existência de
17
uma função que a partir da imagem y = f (x ) determine o número x que a gerou, ou seja,
uma função g tal que g ( y ) = x . Essa função g que faz o caminho de volta da função f, é
chamada de função inversa de f e recebe a notação f −1 .

Propriedades das funções inversas

−1 −1
1. O domínio da função f é a imagem da função f e o domínio da função f é a
imagem de f.

2. Considerando que a função f leva o elemento a na imagem b = f (a ) e que a função


inversa f −1 traz a imagem de volta ao elemento a, f −1 (b ) = a , então vale:
• f −1 ( f ( x )) = x Para todo x em A e
• f ( f −1 ( x )) = x Para todo x em B.

3. Podemos mostrar também que:


• ( f (x ))
−1 −1
= f (x ) e
• (f o g ) = g −1 o f
−1 −1

4. Se o par ordenado (a, b ) pertencer ao gráfico de f então o par (b, a ) pertencerá ao


gráfico de f −1 e isso representado no plano cartesiano nos proporcionará uma simetria dos
pontos de f e f −1 em relação à reta y = x .
Logo os gráficos de f e f −1 são simétricos em relação à reta y = x .

−1
Diretrizes para determinar f .

1 – Verifique se f pode ser definida com domínio e contradomínio nos quais ela é bijetora.
2 – Resolva a equação y = f (x ) em relação à x em termos de y, obtendo uma equação da
forma x = f −1 ( y ) .
18
3 – Troque y por x na função encontrada em (2) para obter a função y = f −1 (x ) que será a
função inversa de f.
4 – Verifique se valem as condições f −1 ( f ( x )) = x e f ( f −1 ( x )) = x para todo x nos
domínios de f e f −1 .

Exemplo 1 - Seja f ( x ) = 3x − 5 . Para determinar a função inversa de f devemos seguir os


quatro passos dados pelas diretrizes acima:

1 - É fácil ver que o domínio e a imagem de f é todo o conjunto dos números reais, logo
f : IR → IR é uma função bijetora. (observe seu gráfico)

2 - Considere então a equação:


y = 3x − 5
Isolando x nesta equação temos:
y+5
y = 3x − 5 ⇒ 3x = y + 5 ⇒ x =
3
3 – Trocando x por y obtemos a função:
x+5
f −1
(x ) =
3
4 – Verificando as condições para e existência da inversa:
 x +5 x+5
( )
f f −1 ( x ) = f   = 3. −5 = x+5−5 = x
 3  3
3x − 5 + 5 3x
f −1 ( f ( x )) = f −1 (3x − 5) = = =x
3 3

Fazendo os gráficos de f e de f −1 em um mesmo plano cartesiano podemos observar que


de fato são simétricos em relação à reta y = x .

19
Exemplo 2 - Seja f ( x ) = x 2 − 3 para x ≥ 0 . Determine a função inversa de f.

Vamos seguir os quatro passos dados pelas diretrizes acima.

1 – Observando o gráfico de f vemos que se D f = [0, ∞[ e Im f = [ −3, ∞[ então,


f : [0, ∞[→ [−3, ∞[ é bijetora.

2 - Considere então a equação:


y = x2 − 3
Isolando x nesta equação temos:

y = x2 − 3 ⇒ x2 = y + 3 ⇒ x = y+3
3 – Trocando x por y obtemos a função:

f −1
(x ) = x+3

4 – Verificando as condições para e existência da inversa:

f f ( (x )) = f (
−1
x+3 = ) ( )2
x +3 −3 = x +3−3 = x
f −1
( f (x )) = f −1
(x 2
)
− 3 = x2 − 3 + 3 = x2 = x

Fazendo os gráficos de f e de f −1 em um mesmo plano cartesiano podemos observar que


de fato são simétricos em relação à reta y = x .

20
1.6. Algumas Funções Básicas

Função Constante

Função constante é toda função do tipo:


y=c
Onde c ∈ IR é constante.

Características

Domínio – IR
Imagem –
Gráfico – O gráfico de uma função constante é uma reta horizontal na altura de y = c

Função Linear

Função Linear é toda função do tipo:


f ( x ) = ax + b
Sendo a e b constantes reais e a ≠ 0 .

Características

Domínio – IR
Imagem – IR
Gráfico – O gráfico de uma função linear é uma reta e é obtido pelo deslocamento do
gráfico da função y = x .

b
O gráfico de y = ax + b intercepta o eixo x no ponto de abscissa x = −
a
21
A constante b é chamada coeficiente linear e representa no gráfico o ponto onde a reta
intercepta o eixo-y.

A constante a é chamada de coeficiente angular e indica a inclinação ou direção da reta.

Quando a > 0 , o gráfico corresponde a uma função crescente e quando a < 0 o gráfico
corresponde a uma função decrescente.

a>0 a<0

Uma característica muito importante da função linear é que a variação do y é sempre a


mesma quando x varia de 1 unidade por isso o coeficiente angular a também é chamado
de Taxa de Variação da função em relação a x.

Função Quadrática

Função Quadrática é toda função do tipo:


f ( x ) = ax 2 + bx + c
Em que a, b e c são constantes reais e a ≠ 0 .

Características

Domínio – IR
 ∆
[− 4a , ∞[ se a ≥ 0
Imagem – 
] − ∞, − ∆ ] se a < 0
 4a
Gráfico – O gráfico desse tipo de função é uma curva chamada parábola e é obtido através
das transformações da função y = x 2 .

22
A concavidade da parábola é voltada para cima se a > 0 e voltada para baixo se a < 0 .

a>0 a<0

O ponto V do gráfico acima é chamado Vértice da parábola e suas coordenadas são dadas
por:
 −b
 xv = 2a
V ( x v , y v ) Onde 
 y = − ∆ ou y = f ( x )
 v 4a v v

Observe que se a > 0 , V é um ponto de mínimo da parábola e se a < 0 , V é um ponto de


máximo da parábola.

A reta x = xv é chamada de eixo de simetria da Parábola.

Os eventuais pontos de interseção da parábola com o eixo x são obtidos fazendo y = 0 .


Isto é, resolvendo a equação ax 2 + bx + c = 0 .
Segue dos nossos estudos anteriores que:

∆ > 0 ⇒ A parábola corta o eixo x em dois pontos distintos


∆ = 0 ⇒ A parábola corta o eixo x em um único ponto (que é o xv )
∆ < 0 ⇒ A parábola não corta o eixo x

A interseção com o eixo y é obtida fazendo-se x = 0 .


Portanto
23
x = 0 ⇒ y = a ⋅ 02 + b ⋅ 0 + c ⇒ y = c

Logo a parábola corta o eixo y no ponto y = c

Função Potência

Chamamos de Função Potência a toda função do tipo:

f (x ) = x n
Onde n é uma constante.

Características

Quando n = 0 , n = 1 ou n = 2 temos situações particulares já estudadas, que são as


funções constantes, lineares e quadráticas, respectivamente. Para outros valores de n, as
características de f (x ) variam dependendo da natureza de n.
Vamos estudar alguns casos.

Caso 1 – Expoente (n) inteiro e positivo

Vejamos algumas dessas funções:

Exemplo 1 - Considere a função f ( x ) = x

Domínio – IR
Imagem – IR
Simetria – Origem
Paridade – Função ímpar

Exemplo 2 - Considere a função f ( x ) = x 2

Domínio – IR
Imagem - [0; ∞[
Simetria – Eixo y
Paridade – Função par

24
Exemplo 3 - Considere a função f ( x ) = x 3

Domínio – IR
Imagem – IR
Simetria – Origem
Paridade – Função ímpar

A forma geral do gráfico de f (x ) = x n depende de n ser par ou ímpar.


Se n for par f (x ) = x n será uma função par e seu gráfico é similar ao da parábola y = x 2 .
Se n for ímpar f (x ) = x n será uma função ímpar e seu gráfico é similar ao de y = x 3 .

Caso 2 – Expoente (n) Racional

A função f (x ) = x n onde n é um número racional é uma função raiz.

Vejamos os casos mais comuns:


1
Exemplo 1 - Considere a função f ( x ) = x 2 = x

Domínio – [0, ∞[
Imagem - [0, ∞[

Observe que este gráfico é a parte superior da parábola x = y 2 .


Para outros valores pares de n, o gráfico de y = n x é similar ao gráfico de y = x .

25
1
Exemplo 2 - Considere a função f ( x ) = x = 3 x
3

Domínio – IR
Imagem – IR
Simetria – Origem
Paridade – Função ímpar

Para outros valores ímpares de n, o gráfico de y = n x é similar ao gráfico de y = 3 x .

Exemplo 3 - Considere a função f ( x ) = 3 x 2

Domínio – IR
Imagem - [0, ∞[
Simetria – Eixo y
Paridade – Função par

Caso 3 – Expoente (n) Inteiro Negativo

Se n é um inteiro positivo então f ( x ) = x − n =


1
.
xn
Vejamos algumas dessas funções:

Exemplo 1 - Considere a função f ( x ) = x −1 =


1
Seu gráfico é chamado de Hipérbole e
x
tem as seguintes características:

26
Domínio – IR − {0}
Imagem – IR − {0}
Simetria – Origem
Paridade – Função ímpar

Se n ímpar o gráfico de f ( x ) = se assemelha ao gráfico de f ( x ) = .


1 1
n
x x

Exemplo 2 - Considere a função f ( x ) = x − 2 =


1
.
x2

Domínio – IR − {0}
Imagem – ]0, ∞[
Simetria – Eixo y
Paridade – Função par

Se n par o gráfico de f ( x ) = se assemelha ao gráfico de f ( x ) = 2 .


1 1
n
x x

1.7. Funções Definidas Por Partes e Funções Modulares

Funções Definidas por partes

Funções definidas por partes são funções definidas por fórmulas diversas em diferentes
partes do seu domínio.
1 − x se x ≤ 1
Exemplo 1 - Esboce o gráfico da função f definida por f ( x ) = 
 x − 1 se x > 1
Como fazer o gráfico de f?

Observe que a parte do gráfico de f à esquerda da reta vertical x = 1 deve coincidir com a
reta y = 1 − x , enquanto que a parte do gráfico de f à direita da reta vertical x = 1 deve
coincidir com a reta y = x − 1 . Neste caso, precisamos de apenas dois pontos de cada lado
da reta x = 1 para esboçar seu gráfico.

Considere então as tabelas:

27
x ≤1 x >1
x y=1-x x y =x-1
0 1 1 0
1 0 2 1

Logo:

2 x + 1 se x ≤ −2
Exemplo 2 - Esboce o gráfico da função definida por f ( x ) = 
3 se x > −2
Seguindo os mesmos passos do exemplo anterior podemos construir as seguintes tabelas:

x ≤ −2 x > −2
x y = 2x + 1 x y =3
-3 -5 -2 3
-2 -3 1 3
Assim:

 x 2 + 1 se x ≤ −1

Exemplo 3 - Esboce o gráfico da função definida por f ( x ) = 6 se − 1 < x < 1
7 − x se x ≥ 1

Neste caso precisamos construir três tabelas, pois a função tem três leis de formação.

28
x ≤ −1 −1 < x < 1 x ≥1
x y = x2 + 1 x y=6 x y=7-x
-2 5 -1 6 1 6
-1 2 1 6 2 5

Assim:

Funções Modulares

Dado um número real x, sempre existe x e seu valor é único. Podemos então, definir uma
função f : R → R+ tal que f ( x ) = x chamada de Função Modular.
Usando a definição de x temos que:
 x se x ≥ 0
f (x ) = 
− x se x < 0

Observe que a função modular é uma função definida por partes.


Graficamente temos:

Exemplo 1 - Esboce o gráfico da função f ( x ) = x − 3 :

Para esboçar o gráfico de f, vamos usar as seguintes tabelas:

29
x<3 x≥3
x y=-x+3 x y=x-3
2 1 3 0
3 0 4 1

Marcando esses pontos no plano cartesiano temos:

Observe que este é o gráfico de y = x deslocado de 3 unidades para a direita.

Exemplo 2 - Esboce o gráfico da função f ( x ) = x + 1 :

Para esboçar o gráfico de f, vamos usar as seguintes tabelas:

x<0 x≥0
x y=-x+1 x y=x+1
0 1 1 2
-1 2 0 1

Marcando esses pontos no plano cartesiano temos:

Observe que este é o gráfico de y = x deslocado de 1 unidades para cima.

30
Exemplo 3 - Esboce o gráfico de f (x ) = − x

− x se x ≥ 0
Temos que f ( x ) = 
x se x < 0

Para esboçar o gráfico de f, vamos usar as seguintes tabelas:

x<0 x≥0
x y=x x y=-x
0 0 1 -1
-1 -1 0 0

Marcando esses pontos no plano cartesiano temos:

Observe que este gráfico é a reflexão do gráfico de y = x em relação ao eixo x.

Exemplo 4 - Dada a função f ( x ) = x + 2 − 3 . Escreva f ( x ) como uma função definida


por partes e esboce seu gráfico.

Temos que:
x + 2 se x + 2 ≥ 0
x+2 =
− ( x + 2 ) se x + 2 < 0
Isto é,
 x + 2 se x ≥ −2
x+2 =
− x − 2 se x < −2

Subtraindo 3 a cada uma das expressões temos:

 x − 1 se x ≥ −2
f (x ) = 
− x − 5 se x < −2

Para esboçar o gráfico de f, vamos usar as seguintes tabelas:

31
x < −2 x ≥ −2
x y=-x-5 x y=x-1
-5 0 -2 -3
-2 -3 1 0

Marcando esses pontos no plano cartesiano temos:

Observe que este é o gráfico de y = x deslocado de 2 unidades para a esquerda e de 3


unidades para baixo.

Exemplo 5 - Esboce o gráfico da função f (x ) = 3 x :

Para esboçar o gráfico de f, vamos usar as seguintes tabelas:

x<0 x≥0
x y = - 3x x y = 3x
0 0 1 3
-1 3 0 0

Marcando esses pontos no plano cartesiano podemos observar que o gráfico de f (x ) = 3 x


é o gráfico de y = x esticado verticalmente de 3 unidades:

32
Exemplo 6 - Esboce o gráfico da função f ( x ) = 2 − x 2 .

O gráfico de y = f (x ) deve ser feito a partir do gráfico de y = 2 − x 2 refletindo a parte


negativa deste último em relação ao eixo x.
Observe o gráfico de y = 2 − x 2 .

Assim podemos escrever f ( x ) como uma função definida por partes:

2 − x 2 se x ≤ 2
f (x ) = 
 x − 2 se x > 2
2

Dessa forma seu gráfico é dado por:

x
Exemplo 7 - Esboce o gráfico da função f ( x ) = :
x
Temos que:
 x se x ≥ 0
x =
− x se x < 0
Dividindo por x temos que:
x
 x se x > 0
x
=
x  x
− se x < 0
 x
Assim,
33
1 se x > 0
f (x ) = 
− 1 se x < 0

Portanto o gráfico de f(x) é uma reta horizontal na altura do 1 se x > 0 e uma reta
horizontal na altura do – 1 se x < 0 .

Exemplo 8 - Esboce o gráfico da função f ( x ) = x − 2 + x + 1 :

Temos que:
 x - 2 se x ≥ 2  x + 1 se x ≥ −1
x−2 =  e x +1 = 
− x + 2 se x < 2 − x − 1 se x < −1

Para escrever f(x) como uma função definida por partes, iremos usar uma tabela na qual
escreveremos a lei de formação de cada um dos módulos nas diferentes partes de seus
domínios.

x < −1 −1 ≤ x < 2 x≥2


x−2 −x+2 −x+2 x−2
x +1 − x −1 x +1 x +1
x − 2 + x +1 − 2x + 1 3 2x − 1

Assim,

2 x - 1 se x ≥ 2

f ( x ) = 3 se - 1 ≤ x < 2
− 2 x + 1 se x < -1

Para esboçar o gráfico de f, vamos usar as seguintes tabelas:

x < −1 −1 ≤ x < 2 x≥2


x y = - 2x + 1 x y=3 x y = 2x - 1
-2 5 -1 3 2 3
-1 3 2 3 3 5

34
Marcando esses pontos no plano cartesiano temos que:

Exemplo 9 - Esboce o gráfico da função f ( x ) = x + 3 − x − 1 :

Temos que:
 x + 3 se x ≥ −3  x − 1 se x ≥ 1
x+3 =  e x −1 = 
− x − 3 se x < −3 − x + 1 se x < 1

Para escrever f(x) como uma função definida por partes, iremos usar uma tabela na qual
escreveremos a lei de formação de cada um dos módulos nas diferentes partes de seus
domínios.

x < −3 −3 ≤ x <1 x ≥1
x+3 − x−3 x+3 x+3
x −1 − x +1 − x +1 x −1
x + 3 − x −1 −4 2x + 2 4

Assim,

4 se x ≥ 1

f ( x ) = 2 x + 2 se - 3 ≤ x < 1
− 4 se x < -3

Para esboçar o gráfico de f, vamos usar as seguintes tabelas:

x < −3 −3 ≤ x <1 x ≥1
x y=-4 x y = 2x + 2 x y=4
-4 -4 -3 -4 1 4
-3 -4 1 4 2 4

35
Marcando esses pontos no plano cartesiano temos que:

1.8. Função Exponencial


A Função Exponencial de Base a

Dado um número real a tal que a > 0 e a ≠ 1 denomina-se função exponencial de base a à
função f : R → R+* definida por:
f (x ) = a x

As restrições a > 0 e a ≠ 1 dadas na definição são necessárias, pois:

• Para a = 0 e x negativo, não existe a x ;


• Para a < 0 e x = 1 / 2 , por exemplo, não é possível calcular a x ;
• Para a = 1 , a x = 1 para qualquer que seja o valor de x;

Gráfico de y = a x

O padrão gráfico da função exponencial y = a x depende fundamentalmente da base a ser


maior ou menor do que 1.

Para a > 1 temos: Para 0 < a < 1 temos:

36
Características de y = a x

• Em ambos os gráficos quando x cresce uma unidade, o valor da função é multiplicado


pela base a. Este padrão generaliza todas as funções exponenciais e acarreta na fórmula
recursiva:

f ( x +1) = af ( x )
• Domínio: D = R

• Imagem: Im = ]0, ∞[

• O gráfico de y = a x é uma figura chamada de Curva Exponencial

• O gráfico de y = a x corta o eixo y no ponto (0,1) .

• O gráfico de y = a x não toca o eixo x.

• Para a > 1 , a função é crescente e chamada de Função de Crescimento Exponencial. A


base a, neste caso, é o seu fator de crescimento.

• Para 0 < a < 1 , a função é decrescente e chamada de Função de Decrescimento


Exponencial. A base a, neste caso, é o seu fator de decrescimento.

x
1
• O gráfico de y =   é a reflexão do gráfico de y = a x em relação ao eixo y.
a

Exemplo 1 - Os gráficos das funções f ( x) = 2 x e g ( x) = 3 x são:


y = 3x y = 2x

37
x x
1 1
Exemplo 2 - Os gráficos das funções f ( x) =   e g ( x) =   são:
2 3
x
1 1
x
y=  y= 
2  3

A Função Exponencial de Base e

Uma função exponencial muito importante na Matemática é aquela cuja base é o número e,
conhecido como a Constante de Euler. Esta função é f ( x ) = e x .
Nós já vimos que para qualquer valor de a, f ( x ) = a x passa pelo ponto (0,1), entretanto,
cada uma delas passa por esse ponto com uma inclinação diferente. A escolha da base a
influencia na forma com que o gráfico corta o eixo y.
O número e é um número irracional definido como a base da função exponencial cuja
inclinação no ponto (0.1) é 1.
Observe seu gráfico:

Podemos provar que:

e ≈ 2,7182818284....

1.9. A Função Logarítmica

O Logaritmo de um número

Dados dois números positivos a e b com a ≠ 1 , definimos o logaritmo de b na base a como


sendo o número c tal que a c = b .
Isto é:
log a b = c ⇔ a c = b

38
Exemplo: Temos que:

1) log 3 81 = 4 pois 3 4 = 81
4) log 8 1 = 0 pois 8 0 = 1
−5
1
2) log 1 32 = −5 pois   = 32 5) log 2 16 = 4 pois 2 4 = 16
2 2

6) log10 100 = 2 pois 10 2 = 100


3) log 5
5 = 2 pois ( 5)
2
=5

Observações

1) Quando a base for 10, temos os chamados logaritmos decimais e neste caso,
omitimos a base na notação de logaritmos:

log10 x = log x

2) Quando a base for o número e, temos os logaritmos naturais ou Neperianos e


neste caso, escrevemos:
log e x = ln x

Propriedades dos Logaritmos

Propriedades Básicas Propriedades Operatórias

1) log a 1 = 0 P1) log a (M .N ) = log a M + log a N


2) log a a = 1 P2) log a (M / N ) = log a M − log a N
3) log a a = yy
P3) log a M b = b log a M
log b M
4) a log a x = x P4) log a M =
log b a

Função Logarítmica

Dado um número positivo a com a ≠ 1 , a função logarítmica de base a é a função


f : IR+* → IR definida por:
f ( x ) = log a x

39
Gráfico de y = loga x

O padrão gráfico da função exponencial y = log a x depende fundamentalmente da base


a ser maior ou menor do que 1.

Para a > 1 temos: Para 0 < a < 1 temos:

Características do Gráfico de y = loga x

• Domínio: D = ]0, ∞[

• Imagem: Im = IR

• O gráfico de y = log a x corta o eixo x no ponto (1, 0) .

• O gráfico de y = log a x não toca o eixo y.

• Para a > 1 , a função é crescente.

• Para 0 < a < 1 , a função é decrescente.

• O gráfico de y = log a x é a reflexão do gráfico de y = a x em relação à reta y = x .

40
Exemplo 1 - Os gráficos das funções f ( x) = log 2 x e g ( x) = log 3 x são:

x f (x )
1/2 -1
f (x)
1 0
2 1 g(x)

x g (x )
1/3 -1
1 0
3 1

Exemplo 2 - Os gráficos das funções f ( x) = log 1 x e g ( x) = log 1 x são:


2 3

x f (x )
1/2 1
1 0
2 -1

x g (x ) g(x)
1/3 1 f (x)
1 0
3 -1

1.10. Funções Trigonométricas e Trigonométricas Inversas

O Ciclo Trigonométrico

Ciclo Trigonométrico ou Circunferência Trigonométrica é a circunferência orientada que


possui as seguintes características:

i) Raio igual a 1;
ii) Centro na origem dos eixos coordenados x e y;
iii) O ponto A(1.0) como a origem dos arcos orientados.

Os eixos coordenados dividem o círculo trigonométrico em quatro arcos congruentes,


chamados de quadrantes.

41
Observe a tabela a seguir que relaciona ângulos e quadrantes:

Variação dos
0 a 90º 90º a 180º 180º a 270º 270º a 360º
Arcos em graus
Variação dos π π 3π 3π
Arcos em radianos 0a aπ πa a 2π
2 2 2 2
Quadrante
1º Q 2º Q 3º Q 4º Q
Correspondente

São definidas no ciclo trigonométrico seis funções circulares básicas: seno, cosseno,
tangente, cotangente, secante e cossecante.
Vamos conhecer cada uma dessas funções.

Função Seno, Função Cosseno e Suas Inversas

Considere no ciclo trigonométrico um ponto P( x, y ) gerado pelo arco que mede θ rad .

Definimos:

cos(θ ) = x
sen (θ ) = y

Podemos mostrar que:


sen 2 (θ ) + cos 2 (θ ) = 1

De fato, do ciclo trigonométrico extraímos o seguinte triângulo:

Aplicando Pitágoras obtemos:


sen 2 (θ ) + cos 2 (θ ) = 1

3
Exemplo 1 - Seja θ um ângulo do 1º quadrante cujo cosseno vale . Determine o valor de
4
sen (θ ) .

42
Usando a relação acima temos que:
2
3
sen (θ ) +   = 1 ⇒ sen 2 (θ ) = 1 − ⇒ sen(θ ) = ±
9 7 7
2
=
4 16 16 4

Mas sendo θ um ângulo do 1º quadrante, temos que sen (θ ) é positivo.


Logo,

sen (θ ) =
7
.
4
π
Exemplo 2 – Calcule cos( x ) , sabendo que 3sen( x ) + 4 cos( x ) = 5 e 0 < x < .
2
Devemos resolver o seguinte sistema de equações:

3sen( x ) + 4 cos( x ) = 5
 2
sen ( x ) + cos ( x ) = 1
2

Isolando sen( x ) na primeira equação temos:

5 − cos( x )
sen( x ) =
3
Substituindo na segunda equação:

 5 − cos( x ) 
2

 + cos ( x ) = 1 ⇒ 25 cos ( x ) − 40 cos( x ) + 16 = 0


2 2

 3 

Fazendo y = cos( x ) temos a equação 25 y 2 − 40 y + 16 = 0


4
Resolvendo esta equação quadrática obtemos y = .
5
Assim,
cos( x ) = .
4
5

Veremos a seguir os valores do seno e do cosseno de alguns arcos notáveis:

43
Características da Função Seno

Segue diretamente da definição de sen (θ ) que a função f (t ) = sen t tem as seguintes


características:

• Domínio: IR
• Imagem: [− 1, 1]
• Período: 2π pois sen (t + 2π ) = sen (t )
• sen (− t ) = sen (t ) ⇒ a função seno é uma função ímpar
• Sinal, Crescimento e Decrescimento:

Observando os valores do seno dos arcos representados na figura acima vemos que:

f (t ) = sen (t ) é positiva no 1º e 2º quadrantes


f (t ) = sen (t ) é negativa no 3º e 4º quadrantes
f (t ) = sen (t ) é crescente no 1º e 4º quadrantes
f (t ) = sen (t ) é decrescente no 2º e 3º quadrantes

• Gráfico:

x sen ( x )

0 0

π /2 1

π 0

3π / 2 -1

2π 0

Características da Função Cosseno

Segue diretamente da definição de cos(θ ) que a função f (t ) = cos t tem as seguintes


características:

• Domínio: IR
• Imagem: [− 1, 1]
• Período: 2π pois cos(t + 2π ) = cos(t )
• cos(− t ) = cos(t ) ⇒ a função cosseno é uma função par
• Sinal, Crescimento e Decrescimento:
f (t ) = cos(t ) é positiva no 1º e 4º f (t ) = cos(t ) é negativa no 2º e 3º
quadrantes quadrantes

44
f (t ) = cos(t ) é crescente no 3º e 4º
quadrantes
f (t ) = cos(t ) é decrescente no 1º e 2º
quadrantes

• Gráfico:

x cos( x )

0 1

π /2 0

π -1

3π / 2 0

2π 1

Função Arco Seno

Sabemos que a função seno em todo o seu domínio não é injetora. Mas a função
π π
y = sen (x ), restrita ao intervalo − ≤x≤ é bijetora e portanto é invertível neste
2 2
intervalo.
Observe seu gráfico:

Definimos a função arco seno por:


π π
y = arcsen(x ) ⇔ sen (y ) = x e − ≤ y≤ .
2 2

Exemplo 1 – Encontre exatamente o valor de:

  1   π 3
a) cos arcsen −   = cos −  =
  2   6 2

45
  π  π
b) arcsen sen   , = arcsen (1) =
  2  2
 3  π   3 π
c) arcsen tan   , = arcsen  =
 3
 2  4    2 

Características da Função Arco Seno

• Domínio: [− 1, 1]
 π π
• Imagem: − , 
 2 2
• arcsen(− x ) = − arcsen( x ) ⇒ a função arco seno é uma função ímpar
• A Função Arco Seno é sempre crescente
arcsen ( x ) ≥ 0 se − 1 ≤ x ≤ 0
• Sinal: 
arcsen ( x ) < 0 se 0 < x ≤ 1
• Gráfico:

Função Arco Cosseno

Sabemos que a função cosseno em todo o seu domínio não é injetora. Mas a função
y = cos(x ), restrita ao intervalo 0 ≤ x ≤ π é bijetora e portanto é invertível neste
intervalo.
Observe seu gráfico:

46
Definimos a função arco cosseno por:

y = arc cos(x ) ⇔ cos(y ) = x e 0 ≤ y ≤ π .

Exemplo 1 – Encontre exatamente o valor de:

  1   2π  1
d) cos arc cos −   = cos =−
  2   3  2
  2π    1  2π
e) arc cos cos  , = arc cos −  =
  3   2 3
f) tan (arc cos(1)), = tan (0) = 0

Características da Função Arco Cosseno

• Domínio: [− 1, 1]
• Imagem: [0, π ]
π
• Se x > 0 então, arcsen ( x ) + arc cos(x ) =
2
• A Função Arco Cosseno é sempre decrescente e sempre positiva
• Gráfico:

Função Tangente

Considere no ciclo trigonométrico um ponto P( x, y ) gerado pelo arco que mede θ rad e a
reta vertical t que passa pelo ponto A(1,0) .
Prolongando a semirreta OP encontraremos o ponto Q( x' , y ') intersecção de OP com a
reta t.

47
Definimos tan (θ ) = y '

Vejamos a seguir alguns valores da tangente de alguns arcos notáveis:

Podemos mostrar que:


sen(θ )
tan (θ ) =
cos(θ )

De fato,
Da definição de tangente no ciclo trigonométrico extraímos os triângulos OAQ e OHP.

48
Usando semelhança de triângulos temos que:

QA PH tan (θ ) sen(θ )
= ⇒ = ⇒
OA OH 1 cos(θ )
sen(θ )
tan (θ ) =
cos(θ )

Características da função Tangente

Segue diretamente da definição de tan (θ ) que a função f (t ) = tan (t ) tem as seguintes


características:

• Domínio
A função tangente está definida nos pontos em que a função cosseno não se anula.
Portanto,
 π 
D = t ∈ IR / t ≠ + kπ onde k ∈ Z 
 2 
• Imagem: IR
• Período: π pois tan (t + π ) = tan (t )
• tan (− t ) = − tan (t ) ⇒ a função tangente é uma função impar
• Sinal, Crescimento e Decrescimento:

f (t ) = tan (t ) é positiva no 1º e 3º
quadrantes
f (t ) = tan (t ) é negativa no 2º e 4º
quadrantes
f (t ) = tan (t ) é sempre crescente.

49
• Gráfico:

x tan ( x )

0 0

π /2 ∃/

π 0

3π / 2 ∃/

2π 0

π
Observe que as retas do tipo x = + kπ com k ∈ Z são Assíntotas Verticais do gráfico de
2
y = tan ( x ) .

Função Arco Tangente

Sabemos que a função tangente em todo o seu domínio não é injetora. Mas a função
π π
y = tan (x ), restrita ao intervalo − < y< é bijetora e portanto é invertível neste
2 2
intervalo.
Definimos a função arco tangente por:
π π
y = arc tan (x ) ⇔ tan (y ) = x e − < y< .
2 2

Características da Função Arco Tangente

• Domínio: IR
 π π
• Imagem:  − , 
 2 2
• arc tan (− x ) = − arc tan ( x ) ⇒ a função arco tangente é uma função ímpar
• A Função Arco Tangente é sempre crescente
 π
0 ≤ arc tan ( x ) < 2 0 se x ≥ 0
• Sinal: 
− π < arcsen ( x ) < 0 se x < 0
 2

50
• Gráfico:

Função Cotangente

Considere no ciclo trigonométrico um ponto P( x, y ) gerado pelo arco que mede θ rad e a
reta horizontal t que passa pelo ponto B(0,1) .
Prolongando a semirreta OP encontraremos o ponto Q( x' , y ') intersecção de OP com a
reta t.

Definimos cot (θ ) = x'

Podemos mostrar que:


cos(θ )
cot (θ ) =
sen(θ )
De fato,
Da definição da função cotangente no ciclo trigonométrico extraímos os triângulos OBQ e
OHP:

Usando semelhança de triângulos temos que:

cot (θ ) cos(θ ) cos(θ )


⇒ cot (θ ) =
QB OH
= ⇒ =
OB PH 1 sen(θ ) sen(θ )

Podemos escrever ainda

51
cot (θ ) =
1
tan (θ )
De fato,
sen(θ )
Sabemos que tan (θ ) = .
cos(θ )
Assim,
cos(θ )
= cot (θ )
1 1
= =
tan (θ ) sen(θ ) sen(θ )
cos(θ )

Característica da Função Cotangente

Usando a identidade cot (θ ) = , podemos concluir que a função f (t ) = cot (t ) tem as


1
tan (θ )
seguintes características:

• Domínio
A função cotangente está definida nos pontos em que a função seno não se anula.
Portanto,
D = {t ∈ IR / t ≠ kπ onde k ∈ Z }
• Imagem: IR
• Período: π pois cot (t + π ) = cot (t )
• cot (− t ) = − cot (t ) ⇒ a função cotangente é uma função impar
• Sinal, Crescimento e Decrescimento:

f (t ) = cot (t ) é positiva no 1º e 3º
quadrantes
f (t ) = cot (t ) é negativa no 2º e 4º
quadrantes

Além disso, f (t ) = cot (t ) é sempre


decrescente.

• Gráfico:

x cot (x )

0 ∃/

π /2 0

π ∃/

3π / 2 0

2π ∃/

52
Observe que as retas do tipo x = kπ com k ∈ Z são Assíntotas Verticais do gráfico de
y = cot ( x ) .

Função Arco Cotangente

Sabemos que a função cotangente em todo o seu domínio não é injetora. Mas a função
y = cot (x ), restrita ao intervalo 0 < x < π é bijetora e portanto é invertível neste intervalo.

Definimos a função arco cotangente por:

y = arc cot (x ) ⇔ cot (y ) = x e 0 < y < π .

Características da Função Arco Cotangente

• Domínio: IR
• Imagem: ]0, π [
π
• arc cot ( x ) =
− arc tan ( x )
2
• A Função Arco Cotangente é sempre decrescente e sempre positiva
• Gráfico:

Função Secante e Função Cossecante

Considere no ciclo trigonométrico um ponto P( x, y ) gerado pelo arco que mede θ rad e a
reta t que é tangente ao círculo trigonométrico no ponto P.
Sejam os pontos M ( x m ,0 ) e N (0, y n ) intersecção da reta t com os eixos x e y
respectivamente.

Definimos:
sec(θ ) = x m
csc(θ ) = y n

53
Podemos mostrar que:
sec(θ ) = csc(θ ) =
1 1
e
cos(θ ) sen(θ )
De fato,
Da definição de secante e cossecante no circulo trigonométrico extraímos os triângulos
OPM, OPN e OHP:

Usando a relação de semelhança entre os triângulos OPM e OHP temos:

sec(θ )
⇒ sec(θ ) =
OM OP 1 1
= ⇒ =
OP OH 1 cos(θ ) cos(θ )

Usando a relação de semelhança entre os triângulos OPN e OHP temos:

csc(θ )
⇒ csc(θ ) =
ON OP 1 1
= ⇒ =
OP PH 1 sen(θ ) sen(θ )

Características da Função Secante

Usando a identidade sec(θ ) = , podemos concluir que a função f (t ) = sec(t ) tem as


1
cos(θ )
seguintes características:

• Domínio
A função secante não está definida nos pontos onde o cosseno se anula. Portanto:
 π 
D = t ∈ IR / t ≠ + kπ onde k ∈ Z 
 2 
• Imagem: ]− ∞,−1] ∪ [1, ∞[
• Período: 2π pois sec(t + 2π ) = sec(t )
• sec(− t ) = sec(t ) ⇒ a função secante é uma função par
• Sinal, Crescimento e Decrescimento:
f (t ) = sec(t ) é positiva no 1º e 4º
quadrantes
f (t ) = sec(t ) é negativa no 2º e 3º
quadrantes
f (t ) = sec(t ) é crescente no 1º e 2º
quadrantes
f (t ) = sec(t ) é decrescente no 3º e 4º
quadrantes
54
• Gráfico:

x sec(x )

0 1

π /2 ∃/

π -1

3π / 2 ∃/

2π 1

π
Observe que as retas do tipo x = + kπ com k ∈ Z são Assíntotas Verticais do gráfico de
2
y = sec( x ) .

Características da Função Cossecante

Usando a identidade csc(θ ) = , podemos concluir que a função f (t ) = csc(t ) tem as


1
sen(θ )
seguintes características:

• Domínio
A função cossecante não está definida nos pontos onde o seno se anula. Portanto:
D = {t ∈ IR / t ≠ kπ onde k ∈ Z }
• Imagem: ]− ∞,−1] ∪ [1, ∞[
• Período: 2π pois cscsec(t + 2π ) = csc(t )
• csc(− t ) = − csc(t ) ⇒ a função cossecante é uma função impar
• Sinal, Crescimento e Decrescimento:
f (t ) = csc(t ) é positiva no 1º e 2º
quadrantes
f (t ) = csc(t ) é negativa no 3º e 4º
quadrantes
f (t ) = csc(t ) é decrescente no 1º e 4º
quadrantes
f (t ) = csc(t ) é crescente no 2º e 3º
quadrantes

55
• Gráfico:

x csc( x )

0 ∃/

π /2 1

π ∃/

3π / 2 -1

2π ∃/

Observe que as retas do tipo x = kπ com k ∈ Z são Assíntotas Verticais do gráfico de


y = csc( x ) .

Função Arco Secante

Sabemos que a função secante em todo o seu domínio não é injetora. Mas a função
π
y = sec(x ), restrita ao intervalo 0 ≤ x ≤ π com x ≠ é bijetora e portanto é invertível
2
neste intervalo.

Definimos a função arco secante por:

π
y = arc sec(x ) ⇔ sec(y ) = x com 0 ≤ y ≤ π e y ≠
2

Características da Função Arco Secante

• Domínio: ]− ∞,−1] ∪ [1, ∞[


π 
• Imagem: [0, π ] −  
2
1
• arc sec( x ) = arc cos 
 x
• A Função Arco secante é sempre crescente e positiva em seu domínio.
• Gráfico:

56
Função Arco Cossecante

Sabemos que a função cossecante em todo o seu domínio não é injetora. Mas a função
π π
y = csc(x ), restrita ao intervalo − ≤x≤ com x ≠ 0 é bijetora e portanto é invertível
2 2
neste intervalo.

Definimos a função arco cossecante por:

π π
y = arc csc(x ) ⇔ csc(y ) = x com − ≤ y≤ e y≠0
2 2

Características da Função Arco Cossecante

• Domínio: ]− ∞,−1] ∪ [1, ∞[


 π π
• Imagem: − ,  − {0}
 2 2
1
• arc csc( x ) = arc sen  
 x
π
• arccsc( x ) =− arc sec( x )
2
• A Função Arco cossecante é sempre decrescente
 π
0 ≤ arc csc( x ) < 2 0 se x ≥ 1
• Sinal: 
− π < arc csc( x ) < 0 se x ≤ 1
 2
• Gráfico:

1.11. Transformações das funções trigonométricas


As regras para deslocamento, ampliação, redução e reflexão do gráfico de uma função
também se ampliam às funções trigonométricas.

Seja f uma função trigonométrica, podemos a partir do gráfico de f construir o gráfico de:

y = af (b( x + c)) + d

Onde,
57
a → Promove uma ampliação ou redução vertical e/ou uma reflexão em relação ao eixo x.

b → Promove uma ampliação ou redução horizontal e/ou uma reflexão em torno do eixo y.

c → Promove um deslocamento horizontal;

d → Promove um deslocamento vertical.

Exemplos: Esboce o gráfico, determine o domínio, a imagem e o período de:

1) y = 1 + cos( x )

O gráfico desta função é o gráfico y = cos( x ) deslocado uma unidade para cima.

x cos( x ) 1 + cos( x )

0 1 2

π /2 0 1
Domínio: IR
π -1 0 Imagem: [0, 2]
Período: 2π
3π / 2 0 1

2π 1 2

58
2) y = −2sen( x )

O gráfico desta função é o gráfico y = sen( x ) ampliado verticalmente de 2 unidades e


refletido em relação ao eixo x.

x sen( x ) − 2sen( x )

0 0 0

π /2 1 -2
Domínio: IR
π 0 0 Imagem: [− 2, 2]
Período: 2π
3π / 2 -1 2

2π 0 0

 x
3) y = cos 
2

O gráfico desta função é o gráfico y = cos( x ) ampliado horizontalmente de 2 unidades.

x x  x Domínio: IR
2
cos 
2 Imagem: [− 1, 1]
O período, neste caso, foi alterado.
0 0 1 Sabendo que o período do cos( x ) é
p = 2π , fazemos:
π π /2 0 x
= 2π ⇒ x = 4π
2π π -1 2
Logo, o período da nova função é
3π 3π / 2 0 p = 4π .

4π 2π 1

59
 π
4) y = tan  x + 
 2
O gráfico desta função é o gráfico y = tan ( x ) deslocado horizontalmente de
x
unidades
2
para a esquerda.

π  π
x x+ tan  x + 
2  2

−π /2 0 0 Domínio:
D = {x ∈ IR / x ≠ kπ onde k ∈ Z }
0 π /2 ∃/
Imagem: IR
π /2 π 0 Período: π .
Assíntotas Verticais: x = kπ onde k ∈ Z
π 3π / 2 ∃/

3π / 2 2π 0

60
 π
5) y = 1 − 2 sen x − 
 2

x π  π  π  π
x− sen x −  2 sen x −  1 − 2 sen x − 
2  2  2  2

π /2 0 0 0 1

π π /2 1 2 -1

3π / 2 π 0 0 1

2π 3π / 2 -1 -2 3

5π / 2 2π 0 0 1

Domínio: IR
Imagem: [− 1, 3]
Período: 2π

1.12. Identidades Trigonométricas


Além das identidades trigonométricas básicas já relacionadas, também são válidas, dentre
outras, as seguintes identidades:

1) tan 2 (θ ) + 1 = sec 2 (θ ) 7) sen (2a ) = 2 sen (a ) cos(a )


2) cot 2 (θ ) + 1 = csc 2 (θ ) 8) cos(2a ) = cos 2 (a ) − sen 2 (a )
3) cos(a − b ) = cos(a ) cos(b ) + sen (a ) sen (b ) 9) sen 2 (a ) = (1 − cos(2a ))
1
4) cos(a + b ) = cos(a ) cos(b ) − sen (a ) sen (b ) 2
5) sen (a − b ) = sen (a ) cos(b ) − sen (b ) cos(a ) 10) cos 2 (a ) = (1 + cos(2a ))
1
6) sen (a + b ) = sen (a ) cos(b ) + sen (b ) cos(a ) 2

61
Exemplo 1 – Sabendo que tan ( x ) =
5
e que x é um arco do segundo quadrante, calcule o
12
valor de cos( x ) .

Vamos utilizar as relações tan 2 (θ ) + 1 = sec 2 (θ ) e sec(θ ) =


1
.
cos(θ )
Então temos que:
2
5 1 1 25
  +1 = ⇒ = +1
 12  cos (θ )
2
cos (θ ) 144
2

Daí,
⇒ cos( x ) = ±
1 169 12
=
cos (θ ) 144
2
13

Como x é um arco do segundo quadrante, então cos( x ) = −


12
.
13

Exemplo 2 – Calcule o valor de sen(75º ) .

Podemos escrever sen(75º ) = sen(30º +45º )


Assim
sen(75º ) = sen(30º +45º ) = sen(30º ) cos(45º ) + sen(45º ) cos(30º )

sen(75º ) = .
1 2 2 3
+ . ⇒
2 2 2 2
2+ 6
sen(75º ) =
4

Exemplo 3 – Sendo a um ângulo do 1º quadrante e b do 2º quadrante, cos(a ) =


4
e
5
sen(b ) = , calcule cos(a − b ) .
5
13

Como a está no 1º quadrante, sen(a ) = 1 −


16 3
= .
25 5

Como b está no 2º quadrante, cos(b ) = − 1 −


25 12
=− .
169 13
Portanto,
4  12  3 5
cos(a − b ) = . −  + . = −
33
5  13  5 13 65

62
 π
Exemplo 4 – Prove que sen a +  = cos(a )
 2
 π π  π 
sen a +  = sen(a ) cos  + cos(a )sen  ⇒
 2 2 2
 π
sen a +  = sen(a ).0 + cos(a ).1 ⇒
 2
 π
sen a +  = cos(a )
 2

Demonstração das identidades trigonométricas

1) tan 2 (θ ) + 1 = sec 2 (θ )
Sabemos que sen 2 (θ ) + cos 2 (θ ) = 1
Dividindo esta igualdade por cos 2 (θ ) temos:

sen 2 (θ ) cos 2 (θ )
⇒ tan 2 (θ ) + 1 = sec 2 (θ )
1
+ =
cos (θ ) cos (θ ) cos (θ )
2 2 2

2) cot 2 (θ ) + 1 = csc 2 (θ )
Sabemos que sen 2 (θ ) + cos 2 (θ ) = 1
Dividindo por sen 2 (θ ) temos:

sen 2 (θ ) cos 2 (θ )
⇒ cot 2 (θ ) + 1 = csc 2 (θ )
1
+ =
sen (θ ) sen (θ ) sen (θ )
2 2 2

3) cos(a − b ) = cos(a ) cos(b ) + sen(a )sen(b )

Sejam a e b arcos do ciclo trigonométrico conforme figura abaixo:

Temos que:
O(0.0 ) Q(cos(b ), sen(b ))
A(1,0) R(cos(a − b ), sen(a − b ))
P(cos(a ), sen(a ))

63
Os triângulos OPQ e OAR são semelhantes, logo, d (P.Q ) = d ( A, R ) .
Mas,
d (P.Q ) = (cos(b ) − cos(a ))2 + (sen(b ) − sen(a ))2 e
d ( A, R ) = (cos(a − b ) − 1)2 + (sen(a − b ) − 0)2
Assim,
(cos(b ) − cos(a ))2 + (sen(b ) − sen(a ))2 = (cos(a − b ) − 1)2 + (sen(a − b ) − 0)2
(cos(b ) − cos(a ))2 + (sen(b ) − sen(a ))2 = (cos(a − b ) − 1)2 + (sen(a − b ) − 0)2
2 − 2 cos(a ) cos(b ) − 2 sen(a )sen(b ) = 2 − 2 cos(a − b )
Portanto,
cos(a − b ) = cos(a ) cos(b ) + sen(a )sen(b )

4) cos(a + b ) = cos(a ) cos(b ) − sen (a ) sen (b )

cos(a + b ) = cos(a − (− b )) = cos(a ) cos(− b ) + sen(a )sen(− b )

Mas, cos(− b ) = cos(b ) e sen (- b ) = − sen(b )


Logo,
cos(a + b ) = cos(a ) cos(b ) − sen(a )sen(b )

5) sen (a − b ) = sen (a ) cos(b ) − sen (b ) cos(a )

 π  π
É fácil ver que cos a −  = sen(a ) e sen a −  = − cos(a ) .
 2  2
Portanto,
 π  π 
sen (a − b ) = cos (a − b ) −  = cos  a −  − b  ⇒
 2  2 
 π  π
sen (a − b ) = cos a −  cos(b ) + sen a −  sen(b ) ⇒
 2  2
sen (a − b ) = sen(a ) cos(b ) − cos(a )sen(b )

6) sen (a + b ) = sen (a ) cos(b ) + sen (b ) cos(a )

sen (a + b ) = sen(a − (− b )) = sen (a ) cos(− b ) − cos(a )sen(− b )

Mas, cos(− b ) = cos(b ) e sen (- b ) = − sen(b )


Logo,
sen (a + b ) = sen (a ) cos(b ) + cos(a )sen(b )

7) sen (2a ) = 2 sen (a ) cos(a )

Fazendo a = b na igualdade (6) temos:

64
sen (2a ) = sen(a + a ) = sen (a ) cos(a ) + sen(a ) cos(a ) ⇒
sen(2a ) = 2 sen(a ) cos(a )

8) cos(2a ) = cos 2 (a ) − sen 2 (a )

Fazendo a = b na igualdade (4) temos:

cos(2a ) = cos(a + a ) = cos(a ) cos(a ) − sen(a )sen(a ) ⇒


sen(2a ) = cos 2 (a ) − sen 2 (a )

9) sen 2 (a ) = (1 − cos(2a ))
1
2

Fazendo cos 2 (a ) = 1 − sen 2 (a ) na igualdade (8) temos:

cos(2a ) = 1 − sen 2 (a ) − sen 2 (a ) = 1 − 2 sen 2 (a ) ⇒


2 sen 2 (a ) = 1 − cos(2a ) ⇒

sen 2 (a ) = (1 − cos(2a ))
1
2

10) cos 2 (a ) = (1 + cos(2a ))


1
2

Fazendo sen 2 (a ) = 1 − cos 2 (a ) na igualdade (8) temos:

cos(2a ) = cos 2 (a ) − 1 + cos 2 (a ) = 2 cos 2 (a ) − 1 ⇒


2 cos 2 (a ) = 1 + cos(2a ) ⇒

cos 2 (a ) = (1 + cos(2a ))
1
2

65
1.13. Exercícios
Algumas Características das funções

1. Se a e h são números reais, determine e simplifique:

i) f (a ) ii) f (− a ) iii) − f (a ) iv) f (a + h ) v) f (a ) + f (h ) e


f (a + h ) − f (a )
vi) desde que h ≠ 0 em cada caso.
h
a) f ( x ) = 5 x − 2 b) f ( x ) = x 2 − x + 3

2. Uma função f satisfaz a condição f ( x + 1) = f ( x ) + f (1) qualquer que seja o valor da


variável x. Sabendo-se que f (2) = 1 , determine o valor de f (3) .

3. Obtenha o domínio das seguintes funções:

a) f ( x ) = x 3 − 2 x 2 + 2 x + 3 2x + 1
g) f ( x ) =
x2 + 5 3 x − 12
b) g ( x ) = x −1
x+2 h) g ( x ) =
t +1 x+2
c) f (t ) = 2
t −t −2 x +1
i) f ( x ) = 3
2t − 1 x − 4x
d) g (t ) = 2
t + 3t + 5 4x − 3
j) g ( x ) = 2
e) f ( x ) = 3 − x x −4
f) g ( x ) = 3 x + 8

4. Determine o conjunto B de modo que a sentença f ( x ) = x 2 defina uma função


sobrejetora de A = [− 3,4] em B. Nestas condições podemos dizer que f é bijetora?

Funções Compostas e Funções Inversas

. Determine o valor de x, para o qual ( f o f )( x) = 1 .


1
1. Considere f ( x) =
x −1

2. Se f ( x ) = 3x + 1 e g ( x ) = 2x 2 , determine o valor de f ( g (− 1)) − g ( f (− 1)) .

66
3. Considere as funções f ( x ) = 2 x + 1 e g ( x ) = x 2 − 1 . Determine as raízes da equação
f ( g ( x )) = 0 .

4. Sabendo que f ( x ) = x + 2 e f ( g (x )) = 2 x − 3 , determine a função g (x ) .

5. Sendo g ( x ) = x − 7 e f ( g ( x )) = 3x − 1 , determine a função f ( x ) .

6. Determine uma forma funcional composta para y em cada caso:

(
a) y = x 2 + 3 x )
1/ 3
d) y =
x+4 −2
1 x+4+2
b) y =
( x − 3)4 e) y =
1
c) y = 4 + x + 1 2 (x 2
+ 3x − 5 )
3

7. Sejam as funções reais definidas por f ( x) = x − 1. e g ( x) = ax + b . Sabendo que


f ( g ( x )) = −2 x , determine a função g ( x ) .

determine o valor de x de modo que f ( f ( x )) = 2 .


2
8. Se f ( x ) =
2x + 5
9. Sejam as funções f ( x ) = 2 x − 1 e g ( x ) = kx + t funções de IR em IR. Determine os
valores de k e t para que g ( x ) = f −1
(x ) .

10. Seja f : IR → IR uma função bijetora definida por f ( x ) = x 3 + 1 . Seja g : IR → IR ,


4x + 1   1 
uma função bijetora, definida por g ( x ) = . Determine o valor de f −1 (9) + g  f    .
3   2 
2+ x
11. A função f, definida em IR - {2} por f ( x ) = é inversível. O seu contradomínio é
2− x
IR - {a}. Determine o valor de a.

12. Dadas as funções bijetoras f ( x ) = 2 x − 3 e g ( x ) = x 3 , determine ( f o g ) (x ) .


−1

13. Seja f, de IR em IR, uma função definida por f ( x ) = mx + p . Se o gráfico de f −1


(x )
passa pelos pontos A(4,0) e B(0,3) , determine a função f ( x ) .

3x + 4 se x ≥ 1  x 2 + 1 se x > 3
14. Sejam f ( x ) =  e g (x ) =  determine os valores
5x + 2 se x < 1 5 x − 5 se x ≤ 3
de:
a) g ( f (2))
b) f −1 (g (0 ))

2x − 2 2x + 1  7
15. Sabendo-se que g ( f ( x )) = 2 x + 2 e g ( x ) = 1 − x determine f (5) + g  − 2  .
−1

67
f ( x ) − f ( g (2 ))
16. Determine as soluções da equação = 2 sabendo que f ( x ) = x 2 − 5 x e
g ( f (2 ))
g (x ) = 2 x + 3 .

Aplicações das Funções

1. Um equipamento sofre depreciação exponencial de tal forma que seu valor daqui a t
t
1
anos será V (t ) = 6561  . Determine a depreciação total sofrida até daqui a 3 anos.
3
2. A receita R, em reais, obtida por uma empresa com a venda de q unidades de certo
produto, é dada por R(q ) = 115q , e o custo C, em reais, para produzir q dessas unidades,
satisfaz a equação C (q ) = 90q + 760 . Para que haja lucro, é necessário que a receita R seja
maior que o custo C. Então, determine o número mínimo de unidades desse produto que
deverá ser vendido para que essa empresa tenha lucro.

3. Uma indústria pode produzir, por dia, até 20 unidades de um determinado produto. O
custo C (em R$) de produção de x unidades desse produto é dado por:
5 + x(12 − x ) se 0 ≤ x ≤ 10

C (x ) =  3
− 2 x + 40 se 10 < x ≤ 20

Se em um dia, foram produzidas 9 unidades e, no dia seguinte, 15 unidades, calcule o


custo da produção das 24 unidades.

4. Sobre os preços dos ingressos para certo espetáculo, foi estabelecido que, na compra de:
• Até um máximo de 20 ingressos, o preço unitário de venda seria de R$ 18,00;
• Mais de 20 unidades, cada ingresso que excedesse os 20 seria vendido por R$
15,00.
Nessas condições, determine a expressão que permite calcular, em reais, o gasto de uma
pessoa que compra x ingressos, x > 20.

5. Uma fórmula para verificar se uma pessoa do sexo feminino precisa ou não de dieta é
m
I = 2 , na qual m é a massa da pessoa, em quilogramas e a é a sua altura, em metros. Se I
a
estiver entre 20 e 50, a pessoa não precisa de dieta. Empregada a fórmula, uma mulher
com 51,2kg obteve I = 20. Determine a altura dessa mulher.

6. Um dos tanques de uma plataforma petrolífera tem a forma de um cubo de aresta 10m.
Considere que inicialmente o tanque está vazio. Num certo instante, é aberta um válvula
que verte petróleo para o tanque, à taxa de 4m³ por hora, até este ficar cheio. Qual é a
função que fornece a altura (H), em metros, do petróleo no tanque, t horas após a abertura
da válvula?

68
Algumas Funções Básicas

1. A função y = x 2 − 4 x + k tem valor mínimo igual a 8. Nestas condições, determine o


valor de k.

2. Sabendo que a parábola de equação y = ax 2 passa pelo vértice da parábola


y = 4 x − x 2 , determine o valor de a.

3. Determine o valor de f (2) sabendo que o gráfico da função quadrática definida por
f ( x ) = x 2 − mx + (m − 1) , onde m ∈ IR , tem um único ponto em comum com o eixo das
abscissas.

4. Planeja-se construir duas estradas em uma região plana. Colocando coordenadas


cartesianas na região, as estradas ficam representadas pelas partes dos gráficos da parábola
y = − x 2 + 10 x e da reta y = 4 x + 5 , com 2 ≤ x ≤ 8 . Qual a soma das coordenadas do
ponto representando a interseção das estradas?

5. Determine a distância do vértice da parábola y = − x 2 + 8 x − 17 ao eixo das abscissas.


6. Nessa figura, a reta r intercepta a parábola nos pontos (− 4,−24) e (2,0 ) .

a) Determine a equação da reta r.


b) Determine a equação dessa parábola.
c) Seja f ( x ) a diferença entre as ordenadas de pontos de mesma abscissas x, nesta ordem:
um sobre a parábola e o outro sobre a reta r. Determine x para que f ( x ) seja a maior
possível.

7. Num laboratório é realizada uma experiência com um material volátil, cuja velocidade
de volatização é medida pela sua massa, em gramas, que decresce em função do tempo t,
em horas, de acordo com a fórmula:
m(t ) = −3 2 t − 3t +1 + 108
Assim sendo, determine o tempo máximo de que os cientistas dispõem para utilizar este
material antes que ele se volatize totalmente.

8. De acordo com a Lei de Poiseville, a velocidade do sangue num ponto r cm do eixo


central de um vaso sanguíneo é dada dela função: v(r ) = C (R 2 − r 2 ) em cm/s. Onde C é
uma constante e R é o raio do vaso. Supondo, para um determinado vaso que
C = 1,8.10 4 e R = 10 −2 , calcule:

69
a) A velocidade do sangue no eixo central do vaso sanguíneo.
b) A velocidade do sangue no ponto médio entre a parede do vaso e o eixo central.

9. Duas plantas de mesma espécie, A e B, que nasceram no mesmo dia, foram tratadas
desde o início com adubos diferentes. Um botânico mediu todos os dias o crescimento, em
centímetros, dessas duas plantas. Após 10 dias de observação, ele notou que o gráfico que
representa o crescimento da planta A é uma reta passando por (2,3) e que o que representa
24 x − x 2
a planta B pode ser descrito pela lei matemática y = . Um esboço desses gráficos
12
está apresentado na figura abaixo.

Determine:
a) A equação da reta que representa o crescimento da planta A.
b) O dia em que as plantas A e B atingiram a mesma altura bem como a altura atingida
por elas.

10. Uma parede de tijolos será usada como um dos lados de um curral retangular. Para os
outros lados iremos usar 400 metros de tela de arame, de modo a produzir a área máxima.
Determine o valor dessa área e as dimensões do curral.

11. Um campo petrolífero tem 8 pontos que produzem um total de 1.600 barris de petróleo
por dia. Para cada poço adicional perfurado, a produção média decresce de 10 barris
diários. Quantos poços adicionais devem ser abertos para maximizar a produção?

12. Na figura, o ponto R representa a localização, à beira mar, de uma usina que capta e
trata o esgoto de certa região. Com o objetivo de lançar o esgoto tratado no ponto T, uma
tubulação RQT deverá ser construída.

O ponto T situa-se a 800 m do cais, em frente ao ponto P, que dista 2 km de R, conforme


ilustração acima. O custo da tubulação usada no trajeto retilíneo RQ, subterrâneo ao longo
do cais, é de 100 reais por quilômetro, e o custo da tubulação usada na continuação QT,
também retilínea, porém submarina, é de 180 reais por quilômetro. Sendo x a medida de
PQ, determine.

70
a) A função f que representa o custo, em reais, da tubulação RQT em termo de x, em
quilômetros.
b) O custo da tubulação, supondo que x = 1 km .

13. Um balão de ar quente é liberado à 1h da tarde e sobe verticalmente à razão de 2 m/s;


Um ponto de observação está situado a 100m do ponto do chão diretamente debaixo do
balão. Sendo t o tempo em segundos, após 1 da tarde, exprima a distância d do balão ao
ponto de observação em função de t.

14. A primeira aeronave do programa Apolo tinha a forma de um tronco de cone circular
reto. Na figura, os raios da base a e b já foram determinados.
a) Utilize semelhança de triângulos para expressar y como função de h.
b) Expresse o volume do tronco em função de h
c) Se a = 2m e b = 1m, para que valores de h o volume do tronco é de 20 m3?

15. De acordo com Keynes (John Maynard, economista inglês, pioneiro da


macroeconomia, 1883 – 1946), a demanda por moeda para fins especulativos é função da
10
taxa de juros. Admita que em determinado país y = (para x > 3) , em que x é a taxa
x−3
anual de juros (em %) e y é a quantia (em bilhões) que as pessoas procuram manter para
fins especulativos.
a) Esboce o gráfico dessa função.
b) Qual a demanda por moeda para fins especulativos se a taxa de juros for 7% ao
ano?
71
c) O que acontece com a demanda quando x se aproxima de 3% ao ano?

4.(10)
8
16. Numa população, a distribuição da renda é dada por y = em que x é a renda
x 1,8
mensal de cada pessoa.
a) Quantas pessoas ganham pelo menos R$ 6.000,00 por mês?
b) Qual a menor renda das 1.000 pessoas com renda mais altas?
c) Qual a menor renda das 4.000 pessoas com renda mais alta?

17. Há água vazando para fora de um reservatório que contém um orifício no fundo.
Segundo a Lei de Torricelli, em qualquer instante, a velocidade v com a qual a água
escapa de um reservatório é dada por uma função potência da profundidade d da água
naquele instante, estas duas variáveis se relacionam pela fórmula v = kd p onde k e p são
constantes. Quando d = 1 pé tem-se v = 8 pés / s e quando d = 1 / 4 pé tem-se
v = 4 pés / s . Expresse a fórmula da função v = f (d ) e esboce seu gráfico.

18. O Triathlon Ironman é uma corrida que consiste em três etapas: 2,4 milhas de natação,
seguidas de 112 milhas de ciclismo, e, por último, 26,2 milhas de maratona. Um
participante nada uniformemente a 2milhas/hora, pedala uniformemente a 20 milhas/hora,
e depois corre uniformemente 9 milhas/hora. Supondo que nenhum tempo seja perdido na
transição entre uma etapa e outra, determine uma fórmula para a distância d, percorrida em
milhas, como uma função do intervalo de tempo t, em horas, desde o início da competição.

19. Uma indústria pode produzir, por dia até 20 unidades de um determinado produto. O
custo C, em R$, da produção de x unidades desse produto é dado por:
5 + x(12 − x ) se 0 ≤ x ≤ 10

C ( x) =  3
- 2 x + 40 se 10 < x ≤ 20

a) Esboce o gráfico dessa função.


b) Se, em um dia, foram produzidas 9 unidades, e no dia seguinte, 15 unidades,
calcule o custo da produção das 24 unidades.

20. Sobre o preço dos ingressos para certo espetáculo, foi estabelecido que, na compra de:
• Até um máximo de 20 ingressos, o preço unitário de venda seria R$ 18,00.
• Mais de 20 unidades, cada ingresso que excedesse os 20 seria vendido por
R$ 15,00.
Determine a expressão da função que representa a receita do espetáculo e esboce o seu
gráfico sabendo que no teatro cabem no máximo 50 pessoas.

21. Durante o ano de 1997 uma empresa que teve seu lucro diário L dado pela
função L( x ) = 50( x − 100 + x − 200 ) onde x = 1, 2, 3L , 365 corresponde a cada dia do ano
e L é dado em reais. Determine em que dias do ano o lucro foi e R$ 10.000,00.

22. O volume de água em um tanque varia com o tempo de acordo com a equação
V (t ) = 10 − 4 − 2t − 2t − 6 , t ∈ IR+ . Nela V é o volume medido em m³ após t horas,
contadas a partir de 8h de uma manhã. Determine os horários inicial e final dessa manhã
em que o volume permanece constante.

72
23. Nas proximidades da superfície terrestre, a pressão atmosférica P, em atmosfera (atm),
é dada em função da altitude h, em quilômetro, aproximadamente por:
P (t ) = (0,9 ) .
h

Se, no topo de uma montanha, a pressão é 0,729 atm, determine a altitude desse topo.

24. Mensalmente, a produção em toneladas de certa indústria é dada pela expressão:


y = 100 − 100.4 −0, 05 x
na qual x é o número de meses contados a partir de certa data. Após dez meses, qual será a
produção atingida?

25. Um empregado está executando sua tarefa com mais eficiência a cada dia. Suponha
( )
que N = 640. 1 − 2 −0,5t seja o número de unidades fabricadas por dia por esse empregado
após t dias do início do processo de fabricação. Se t = 14 , qual é o valor de N?

26. Em um município, após a pesquisa de opinião, constatou-se que o número de eleitores


dos candidatos A e B variava em função do tempo t, em anos, de acordo com as seguintes
funções:
A(t ) = 2.10 5.(1,6 ) e B (t ) = 4.10 5.(0,4 )
t t

Considere as estimativas corretas e que t = 0 refere-se dia 1º de janeiro de determinado


ano.
a) Calcule o número de eleitores dos candidatos A e B em 1º de janeiro desse ano.
b) Determine em quantos meses os candidatos terão o mesmo número de eleitores.
c) Mostre que, em 1º de outubro desse ano, a razão entre os números de eleitores de A
e B era maior que 1.

27. Um cientista está estudando um determinado tipo de bactérias. O cientista percebe


que, se o crescimento no número de bactérias for exponencial, ele será representado pela
função g (t ) = a t + b e, se o crescimento for linear, ele será representado pela função
f (t ) = at + c em que t é o tempo de observação. Através do gráfico, determine o número
inicial de bactérias, supondo que o crescimento seja linear.

28. Considere a função f ( x ) = log 2 x . Determine os valores de m e n sabendo que


f (n ) = m e f (n + 2 ) = m + 1 .

73
29. A figura mostra o esboço dos gráficos das funções f ( x ) = 2 2 x e g ( x ) = log 2 ( x + 1) .
Determine a área do triângulo ABC.

30. A curva a seguir representa a função f ( x ) = log 2 (x ) , sendo D e E dois dos seus
pontos. Se os pontos A e B têm coordenadas respectivamente iguais a (k ,0) e (4,0) com
k ∈ IR e k > 1 , a área do triângulo CDE será igual a 20% da área do trapézio ABCD para
que valor de k?

31. Ao perceber uma mancha de óleo no mar, o capitão de um navio petroleiro comunicou
imediatamente à Capitania dos Portos o vazamento em seu navio. Algum tempo depois, os
técnicos da Defesa Ambiental constataram que a mancha de óleo cobria 12 Km² da
superfície do mar e crescia 2% por hora; concluíram também que, no momento do
comunicado à Capitania dos Portos, a área da mancha de óleo era 10 Km². Supondo que a
taxa de crescimento tenha sido constante até o momento da medição, quanto tempo
decorreu desde o momento do comunicado à Capitania dos Portos até a conclusão da
medição da área da mancha de óleo?

32. O anúncio de certo produto aparece diariamente num certo horário na televisão. Após
t dias do início da exposição, o número de pessoas (y) que ficam conhecendo o produto é
dado por y = 3 − 3(0,95) , onde y é dado em milhões de pessoas. Para que valores de t
t

teremos pelo menos 1,2 milhões de pessoas conhecendo o produto?

33. Suponha que o nível sonoro β e a intensidade I de um som estejam relacionados pela
equação logarítmica β = 120 + 10 log I em que β é medido em decibéis e I, em watts por
metro quadrado. Sejam I 1 a intensidade correspondente a um nível sonoro de 80 decibéis
de um cruzamento de duas avenidas movimentadas e I 2 a intensidade correspondente ao
74
nível sonoro de 60 decibéis do interior de um automóvel com ar condicionado. Determine
a razão I 1 / I 2 .

34. A energia nuclear, derivada de isótopos radioativos, pode ser usada em veículos
espaciais para fornecer potência. Fontes de energia nuclear perdem potência gradualmente,
t

no decorrer do tempo. Isso pode ser descrito pela função exponencial P = P0 .e 250
na qual
P é a potência instantânea, em watts de radioisótopos de um veículo espacial; P0 é a
potência inicial do veículo e t é o intervalo de tempo, em dias, a partir de t 0 = 0 . Nessas
condições, quantos dias são necessários, aproximadamente, para que a potência de um
veículo espacial se reduza à quarta parte da potência inicial?

35. No dia 6 de junho de 2000, um terremoto atingiu a cidade de Arncara, na Turquia,


registro de 5.9 graus na escala Richter e outro terremoto atingiu o oeste do Japão, com
registro de 5,8 graus na escala Richter. Considere que m1 e m2 medem a energia liberada
sob a forma de ondas que se propagam pela crosta terrestre por terremotos com registros,
na escala Richter, r1 e r2 , respectivamente. Sabe-se que estes valores estão relacionados
pela fórmula r1 − r2 = log(m1 / m2 ) . Considerando-se que r1 seja o registro do terremoto da
Turquia e r2 o registro do terremoto do Japão, determine o valor da razão m1 / m2 .

36. Suponha que V (d ) informe a altura, em pés, da maré cheia em Vitória, em um dia
específico, d, do ano. Use deslocamentos da função para determinar fórmulas para as
seguintes funções:

a) G (d ) , a altura da maré cheia em Guarapari no dia d, dado que a maré cheia em


Guarapari é sempre um pé mais alta que a maré cheia em Vitória.
b) S (d ) , a altura da maré cheia em Serra no dia d, dado que a maré cheia em Serra
tem a mesma altura que a maré cheia em Vitória no dia anterior.

37. Um tijolo quente é retirado do forno e colocado no chão para esfriar. Seja t o tempo,
em minutos, depois de que o tijolo é retirado. A diferença, D(t ) , entre a temperatura do
tijolo, inicialmente a 350ºF, e a temperatura ambiente, de 70ºF, decai exponencialmente
com o passar do tempo, a uma taxa de 3% por minuto. A temperatura do tijolo, H (t ) , é
uma transformação de D(t ) . Determine uma fórmula para H (t ) . Compare os gráficos de
D(t ) e de H (t ) , prestando atenção nas assíntotas.

38. Esboce o gráfico de cada uma das funções abaixo:

3x + 3 se x ≤ 0 
a) f ( x) =  2 x − 3 se x ≤ −2
x + 4 x + 3 se x > 0
c)

f ( x) =  2
x − 2 se x ≤ 1 - x se -2 < x < 1
 2 - x + 4 se x ≥ 1
f ( x ) = − x + x + 2 se 1 < x < 3

b)
- 1 se x ≥ 3


75
 1 h) f ( x ) =| x 2 − 5 x + 6 |
 x + 1 , se x < −1
i) f ( x ) =
1
 9 − x2
d) f ( x ) =  x 3 + 1, se - 1 ≤ x < 2 3
 2
− x − 2 + 1, se x ≥ 2 1 
j) f ( x ) = − 4 −  x 
 2 
k) f (x ) = − ln ( x + 3)
f ( x ) =| x − 1 | −
1
e)
2
x−2
f) f ( x) =
x−2
g) f ( x ) =| x − 4 | + x − 2

Funções Trigonométricas e Trigonométricas Inversas

1 – Calcule y em cada caso.

π  π 
a) y = sen (π ) + 2 sen   + 4 sen  
2 6
π  π 
b) y = 2 sen 2   + 4 sen   − 5
4 4
π 
c) y = cos(π ) − cos 2  
2
π
d) y = 2 cos(4 x ) − sen(2 x ) + tan( x ) − 4 sec(4 x ) para x =
4
3 tan (2 x ) − sec(2 x ) π
e) y = para x =
5 cot ( x ) + csc(3 x ) 2
5 sen 2 ( x ) − 4 csc(x ) π
f) y = para x =
sec(2 x ) + cos(3x ) 6

2 – Determine o sinal de cada uma das expressões abaixo:

sen (x ) sec( x )
a) y = para x no 4º quadrante
csc( x ) tan (x )

tan (x ) cos( x )
b) y = para x no 2º quadrante
sen ( x )[cos( x ) + sec( x )]

sen (240º ) cos(330º )


c) y =
cot (212º ) csc(49º )

3 – Determine m para que tenha solução as seguintes equações:

a) sen( x ) = 2m − 5

76
b) cos( x ) =
2m − 4 f) tan ( x ) = 2 − m
3 g) cos( x ) = 2m 2 − 3m − 1
c) cos( x ) = 3 − 4m
h) m 2 + cos( x ) = 1
3 − 6m
d) sen ( x ) =
2
e) tan ( x ) = 4m − 5

4 – Determine o período de cada uma das funções abaixo:

a) y = sen(4 x )  π
e) y = 5 + 2 tan  2 x − 
 4
b) y = sen(3x − π )
 2π 
f) y = 5 − sen  2 x + 
x   3 
c) y = 3 sen − π 
8 
 5x 
g) y = 2 − 4 tan  − π 
 π  2 
d) y = 2 − 3 sen  6 x + 
 2

5 – Dê o valor máximo e o mínimo que y pode ter em cada caso:

a) y = 7 sen( x ) + 3 b) y = 5 − cos(4 x ) c) y = 2 + sen 2 ( x )

6 – Estude cada uma das funções abaixo quanto ao domínio, amplitude, imagem e período
e faça um esboço de seu gráfico.

a) y = −2 sen(x ) f) y = sen ( x )
x
b) y = cos  π
g) y = 2 − sen( x − )
2 2
 π h) y = tan(2 x )
c) y = sen  x + 
 2 i) y = 10 + 3 cos(2 x − π )
d) y = sen( x ) + 2
e) y = 3 − cos( x )

7 - A energia elétrica domiciliar no Brasil é fornecida sob a forma de corrente alternada. A


Voltagem oscila, suavemente, entre + 180 V e − 180 V , 60 vezes por segundo. Use uma
função cosseno para modelar a voltagem alternada V em função do tempo t e esboce o
gráfico dessa função.

8 – Em uma reserva ecológica de Colatina uma população de coelhos aumenta e diminui a


cada ano. Ela tem um máximo de 15.000 coelhos, em janeiro. Em julho quando o tempo
esfria e os alimentos tornam-se menos abundantes, o tamanho da população diminui à 1/3
da população máxima. No mês de janeiro seguinte a população aumenta novamente para
15.000 coelhos, completando o ciclo anual. Use uma função trigonométrica para
determinar uma fórmula possível para R = f (t ) , onde R é o tamanho da população de

77
coelhos como uma função do número t, de meses do ano a partir de janeiro. (Considere
t = 0 correspondente ao mês de janeiro).

9 - No movimento de um pêndulo, se o comprimento do fio é muito grande, comparado ao


deslocamento, e o atrito é desprezado, o movimento pode ser caracterizado pela equação:
x = A cos(wt + δ )
Onde A, w e δ são constantes chamados parâmetros do movimento, e x é a posição do
corpo no instante t, em relação à posição de equilíbrio ( x = 0) . Convencionado o
deslocamento à direita como positivo, e à esquerda como negativo.

Considere o movimento caracterizado pelos parâmetros: A = 5m , w = π rad / s e


π
δ = rad . Determine:
3
a) A equação de rege este movimento.
b) O gráfico desta equação.
c) A distância máxima do corpo à posição de equilíbrio (Amplitude).
d) O período (tempo gasto para uma oscilação completa).
e) A distância do corpo à posição de equilíbrio em t = 0s (fase inicial).
f) A posição do corpo em t = 1s

10 – A equação e = Emax. sen(2πFt ) representa a tensão elétrica de um sistema elétrico


em função do tempo t. Considere um sistema elétrico com frequência F = 60 Hz e valor
eficaz Eef = 127 V . Determine:
1
a) O período T sabendo que T = .
F
b) O valor de Emax sabendo que Emax = Eef 2 .
c) A equação de rege a tensão elétrica deste sistema em função de t.
d) O gráfico desta equação.
e) A tensão após 4 ms = 4.10 −3 s
f) A tensão após 9 ms = 9.10 −3 s
g) O instante em que a tensão atinge seu máximo.
h) Os instantes nos quais a tensão é nula.

11 – Encontre o valor exato de:

 3  1 
a) arcsen   c) arc tan  
  3
 2 
 1  d) arc sec(2)
b) arc cos  e) arc tan(1)
 3
78
 1    7π 
f) arcsen  j) arcsen  sen   
 2   3 
(
g) arc cot − 3 ) k) tan(arc sec(4))
 1   3 
h) arc cos −  l) sen 2 arcsen  
 2   5 
i) tan(arc tan(10))

79

Potrebbero piacerti anche