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CÁLCULO I
Serra 2015
1
Sumário
1. FUNÇÕES E SUAS PROPRIEDADES .................................................................... 3
1.1. Por que estudar as Funções.................................................................................. 3
1.2. Conceito de Função ............................................................................................... 3
1.3. Algumas Características das Funções ................................................................. 5
1.4. Funções Compostas ............................................................................................. 15
1.5. Funções Inversas ................................................................................................. 17
1.6. Algumas Funções Básicas ................................................................................... 21
1.7. Funções Definidas Por Partes e Funções Modulares ....................................... 27
1.8. Função Exponencial ............................................................................................ 36
1.9. A Função Logarítmica ........................................................................................ 38
1.10. Funções Trigonométricas e Trigonométricas Inversas ................................ 41
1.11. Transformações das funções trigonométricas .............................................. 57
1.12. Identidades Trigonométricas ......................................................................... 61
1.13. Exercícios ......................................................................................................... 66
Algumas Características das funções .......................................................................... 66
Funções Compostas e Funções Inversas ...................................................................... 66
Aplicações das Funções ............................................................................................... 68
Algumas Funções Básicas ........................................................................................... 69
Funções Trigonométricas e Trigonométricas Inversas ................................................ 76
2
1. FUNÇÕES E SUAS PROPRIEDADES
As funções são consideradas o elemento chave para a modelagem matemática que nada
mais é do que descrever os problemas do mundo real em termos matemáticos. A noção de
função é fundamental para todo o nosso trabalho em cálculo.
Este capítulo abre caminho para o cálculo discutindo as ideias básicas relacionadas às
funções e seus gráficos, bem como as formas de combiná-los e transformá-los.
Uma função pode ser representada por uma equação, uma tabela numérica, um gráfico ou
verbalmente. O gráfico de uma função é uma maneira particularmente útil de visualizar
suas propriedades e comportamento geral.
Vamos estudar aqui os principais tipos de funções que ocorrem no cálculo e descrever o
modo de usá-las como modelos matemáticos do nosso cotidiano. Daremos ênfase especial
para as funções exponenciais, trigonométricas e suas inversas.
Em todos os casos, o valor de uma variável, que podemos chamar de y, depende do valor
de outra, que podemos denominar de x. Uma vez que o valor de y é completamente
determinado pelo valor de x, dizemos que y é uma função de x.
Definição – Uma função de um conjunto A em um conjunto B é uma lei que associa a cada
elemento x de A um e somente um elemento y de B.
Usamos as seguintes notações:
f :A→ B A →
f
B f :A→B
ou ou tal que y = f ( x )
x a f ( x) x a f (x) xa y
3
O conjunto A é chamado domínio da função e o conjunto B é chamado contradomínio da
função. Como a definição não obriga que todos os elementos de B sejam atingidos pela
função, o conjunto dos elementos atingidos chama-se imagem de A pela função f, ou
simplesmente imagem da função.
Representações de Funções
r 1 cm 2 cm 3 cm ...
A π cm 2 4π cm 2 9π cm 2 ...
Como o raio do círculo deve ser positivo, o domínio da função A(r ) é dado por:
D = {r ∈ IR / r > 0} =]0, ∞[ , assim seu gráfico é parte de uma parábola.
4
Usando o Diagrama de Venn – Euler a tabela que montamos anteriormente podemos
representar a função A(r ) da seguinte maneira:
A B
Cada flecha conecta um elemento de A com um único elemento de B. A flecha indica, por
exemplo, que 2 está associado a 4π . Podemos escrever ainda que A(2) = 4π .
Usualmente definimos uma função f enunciando uma fórmula para calcular o valor de
f ( x ) para cada valor de x dado. Quando o domínio de uma função não é especificado no
problema, tomamos como domínio todos os valores reais de x para os quais existe a
imagem y = f ( x ) .
Se x está no domínio de f, dizemos que f é definida em x, ou que f ( x ) existe, caso
contrário dizemos que f ( x ) não existe ou que f não está definida em x.
a) f (27 ) = 27 − 2 = 25 = 5
b) f (2 ) = 2 − 2 = 0 = 0
c) f (1) = 1 − 2 = − 1 ∉ R
Observe que x não pode assumir certos valore, por exemplo, para x = 1 temos que f (1)
não é um número real e portanto, nem todo número real pertence ao domínio dessa função.
Para determinar o domínio de uma função é preciso obedecer duas regras básicas da
matemática, que chamaremos de “Condições de Existência”. Essas regras são válidas
sempre que estivermos tratando de números reais.
a
•Em uma fração o denominador deve ser sempre diferente de zero. com b ≠ 0
b
• Em uma raiz de índice par o radicando deve ser sempre maior ou igual a zero.
(
a com a ≥ 0 )
Exemplo 2 - Determine o domínio das funções abaixo:
5
2 5x x −3
a) y = x 2 + 5 x − 2 b) y = c) y = x − 2 d) y = e) y =
x−3 4−x x−5
x−3≠ 0⇒ x ≠ 3
Logo: D = R − {3}
x−2≥0⇒ x≥2
Graficamente temos que:
Logo: D = [2, ∞[
4− x >0⇒ x < 4
Graficamente temos que:
Logo: D =] − ∞, 4[
x−5 ≠ 0⇒ x ≠ 5
e
x -3 ≥ 0 ⇒ x ≥ 3
Graficamente temos que:
Imagem
Im f = {y ∈ B / y = f ( x ) para algum x ∈ A}
6
Exemplo - Determine a imagem de cada uma das funções abaixo:
Im f = [ −2, ∞[ Im f = IR
Interceptos da Função
7
Uma função f : A → B é dita injetora se para quaisquer elementos distintos do conjunto
A ( x1 ≠ x2 ) correspondem elementos distintos do conjunto B( y1 ≠ y 2 ) .
Isto é,
x1 ≠ x 2 ⇒ f ( x1 ) ≠ f ( x 2 )
Exemplo - Observe cada uma das funções abaixo descrita através de seus diagramas de
Venn:
Em relação ao seu gráfico uma função é considerada injetora se qualquer reta horizontal
intercepta o gráfico, no máximo, uma vez.
Im( f ) = B .
Para o diagrama de Vem de uma função representar uma função sobrejetora é preciso que
todos os elementos B sejam atingidos por pelo menos uma flecha.
8
f(x) é sobrejetora f(x) não é sobrejetora
Em relação ao seu gráfico uma função somente será sobrejetora se a projeção do gráfico
sobre o eixo Oy for seu contradomínio.
É fácil ver que as funções que são crescentes ou decrescentes em todo o seu domínio são
funções bijetoras.
9
f : IR → IR f : IR+* → IR
f (x ) = x + 2 f ( x ) = log1 / 2 ( x )
10
d) Considerando A = IR e B = IR, f(x) não é injetora nem sobrejetora.
Uma função y = f(x) é crescente se, atribuindo a x valores crescentes, se obtém para y
valores também crescentes. Isto é:
x1 < x 2 ⇒ f ( x1 ) < f ( x 2 )
Uma função y = f(x) é decrescente se, atribuindo a x valores crescentes, se obtém para y
valores decrescentes. Isto é:
x1 < x 2 ⇒ f ( x1 ) > f ( x 2 )
11
Uma função y = f(x) é constante se, atribuindo a x valores crescentes, y permanece
invariável. Isto é,
f ( x1 ) = f ( x 2 ) para todo x1 , x 2 ∈ D f
Uma função que seja crescente ou constante num intervalo é chamada não decrescente
naquele intervalo; se uma função for constante ou decrescente num intervalo ela é
chamada não crescente naquele intervalo.
Exemplo 4 - Os gráficos abaixo descrevem uma função não decrescente e uma função não
crescente:
“Da esquerda para a direita siga o traçado do gráfico da função com o dedo. Nos
intervalos em que seu dedo sobe a função é crescente e nos intervalos em que ela desce a
função é decrescente. Se seu dedo seguir na horizontal, a função é constante.”
12
Exemplo 5 - Usando o teste acima, determine os intervalos de crescimento e
decrescimento da função f(x) ilustrada abaixo:
Resolução:
Já vimos que uma função pode não ser crescente (ou decrescente) em todo o seu domínio,
tendo intervalos em que cresce e intervalos em que decresce. Quando isso ocorre a função
apresenta máximos ou mínimos locais, conforme o caso.
Se x 0 é tal que f (x 0 ) é o maior valor que a função assume em todo o seu domínio, então
x 0 é dito ponto de máximo absoluto de f.
13
Exemplo - Determine os pontos de máximos e mínimos locais e absolutos da função cujo
gráfico está ilustrado abaixo:
x2 − 2
f (x ) = x 2 f (x ) = x 4 − 3 f (x ) =
x2 + 2
14
Uma função f é ímpar se f (− x ) = − f ( x ) para todo x ∈ D f .
x3
f (x ) = x 3 f (x ) = x 5 + 3x f (x ) =
x2 − 4
Por exemplo, f ( x ) = x 2 + 5 x − 1 não é nem par nem ímpar, pois calculando f (− x ) temos:
f (− x ) = (− x ) + 5(− x ) − 1 = x 2 − 5 x − 1
2
Logo, f (− x ) ≠ f ( x ) e f (− x ) ≠ − f (x ) .
h( x ) = ( f o g )( x ) = f ( g ( x ))
15
A imagem de um determinado elemento x de A através da função composta ( f o g)é
definida em duas partes:
a) ( f o g )( x ) = f ( g ( x )) = f ( x)= ( x) 2
− 16 = x − 16 = x − 16
Para certos problemas no cálculo, costumamos inverter este procedimento, ou seja, dado
y = h( x ) para alguma função h, determinamos uma forma funcional composta
y = f (u ) e u = g ( x ) tal que h( x ) = f ( g ( x )) .
u = 2x + 5
Fazendo temos que y = f (u ) = u 8 onde u = 2 x + 5
y = u 8
O método usado para resolver este exemplo pode ser aplicado a outras funções.
Em geral suponha y = h( x ) . Para escolher a expressão interior u = g ( x ) em uma forma
funcional composta, faça a seguinte pergunta:
“Se estivesse usando uma calculadora que parte de y = h( x ) seria calculada primeiro?”
Exemplo - Observe a tabela abaixo que ilustra a escolha de algumas formas funcionais
compostas:
y = 4 − x2 u = 4 − x2 y= u
2 u = 3x − 1 2
y= y=
3x − 1 u
−1 −1
1. O domínio da função f é a imagem da função f e o domínio da função f é a
imagem de f.
−1
Diretrizes para determinar f .
1 – Verifique se f pode ser definida com domínio e contradomínio nos quais ela é bijetora.
2 – Resolva a equação y = f (x ) em relação à x em termos de y, obtendo uma equação da
forma x = f −1 ( y ) .
18
3 – Troque y por x na função encontrada em (2) para obter a função y = f −1 (x ) que será a
função inversa de f.
4 – Verifique se valem as condições f −1 ( f ( x )) = x e f ( f −1 ( x )) = x para todo x nos
domínios de f e f −1 .
1 - É fácil ver que o domínio e a imagem de f é todo o conjunto dos números reais, logo
f : IR → IR é uma função bijetora. (observe seu gráfico)
19
Exemplo 2 - Seja f ( x ) = x 2 − 3 para x ≥ 0 . Determine a função inversa de f.
y = x2 − 3 ⇒ x2 = y + 3 ⇒ x = y+3
3 – Trocando x por y obtemos a função:
f −1
(x ) = x+3
f f ( (x )) = f (
−1
x+3 = ) ( )2
x +3 −3 = x +3−3 = x
f −1
( f (x )) = f −1
(x 2
)
− 3 = x2 − 3 + 3 = x2 = x
20
1.6. Algumas Funções Básicas
Função Constante
Características
Domínio – IR
Imagem –
Gráfico – O gráfico de uma função constante é uma reta horizontal na altura de y = c
Função Linear
Características
Domínio – IR
Imagem – IR
Gráfico – O gráfico de uma função linear é uma reta e é obtido pelo deslocamento do
gráfico da função y = x .
b
O gráfico de y = ax + b intercepta o eixo x no ponto de abscissa x = −
a
21
A constante b é chamada coeficiente linear e representa no gráfico o ponto onde a reta
intercepta o eixo-y.
Quando a > 0 , o gráfico corresponde a uma função crescente e quando a < 0 o gráfico
corresponde a uma função decrescente.
a>0 a<0
Função Quadrática
Características
Domínio – IR
∆
[− 4a , ∞[ se a ≥ 0
Imagem –
] − ∞, − ∆ ] se a < 0
4a
Gráfico – O gráfico desse tipo de função é uma curva chamada parábola e é obtido através
das transformações da função y = x 2 .
22
A concavidade da parábola é voltada para cima se a > 0 e voltada para baixo se a < 0 .
a>0 a<0
O ponto V do gráfico acima é chamado Vértice da parábola e suas coordenadas são dadas
por:
−b
xv = 2a
V ( x v , y v ) Onde
y = − ∆ ou y = f ( x )
v 4a v v
Função Potência
f (x ) = x n
Onde n é uma constante.
Características
Domínio – IR
Imagem – IR
Simetria – Origem
Paridade – Função ímpar
Domínio – IR
Imagem - [0; ∞[
Simetria – Eixo y
Paridade – Função par
24
Exemplo 3 - Considere a função f ( x ) = x 3
Domínio – IR
Imagem – IR
Simetria – Origem
Paridade – Função ímpar
Domínio – [0, ∞[
Imagem - [0, ∞[
25
1
Exemplo 2 - Considere a função f ( x ) = x = 3 x
3
Domínio – IR
Imagem – IR
Simetria – Origem
Paridade – Função ímpar
Domínio – IR
Imagem - [0, ∞[
Simetria – Eixo y
Paridade – Função par
26
Domínio – IR − {0}
Imagem – IR − {0}
Simetria – Origem
Paridade – Função ímpar
Domínio – IR − {0}
Imagem – ]0, ∞[
Simetria – Eixo y
Paridade – Função par
Funções definidas por partes são funções definidas por fórmulas diversas em diferentes
partes do seu domínio.
1 − x se x ≤ 1
Exemplo 1 - Esboce o gráfico da função f definida por f ( x ) =
x − 1 se x > 1
Como fazer o gráfico de f?
Observe que a parte do gráfico de f à esquerda da reta vertical x = 1 deve coincidir com a
reta y = 1 − x , enquanto que a parte do gráfico de f à direita da reta vertical x = 1 deve
coincidir com a reta y = x − 1 . Neste caso, precisamos de apenas dois pontos de cada lado
da reta x = 1 para esboçar seu gráfico.
27
x ≤1 x >1
x y=1-x x y =x-1
0 1 1 0
1 0 2 1
Logo:
2 x + 1 se x ≤ −2
Exemplo 2 - Esboce o gráfico da função definida por f ( x ) =
3 se x > −2
Seguindo os mesmos passos do exemplo anterior podemos construir as seguintes tabelas:
x ≤ −2 x > −2
x y = 2x + 1 x y =3
-3 -5 -2 3
-2 -3 1 3
Assim:
x 2 + 1 se x ≤ −1
Exemplo 3 - Esboce o gráfico da função definida por f ( x ) = 6 se − 1 < x < 1
7 − x se x ≥ 1
Neste caso precisamos construir três tabelas, pois a função tem três leis de formação.
28
x ≤ −1 −1 < x < 1 x ≥1
x y = x2 + 1 x y=6 x y=7-x
-2 5 -1 6 1 6
-1 2 1 6 2 5
Assim:
Funções Modulares
Dado um número real x, sempre existe x e seu valor é único. Podemos então, definir uma
função f : R → R+ tal que f ( x ) = x chamada de Função Modular.
Usando a definição de x temos que:
x se x ≥ 0
f (x ) =
− x se x < 0
29
x<3 x≥3
x y=-x+3 x y=x-3
2 1 3 0
3 0 4 1
x<0 x≥0
x y=-x+1 x y=x+1
0 1 1 2
-1 2 0 1
30
Exemplo 3 - Esboce o gráfico de f (x ) = − x
− x se x ≥ 0
Temos que f ( x ) =
x se x < 0
x<0 x≥0
x y=x x y=-x
0 0 1 -1
-1 -1 0 0
Temos que:
x + 2 se x + 2 ≥ 0
x+2 =
− ( x + 2 ) se x + 2 < 0
Isto é,
x + 2 se x ≥ −2
x+2 =
− x − 2 se x < −2
x − 1 se x ≥ −2
f (x ) =
− x − 5 se x < −2
31
x < −2 x ≥ −2
x y=-x-5 x y=x-1
-5 0 -2 -3
-2 -3 1 0
x<0 x≥0
x y = - 3x x y = 3x
0 0 1 3
-1 3 0 0
32
Exemplo 6 - Esboce o gráfico da função f ( x ) = 2 − x 2 .
2 − x 2 se x ≤ 2
f (x ) =
x − 2 se x > 2
2
x
Exemplo 7 - Esboce o gráfico da função f ( x ) = :
x
Temos que:
x se x ≥ 0
x =
− x se x < 0
Dividindo por x temos que:
x
x se x > 0
x
=
x x
− se x < 0
x
Assim,
33
1 se x > 0
f (x ) =
− 1 se x < 0
Portanto o gráfico de f(x) é uma reta horizontal na altura do 1 se x > 0 e uma reta
horizontal na altura do – 1 se x < 0 .
Temos que:
x - 2 se x ≥ 2 x + 1 se x ≥ −1
x−2 = e x +1 =
− x + 2 se x < 2 − x − 1 se x < −1
Para escrever f(x) como uma função definida por partes, iremos usar uma tabela na qual
escreveremos a lei de formação de cada um dos módulos nas diferentes partes de seus
domínios.
Assim,
2 x - 1 se x ≥ 2
f ( x ) = 3 se - 1 ≤ x < 2
− 2 x + 1 se x < -1
34
Marcando esses pontos no plano cartesiano temos que:
Temos que:
x + 3 se x ≥ −3 x − 1 se x ≥ 1
x+3 = e x −1 =
− x − 3 se x < −3 − x + 1 se x < 1
Para escrever f(x) como uma função definida por partes, iremos usar uma tabela na qual
escreveremos a lei de formação de cada um dos módulos nas diferentes partes de seus
domínios.
x < −3 −3 ≤ x <1 x ≥1
x+3 − x−3 x+3 x+3
x −1 − x +1 − x +1 x −1
x + 3 − x −1 −4 2x + 2 4
Assim,
4 se x ≥ 1
f ( x ) = 2 x + 2 se - 3 ≤ x < 1
− 4 se x < -3
x < −3 −3 ≤ x <1 x ≥1
x y=-4 x y = 2x + 2 x y=4
-4 -4 -3 -4 1 4
-3 -4 1 4 2 4
35
Marcando esses pontos no plano cartesiano temos que:
Dado um número real a tal que a > 0 e a ≠ 1 denomina-se função exponencial de base a à
função f : R → R+* definida por:
f (x ) = a x
Gráfico de y = a x
36
Características de y = a x
f ( x +1) = af ( x )
• Domínio: D = R
• Imagem: Im = ]0, ∞[
x
1
• O gráfico de y = é a reflexão do gráfico de y = a x em relação ao eixo y.
a
37
x x
1 1
Exemplo 2 - Os gráficos das funções f ( x) = e g ( x) = são:
2 3
x
1 1
x
y= y=
2 3
Uma função exponencial muito importante na Matemática é aquela cuja base é o número e,
conhecido como a Constante de Euler. Esta função é f ( x ) = e x .
Nós já vimos que para qualquer valor de a, f ( x ) = a x passa pelo ponto (0,1), entretanto,
cada uma delas passa por esse ponto com uma inclinação diferente. A escolha da base a
influencia na forma com que o gráfico corta o eixo y.
O número e é um número irracional definido como a base da função exponencial cuja
inclinação no ponto (0.1) é 1.
Observe seu gráfico:
e ≈ 2,7182818284....
O Logaritmo de um número
38
Exemplo: Temos que:
1) log 3 81 = 4 pois 3 4 = 81
4) log 8 1 = 0 pois 8 0 = 1
−5
1
2) log 1 32 = −5 pois = 32 5) log 2 16 = 4 pois 2 4 = 16
2 2
Observações
1) Quando a base for 10, temos os chamados logaritmos decimais e neste caso,
omitimos a base na notação de logaritmos:
log10 x = log x
Função Logarítmica
39
Gráfico de y = loga x
• Domínio: D = ]0, ∞[
• Imagem: Im = IR
40
Exemplo 1 - Os gráficos das funções f ( x) = log 2 x e g ( x) = log 3 x são:
x f (x )
1/2 -1
f (x)
1 0
2 1 g(x)
x g (x )
1/3 -1
1 0
3 1
x f (x )
1/2 1
1 0
2 -1
x g (x ) g(x)
1/3 1 f (x)
1 0
3 -1
O Ciclo Trigonométrico
i) Raio igual a 1;
ii) Centro na origem dos eixos coordenados x e y;
iii) O ponto A(1.0) como a origem dos arcos orientados.
41
Observe a tabela a seguir que relaciona ângulos e quadrantes:
Variação dos
0 a 90º 90º a 180º 180º a 270º 270º a 360º
Arcos em graus
Variação dos π π 3π 3π
Arcos em radianos 0a aπ πa a 2π
2 2 2 2
Quadrante
1º Q 2º Q 3º Q 4º Q
Correspondente
São definidas no ciclo trigonométrico seis funções circulares básicas: seno, cosseno,
tangente, cotangente, secante e cossecante.
Vamos conhecer cada uma dessas funções.
Considere no ciclo trigonométrico um ponto P( x, y ) gerado pelo arco que mede θ rad .
Definimos:
cos(θ ) = x
sen (θ ) = y
3
Exemplo 1 - Seja θ um ângulo do 1º quadrante cujo cosseno vale . Determine o valor de
4
sen (θ ) .
42
Usando a relação acima temos que:
2
3
sen (θ ) + = 1 ⇒ sen 2 (θ ) = 1 − ⇒ sen(θ ) = ±
9 7 7
2
=
4 16 16 4
sen (θ ) =
7
.
4
π
Exemplo 2 – Calcule cos( x ) , sabendo que 3sen( x ) + 4 cos( x ) = 5 e 0 < x < .
2
Devemos resolver o seguinte sistema de equações:
3sen( x ) + 4 cos( x ) = 5
2
sen ( x ) + cos ( x ) = 1
2
5 − cos( x )
sen( x ) =
3
Substituindo na segunda equação:
5 − cos( x )
2
43
Características da Função Seno
• Domínio: IR
• Imagem: [− 1, 1]
• Período: 2π pois sen (t + 2π ) = sen (t )
• sen (− t ) = sen (t ) ⇒ a função seno é uma função ímpar
• Sinal, Crescimento e Decrescimento:
Observando os valores do seno dos arcos representados na figura acima vemos que:
• Gráfico:
x sen ( x )
0 0
π /2 1
π 0
3π / 2 -1
2π 0
• Domínio: IR
• Imagem: [− 1, 1]
• Período: 2π pois cos(t + 2π ) = cos(t )
• cos(− t ) = cos(t ) ⇒ a função cosseno é uma função par
• Sinal, Crescimento e Decrescimento:
f (t ) = cos(t ) é positiva no 1º e 4º f (t ) = cos(t ) é negativa no 2º e 3º
quadrantes quadrantes
44
f (t ) = cos(t ) é crescente no 3º e 4º
quadrantes
f (t ) = cos(t ) é decrescente no 1º e 2º
quadrantes
• Gráfico:
x cos( x )
0 1
π /2 0
π -1
3π / 2 0
2π 1
Sabemos que a função seno em todo o seu domínio não é injetora. Mas a função
π π
y = sen (x ), restrita ao intervalo − ≤x≤ é bijetora e portanto é invertível neste
2 2
intervalo.
Observe seu gráfico:
1 π 3
a) cos arcsen − = cos − =
2 6 2
45
π π
b) arcsen sen , = arcsen (1) =
2 2
3 π 3 π
c) arcsen tan , = arcsen =
3
2 4 2
• Domínio: [− 1, 1]
π π
• Imagem: − ,
2 2
• arcsen(− x ) = − arcsen( x ) ⇒ a função arco seno é uma função ímpar
• A Função Arco Seno é sempre crescente
arcsen ( x ) ≥ 0 se − 1 ≤ x ≤ 0
• Sinal:
arcsen ( x ) < 0 se 0 < x ≤ 1
• Gráfico:
Sabemos que a função cosseno em todo o seu domínio não é injetora. Mas a função
y = cos(x ), restrita ao intervalo 0 ≤ x ≤ π é bijetora e portanto é invertível neste
intervalo.
Observe seu gráfico:
46
Definimos a função arco cosseno por:
1 2π 1
d) cos arc cos − = cos =−
2 3 2
2π 1 2π
e) arc cos cos , = arc cos − =
3 2 3
f) tan (arc cos(1)), = tan (0) = 0
• Domínio: [− 1, 1]
• Imagem: [0, π ]
π
• Se x > 0 então, arcsen ( x ) + arc cos(x ) =
2
• A Função Arco Cosseno é sempre decrescente e sempre positiva
• Gráfico:
Função Tangente
Considere no ciclo trigonométrico um ponto P( x, y ) gerado pelo arco que mede θ rad e a
reta vertical t que passa pelo ponto A(1,0) .
Prolongando a semirreta OP encontraremos o ponto Q( x' , y ') intersecção de OP com a
reta t.
47
Definimos tan (θ ) = y '
De fato,
Da definição de tangente no ciclo trigonométrico extraímos os triângulos OAQ e OHP.
48
Usando semelhança de triângulos temos que:
QA PH tan (θ ) sen(θ )
= ⇒ = ⇒
OA OH 1 cos(θ )
sen(θ )
tan (θ ) =
cos(θ )
• Domínio
A função tangente está definida nos pontos em que a função cosseno não se anula.
Portanto,
π
D = t ∈ IR / t ≠ + kπ onde k ∈ Z
2
• Imagem: IR
• Período: π pois tan (t + π ) = tan (t )
• tan (− t ) = − tan (t ) ⇒ a função tangente é uma função impar
• Sinal, Crescimento e Decrescimento:
•
f (t ) = tan (t ) é positiva no 1º e 3º
quadrantes
f (t ) = tan (t ) é negativa no 2º e 4º
quadrantes
f (t ) = tan (t ) é sempre crescente.
49
• Gráfico:
x tan ( x )
0 0
π /2 ∃/
π 0
3π / 2 ∃/
2π 0
π
Observe que as retas do tipo x = + kπ com k ∈ Z são Assíntotas Verticais do gráfico de
2
y = tan ( x ) .
Sabemos que a função tangente em todo o seu domínio não é injetora. Mas a função
π π
y = tan (x ), restrita ao intervalo − < y< é bijetora e portanto é invertível neste
2 2
intervalo.
Definimos a função arco tangente por:
π π
y = arc tan (x ) ⇔ tan (y ) = x e − < y< .
2 2
• Domínio: IR
π π
• Imagem: − ,
2 2
• arc tan (− x ) = − arc tan ( x ) ⇒ a função arco tangente é uma função ímpar
• A Função Arco Tangente é sempre crescente
π
0 ≤ arc tan ( x ) < 2 0 se x ≥ 0
• Sinal:
− π < arcsen ( x ) < 0 se x < 0
2
50
• Gráfico:
Função Cotangente
Considere no ciclo trigonométrico um ponto P( x, y ) gerado pelo arco que mede θ rad e a
reta horizontal t que passa pelo ponto B(0,1) .
Prolongando a semirreta OP encontraremos o ponto Q( x' , y ') intersecção de OP com a
reta t.
51
cot (θ ) =
1
tan (θ )
De fato,
sen(θ )
Sabemos que tan (θ ) = .
cos(θ )
Assim,
cos(θ )
= cot (θ )
1 1
= =
tan (θ ) sen(θ ) sen(θ )
cos(θ )
• Domínio
A função cotangente está definida nos pontos em que a função seno não se anula.
Portanto,
D = {t ∈ IR / t ≠ kπ onde k ∈ Z }
• Imagem: IR
• Período: π pois cot (t + π ) = cot (t )
• cot (− t ) = − cot (t ) ⇒ a função cotangente é uma função impar
• Sinal, Crescimento e Decrescimento:
f (t ) = cot (t ) é positiva no 1º e 3º
quadrantes
f (t ) = cot (t ) é negativa no 2º e 4º
quadrantes
• Gráfico:
x cot (x )
0 ∃/
π /2 0
π ∃/
3π / 2 0
2π ∃/
52
Observe que as retas do tipo x = kπ com k ∈ Z são Assíntotas Verticais do gráfico de
y = cot ( x ) .
Sabemos que a função cotangente em todo o seu domínio não é injetora. Mas a função
y = cot (x ), restrita ao intervalo 0 < x < π é bijetora e portanto é invertível neste intervalo.
• Domínio: IR
• Imagem: ]0, π [
π
• arc cot ( x ) =
− arc tan ( x )
2
• A Função Arco Cotangente é sempre decrescente e sempre positiva
• Gráfico:
Considere no ciclo trigonométrico um ponto P( x, y ) gerado pelo arco que mede θ rad e a
reta t que é tangente ao círculo trigonométrico no ponto P.
Sejam os pontos M ( x m ,0 ) e N (0, y n ) intersecção da reta t com os eixos x e y
respectivamente.
Definimos:
sec(θ ) = x m
csc(θ ) = y n
53
Podemos mostrar que:
sec(θ ) = csc(θ ) =
1 1
e
cos(θ ) sen(θ )
De fato,
Da definição de secante e cossecante no circulo trigonométrico extraímos os triângulos
OPM, OPN e OHP:
sec(θ )
⇒ sec(θ ) =
OM OP 1 1
= ⇒ =
OP OH 1 cos(θ ) cos(θ )
csc(θ )
⇒ csc(θ ) =
ON OP 1 1
= ⇒ =
OP PH 1 sen(θ ) sen(θ )
• Domínio
A função secante não está definida nos pontos onde o cosseno se anula. Portanto:
π
D = t ∈ IR / t ≠ + kπ onde k ∈ Z
2
• Imagem: ]− ∞,−1] ∪ [1, ∞[
• Período: 2π pois sec(t + 2π ) = sec(t )
• sec(− t ) = sec(t ) ⇒ a função secante é uma função par
• Sinal, Crescimento e Decrescimento:
f (t ) = sec(t ) é positiva no 1º e 4º
quadrantes
f (t ) = sec(t ) é negativa no 2º e 3º
quadrantes
f (t ) = sec(t ) é crescente no 1º e 2º
quadrantes
f (t ) = sec(t ) é decrescente no 3º e 4º
quadrantes
54
• Gráfico:
x sec(x )
0 1
π /2 ∃/
π -1
3π / 2 ∃/
2π 1
π
Observe que as retas do tipo x = + kπ com k ∈ Z são Assíntotas Verticais do gráfico de
2
y = sec( x ) .
• Domínio
A função cossecante não está definida nos pontos onde o seno se anula. Portanto:
D = {t ∈ IR / t ≠ kπ onde k ∈ Z }
• Imagem: ]− ∞,−1] ∪ [1, ∞[
• Período: 2π pois cscsec(t + 2π ) = csc(t )
• csc(− t ) = − csc(t ) ⇒ a função cossecante é uma função impar
• Sinal, Crescimento e Decrescimento:
f (t ) = csc(t ) é positiva no 1º e 2º
quadrantes
f (t ) = csc(t ) é negativa no 3º e 4º
quadrantes
f (t ) = csc(t ) é decrescente no 1º e 4º
quadrantes
f (t ) = csc(t ) é crescente no 2º e 3º
quadrantes
55
• Gráfico:
x csc( x )
0 ∃/
π /2 1
π ∃/
3π / 2 -1
2π ∃/
Sabemos que a função secante em todo o seu domínio não é injetora. Mas a função
π
y = sec(x ), restrita ao intervalo 0 ≤ x ≤ π com x ≠ é bijetora e portanto é invertível
2
neste intervalo.
π
y = arc sec(x ) ⇔ sec(y ) = x com 0 ≤ y ≤ π e y ≠
2
56
Função Arco Cossecante
Sabemos que a função cossecante em todo o seu domínio não é injetora. Mas a função
π π
y = csc(x ), restrita ao intervalo − ≤x≤ com x ≠ 0 é bijetora e portanto é invertível
2 2
neste intervalo.
π π
y = arc csc(x ) ⇔ csc(y ) = x com − ≤ y≤ e y≠0
2 2
Seja f uma função trigonométrica, podemos a partir do gráfico de f construir o gráfico de:
y = af (b( x + c)) + d
Onde,
57
a → Promove uma ampliação ou redução vertical e/ou uma reflexão em relação ao eixo x.
b → Promove uma ampliação ou redução horizontal e/ou uma reflexão em torno do eixo y.
1) y = 1 + cos( x )
O gráfico desta função é o gráfico y = cos( x ) deslocado uma unidade para cima.
x cos( x ) 1 + cos( x )
0 1 2
π /2 0 1
Domínio: IR
π -1 0 Imagem: [0, 2]
Período: 2π
3π / 2 0 1
2π 1 2
58
2) y = −2sen( x )
x sen( x ) − 2sen( x )
0 0 0
π /2 1 -2
Domínio: IR
π 0 0 Imagem: [− 2, 2]
Período: 2π
3π / 2 -1 2
2π 0 0
x
3) y = cos
2
x x x Domínio: IR
2
cos
2 Imagem: [− 1, 1]
O período, neste caso, foi alterado.
0 0 1 Sabendo que o período do cos( x ) é
p = 2π , fazemos:
π π /2 0 x
= 2π ⇒ x = 4π
2π π -1 2
Logo, o período da nova função é
3π 3π / 2 0 p = 4π .
4π 2π 1
59
π
4) y = tan x +
2
O gráfico desta função é o gráfico y = tan ( x ) deslocado horizontalmente de
x
unidades
2
para a esquerda.
π π
x x+ tan x +
2 2
−π /2 0 0 Domínio:
D = {x ∈ IR / x ≠ kπ onde k ∈ Z }
0 π /2 ∃/
Imagem: IR
π /2 π 0 Período: π .
Assíntotas Verticais: x = kπ onde k ∈ Z
π 3π / 2 ∃/
3π / 2 2π 0
60
π
5) y = 1 − 2 sen x −
2
x π π π π
x− sen x − 2 sen x − 1 − 2 sen x −
2 2 2 2
π /2 0 0 0 1
π π /2 1 2 -1
3π / 2 π 0 0 1
2π 3π / 2 -1 -2 3
5π / 2 2π 0 0 1
Domínio: IR
Imagem: [− 1, 3]
Período: 2π
61
Exemplo 1 – Sabendo que tan ( x ) =
5
e que x é um arco do segundo quadrante, calcule o
12
valor de cos( x ) .
Daí,
⇒ cos( x ) = ±
1 169 12
=
cos (θ ) 144
2
13
sen(75º ) = .
1 2 2 3
+ . ⇒
2 2 2 2
2+ 6
sen(75º ) =
4
62
π
Exemplo 4 – Prove que sen a + = cos(a )
2
π π π
sen a + = sen(a ) cos + cos(a )sen ⇒
2 2 2
π
sen a + = sen(a ).0 + cos(a ).1 ⇒
2
π
sen a + = cos(a )
2
1) tan 2 (θ ) + 1 = sec 2 (θ )
Sabemos que sen 2 (θ ) + cos 2 (θ ) = 1
Dividindo esta igualdade por cos 2 (θ ) temos:
sen 2 (θ ) cos 2 (θ )
⇒ tan 2 (θ ) + 1 = sec 2 (θ )
1
+ =
cos (θ ) cos (θ ) cos (θ )
2 2 2
2) cot 2 (θ ) + 1 = csc 2 (θ )
Sabemos que sen 2 (θ ) + cos 2 (θ ) = 1
Dividindo por sen 2 (θ ) temos:
sen 2 (θ ) cos 2 (θ )
⇒ cot 2 (θ ) + 1 = csc 2 (θ )
1
+ =
sen (θ ) sen (θ ) sen (θ )
2 2 2
Temos que:
O(0.0 ) Q(cos(b ), sen(b ))
A(1,0) R(cos(a − b ), sen(a − b ))
P(cos(a ), sen(a ))
63
Os triângulos OPQ e OAR são semelhantes, logo, d (P.Q ) = d ( A, R ) .
Mas,
d (P.Q ) = (cos(b ) − cos(a ))2 + (sen(b ) − sen(a ))2 e
d ( A, R ) = (cos(a − b ) − 1)2 + (sen(a − b ) − 0)2
Assim,
(cos(b ) − cos(a ))2 + (sen(b ) − sen(a ))2 = (cos(a − b ) − 1)2 + (sen(a − b ) − 0)2
(cos(b ) − cos(a ))2 + (sen(b ) − sen(a ))2 = (cos(a − b ) − 1)2 + (sen(a − b ) − 0)2
2 − 2 cos(a ) cos(b ) − 2 sen(a )sen(b ) = 2 − 2 cos(a − b )
Portanto,
cos(a − b ) = cos(a ) cos(b ) + sen(a )sen(b )
π π
É fácil ver que cos a − = sen(a ) e sen a − = − cos(a ) .
2 2
Portanto,
π π
sen (a − b ) = cos (a − b ) − = cos a − − b ⇒
2 2
π π
sen (a − b ) = cos a − cos(b ) + sen a − sen(b ) ⇒
2 2
sen (a − b ) = sen(a ) cos(b ) − cos(a )sen(b )
64
sen (2a ) = sen(a + a ) = sen (a ) cos(a ) + sen(a ) cos(a ) ⇒
sen(2a ) = 2 sen(a ) cos(a )
9) sen 2 (a ) = (1 − cos(2a ))
1
2
sen 2 (a ) = (1 − cos(2a ))
1
2
cos 2 (a ) = (1 + cos(2a ))
1
2
65
1.13. Exercícios
Algumas Características das funções
a) f ( x ) = x 3 − 2 x 2 + 2 x + 3 2x + 1
g) f ( x ) =
x2 + 5 3 x − 12
b) g ( x ) = x −1
x+2 h) g ( x ) =
t +1 x+2
c) f (t ) = 2
t −t −2 x +1
i) f ( x ) = 3
2t − 1 x − 4x
d) g (t ) = 2
t + 3t + 5 4x − 3
j) g ( x ) = 2
e) f ( x ) = 3 − x x −4
f) g ( x ) = 3 x + 8
66
3. Considere as funções f ( x ) = 2 x + 1 e g ( x ) = x 2 − 1 . Determine as raízes da equação
f ( g ( x )) = 0 .
(
a) y = x 2 + 3 x )
1/ 3
d) y =
x+4 −2
1 x+4+2
b) y =
( x − 3)4 e) y =
1
c) y = 4 + x + 1 2 (x 2
+ 3x − 5 )
3
3x + 4 se x ≥ 1 x 2 + 1 se x > 3
14. Sejam f ( x ) = e g (x ) = determine os valores
5x + 2 se x < 1 5 x − 5 se x ≤ 3
de:
a) g ( f (2))
b) f −1 (g (0 ))
2x − 2 2x + 1 7
15. Sabendo-se que g ( f ( x )) = 2 x + 2 e g ( x ) = 1 − x determine f (5) + g − 2 .
−1
67
f ( x ) − f ( g (2 ))
16. Determine as soluções da equação = 2 sabendo que f ( x ) = x 2 − 5 x e
g ( f (2 ))
g (x ) = 2 x + 3 .
1. Um equipamento sofre depreciação exponencial de tal forma que seu valor daqui a t
t
1
anos será V (t ) = 6561 . Determine a depreciação total sofrida até daqui a 3 anos.
3
2. A receita R, em reais, obtida por uma empresa com a venda de q unidades de certo
produto, é dada por R(q ) = 115q , e o custo C, em reais, para produzir q dessas unidades,
satisfaz a equação C (q ) = 90q + 760 . Para que haja lucro, é necessário que a receita R seja
maior que o custo C. Então, determine o número mínimo de unidades desse produto que
deverá ser vendido para que essa empresa tenha lucro.
3. Uma indústria pode produzir, por dia, até 20 unidades de um determinado produto. O
custo C (em R$) de produção de x unidades desse produto é dado por:
5 + x(12 − x ) se 0 ≤ x ≤ 10
C (x ) = 3
− 2 x + 40 se 10 < x ≤ 20
4. Sobre os preços dos ingressos para certo espetáculo, foi estabelecido que, na compra de:
• Até um máximo de 20 ingressos, o preço unitário de venda seria de R$ 18,00;
• Mais de 20 unidades, cada ingresso que excedesse os 20 seria vendido por R$
15,00.
Nessas condições, determine a expressão que permite calcular, em reais, o gasto de uma
pessoa que compra x ingressos, x > 20.
5. Uma fórmula para verificar se uma pessoa do sexo feminino precisa ou não de dieta é
m
I = 2 , na qual m é a massa da pessoa, em quilogramas e a é a sua altura, em metros. Se I
a
estiver entre 20 e 50, a pessoa não precisa de dieta. Empregada a fórmula, uma mulher
com 51,2kg obteve I = 20. Determine a altura dessa mulher.
6. Um dos tanques de uma plataforma petrolífera tem a forma de um cubo de aresta 10m.
Considere que inicialmente o tanque está vazio. Num certo instante, é aberta um válvula
que verte petróleo para o tanque, à taxa de 4m³ por hora, até este ficar cheio. Qual é a
função que fornece a altura (H), em metros, do petróleo no tanque, t horas após a abertura
da válvula?
68
Algumas Funções Básicas
3. Determine o valor de f (2) sabendo que o gráfico da função quadrática definida por
f ( x ) = x 2 − mx + (m − 1) , onde m ∈ IR , tem um único ponto em comum com o eixo das
abscissas.
7. Num laboratório é realizada uma experiência com um material volátil, cuja velocidade
de volatização é medida pela sua massa, em gramas, que decresce em função do tempo t,
em horas, de acordo com a fórmula:
m(t ) = −3 2 t − 3t +1 + 108
Assim sendo, determine o tempo máximo de que os cientistas dispõem para utilizar este
material antes que ele se volatize totalmente.
69
a) A velocidade do sangue no eixo central do vaso sanguíneo.
b) A velocidade do sangue no ponto médio entre a parede do vaso e o eixo central.
9. Duas plantas de mesma espécie, A e B, que nasceram no mesmo dia, foram tratadas
desde o início com adubos diferentes. Um botânico mediu todos os dias o crescimento, em
centímetros, dessas duas plantas. Após 10 dias de observação, ele notou que o gráfico que
representa o crescimento da planta A é uma reta passando por (2,3) e que o que representa
24 x − x 2
a planta B pode ser descrito pela lei matemática y = . Um esboço desses gráficos
12
está apresentado na figura abaixo.
Determine:
a) A equação da reta que representa o crescimento da planta A.
b) O dia em que as plantas A e B atingiram a mesma altura bem como a altura atingida
por elas.
10. Uma parede de tijolos será usada como um dos lados de um curral retangular. Para os
outros lados iremos usar 400 metros de tela de arame, de modo a produzir a área máxima.
Determine o valor dessa área e as dimensões do curral.
11. Um campo petrolífero tem 8 pontos que produzem um total de 1.600 barris de petróleo
por dia. Para cada poço adicional perfurado, a produção média decresce de 10 barris
diários. Quantos poços adicionais devem ser abertos para maximizar a produção?
12. Na figura, o ponto R representa a localização, à beira mar, de uma usina que capta e
trata o esgoto de certa região. Com o objetivo de lançar o esgoto tratado no ponto T, uma
tubulação RQT deverá ser construída.
70
a) A função f que representa o custo, em reais, da tubulação RQT em termo de x, em
quilômetros.
b) O custo da tubulação, supondo que x = 1 km .
14. A primeira aeronave do programa Apolo tinha a forma de um tronco de cone circular
reto. Na figura, os raios da base a e b já foram determinados.
a) Utilize semelhança de triângulos para expressar y como função de h.
b) Expresse o volume do tronco em função de h
c) Se a = 2m e b = 1m, para que valores de h o volume do tronco é de 20 m3?
4.(10)
8
16. Numa população, a distribuição da renda é dada por y = em que x é a renda
x 1,8
mensal de cada pessoa.
a) Quantas pessoas ganham pelo menos R$ 6.000,00 por mês?
b) Qual a menor renda das 1.000 pessoas com renda mais altas?
c) Qual a menor renda das 4.000 pessoas com renda mais alta?
17. Há água vazando para fora de um reservatório que contém um orifício no fundo.
Segundo a Lei de Torricelli, em qualquer instante, a velocidade v com a qual a água
escapa de um reservatório é dada por uma função potência da profundidade d da água
naquele instante, estas duas variáveis se relacionam pela fórmula v = kd p onde k e p são
constantes. Quando d = 1 pé tem-se v = 8 pés / s e quando d = 1 / 4 pé tem-se
v = 4 pés / s . Expresse a fórmula da função v = f (d ) e esboce seu gráfico.
18. O Triathlon Ironman é uma corrida que consiste em três etapas: 2,4 milhas de natação,
seguidas de 112 milhas de ciclismo, e, por último, 26,2 milhas de maratona. Um
participante nada uniformemente a 2milhas/hora, pedala uniformemente a 20 milhas/hora,
e depois corre uniformemente 9 milhas/hora. Supondo que nenhum tempo seja perdido na
transição entre uma etapa e outra, determine uma fórmula para a distância d, percorrida em
milhas, como uma função do intervalo de tempo t, em horas, desde o início da competição.
19. Uma indústria pode produzir, por dia até 20 unidades de um determinado produto. O
custo C, em R$, da produção de x unidades desse produto é dado por:
5 + x(12 − x ) se 0 ≤ x ≤ 10
C ( x) = 3
- 2 x + 40 se 10 < x ≤ 20
20. Sobre o preço dos ingressos para certo espetáculo, foi estabelecido que, na compra de:
• Até um máximo de 20 ingressos, o preço unitário de venda seria R$ 18,00.
• Mais de 20 unidades, cada ingresso que excedesse os 20 seria vendido por
R$ 15,00.
Determine a expressão da função que representa a receita do espetáculo e esboce o seu
gráfico sabendo que no teatro cabem no máximo 50 pessoas.
21. Durante o ano de 1997 uma empresa que teve seu lucro diário L dado pela
função L( x ) = 50( x − 100 + x − 200 ) onde x = 1, 2, 3L , 365 corresponde a cada dia do ano
e L é dado em reais. Determine em que dias do ano o lucro foi e R$ 10.000,00.
22. O volume de água em um tanque varia com o tempo de acordo com a equação
V (t ) = 10 − 4 − 2t − 2t − 6 , t ∈ IR+ . Nela V é o volume medido em m³ após t horas,
contadas a partir de 8h de uma manhã. Determine os horários inicial e final dessa manhã
em que o volume permanece constante.
72
23. Nas proximidades da superfície terrestre, a pressão atmosférica P, em atmosfera (atm),
é dada em função da altitude h, em quilômetro, aproximadamente por:
P (t ) = (0,9 ) .
h
Se, no topo de uma montanha, a pressão é 0,729 atm, determine a altitude desse topo.
25. Um empregado está executando sua tarefa com mais eficiência a cada dia. Suponha
( )
que N = 640. 1 − 2 −0,5t seja o número de unidades fabricadas por dia por esse empregado
após t dias do início do processo de fabricação. Se t = 14 , qual é o valor de N?
73
29. A figura mostra o esboço dos gráficos das funções f ( x ) = 2 2 x e g ( x ) = log 2 ( x + 1) .
Determine a área do triângulo ABC.
30. A curva a seguir representa a função f ( x ) = log 2 (x ) , sendo D e E dois dos seus
pontos. Se os pontos A e B têm coordenadas respectivamente iguais a (k ,0) e (4,0) com
k ∈ IR e k > 1 , a área do triângulo CDE será igual a 20% da área do trapézio ABCD para
que valor de k?
31. Ao perceber uma mancha de óleo no mar, o capitão de um navio petroleiro comunicou
imediatamente à Capitania dos Portos o vazamento em seu navio. Algum tempo depois, os
técnicos da Defesa Ambiental constataram que a mancha de óleo cobria 12 Km² da
superfície do mar e crescia 2% por hora; concluíram também que, no momento do
comunicado à Capitania dos Portos, a área da mancha de óleo era 10 Km². Supondo que a
taxa de crescimento tenha sido constante até o momento da medição, quanto tempo
decorreu desde o momento do comunicado à Capitania dos Portos até a conclusão da
medição da área da mancha de óleo?
32. O anúncio de certo produto aparece diariamente num certo horário na televisão. Após
t dias do início da exposição, o número de pessoas (y) que ficam conhecendo o produto é
dado por y = 3 − 3(0,95) , onde y é dado em milhões de pessoas. Para que valores de t
t
33. Suponha que o nível sonoro β e a intensidade I de um som estejam relacionados pela
equação logarítmica β = 120 + 10 log I em que β é medido em decibéis e I, em watts por
metro quadrado. Sejam I 1 a intensidade correspondente a um nível sonoro de 80 decibéis
de um cruzamento de duas avenidas movimentadas e I 2 a intensidade correspondente ao
74
nível sonoro de 60 decibéis do interior de um automóvel com ar condicionado. Determine
a razão I 1 / I 2 .
34. A energia nuclear, derivada de isótopos radioativos, pode ser usada em veículos
espaciais para fornecer potência. Fontes de energia nuclear perdem potência gradualmente,
t
−
no decorrer do tempo. Isso pode ser descrito pela função exponencial P = P0 .e 250
na qual
P é a potência instantânea, em watts de radioisótopos de um veículo espacial; P0 é a
potência inicial do veículo e t é o intervalo de tempo, em dias, a partir de t 0 = 0 . Nessas
condições, quantos dias são necessários, aproximadamente, para que a potência de um
veículo espacial se reduza à quarta parte da potência inicial?
36. Suponha que V (d ) informe a altura, em pés, da maré cheia em Vitória, em um dia
específico, d, do ano. Use deslocamentos da função para determinar fórmulas para as
seguintes funções:
37. Um tijolo quente é retirado do forno e colocado no chão para esfriar. Seja t o tempo,
em minutos, depois de que o tijolo é retirado. A diferença, D(t ) , entre a temperatura do
tijolo, inicialmente a 350ºF, e a temperatura ambiente, de 70ºF, decai exponencialmente
com o passar do tempo, a uma taxa de 3% por minuto. A temperatura do tijolo, H (t ) , é
uma transformação de D(t ) . Determine uma fórmula para H (t ) . Compare os gráficos de
D(t ) e de H (t ) , prestando atenção nas assíntotas.
3x + 3 se x ≤ 0
a) f ( x) = 2 x − 3 se x ≤ −2
x + 4 x + 3 se x > 0
c)
f ( x) = 2
x − 2 se x ≤ 1 - x se -2 < x < 1
2 - x + 4 se x ≥ 1
f ( x ) = − x + x + 2 se 1 < x < 3
b)
- 1 se x ≥ 3
75
1 h) f ( x ) =| x 2 − 5 x + 6 |
x + 1 , se x < −1
i) f ( x ) =
1
9 − x2
d) f ( x ) = x 3 + 1, se - 1 ≤ x < 2 3
2
− x − 2 + 1, se x ≥ 2 1
j) f ( x ) = − 4 − x
2
k) f (x ) = − ln ( x + 3)
f ( x ) =| x − 1 | −
1
e)
2
x−2
f) f ( x) =
x−2
g) f ( x ) =| x − 4 | + x − 2
π π
a) y = sen (π ) + 2 sen + 4 sen
2 6
π π
b) y = 2 sen 2 + 4 sen − 5
4 4
π
c) y = cos(π ) − cos 2
2
π
d) y = 2 cos(4 x ) − sen(2 x ) + tan( x ) − 4 sec(4 x ) para x =
4
3 tan (2 x ) − sec(2 x ) π
e) y = para x =
5 cot ( x ) + csc(3 x ) 2
5 sen 2 ( x ) − 4 csc(x ) π
f) y = para x =
sec(2 x ) + cos(3x ) 6
sen (x ) sec( x )
a) y = para x no 4º quadrante
csc( x ) tan (x )
tan (x ) cos( x )
b) y = para x no 2º quadrante
sen ( x )[cos( x ) + sec( x )]
a) sen( x ) = 2m − 5
76
b) cos( x ) =
2m − 4 f) tan ( x ) = 2 − m
3 g) cos( x ) = 2m 2 − 3m − 1
c) cos( x ) = 3 − 4m
h) m 2 + cos( x ) = 1
3 − 6m
d) sen ( x ) =
2
e) tan ( x ) = 4m − 5
a) y = sen(4 x ) π
e) y = 5 + 2 tan 2 x −
4
b) y = sen(3x − π )
2π
f) y = 5 − sen 2 x +
x 3
c) y = 3 sen − π
8
5x
g) y = 2 − 4 tan − π
π 2
d) y = 2 − 3 sen 6 x +
2
6 – Estude cada uma das funções abaixo quanto ao domínio, amplitude, imagem e período
e faça um esboço de seu gráfico.
a) y = −2 sen(x ) f) y = sen ( x )
x
b) y = cos π
g) y = 2 − sen( x − )
2 2
π h) y = tan(2 x )
c) y = sen x +
2 i) y = 10 + 3 cos(2 x − π )
d) y = sen( x ) + 2
e) y = 3 − cos( x )
77
coelhos como uma função do número t, de meses do ano a partir de janeiro. (Considere
t = 0 correspondente ao mês de janeiro).
3 1
a) arcsen c) arc tan
3
2
1 d) arc sec(2)
b) arc cos e) arc tan(1)
3
78
1 7π
f) arcsen j) arcsen sen
2 3
(
g) arc cot − 3 ) k) tan(arc sec(4))
1 3
h) arc cos − l) sen 2 arcsen
2 5
i) tan(arc tan(10))
79