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Diogo quer reformas no banco dos pobres

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Ilec Vilanculos
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Pág. 2 e 3
TA detecta práticas que sugerem corrupção Pág. 5
Di

Gestão perigosa das contas do Estado


2 Savana 19-02-2016
TEMA DA SEMANA

Vitória Diogo anuncia reformas no “banco dos contribuintes”

Há gorduras no INSS que precisam de ser cortadas


...e ordena a suspensão dos investimentos até à aprovação da nova política

o
Por Raul Senda / Foto de Ilec Vilanculos

A
ministra de Trabalho, de informatização levou 10 anos
Emprego e Segurança porque algumas pessoas não es-

log
Social (MITRESS), tavam interessadas. As restantes
Vitória Diogo, disse ao reformas estão a encontrar espa-
SAVANA, esta quarta-feira, que ço para avançar?
o Governo está a empreender Estão. É por isso que as reformas
um conjunto de acções com vista estão a acontecer. A política e o
a tornar o sistema de segurança plano estratégico estão sendo de-
social cada vez mais robusto e senvolvidos. Estamos a afinar os
mais sólido. Diz que terminou o instrumentos de trabalho, clarifi-
processo de informatização que car aquilo que pode continuar e o

ció
demorou 10 anos, porque havia que não pode, estamos a trabalhar
resistência de algumas pessoas com as entidades participadas para
que não lhes interessava. Diogo ver em que situação se encontram.
referiu que o Instituto Nacional A outra componente de fundo é
de Segurança Social (INSS) tem assegurar que as pessoas que estão
gorduras excessivas que devem a receber as pensões existam. É por
ser retiradas. isso que iniciamos com os registos
Fala da excessiva mão-de-obra, da prova de vida que começou em

so
política de investimentos e con- Janeiro e que vai até Abril.
trolo dos pensionistas. O desafio que nós pusemos ao
Na mesma entrevista, Vitória INSS nesta questão de prova de
Diogo fala da contratação ilegal vida é que agora ainda é manual,
de mão-de-obra estrangeira e diz mas terão de desenvolver plata-
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que Moçambique não é uma Re- formas informáticas no sentido de
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pública de bananas onde cada um que a partir do próximo ano seja
chega e faz aquilo que quer. tão do dinheiro dos contribuintes tem a ver com toda a componente manos para poder redireccionar a um processo informatizado. Que-
Sublinha que o país tem leis que da parte desta instituição? legal e tipologia de investimentos força de trabalho que está dentro remos ter certeza de quem rece-
um
devem ser obrigatoriamente Como Governo temos uma visão que se faz. daquela instituição. be, quanto é recebe e onde é que
cumpridas e nessa componente estratégica sobre o INSS. Há uma Mandámos preparar uma nova Queremos uma gestão mais estru- estão esses beneficiários. Estamos
Moçambique é rigoroso. No ano série de acções em curso para tor- política de investimentos. Não turada, mais transparente em que também a desenvolver o trabalho
passado foram expulsos 1500 nar o sistema de segurança social vão entrar em novos investimen- haja racionalização. Há gorduras do registo dos trabalhadores por
trabalhadores estrangeiros que cada vez mais robusto e mais só- tos sem que haja esta polític
política e a no INSS. É preciso começar a re- conta própria.
labutavam de forma ilegal com lido. política está sendo desenvolvida e tirar essas gorduras, mas duma for- ...e quanto aos investimentos mal
maior enfoque para portugueses, Uma dessas reformas e consegui- acredito que ainda neste primei- ma estruturada. parados?
chineses, sul-africanos e india- mos terminar,, com sucesso, no ano ro semestre poderá ser avaliada e Hoje, no INSS há uma série de Há um trabalho interno que se vai
nos. passado,, é a questão da informati- analisada. prémios. Eu costumo dizer que a fazendo. O que não estiver bem
Nas linhas abaixo segue a primei- zação. Informatizámos dados dos Isso para termos certeza de que palavra prémio usa-se em situa- vamos corrigir. A nossa aborda-
ra parte da entrevista com Vitória beneficiários e dos contribuintes. em que áreas se vai entrar, porque ções em que alguém fez uma coisa gem como tutela é assegurar que
de

Diogo que ainda aborda a ques- Hoje, uma empresa consegue ver é que se vai entrar nesta ou naquela extraordinária e para ter um pré- esta instituição funcione com a
tão das inspecções de trabalho. qual é a sua situação contributiva área e qual é a garantia de retorno mio há critérios abertos e que to- devida transparência e cumprin-
sem ter de se deslocar ao INSS. desses investimentos, porque o que dos possam concorrer. do com aquilo que são as normas
A ministra dirige um pelouro Isto facilita mesmo a questão de nos inter
interessa é que quando há uma Queremos afinar os instrumentos de procedimento por forma a que
que tutela uma instituição res- ência, porque já não tem
transparência, opção de se fazer investimentos, de forma que o mérito, a com- os verdadeiros donos tenham um
ponsável pela protecção social de dar qualquer coisa ao nosso tragam retorno para o INSS. petência, o profissionalismo e a melhor tratamento, melhor aten-
do trabalhador. Estamos a falar funcionário para facilitar a trami- Quer dizer que o Governo, atra- qualidade contem. Afinar instru- dimento e que estejam tranquilos,
do INSS. Muitas vezes, esta en- tação do expediente. vés do MITRESS, ordenou a mentos com vista a assegurar uma sabendo que aquilo que descon-
tidade tem sido notícia pelo uso É bom lembrar que o processo de suspensão dos investimentos do gestão criteriosa. taram lhes será retornado e se for
io

abusivo e pouco transparente dos informatização do INSS demorou INSS? A política de investimentos do possível ainda a níveis melhorados.
fundos dos contribuintes. Diz-se 10 anos, porque havia resistência Sim, não estão ser feitos novos INSS é também questionada por O semanário Magazine Inde-
que o INSS está a saque. O que de algumas pessoas que não lhes investimentos. No ano passado o ser pouco transparente. O que pendente publicou uma notícia
está ser feito com vista a contor- interessava. Mas, no ano passado INSS não entrou em novos inves- está sendo feito no sentido de dizendo que a ministra estava
nar o actual cenário. concluímos. timentos. garantir que os investimentos do no encalço dos investimentos
ár

A saque? Essa expressão é muito Agora vamos passar para a fase Para além das medidas acima INSS sejam mais credíveis e ren- malparados e que todos que se
te. Não há saque nenhum no
forte. do pagamento que é o cálculo das anunciadas têm mais? táveis? apoderaram de dinheiro do INSS
INSS. pensões de forma que, eu Vitória, Sim. A outra componente que Toda a instituição que paute por indevidamente deviam devolver
Então o que está a acontecer com se trabalhei no Niassa, durante definimos como prioridade tem a uma boa gestão faz um levanta- a todo o custo. Comentário?
os fundos do INSS? algum tempo e descontei, depois ver com os recursos humanos. O mento minucioso de tipo de negó- A imprensa fala o que bem enten-
É importante tranquilizar os mo- venho a Maputo, quando chega a INSS tem mais de mil funcioná- cios que tem. Onde é que estão es- der. O que estamos a dizer é que
Di

çambicanos que a segurança social hora de calcular a pensão, com o rios. Não é pouca gente. Por isso ses negócios, qual é a situação das tem de se assegurar que os inves-
moçambicana através do INSS processo informatizado, o sistema definimos que, por enquanto a entidades com que faz negócios, timentos que o INSS fez tenham
está saudável. Todas as obrigações vai chamar directamente os da- instituição não vai entrar em novos que retorno esses negócios estão a o retorno. Que haja estudos de
da instituição para com os contri- dos de Niassa e junto com os de recrutamentos. trazer. viabilidade e que os investimentos
buintes estão a ser cumpridas na Maputo faz automaticamente os É preciso racionalizar a mão-de- Ao nível do INSS está ser feito sejam legais.
íntegra. Neste momento temos cálculos. -obra. O que mais nos preocupou é o mesmo porque, o que se quer é Todo o investimento que for fei-
cerca de 46 mil pensionistas que Com a informatização, o sistema que a maioria desses funcionários garantir boa gestão dos fundos da to pelo INSS tem de ter retorno
têm as suas pensões em dia, conta- faz de forma automática e directa têm formação geral. instituição. positivo para a instituição e deve
mos com cerca de 71 mil entidades os cálculos de pensões de reforma. Não tem cursos que tem a ver com Estamos a abordar questões de satisfazer interesses do INSS e não
contribuintes e estamos com cerca Veja que hoje o contribuinte tem a alma do negócio. Estamos a falar natureza estratégica, política, de do empresário individual.
de 1.5 milhão de beneficiários. de pedir aos colegas de Niassa para de formação em áreas como segu- gestão para aferir aquilo que está Todo o investimento que for feito
É um facto inegável que a forma enviar dados, o que leva muito ro social e seguro actuarial. Isto é, bem, o que está mal e como cor- pelo INSS deve ser para elevar a
como são geridos os fundos do tempo. tudo aquilo que tem a ver com a rigir porque, queremos dar todo o pujança desta instituição a
INSS é questionada. O que está A nossa abordagem para com o segurança social. conforto e segurança aqueles que fim de garantir boas pensões
sendo feito ao nível do Governo INSS é de assegurar que este siste- É preciso fazer um plano de de- são os verdadeiros donos da coisa. para os contribuintes.
com vista a garantir melhor ges- ma se consolide cada vez mais. Isto senvolvimento dos recursos hu- A ministra disse que o processo 3XULÀFDomRGRVHFWRU
Savana 19-02-2016 3
TEMA DA SEMANA

inspectivo de higiene, segurança e protecção


no trabalho, falta de contratos de
A Inspecção do Trabalho é um
sector importante para discipli- trabalho, questões de contratação Moçambique não é um país de bana-
nar alguns empregadores deso- de mão-de-obra estrangeira de for-
nestos, mas também é sensível
devido a sua vulnerabilidade à
ma ilegal e a não canalização das
contribuições de segurança social.
nas, há leis por cumprir

A
corrupção. O que está sendo feito Nestes casos fomos implacáveis e legislação moçambi- cesso de contratação e de registo Isso não pode afectar o investi-
para tornar este sector mais rígi- aplicamos medidas punitivas que cana estabelece quotas de mão-de-obra estrangeira para mento?

o
do nas suas actividades? vão desde aplicação de multas até para a contratação de que a acção humana não seja tão Isso é a interpretação que se faz.
Estamos a trabalhar e a introdu- a suspensão de actividades. mão-de-obra estran- crucial neste processo. Em qualquer canto do mundo
zir reformas com vista a tornar o Como é que o ministério tem tra- geira. Há muito barulho e con- Temos também um sítio na in- não se faz as coisas a bel-prazer.
sector mais eficiente. Primeiro res- trovérsia nesta área. Que comen- ternet onde antes de virem para Há regras claras.
tado a questão dos inspectores

log
truturamos a inspecção sem parar Moçambique os investidores po- O Governo tem a responsabi-
corruptos? tário tem a tecer em relação a este
com o trabalho inspectivo. Visitá- dem aceder e se informar sobre as lidade de aferir que não há mo-
Infelizmente temos situações de assunto? çambicano capaz de fazer aquela
mos o estatuto, o regulamento in- regras vigentes no país.
alguns colegas desonestos, mas que Moçambique é um país sobera- tarefa e assegurar que os que vêm
terno, o procedimento de activida- no e está aberto ao investimento. Que tipo de medidas tomam
de inspectiva, código de conduta e com a colaboração dos nossos par- transmitem o seu conhecimento
Mas, quando os investimentos quando detectam uma situação
o guião do inspector. ceiros do sector privado estão a ser aos moçambicanos.
vêm em primeiro lugar são para de contratação ilegal de traba- O que nós incentivamos a essas
Vimos a necessidade de termos desmantelados. beneficiar moçambicanos. O em- lhadores estrangeiros?
instrumentos padronizados para Temos casos em que alguns ins- grandes empresas que têm equi-
presário terá a sua renda, o seu Suspendemos. pamentos sensíveis e exigentes e
que aquele inspector que actua em pectores estão suspensos e a res- lucro, mas o moçambicano é que Quantos trabalhadores foram
Niassa tenha a mesma forma com que precisam de pessoas especia-
ponder processos disciplinares e tem de se beneficiar. suspensos no ano passado e

ció
lizadas é que é preciso que esse
aquele que está em Maputo. Com criminais nas províncias de Nam- Em termos daquilo que são as quais é que são as nacionalida- técnico ponha um moçambicano
estes instrumentos padronizados, pula e Maputo bem como ao nível nossas políticas e em qualquer des que lideram? ao seu lado.
o próprio inspeccionado vai saber parte do mundo, em primeiro lu-
central. Temos casos de alguns co- ca de 1500 trabalhadores es-
Cerca Nos nossos trabalhos de fiscali-
que quando o inspector chega o gar o emprego é para o nacional. zação, constatamos que muitas
legas que saem a título individual trangeiros. O maior enfoque vai
que é que deve esperar e qual é que Portanto, quando vêm, os nossos grandes empresas não fazem a
deve ser a sua postura. para as empresas com intuito de fa- para portugueses, chineses, sul-
investidores tem de ter clareza das -africanos
ricanos e indianos. O sector da transferência de conhecimento
Quantas inspecções foram reali- zer inspecções, mas com fins pouco regras do jogo e se comprometer
construção civil está em primeiro para moçambicanos e não pode-
zadas no ano passado? claros. cumprir com todas as regras.
lugar, depois seguem as organi- mos incentivar isso.
No ano passado tínhamos previsto Para todos esses casos somos into- Moçambique não é uma Repú- Temos empresários desonestos
zações não governamentais e na

so
cerca de sete mil inspecções e con- leráveis, porque não queremos esse blica de bananas onde cada um que estão a transformar contratos
seguimos fazer em oito mil estabe- tipo de pessoas no nosso meio. chega e faz aquilo que quer. Este área de comércio.
de curta duração em longa dura-
lecimentos onde foram constatadas Nos nossos encontros com os país tem leis que devem ser obri- Há correntes que dizem que os ção. Eles vêm, ficam três meses,
várias infracções. gatoriamente cumpridasidas e nessa imperativos legais fixados para regressam ao país de origem e
empregadores sempre apelámos
Nas nossas actividades inspectivas componente nós somos rigorosos. contratação
contrataç de mão-de-obra pouco tempo depois retornam.
a estes que façam o seu trabalho
privilegiámos a parte didáctica e a Do nosso lado estamos a introdu- estrangeira é tão complexa que Também estamos em processo de
dentro das normas, cumpram com muitas vezes prejudica empresas
parte sancionatória só foi aplicada zir reformas com vista a facilitar revisão do regulamento da con-
as suas obrigações e denunciem si- que esses investidores façam seus que querem mão-de-obra espe-
em casos extremos. Mais de 70% tratação de mão-de-obra estran-
das inspecções registadas no ano tuações de colegas que vão lá com desejos com maior facilidade, mas cializada por curto tempo para geira que é para tornar mais ob-
passado foram pedagógicas. intenções que violem os nossos dentroo das normas. resolver uma situação pontual. jectivo e mais real e que assegure
um
Em que ponto registaram a maior princípios porque nós queremos Uma das medidas tomadas é a Porque é que cada caso não me- os interesses dos trabalhadores
parte de infracções? um sistema laboral de paz, justiça informatização de todo o pro- rece o seu devido tratamento? moçambicanos.
Foi no desrespeito pelas condições e que cumpra com a lei.
de
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TEMA DA SEMANA
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TEMA
SOCIEDADE
DA SEMANA

Tribunal Administrativo detecta práticas que sugerem corrupção

Gestão perigosa das contas do Estado


-Ministério de Indústria e Comércio pagou de Junho a Dezembro de 2014 perto de 1.9 milhão de meticais de rendas de casa para o ex-titular Armando Inroga,

o
com fundos de cinco projectos de investimentos
blico e muito menos forma-
-IPEX pagou cerca de 20 milhões de meticais à empresa privada Santos & Rey - Estruturas e Eventos, LDA sem realizar concurso público
lizar o negócio.

log
-Ministério da Agricultura, Empresa de Desenvolvimento de Maputo Sul e vários municípios destacam-se entre os que pontapearamam a lei orçamental

A
avaliar pelas constatações
do Tribunal Administra-
com
compromissos, à luz do disposto na
tivo (TA), na sua mais
alínea b) do nº 3 do artigo 93 da
alí
recente auditoria às con-
Lei nº 26-2009, de 29 de Setem-
tas estatais, vive-se um verdadeiro
bro, atinente à organização, funcio-
bro
fandango no Estado, com recurso a namento e processo da 3ª Sessão do
fundos dos contribuintes. Os agen- Tribunal Administrativo”.
tes do Estado continuam a não dar Aliás, o TA lembra que este negócio

ció
ouvidos à lei, realizando despesas à foi executado sem o visto do Tribu-
margem da legislação orçamental nal e o Ministério da Agricultura
vigente, muitas delas que sugerem incorreu em infracção financeira.
uma gestão danosa. Tal traduz-se “Os pagamentos foram efectuados
na falta de rigor no cumprimen- em datas anteriores da concessão
to das normas orçamentais. É um do visto obrigatório do Tribunal
alerta que o TA vem fazendo há Administrativo(...)”, sublinha. O
vários anos, mas que não encontra )XQGR 0W DGLDQWDGRSHOR0LQLVWpULRGD$JULFXOWXUDj7R\RWDGH0RoDPELTXHjPDUJHPGDVOHLV
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TA cita igualmente um manual de
respostas da parte de quem deve bleia da República que arrancou o Ministério da Agricultura pagou

so
dia 27 de Mar
Março de 2015, data do Administração Financeira e proce-
pôr travão a práticas desta natureza. nesta quarta-feira, o TA faz uma a 18 de Dezembro de 2014 34.140 término da auditoria. O TA afirma dimentos contabilísticos, aprovado
No seu Relatório e Parecer sobre série de levantamentos da aplicação mil meticais, por adiantamento de que o Ministério da Agricultura pelo ministro das Finanças, que
a Conta Geral do Estado de 2014, dos fundos do Estado pelas diver- fundos, à Toyota de Moçambique, violou as normas sobre a execu- veda o pagamento antecipado
documento que consta do rol das sas instituições estatais e destapa a pela aquisição de 22 viaturas land ção dos orçamentos, bem como a qualquer título, excepto em
matérias a serem debatidas na III podridão que lá reina. cruiser 4x4 cabine simples, as quais “da assunção, autorização ou pa- situações previstas em lei, o
sessão da 8ª legislatura da Assem- A título ilustrativo, o TA afirma que não tinham sido recebidas, até ao gamento de despesas públicas ou que não foi o caso do contrato
um
IPEX: um antro de corrupção?
U
m dos maiores rega- dora dos grandes eventos cul-
bofes, a avaliar pelos turais na cidade de Maputo e
dados do TA, está no os termos de parceria que esta
Instituto para a Pro- apresentava beneficiavam a
moção de Exportações (IPEX), firma assim como ao IPEX.
de

uma instituição subordinada


ao Ministério da Indústria e Pagamentos em
Comércio (MIC). Segundo numerário
o TA, o IPEX tem de forma No relatório, o TA afirma que
pouco criteriosa gerido a Fei- é igualmente prática no IPEX
ra Agro-Pecuária, Comercial a emissão de cheques a favor
e Industrial de Moçambique de funcionários que, poste-
(FACIM). riormente, são descontados
Em 2014, a IPEX, dirigida por para atender a actividades de
João Macaringue, pagou um funcionamento da instituição,
io

total de 22.215.505,65 meti- em numerário. Segundo o TA,


cais à empresa privada Santos em 2014 foram emitidos che-
& Rey-Estruturas e Eventos, ques no valor de 820.693,27
LDA, “sem contrato e à luz de meticais a favor de funcioná-
um memorando celebrado com mentam que “deste pronuncia- 2015, um grupo de trabalhadores de ouvir a opinião dos funcionários rios do IPEX, o que na óp-
tica do TA constitui violação
ár

a mesma no âmbito da presta- mento, ressalta que os gestores não do IPEX denunciou ao SAVANA e do Conselho de Administração,
indicam como esta empresa foi o negócio com a Santos & Rey- saiu para o mercado à procura de do preceituado no n.º 5.2 das
ção de serviços na FACIM”.
seleccionada, e nem foram apresen- -Estruturas e Eventos e outras prá- alternativas mais baratas. Instruções Sobre a Execução
Os auditores do TA questiona- do Orçamento do Estado da
ram ao IPEX sobre a não cele- tados os relatórios das actividades ticas que consideravam danosas. Na Candrinho frisou que, dentre várias
Direcção Nacional de Conta-
bração do contrato, bem como desenvolvidas pela mesma. altura, a directora-geral do IPEX, propostas, a Santos & Rey-Estru-
bilidade Pública.
os procedimentos adoptados O TA faz igualmente notar que o Cecília Candrinho, a principal vi- turas e Eventos foi a mais viável. De acordo com o TA, fo-
Di

para a selecção da empresa. Em contrato entre o IPEX e a Santos sada pelos funcionários da insti- Segundo Candrinho, o IPEX ini- ram também “abonadas aju-
resposta, a IPEX respondeu o & Rey-Estruturas e Eventos, LDA tuição, negou todas as acusações e ciou com demarches e foi contrata- das de custo no montante
seguinte: “tendo em conta a devia ter sido sujeito a uma fisca- disse que tudo não passava de ma- da a referida firma com aval do Tri- de USD1.730 (equivalente a
falta de um orçamento especí- lização prévia pelo Tribunal Admi- nobras de “ambiciosos que querem bunal Administrativo. No entanto, 53.145,60 meticais), através
fico, a opção foi o memorando nistrativo. o poder a todo o custo”. no relatório e parecer do TA que do cheque n.º 797953, a um
de entendimento,, em que todos A Santos & Rey-Estruturas e Explicou que, em 2011 e 2012, a temos estado a fazer referência, o cidadão que não faz parte do
iríamos investir no pressuposto Eventos, representada pelos cida- componente ora adjudicada a San- Tribunal nega que tenha feito uma quadro do pessoal do IPEX”,
dãos Teodósio José Lopes Rey e tos & Rey-Estruturas e Eventos foi fiscalização prévia. o que viola o estatuído no ar-
de se aferir os esforços e, poste-
tigo 96 da Lei n.º 26/2009, de
riormente, compensá-los. Ou- Mário Filipe Bessa dos Santos, ti- feita com o visto do Tribunal Ad- Candrinho teceu, na altura, rasga-
29 de Setembro. Em princí-
trossim, teria sido interrompi- nha por missão prestar auxílio ao ministrativo, a duas empresas mo- dos elogios a Santos & Rey-Estru- pios de 2015, em entrevista ao
da a realização da FACIM, por IPEX no melhoramento e alarga- çambicanas, que não nomeou. turas e Eventos. Disse que era uma SAVANA, a directora-geral
manifesta incapacidade finan- mento das estruturas da FACIM, Porém, o valor cobrado por essas empresa com largas credenciais nos do IPEX desmentiu que haja
ceira”. tendo em conta o número cada vez duas empresas estava muito acima domínios de organização, monta- pessoas fora do quadro a rece-
Entretanto, os auditores do mais crescente dos expositores. das capacidades do IPEX. Foi en- gem e gestão de feiras em Portugal berem dinheiro da instituição.
Tribunal Administrativo la- Recorde-se que, em princípios de tão que a direcção do IPEX, depois e Angola, e é a principal organiza- (F.C.)
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SOCIEDADE

entre o Ministério da Agricultura e da Circular de Maputo e a Ponte (2.087.699,5) supera 40% o total e membros dos órgãos autárquicos pagamentos feitos em excesso
a Toyota de Moçambique. Maputo-Catembe. das receitas próprias cobradas pela só podem ser suportados pelas re- (201.305,86 meticais) são inde-
Após a cessação de funções do edilidade (4.715.984,11). De acor- ceitas próprias da autarquia e, em vidos à luz do artigo 96 da Lei nº
As rendas de Armando PCA, a 4 de Março de 2014 (na do com o TA, esta prática contra- nenhum momento, pode exceder 26/2009, de 29 de Setembro.
Inroga altura o PCA era Elias Paulo), o ria o disposto na lei, considerando 40% das mesmas”.
Outra operação que inquieta o TA mesmo continuou a receber salá- que “as remunerações dos titulares Considera igualmente que os (F.C.)
tem a ver com as rendas pagas a um rios com todos os subsídios ineren-
imóvel destinado à habitação do tes à função, bem como a beneficiar

o
Ministro da Indústria e Comércio dos serviços de segurança da sua
(MIC). Na altura dos factos, o titu- residência até Outubro do mesmo
lar da pasta de Indústria e Comér- ano. Segundo o TA, os valores tota-
cio era Armando Inroga. lizaram 1.642.166 meticais, sendo

log
Com recurso a fundos de cinco 1.347.735 meticais de salários e o
projectos de investimentos, o MIC remanescente de serviços de segu-
pagou de Junho a Dezembro de rança.
“A alínea a) do nº 1 do artigo 46
2014 um total de 1.863 mil meti-
da Lei nº 16/2012, de 14 de Agos-
cais, o equivalente a 310.500/mês
to estabelece que depois de cessar
(USD10350 ao câmbio de 30 me-
funções públicas o servidor públi-
ticais na altura). O TA afirma que co está, a todo o tempo, proibido
esta despesa deveria ter sido supor- de actuar em forma tal que tenha
tada pela componente de financia- da sua antiga instituição vantagens

ció
mento. indevidas para si ou para terceiros”,
O arrendamento de casas para de- sublinha.
tentores de altos cargos públicos é Questionado pelos auditores do
uma prática há muito enraizada no TA, o Governo considerou per-
Estado, uma operação usada para tinentes as questões levantadas e
drenar fundos estatais. prometeu adoptar medidas para a
sua correcção. Outro atropelo à lei
Pagamentos indevidos deu-se no Conselho Municipal de
A auditoria do TA na posse do Quelimane, um município gerido

so
SAVANA está igualmente cheio pelo Movimento Democrático de
de exemplos de pagamentos “inde- Moçambique (MDM), a terceira
vidos” que reinam nas instituições força política em Moçambique.
do Estado. O Instituto Médio de Em 2014, foi, segundo o TA, pago
Ciências Documentais (CIDOC) o décimo terceiro salário ao Presi-
pagou cerca de 1.7 milhão de me- dente do Conselho Municipal e ao
ticais a favor da empresa MECH- director da empresa municipal de
-Sociedade Unipessoal, para a fis- saneamento e água, acrescidos de
68.720 meticais relativo ao bónus
calização da obra de reabilitação do
especial.
um
ex-edifício do Ministério da Cul-
Em contraditório, os responsáveis
tura. Contudo, segundo o TA, esta
pela gestão de contas no Conselho
actividade não foi efectuada. Municipal reconheceram o facto,
“Estes pagamentos são indevidos, alegando que foi “por lapso” e com-
nos termos do artigo 96 da Lei prometeram-se a proceder à repo-
nº26/2009, de 29 de Setembro (...) sição do valor em causa, através dos
a qual consideram-se pagamentos descontos nos salários dos visados.
indevidos os que forem ilegais e No entanto, o TA considera de “in-
causarem dano para o Estado ou devidos” os pagamentos efectuados.
entidade pública”, sublinha. No Conselho Municipal de Mue-
Outro pagamento considerado da, a gestão vai de hilariante à
de

“indevido” deu-se na empresa de preocupação. O valor de salários e


Desenvolvimento de Maputo Sul, remunerações pago aos membros
firma que está a executar o projecto e titulares do Conselho Municipal

PJ distinguido pelas
io

acções em prol da paz

O
Parlamento Juvenil (PJ) de Moçambique foi distinguindo
ár

pela Rede Pan-Africana da Juventude para Promoção da


Cultura de Paz (PAYNCOP) pelo êxito das suas acções
em prol da paz e democracia em África durante ano de
2015.
A carta desta distinção foi assinada pelo Secretário Permanente
desta Organização, sediada no Gabão, cuja criação contou com o
apoio da UNESCO e da União Africana, Stéphane Nzenguema
Di

Reagindo ao reconhecimento, o presidente do PJ, Salomão Mu-


changa, agradece o gesto e diz que a sua organização é tão pequena
para merecer tamanha distinção. No entanto, reconhece que quan-
do a luta é por uma justa causa, um ideário nobre e socorre-se de
métodos justos de trabalho, são alcançados resultados extraordiná-
rios.
O líder da mais vibrante organização da sociedade civil que o país
já conheceu dedica esta distinção aos jovens moçambicanos com-
batentes da liberdade. E, numa altura em que o país vive um cli-
ma de instabilidade, Muchanga diz que partilha o prémio com o
Presidente da República, Filipe Nyusi, e o presidente da Renamo,
Afonso Dhlakama, de modo que possam se deixar influenciar pelo
mesmo.
Na mesma missiva, a PAYNCOP reconheceu ainda mais seis orga-
nizações africanas que actuam em diversas áreas.
Savana 19-02-2016 7
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8 Savana 19-02-2016
SOCIEDADE

Governo afasta apoio externo para vítimas


das calamidades

o
Por Argunaldo Nhampossa

O
governo moçambi- ções no sentido de, a partir desta causa dos alegados ataques ar- Disse que a prioridade é criar ções retornarem ao país o mais
cano descarta uma quarta-feira, iniciar a assistência mados da Renamo. condições para aquelas popula- breve possível.

log
eventual mobilização alimentar aos afectados pela
internacional para seca e acelerar a abertura de
ajudar as vítimas das enxurra- mais furos de água nas provín-
das nas províncias do norte do cias de Maputo e Gaza.
país e da seca no sul. A vice-ministra da Cultura e
Para o executivo de Maputo, a Turismo, Ana Coana, que fala-
situação está estável e basta a va esta terça-feira, no habitual
solidariedade interna, para fa- briefing do Conselho de Minis-

ció
zer face à adversidade imposta tros com a imprensa, disse que
pelo mau tempo. o governo considera estável a
situação e que está sob controlo.
O governo diz que precisa de Segundo Coana, através do
cerca de 62 milhões de meticais Centro Operativo de Emer-
para mitigar os efeitos das cala- gência, o governo continuará
midades naturais que atingem a prestar assistência a todos os
algumas províncias do país. A afectados quer pela seca, quer

so
seca na zona sul e centro e as pelas cheias.
inundações no norte afectam Vai também trabalhar na mo-
23 mil pessoas, de um universo nitoria, adopção de medidas de
estimado em 375 mil no plano prevenção e de reposição das
de contingência, que se espera infra-estruturas danificadas pe-
venham a precisar de apoio até las inundações.
Junho do presente ano. A dirigente disse que a situação
O plano de contingência do não necessita de mobilização
um
Instituto Nacional de Ges- internacional para o socorro às
tão das Calamidades Naturais vítimas das calamidades natu-
(INGCC) estava orçado em rais, mas, no entanto, apela a
cerca de 580 milhões de meti- campanhas internas.
cais, dos quais já foram disponi- Ana Coana defendeu que deve
ser potenciada a solidariedade
bilizados perto de 220 milhões
interna, como uma questão de
de meticais, mas a realidade no
princípio, como forma de as-
terreno mostra que há muito
sunção da postura e atitude de
por fazer.
que os moçambicanos anos podem
Na semana passada, os mem-
ajudar-se entre si e não se li-
de

bros do Conselho de Ministros


mitar somente a solicitar ajuda
que integram o Conselho Co-
internacional.
ordenador de Gestão de Cala-
Na ocasião, anunciou que os
midades (CCGC) escalaram
membros do Conselho de Mi-
as províncias assoladas pelas
nistros e convidados perma-
intempéries, com o objectivo nentes vão doar um dia do seu
de analisar as consequências na salário para apoiar esta causa e
vida das populações e propor esperam que este gesto ganhe
io

medidas de alívio da situação repercussão em todos os mo-


humanitária. çambicanos, quer de forma in-
O cenário encontrado, princi- dividual, quer de modo colecti-
palmente na província de Gaza, vo, e entre instituições de cariz
não foi dos melhores e é carac- humanitário e religioso
humanitár religioso.
ár

terizado por situações de fome e


falta de água potável. Refugiados no Malawi
O CCGC, órgão dirigido pelo Depois de ter mostrado dificul-
primeiro-ministro, reunido dades em admitir a existência
nesta segunda-feira, produziu de refugiados moçambicanos no
pareceres para o Conselho de
Di

Malawi, o governo despachou


Ministros. Concluiu-se que a semana passada uma equipa
prioridade tem de ir para as ví- chefiada pelo ministro dos Ne-
timas da seca. gócios Estrangeiros, Oldemiro
Segundo o governo, não se trata Baloi que, “in louco”, testemu-
de desvalorizar o drama vivido nhou o drama.
pelas vítimas das cheias, é uma Segundo Ana Coana, no campo
abordagem que tem em conta o de refugiados de Kapitse, estão
facto de os efeitos da seca serem alojados 5 mil cidadãos nacio-
muito agressivos e poderem re- nais e o governo já está a prestar
sultar na perda de vidas, com a o devido apoio.
agravante de a segunda época De acordo com o executivo,
da campanha agrícola estar hi- parte daqueles nacionais aban-
potecada. donou o país, devido à seca, e
As autoridades deram instru- outra porção deixou o país por
Savana 19-02-2016 9
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ció
so
um
de
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Di
10 Savana 19-02-2016
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Troca de acusações e apelos à paz marcam


arranque do Parlamento

o
Por Argunaldo Nhampossa

A
s armas soam em dife- cumpra uma agenda contrária aos se juntarem a esta causa e não pac- terreno para que não se aceite um

log
rentes pontos do país e as interesses do povo e teima em pro- tuarem com desobediência civil e pensamento difdiferente.
bancadas parlamentares mover a instabilidade, a guerra e, guerra, pois de acordo com Talapa Aponta que a cultura de violência
da Frelimo e da Renamo acima de tudo, impedir os moçam- nada justificaa que avidez pelo po- que está instalada no país e associa-
trocaram acusações sobre as res- bicanos de darem o seu contributo der de alguns ponha em causa o da a intimidações e perseguições de
ponsabilidades pela tensão políti- para o crescimento económico do sossego, a convivência e harmonia membros de partidos políticos está
membr
ca e perseguições dos respectivos país. do povo. a levar o país ao abismo e à auto-
membros no arranque, esta quarta- No entanto, diz acreditar que exis- -destruição.
-feira, da III sessão da Assembleia 1DGDMXVWLÀFDDLQVWDELOLGD
1DGDMXVWLÀFDDLQVWDELOLGD- Precisou que estas situações ga-
tem na Renamo pessoas que não de
da República. A Renamo aponta nham contornos preocupantes
são apologistas da guerra e que Enquanto a Frelimo e a Renamo

ció
que a saída para esta situação passa quando deparam-se com adminis-
compreendem que o diálogo é a trocam acusações, a bancada par-
por assumir o poder nas seis pro- tradores, chefes de postos e de lo-
melhor opção para se alcançar a paz lamentar do MDM culpa os dois calidades a impedirem alguns par-
víncias, onde reivindica vitória. A efectiva em Moçambique. Pelo que
Frelimo diz que o diálogo é o único pela actual situação de instabilida- tidos políticos de exercerem as suas
convida a sua contraparte a apostar de. actividades e intimidam os seus
caminho. O Movimento Demo-
num diálogo permanente e sem Segundo Lutero Simango, chefe membros.
crático de Moçambique (MDM) Verónica Macamo, Presidente da AR
pre-condições como a única para desta bancada parlamentar, a ins- Simango aponta que Moçambique
optou por condenar as partes, ape-
Prosseguindo, condenou a falta de aproximar
oximar as diferenças, consolidar tabilidade que se vive actualmente não merece uma outra guerra, nem
lou à paz e, uma vez mais, lamen-
tou a sua exclusão nos grupos de liberdade política no país, alegan- a democracia e alcançar uma paz no país resulta da ausência de con- uma reedição de uma era de viola-

so
trabalhos no parlamento. do que a Frelimo está a promover efectiva. vivência democrática, intolerância ção sistemática dos direitos huma-
raptos, sequestros e assassinatos Exortou a todos os políticos para e arrogância política que fertiliza nos e de um estado autoritário.
No dia que marcou o regresso dos das populações que se identificam
deputados à chamada “Casa do como membros deste partido prin-
Povo”, a chefe da bancada parla- cipalmente nos dos distritos de
mentar da Renamo, Ivone Soares, Manica e Sofala e ninguém se ma-
apresentou um discurso muito con- nifesta contra estas açções. Uma si-
tundente para com o seu principal tuação que de acordo com a Perdiz
adversário, neste caso a Frelimo, foi denunciada pelo seu Secretário-
um
que chamou de promotor de actos -geral, Manuel Bissopo, que dias
de terrorismo político. depois veio a sofrer um atentado.
A Renamo pediu a criação de uma “O plano da Frelimo de assassinar
comissão de inquérito parlamentar dirigentes e membros da Renamo,
para averiguar os factos que leva- alegadamente para impedir a go-
ram alguns nacionais a se refugia- vernação da Renamo nas seis pro-
rem no vizinho Malawi. Diz não víncias, vai falhar”, disse.
Ivone Soares disse ainda que as
ter dúvidas que o principal culpado Margarida Talapa, Frelimo Ivone Soares, Renamo Lutero Simango, MDM
ofensivas militares criam mais hos-
pela migração daqueles nacionais é
tilidades e aumentam o fosso de
a Frelimo, a quem também respon-
desconfiança entre as partes. Mas
sabiliza pelos ataques que se verifi-
assegura que o seu partido não
de

cam pelo país.


quer guerra, mas sim a paz e mostra
Segundo Ivone Sores, a Frelimo
abertura ao reatamento do diálogo,
é que importa blindados para ali-
sendo que para tal precisa de garan-
mentar a guerra, um facto que custa tias que os instrumentos acordados
rios de dinheiro ao país que tanto serão cumpridos na íntegra. Isto
fazem falta a sectores vitais da nos- porque os acordos de Roma como
sa sociedade. Responsabiliza igual- o da cessação das hostilidades mili-
mente o partido dos camaradas tares acabaram engavetados.
pelo rompimento do diálogo para
apostar na via armada, uma situa- Apostar no diálogo
io

ção que coloca o país em crise. A chefe da bancada parlamentar


Avança a chefe da bancada da Re- da Frelimo, Margarida Talapa, ape-
namo que o meio termo para se sair lou às três bancadas para darem o
desta situação é a mudança do po- seu máximo na busca de consensos
der executivo nas províncias onde para a resolução de questões nacio-
ár

reclama vitória eleitoral. nais, sobretudo, no que toca à paz.


Para a materialização deste objec- Entende Talapa que o país vive um
tivo, a segunda maior força política momento de grandes perspectivas
manifestou a sua disponibilidade para o desenvolvimento económico
para que, juntamente com consti- e social que é galvanizado pela des-
tucionalistas, se leve acabo a revisão coberta e exploração dos recursos
Di

da Constituição da República para naturais, que num ápice podem ser


natur
permitir que o povo seja sempre goradas pelas atitudes da Renamo.
governado
ernado por quem escolheu. Diz não ser justo que um partido
Savana 19-02-2016 11
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OPINIÃO

Querida África: Aos admiradores do meu


Presidente

o
Por Alex Magaisa*

log
M
uito recentemente, africanos e fazem dele um herói;
o meu Presidente, um homem destemido que de-
Robert Mugabe, fende os interesses do seu povo e
proferiu um extraor- possui coragem de tocar em temas
dinário discurso no encerramen- que outros nunca se atreveriam a
to da cimeira da União Africana toc
tocar.
em Addis Abeba. Os presentes, Mas depois ameaça abandonar as
incluindo alguns dos seus pares, Nações Unidas. Isto pode vos ter
ovacionaram-no com um entu- sur
surpreendido, mas a nós, os zim-

ció
siasmo tal que demonstrava a babweanos, não. No Zimbabwe
sua plena concordância com o estamos muito habituados a esta
que estava a dizer. Não escutei o abordagem do nosso Presidente.
discurso, e apenas obtive alguns Lá na aldeia, diriam de um ho-
excertos através do Twitter. Não mem como ele, “ane chiramwa”
me preocupei em o ouvir porque — um homem que se irrita com
depois de 36 anos no poder, já muita facilidade, se desliga e aban-
ouvi tudo dele. Não há nada de dona qualquer situação quando

so
novo que ele vai dizer que nós no não consegue impor a sua vontade.
Zimbabwe ainda não ouvimos. É É algo bastante profundo na per-
aquilo que se chama de um antigo sonalidade de Mugabe. Um dos
disco furado. seus familiares, James Chikerema
(já falecido), contou uma vez uma
Olhem, o meu presidente é um continente que é muitas vezes sistema de ensino de qualidade sequência da sua má governação. anedota reveladora sobre o carác-
homem muito culto. marginalizado das questões mais superior — de classe mundial, É por isso que um amigo disse on- ter do homem.
Ele possui vários graus académi- importantes do mundo. Ele abor- atrevo-me a acrescentar — mas tem no Twitter: “podem ficar com Disse que quando ainda eram jo-
cos — graus autênticos, e tenho de da assuntos que poucos líderes que é agora a sombra do seu pas- ele, se tanto o admiram. Para sem- vens pastando gado na sua aldeia,
um
mencionar isto porque o meu país africanos, se é que há alguns, têm sado de glória. Os políticos da pre. Nós já o aturamos durante o jovem Robert era capaz de ir
ganhou nos últimos anos a noto- a coragem de trazer à ribalta. Ele Zanu-PF já nem podem confiar 35 anos!” “Com uma única con- pastar o seu gado distante dos ou-
riedade de políticos que adquirem é da velha escola, uma recordação o nosso sistema de educação para dição”, eu acrescentei. “Desde que tros rapazes, caso surgisse algum
graus académicos baratos a partir do grupo dos primeiros líderes os seus próprios filhos e, como tal, saibam que não aceitamos devolu- desentendimento e ele não pudes-
de universidades de uma dúbia re- africanos que conduziram os seus os mandam estudar em universi- ções”. Um outro amigo acrescen- se se impor. Mais tarde na vida,
putação. Os diplomas de Mugabe países à independência. Ele diz o dades na África do Sul ou outros tou: “Ele pode ficar lá em Addis quando o Zimbabwe corria o risco
são verdadeiros. Ele obteve-os na que pensa. Ele tem a ousadia de países. Mas imagino que isto não Abeba, que depois lhe mandamos de ser suspenso da Commonweal-
cadeia, onde se encontrava encar- dizer publicamente o que muitos é pouco comum, porque os vossos a roupa e o dinheiro de bolso”. th, Mugabe decidiu antecipar-se e
cerado pelo regime colonial. líderes africanos diriam diploma- presidentes, ministros e funcio- Tudo na brincadeira, é claro, por- abandonar a organização em defi-
Mas ele tem também o dom da ticamente e em privado. Alguns nários públicos provavelmente que esta é a forma que nós os zim- nitivo. Em 2013, pouco antes das
oratória e da eloquência. É um de vós desejariam que os vossos também fazem o mesmo, e talvez babweanos encontramos para lidar eleições, quando confrontado com
grande orador, e quando eu era presidentes fossem também tão até pior. Talvez chamemos disto a com a nossa situação. Temos de as exigências da SADC para a
de

jovem, admirava a sua presença ousados e corajosos. Mas isso é maldição de África, onde aqueles ter um grande sentido de humor. introdução de reformas eleitorais
no pódio. Costumava recolher os assim porque provavelmente vocês que têm a responsabilidade de Ajuda-nos a carregar o fardo que antes das eleições, a resposta de
seus discursos, sempre que fossem não têm de suportar o preço do velar pelo bom funcionamento temos pelas costas. Mas debaixo Mugabe foi de ameaçar abando-
publicados. A linguagem e a sua seu comportamento. Nós, como dos serviços públicos não confiam de todo esse humor reflecte-se nar esta organização regional.
transmissão eram perfeitas. Mas zimbabweanos, sabemos o que serviços públicos que dispo-
nos ser uma situação muito séria sobre as Portanto, não: não estamos sur-
o mais importante é que o que nos custa. nibilizam para todos os outros.
nibiliz frustrações em que vivem milhões preendidos que tenha feito esta
ele dizia fazia sentido. Como um E mais, o meu Presidente e os que Portanto, quando oiço os nossos de zimbabweanos. Nós, incluindo ameaça, de que os países africa-
rapaz jovem nos anos 80 e 90, a o rodeiam não têm de enfrentar presidentes — os vossos e o meu alguns dos que nutrem simpatias nos poderão abandonar as Nações
maior parte dos seus discursos fa- tais consequências ou porque es- — a falarem de “soluções africa- por ele, sabemos que ele está lá há Unidas se não conseguirem alcan-
io

ziam sentido para mim. tão insulados pelo conforto dos nas para os problemas africanos”, muito tempo, e que nada de novo çar os seus objectivos. Para não fa-
Na 12ª classe, quando tive de es- seus gabinetes ou porque têm al- não tenho outra alternativa senão irá acontecer como resultado da lar de que as agências das Nações
crever o meu exame de redacção ternativas. Como podemos ver, se soltar uma gargalhada. Rio-me sua liderança para alterar a nossa Unidas — UNICEF, UNESCO,
geral sobre alguém que me inspi- não podem ter acesso a serviços de porque sei que eles nem mesmo sorte. Estamos todos num modo UNDP e outras — têm estado
rava, escolhi o Presidente Muga- saúde de qualidade no Ocidente, acreditam que os países africanos de espera. a desempenhar um papel crítico
ár

be. Admirava-o tanto. Anos mais eles podem sempre


sempr se socorrer do que lideram e dizem tanto amar Portanto o semanário estatal, o nos últimos anos, amortecendo
tarde, e à medida que fui crescen- Extremo Oriente. O destino pre- têm soluções para as suas próprias Sunday Mail, diz que o Presiden- o sofrimento dos pobres no seu
do, comecei a saber mais do meu dileto do meu Presidente para es- necessidades e prazeres. Já me en- te Mugabe estava “no seu melhor próprio país, enquanto os do topo
herói. Sim, ele fez grandes coisas, ses fins é a Singapura.
Singapur
S contrei com africanos que guar- impecável e sem igual”, a dar uma vivem no luxo. Noutros países, os
mas havia também o lado sinistro Membros do seu grupo restrito dam uma reverência excepcional grande chicota às Nações Unidas líderes não tomam decisões unila-
que durante muito tempo nos foi passam as suas longas férias no es- sobre o meu Presidente e, como já por estarem a marginalizar África terais de abandonar organizações
Di

escondido. Quebrou o meu cora- plendor e luxo de Dubai, não im- o disse, compreendo porquê. e resistir à reforma do Conselho internacionais de que são mem-
ção ler sobre o que havia aconte- porta que milhões de zimbabwea- Têm uma grande admiração pe- de Segurança. Falou em nome da bros. Eles colocam essa decisão
cido a pessoas inocentes — in- nos poderão vir a passar fome por los seus discursos, tal como eu me Palestina, e vigorosamente sobre a nas mãos do povo, através de um
cluindo mulheres e crianças — em causa da seca e como resultado da fascinava quando ainda era jovem. identidade e integridade africanas. referendo. Mas não é assim com
Matabeleland e Midlands durante má planificação por parte do go- O que eles vêem como bravura, Falou da humanidade, dizendo o meu Presidente. Se ele não está
a década de 1980, um capítulo verno. Não importa também que muitos zimbabweanos que conhe- ao Secretário-Geral das Nações satisfeito, ele abandona — não
negro na história do Zimbabwe, tenhamos excelentes destinos tu- ço consideram como uma extraor- Unidas para recordar as potências importa o que o povo que ele go-
hoje universalmente conhecido rísticos ao nível interno, mas que dinária falta de responsabilidade ocidentais de que “nós também verna pensa.
por Gukurahundi. Ele próprio re- sofrem da falta de uso por parte da e de respeito pelos outros. Como somos seres humanos e não fan- Há também alguma ironia nas
conheceu esse período como “um nossa elite. Os nossos líderes pre- disse, a diferença é que os africa- tasmas”. suas exigências sobre reformas e
momento de loucura”. ferem o estrangeiro. Não Victoria nos que o admiram não têm de vi- Tudo sonante e, em grande medi- na ameaça de abandonar as Na-
Mas compreendo porque é que Falls. Não Kariba. Mesmo Nyan- ver com as consequências dos seus da, sensato porque o mundo está ções Unidas. No Zimbabwe, parti-
alguns o aplaudiram em Addis ga, apesar de serem locais bonitos. actos. Os zimbabweanos não têm actualmente desequilibrado. Toca dos da oposição e a sociedade
Abeba e o consideram um ícone. O seu dinheiro é gasto em outras alternativa, e posso garantir que nos assuntos, tais como a identi- civil há anos que têm estado a
Ele fala a linguagem de África. latitudes. não estão satisfeitos com o sofri- dade negra e a auto-estima, que exigir que sejam introduzidas
É arrojado na sua defesa de um A dado momento, tivemos um mento por que passam como con- ganham ressonância entre muitos reformas políticas, mas o meu
12 Savana 19-02-2016
SOCIEDADE
OPINIÃO

Presidente não está preocupado. não tenha sido realizada qualquer ve ordens judiciais, como requer a as mulheres e crianças em Harare as suas casas deveriam ser demoli-
Ele parece pensar que elas são um investigação para se saber exacta- lei. As equipas de demolição sim- que dormem ao relento, expos- das na época chuvosa.
incômodo que não deve merecer mente como é que aquelas pes- plesmente se fizeram ao local e re- tas a todo o tipo de intempéries, Quando estiver a ser transporta-
a sua atenção. Ele não se aperce- soas acabaram investindo os seus duziram edifícios firmes a escom- simplesmente porque o seu go- do para a sua casa do outro lado
be de que os apelos que faz em parcos recursos (e no Zimbabwe é bros. Estamos no meio do verão, e verno decidiu, no auge do verão da cidade, no meio da sua longa
relação à necessidade de reforma mesmo isso; parcos recursos). está a chover. Mulheres e crianças e da época chuvosa, que as suas escolta, a estrada passa pelo meio
no sistema das Nações Unidas Agora, depois da destruição das foram deixadas ao relento. Mas casas eram um espinho no olho; das casas já demolidas. Dos vidros
não diferem dos apelos dos seus suas casas, ficou-se a saber que es- quem se preocupa com isso? Pare- que eram construções ilegais, e fumados da sua limusine, ele po-

o
compatriotas em casa sobre a ne- tas pessoas foram levadas a acre- ce uma cena da renomada novela como tal tinham de ser destruí- derá notar a ausência das casas.
cessidade de reformas no sistema ditar que estavam devidamente de No Violet, um grupo teatral das. O mesmo homem que tenta Poderá até acenar a cabeça em
eleitoral, reformas no sector da autorizadas a construir. Uma casa baseado em Bulawayo, intitulada dar lições de humanismo e sobre a sinal de concordância, reconhe-
segurança, etc. Com toda a razão, não se constrói num único dia. “We Need New Names” (Precisa- dignidade africana ao mundo não

log
cendo que os ministr
ministros agiram em
ele quer reformas no Conselho Leva meses, por vezes até anos, mos de Novos Nomes), com a ex- tem qualquer desfalecimento em resposta à sua desaprovação.
de Segurança das Nações Unidas, para concluir o tipo de constru- cepção de que estas não são casas destruir casas e tirar aos seus habi- Não imagino como é que todos
mas não está interessado em in- ções que foram insensivelmente construídas de material precário. tantes, simples africanos, o único eles conseguem dormir à noite,
troduzir reformas eleitorais e no destruídas. É um caso onde se pode dizer, nas elemento de dignidade que ainda mas suponho que tenham ca-
sistema de segurança no seu pró- Requer vários processos e autori- palavras do escritor Oscar Wilde, lhes resta. O governo de Muga- sas grandes com muitos quartos.
prio país. zações para conseguir a autoriza- que a vida imita a arte. be faz tudo isto em nome da lei
Quartos grandes, camas grandes
Seria bom, se as palavras corres- ção para a instalação de serviços Tudo isto aconteceu pouco antes e ordem, em nome de regras, sem
e confortáveis, que não permitem
pondessem com a realidade no tais como água e electricidade. E do Presidente regressar das suas compaixão e sem a aplicação do
que tenham de se preocupar com

ció
seu próprio reduto. O problema é os proprietários tinham na sua pródigas férias em Dubai. No seu mínimo de senso comum. A iro-
seja o que for. Irão provavelmen-
que o Mugabe que anda pomposo posse todos estes documentos. regresso, ele não disse absoluta- nia de tudo isto escapa à atenção
te gozar na fortuna da glória do
na arena internacional é de certo Eles pagaram para isso. As auto- mente nada sobre as insensíveis do nosso governo.
discurso de Addis Abeba, e dizer
modo diferente do Mugabe que ridades municipais e o governo demolições. Depois partiu para A arrogância e hipocrisia são
conhecemos no nosso país. Aqui teriam tido conhecimento do que Addis Abeba para proceder à en- contagiosas. O ministro da ad- que o seu chefe, mais uma vez,
vai um breve relato do que tem estava a acontecer, e poderiam ter trega das insígnias da sua presi- ministração territorial, sob tute- mostrou ao mundo e aos seus de-
estado a acontecer em Harare, pe- travado as construções se de facto dência da União Africana, por si la de quem as demolições foram tractores o quão importante ele é
rante os seus próprios olhos: se tratasse de obras ilegais. Mas um raro evento na sua longa car- feitas, enviou uma mensagem na e vale.
Há duas semanas, as autoridades não o fizeram. reira política. sua conta de Twitter a convidar os Alguns africanos dirão, uma vez

so
mandaram máquinas de destron- No ano passado, o Presidente Em Addis Abeba, fez um discur- “patriotas” a irem ao aeroporto em mais, o quão sortudo o continente
ca para destruir casas numa zona Mugabe queixou-se sobre estas so extraordinário, ovacionado de grande número para dar as boas é por ter um líder tão visionário
residencial. Casas grandes e bo- propriedades. Não gostou delas, pé, à medida que ia pontificando vindas à casa, como homenagem como este. Mas tentem saber o
nitas, construídas durante meses e tornou isso claro para os seus sobree direitos humanos e justiça ao “icónico líder” e “herói”. que pensam os homens, mulhe-
e talvez anos, foram arrasadas ministros. As construções feriam no mundo; enquanto desafiava o Estas foram as suas palavras. Que- res e crianças que estão a dormir
e transformadas em escombros a vista e constituíam um emba- injusto sistema internacional que ria que a população oferecesse a ao ar livre, simplesmente porque
numa questão de minutos. Não raço aos visitantes da cidade por- favorece os grandes e penaliza as Mugabe as boas vindas no rregres- o governo zimbabweano decidiu
estamos aqui a falar de casas de que estavam situadas ao longo da pequenas nações. A ironia, dados so da sua viagem a Addis Abeba. deliberadamente destruir as suas
construção precária, mas sim de estrada para o aeroporto, disse o os acontecimentos no seu próprio Não importa que haja mulheres casas.
um
verdadeiras casas de alvenaria. Presidente. Meses depois, as má- país, deve se ter escapado dele. e crianças que já não têm abrigo,
As autoridades disseram que as quinas escavadoras chegaram e as Os presentes lhe ovacionaram, porque o governo dirigido pelo *Jurista zimbabweano residente na
casas eram ilegais, muito embora casas foram demolidas. Não hou- mas não teriam sabido nada sobre seu “ícone” e “herói” decidiu que Diáspora.
de
io
ár
Di
Savana 19-02-2016 13
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A Oxfam é uma organização internacional de desenvolvimento que mobiliza o poder do povo contra a pobreza.

o
Estamos à procura de um
Director Nacional para Moçambique
Maputo, Moçambique

log
Salário para o cargo:
Salário competitivo com benefícios substanciais

O Director Nacional contribui e implementa a Estratégia Global da Oxfam e t Aceder e utilizar os serviços compartilhados para o aconselhamento e
a Estratégia Nacional da Oxfam em Moçambique, proporcionando uma vi- DSRLR
são e direcção estratégica em todos os trabalhos da Oxfam em Moçambique, t Contribuir e maximizar a utilização das redes de conhecimento para com-
LQFOXLQGRDDGYRFDFLDSROtWLFDHLQÁXrQFLDHODERUDomRGHSURJUDPDGHGH-

ció
partilhar o pensamento estratégico e a aprendizagem de forma mais am-
senvolvimento a longo prazo e implementação e respostas humanitárias da pla, assim como dentro da Equipa Nacional para garantir que a progra-
Oxfam. PDomREDVHLDVHQDDSUHQGL]DJHPHQDVHYLGrQFLDVLQRYDGRUDVHD
PDomREDVHLDVHQDDSUHQGL]DJHPHQDVHYLGrQFLDVLQRYDGRUDVHDJLVSDUD
UHVSRQGHUjVRSRUWXQLGDGHVGHPXGDQoD
Além disso, ele/ela presta contas e é responsável pela direcção estratégica e t Finalmente, ser responsável pela gestão de segurança.
gestão efectiva do programa nacional, garantindo o desenvolvimento, me-
lhoria contínua da qualidade e impacto dos programas, a angariação de fun- ades técnicas, Experiências & Conhecimento:
Habilidades
GRVSDUDDTXDOLGDGHLQVWLWXFLRQDOHJHVWmRHIHFWLYDÀQDQFHLUDHGHUHFXUVRV
humanos em linha com a Política da Oxfam. 0HVWUDGRQXPDiUHDUHOHYDQWH
t0HVWUDGRQXPDiUHDUHOHYDQWH

so
Finalmente, o Director Nacional será responsável pela implementação da )OXHQWHHPSHORPHQRVSRUWXJXrVHLQJOrVDPERVDFWLYRHSD
t)OXHQWHHPSHORPHQRVSRUWXJXrVHLQJOrVDPERVDFWLYRHSDVVLYR
Visão 2020 da Oxfam cujo objectivo é criar uma Oxfam forte que seja global- t Histórico comprovado de liderança e motivação de equipes multidiscipli-
mente coordenada e relevante em todos os países em que trabalhamos. O car- QDUHVTXHWUDEDOKDPHPORFDLVJHRJUDÀFDPHQWHUHPRWRV
go presta contas ao Director Regional da Oxfam para a África Austral, para /LGHUDQoDVpQLRUVLJQLÀFDWLYDHH[SHULrQFLDGHJHVWmRQRGHV
t/LGHUDQoDVpQLRUVLJQLÀFDWLYDHH[SHULrQFLDGHJHVWmRQRGHVHQYROYLPHQWR
as actividades e gestão efectiva (que inclui orçamento e plano), monitoria e HHQWUHJDGHSURJUDPDGHDOWDTXDOLGDGHLQÁXrQFLDHHVWUDWpJLD
HHQWUHJDGHSURJUDPDGHDOWDTXDOLGDGHLQÁXrQFLDHHVWUDWpJLDKXPDQL-
avaliação e aprendizagem do programa. tária, com e através de parceiros ou directamente, num ou mais locais de
GHVDÀRV
Principais Responsabilidades: t Comprometido com a abordagem baseada nos direitos, incluindo um com-
um
promisso activo para colocar os direitos das mulheres no centro de tudo
t Tomar liderança na representação da Oxfam e do programa do país ao ní- que fazemos, assim como os direitos das outras pessoas marginalizadas
YHOQDFLRQDOHLQWHUQDFLRQDO(GLÀFDUUHODo}HVGHLQÁXrQFLDVHGHVHQYROYHU
GHVHQYROYHU HPWRGRVRVDVSHFWRVGRWUDEDOKRGDRUJDQL]DomR
redes para mudanças efectivas estruturais e de políticas a favor dos desfa- ([SHULrQFLDQRGHVHQYROYLPHQWRHJHVWmRGHSURMHFWRVFRPSOH[
tt([SHULrQFLDQRGHVHQYROYLPHQWRHJHVWmRGHSURMHFWRVFRPSOH[RVGHGH-
vorecidos, tanto ao nível interno e externo e empenhar-se em maximizar a senvolvimento com uma variedade de parceiros e doadores e um orça-
QRVVDFDSDFLGDGHGHLQÁXrQFLD PHQWRGHSRUWIyOLRGHSHORPHQRVPLOK}HVGHHXURVSRUDQR
t Participar no Grupo de Governação Nacional (CGG), onde será responsá- tt    ([SHULrQFLD GH JHVWmR GH SURFHVVRV FRPSOH[RV GH PXGDQoD H UHODo
UHODo}HV
YHOSHODLPSOHPHQWDomRGHSURJUDPDVHQHJRFLDUiFRPRXWUDVDÀOLDGDVH
YHOSHODLPSOHPHQWDomRGHSURJUDPDVHQHJRFLDUiFRPRXWUDVDÀOL DGDVH que envolvem uma vasta gama de intervenientes multiculturais, tanto
SDUFHLURVGD2[IDPSDUDFRQWULEXLo}HV ÀQDQFHLUDVHQmRÀQDQFHLUDV DRV
SDUFHLURVGD2[IDPSDUDFRQWULEXLo}HV ÀQDQFHLUDVHQmRÀQDQFHL UDV DRV internos como externos através de uma variedade de disciplinas e áreas
SURJUDPDV JHRJUiÀFDV
t Liderar a transformação do programa da Oxfam em Moçambique, em t8PHOHYDGRJUDXGHDXWRFRQVFLrQFLDHFRPSUHHQVmRGHFRPRUHDOL]DUH
de

linha
ha com a nova Estratégia Nacional e liderar o processo de gestão de apoiar o excelente desempenho da equipa e desenvolvimento individual,
mudanças para garantir que o programa tenha recursos adequados para GHDFRUGRFRPRVYDORUHVHSROtWLFDVGD2[IDP
realizar os seus objectivos. tHistórico comprovado de sucesso na representação de uma organização
t Providenciar liderança estratégica e gestão do programa da Oxfam no FRP RV SDUFHLURV DJrQFLDV JRYHUQDPHQWDLV RUJDQL]Do}HV GR VHFWRU SUL-
país, incluindo todo o programa de desenvolvimento, advocacia e huma- vado, comunicação social e os doadores a nível sénior: nacional e inter-
QLWiULRWRPDQGRGHFLV}HVWUDQVSDUHQWHVHDGDSWDQGRPRGRVGHWRPDGD
QLWiULRWRPDQGRGHFLV}HVWUDQVSDUHQWHVHDGDSWDQGRPRGRVGHWR QDFLRQDO
GHGHFLVmRQRFRQWH[WRHQHFHVVLGDGHVSDUDPD[LPL]DUDQRVVDLQÁXrQFLD
GHGHFLVmRQRFRQWH[WRHQHFHVVLGDGHVSDUDPD[LPL]DUDQRVVDLQ t+LVWyULFRFRPSURYDGRGHVXFHVVRHPDGYRFDFLDHLQÁXrQFLD
HLPSDFWR t2FDQGLGDWRDSURSULDGRSRVVXLDVVHJXLQWHVFRPSHWrQFLDVFRPSRUWDPHQ-
t Gerir a as actividades da Equipe de Gestão Nacional e gerir o trabalho tais relevantes: pensamento e julgamento estratégico em relação a agili-
io

SURJUDPDV
QR SDtV LQFOXLQGR R SHVVRDO RUoDPHQWRV ÀQDQFLDPHQWRV H SURJ GDGHFRPSOH[LGDGHHDPELJXLGDGHLQÁXrQFLDFRQVWUXomRGHUHODFLRQD-
garantindo que os gestores no país ajam de acordo com as políticas e nor- mento e prestação de contas mútua. Ser um bom ouvinte activo, tendo
mas da Oxfam, incluindo, mas não se limitando ao Código de Conduta, a habilidade de lidar com diferentes intervenientes de forma que possa
*HVWmRGH'HVHPSHQKR6D~GH6HJXUDQoDHOHJLVODomRORFDO OLGDUDRLPSDFWRDFUHVFHQWDGRGDYLVmR2;)$0
&ULDUHDSRLDUXPDPELHQWHTXHUHVXOWHHPIRUWHVSDUFHULDVLQÁ
t&ULDUHDSRLDUXPDPELHQWHTXHUHVXOWHHPIRUWHVSDUFHULDVLQÁXrQFLD t7HUH[SHULrQFLDQRVHFWRUGH21*VHP0RoDPELTXHpXPDYDQWDJHP
ár

partilha de conhecimento e inovação e trabalhar em estreita colaboração


com os parceiros no país para desenvolver e realizar programas de alta Oferecemos:
TXDOLGDGH A Oxfam Novib está empenhada em providenciar um pacote de remunera-
(ODERUDUHVWUDWpJLDVDSURSULDGDVSDUDDQJDULDUUHFXUVRVÀQDQFHL
t(ODERUDUHVWUDWpJLDVDSURSULDGDVSDUDDQJDULDUUHFXUVRVÀQDQFHLURVHSUHV- omRHEHQHItFLRVFRPSHWLWLYRMXVWRHDEUDQJHQWHTXHpMXVWLÀFiYHODRVQRVVRV
WDUFRQWDVQDVUHODo}HVFRPWRGRVRVGRDGRUHVHQDJHVWmRGHFRQWUDWRVQR
WDUFRQWDVQDVUHODo}HVFRPWRGRVRVGRDGRUHVHQDJHVWmRGHFR doadores. Os subsídios adicionais incluem 8% do pagamento de férias, pen-
SDtV V}HVHVHJXURDEUDQJHQWH
Di

t Ser responsável pela gestão de talentos e o desenvolvimento do pessoal


GD2[IDP O procedimento:
t Garantir que as ferramentas e tecnologias apropriadas estejam estabele- Se estiver interessado, por favor envie a sua carta de candidatura e o seu
FLGDVSDUDSHUPLWLUXPIRUWHÁX[RGHFRQWH~GRGHSURJUDPDSRVLWLYRH
FLGDVSDUDSHUPLWLUXPIRUWHÁX[RGHFRQWH~GRGHSURJUDPDSRVLW &9 HP ,QJOrV PHQFLRQDQGR R Q~PHUR GH UHIHUrQFLD   SDUD R HQGH-
FRQVLVWHQWHSDUDLQÁXHQFLDUHFRPXQLFDUFRPDVDXGLrQFLDVLQWHUQDVLQ-
FRQVLVWHQWHSDUDLQÁXHQFLDUHFRPXQLFDUFRPDVDXGLrQFLDVLQWHU reço electrónico jobs@oxfamnovib.nl para a atenção de Sharlynn Kimani,
tervenientes externos, tais como o governo, a comunicação social, os doa- Assessora Internacional de RH, até ao dia 26 de Fevereiro de 2016. As outras
GRUHVRUJDQL]Do}HVQmRJRYHUQDPHQWDLVRUJDQL]Do}HVGRVHFWRUSULYDGR LQIRUPDo}HV VREUH HVWH FDUJR SRGHP VHU REWLGDV GH :LP 6WRͿHUV 'LUHFWRU
DSRLDQWHVHWF Regional da África Austral e Ocidental, ZLPVWRͿHUV#R[IDPQRYLEQO Mais
t Desempenhar um papel activo em termos de aprender da Oxfam e das LQIRUPDo}HV VREUH R SURFHGLPHQWR SRGHUmR VHU REWLGDV MXQWR GD  6KDUO\QQ
IRQWHVH[WHUQDVHSDUWLOKDUDDSUHQGL]DJHPEDVHDGDQDHYLGrQFLDFRPRV .LPDQLRXSHORVFRQWDFWRV²$WW1HXVD5LEHLUR
RXWURV
t Garantir a liderança global da preparação, mitigação e gestão de calami- Estamos empenhados em garantir a diversidade e a igualdade de género
dades, incluindo as actividades de resposta humanitária, consultando a dentro da nossa organização.
8QLGDGH+XPDQLWiULDÔQLFDSDUDRDFRQVHOKDPHQWRHDSRLR Apenas os candidatos pré-seleccionados serão contactados.
14 Savana 19-02-2016 Savana 19-02-2016 15
NO CENTRO DO FURACÃO

Edil de Pemba e a governação participativa

“Não podemos fazer apenas o que nos agrada”


Por Armando Nhantumbo

ornou-se marca da sua go- baixa para trazer mais investimentos aquilo que realmente é o problema ao fazer com o governo central, nomea- esse encontro de milionárias multi- juvenil ter emprego e aqui temos um vai ser bastante grande.
vernação e, em entrevista olhando para a área de petróleo e gás, nível da comunidade e, quando olha- damente com o Ministério da Terra, nacionais, se reflicta no dia-a-dia do memorando de entendimento assina- Mas já houve reclamações de muní-
ao SAVANA, Tagir Carimo, basta dizer que é a parte onde temos o mos esses anos todos, de 2013 para Ambiente e Desenvolvimento Rural. pacato munícipe? Não esqueça que do com o INEFP (Instituto Nacional cipes que se diziam excluídos des-
T o edil de Pemba, diz que porto, então, todas as grandes empre- hoje, olhamos com satisfação. Basta Temos outro desafio que é aquele em Pemba é hoje uma das mais caras ci- de Emprego e Formação Profissional) sas oportunidades de fornecimento
desde logo apostou na governação sas olham para a baixa como uma zona só referenciar que construímos duas que alguns bairros, os mais antigos, dades de Moçambique… para a formação de jovens em diver- de pequenos serviços de suporte na
participativa porque “não podemos a ser investida. escolas, uma já estamos a terminar acabaram sendo muito superlotados. Sobre o custo de vida, Pemba foi con- sas áreas como carpintaria, serralharia, construção da base logística de Pem-
fazer apenas aquilo que nos agrada Com a experiência do passado, como agora, são escolas de raiz, construímos Nesses precisamos de fazer reorde- siderada sempre como uma cidade mecânica e culinária porque julgamos ba. Nunca acompanhou essas recla-
fazer. É preciso fazer aquilo que é o é que a edilidade está preparada para também dois centros de saúde e há um namento e tirar algumas pessoas para cara, senão a primeira do país. Mas que seria inconcebível que uma em- mações?
consenso, aquilo que realmente é o
problema ao nível da comunidade”.
fazer face à actual época chuvosa?
Aprovamos o nosso Plano de Con-
outro grande centro de saúde com fi-
nanciamento do governo central que
o outros locais, sempre com o desafio de
prover infra-estruturas básicas porque
com a vinda desses projectos, abre-se
grandes oportunidades e desafios para
presa tenha de contratar um cozinhei-
ro, pedreiro ou pintor fora de Pemba
Bom, ainda está-se no processo da
construção da base logística, as gran-
des obras ainda não aconteceram e
Os investimentos que lá convergem tingência. Estamos a trabalhar em es- está a ser construído na unidade resi- as pessoas querem estar mais perto do
motivados pela indústria de hidro-
carbonetos foram incontornáveis
treita colaboração com o Governo do
distrito e Provincial. Somos membros
dencial de Maringanha para aproxi-
mar os serviços básicos à comunidade.
og hospital, escola, emprego, etc.
Há cidades moçambicanas que, pra-
os munícipes de Pemba. Oportuni-
dades de criar até pequenas empresas
para servir as médias e essas, por sua
quando temos uma massa laboral acti-
va que pode ser contratada talvez mais
um pouco reciclada para responder à
tudo quanto temos conhecimento é
que no que se está a fazer agora foi
na entrevista e neles Carimo vê uma do Comité Operativo de Emergência Então, olhando para trás, vemos que ticamente, já se renderam ao comér- empregue massa laboral local. Mas
vez, servirem as grandes empresas. qualidade. Pode se contratar de fora
naturalmente, como estamos numa
janela de oportunidades para os mu-
nícipes. Tem vários sonhos, mas um
deles é tornar a capital provincial
(COE) e já mapeamos ao nível da
nossa cidade quais são as zonas mais
vulneráveis e nesta altura, por exem-
fizemos algo que não só nos satisfaz,
mas também nos impõe algum desafio
porque sempre que a gente faz alguma
ól cio informal. Quer falar de Pemba?
Sinceramente falando não estamos
contra a actividade informal, desde
Uma outra oportunidade é as pessoas
se especializarem em algumas activi-
dades. Por exemplo, no fornecimento
grandes engenheiros porque não há
dúvidas em afirmar que Pemba pode
ainda não ter essa capacidade de res-
economia de mercado não podemos
dizer que todo o mundo tem de ser de
de Cabo Delgado numa verdadeira plo, estamos a trabalhar fortemen- coisa temos de olhar para as respostas que ela seja bem organizada. Hoje o Pemba, o que é preciso é formar com
de alimentos, os munícipes de Pemba, ponder esse desafio de termos gran- qualidade o pessoal local para aguen-
espinha dorsal para a economia do
país e um melhor sítio para se viver.
Os dissabores e conquistas de dois
te nos bairros de Muxara e do Alto
Gingone para reverter uma situação
calamitosa. As escolas que constru-
do futuro.
Respostas do futuro! Com que Pem-
ba sonha?
c i que se verifica em Pemba é que algu-
mas ruas estão sendo ocupadas pelos
praticantes da actividade informal.
organizados, podem muito bem cobrir
essa questão. Podem não ser especia-
lidades em algumas actividades que
des engenheiros e projectistas, mas a
esse nível de serviços básicos, nós já
temos. Então vimos isso como uma
tar com esse embate porque não nos
passa pela cabeça que as pessoas por
anos de um segundo mandato na ímos no passado já estavam a correr Queremos construir uma cidade de Sabemos que a actividade informal mais boas que sejam não podem ser
presidência da autarquia são a seguir Pemba sustentável, uma cidade que, envolvam engenharias ou consultorias grande oportunidade. E temos dito contratadas de outras províncias e até
risco de ruir, incluindo em algumas conta em alguma percentagem para
descritos em discurso directo pelo olhando para os recursos naturais e a economia local. Para responder essa grandes, mas questões como forne- que Pemba é uma cidade de oportu- de outros países quando for necessá-
zonas do Bairro Eduardo Mondlane.
edil que fala ainda do ano e meio locais, possa ser o melhor sítio para questão, o Município foi construindo cimento de alimentos, sim. E é isto nidades. Qualquer negócio, qualquer rio. O que é importante e que tem de
Estamos a trabalhar primeiro para
que preside a Associação Nacional se viver e se investir porque temos alguns mercados dotados de infra- que temos encorajado. Mas também actividade bem pensada, em Pemba ser aposta é a formação do pessoal lo-
mitigar. Temos os dois conceitos, afas-
olhamos para isso como uma oportu- pode prosperar porque o boom de de- cal com qualidade para responder essa
dos Municípios de Moçambique
(ANAMM).
tar o perigo das pessoas ou afastar as
pessoas do perigo, então, mediante a
situação real, temos a consciência de
essas potencialidades, mas também
queremos ser uma verdadeira espinha
dorsal na área económica do nosso
so -estruturas básicas, como sanitários,
energia e água e o grande problema
hoje é como convencer esses vende-
nidade principalmente para a camada senvolvimento que temos pela frente demanda.

Com muitas e ambiciosas promessas, que algumas pessoas precisam de ser país, olhando para aquilo que são as dores informais a ocupar os mercados
,OHF9LODQFXORV

em Fevereiro de 2014, tomou posse transferidas de zonas iminentemente grandes descobertas de hidrocarbo- com condições suficientemente boas
como edil de Pemba. Como foram netos na zona norte. Sem dúvidas ne- 8PGRVGHVDÀRVTXHQyVFRPRPXQLFtSLRVWHPRVpHVVHFRPSURPLVVRTXHGHYHVHUDVVLQDGRHQWUHDVSHV-
8PGRVGHVDÀRVTXHQyVFRPRPXQLFtSLRVWHPRVpHVVHFRPSURPLVVRTXHGHYHVHUDVVLQDGRHQWUHDVSHV
8PGRVGHVDÀRVTXHQyVFRPRPXQLFtSLRVWHPRVpHVVHFRPSURPLV VRTXHGHYHVHUDVVLQDGRHQWUHDVSHV para praticar qualquer que seja o ne-
de perigo para evitar a perca de vidas.
os dois anos do segundo mandato a
dirigir os destinos de uma cidade es-
tratégica como Pemba?
Até semana passada, o registo que tí-
nhamos era de cerca de 60 pessoas que
m
nhumas, é para lá onde todos vamos
gravitar e vamos juntar a parte turís-
tica que a natureza nos ofereceu, mas chegam apenas num sítio,, então, por
VRDVTXHQRVHOHJHUDPHQyVTXHVRPRVH[HFXWLYRV

reabilitar um sistema que esteve pa- corrigir essa situação. Basta só lem-
gócio.
Houve tempos em que o fecalismo a
céu aberto foi uma marca em Pemba.
Nunca levantamos cores
deviam ser transferidas em diversos
Foram anos de muitos desafios, mas
nós tínhamos como agenda a introdu-
bairros para zonas seguras, e estamos
a trabalhar com os distritos vizinhos
u
também vamos ter serviços diversos e
julgamos que, juntando a beleza natu-
ral que Pemba tem e aquilo que vão
sua vez, os táxi-mota levam os mu-
nícipes desses sítios para locais mais
próximos das suas residências.
rado há cerca de 20 anos e vai cobrir
parte do bairro do Alto Gingone e
uma parte do bairro de Cariacô, numa
brar que em Metoro está a ser cons-
truída uma subestação para poder ali-
mentar com maior qualidade a cidade
Que saídas encontraram?
Pemba já teve esse problema. De fac- políticas na ANAMM
ção de uma governação participativa, de Mecufi e Metuge para alocação de to um problema terrível. Se olharmos
a reabilitação de algumas infra-es- ser os grandes serviços para servir as São taxistas licenciados? zona complexa chamada Chibuabua- de Pemba. Então, há aqui um esforço
alguns espaços em que as pessoas po- há cinco ou seis anos, Pemba tinha
truturas e a construção de outras. Foi
neste período que Pemba teve uma
situação que não se verificava há cer-
dem construir as suas infra-estruturas
com mais segurança. Então, estamos sustentável.
e
grandes empresas que vão aportar a
Pemba, teremos uma cidade de Pemba
Agora abrimos uma fase para eles po-
derem
em licenciar-se, demos como prazo
até finais de Março, não só para po-
ra, que tem um relevo geográfico bas-
tante deficiente. Não vamos terminar
o problema da água, mas julgamos que
a partir do governo provincial até ao
central.
A par do crescimento dos centros
problemas graves de fecalismo a céu
aberto. O que fomos fazendo é que,
para além de incentivar a constru-
m Julho de 2014 era eleito Presidente da Asso-
ciação Nacional dos Municípios de Moçambi-
que. Na hora de tomar posse, garantiu melhor
é fazer compreender que os municípios devem contar
com a ANAMM para encontrar a solução dos entraves.
O outro é encontrarmos uma sustentabilidade finan-
preparados à medida das nossas capa-
ca de 40 anos. Tivemos chuvas acima
de 150 mililitros que fizeram com que
cidades locais.
d
A construção e reabilitação de estra-
das que destacou no início desta en-
trevista só faz sentido com a provisão
derem se licenciar, mas também para
discutirem connosco a regulamenta-
ção desta nova actividade. A primeira
vamos de alguma forma aliviar. O an-
tigo sistema de fornecimento de água
tinha sido desenhando para servir cer-
urbanos moçambicanos, está a sur-
gir um problema grave chamado or-
denamento territorial e, pelos vistos,
ção de latrinas melhoradas na zona
da orla marítima, fomos trabalhando
E servir e lutar para a sustentabilidade da orga-
nização, desenhando acções de impacto a curto e longo
prazos. De lá para cá, o que de concreto já foi feito em
ceira da própria ANAMM para podermos responder a
tempo e hora aquilo que é a grande demanda dos nos-
sos membros. Posso afirmar com tanta segurança que
redesenhássemos a nossa estratégia e Há compromisso entre elei- com uma associação de ambiente local
tor e eleito de transporte que, em cidades como coisa que defendemos é a protecção ca de 60 mil pessoas e hoje Pemba tem Pemba não é excepção, presidente… prol de uma ANAMM de resto pouco visível? a pujança e a visibilidade que a ANAMM hoje tem a
virássemos mais para a reabilitação de para a consciencialização porque havia
Maputo e Matola, é uma autêntica 250 mil habitantes, é só imaginar o Pemba já teve problemas gravíssimos Uma delas é a reestruturação interna da própria Asso- nível do Governo, a nível dos parceiros de cooperação, é
infra-estruturas e posso garantir que O que mais foi feito nestes dois anos, das suas próprias vidas. Devem ter a muitos mitos em relação ao problema.
dor de cabeça.a. Como está Pemba? esforço que isso representa. Então, há em relação ao ordenamento terri- ciação. É o desenho de um Plano Estratégico que possa totalmente diferente e positiva. Hoje, não há nada que
conseguimos virar-nos. Reabilitamos tendo em conta aquele seu ambicio- noção de algumas regras de trânsito e Desmistificar isso e construir até al-
Não foge à regra de quase grandes um trabalho que está sendo feito com torial. Basta só recordar que temos responder àquilo que são os nossos desafios e quando se passa ao nível dos municípios em que o Governo
as principais estradas que estavam da- so manifesto eleitoral? já temos um consenso com o INAT- guns sanitários públicos e incentivar
nificadas. Nós organizamo-nos bastante na ar-
ir o
cidades que temos, mas nós não es-
TER (Instituto Nacional de Trans- algumas soluções locais, a solução pas- duas zonas de ocupação espontânea para que as pessoas usassem foi uma
falo do Plano Estratégico falo da potenciação inter- não solicita a ANAMM para ouvir a sua posição. Não
tamos mal. O grande problema que na dos Recursos Humanos que temos, da assistência há nada que se passe nos nossos municípios em que os
Muitos municípios e não só, que fo- recadação de receitas próprias e me- portes Terrestres) de formar algumas sa necessariamente pela construção de que são um verdadeiro calcanhar de das ferramentas que usamos, para
hoje temos é ainda o não consenso técnica aos nossos membros que são os municípios e principais actores não se sentem com a ANAMM para
ram afectados por cheias, continuam lhoramos a gestão de resíduos sólidos. turmas desses jovens para serem for- uma barragem que vai abastecer não Aquiles. Estamos a falar de Chibua-
com zonas intransitáveis ou com ou-
tros vestígios dos danos das chuvas
Basta só dizer que passamos dos ante-
riores 125 milhões de meticais como

entre os transportadores e o Conselho
Municipal. O que havia antes é que
os trabalhadoreses reclamavam muito o
mados e exercerem as suas actividades
com alguma segurança.
só a cidade de Pemba, mas para alguns
distritos circunvizinhos.
buara que hoje tem aproximadamen-
te 25 mil pessoas a residir, estamos a
além da fiscalização da comunidade
para desencorajar esse acto, porque
além de ser um problema de saúde
também falo da questão da Comunicação. Os nossos
municípios devem saber cada um deles o que um outro
faz e como ANAMM estamos agora a liderar um pro-
poderem encontrar soluções conjuntas. Precisamos de
ter uma única forma de abordar as questões, uma polí-
tica comum e há consenso em que precisamos de actuar
intensas. Qual foi o segredo da vossa receita anual para 247. Ainda não é estado das vias de acesso e hoje esse Até quando uma barragem? falar de uma zona denominada Josina pública, era um atentado ao pudor.
reviravolta? o suficiente olhando para o potencial Crise de água refém de 350 Já está na carteira, estamos a discutir Machel que também foi de ocupação cesso de mapeamento daquilo que são as boas práticas de uma forma linear em cada um dos municípios por-
problema está quase ultrapassado, já Está a dizer que o problema já ficou
milhões de euros de governação, por exemplo, na área de gestão de recei- que o que acontecia é que tínhamos muitos parceiros
Não foi fácil porque se olharmos para
o potencial de receitas cobradas na-
quela altura estavam muito aquém
de Pemba em arrecadar receitas, mas
isso passa necessariamente de uma
organização interna que é o que es-
D
temos as principais vias de acesso rea-
bilitadas. A questão hoje é a tarifa que
julgamos que está a sair demais para
O Município de Pemba de há dois
anos, quando tomou posse, era uma
com o Governo distrital e provincial e
há alguns avanços encorajadores, tan-
to é que já começam a surgir alguns
espontânea com cerca de 12 mil habi-
tantes. São as zonas que efectivamen-
te não seguiram nenhuma regra de
nas páginas da história?
Não estamos a dizer que ultrapassa-
mos, mas podemos seguramente afir-
tas, gestão de resíduos sólidos que é para internamente
sabermos quais são as fraquezas e potencialidades de
que quase faziam o mesmo tipo de trabalho, mas de
forma diferenciada.
do nosso desafio. Basta só olhar que tamos a fazer. Não menos importante cidade com problemas no forneci- números. ordenamento, mas pelo trabalho que mar que essa problemática tem dias cada um. E uma das promessas que fizemos naquela Defende o que chama de actuar de forma linear.
o bolso do munícipe. Então, é por aí
a reabilitação que fizemos custou-nos também era potenciar o próprio Con- mento de água que era uma das suas Que números? fizemos, há novas zonas de expansão, contados, a olhar para aquilo que foi altura é que tínhamos de encontrar formas de estar Como é a convivência na ANAMM tendo em conta
onde estamos a nos organizar, traba-
qualquer coisa como 240 milhões de selho Municipal em termos de meios promessas a atacar caso vencesse as Para a construção desta barragem no onde não há problemas graves, o que Pemba ontem. Há zonas onde para se representados a nível regional. Felizmente estamos a a diversidade política interna?
lhando com a Associação de Trans-
meticais e só foi possível porque o e já ano passado adquirimos cerca de eleições. A situação prevalece e a mínimo leva cinco anos em termos temos de fazer é implantar algumas poder passar, mesmo com viatura, ti- adiantar agora, temos um espaço para construir uma A nossa associação é apartidária. Nós temos todos os
portadores para criar consensos. Mas
governo central, através do fundo de 22 meios circulantes dentre camiões como Conselho Municipal também pergunta que se impõe é: o que está de execução e/ou prazos, em termos infra-estruturas como sistema de es- nha aquele odor, mas as pessoas hoje infra-estrutura em Nampula, estamos a trabalhar com membros, basta recordar que, dos 53 municípios, há al-
estradas, abraçou o nosso desafio. e viaturas para o nosso pessoal poder temos alguns meios de transporte dos a falhar? de custos estamos a falar aproximada- goto, abastecimento de água, energia. estão lá, a fazer a sua ginástica matinal, o próprio edil para encontrarmos parceiros, felizmente guns que são do partido Frelimo e outros do Movimen-
Está a dizer que todas as estradas que trabalhar ao nível das comunidades. munícipes e esses não só cumprem as Infelizmente é uma situação que ain- mente de 350 milhões de euros que é E Pemba avançou um pouco mais, vão à praia, sem absolutamente en- já existe uma luz no fundo do túnel e temos a mesma to Democrático de Moçambique. A convivência inter-
haviam sido danificadas em Pemba Conseguimos também descer às bases rotas, como fazem a vazão de grande da continua, apesar de reconhecermos preciso buscar em algum sítio. para além do reordenamento temos contrar alguém que pratica fecalismo pretensão em Chimoio porque a decisão do Conselho na é bastante positiva. Sabemos separar os momentos,
já estão repostas? para discutir aquilo que é o nosso Pla- número dos munícipes que se queiram que há um esforço enorme dos colegas Por aquilo que Pemba vai ser nos um sistema de alerta da vulnerabilida- a céu aberto. Então, é um desafio que Directivo foi de que a sede regional norte estará em nunca foi problema, nunca levantamos cores políticas
Não estamos a dizer que todas foram no porque um dos desafios que nós, transportar ao nível da nossa cidade. do FIPAG (Fundo de Património e próximos anos, não só precisa de de de todo o nosso solo urbano. Hoje fomos combatendo e julgamos que Nampula, Centro estará no Chimoio e em Xai-xai es- na nossa Associação, assistimos uns e outros, sempre
repostas. Continua o desafio, mas se- como Municípios temos, é esse com- Um facto novo na nossa cidade que Abastecimento de Água), há um outro água, precisa também de energia de se alguém pede um terreno em Pemba mais dias menos dias vai ter o seu fim. tará a sede regional Sul. que nos abordam com qualquer questão. A gente dese-
guramente nós conseguimos superar- promisso que deve ser assinado entre temos encorajado é o surgimento de esforço enorme de pessoas singulares qualidade e hoje nas horas de ponta, estamos em condições de aconselhá-lo É em Pemba onde estão a convergir Desafios? nha encontros e vai passando por todos os municípios,
mo-nos nessa questão de reabilitação as pessoas que nos elegeram e nós que táxi-mota. É um novo negócio que e do Conselho Municipal. Nesta altu- costuma-se sentir já uma flutuação. que estilo de material deve usar para os grandes investimentos nacionais Temos ainda grandes desafios. O primeiro é de fa- independentemente da sua ideologia política. Então,
de estradas. O desafio agora é abran- somos executivos. Não podemos fazer vale a pena potenciar porque tem a ra, por exemplo, nós como Conselho Estão atentos a essa demanda? construir, que perigos existem naque- na área de hidrocarbonetos. Como zer compreender o papel da Associação Nacional dos dentro da ANAMM temos a nossa visão e missão cla-
ger a zona da expansão, termos estra- apenas aquilo que nos agrada fazer. É vantagem de complementar o trans- Municipal, abrimos cerca de seis furos Isso já é do conhecimento do próprio la zona, que potencialidades existem, é que a edilidade garante que esse Municípios ao nível dos próprios municípios. O outro ras e nunca fizemos confusão em relação a esse assunto.
das pavimentadas e reabilitar a zona preciso fazer aquilo que é o consenso, porte, visto que os grandes autocarros de água nos bairros e estamos agora a ministério. Já há ideias positivas para fruto de um trabalho que estamos a encontro de homens de negócios,
16 Savana 19-02-2016
INTERNACIONAL
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o
LANÇAMENTO DA EDIÇÃO 2016
DO PRÉMIO DE JORBALISMO E DO CONCURSO
DE JORNALISMO SOBRE ÁGUAS DA SADC

log
A Comunidade de Desenvolvimento da África Austral Regulamento do Concurso
(SADC) foi fundada em 1980, designando-se Conferên-
cia de Coordenação do Desenvolvimento da África Aus- 2VWUDEDOKRVDFRQFXUVRGHYHPWHUVLGRSXEOLFDGRVUD-
2VWUDEDOKRVDFRQFXUVRGHYHPWHUVLGRSXEOLFDGRVUD
tral (SADCC). diodifundidos entre Janeiro e Dezembro do ano anterior
ao da entrega dos prémios, ou seja em 2015, por uma ins-

ció
Transformou-se em Comunidade de Desenvolvimento tituição ou agência de comunicação social ou divulgadas
da África Austral (SADC) a 17 de Agosto de 1992 e, ac- num portal da Internet de uma instituição ou agência de
tualmente, integra 15 Estados Membros, nomeadamente FRPXQLFDomR VRFLDO UHJLVWDGD HRX DXWRUL]DGD HP TXDO
TXDO-
África do Sul, Angola, Botswana, República Democráti- quer um dos Estados Membros da SADC.
ca do Congo, Lesoto, Madagáscar, Malawi, Maurícias,
Moçambique, Namíbia, Seychelles, Suazilândia, Repú- 2. Os temas dos trabalhos apresentados para o concurso
GHYHP GHEUXoDUVH VREUH DV TXHVW}HV H DFWLYLGDGHV TXH

so
blica Unida da Tanzânia, Zâmbia e Zimbabwe.
promovem a integração regional da SADC, tais como in-
A visão da SADC é de um futuro comum, um futuro fra-estruturas, economia, de água, cultura, desportos, agri-
inserido numa comunidade regional que assegurará o cultura, etc., conforme preceituam os Artigos 5 e 12 do Tra-
bem-estar económico, a melhoria do nível e da quali- tado da SADC (texto emendado em 2010).
dade de vida, a liberdade e a justiça social, bem como a
paz e a segurança para a população da África Austral. 7RGRVRVSURÀVVLRQDLVGDFRPXQLFDomRVRFLDOFLGDGmRV
um
Esta visão compartilhada está enraizada nos valores e da SADC podem participar nos concursos, com a excepção
SULQFtSLRV FRPXQV H QDV DÀQLGDGHV KLVWyULFDV H FXOWX-
FXOWX- de funcionários do Secretariado da SADC ou os que traba-
istentes entre os povos da África Austral.
rais existentes OKDPHPLQVWLWXLo}HVFRQWUDWDGDVSHOD6$'&

Em 1996, o Conselho de Ministros da SADC criou o Pré- 4. Todos os trabalhos submetidos aos concursos devem ser
PLRDQXDOGH-RUQDOLVPRGD6$'&FRPDÀQDOLGDGHGH apresentados numa das línguas de trabalho da SADC, no-
promover a integração regional, através da divulgação meadamente, Francês, Inglês e Português, ou numa língua
de informação, e promover a excelência jornalística na nativa nacional de um Estado Membro da SADC, devendo
VHU DSUHVHQWDGRV WDO FRPR IRUDP SXEOLFDGRVUDGLRGLIXQ-
de

Região.
didos (recorte de jornal, website, revista, CD radiofónico,
No contexto deste concurso, integração regional refere- FDVVHWHGHYtGHR'9'EROHWLPLQIRUPDWLYR WRGRVRVWUD-
-se, entre outros, a programas, projectos e actividades balhos publicados em línguas nativas nacionais devem ser
que sustentam a agenda comum da SADC que envol- acompanhados da respectiva tradução numa das línguas
YHPEHQHÀFLDPHRXDIHFWDPSHORPHQRVGRLV(VWD
YHPEHQHÀFLDPHRXDIHFWDPSHORPHQRVGRLV(VWD- de trabalho da SADC.
dos Membros da SADC.
io

 5HJXODPHQWR (VSHFtÀFR GR &RQFXUVR GH -RUQDOLVPR


Por meio deste instrumento, o Secretariado da SADC sobre Águas
anuncia o lançamento da Edição de 2016 do Concurso
de Jornalismo em geral, e do concurso temático de Jor- 5.1 O Regulamento do Concurso acima indicado aplica-se
ár

nalismo sobre Águas da SADC. O primeiro concurso é ao Concurso de Jornalismo sobre Águas.
ÀQDQFLDGR FRP R UHFXUVR jV FRQWULEXLo}HV IHLWDV SHORV
Estados Membros para o orçamento da SADC, enquan- 5.2 Contanto devam observar o regulamento geral acima
WR R VHJXQGR p ÀQDQFLDGR SHOD &RRSHUDomR 'LQDPDU
'LQDPDU- indicado, os trabalhos apresentados ao Concurso de Jorna-
Di

quesa para o Desenvolvimento (DANIDA), através do lismo sobre Águas devem focalizar o desenvolvimento e
Sector de Águas da SADC. DJHVWmRFRRUGHQDGRVGRVUHFXUVRVKtGULFRVHDÀQVGHXP
modo que maximize o bem-estar económico e social, mas
Tanto o concurso geral como o concurso temático sobre sem comprometer a sustentabilidade ambiental.
Águas cobrem os domínios de Imprensa Escrita, Rádio,
Televisão e Fotojornalismo. 5.3 Embora mantendo o tema de integração regional, os
Os potenciais concorrentes são convidados a apresentar trabalhos devem destacar o seguinte:
os seus trabalhos a concurso, acompanhados do com-
provativo da sua nacionalidade, ao Juri Nacional (NAC) $iJXDSRWiYHOpXPUHFXUVRÀQLWRHYXOQHUiYHOHV-
nos respectivos países. sencial para a sustentar a vida, o desenvolvimento e o meio
ambiente.
Savana 19-02-2016 17
PUBLICIDADE
SOCIEDADE

terminal telefónico e, se necessário, o número de fax e o


5.3.2 Uma maior participação no desenvolvimento e na endereço electrónico.
gestão dos recursos hídricos, com o envolvimento dos
XWLOL]DGRUHVSODQLÀFDGRUHVHyUJmRVGHGHFLVmRVREUHSR- 10. Os trabalhos a concurso deverão ser inicialmente
líticas em todos os níveis e sectores. triados e avaliados pelo Juri Nacional do Concurso de
Jornalismo em cada Estado Membro, que seleccionará

o
5.3.3 Papel da mulher e da juventude na provisão, gestão o melhor trabalho de cada uma das quatro categorias
e salvaguarda a ser encaminhado ao Comité Regional de Adjudicação
da água. (RAC), por intermédio do Secretariado da SADC, e de-

log
vem ser remetidos ao Secretariado, o mais tardar, até 30
 9DORU HFRQyPLFR GD iJXD HP WRGRV RV VHXV XVRV GH$EULOGH
concorrentes e reconhecimento de que a água é tanto um
bem económico e como social. 11.A selecção dos melhores trabalhos a concurso ao ní-
vel regional será feita pelo RAC.
6. Os trabalhos submetidos a concurso devem ser, ini-
cialmente, avaliados pelo Juri Nacional em cada Estado $GHFLVmRGR5$&VHUiÀQDO

ció
Membro, num processo levado a cabo em colaboração
com um Membro do Comité Técnico de Recursos Hí- 13. Os vencedores serão anunciados, e receberão os seus
dricos da SADC em cada Estado Membro, devendo ser prémios, durante a 36ª Cimeira dos Chefes de Estado e
seleccionado o melhor trabalho em cada uma das 4 cate- de Governo da SADC.
gorias para ser enviado ao Comité Regional de Adjudica-
ção, através do Secretariado da SADC. 14. Para cada categoria, o valor do prémio é 2.000 USD,

so
HRVYHQFHGRUHVUHFHEHUmRXPFHUWLÀFDGRDVVLQDGRSHOR
2VSRUPHQRUHVDGLFLRQDLVVREUHRUHJXODPHQWRHVSHFtÀ- 3UHVLGHQWH GD 6$'& H EHQHÀFLDUmR GDV GH FXVWR H GH
co acima indicado podem ser obtidos junto da institui- um bilhete de passagem aérea de ida e volta, em classe
ção responsável pela gestão das águas em cada Estado económica, para se deslocarem ao país onde se realizará
Membro. a Cim
Cimeira para receber o seu prémio.
um
7. Convidam-se os potenciais concorrentes a enviar os 15. Os prémios serão pagos directamente aos respecti-
seus trabalhos para a Edição de 2016 do Concurso de Jor- vos vencedores. Caso o vencedor esteja impossibilita-
nalismo geral e do Concurso de Jornalismo sobre Águas, do de participar na cerimónia de entrega dos prémios,
nas seguintes categorias: a SADC efectuará diligências no sentido de entregar o
prémio no seu país de origem ou ao respectivo Ponto de
(i) Imprensa Escrita: compreendendo reportagens/artigos Contacto Nacional da SADC.
publicados em jornais, boletins informativos, websites, revis-
tas; os trabalhos devem ter no mínimo 100 (cem) palavras e no 16. O RAC reserva-se o direito de não atribuir qualquer
máximo 2.000 (duas mil) palavras.
de

prémio em qualquer das categorias caso os trabalhos


(ii) Jornalismo Radiofónico: compreendendo material de radio- concorrentes não satisfaçam os requisitos do concurso
difusão, com uma duração mínima de um minuto e uma dura- À[DGRVQRSUHVHQWHUHJXODPHQWR
ção máxima de uma hora, devendo todo o material de radiodi-
fusão fazer-se acompanhar de uma transcrição em qualquer das 0DLV LQIRUPDo}HV H DV ÀFKDV GH FDQGLGDWXUD DR FRQ-
línguas indicadas na Regra 4 acima. curso estão disponíveis junto dos Júris Nacionais e dos
Coordenadores dos Órgãos de Comunicação Social Na-
io

(iii) Jornalismo de Televisão: compreendendo material tele- cionais da SADC de cada Estado Membro. Os seus con-
visivo, com uma duração mínima de um minuto e uma duração tactos podem ser obtidos no Website da SADC: www.
máxima de uma hora, devendo todo o material televisivo fazer- sadc.int.
-se acompanhar de uma transcrição em qualquer das línguas
ár

indicadas na Regra 4 acima. Os trabalhos deverão ser encaminhados ao Gabinete


de Informação sito na av. Francisco O. Magumbwe, 780,
(iv) Fotojornalismo: FRPSUHHQGHQGRIRWRJUDÀDVSXEOLFDGDV Direcção de Informação e Comunicação, 5° andar, até
Fotojornalismo:FRPSUHHQGHQGRIRWRJUDÀDVSXEOLFDGDV
FRPOHJHQGDVHQGRQRPtQLPRXPD~QLFDIRWRJUDÀDXPDUH
FRPOHJHQGDVHQGRQRPtQLPRXPD~QLFDIRWRJUDÀDXPDUH- dia 29 de Fevereiro do corrente ano.
SUHVHQWDomRIRWRJUiÀFDFRQWHQGRIRWRJUDÀDVQRPi[LPRRX
SUHVHQWDomRIRWRJUiÀFDFRQWHQGR
Di

XPiOEXPFRPIRWRJUDÀDVQRPi[LPR

8. Todos os trabalhos a concurso devem ser remetidos ao Estados Membros:


Juri Nacional, o mais tardar, até ao dia GH)HYHUHLUR
Angola, Lesoto, Malawi Namíbia, Suazilândia, Botswana
de 2016.
Madagáscar, Maurícias, Seychelles, República Unida da
Tanzânia, República Democrática do Congo, Moçambi-
9. Cada trabalho candidato deve ser apresentado através
que África do Sul, Zâmbia, Zimbabwe
de uma Ficha do Concurso de Jornalismo da SADC, de-
vendo conter os dados completos de contacto do concor- 7RGDDFRUUHVSRQGrQFLDGHYHUiVHUHQGHUHoDGDDR6HFUH-
UHQWHLQFOXLQGRXPDIRWRJUDÀDWLSRSDVVHDPRUDGDR WiULR([HFXWLYR
18 Savana 19-02-2016
OPINIÃO

EDITORIAL Cartoon

Uma guerra injusta,


para um povo sofrido

o
N
o meio da euforia que marcou as primeiras eleições mul-

log
tipartidárias em Moçambique, naquele mês de Outubro
de 1994, provavelmente poucos teriam imaginado que o
país voltasse a passar pelos momentos de miséria vividos
durante os 16 anos de guerra que transformaram este país num
dos cantos mais pobres do planeta.
Mas tão remota era essa ideia, que ela hoje é tão real. Um país de
novo mergulhado numa guerra estúpida, e um povo a ser chamado
mais uma vez a consentir sacrifícios perfeitamente evitáveis, ao
mesmo tempo que tem de lutar pela sua própria sobrevivência. A
Fundamentos da reflexão sobre

ció
história repete-se, e o homem, esse animal supostamente racio-
nal, tem a temeridade de nunca querer aprender do seu próprio
passado.
Deve ser uma grande vergonha que passados mais de vinte anos
depois do Acordo Geral de Paz, os dois protagonistas desse trá-
inconstitucionalidade de normas do CPP
gico conflito não tenham conseguido se reconciliar, ao ponto de Por João Nhampossa*
novamente estarem a arrastar o povo para uma outra guerra. O Problema conduta do juiz perverso ou incompe- da declaração expressa de não prescin-
Chegamos a este ponto porque embora os acordos de Roma a. O artigo 540 do Código de Processo tente culminar numa decisão de liber- dir de recurso constitui um evidente
fossem um ponto de partida numa longa caminhada para que Penal (CPP) que determina que “Só tar o réu, quando há elementos bastan- comando legal que promove e permite

so
Só po-
os intervenientes da guerra dos 16 anos iniciassem um processo derá interpor-se recurso da sentença para tes para a sua condenação e dignos de ao réu, a defesa e Ministério Público a
de reconciliação, eles desperdiçaram todo este tempo, cada um a respectiva Relação, quando os represen- recurso em instância superior. renúncia de direitos e liberdades fun-
procurando mostrar melhor o quanto odeia o outro. O seu único tantes da acusação ou da defesa expres- O problema de inconstitucionalidade damentais em clara contradição com a
denominador comum passou a ser a sua vontade partilhada do samente declararem que não prescindem das normas do CPP em questão resulta Constituição.
mútuo extermínio. dele, antes de se proceder ao interrogatório da obrigatoriedade legal da declaração Com a excepção dos processos Sumá-
do réu.” prévia e expressa de não prescindir de rio-Crime e Polícia Correccional, nos
Vimo-las a exteriorizar esse sentimento mútuo de ódio ao nível
b. O artigo 561 do CPP determina que recurso, a qual se mostra em descon- outros processos crimes, os interve-
do parlamento onde, por supostamente estarem em representação “(…)) Só pode recorrer-se da sentença fi- formidade com as seguintes disposi- nientes tem a liberdade, nos termos da
do povo, se exigia que pautassem por uma postura de solenidade nal, se a acusação ou a defesa declararem ções constitucionais: Nº 1 do artigo lei, de corrigir ou clarificar os registos
e de respeito recíproco. antes do interrogatório do réu que não 62 da Constituição que determina que dos factos relatados em sede de discus-
um
Agora que já entornaram o caldo, recorrem à mais infantil das prescindem do recurso e o interpuserem “O Estado garante o acesso dos cidadãos são e julgamento. Até aqui, o juiz não
propagandas, acreditando que o povo não tem capacidade de dis- logo em seguida à leitura da sent
sentença.” aos tribunais e garante aos arguidos o tem poder absoluto ou total monopólio
cernimento. Mas o povo não quer consumir propaganda, que se c. O parágrafo único do artigo 651 do direito de defesa e o direito à assistência sobre o que deve ser registado como
resume em cada uma das partes tentar provar que é a outra o res- CPP que determina que “No proces- jurídica e patrocínio judiciário.” Artigo produção da prova, ainda que venha a
ponsável pela situação de guerra em que o país se encontra. so sumário, o recurso da sentença final só 70 da Constituição que determina que ignorar o registo de tais factos quando
pode interpor-se em seguida à sua leitura, “O cidadão tem o direito de recorrer aos proferir a sentença do caso. Porém, as
O povo quer é que não haja guerra, porque pela sua longa experi-
nos termos do artigo 561. tribunais contra os actos que violem os partes, querendo, podem recorrer desta
ência, sabe que esta só traz a morte e a miséria, e atrasa o desen- seus direitos e interesses reconhecidos pela sentença para tribunal superior no pra-
volvimento do país. Se há algo que deve ser motivo de orgulho constituição e pela lei.” E, por sua vez, o zo legal. Caso contrário, perdem o di-
A obrigatoriedade legal da declaração
para os líderes políticos deste país deve ser a sua capacidade de artigo 69 que determina que: O cidadão reito de recurso por caducidade ou por
prévia e expressa de não prescindir de
encontrar uma solução que ponha fim a este estado de coisas. recurso antes do interrogatório do réu pode impugnar os actos que violam os seus decurso do prazo, o que não se traduz
A situação em que o país se encontra é extremamente delicada. no julgamento em processos Sumário- direitos estabelecidos na Constituição e na renúncia de direito. Pois, quem per-
nas demais leis. Estas disposições não de prazo para o exercício de um direito
de

Mas não significa que seja impossível sair-se dela. Com um posi- ime e Polícia Correccional é condição
-Crime
cionamento claro sobre o que se pretende fazer, com uma definição processual essencial para admissibili- são objecto de renúncia e constituem não significa que tenha renunciado esse
a garantia constitucional da extensão direito. Aquele que prescinde do direi-
clara de objectivos e, acima de tudo, com um engajamento genu- dade de recurso e consequente reapre-
ciação das sentenças proferidas nestes do direito à defesa e direito de acesso to do recurso de forma expressa ou tá-
íno e honesto entre o governo e a Renamo, é possível alcançar-se aos tribunais, considerando ainda a na- cita, não tem prazo nenhum para o seu
um entendimento que traga de volta a paz para Moçambique. processos-crimes.
Ora, em caso de prescindir-se de re- tureza suprema da Constituição sobre exercício porque renunciou tal direito e
Honestidade num processo negocial significa realismo nas exi- todas as restantes normas na ordem o tribunal aceita privar o exercício do
curso, de forma expressa ou tácita, pelo
gências que cada uma das partes faz em relação à outra. A estra- jurídica nacional, conforme resulta do mesmo com o fundamento no conteú-
silêncio neste caso, as normas do CPP
tégia de exigir coisas impossíveis, com a antevisão de que a outra supra privam o exercício do direito disposto no nº 4 do artigo 2 da Consti- do das normas objecto desta reflexão de
parte irá certamente recusar, e como resultado disso justificar a fundamental ao recurso, à impugna- tuição, se não vejamos: inconstitucionalidade.
continuação do conflito é uma faceta que denota desonestidade ção e à defesa. Com efeito, a garantia O direito à defesa e o direito à im- Importa notar que os casos de privação
io

no processo negocial. da justiça e/ou da liberdade do réu pugnação são incontestavelmente de ou limitação do exercício de direitos
ficam em risco nas mãos do juiz que natureza fundamental, dos quais não e liberdades fundamentais apenas são
No processo negocial é preciso dar todo o tipo de concessões que
tem absoluta certeza de que a sua de- é possível, nos termos dos princípios admitidos nos casos expressamente
forem necessárias para que haja progressos, mas é importante sal- constitucionais, prescindir ou renun- previstos na Constituição, em confor-
vaguardar o princípio de que Moçambique não pertence nem à cisão não será objecto de apreciação
por instância superior, se não por meio ciar, tão-somente por serem direitos midade com o disposto no artigo 56
Frelimo nem à Renamo. Por isso, qualquer acomodação que seja fundamentais. A irrenunciabilidade é desta lei suprema, o que não se confi-
de recurso extraordinário. Este apre-
ár

necessária para a solução de uma crise resultante do desentendi- senta especificidades de tramitação de uma das características essenciais dos gura no caso da limitação ou condicio-
mento entree forças políticas deve sempre ter em conta a neces- extrema complexidade e que constitui direitos e liberdades fundamentais, nalismo processual essencial previsto
sidade de salvaguardar o princípio de que a soberania reside no um outro debate que não se pretende sendo inexistente e inconstitucional nas normas do CPP em apreço.
povo. aqui explorar ao detalhe. Assim, certo qualquer norma legal que permita tal
renúncia. Concluindo
A ideia de que a Constituição é “um papel escrito pelo próprio de que a sentença não é passível de re-
curso ordinário, o juiz pode, por isso ou Logicamente, não deve, pois, o CPP O conteúdo das normas do CPP supra
homem”, e como tal pode a qualquer momento ser alterada para permitir a renúncia de direitos fun- fere a extensão do direito à defesa por
por incompetência ou incúria decidir à
Di

satisfazer os caprichos de uma formação política é totalmente er- damentais como é o caso do direito à via de recurso ou do direito fundamen-
rada, e não deve ser entretida numa sociedade que se considera margem da lei e do Estado de Direito
e em violação aos direitos e liberdades defesa, a impugnação e ao recurso aos tal à impugnação por permitir a sua
democrática. Assim como é errado recorrer à violência como meio tribunais, neste caso para os tribunais renúncia em prejuízo da salvaguarda da
fundamentais. Igualmente, fica em ris-
para a obtenção de concessões políticas. co a garantia da justiça se semelhante de instância superior àquela que pro- garantia constitucional destes direitos.
feriu a decisão. A obrigatoriedade legal *Advogado

KOk NAM Editor Executivo: Paulo Mubalo (Desporto). (824576190 / 840135281)


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Savana 19-02-2016 19
OPINIÃO

RELATIVIZANDO
Por Ericino de Salema

A verdade da guerra
Por Eugénio Lisboa*

o
O
jornalista recorre, normal- A comunidade jornalística chegou, na sua relação com as fontes, há si- drigues dos Santos chegou é de que exempl
mpl nem sempre
cipitadas. Por exemplo,
mente (jornalismo noticio- há muito, à conclusão de que não tuações muito especiais em que esse a verdade é a primeira vítima numa é razoável concluir que se um certo
so), a promotores de notícias, existem fontes sem interesses, por procedimento deve ser observado de situação de guerra. Aliás, o quadro ataque foi protagonizado por gente
vulgo fontes, para realizar o via do que o jornalista deve ser muito forma redobrada. Situações de guer- teórico apresentado nessa obra su- com uniforme da Polícia da Repú-

log
seu trabalho, que se resume a infor- criterioso e rigoroso na sua selecção, ra, ou de quase guerra, constituem um geree que tal já fora constatado mui- blica de Moçambique (PRM), logo,
mar os leitores, ouvintes ou telespec- perguntando sempre, de si para con- exemplo paradigmático disso, pois, to antes, por outros estudiosos. Por e de forma automática, esses agentes
tadores sobre assuntos de interesse sigo, que interesses, para além dos em situações tais, luta-se não só com outro lado, numa situação de guerra são efectiva e comprovadamente ele-
geral e/ou público que devem, em óbvios, aquele que faz chegar uma as armas de fogo e outros artefactos, os jornalistas não trabalham necessa- mentos da PRM!
regra, possuir a actualidade como sua certa informação de interesse públi- mas também com a informação en- riamente com fontes, mas com aquilo Para o caso em apreço (o da semana
característica, além, naturalmente, de co tem nela. Só para se ter uma ideia quanto propaganda. As palavras que a que se denomina de ‘minders’, ou passada, em Muxúnguè), além de a
outros valores-notícia (o que faz com mais clara: vezes há em que a fonte seleccionamos para titular este texto seja, qualquer coisa como ‘gestores de Renamo ainda não ter reivindicado
que, em centenas de milhões de acon- do jornalista, numa situação de expo- - A verdade da guerra (2002) - cons- consciências’, quais profissionais de a autoria, há que considerar outros
tecimentos que ocorrem em cada se- sição de actos corruptos de um mi- tituem, de resto, o título de uma obra propaganda, que, comumente, o exér- elementos, como o ‘timing’. Os in-
gundo, só uma parte muito ínfima se- nistro, seja o vice-ministro do mesmo científica (tese de doutoramente em cito e as forças de guerrilha os têm às cidentes (dos quais apenas se regis-

ció
jam noticiáveis) como a proximidade pelouro, que é, pelo menos sob o pon- jornalismo) do jornalista, escritor e catadupas. taram alguns feridos ligeiros, o que,
e a ‘inediticidade’ (algo inédito). Não to de vista formal, a segunda figura académico José Rodrigues dos San- Vem isto a propósito dos incidentes sendo até bom, por a vida ser o mais
é, pois, por acaso que o jornalista só do respectivo departamento governa- tos, na qual o outor partilha as suas da semana passada em Muxúnguè, na precioso bem jurídico, não deixa de
se acha ou é valorizado, pelos seus pa- mental. A isso, se ajunta o facto de, experiências de cobertura de várias província de Sofala, no âmbito dos ser descomunal em situações tais) se
res ou pela sociedade, quando possua em bom rigor, não existir verdade ab- situações de guerra (no Iraque e nos quais quatro viaturas civis foram alvo verificaram, por um lado, dias depois
fontes de informação, sobretudo as soluta, embora esta [a verdade] seja, Balcãs, por exemplo), fazendo o rele- de ataques, que estão a ser, sobretudo do chefe de mobilização e propagan-
privilegiadas: na situação contrária, o em si, o valor supremo do jornalismo. vante e indispensável enquadramento pela imprensa oficial/governamental, da da Renamo em Sofala, Horácio
jornalista terá tudo para ser um mero Se, em termos gerais, o jornalista teórico. atribuídos à Renamo, com recurso Calavete, ter proferido declarações
cronista. deve ser muito criterioso e rigoroso Uma das conclusões a que José Ro- a construções do tipo “...a Renamo muitos graves, que a todos deveriam

so
atacou...”, “...a Renamo protagonizou nos envergonhar enquanto constru-
mais um ataque...”, o que, desacom- tores do Estado de Direito Demo-
panhado da relevante consubstancia- crático, que tem a responsabilização
ção, precedida pelo distanciamento como uma das suas características, e,
dos jornalistas, é no mínimo, proble- por outro lado, os incidentes se re-
mático Pode até, por hipótese, ser a
mático. gistaram numa altura em que alguns
Renamo quem mesmo protagonizou jornalistas já se movimentavam em
aqueles ataques, como pode ter sido, direcção à ‘parte incerta’, ao encontro
também por hipótese, outros entes, e do líder da Renamo, Afonso Dhlaka-
não a Renamo. ma. Há a considerar ainda, em ter-
Heitor Alves Tembe, meu
um
A cultura jornalística funda-se, no mos de análise, o facto de os alegados
seu dia-a-dia, num elemento origi- ataques da Renamo terem decorrido
nalmente de pendor filosófico, que das 5 às 7 horas, sensivelmente, na
companheiro de viagem é a objectividade. Se, em termos
filosóficos, a objectividade é, em
região, em concreto, de Zove, ali em
Muxúnguè, a por aí dois quilómetros
grande medida, um mito, em ter- de uma posição das Forças de Defesa

C
omo companheiro de via- departamento de compras daquela dirigiram-se directamente à casa de
gem nesta fase terminal da pequena rede de estabelecimentos banho, onde o Heitor tinha um ar- mos jornalísticos ela é um sagrado e Segurança, que, entretanto, consta,
vida, o Heitor Tembe é um comerciais da nomenklatura, como mário fechado à chave, mandaram- ritual estratégico, a que os jornalistas só se fizeram ao local por volta das 9
verdadeiro achado. Conse- sejam o restaurante 3 de Novembro, -no abrir e lá dentro, sem grande se socorrem para credibilizar o seu horas. Muito estranho, não?
guimos até fazer que a nossa roti- no Alto-Maé, a Casa de Refeições, esforço, descobriram duas bananas trabalho. Nesse quadro, em jornalis- Particularmente, gosto muito da es-
na se casasse de tal forma que nos no Bairro do Aeroporto, e o Restau- de soruma. Levaram-no directa- mo rigoroso o jornalista não diz que cola da BBC, que, mesmo nas situa-
podemos considerar também nesse rante Matchedje, na Mao Tse Tung. mente para a BO e a vontade era, “...a Renamo atacou...”, mas sim, por ções em que as próprias forças britâ-
de

aspecto gémeos, como gémeos so- É fácil compreender que, embora de facto, de que semanas mais tarde exemplo, que “...o porta-voz da Polí- nicas são parte de um certo conflito,
mos quando comparamos o nosso na alturaa a esmagadora maioria da depor
fosse deportado para o Niassa, onde cia diz que a Renamo é responsável os jornalistas daquela estação pública,
passado, vivemos o nosso presente população da Cidade de Maputo, desaparecer nos campos de reedu-
desapareceria pelos ataques...”. Nos casos em que em homenagem ao princípio da in-
e olhamos com serenidade para o como, aliás, de todo o resto do país, cação. o próprio jornalista tiver presenciado dependência jornalística, procuram
futuro, que acreditamos já não ter enfrentasse
rentasse problemas de abasteci- Mas o Heitor tinha também as os acontecimentos, este já o (re)cons- sempre fontes independentes para
nada por nos oferecer. Não é que vi- mento, ele gozava de uma situação suas influências um pouco acima, trói jornalisticamente por via de uma confirmar o que os ‘minders’ dizem.
vamos resignados: simplesmente a de folgança total. o que não era de admirar dado o narrativa ‘mais directa’, mas com o Não as achando, diz-se claramente
vida e as suas vicissitudes cercearam O Heitor tinha, então, uma das seu cargo. Safou-se da reeducação, dever de cuidar sempre de evitar cair que ‘nenhuma fonte independente
de raiz todas as nossas veleidades da despensas mais bem abastecidas da mas não se safou dos três meses de em emoções e/ou em conclusões pre- confirmou estas informações’!
juventude e pretensões de alimentar cidade, para quem, como ele, não ti- cadeia. Quando saiu, a flat espaço-
io

sonhos sem alicerces. nha o nível de ministro ou secretá- sa que ocupava na Julius Nyerere
É meu vizinho na zona do Kape- rio, porque para esses havia as cha- em frente ao restaurante Canoa já
-Kape, no Chamanculo. Ele vive na madas lojas dos responsáveis, onde tinha sido mais que vendida, com
casa ancestral onde nasceu e da qual os documentos falsificados e postos
era possível obter absolutamente
em nome da senhora sua esposa.
saiu aos 20 anos, para a ela retornar de tudo. Como é bom de imaginar,
Viu-se forçado a regressar para o
cerca
ca de 30 anos depois, vencido, era o filho querido da sua família e
ár

Chamanculo, onde passou a viver


mesmo que temporariamente,
ariamente, por a sua casa estava quase sempre lite- Email: carlosserra_maputo@yahoo.com
com a mãe e onde vive até hoje, sem
aquilo que a vida lhe foi oferecendo. ralmente abarrotada de gente. Ele, Portal: http://oficinadesociologia.blogspot.com
grandes recursos, depois de ao fim
Levamos esta rotina encontrando- homem generoso por natureza e de 464
de dois ou três anos ter depaupera-
-nos a meio de cada manhã na bar- mãos largas, não se fazia rogado. E do as poucas economias que tinha
bearia Thandavantu para jogar da-
mas até ao princípio da tarde, altura
todos viviam assim à volta dele, fe-
lizes da vida.
feito durante o período de abastan- Sobre ideias e categorias de análise
ça.
Di

em que nos dirigimos ao quintal Mas há malhas que o império tece.

N
O Heitor Tembe é, mais do que o dia-a-dia damos curso genética, não nascem por gera-
da velha Elsie, que ainda continua Como se veio a saber mais tarde, a um companheiro de infortúnio, um a múltiplas ideias e cate- ção espontânea.
a ser fiel aos seus melhores clientes sua cara-metade, Evangelina Tame- sábio companheiro de viagem nes- gorias de análise como
vendendo-lhes aguardente autênti- le, andava amantizada com um ofi- As mudanças sociais não ocor-
ta fase terminal das nossas vidas, e se fossem naturais,
ca de cana ou de massala ou de caju, cial superior do SNASP, que queria rem apenas porque mudamos
mais ainda porque frequentemente como se tivessem uma origem
contra as zurrapadas com que vai a todo o custo afastar o Heitor do me confessa que ainda acalenta um de ideias e de categorias analíti-
genética. cas, é preciso que as relações de
alimentado a sede voraz dos clien- seu caminho. E o Heitor tinha, na sonho: o de traduzir a obra “Escuta
tes mais jovens e menos avisados. verdade, uma fraqueza: era con-
Porém, ideias e categorias de
Zé-Ninguém”, de Wilhelm Reich, produção e distribuição também
Metemos então profundamente as sumidor de soruma. Para além do análise são produto social da
para ronga e bitonga. Por uma ra- mudem.
nossas mãos e mentes nos nossos pequeno círculo de amigos que sa- vida, da realidade do que e do
zão: ele é ronga pelo lado paterno, Mas temos de evitar a visão
sacos de recordações e memórias, bia disso, a sua esposa, mais do que mas bitonga pelo materno. E é este, como fazemos, da educação que
recebemos, das relações que en- mecanicista das coisas e ter em
que parecem nunca mais ter fim. ninguém, detinha esse segredo. E talvez, o que lhe pende mais. Sendo
tabulamos com outros, das rela- conta que muitas vezes ideias
Eu, que sou menos fluente na nar- numa manhã, quando, como habi- eu bitonga, ajudo-o a acalentar esse
rativa, passo na verdade a maior tualmente, ainda estava à mesa com sonho, e é esse que nos alimenta a ções que temos com a natureza. e categorias analíticas perma-
parte do tempo a ouvi-lo. o café, bateram-lhe à porta. Eram esperança e alivia as agruras no seio Por outras palavras, ideias e ca- necem apesar de as relações de
Heitor Tembe era, à entrada da dois agentes da PIC com mandado das quais a vida insiste em envol- tegorias de análise não são pro- produção e distribuição terem
década de ‘80, o responsável pelo de busca. Nem fizeram cerimónias: ver-nos. dutos naturais, não tem origem mudado.
20 Savana 19-02-2016
OPINIÃO

A TALHE DE FOICE
Muito mais do que petróleo
Por
P Machado da Graça
Por João Carlos Barradas*

O
preço do petróleo terá de força. de quotas de mercado pretendida
de estabilizar nos 40 dó- A guerra da Síria oferece pre- por sauditas e aceite condicional-
lares/barril para a eco- sentemente o maior leque de mente por Moscovo, apesar do

o
nomia russa  conseguir possibilidades negociais a Putin retorno às exportações do Irão,
atingir dentro de quatro anos a ao obrigar os sauditas a admiti- quinto maior produtor
pr da OPEP.
OP
dimensão equivalente ao PIB de rem um acordo com os alauítas, Um estudo divulgado este mês

O diálogo 2014, segundo estimativa do Mi- deixando em aberto a hipótese de pela “Wood McKenzie”, consi-

log
nistério das Finanças de Mosco- eventual afastamento de Assad, derando uma produção total de
vo. em troca de garantias de conten- 97,07 milhões b/d em 2015, ad-

N
o momento que corre uma constituição e as leis do apartheid Após uma quebra de 3,7% em ção do Irão. mite que abaixo dos 35 dólares
das palavras mais ouvidas é fossem abolidas. 2015, a contracção do PIB será Moscovo vo visa, também, pressio- (usd) apenas 3,4 milhões b/d se-
“diálogo”. O diálogo parece A escravatura, que levou milhões de de 0,8% este ano, de acordo com nar a União Europeia a tentar jam extraídos com prejuízo.
ser a única solução para o africanos para longe do continen- previsões divulgadas segunda- conter refugiados na Turquia para A necessidade de manter opera-
risco de uma nova guerra generali- te, era perfeitamente legal nos paí- -feira pelo jornal Vedomosti, o que serão necessários os présti- cionais investimentos de vulto,
zada. ses que a praticavam. O facto de as considerando a variante mais mos de Moscovo no conflito sírio. caso da extracção no Árctico ou
Eu acho que pode ser... ou pode não mulheres não poderem votar, ou ser positiva que possibilitaria, poste- A resistência dos jihadistas su- do pré-sal brasileiro, a flexibili-
ser.

ció
votadas, era legal e constitucional em riormente, um crescimento anual nitas na Síria e no Iraque é fac- dade e o baixo custo do petróleo
Comecemos por ver o que é o diálo- muitas partes do mundo. Ainda hoje de 1% - 1,3%. tor dificilmente controlável, mas de xisto criam condições para
go. Dou um exemplo: o é, por exemplo, na Arábia Saudita. Todos os cenários advertem para Moscovo consegue insinuar-se a sobrevivência de produtores,
“António: Eu proponho isto. Entre nós a constituição e as leis, a urgência de reformas estrutu- no Médio Oriente como interlo- incluindo boa parte dos 4% de
Luís: Não aceito! elaboradas na altura da Indepen- rais, designadamente o aumento cutor necessário. concessionários de explorações
António: Eu proponho aquilo. dência, consagravam um regime de da produtividade laboral e do Um acordo por insatisfatório e presentemente não rentáveis,
Luís: Não aceito! partido único. Mas quando se viu consumo interno, admitindo, na precário que salvaguarde os in- ameaçados pela estratégia de
António: Eu proponho aquela outra que esse sistema já não correspondia melhor das hipóteses um cresci- teresses essenciais dos principais Riade.
coisa. às necessidades do país, uma nova mento de 13% entree 2014-2030. contendores poderá até abrir ca-
contendor As explorações de petróleo de
Luís: Não aceito!” constituição e novas leis adoptaram

so
minho para negociar o levanta- xisto (4 milhões b/d) deverão
Embora possa não parecer, isto é o multi-partidarismo.
uma forma de diálogo... que não leva
Uma cartada longínqua mento de sanções pela anexação inclusivamente duplicar a ex-
Portanto, a constituição e as leis não Os salários reais sofreram uma da Crimeia e invasão da Ucrânia. tracção em duas décadas, o que
a lado nenhum. Pelo menos a lado são livros santos, inalteráveis. São
nenhum bom. queda de 13% nos últimos dois As viciosas e escandalosas crises corresponderá a cerca de 40% da
instrumentos que vão sendo melho- anos, algo de inédito desde o políticas em Kiev levam água ao produção dos Estados Unidos, de
Embora eu não conheça detalhes, rados de acordo com o estágio da
muito provavelmente foi o que acon- início da era Putin em 2000, e moinho do Kremlin nestes cená- acordo com o “2035 Energy Ou-
vida do país. previsivelmente só em 2025 irão rios optimistas.        tlook BP”. 
teceu quando a Frelimo contactou o Tudo isto para dizer que um encon-
Governo português para negociar recuperar os valores de 2014.                                                  
tro entre Afonso Dhlakama e Filipe O acesso de empresas russas aos Poucos dólares por barril Fruste e imprevisível
pacificamente a nossa Independên-
Nyusi pode ser extremamente im- mercados
cados financeiros internacio- A extracção de 10,9 milhões bar- As reservas financeiras da Arábia
cia. Os argumentos do Governo de
um
portante... ou pode ser pura perda de nais e o investimento estrangeiro ris/dia (b/d) em Janeiro deste Saudita (cerca de 630 mil mi-
Lisboa terão sido que a proposta de
tempo. na modernização do sector dos ano, um recorde pós-soviético, foi lhões usd) oferecem folga para
Independência contrariava a consti-
Se o diálogo decorrer como o que hidrocarbonetos, responsável por negociado por Moscovo com a pressionar outros produtores, mas
tuição e as leis do Estado português.
cito acima entre o António e o Luís, cerca de metade das receitas orça- Arábia Saudita, Qatar e Venezue- o risco de isolamento político de
Que a constituição falava das pro-
víncias ultramarinas e isso não po- com este último a invocar a consti- mentais, surgem, também, como la, como limite à produção para Riade faz-se sentir.
dia ser alterado. O resultado foram tuição e a lei, para dizer que não a essenciais para a recuperação. encetar a recuperação dos preços Confrontos estratégicos, em par-
10 anos de guerra, a luta armada de tudo, não vale a pena. Manter a produção petrolífera do petróleo. ticular entre sauditas e iranianos,
libertação nacional, e o fim da cons- Se, pelo contrário, decorrer entre ao nível mais elevado possível e/ O acordo de Doha está depen- guerras na Síria, Iraque e Iémen,
tituição e das leis colonialistas por- duas pessoas que procuram soluções ou contrar
contrariar a queda dos preços dente do assentimento dos de- apertos económicos em Mosco-
tuguesas. políticas, cada uma aberta para dar são objectivos estratégicos para o mais produtores e se o Iraque vo, desesperos de desvairados em
Aqui mesmo ao lado, o Congresso e receber, deixando para depois os Kremlin, independentemente de (4,37 milhões b/d) admitiu con- Caracas, turbulência financeira
Nacional Africano teve, dezenas de ajustamentos legais, pode ser uma Vladimir Putin ter declarado em gelar ou mesmo reduzir a extrac- e política ante queda abrupta de
de

anos, uma política de lutar pacifi- solução para a Paz definitiva no país. Outubro que já passara o pior da ção, o Irão, após o levantamento preços levaram a um acordo frus-
camente contra o apartheid. O Go- Por isso penso que devemos exigir crise económica e financeira.  de sanções, pretende aumentar te.
verno de Pretória respondia que o um diálogo, sim, político e sem pré- Um compromisso com a Arábia em 1 milhão b/d o nível de pro- A manobra é arriscada e o que
sistema do apartheid estava na cons- -condições constitucionais e legais Saudita é, portanto, uma opção dução de Janeiro (2,86 milhões daqui resultar dificilmente satis-
tituição e nas leis do país e, portanto, que o esvaziem de todo o seu con- possível, sobretudo numa altura b/d).      fará a maior parte dos interessa-
não podia ser abolido. Foi preciso o teúdo. em que o apoio militar ao regime O excesso de oferta (1,8 milhões dos.
ANC optar pela luta armada, através Se isso não acontecer, as possíveis de Bashar al-Assad se revela pro- de b/d em 2015) torna difícil a  *Jornalista
do Umkhonto we Sizwe, para que a consequências assustam-me muito. veitoso para negociar em posição estabilização de preços sem perda
io

Por Luís Guevane


SACO AZUL

Reiterar a paz
ár

H
á algum tempo que os desejos de ção da concórdia. Mas, volta e meia, são os Lá não estão preocupados com a discussão a chamada “sociedade civil” foi igual a si
paz vêm sendo substituídos por mesmos que, usando a imprensa pública, vi- sobre o seu rótulo: se são mesmo refugiados em termos de inoperância e fragilida-
vários relatos de confrontos mi- lipendiam e diabolizam àqueles que julgam ou deslocados; se foram ou não as forças go- de, dando razão aos que defendem que
litares. Relatos estes que acompa- merecer profundamente ser alimentados na vernamentais a causa da sua percepção de que a qualidade de democracia depende da
Di

nharam a governação anterior, rompendo base desse menu. Chegam mesmo a desejar “isto está mal!”. Estão à espera que a guerra qualidade de cidadania; a Assembleia da
com os vinte anos de relativa paz, e que uma imprensa “independente” acorrentada às termine para poderem regressar. República foi mais de vénia ao Governo,
tinham como plataforma mister a neces- suas ordens e ao ainda forte efeito ruminante “Isto está mal” por uma série de razões que enfraquecendo o seu papel fiscalizador.
sidade de um diálogo político entre o Go- da febre do monopartidarismo. Chantageiam se interpenetram entre si. O diálogo político
verno e a Renamo. De lá para cá nada de jogando com promessas de maior ou menor entre o Governo e a Renamo parece não ter Cá entre nós: não nos conformemos com a
substancial se alterou. Hoje, o mal-estar pacote de publicidade consoante a aceitação puxado para si a sinceridade e o desejo co- actual situação político-militar. Há muito
político-militar agudizou-se. É como se o de maior ou menor obediência. O profissio- mum de uma solução imediata e duradoura, mais espaço para a paz e convivência em
debate e/ou diálogo sobre a paz estives- nal assim alienado passa a não discernir niti- tendo-se usado para tal o “argumento Cons- diversidade, do que para a guerra. O diálo-
se a mudar de perspectiva ao ponto de se damente entre “notícia” e “informação”. tituição”; descartou-se a mediação inter- go político em si, no espírito e na letra, como
poder afirmar que o mesmo passou a ser As notícias já retratam ataques armados ao nacional acreditando-se que internamente plataforma de entendimento, sempre foi
feito através de confrontos militares entre longo da EN1, sobretudo no troço Save- produziríamos uma solução sustentável e de tido como saída. Há anos que se exige isso.
as forças governamentais e da Renamo. -Muxúnguè. Conversa-se e diz-se: “isto está agrado geral; os mediadores nacionais foram O problema é que o diálogo político nunca
A par disso, uns e outros apelam a que mal, está muito mal mesmo!” Estas palavras transformados em meros espectadores e, no foi assumido como tal. A acontecer, o diálogo
se façam discursos apaziguadores, que podem ter sido ditas por mais de cinco mil final, receberam como contraparte o rótulo político terá de ser sério, terá de trazer so-
se escreva e se fale em prol da promo- refugiados moçambicanos, agora no Malawi. de oportunistas que “queriam dar nas vistas”; luções!
Savana 19-02-2016 21
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22 Savana 19-02-2016
DESPORTO

Debate sobre as transmissões televisivas volta à ribalta


Por Abílio Maolela

H
á um mês do início do cam- “Não vejo que estejamos suficien-
peonato nacional de fute- temente preparados para trabalhar
bol, a Liga Moçambicana com cadeias internacionais, porque

o
de Futebol (LMF) anun- a organização do nosso campeona-
ciou o cancelamento do concurso to está para além do desejado e nem
público para a cedência dos direitos estabilidade necessária como acon-
de transmissão televisiva dos jogos

log
tece no estrangeiro, em que os jogos
desta competição, lançado em Mar- são publicitados com muita antece-
ço de 2015 pela anterior direcção dência. Se a ideia for trabalhar com
daquele organismo, liderada por cadeias televisivas internacionais,
Alberto Simango Júnior, actual pre- exige-se mais da nossa organização”,
sidente da Federação Moçambicana concluiu.
da modalidade (FMF).

Ilec Vilanculo
“Os candidatos não reu-
Num curto comunicado e sem avan- niam os requisitos”, Ana-
çar as razões, a entidade liderada por nias Couane

ció
Ananias Couane limita-se a infor- O presidente da LMF, Ananias
Continua incerto o rumo televisivo do Moçambola Couane, afirma que a sua direcção
mar que cancelou o concurso pú-
blico para a cedência dos direitos de contrato existem cláusulas de incum- nato. O nosso campeonato não tem clarificado nesta Assembleia-geral. cancelou o concurso “porque os can-
transmissão televisiva dos jogos do primento e logo que a TVM incum- expressão para ser transmitido na Maibasse conta que, ao Maxaquene, didatos não reuniam os requisitos
Moçambola, lançado a 10 de Março priu devia ter sido cancelado”, disse, SuperSport. É preciso abrirmos as a TVM deve cerca de cinco milhões necessários para a transmissão dos
de 2015. reconhecendo a atitude da LMF com portas para os jogadores estrangeiros de meticais, valor imprescindível jogos”, entretanto, não os revelou.
O concurso foi lançado, após expirar o ditado popular: “vale mais tarde do como acontece nos outros países”, para a vida do clube. Questionado qual seria o passo a se-
o contrato da Televisão de Moçam- que nunca”. considera. Entretanto, aquele dirigente mostra- guir, Couane respondeu que a LMF
bique (TVM) que, entretanto, a sua Cancelado o concurso e com o Mo- Se uns foram informados, outros -se cauteloso quanto às opções a se- está a estudar uma solução interna,

so
renovação não é consensual, devido çambola à vista, Rafik Sidat diz es- não, como é o caso do Maxaquene. O rem tomadas nos próximos passos, que passa por um operador que ga-
às dívidas que aquela estação emisso- perar pela Assembleia-Geral da pró- vice-presidente do clube para a área porque a escolha de uma operadora ranta o reembolso do dinheiro aos
ra acumulou. xima segunda-feira para ver o que do futebol, Samuel Maibasse, revelou internacional deixa-nos numa “situ- clubes.
Na Assembleia-Geral havida em acontece, porque “haver transmissão que tomou conhecimento da decisão, ação delicada e complexa”. Aliás, o timoneiro da LMF adianta
Fevereiro de 2015, a última na era de jogos, os clubes devem receber di- através da comunicação social. “Qualquer compromisso assumido que não vai recorrer ao mercado es-
de Alberto Simango Júnior, a LMF nheiro”. “A direcção da LMF tem compe- nesse sentido deve garantir que os trageiro para suprir as necessidades.
anunciou uma dívida da TVM de Questionado se o mercado interna- tência para tomar qualquer decisão, moçambicanos possam ter acesso aos Esta segunda-feira, a LMF vai a sua
cerca de 30 milhões de meticais refe- cional seria alternativo, Rafik Sidat mas tratando-se de um assunto de jogos. É preciso que os jogos sejam XXI sessão da Assembleia-Geral
rentes ao período entre 2012 e 2014. mostrou-se céptico quanto à opção interesse
esse dos clubes é preciso que transmitidos dentro dos canais na- Ordinária e este assunto é um dos
Tema com “barba rija”, mas que nun- avançada por Lalgy. se trate directamente
ectamente com os clubes cionais, mesmo que a produção seja que estará em debate, para além do
um
ca teve uma solução plausível. Por “Não acredito que a SuperSport es- e de forma transparente”, disse, ma- internacional ou por parceria”, come- relatório de contas e das actividades
exemplo, o Incomati de Xinavane, teja interessada no nosso campeo- nifestando o interesse do assunto ser çou por dizer. de 2015.
que está fora do Moçambola desde
2012, espera receber um valor de 700
mil meticais deste processo. Seis anos depois da introdução do licenciamento dos clubes
Estando há um mês do início do
Moçambola, o SAVANA saiu à rua
para ouvir os clubes e estes rejubi-
lam-se com a atitude da LMF, mas
Nenhum clube está licenciado
dividem-se quanto ao futuro do ne-

C
gócio. om Moçambola-2016 extremamente atrasado, porém, há da Beira, conseguiram cumprir com o Para este ano, aquele dirigen-
Junneid Lalgy, vice-presidente para à vista, os 16 clubes que clubes que estão com mais de 90% recomendado. te afirma que não está prevista
de

Alta Competição no Clube do Chi- tomarão parte da compe- do processo concluído. A LDM e os Entretanto, para este ano, o caso é nenhuma sanção, mas reafirma
buto, felicita a LMF pela atitude, tição ainda encontram-se Ferroviários da Beira e de Maputo. diferente. Os representantes moçam- que em 2017 nenhum clube será
mas espera que o cancelamento do com a situação não regularizada. Estes respondem todos os requisitos bicanos encontram-se em situação perdoado.
concurso tenha em vista melhores Segundo o Secretário-geral da e é só uma questão de pormenores”, irregular. Porém, Johane garante que
Federação Moçambicana de Fu- disse a fonte. os dois clubes farão parte das compe-
propostas. “As exigências da CAF
tebol (FMF), Filipe Johane, até Para o licenciamento, cinco requisitos tições, mas sublinha que será a última
“Espero que o concurso tenha sido não estão ao nosso
este momento “nenhum clube são exigidos pela CAF, onde destaca- vez.
cancelado para propostas melhores,
está licenciado” para participar -se os critérios desportivo; legal e das “Continua sendo obrigatório licenciar QtYHOµ5DÀN6LGDW
porque os clubes precisam do di- O presidente da LDM, Rafik Si-
no Moçambola desta temporada, infra-estruturas. os clubes, mas neste ano haverá uma
nheiro das transmissões televisivas. dat, explica que a sua colectivida-
porém
ém garante que este facto não O critério desportivo corresponde à ponderação. Mas, 2017 é o tempo li-
A nível mundial, os clubes sobrevi- estrutura do clube no que tange aos mite para a implementação do licen- de ainda não está licenciada por-
io

coloca em causa o decurso normal


vem através desse dinheiro”, afirma escalões por ele movimentado; o seu ciamento”, revela. que falta entregar o relatório de
da prova.
aquele dirigente, revelando que o seu corpo técnico; de saúde; entre outros. “Este é o último curso que a CAF dá contas (auditado), mas promete
clube está à espera de mais de 300 Segue-se o critério das Infra-estru- ao mais alto nível. Neste ano, todos concluir o processo este mês.
mil meticais deste negócio. Instituído pela Confederação Afri- Sidat esclarece que em 2015 não
turas, correspondente à existência ou devem estar devidamente licenciados
Para este, a melhor proposta seria cana de Futebol (CAF), em 2010, não de uma sede própria do referido para que em 2017 possam competir foi preciso estarem licenciados
procurar soluções externas, como é o o licenciamento de clubes passou
ár

clube, de um campo próprio e suas sem nenhuma restrição”, continua a para participarem das Afrota-
caso do canal sul-africano, SuperS- a ser obrigatório, desde 2015, onde características. fonte. ças, pois as exigências da CAF
port,
t, que transmite campeonatos de a entidade que gere o futebol afri- Em terceiro lugar, está o critério legal, Questionado o que estará a falhar são difíceis de cumprir em curto
quase toda a África e, em particular, cano considera obrigatório, funda- onde exige-se a certidão de equitação para que de 2009 a esta parte, ne- período.
dos países vizinhos. mental e requisito número um para actualizada, estatutos, situação con- nhum clubes esteja licenciado, Johane “Este processo vai levar o seu
“O Moçambola já tem condições a participação nas competições por tratual dos funcionários regularizada, atirou: tempo, porque as exigências que
para passar na SuperSport. Temos si organizadas. etc. “Os clubes é que podem explicar o a CAF faz são muitas e é muito
Di

um campeonato competitivo e que Entretanto, até hoje nenhum clube O processo está divido em três etapas. que estará a falhar para que até hoje
conseguiu acompanhar as novas difícil que os nossos clubes satis-
está ao nível de alguns campeonatos A primeira consiste na submissão e não se consigam licenciar, porque façam as mesmas. Acredito que
da região que passa naquele canal. É exigências do futebol africano. avaliação dos documentos de candi- estes é que não conseguem reunir os
Em entrevista concedida à nossa com estas exigências, se calhar
só uma questãoo de apostarmos”, con- datura fornecidos pelo clube à Co- requisitos exigidos”, respondeu.
reportagem, à margem do Semi- nem 10 clubes no nosso país vão
sidera. missão de Licenciamento, seguindo- Em 2015, o então Presidente da
nário de Licenciamento de Clubes, estar em condições de satisfaze-
À semelhança do Clube de Chibuto -se a visita às instalações do mesmo e, FMF, Feizal Sidat, afirmou que o
que se realizou esta semana, em em terceiro, a aprovação do processo e Moçambola não ia ser disputado, en- -las”, defende Sidat.
e Incomati de Xinavane, tantos clu- Por sua vez, o vice-presidente do
bes estão com valores branqueados Maputo, Filipe Johane revelou que licenciamento do clube. quanto os clubes não se licenciassem,
até ao momento “nenhum clube mas o campeonato acabou rodando Clube do Chibuto para a Alta
na televisão pública e a Liga Despor-
está licenciado” e adianta que ape- Representantes moçambi- até à última jornada sem nenhuma Competição, Junneid Lalgy, afir-
tiva de Maputo é um dos exemplos.
nas três é que estão num processo canos “perdoados” interrupção. ma que o seu clube está na fase
Segundo Rafik Sidat, a TVM deve
avançado, tendo já reunido mais de Em 2015, a CAF exigiu o licencia- “Com a insistência da Federação, os conclusiva do processo e que até a
à LDM mais de três milhões e qui-
90% dos requisitos. Trata-se dos mento dos clubes, como sendo a con- clubes acabaram submetendo os pro- próxima semana estará concluído.
nhentos mil meticais, desde 2012. dição destes participarem nas provas
Ferroviários de Maputo e da Beira cessos, mas não foi possível concluí- “Estamos a reunir todos os requi-
Por isso, Sidat considera tardia a de- por si organizadas (Liga dos Campe-
e a Liga Desportiva de Maputo. -lo. O licenciamento é feito após reu- sitos necessários para obtermos a
cisão tomada pela direcção da LMF. ões e Taça CAF) e os representantes
“Nenhum clube está licenciado nião de todos os requisitos”, explica licença”, diz Lalgy.
“Penso que este cancelamento já vai moçambicanos, LDM e Ferroviário
para este ano. O processo está Johane. Abílio Maolela
muito tarde, porque em qualquer
Savana 19-02-2016 23
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24 Savana 19-02-2016
CULTURA

Juventude inconformada 82
e por vezes rebelde Por Luís Carlos Patraquim

Carta ao Zé
O
Movimento Literário Kuphaluxa nhece bem certamente perceberá que há uma

o
lança no próximo dia 26 de Feve- fusão permanente do autor enquanto poeta,
reiro, sexta-feira, pelas 17:30h, no do país que o viu nascer e o retém e do ho-
Centro Cultural Brasil – Moçam- mem que nele habita!”

C
bique (CCBM), em Maputo, o livro “Para “Lê-lo é rever a grande massa da juventude erto de que nos estás a ver, não sei como dizer-te o que se está a passar. Não

log
Uma Cartografia da Noite” da autoria de inconformada e por vezes rebelde que sonha te leram, é isso, não te leram. Não perceberam nem as tâmaras amargas sobre
Álvaro Fausto Taruma, patrocinado pelo novos futuros sem deixar de navegar com a Beirute, nem a Epístola Maconde, nem a Babalaze das Hienas.
Fundo para o Desenvolvimento Artístico e esperança como bússola.”
Cultural (FUNDAC), e chancelado pela Li- Álvaro Fausto Taruma nasceu em Maputo no A guerra está aí outra vez. Melhor do que nós, tu sabes quem gosta dela e deixou
teratas. ano 1988. É formado em Sociologia e Antro- apodrecer as tanjarinas Inhambane.
inas de Inhambane
pologia, e possui outra formação em Ensino Continuam os olhos de farinha de milho e muitas bocas ficarão abertas e mudas,
A obra de estilo prosa poética com uma pro- de Português, pela Universidade Pedagógica. exalando o cheiro da morte. Há quem chame interesse nacional a isso mas o país que
funda abordagem existencial, do amor e dos Teve uma curta passagem pela área da Edu- sonhaste é um corpo ferido. Tu nunca quiseste as regiões demarcadas que andam por
afectos a outras preocupações do quotidiano cação e actualmente exerce funções na área aí e sabes que voltarão os massacres dos índios no cinema Império.

ció
que só na lavra do poeta podem ganhar liri- do empreendedorismo social. Ao longo do Os outros, os do dólman vermelho do senhor capitão, pouco sabiam de metáforas
cidade e estética. tempo, dedica-se ao cultivo do texto escrito, mas não se eximiram a aprisionar-te, pelo sim, pelo não.
Discípulo assumido do poeta Eduardo Whi- em vários géneros, possuindo uma publicação Agora preocupa-se quem pode. Ainda há, ainda há…. Mas são logo apodados de
te, Taruma tem na prosa o caminho para o dispersa em jornais e revistas, sendo que esta apóstolos da desgraça, de alarmistas, de anti-patriotas, de pessimistas, no mínimo.
encontro da poesia. Com uma escrita desas- obra marca a sua estreia em livro no campo A guerra sempre foi a jubilação última dos interesses escondidos e, quem a faz,
sossegada e lírica, encontra na metáfora o da literatura. A.S traveste-a de grandes razões. O interesse nacional, é isso. O interesse nacional. A
destino de muitas vidas. narrativa é tentadora porque a guerra é a melhor linha de montagem para produzir
Álvaro Fausto Taruma, que já vem militando heróis, essa espécie de fraude, esse desespero e medo e obediência cega envolta em
palavras espúrias, baba com que as aranhas tecem a sua teia.

so
no exercício da palavra e da poesia, estreia-se
assim como autor na literatura moçambicana. Não te leram, não querem, não sabem dos agónicos sentidos do amor que foi a tua
A obra “Para uma Cartografia da Noite” será grande palavra, os teus versos, a dádiva inteira com que afrontaste o sentido trágico
apresentada pelo professor de literatura Lucí- que sabias haver em ti.
lio Manjate e Tavares Cebola. Faltam agora as raízes salgadas dos espíritos, tu o sabes e tens o poder de as zurzir na
No prefácio, o poeta moçambicano radica- noctur das hienas que deambulam preparando a carniça.
gargalhada nocturna
do em Portugal, Delmar Gonçalves, ao ler a Dizia o teu “anverso”, o Rui, que a um poeta pode cortar-se-lhe a cabeça mas que
poesia de Álvaro Fausto Taruma, conclui que isso tem uma importância danada. Mas eles não percebem. Não sabem que o sangue
este foi escolhido pela palavra. E clarifica: “O de García Lorca continua a cair sobre Espanha e que a tua indignação amaldiçoará
ofício da escrita definitivamente não é para para todo o sempre os novos centuriões, os que querem a terra devastada e a isso
um
todos. Podemos afirmá-lo com inteira con- dizem e repetem que é o interesse nacional.
vicção. Mas neste caso específico é claro o Não te leram. Puseram-te em todos os manuais escolares, há loas e protocolares
talento nato da poética deste jovem escritor louvações na Praça e eles julgam-te lá, enfarpelado da glória que é só tua e dádiva
que emerge das águas sagradas do Índico.” para nós.
Delmar Gonçalves diz ainda sobre “Para uma Nem imaginam que continuas a presidir às bodas do amor na tua Mafalala Mundo e
Álvaro Fausto Taruma estreia-se na literatura com
Cartografia da Noite” que “para quem o co- DREUD´3DUDXPD&DUWRJUDÀDGD1RLWHµ que as mulheres, porque só elas sabem do fruto sagrado que geram nos seus ventres,
assomam à janela do sonho e da recusa da morte e saúdam em ti o deus humano que
passa, e cantam o eterno, sobrepondo as suas vozes ao estrondo dos obuses. São elas
a Pátria e a Mátria. E saberão guardar a vida pelas muitas luas dos seus corpos que

Busca de uma consciência são a convulsionada beleza da terra. E esse é que é o interesse nacional.
de

sensorial
“Sobre os caminhos da Rumba”
O
Centro Cultural Franco-Moçambi- Procura-se com este trabalho o regresso a uma
cano, com o apoio de Atelier Mon- interpretação instintiva e intuitiva na partilha

O
dial, Pro Helvetia Johannesburg e de uma linguagem entre dois corpos dançan- Centro Cultural Franco-Moçambi- sagens que encarnam esta música carregada
FATC apresenta nesta sexta-feira, 19 tes em relação com o público e o seu torno, cano acolheu recentemente a apre- de histórias de viagens, de intercâmbios e de
de Fevereiro de 2016, às 19:00h espectáculo procurando encontrar experiências comparti- sentação do filme Sur les chemins mensagens de paz. Trata-se de um documen-
io

de dança contemporânea intitulado “Interim, lhadas de engajamento para tecer diálogos em de la Rumba – “Sobre os caminhos tário Francês & Espanhol (com legendas em
ial”.
em busca de uma consciência sensorial”. movimento. da Rumba”, de David-Pierre Fila. Logo após Português), saído em 2015. A Realização e
Para este espectáculo protagonizado pela su- a projecção do filme, realizou-se um debate o cenário deste filme, cuja duração é de 126
Interim é uma peça de dança sobre a rela- íça Margarita Kennedy e pelo sul-africano em torno do mesmo, que contou com Ful- minutos, estão a cargo do David-Pierre Fila,
ção entre a percepção sensorial, a memória e Thamasanqa Majela, temos a seguinte ficha gêncio Samo, representante da escola Tan- numa Produção Bantous Productions, Masai
o movimento. Remete-nos para a descoberta técnica: Conceito: Margarita Kennedy; Co- gueart e Frias Fumo, representante da esco- Productions, Gamboa y Gamboa Lda., Ha-
ár

da relação entre o mundo interior e exterior, reografia e interpretação: Margarita Kennedy lar Sensações Tango. ppygenio Lda., La Foundation Arte-Imagen
usando os sentidos como ponte de transmissão e Sylvester Thamasanqua Majela; Iluminação: ARIC. A.S
de informação expressa através do movimento. Mandla Mtshali e Thabo Pule. A.S Este filme transporta-
-nos a uma viagem
através da costa Afri-
cana, Congo, Cuba,
Di

Equador e Costa do
Marfim, temperada
por notas familiares
ansiosas por encontrar
a essência desta arte
musical Africana com
um olhar posto nos rit-
mos da Bacia do Con-
go, que foram efec-
tivamente as origens
que lhe deram forma
e alma.
O resultado é uma
harmonia habitada
pela beleza de ho-
mens, mulheres e pai-
Dobra por aqui
SUPLEMENTO HUMORÍSTICO DO SAVANA Nº 1154 ‡ DE FEVEREIRO DE 2016

go
ólo
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de
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D
2 Savana 19-02-2016 Savana 19-02-2016 3
SUPLEMENTO
Savana 19-02-2016 27
OPINIÃO

Abdul Sulemane (Texto)


Ilec Vilanculo (Fotos)

o
log
Encontro casual
O
s eventos são, regra geral, locais onde costumamos nos deparar com aquelas
pessoas que devido à correria do dia-a-dia, dificilmente, as vemos. Quando
surge uma oportunidade para tal, ou porque os nossos caminhos se cruzaram,
fazemos de tudo para tirar o maior proveito do momento, mesmo que seja por
pouco tempo. E assuntos nunca faltam, só que o tempo não perdoa.
Quando calha num local com muita gente, vemo-nos obrigados a ter mesmo de puxar

ció
o nosso visado pelo antebraço para o lado onde existam condições para dois dedos
de conversa sem incomodar os restantes. É o que faz o administrador não executivo
da HCB, Manuel Tomé, ao encontrar-se com a governadora da Cidade de Maputo,
Iolanda Cintura. A governadora presta atenção para o que é dita. Também não tinha
maneira. A forma como o Ndapota a pega pelo antebraço é razão para mostrar alguma
atenção. Também havia muita coisa por comentar: O balanço do Comité Central da
Frelimo e da OMM ou ainda os discursos de abertura da III sessão da magna casa.
Para quem conhece o à vontade do Director do ISARC, Filmone Meigos, dá para ima-
ginar que este encontro que teve com o jornalista e Presidente do Conselho Superior

so
de Comunicação Social, Tomás Vieira Mário, foi acompanhado daqueles momentos
de descontracção.
Por vezes não há condições para que os encontros sejam levados com a devida atenção.
Apenas saudamo-nos pura e simplesmente para cumprir com as formalidades e não
deixar pairar um ambiente de mal-estar com a pessoa conhecida. Mas na verdade uma
saudação não pode ser vista apenas como um acto de aperto de mão. A nossa maneira
de executar a saudação também conta muito. É o que aconteceu na saudação entre o
Ministro dos Recursos Minerais e Energia, Pedro Couto, e o Ministro dos Negócios
Estrangeiros e Cooperação, Oldemiro Baloi, onde nos dão a sensação de existência de
um mal-estar entre ambos. Será que se estivesse a saudar um outro diplomata deste
um
jeito não estaríamos perante um incidente diplomático? Quem vê a imagem até pode
dizer que Baloi estava em movimento, mas não foi o caso. Por isso Adelaide Amurrane,
Ministra na Presidência para os Assuntos da Casa Civil, ficou incrédula.
Os discursos que marcaram a abertura da III sessão da VIII Legislatura do Parlamento
deixaram preocupados a Procuradora Geral da República, Beatriz Buchile, o Presiden-
te do Conselho Constitucional, Hermenegildo Gamito, e o Presidente do Tribunal
Administrativo, Machatine Muguambe.
Os deputados dizem aguardar com muita expectativa o informe da PGR para se de-
bruçar sobre a criação da empresa dos atuneiros. Mas também são reportados casos de
atentados, raptos e assassinatos de membros de partidos, corrupção na função pública e
exige-se justiça. Gamito é imputado a responsabilidade
esponsabilidade de ter validado eleições fraudu-
lentas, sendo que a Machatine pede-se uma auditoria arrojada às contas públicas. Este
de

assunto é galvanizado pela última edição do SAVANA que aborda a conta geral do
Estado feita pelo TA, que num breve olhar deixou muitas instituições de fora.
Numa altura em que as clivagens políticas tendem a crescer, temos mais uma demons-
tração de convivência democrática entre as diferentes cores partidárias que podem ser
replicadas para as bases onde o cenário é catastrófico. Desta vez os intervenientes são
os deputados da Renamo e do MDM. Nesta imagem vemos o deputado da Renamo,
Saimone Macuiane, num aperto de mão com o deputado do MDM, Venâncio Mon-
dlane. O cenário é testemunhado pelo outro deputado da Renamo, André Madjibire.
Esperamos que ambientes semelhantes de convivência democrática passem a ser o
modus vivendi na sociedade moçambicana.
io
ár
Di
À HORA DO FECHO
www.savana.co.mz EF'FWFSFJSPEFt"/099***t/o 1154
se
Diz-
IMAGEM DA SEMANA Foto Naíta Ussene
Diz-
s e. . .

t /BTFNBOBRVFUFSNJOB BQSBÎBGPJBDPMIJEBDPNBOPUÓDJB


TPCSFBWFOEBEFVNUBCMPJEFEBQSBÎB"TSFDPNFOEBÎÜFT
EPT OPWPT QBUSÜFT OFN UBSEBSBN 1PEFTF FTDSFWFS UVEP 
NFOPTPRVFPGFOEBPQSFTJEFOUF/ZVTJFTVBGBNÓMJB0

o
que ainda não se sabe é se o menino das quantias irrisórias
continuará ou não em destaque, mesmo a partir da parte
JODFSUB"WFSWBNPT

log
'BMBOEPEPTFNBOÈSJPMÓEFSEBTNVEBOÎBT EFQPJTEPTOP
t 'BMBOEPEPTFNBOÈSJPMÓEFSEBTNVEBOÎBT EFQPJTEPTOP-
WPTEPOPTCMJOEBSFN/ZVTJFTVBGBNÓMJB BTFHVOEBNFEJ
WPTEPOPTCMJOEBSFN/ZVTJFTVBGBNÓMJB BTFHVOEBNFEJ-
EBGPJEBSVNQPOUBQÏOPUSBTFJSPEF&EXJO)PVOOPV&

qual é o pecado? Critica muito a freli

t %F TVSQSFTB UBNCÏN GPSBN BQBOIBEPT BMHVOT RVBESPT


EB FNQSFTB RVF TF EJ[ DVNQSJEPSB EB MFJ 6NB TVSQSFTB
que nada agradou aqueles que, durante anos, consentiram

ció
sacrifícios para produzir, dentre dificuldades, o semanário
RVF BHPSB UPNB  PmDJBMNFOUF  OPWPT SVNPT 'BÎB P RVF
EJHPFOÍPPRVFGBÎP FJTBSFHSB

t "JOEB OB media  OPWBT NVEBOÎBT BHVBSEBNTF OP /PWP


3VNP RVFEFWFSÈDPOIFDFSVN/PWP3VNP EFQPJTEPT
BUBRVFT JOnJHJEPT BP DPSPOFM EBT CFBUBT " FNQSFTB WBDB
MFJUFJSBEBGSFMJQSFQBSBTFQBSBTBJS2VFNWFNBTFHVJS

so
t 1BSFDF RVF B OPWB UTVOBNJ EB  EF +VMIP FTUÈ EFUFSNJ-
EFUFSNJ
Democracia em Moçambique está a deteriorar-se nada acabar com a festança lá para as bandas do banco
EPTQPCSFT4ØSFTUBTBCFSBUÏRVBOEPBNJOJTUSBWBJSFTJTUJS
BPTBQFUJUFTEBOPNFOLMBUVSBRVFGB[FNEBRVJMPBTVBNB
BPTBQFUJUFTEBOPNFOLMBUVSBRVFGB[FNEBRVJMPBTVBNB-
– The Economist Intelligence Unit DIBNCB

"DSJTFJOUFSOBDJPOBMQBSFDFmOBMNFOUFUFSDIFHBEPBPMP
t "DSJTFJOUFSOBDJPOBMQBSFDFmOBMNFOUFUFSDIFHBEPBPMP-

M
oçambique ocupa o tucional, se o partido propusesse a nos, a verdade é que os postos de
preocupante 109o lu- criação de autarquias provinciais e chefia, quer em instituições do Es- DBMNBJTRVFOUFEF.PÎBNCJRVF/VN51$QBSBBEVQMB
gar de um total de 165 OÍPSFHJÜFTBVUØOPNBT sindicalista Taipo/Diogo, os trabalhadores da mineradora
um
tado,, públicas e grandes empresas,
países avaliados no continuam a estar reservados aos brasuca entraram em greve porque deixaram de receber
“ranking” sobre o ‘Índice de De- Irregularidades nas NFNCSPTEB'SFMJNP SFGFSFB&*6 o subsídio equivalente à sua “participação nos lucros” da
mocracia” da The Economist In- eleições 0T NFNCSPT EB 3FOBNP F EP NJOFSBEPSB"OUFTUJOIBNQFSEJEPPTVCTÓEJPEP 
telligence Unit (EIU), entidade de Sobre o indicador Processo Elei- MDM, prossegue o documento, F  NÐT F PT BVUPDBSSPT DMJNBUJ[BEPT QBSB NJOB B DÏV
pesquisa e consultoria do grupo da toral e Pluralismo, o “Índice de continuam a sofrer na pele várias BCFSUP/PDBQJUBMJTNPOÍPTFQPEFUFSUVEP4FBFNQSFTB
revista britânica The Economist. %FNPDSBDJBw EB &*6 PCTFSWB RVF formas de pressão, em alguns casos WBJBCBJYP PCPMTPÏRVFTPGSF
as eleições gerais de 2014 foram com atentados à sua integridade fí-
marcadas por irregularidades que sica,
a, como foram as emboscadas a
De acordo com a avaliação, Mo-
"GPOTP %IMBLBNB F P SFDFOUF EP t ²NBJTVNBWF[FTDBOEBMPTBBMJTUBEPTEFWFEPSFTBP5F-
tornaram o escrutínio pouco livre e
çambique, com 4,60 de um máximo secretário-geral do principal parti-
secretár souro, alguns dos quais contribuíram para afundar alegre-
USBOTQBSFOUF
de 10 pontos, integra as chamadas EPEBPQPTJÎÍP .BOVFM#JTTPQP F NFOUFPCBODPDPNPTNBMBJPT1PSRVFTFSÈRVFB1(3FN
"GBMTJmDBÎÍPEFEPDVNFOUPTSFMB--
"GBMTJmDBÎÍPEFEPDVNFOUPTSFMB
“democracias híbridas”, de par com
de

tivos às eleições, impedimento da ainda o linchamento de um quadro conjunto com o Tesouro não podem proceder ao arresto
QBÓTFT DPNP B "MCÉOJB  (VBUFNB- EP.%.FN5FUF das propriedades e novos investimentos das sanguessugas
realização da campanha eleitoral,
MB  6DSÉOJB  #BOHMBEFTI  .BMBXJ  Cidadãos que são suspeitos de da nomenklatura frel?
destruição de material de propa-
-JCÏSJB .BEBHÈTDBS #VSLJOB'BTP ganda eleitoral, perturbação das simpatizantes dos partidos da
ser simpatiz
PVP*SBRVF assembleias de voto, voto plúrimo oposição com assento parlamentar t (PWFSOP F TVB JNQSFOTB MFWBSBN B DBCP VNB DBNQBOIB
%FBDPSEPDPNBQFTRVJTBEB&*6  (múltiplo), violação de liberdade também têm sido alvo de perse- ultranacionalista a propósito do taxista moza massacrado
Moçambique alcançou 4,42 pontos guição, assinala o texto, apontando
de reunião e violação do dever de ËTNÍPTEBQPMÓDJBTVMBGSJDBOB)ÈVNUBYJTUBEFUDIPQFMBT
no item Processo Eleitoral e Plu- o caso de Tete, em que populações
imparcialidade, são algumas das ir- BTTBTTJOBEPOB#FJSBFPTJMÐODJPQBSFDFTFSFOTVSEFDFEPS
ralismo, 3,57 no Funcionamento locais acusam as forças governa-
regularidades apontadas pelo Con-
EP(PWFSOP  FN1BSUJDJQBÎÍP mentais de queimarem as suas ca-
selho Constitucional, que, entre- t 0TIPNFOTEPTGBUPTFTDVSPTFEBTJOTUBMBÎÜFTTVNQUVPTBT
io

Política, 5,63 em Cultura Política e TBTFCFOT


UBOUP EFDMBSPV'JMJQF+BDJOUP/ZVTJ 1BSB B &*6  P BMFHBEP EFTWJP EF da 25 de Setembro parecem ter dificuldades em controlar o
 FN-JCFSEBEFT$ÓWJDBT vencedor da eleição presidencial e fundos do erário público, que co- DÉNCJPEPEØMBS"QFTBSEBTBNFBÎBTQBSBBCBODBDPNFS-
&NSFMBÎÍPBPQBSÉNFUSP-JCFSEB- validou os resultados das eleições nheceu o seu pico no nebuloso ne- cial para publicitar taxas artificiais, o dólar está outra vez
des Cívicas, a avaliação mostra que legislativas que mantiveram o par- gócio de 850 milhões de dólares da BDJNBEPTNFUJDBJTFOÍPFTUÈEJTQPOÓWFM4FSÈQPSJTTP
a reputação do país foi manchada tido Frelimo com o maior número &."56. TÍPBMHVOTEPTFYFN- que foi necessário mexer nas taxas de novo?
ár

pelo assassínio do constitucionalis- EFEFQVUBEPTFMFJUPTQBSBB"TTFN-


EFEFQVUBEPTFMFJUPTQBSBB"TTFN plos, do mau funcionamento do
ta francês naturalizado moçambi- CMFJBEB3FQÞCMJDB &TUBEPNPÎBNCJDBOP
DBOP(JMMFT$JTUBDFN.BQVUP B " 3FOBNP  P QSJODJQBM QBSUJEP EB 0 SBOLJOH  EFTJHOBEP i" %FNP- Em voz baixa
EF.BSÎPEF oposição, e o MDM, terceira maior cracia em ‘Época de ansiedade”, é t 0 EJOÉNJDP CBTUPOÈSJP EBT UPHBT FTUÈ EF QBSUJEB F KÈ TF
Cistac foi morto alguns dias após força política do país, não reco- }MJEFSBEP QFMB /PSVFHB  *TMÉOEJB  QPTJDJPOBNQFMPNFOPTEPJTTVDFTTPSFT0QSJNFJSPBEBSB
ter afirmado que as exigências da OIFDFSBN PT SFTVMUBEPT EB FMFJÎÍP 4VÏDJB /PWB;FMÉOEJBF%JOBNBS- cara num hotel da capital apareceu com uma das faces mais
Di

Renamo de governar nas provín- "QFTBSEF/ZVTJNBOJGFTUBSQVCMJ-


"QFTBSEF/ZVTJNBOJGFTUBSQVCMJ DB"T.BVSÓDJBs são o país africa- QSPFNJOFOUFTEPTEFGVOUPT(NBTOÍPTØ6NBiSBQQFSw
cias em que reivindica vitória nas camente mais abertura para pro- no melhor posicionado, enquanto que habitualmente navega nas águas da oposição também
FMFJÎÜFT HFSBJT EF  EF 0VUVCSP mover a inclusão económica, social Cabo Verde teve o melhor desem- FTUFWFQPSMÈ iEJWFSTJmDBOEPwPSBNBMIFUF
de 2014 teriam cabimento consti- e política de todos os moçambica- QFOIPFOUSFPT1"-01
Savana 19-02-2016 1
EVENTOS

EVENTOS
0DSXWRGH)HYHUHLURGH‡$12;;,,,‡1o 1154

o
CDM capacita retalhistas

log
ció
so
um

A
empresa Cervejas de ra em matéria de finanças, gestão Programa de Desenvolvimento CDM que visa estimular o em- negócio da cerveja, é importante
Moçambique (CDM) de negócios, gestão do negócio, de Retalhistas é implementado preendedorismo. Queremos não que eles obtenham os fundamen-
lançou esta semana, nas venda responsável e consciência por uma empresa de consultoria apenas dar aos retalhistas instru- tos para melhorar este negócio e
cidades de Maputo e da ambiental. Esta plataforma tem contratada pela CDM. mentos mais aprofundados para que possam, cada vez mais, pautar
Matola, o Programa de Desen- como objectivo principal melho- Para Bruno Tembe, Gestor de a gestão dos negócios de cerve- os seus negócios por uma venda
de

volvimento de Retalhistas que rar a capacidade dos retalhistas Corporativos da CDM:


Assuntos Corpor ja, mas também para outros ne- responsável e uma consciência
visa formar, em todo o país, cerca em matérias de gestão de negó- “Este treinamento faz parte de gócios que queiram ou estejam ambiental, que são apanágio da
de dois mil retalhistas da cervejei- cios e a sua sustentabilidade. O um programa mais alargado da a empreender. No que tange ao CDM”.

Há falta de conhecimento público das leis e regulamentos


io

U
m relatório lançado da governação corporativa nos 13 da que o nosso País aumente de Conferência Anual da Rede Afri- directores e membros da Rede
nesta terça-feira em países membros da Rede Africana forma significativa a disponibili- cana de Governação Corporativa, Africana de Governação Corpo-
Maputo revela que de Governação Corporativa, tal se dade e o nível de conhecimento e que decorre na cidade de Maputo rativa.
ainda há, em Mo- deve ao facto de o sector privado habilidades para a implementação até o próximo dia 19 e conta com Segundo David Seie, director
çambique, considerável falta nacional ser predominantemen- de leis, regulamentos, normas, có- o apoio da ACCA (Association of executivo do Instituto de Direc-
ár

de conhecimento público das te informal e, por isso, com pouca digos e políticas para melhorar a Chartered Certified Accountants) tores de Moçambique, pretende-
leis e regulamentos sobre go- compreensão sobre esta matéria. compreensão sobre a governação e do Standard Bank. -se com este encontro “partilhar
vernação corporativa, o que, de “Geralmente, as empresas em Mo- corporativa. O encontro conta com a presença experiências e debater os desafios
da governação corporativa no
certa forma, afecta o ambiente çambique são de pequena dimen- “Apesar das reformas que têm sido de 100 participantes, sendo maior
continente africano”.
de negócios. são, o que faz com que a governação introduzidas, incluindo no Código parte constituída por lideres, direc- Em relação ao nosso País, David
De acordo com o documento, corporativa seja vista como relativa- Comercial, ainda há considerável tores, gestores e administradores Seie aponta como um dos desa-
Di

intitulado “Relatório sobre a mente onerosa”, refere o documen- falta de conhecimento público das de instituições públicas nacionais fios a necessidade de aumentar e
Situação da Governação Cor- to, que também aponta o facto de leis e regulamentos ligados ao am- e internacionais, organizações não- divulgar a nível nacional infor-
porativa”, lançado pelo Insti- o sistema judiciário ser fraco como biente de negócios e governação -governamentais que operam em mações sobre a ética empresarial,
tuto de Directores
ectores de Moçam- uma das razões desta situação. corporativa”, refere o relatório. Moçambique, para além de 22 ética de trabalho, ética individual
bique e que faz a radiografia Nesse sentido, o relatório recomen- Este relatório foi lançado durante a representantes dos institutos de e integridade.
2 Savana 19-02-2016
EVENTOS

Universidade Politécnica acolhe


Pitch Bootcamp
A
Universidade Politécnica descobrir o seu potencial e compe- poderão saber o que o mercado de

o
acolhe, nos dias 25 e 26 do tências. emprego espera deles”, disse Carlos
mês em curso, a primeira Já no segundo dia, os participantes Sotomane.
edição do Pitch Bootcamp, terão a oportunidade de conversar Por seu turno, Carlos Santos, repre-
um programa de dinamização de com gestores de topo de grandes sentante da FlowMoçambique, disse

log
carreiras para estudantes finalistas e empresas e, por via disso, criar opor- esperar que, no fim, “os participantes
recém-graduados. tunidades de mentoria, agendar reu- tenham ferramentas que os ajudem
niões e visitas ou aceder a estágios e a afirmar-se no mercado e estejam
Esta iniciativa, que contará com a ficar a par dos processos de recruta- capazes de identificar que tipo de
competências as empresas procuram
participação de 100 graduados ou
finalistas e 60 gestores de topo de
mento.
Para Carlos Sotomane, Director deles (graduados)”. Aluga-se VENDE-SE
O mesmo representante da Flow- CABINE DUPLA
grandes empresas, é desenvolvida
pela FlowMoçambique e tem como
para os Assuntos Científicos e Peda-
gógicos da Vice-Reitoria da Univer-
Moçambique explicou que o Pitch um contentor Pela licitação mínima de
Bootcamp é uma iniciativa de su-
objectivo criar uma interacção entre sidade Politécnica, com esta iniciati- para Mercearia ou outros 490.000,00 Mt. vende-

ció
cesso, sendo que em Portugal, onde
o mercado de trabalho e as universi- va pretende-se criar uma interacção
dades e jovens estudantes com vista entre o mercado de trabalho e os es-
o programa existe desde 2013, já fo- ÀQVQD$Y/XUGHV0XWROD -se carrinha Ford Ranger
ram realizadas 40 edições que con-
a encontrar os grandes talentos do tudantes finalistas ou graduados do taram com a participação de 4.290
Bairro de Magoanine DC, 2.5, diesel, com cinco
futuro. ensino superior. jovens e 2.750 profissionais de 700 SDUDJHPÀPGR0XUUR anos de serviço.
O Pitch Bootcamp consiste em dois “O lema da Universidade Politécnica empresas.
dias de trabalho, sendo que no pri- é Humanismo, Rigor e Profissiona- Em todas as edições, mais de mil
meiro os participantes irão desen- lismo e, através do Pitch Bootcamp, jovens finalistas e graduados que Contactos Os interessados deverão
volver e/ou adquirir novas ferramen- vamos poder incorporar o elemento passaram por esta formação con- 82 8815880 contactar o telefone
tas de procura de trabalho, perceber profissionalismo no seio dos nos- seguiram inserir-se no mercado de 84-810-7460

so
como devem abordar o mercado e sos estudantes, pois só assim é que trabalho.
84 0651802
um
de
io
ár
Di
Savana 19-02-2016 15
3
EVENTOS

Instituto Camões promove oficina de edição textual


O
Centro Cultural Portu- mês. seminário tenta ajudar-nos a ser Leitor de Língua Portuguesa na e revistas e, enquanto tradutor,
guês em Maputo e o Pólo Falando sobre a formação, Rui melhores embrulhadores. E a de- Universidade de Michigan e Pro- traduziu obras de Matt Groening,
na Beira, em articulação Zink refere: “Editar é embrulhar sembrulhar melhor.” fessor Convidado na Universidade Saul Bellow e Richard Zenith.
com os Centros de Língua um texto – geralmente alheio, a fim Rui Barreira Zink é Professor Au- de Massachussetts. De referir que estão previstos dois

o
Portuguesa na Universidade Peda- de o levar de presente a um leitor. xiliar na Faculdade de Ciências So- Enquanto escritor, foi autor de vá- encontros abertos ao público, nas
gógica, nas duas cidades, realizam O editor dá a forma exterior ao ciais e Humanas da Universidade rios livros de ensaios e ficção entre cidades da Beira e Maputo para
nos dias 15 e 19 de Fevereiro uma texto e pode ajudar a resolver a for- Nova de Lisboa, mestre em Cul- os quais se contam “Hotel Lusita- que possam conhecer e dialogar
Oficina de Edição Textual. ma interior. Em suma, um editor é tura e Literatura Popular e dou- no”, “Apocalipse Nau”, “O Suplente com o escritor português. Refira-se

log
um amigo do alheio. Se no bom ou tor em Literatura. Foi igualmente e Os Surfistas” e “O Anibaleitor”. ainda que as inscrições já esgota-
A ser orientada pelo escritor e do- no mau sentido, é a questão. Este Professor do Ensino Secundário, É também colaborador em jornais ram. Jeque de Sousa
cente de Literatura Portuguesa da
Universidade Nova de Lisboa, Rui
Zink, o módulo de formação terá a
duração de 15 horas e será realizado
no Centro Cultural Português em
Maputo e no Pólo da Beira, tendo
como público-alvo editores, jor-

ció
nalistas e estudantes finalistas de
cursos de Letras, Ciências Sociais
e Jornalismo. Na semana seguinte,
o escritor e também especialista de
edição textual, Rui Zink estará em
Maputo e realizará a Oficina de
Edição Textual no Centro Cultural
Português, de 22 a 26 do corrente

LAM
nomeada so
A
LAM está entre as 10
um
companhias aéreas afri-
canas nomeadas para o
prémio de melhor servi-
ço na classe económica, atribuído
pela WTA – Word Travel Awards.

A par da LAM estão nomeadas


outras companhias aéreas africa-
nas, nomeadamente, South Afri-
can Airways, da África do Sul;
de

Ethiopian Airlines, da Ethiopia;


Kenya Airways, do Quénia; Royal
Air Maroc, do Marroco; Air Na-
mibia, da Namíbia; EgyptAir, do
Egipto; Tunis Air, da Tunísia;
Precision Air, da Tanzania e Man-
go, da África do Sul.
Estas companhias, incluindo a
io

LAM estão destacadas pelo me-


lhor serviço que oferecem na classe
económica, num universo que ul-
trapassa as 35 companhias mem-
bros da Associação das Compa-
ár

nhias Aéreas Africanas (AFRAA).


Entre as 10 companhias finalistas
do World Travel Award, conside-
rados “ÓSCARESARES MUNDIAIS
DE TURISMO”, será eleita a
Di

companhia africana com os me-


lhores serviços na classe econó-
mica, estando em curso a votação
até o dia 29 de Fevereiro corrente,
na internet, através do link www.
worldtravelawards.com/nomine-
es/2016/africa
A entrega dos prémios do World
Travel Award, onde está inserida
a categoria de Companhia Afri-
cana Líder em Serviços na Classe
Económica, terá lugar no dia 09 de
Abril de 2016, em Zanzibar, Re-
pública Unida da Tanzânia.
4
16 Savana 19-02-2016
PUBLICIDADE
EVENTOS
Savana 19-02-2016 3
DIVULGAÇÃO

BANCADA PARLAMENTAR

Intervenção de Sua Excelência


Margarida Adamugi Talapa
Chefe da Bancada Parlamentar da FRELIMO
Membro da Comissão Permanente
da Assembleia da República

Proferida por Ocasião da


Sessão Solene da Abertura da
III Sessão Ordinária da Assembleia da Repú
públ
públicaa
bl
República
da VIII Legislatura

Senhora Presidente da Assembleia da


República,
Senhor Primeiro - Ministro,
Distintas autoridades Civis, Judiciais,
militares e religiosas
Excelências,
Distintos Convidados,
Minhas Senhoras,
Meus Senhores,

Em nome da Bancada Parlamentar da


FRELIMO transmito as nossas mais ca-
lorosas saudações a todos os presentes
nesta cerimónia de Abertura da III Sessão
Ordinária da Assembleia da República.

Saudamos o Povo moçambicano que, do


Rovuma ao Maputo e do Índico ao Zum-
bo, clama pela Paz efectiva, para continu-
ar a sua luta pelo desenvolvimento e pela
criação do bem-estar.

Excelências,

Com carinho e elevado respeito sauda-


mos o mais alto magistrado da Nação
Moçambicana, Sua Excelência FILIPE JA-
CINTO NYUSI, Presidente da República
de Moçambique pelo sucesso alcançado no primeiro ano do novo ciclo de GRRDSURVVHJXLUFRPÀUPH]DQDPDWHULDOL]DomRGDVDFo}HVHPHWDVGHÀQLGDV
governação e que se traduziu num maior din
dinamismo
dinami smo na implementação
amismo no Programa Quinquenal do Governo, não obstante a difícil conjuntura nacional
da agenda de desenvolvimento económico, social e cu
conómico, so cultural do nosso País.
cultu e internacional.

Sob a liderança do Presidente FILIPE


IPE JACINTO NYU Moçambique está
TO NYUSI, A vós, senhoras e senhores deputados, respeitados pares, vai a nossa saudação
DFRQVROLGDURFUHVFLPHQWRHFRQyPLFRDÀUPDUDVEDVHVSDUDDLQGXVWULD-
HFRQyP
QyPLFR
LFRD
DÀU
DÀUPDUDVEDVHV pelo trabalho nos Círculos Eleitorais e formulamos votos de bom trabalho na
lização do País e a garantir uma red
redistribuição
redist
istrib equitativa do rendimento.
rib ão equ presente Sessão.

6DXGDPRVHPSDUWLFXODURSUDJPDWLVPRDÀUPH]DHDKXPLOGDGHGR3UH-
URSUDJPDWLVPRDÀUPH]PH]DH
DH Aos nossos convidados, titulares dos órgãos de soberania, representantes do
sidente NYUSI na materialização
lizaçã
açãoo dos compromissos
dos com
compro
pro assumidos e na busca corpo diplomático, dos partidos políticos, das organizações da sociedade civil,
de soluções para oss prob
problemas
prob as com qu debatem os moçambicanos.
que se d GDVFRQÀVV}HVUHOLJLRVDVGDVRUGHQVSURÀVVLRQDLVDXWRULGDGHVPLOLWDUHVHSROL-
ciais, comunicação social e público, renovamos o desejo de que continuem a dar
Permitam-nos que tome
tomemos oportunidade para, de modo especial e
omemos esta oportu o seu contributo no desenvolvimento da nossa bela Pátria Amada.
com muito carinho
rinho saudarmos
ho sau
saudar
darmos o Pre
dar Presidente FILIPE JACINTO NYUSI, pela
celebração, a 9 de Fevereiro,
eiro, de mais um aniversário natalício.
eir Minhas Senhoras e Meus Senhores,
Excelências,
Parabéns e bem-haja,
em-haj
haja,
haj Presidente
a, Presid
sident
sident FILIPE JACINTO NYUSI!
Mais uma vez, o País está a ser assolado por calamidades naturais, com uma
Senhora Presidente da Assem
Assembleia da República, estiagem severa, na região Sul e parte da região Centro, e chuvas intensas na
Excelência, região Norte.
A perspectiva de insegurança alimentar e nutricional grave espreita milhares de
Queira aceitar a saudação e o carinho de todos os deputados da Bancada famílias nas províncias de Maputo, Gaza e Inhambane, em resultado da perda
Parlamentar da FRELIMO que, desde já, lhe asseguram total apoio e cola- de praticamente toda a colheita, por escassez severa de chuvas, ao mesmo tem-
boração para o sucesso dos trabalhos da III Sessão que estamos a iniciar. po que se regista a perda de milhares de cabeças de gado, por falta de pasto e
de água.
Através de Sua Excelência Dr. Carlos Agostinho do Rosário, Primeiro-Mi-
nistro, saudamos o Governo de Moçambique pelo bom desempenho de- Entretanto, na região Norte do País, há o registo da perda de vidas humanas e da
monstrado na resolução dos problemas que apoquentam os moçambicanos destruição de inúmeras infra-estruturas económicas e sociais, incluindo habita-
e na promoção do desenvolvimento económico e social do País, encorajan- ções, na sequência das chuvas que fustigam aquela região do País.
4 Savana 19-02-2016
DIVULGAÇÃO

(VWDVLWXDomRFRORFDR*RYHUQRHDWRGRVRVPRoDPELFDQRVQRGHVDÀRGHDGRS- 1R kPELWR GD IXQomR ÀVFDOL]DGRUD GHGLFDUHPRV DWHQomR jV DFo}HV GH
ção de estratégias de gestão dos recursos hídricos para, conter o impacto das reforço da transparência na gestão da coisa pública através da apreciação
cheias e fazer face à carência de chuvas nas zonas propensas à seca e estiagem, da Conta Geral do Estado de 2014, da Conta Gerência da Assembleia da
numa altura em que o mundo inteiro é confrontado com fenómenos climatéri- República de 2015, e da eleição dos Membros da Comissão Central de
cos cada vez mais severos. Ética e do Conselho Superior da Comunicação Social.

Saudamos a pronta intervenção do Governo no salvamento e na assistência hu- Excelências,


manitária às populações afectadas, e encorajamo-lo a prosseguir resolutamen-
te na criação de condições que garantam a segurança alimentar das famílias A 3 de Fevereiro celebrámos o Dia dos Heróis Moçambicanos, assinalan-
is Moçambicanos
afectadas, a reposição de infraestruturas e a plena normalização da vida das do os 47 anos da morte do Presidente Eduardo fundador da
uardo Mondlane, fu
comunidades. FRELIMO e arquitecto da Unidade Nacional. vez mais, exaltámos
acional. Uma ve
RVIHLWRVGRVPHOKRUHVÀOKRVGH0RoDPELTXHTXHDEDQGRQDQGRWXGRVH
H0RoDPELTXHTXHDEDQGRQDQ
Saudamos, igualmente, a contribuição dos parceiros de desenvolvimento, entregaram, dedicaram a sua juventudee e deram as suas vid
vidas pela causa
ONG’s nacionais e estrangeiras, congregações religiosas e pessoas singulares da liberdade do nosso maravilhoso
oso Povo.
para mitigar os efeitos da seca e das cheias, apelando a todos os moçambicanos
para que se juntem a este movimento de solidariedade em apoio aos compatrio- Foi mais uma oportunidade moçambicanos reconhecerem o sa-
dade para os moçambic
tas afectados. FULItFLR GRV ´-RYHQV GR  GH 6HWHPEURµ H GH UHÁ
UHÁHFWLUHP HP WRUQR GH
questões centrais do des desenvolvimento do Pa País, como forma de honrar
Excelências, o sacrifício dos homens
omensns e mulheres que, de arma em punho e tendo a
Unidade Nacional como lutaram e venceram o colonialis-
omo factor central, luta
No passado dia 20 de Janeiro, faleceu, na cidade de Nampula o conceituado mo português, e co conquistaram
istara a In Independência
Indep
dep e a soberania que todos
artista, o humorista Alfane, mais conhecido por “Mukusa Okame”, de quem temos o deverr de pres
preservar
reserv
res ervar
erv defender.
ar e defe
d efende
nde
ÀFDUDPUHJLVWDGDVREUDVGHFDUiFWHUHGXFDWLYRHUHFUHDWLYRTXHHQFDQWDUDPRV
moçambicanos, em particular a população da província de Nampula, onde resi- Minhas Senhoras
ras e meu Senhores,
meuss Senh
Senh
dia. À família enlutada vai a nossa solidariedade.
Moçambiquee vive hoje um momento de grandes perspectivas para o
desenvolvimento económico
imento ec
econó mic e social, com a descoberta e exploração de
onómic
Senhora Presidente da Assembleia da República, recursos naturais estratégicos, como o carvão e o gás.
is est
estratégi
Respeitados Pares,
Minhas Senhoras e Meus Senhores, $H[SDQVmRGDVRSRUWXQLGDGHVGHIRUPDomRWpFQLFRSURÀVVLRQDOVREUH-
$H[SD
$H [SDQVm
QVmRG
QVm RGDVRSR
RG RSRUWX
RSR UWXQLG
UWX
tudoo dos jovens,
dos jov
jovens aaumenta
ens,, aume
ens ume o efectivo da força de trabalho dotada de co-
No período que nos separa da segunda Sessão Ordinária, os deputados da FRE- nhecimento
nhecim
nhe ciment
cim ento o e de habilidades para o melhor aproveitamento das imensas
LIMO realizaram jornadas parlamentares, nos seus respectivos Círculos Eleito- potencialidades
potenc
encial
enc ialida
ial idades
ida des que o País possui, em sectores como a agricultura, o tu-
UDLVHIHFWXDQGRYLVLWDVGHÀVFDOL]DomRGDDFomRGR*RYHUQRQRVGLVWULWRVSRVWRV
WRV
WRV rismo, indústria, o comércio e serviços.
mo, a indúst
administrativos e localidades, onde tiveram a oportunidade de visitar e intera-
gir com as populações e com diversos grupos sociais. Apesar destas boas perspectivas e das reformas que o Governo tem vin-
do a implementar no sector público, visando a criação de um ambiente
1DVYLVLWDVYHULÀFRXVHRLPSDFWRGDDFomRGR*RYHUQRQDEXVFDGHVROXo}HV
GHVRO
VROXo}
VROXo}HV favorável
favorá
fav orá ao investimento, o País vive um clima de tensão, criado pela
para as grandes questões de desenvolvimento, com destaque para o aumento umento Renamo,
Ren colocando em risco o processo de desenvolvimento.
da produção agrária, através da disponibilização de factores de produção, ção, iin-
cluindo o uso de máquinas agrícolas e a difusão de tecnologias de produção ão Acreditamos
Acr que, tal como alguns defendem, existem dentro da Renamo
mais modernas, a construção e entrada em funcionamento de novas vas unidades
des pessoas que não são apologistas da guerra e que compreendem perfeita-
sanitárias e de escolas, devidamente apetrechadas, o melhoramento das vias de mente que o diálogo é a melhor opção para se alcançar a paz efectiva em
acesso, facilitando assim a circulação de pessoas e bens, entre outros.
tros.
tro s. Moçambique.

É notória a disponibilização de mais carteiras escolares e a distribuição


ição aatempa-
o atem
tem O seu silêncio cúmplice, conveniente e cobarde, para não perderem al-
da do livro escolar para o ensino primário, e a colocação de ma
mais pessoal quali- guns benefícios, impede-os de tomar uma atitude para chamarem à ra-
ÀFDGRQDVYiULDVLQVWLWXLo}HVGR(VWDGR zão os apologistas da violência, do saque e da pilhagem ao Povo.

É de congratular o Governo pelo reforço da frota de au autocarros


autoc arr e a colocação
tocarr É muita pena que seja a partir do pódio desta Casa do Povo, com dis-
de mais carruagens para o transporte de passageiros
geiros pontos do País,
ros em várioss pont
p cursos incendiários e totalmente irresponsáveis, que colegas nossos têm
sendo urgente continuar a aperfeiçoar a qualidade sserviços
iço com meios mais
dade dee serviço incitado à desobediência civil, ao divisionismo, ao tribalismo e à guerra
adequados, dignos e seguros. para se chegar ao poder.

Entretanto, continuam preocupantes os acidentes que provocam der-


es de viação qu Devemos apostar no diálogo para alcançarmos consensos em torno das
ramamento de sangue e a perda de preciosas vidas humanas nas estradas. questões que nos diferenciam porque o diálogo permanente e sem pré-
-condições é a única via para consolidarmos a democracia, alcançarmos a
O abastecimento de água potável àss populações,
popu ões ssobretudo neste momento em
ões,, sobr paz efectiva e contribuirmos para o desenvolvimento deste Moçambique.
que, em resultado da seca e estiagem qu que aassolam
lam parte considerável do País,
o problema é mais grave, levando
vando
do mui
muitos compatriotas
tos compa
mpa a percorrerem longas Apelamos a todos políticos para que sejam actores do processo de desen-
distâncias para aceder a este pre
precioso
precio
cioso
so líq
líquido. volvimento e não promotores da desobediência civil e da guerra. É altura
de tratarmos com seriedade a questão da paz, e da Renamo cumprir com
Encorajamos o Governo
rno a redobrar para solucionar estes e outros pro-
obrar esforços par o Acordo de Cessação de Hostilidades Militares, entregar as armas e de-
blemas que preocupam
am os nossos compatri
compatriotas. sarmar as mentes.
Excelências,
Não é justo que, cumprindo uma agenda contrária aos interesses dos
A III Sessão Ordinária
dinári
dinári da Assembleia
a Asse
Assembl
mbleia
mbleia da República que hoje inicia é aguardada moçambicanos, teimem em promover a instabilidade do País e a guerra,
pelos moçambicanosnos comm grande expectativa, esperando-se que dos deputados
g de exp impedindo os moçambicanos de darem a sua contribuição para o cres-
das três bancadas par
parlamentares
parlam
lament
lam are haja vontade política no debate e busca de so-
entare cimento da economia do País, em ambiente de paz e de tranquilidade,
luções para
ra as grandes
ndess questõe
nde questões
q tõe nacionais. onde podemos educar milhares de crianças e combater muitas doenças.

Para além habitual interacção


lém da ha inter com o Executivo sobre várias questões de in- $SURYHLWDPRV HVWD RSRUWXQLGDGH SDUD VDXGDU D ÀUPH]D H D DFomR GDV
teresse nacional, sessões de Perguntas e Informações do Governo, concen-
acional, nas sessõ Forças de Defesa e Segurança na manutenção da ordem e tranquilidade
traremos as nossas atenções no sistema de administração da justiça, através da
sas at
atenç públicas, em todos os pontos do País, encorajando-as a tudo fazer para
apreciação da Informação
rmação Anual da Procuradora-Geral da República, da eleição
rma garantir a defesa da nossa soberania e a livre circulação de pessoas e
de Juízes eleitos para o Tribunal Supremo e para os Tribunais Superiores de bens, em toda a extensão do nosso território.
Recurso, da apreciação da Informação da Comissão de Petições, Queixas e Re-
clamações, bem como da Informação da 1ª Comissão sobre a revisão do Código Excelências
do Processo Penal e do Código de Execução de Penas e Medidas Privativas e
Não Privativas de Liberdade. A FRELIMO tem no diálogo o seu instrumento de acção política. A FRE-
LIMO defende que, em democracia, as diferenças ideológicas e de po-
No que tange ao aperfeiçoamento da legislação, destaque vai para a conclusão sicionamento sobre os caminhos a seguir diante de qualquer situação
da revisão da Lei das Telecomunicações, da Lei da Aviação Civil e da Lei da devem ser ultrapassados com recurso a um diálogo permanente, aberto,
(GXFDomR3URÀVVLRQDOHQWUHRXWUDVPDWpULDV sério e franco, sem preconceitos de qualquer espécie.
Savana 19-02-2016 5
DIVULGAÇÃO

1DGDMXVWLÀFDTXHDDYLGH]SHORSRGHUGHDOJXQVSRQKDHPFDXVDRVRVVHJR LIMO. Nesta Sessão, o Comité Central elegeu novos membros para o seu
a convivência e a harmonia de milhões de moçambicanos. Secretariado, com vista ao fortalecimento da máquina executiva do Partido,
HPIDFHGRVGHVDÀRVTXHVHOKHFRORFDP
A FRELIMO estimula o Governo a continuar pronto para dialogar e consi-
derar propostas e pontos de vista de outras forças políticas, desde que sejam Saudamos os camaradas que cessaram funções, pela valiosa contribuição
baseados no bom senso e na razão, e não na chantagem política. que deram ao Partido e ao Povo moçambicano, e felicitamos os camaradas
eleitos, a quem auguramos os maiores sucessos nas funções para as quais
unções pa
O senhor Dhlakama deve aceitar, sem condicionalismos, o convite que lhe foram eleitos, rumo a novas e retumbantes vitórias
as nos próximos pleitos
tem sido renovado por Sua Excelência Filipe Jacinto Nyusi, Presidente da eleitorais.
República de Moçambique para um diálogo construtivo, visando desarmar
as suas forças residuais e reintegrá-las nos vários sectores, para darem o seu Excelências,
contributo no desenvolvimento de Moçambique.
De 10 a 13 de Fevereiro, a Organização da Mulher Moçambic
Moçambicana (OMM)
Excelências, realizou o seu IV Congresso, um momento marcante para tod toda a mulher
PRoDPELFDQD'HIRUPDFODUDHLQHTXtYRFDDPXOKHUPRoDPELFDQDUHDÀU-
LQHTXtYRFDDPXOKHUPRoDPE
Lamentamos o ataque a Sua Excelência o deputado Manuel Bissopo a quem ntinuar a assumir um pap
mou a sua capacidade e vontade de continuar papel decisivo
desejamos a continuação de uma boa recuperação. Apelamos à não politiza- no processo de desenvolvimento
nto nacional.
ção deste assunto e que facilitem o trabalho das autoridades competentes, co-
laborando nas investigações em curso para o esclarecimento deste crime para Ao longo de quatro dias, mulheres provenientes d de todos os distritos do
TXHRVDXWRUHVVHMDPLGHQWLÀFDGRVHOHYDGRVjEDUUDGDMXVWLoD País e representando todosos os sectores e estratos ssociais, uniram-se em ver-
dadeira festa, dançando e cantando
antando bem alto o seu desejo de ver consolida-
Senhora Presidente, da em Moçambique a Un Unidade Nacional,
de Nac al, a Paz e o desenvolvimento, num
Excelências, processo que foi o culminar
lminar movimento
nar do movim ent iniciado nos núcleos, passando
viment
pelos distritos e pelas províncias.
víncias.
Iniciamos o ano 2016 com elevada esperança e optimismo em relação à paz, O IV Congresso da OMM de demon
monstr
mon strou, uma vez mais, o compromisso da
str
demonstrou,
estabilidade e prosperidade na nossa Região, no Continente e no Mundo, em FRELIMO e das suas Organizações
uas Or izaçõe
iza Sociais em se renovar na continuidade,
çõess S
geral. princípio que nenhumum outro par
partid
tid neste País consegue implementar.
partido

A esperança está, em parte, alicerçada no facto de os Chefes de Estado e de Saudamos a camarad


camarada IIsaura Fer
radaa Isau Ferrão Nyusi, Primeira-Dama da República
Governo do Continente africano terem decidido, na última Cimeira da União de Moçambique,ique,
iqu e, pela sua proclamação como Presidente da OMM, sinal da
ua pro
Africana, incluir a Governação, as Eleições e o Constitucionalismo como uma ÀDQoDTXH
TXHD
TXH DPXO
D PXOKHU
KHUPR
KHU PRoDPELF
PR ELF
FRQÀDQoDTXHDPXOKHUPRoDPELFDQDQHODGHSRVLWDSDUDOLGHUDUD2UJDQL-
das questões estratégicas, no processo de desenvolvimento sócio-económico zação, na lu
luta
ta peloo refo
rreforço
eforço
eforço do papel da mulher na sociedade moçambicana,
dos Países africanos. e pelo se
seu ccompromisso
u comp
omprom
omp rom com a causa das camadas mais vulneráveis.

Felicitamos os líderes do Continente africano pelo facto de liderarem, de for- Saudamosos a camarad
ccamarada Maria da Luz Dai Guebuza, proclamada Presidente
ma clara e inequívoca, o aprofundamento da governação e da democracia em Honorária da OM OMM, em reconhecimento da sua grande contribuição na
África. lidera
lid
liderança da OMM, ao longo de dez anos.
Excelências,
À Cama
amarad
Camarada rada Mariazinha Niquice, Secretária-Geral da OMM, eleita no IV
Manifestamos satisfação pelos progressos que se registam no processo de con-- Congre
Con
Congresso,, eendereçamos votos de muita saúde e sucessos nesta nobre mis-
solidação da democracia em África, facto testemunhado pela realização de são,, na
são na ccerteza de que, com a sua longa experiência de liderança, irá con-
eleições multipartidárias regulares. duzir a nossa OMM para um novo patamar, na elevação da participação da
mulher nas várias frentes do desenvolvimento nacional.
mul
5HFRQKHFHPRVFRQWXGRRVGHVDÀRVTXHD5HJLmRGD6$'&H[SHULPHQWDUH-
SHULPH
SHU LPHQWD
LPH QWDUH-
lativamente aos processos eleitorais, embora notemos com satisfação
ação q os
o que Parabéns, camarada Mariazinha Niquice, nossa Secretária-Geral!
Par
actores políticos no Reino do Lesoto privilegiam o diálogo na resolução
lução
ão dos
seus diferendos políticos, enquanto na República Democrática do Congo,, os os Estendemos as nossas felicitações a todas as camaradas eleitas para os di-
actores políticos procuram harmonizar as suas posições através
és do deb
debate dos versos órgãos de direcção da maior e mais antiga Organização feminina em
assuntos de interesse nacional, no respectivo Parlamento, em vezz da
d d disputa Moçambique, a Organização que aglutina e lidera a mulher moçambicana
através das armas. na luta pela sua emancipação.

Inquieta-nos, contudo, o recrudescimento da instabilidade


abilid
lidade ica e da segu-
ade política Bem-haja mulher moçambicana!
rança na República do Burundi e apelamos às nossas
as irm iirmãos
rmã burunde-
irmãs e irmã Excelências,
ses que operacionalizem o diálogo já iniciado.
Desejamos a todos os compatriotas cristãos que nesta Quaresma sejam por-
Encorajamos, igualmente, os nossos irmãos da Guiné né - Bissau, em especial os tadores de mensagens de paz, de perdão e de reconciliação entre os irmãos,
seus líderes, a não pouparem esforços para a estabilização do País, e reitera- pratiquem a solidariedade para com os mais necessitados e se entreguem
mos o nosso apelo à comunidade internacional,
ional,
ion especialmente a CPLP a redo-
al, espec em oração pela paz mundial e no nosso País, em particular.
brar esforços, visando o fortalecimento das instituiçõ
instituições
ições
ições do Estado guineense.
Minhas Senhoras e Meus Senhores,
Com relação ao Médio Oriente, reg registamos,
regist
istamo
istamos, satisfação
s, com sa
satis
tis e esperança, os
entendimentos recentemente alcançados
ançadoss quer
anç quer na Líbia como na Síria, e sauda- 4XHURUHDÀUPDURFRPSURPLVVRHDGLVSRQLELOLGDGHGRVGHSXWDGRVGD%DQ-
mos os esforços da comunidade int internacional
intern
ern onal na b busca de soluções duradou- cada Parlamentar da FRELIMO de tudo fazer para o cumprimento inte-
UDVSDUDRVFRQÁLWRVQHVWHVSDtVHV
WHVSD
WHV SDtVHV gral da agenda desta Sessão. Para isso, esperamos poder contar, desde já,
FRPDKDELWXDOFRODERUDomRHSURÀVVLRQDOLVPRGHWRGRVRVIXQFLRQiULRVGD
Excelências, Assembleia da República e das Bancadas Parlamentares, para assegurar o
bom andamento dos trabalhos no plenário, nas Comissões de trabalho e
Queremos aqui registar
egista
starr a no
nossa saudação
ssa sa
sauda ção ao Governo de Moçambique pela
udação nas Bancadas Parlamentares.
promoção de cada vez ez mai parcerias,
mais parcerierias, no âmbito da cooperação internacional,
tanto a nível bilateral
ilateral como
com a nível multilateral, no contexto da implementa- Igualmente, esperamos contar com a pronta e habitual colaboração dos ór-
ção do programa combate
ama de combambate pobreza.
te à pobr
obr gãos de comunicação social para informar com responsabilidade sobre os
trabalhos da Assembleia da República.
5HFRQKHFHPRVTXHRFRQWtQXRÁX[RGD$MXGD3~EOLFDDR'HVHQYROYLPHQWRD
PRVTX
PRVTXHR
HRFRQWtQXRÁX
HR ÁX[R
ÁX [R
par do incremento
mento recursos
to dos recursos internos, têm contribuído para a melhoria das
cursos Formulamos votos para que esta III Sessão Ordinária da Assembleia da Re-
condições de vida dos mo
moçambicanos.
moçam
çam pública decorra num clima de paz, cordialidade, franqueza e fraternidade,
valores centrais numa democracia e em conformidade com as expectativas
Senhora Presidente da Assembleia da República, Excelência dos moçambicanos de que somos dignos mandatários.
Minhas Senhoras e Meus Senhores,
Excelências
Muito obrigada.
O processo democrático fortalece-se com a prática democrática nos partidos 50 ANOS
políticos. Uma vez mais, a FRELIMO demonstrou a sua coerência e o seu com- UNIDOS NA LUTA CONTRA A POBREZA
promisso com a prática da democracia no seu seio, com a realização, a 5 de FRELIMO A FORÇA DA MUDANÇA.
Fevereiro corrente, da II Sessão Extraordinária do Comité Central da FRE- Maputo, 17 de Fevereiro de 2016
6 Savana 19-02-2016
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Savana 19-02-2016 7
DIVULGAÇÃO

o
BANCADA PARLAMENTAR

log
ció
so
um
de

Minhas senhoras, ouvem, tanto aqui como nas várias plataformas em que esta
Meus Senhores, comunicação está a ser transmitida, sabem e conhecem que
Excelências, a Renamo tem-se esforçado para que a Paz, a Democracia, a
Hoje, gostaríamos de vir a este pódio ódio
io ddaa Assembleia da Re- Estabilidade e o Respeito pela Vontade do Povo sejam salva-
pública iniciar nosso discurso inaugural naug
na ug al d da Terceira Sessão guardados.
io

Ordinária com tempo para u umm lelequ


qu de ssau
leque au
saudações a todas Estamos aqui para encontrar caminhos para essa paz tão de-
as autoridades académicas, religiosas, elig
el igio
ig iosas,
io s, a
adm
dm
administrativas. Gos- sejada.
tariamos de elencar os representantesrese
sentan
se ante
an tess dos países amigos de
te Agora que a imprensa reporta diariamente que a instabilida-
Moçambique aqui pr presentes tess e to
te todoss os convidados. Podia- GHUHJUHVVRXHTXDQGRVHYHULÀFDPPRYLPHQWDo}HVLPSRU-
ár

mos enaltecer durante nte lolong


ngo temp
longo mp a importância e papel
tempo tantes de meios militares e pessoal afecto as Forças de Defesa
de todos os jovens, dos homens, das mulheres e das crianças e Segurança os defensores de plantão do governo da Frelimo
para depois abordarorda
or dar o qu quee mamais is preocupa a toda sociedade vão propalando que a Renamo está a atacar alvos civis.
omun
om
moçambicana, a comunidade unididad
adee in
ad internacional, aos investidores Ora, isto não constitui a verdade.
nacionais e esestr
tran
tr ange
an geir
ge
estrangeiros iros
ir os res
esid
es
residentes em Moçambique. 4XHPGHIDFWRFULRXDVLWXDomRGHUHIXJLDGRVDFDWDVWUyÀFD
Di

5HÀURPH jj 3D]


3 D]
D]
3D] D 3D
3D]] TX
TXH
H HP
HP  QHJRFLDPRV PDV TXH situação de moçambicanos no Malawi foi a Frelimo. Que se
ffrá
rági

continua frágilgil e quee grandes
gr homens, como Boutros Gha- crie imediatamente, uma comissão de inquérito parlamen-
li, que tantoo trabalharam
trabalhara
tr ram m para que Moçambique tivesse uma tar para ir averiguar os factos no terreno. Nós, Resistência
paz efectiva, a po poucuco
uc
pouco o e pouco vão-nos deixando. Rogamos Nacional Moçambicana, não duvidamos dos depoimentos
GHO
GH Oi
O iQR
i QR
D'HXVSDUDTXHGHOiQRDOWRWHQKDHVWHÀOKRGRPXQGRDR desses nossos compatriotas, nem duvidamos das constata-
lado do Senhor Todo Poderoso, feito anjo, e que continue a o}HVGR$&185FRQÀUPDGDVSHODVDXWRULGDGHVHP.DSLVH
iluminando e inspirando as várias lideranças mundiais para Malawi. O povo contou tudo, o povo não mente.
que a paz possa prevalecer no nosso universo. Quem ataca viaturas civis esperando que o acusado seja a
Renamo, é a Frelimo. O Diário de Moçambique na sua edição
Excelências, do dia 8 de Fevereiro reportou um acto que seria imputado
Temos total clareza, nós Resistência Nacional Moçambica- a Renamo: “MILITARES DA FADM ATACAM VIATURA
na, que a nossa força vem do povo, e que todos os que nos CIVIL”. Esta é manchete. Este tipo de atrocidades, seguidas
8 Savana 19-02-2016
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de propaganda enganosa já não convence a ninguém, ademais a sação de Hostilidades Militares. Se a Renamo mantém o
SUySULDSROtFLDFRQÀUPRXHGHWHYHRVDXWRUHVFRPDVVXDVDUPDV seu braço armado é porque a Frelimo não quis, nem quer
cumprir esses Acordos.
Quem importa avultadas quantidades de blindados e os mo- Sobre o papel e a importância da Renamo o povo está escla-
vimenta de um lado para o outro é o regime do dia que ataca a recido. A força da Renamo está no povo. Portanto, somos
população e não as usa para as defender essas populações nas um Partido amigo dos verdadeiros defensores dos Direitos
fronteiras contra eventuais agressões externas. Humanos, da Democracia, do Desenvolvimento Sustentá-

o
vel, da Equidade de Género. Somos contra a Corrupção.
Compatriotas, Somos amigos daqueles que defendem a descentralização,
Militarizar o país está custando rios de dinheiro que fazem falta a transparência, e que realmente são como nós, contra a

log
para sectores vitais da nossa sociedade. corrupção, contra a má governação, ção,
çã terrorismo.
o, contra o te
Mas, nós, a Resistência Nacional Moçambicana somos pela Paz, Somos o parceiro ideal para qu qualquer
qual
alqu
al quer
qu er Governo que igual-
Democracia, Justiça Social, Economia de Mercado! Jamais tive- mente defenda estes interesses.sses
sses
mos a guerra como opção e queremos como partido político e Portanto, quem tem rrec receio
ecei de criticar
ec carr a Frelimo e ser acu-
ca
FRPR'HSXWDGRVDSUHVHQWDUHUHDÀUPDUDRVPRoDPELFDQRVTXH sado de ingerênciaia em asassuntos
assu
sunt
su ntos
nt internos,
os iint
nter
nt enquanto o povo
não abdicaremos de nossas responsabilidades. moçambicano sofr
sofre violação
free violaç
ação
aç ão d os sseus direitos, o problema
dos
O Centro de Conferências Joaquim Chissano estava acolhendo é dele.

ció
um diálogo que foi rompido porque a Frelimo optou por despre-
zar a Renamo e com arrogância privilegiou o uso das Forças de Excelências,
Defesa e Segurança para atacá-la. O tratamento que que a Frelimo
Fre
F dá as populações do centro
e norte é discriminatório
disc
scri
rimi rio e revela que é a própria Frelimo
minatóri
Excelências, quem divide país.
ide o pa
Mas o País está em crise e grita mesmo por mudança! Há solu- A Frelimo imo nãnãoo vê o ccentro e norte como parte de Moçam-
ções a vista para se sair desta situação. bique, daí d os pa parcos recursos serem alocados para essas re-
parc

so
O que a Frelimo quer, ou pensa fazer para devolver a calmia e a giões. A assimetrias
Ass as me regionais não são uma invenção da
Paz para as famílias moçambicanas e para os investidores, nin- Renamo.
Renanamo
mo As a assimetrias regionais são visíveis bastando
ass
guém sabe. sair
sa ir d
doo su via terrestre pode se ver quão degradadas são as
sull vi
Em contrapartida, o meio-termo que a Renamo vê para se sair da infra-estruturas
infr
in fra-
fr a-es
a- estrut
es ut que contrastam com o progressivo investi-
crise todos sabem: A Renamo quer a mudança do poder execu- mento
nto qu que é feito no sul do país, concretamente nos pés do
tivo nas províncias onde ganhou as eleições. Governo de Maputo.
Portanto, que moral a Frelimo tem quando 24 anos após o
Port
Po
ÀPGDJXHUUDFLYLOFRORFDVHDUHFHQVHDUHUHFUXWDUMRYHQV
ÀPG
ÀP GDJX
G JX
um
Excelências,
Quando a Renamo for Governo não irá correr com os enfermei enfermei-
ei maioritariamente os naturais do centro e norte, para faze-
ma
ros, médicos, professores ou outros funcionários públicos. úblicos. O rem serviço militar e serem alinhados para combates con-
SHVVRDO WpFQLFR SURÀVVLRQDO LUi FRQWLQXDU D GHVHPSHQKDU
PSHQKDU R VHX
PS tra a Renamo e cometer outras atrocidades contra as popu-
papel. ODo}HVVHPPRWLYR"$)UHOLPRXVDRVÀOKRVGDVSRSXODo}HV
OD
Não mudaremos as pessoas, pois entendemos quee os governos desfavorecidas que são treinados pelos velhos parceiros
é que devem mudar e os funcionários do Estado não podem m ser comunistas do regime para atacar a Renamo.
pertença de um Partido. Temos informações da presença no país de especialistas,
O Estado moçambicano está sim em construção, ruçãção,
çã estamos
o, eeststam
stam numa alguns norte-coreanos, que treinam militarmente jovens no
de

economia de mercado, estamos em Democracia mocracia m multipartidária.


multipa Boquisso.
Quem investe deve ter o seu justo resultadoltad
ltadoo e não result
resultados fal- A Frelimo tem estado a promover uma onda inaceitável de
VLÀFDGRV raptos e sequestros de dirigentes da Renamo nos distritos
&RP UHVXOWDGRV HOHLWRUDLV IDOVLÀFDGRV
LÀFD
LÀFDGR
FD GRV
GR V Qm
QmR
R VH HHVWi
VH HVW i D FXPSULU
VWi
VW das províncias de Manica e Sofala. Os que lançam ataques
com as regras da economia de mercado. do. no centro e norte do país recebem treinos e instrução mili-
Daí que perguntamos: O que é pior? Pretender nd governar onde tar, partindo do Sul de Moçambique, para irem cumprir as
ganhamos, ou ser o povo governadornad
rn o por
ado
ad po aqueles em quem nun- ordens de comando.
ca votou? A força que em 2013, em Sandjunjira, atacou a residência
io

do Presidente Dhlakama, emboscou-o nos dias 12 e 25 de


Excelências, Setembro de 2015, em Manica, e cercou a sua residência no
Queremos ver a boa vontade
onta
tade
ta de p
por parte do Governo de Maputo
or p
par dia 9 de Outubro de 2015, na Cidade da Beira saiu da Cida-
para com o povo e seus ans
anseios.
nsei
eios de de Maputo com essa missão macabra.
ár

Estamos dispostos
tos a sentarmo-nos com constitucionalistas para É inadmissível o cenário que se vive no país, pois as popu-
desenharmos a revisãosã da CConstituição
Con
onst
on st da República de Moçam- lações são atacadas, raptadas, mortas só por serem apoian-
bique que permita
rm que que o povo
po seja sempre governado por quem tes da Renamo e ninguém aqui se manifesta contrário. Isso
escolher. QmRVLJQLÀFDTXHSDUDD)UHOLPRRULR6DYHpIURQWHLUD"
É senso comu
comum
mum qu
mu que se o C
Conselho Constitucional não fosse cons- O que a Frelimo pretende ao colocar o país instável?
Di

tituído maioritariamente
maio tari
ma am te por personalidades escolhidas pela Fre-
riam
ri O que pretende ao armar-se, usar autocarros civis para
limo teria
ia declarado
d la do aas últimas eleições inválidas. transporte de militares mobilizados para combater seus
concidadãos? A simpatia das populações não se conquista
Excelências, promovendo ataques a civis e tentando imputar respon-
Moçambique vive uma guerra silenciosa e os jornalistas a quem sabilidades a Renamo como prontamente o Diário de Mo-
saudamos pela sua coragem reportam combates e mortes ante o çambique denunciou.
silêncio do Governo de Maputo. Atacar para imputar responsabilidade a Renamo é uma
Esses confrontos acontecem, pois a Frelimo manipulando as For- propaganda antiga e já conhecida pelo povo, pois foi lar-
ças de Defesa e Segurança ataca os seguranças da Renamo que gamente usada durante a guerra civil que durou 16 anos.
aguardam a sua reitegração e integração nas Forças Armadas e O plano da Frelimo de assassinar dirigentes e membros da
Policiais como foi plasmado nos Acordos Geral de Paz e de Ces- Renamo alegadamente para impedir a governação da Re-
namo nas seis províncias vai falhar.
Savana 19-02-2016 9
DIVULGAÇÃO

No dia 20 de Janeiro de 2016 Sua Excia Gecretário-geral da Re- terão a segurança jurídico-contractual pertinente.
namo e membro da Comissão Permanente da Assembleia da Os corredores que ligam os portos de Moçambique aos pa-
República foi baleado na cidade da Beira, após denunciar em íses vizinhos serão protegidos. Por exemplo: a linha férrea
conferência de imprensa os raptos, sequestros e assassinatos usada no escoamento do carvão de Moatize para o Porto
dos membros da Renamo. Essas acções denunciam o terroris- da Beira, os caminhos de ferro que ligam o Zimbabwe ao
mo de Estado que o regime pratica contra os seus adversários. Porto da Beira, a estrada Tete-Zóbue, Tete-Beira.
A Renamo tem gente séria, gente que ama o povo, capaz de Go- $V DFWLYLGDGHV HFRQyPLFDV VHUmR LQWHQVLÀFDGDV QHVWHV OR OR-

o
vernar Moçambique. Temos homens e mulheres prontos para cais, assim como as exportações e importações feitas pelo
servir e não servirem-se do povo. corredor da Beira e corredor do Norte Malawi - Nacala-
Os países sérios fazem questão de ter os seus militares devi- -Porto, pois o futuro Governo da Renamo amo é conhec
am conhecedor da

log
damente fardados, fazendo-se transportar em viaturas milita- esen
es envolvimento quer
importância desses corredores de desenvolvimento
res e não andam descaracterizados, com engenhos militares, para os investidores nacionais q que
uerr pa
ue
quer para
ra os invest
investidores
apinhados em autocarros de companhias privadas como por estrangeiros. A Renamo é um pa part
partido o cu
cuja ffor
orça assenta
força
exemplo as nacionais Nagi, Etrago ou nas boleias de carros da somente no povo e não qu quer
eremos
queremos os p judi
di
prejudicar os interesses
Saúde, Educação ou Agricultura onde se encontram também mãos
económicos dos nossos irmãos os v
viz
izin
inho
hos qu
vizinhos que usam os corre-
civis que são usados como escudo. e, a
dores do centro e norte, até m
mes
esmo
esmo o corredor de Maputo.
mesmo
Que Paz o regime da Frelimo pretende quando o Chefe do Go-

ció
verno da Frelimo chama ao Presidente Afonso Dhlakama de Excelências,
leão que saiu do parque para o mato e que deve ser abatido? Neste momento em q que
ue eest
stou
stou a ler este discurso vários
estou
Que paz? Será este sinal mais uma prova da escolha do modelo membros da Renamo amo
am o estã
tão
o no mato com os seus familiares
estão
angolano baseado na opção militar preterindo o diálogo tão temendo serem se sequ
qu trad ados o
ad
sequestrados ou raptados. Se o povo é pa-
propalado nos discursos? trão e dorme nos esc sc bros no mato, e os empregados nos
escombros,
As ofensivas militares criam mais hostilidades e aumentam o DÀQDOT
TXH
T XHP
XH Pp
P pRYHUGDG
SDOiFLRVDÀQDOTXHPpRYHUGDGHLURSDWUmR"
IRVVRGHGHVFRQÀDQoDHQWUHDVSDUWHV(VVDVLWXDomRHVWiDSLR- Mas queremosemos acreditar
cred
credit que a Frelimo irá parar com es-
ed

so
rar os níveis de incerteza no seio das populações e dos investi- sas acções e irá parar ar ccom essa instabilidade que provocou
dores com relação ao futuro do nosso país. iiss
sso é te
ss
porque isso terr
rror
rroris
or is
terrorismo.
A Frelimo tem experiência dos 16 anos da guerra civil. Muitos
exércitos estrangeiros vieram em seu apoio para combater a ‡5DS
‡5 DSWDURS RSRV
RS RVLW
LWRU
LW RUHV
RUHVQXP
HV
‡5DSWDURSRVLWRUHVQXPGLVWULWRHLUPDWiORVQRXWURpWHU-
5HQDPRFRPRREMHWLYRGHHOLPLQDUÀVLFDPHQWHRVVHXVFRP- rorismo;
EDWHQWHV1RÀPRUHVXOWDGRIRLFRQWUiULRjVVXDVH[SHFWDWLYDV ‡(PE
‡( PERVFD FDUUGLUL
ULJH
UL JHQW
JH QW
‡(PERVFDUGLULJHQWHVGDRSRVLomRFDoiORVXPDXPHSUH-
SRLV RV FRPDQGRV GD5HQDPRFRQWUD RV TXDLV FRPEDWLDPÀ- À tend
te nder
tenderer cconhecer a sua hierarquia para dar continuidade
um
lhos da Resistência Nacional Moçambicana, Homens altamen- ao plano
lano
la no de assassinatos é banditismo, é terrorismo;
te capazes, enraizados em todos os lugares do interior do país ‡&HU
‡& HUFD
HUFDU
FD UGH
U GHOH
GH OH
‡&HUFDUGHOHJDo}HVGRVSDUWLGRVDGYHUViULRVFRDUFWDUDOL-
revelaram-se autênticos resistentes. Homens e mulheres fortes rtes rd
berdade reunião, manifestação e expressão é terrorismo;
que nenhum regime, nem o regime da Frelimo poderá vencer, ‡&DU
‡& DUER
ERQL
ER QL
‡&DUERQL]DUPHPEURVGRVSDUWLGRVGDRSRVLomRHRVPHP-
pois fazem parte do mosaico socio-cultural que é o povo ovo mo- bros das suas famílias é terrorismo;
çambicano. ‡ 'H
'HVWUXLU PDVWURV DSUHHQGHU H LQFHQGLDU EDQGHLUDV GRV
Armando Emílio Guebuza, antigo Presidente e Negociador- adoror-- opositores do regime é terrorismo;
-Chefe, em representação da Frelimo, em Roma, conhece, de ‡
‡$PHDoDUFRPSURFHVVRVMXGLFLDLVDRV'HSXWDGRVSRUYL-
ponta a ponta, o Acordo Geral de Paz e os protocolos otocololos que ele rem ao Parlamento denunciar as atrocidades do regime e
de

encerra. Ora, depois de 24 anos de Paz a F limo ainda q


Frelimo quer seus acólitos é terrorismo puro.
apostar em soluções militares? ‡(QGLYLGDURSDtVFRPQHJyFLRVPDOSDUDGRVHGHVYLDUR
GH
G HGL
HGLUL
GL
1mRFRQKHFHPRVQHQKXPMRYHPÀOKRGHGLULJHQWHTXHHVWHMDD ULJH
ULJHQW
JH QWH
HTX
TXH
TX HHV
HVWH
WHMD
MD dinheiro ganho com suor e sacrifício, por exemplo o gru-
cumprir o serviço militar em Moçambique que e que já ten tenha sido po dos madgermanes, e por outros jovens moçambicanos
alinhado para a frente desses desnecessários os confr fron
on
confrontos que o empobrecidos neste momento pelo regime, para alimen-
regime promove em Nkondezi-Província de Tete, Muxungwe- tar agendas obscuras é terrorismo de Estado.
-Província de Sofala, Morrumbala- a- Z
Zam
ambé bé
Zambézia por aí fora.
SXOD
SX ODo}
OD o}HV
o} HVS
HV SRE
S REUH
RE UHV
UH
6yYHPRVRVÀOKRVGDVSRSXODo}HVSREUHVDVHUYLUHPGHFDUQHVDV
V DVHU
DV HUYL
YLUH
UH Excelências,
io

para canhão. Quanto às negociações ou diálogo para a Paz a Renamo


UYL
U YLDV
YL DVS
DV SDF
S DFtÀ
DF tÀFD
tÀ FDV
VSD
SDUDUDT
$)UHOLPRSUHIHUHLJQRUDUYLDVSDFtÀFDVSDUDTXHKDMDSD]SRU- TXH
XH está preparada!
KmR
Km RVm
VmRRRV
RVÀ
ÀOK
OKRV
TXHDFDUQHSDUDFDQKmRVmRRVÀOKRVGRV2XWURVRVGRV2XW Agora que já se dialogou e assinaram-se Acordos que não
DUTXHD5HQDPRHVWD5H
,QVLVWLPRVHPDÀUPDUTXHD5HQDPRHVWD5HVLVWrQFLD1DFLRQDO são implementamos, que garantias há de que no futuro o
ár

Moçambicana, quer a pa paz.z. N


Nãoão ttem
emos
em
temosos outra forma de dizer que diálogo e os compromissos serão honrados no espírito e na
não queremos a guerra. a. letra?
iden
id
Sua Excia Presidente en A Afo
fons
nso Ma
ns
Afonso Macacho Marceta Dhlakama já o Estamos dispostos para debater coisas sérias para o futuro
repetiu várias vezes. es..
es do nosso povo, do nosso país para que tenhamos um país
Eu, daqui dedeste
dest pódio,
ste pó
st pódi dio, n qualidade de Chefe da Bancada Par-
na qu com a paz e democracia e não um país assolado com o troar
Di

lamentar da da Re
Renamo mo rrepit ito- na presença do corpo diplomá-
repito-o de canhões e BTRs.
tico, de rep
epre
ep
representantes tess de instituições religiosas, académicas,
Vy
VyFL
Vy FLR
FL RSU
RSURÀ
SU RÀVV
RÀ VVLR
VVLRQD
LR QD
HFRQyPLFDVVyFLRSURÀVVLRQDLVQDFLRQDLVHHVWUDQJHLUDV Excelências,
Isto que acabamos de dizer acontece aqui em Moçambique
“não queremos a guerra”. e só com a governação da Renamo, em Niassa, em Nampu-
la, em Tete, em Sofala, em Manica..
Qualquer confrontação em Moçambique é provocada pelo Go- Mais onde, digam? (Deputados em coro respondem) na
verno da Frelimo. Zambézia.
Só assim poderemos acabar com este terrorismo de Estado.
Excelências, Muito obrigada.
Quanto a governação da Renamo queremos deixar claro para
os investidores nacionais e estrangeiros que os investimentos
10 Savana 19-02-2016
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DIVULGAÇÃO

Informamos que as
aulas do primeiro
semestre do ano lectivo
de 2016, terão início no
dia 22 de Fevereiro
Savana 19-02-2016 11
DIVULGAÇÃO

BANCADA PARLAMENTAR

o
DISCURSO DE ABERTURA DA III SESSÃO DA VIII LEGISLATURA

log
ció
so
um
de

SENHORA PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA


LEIA DA
A RE
REPÚ
REPÚBLI- SENHORES MEMBROS DO CORPO DIPLOMÁTICO,
CA,
SENHORES MEMBROS DOS ÓRGÃOS DE COMUNICA-
SENHORES MEMBROS DA COMISSÃO ÃO PER
ERMA
PERMANENTE ÇÃO SOCIAL,
DA ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA,,
CAROS CONVIDADOS,
io

NI RO DO GOVERNO
SENHOR PRIMEIRO-MINISTRO GO DE MO- MINHAS SENHORAS E MEUS SENHORES,
ÇAMBIQUE,
EXCELÊNCIAS,
RES DEPUTADO
SENHORAS E SENHORES DEPUTADOS,
ár

TROS,
SENHORES MINISTROS, A partir deste pódio queremos manifestar a nossa solidarieda-
de para com todos Moçambicanos e Moçambicanas que enfren-
ICE MI
SENHORES VICE MINI
NISTROS,
MINISTROS, tam as consequências, os impactos negativos das calamidades
QDWXUDLVTXHWrPUHWDUGDGRDRUJDQL]DomRSODQLÀFDomRHSUR-
Di

MAS AUTORIDADES
DIGNÍSSIMAS AUTO
TORI
RIDA
RI DA CIVIS, MILITARES E RE- dução familiar e agro-pecuária, pois, hoje, de forma colectiva,
AS,
LIGIOSAS, sentimos os efeitos da seca na região do sul e parte da zona
centro do país; em contrapartida, em algumas zonas das regi-
ES M
SENHORES MEM
EMBR
EMBROS DIRIGENTES DOS ÓRGÃOS DA
MEMBROS ões centro e norte do país os impactos negativos derivam da
AÇÃO DA
ADMNISTRAÇÃO D JUSTIÇA DE MOÇAMBIQUE, alta pluviosidade.
Esta situação tem sido cíclica no nosso país. Urge tomar me-
SENHOR PRESIDENTE DO CONSELHO MUNICIPAL DA didas de prevenção através de políticas adequadas de planea-
CIDADE DE MAPUTO, mento físico territorial, urbanização e conservação das águas.
As zonas propícias de impactos das calamidades naturais sobe-
SENHORA GOVERNADORA DA CIDADE DE MAPUTO, jamente conhecidas devem ser declaradas zonas de reserva do
Estado, e constituírem tampão de segurança, protecção e moni-
SENHORES REPRESENTANTES DE PARTIDOS POLITI- toria na sua exploração.
COS, Manifestamos também a nossa solidariedade com a família,
12 Savana 19-02-2016
DIVULGAÇÃO

amigos e todos associados “TCHOPELISTAS” do jovem Cristóvão 2V0RoDPELFDQRVPHUHFHPXPDQDomRSDFtÀFDHUHFRQFLOLD-


Marcos Inoque, de 32 anos de idade, que foi baleado mortalmente da, uma nação de inclusão e de partilha de recursos para o
na manhã do dia 7 de Fevereiro do ano corrente, no Bairro de Mata- bem-estar de todos sem discriminação.
cuane, na cidade da Beira, uma semana antes do dia de São Valen-
tim, por volta das 5 horas, por um agente da Policia da República Excelências,
de Moçambique. A Economia Moçambicana continua a enfrentar o problema
estrutural no seu funcionamento, agravado ainda pelos ní-

o
O malogrado jovem, como tantos outros, lutava de forma honesta veis assustadores de corrupção. A corrupção generalizada
SDUDRVGHVDÀRVGDYLGDHUD7FKRSHOLVWDUHVSHLWDGRWLQKDIDPtOLD agrava o custo de vida de milhões de concidadãos, que tra-
HH[HUFLDHVWDSURÀVVmRFRPSHUIHLomRFXPSULQGRRVKRUiULRVFRP balham honestamente e vivem na base do seu próprio suor

log
VHXVFOLHQWHVHVRQKDYDQDIHOLFLGDGHGDVXDUHFpPQDVFLGDÀOKD e salário.

Todo este sonho foi-lhe tirado num ápice por um agente do Estado, 8UJHUHYLVWDUDSROtWLFDÀVFDOHPYLJRUHUHGX]LUDOJXQVHQ-
8UJHUHYLVWDUDSROtWLFDÀVFDOHPYLJRUHUHGX]LUDOJXQVHQ
FDÀVFDOHPYLJRUHUHG
da mesma forma como aconteceu com o nosso compatriota Mido FDUJRV ÀVFDLV DRV FLGDGmRV
GDGmRV -i QHVWD FDVD SRU
S YiULDV YH]HV
Macie, na República da África de Sul, em que o Governo do Dia como Bancada Parlamentar
ment
me ntar
nt ar do MDM, ttemo-nos posicionado
assumiu a vanguarda na condenação e repúdio públicos, e um jul- na necessidade da redução
a reduçãção
çã o do IImposto Sobre o Valorizado
gamento e indemnização à família. Acrescentado, IVA,A, de 17 p para 14
14%.

ció
Estando aqui presentes, esperamos que o Senhor Primeiro – Minis- Continuamos acreditar
mos a acredi
dita
di tarr qu
ta quee a redução desta taxa poderá co-
tro e o seu Governo, mantenham a coerência e se faça justiça a este locar os produtos nacionais
tos naciononaiai no mercado interno a um preço
caso do Jovem Moçambicano, Cristóvão Inoque, baleado pela sua favorável e ac
acessível,
aces
essí
essível,
sí estimulando assim a produção interna.
l, eestim
própria Policia, no território nacional, estaremos assim a responsa- E as novas circunstâ
circunstâncias
tânc
tâ nc do preço do Petróleo no Mercado
bilizar os comportamentos individuais dos agentes do Estado. ,QWHUQDFLRQDOTXHWHPUHGX]LGRGHXPDIRUPDVLJQLÀFDWLYD
UQDFLRQDOTXHWHP
HPU UHG
U HGX]
HG X]
para não dizer drástica,
drástic pelo que é justo pensar e reformular

so
Estendemos a nossa solidariedade aos nossos concidadãos forçados a estrutura
trutura dos prpreços dos combustíveis em Moçambique.
a refugiarem-se na Republica de Malawi, por actos protagonizados O alto preço dos ccombustíveis praticados no nosso mercado
pelas nossas Forças de Defesa e Segurança. nacional não est
estimula a circulação e concorrência real dos
produtos e bens
b no mercado.
Refugiam-se em Malawi, porque a violência armada e a guerra não
declarada, se faz sentir no nosso país. 2FXVWRGHYLGDHDLQÁDomRJDORSDQWHGHTXHSDGHFHDQRVVD
2FX
2FXVW
VWR
VWRGH
RGHYLG
moeda
mo nacional remete o nosso país a uma situação econó-
A ausência de convivência democrática, a intolerância e arrogância ncia mica
mica insuportável.
um
política, a ausência de aceitar o outro a pensar diferente, a ausência
sência
de reconhecimento de diversidade política em todos os escalões
calõ
ca lões
lõ es da Não
Nã basta tomarem-se medidas de contenção ou de auste-
GLYLVmRDGPLQLVWUDWLYDGRQRVVRSDLVDIDOWDGHXPGLVFXUVRRÀFLDO
GLVF
VFXU
VF XUVR
XU VRRRÀ
R ÀFL
FLDO ridade; é preciso tomar medidas de correcção e racionaliza-
em reconhecer as liberdades políticas dos cidadãos e sua liv livrere rea-
ivre ção dos meios disponíveis para relançar a nossa economia
lização, os confortos militares entre as forças governamentais
amenen is e da SDUDRVQRYRVGHVDÀRV7HPRVDWHUUDULRVHR2FHDQRÌQGLFR
SD
Renamo, são responsáveis pela situação em que se encontraontr
on tra o pa país, à nossa inteira disposição, além dos recursos naturais que
mergulhado em incertezas e fragilização do Estado. abundam no nosso solo e subsolo.

A cultura da violência instalada em Moçambique,


mbiqique nossa terra
ue,, a no
ue Os Moçambicanos precisam de um Governo mais responsá-
de

amada, associada a intimidações e perseguições, tá llevando o


rseguições, está vel para lidar com as questões do Estado e comprometido
país ao abismo e à auto-destruição. com a gestão transparente, satisfação das necessidades bási-
cas do nosso povo, na base de inclusão, participação e abran-
Mais perigoso se torna quando os Administradores, Chefes de Pos-
inistradores, Ch gência e, acima de tudo, competência.
tos e de Localidades assumem o papel e decisão de impedir aos
Partidos Políticos que se conformam com a lei de exercerem suas Os moçambicanos aspiram a uma educação de qualidade,
actividades políticas em liberdade; intimidam
de;; in
de inti
timi
ti mida e perseguem os fun- FRP HVFRODV SUy[LPDV GDV VXDV UHVLGrQFLDV HGLÀFDGDV FRP
cionários públicos, com maior dest
destaque ue ooss professores, que mani- material duradouro, com carteiras, quadros, onde as nossas
io

festem publicamente sua a simpatia com a o oposição. Até chegam ao crianças, desde o ensino primário, aprendam a ler, escrever e
ponto de proibir o enterro,, em cemitérios pú públicos, de ente queridos fazer contas correctamente.
de membros da oposição e o acesso a ág água potável, e de viva voz di-
zem “vão buscar água no vosso partid
partido”, uma autêntica aberração Os moçambicanos anseiam que os hospitais públicos não se-
ár

e violação dos direitos humanos.


eitos hu
huma
manos.
ma jam locais de agravamento de doença, que estejam próximos
do cidadão, que os medicamentos sejam bem conservados
Esta é a realidade passa o povo moçambicano, sobretudo
dade pela qual pas e ao alcance de todos, independentemente do status social,
nos distritos do nosso país e fo
fora da cidade capital, Maputo. FRQGLomRÀQDQFHLUDDOLYLDQGRDVVLPRVRIULPHQWRGHPLOKD-
res de pessoas.
Di

Quando os Moçambicanos, as pequenas e médias empresas, e in-


formais de todos escalões pagam impostos e taxas, ninguém ques- Que se efective o processo de descentralização da educação e
WLRQDVREUHDÀOLDomRSDUWLGiULDPDVSDUDRVEHQHItFLRVDFHVVRDR
WLRQDVREUHDÀOLDomRSDUWLGiULDPDVSDUDRVEHQHItFLRVDFHVV saúde primárias para os poderes locais autárquicos.
emprego e aos sete milhões, ingresso na função pública, promoção
na função pública, acesso a água potável e o bem-estar, ter cartão Excelências,
vermelho é condição necessária e determinante. O apelo ao resgate da Paz tem sido manifestado ao nível na-
cional por todos segmentos sociais, e pela comunidade inter-
Não se pode construir uma nação sobre barreiras partidárias, por nacional.
isso, continuamos convictos que uma Lei de Apartidarização das A limitação de livre circulação de pessoas e bens que se faz
Instituições Públicas é um imperativo nacional, que foi negado nes- sentir nestes últimos tempos é uma ameaça grave à vida de
ta Casa do Povo. pessoas e um factor negativo para economia, com maior des-
taque para as pequenas e medias empresas e iniciativas indi-
Savana 19-02-2016 13
DIVULGAÇÃO

viduais de centenas de mulheres e homens que transportam a uma Revisão da Constituição da República.
e comercializam produtos do norte para sul, e do sul para o
norte. 5HDÀUPDPRVDQRVVDSRVLomRGHLPSHUDWLYRQDFLRQDOGD5HYL-
são da Constituição da República, projectando a eleição dos Go-
Os raptos, sequestros, baleamentos, carbonização de cidadãos vernadores Provinciais em 2019, em consonância com as Assem-
ligados aos Partidos da Oposição e assassinatos que são re- bleias Provinciais, a redução dos poderes do Chefe do Estado,
portados diariamente representam uma afronta aos valores a criação do Tribunal de Contas, Tribunal Constitucional, e o

o
fundamentais inerentes às liberdades individuais e princípios ajustamento da Constituição à realidade política e económica
de Estado de Direito. Ninguém tem o direito de tirar a vida do do pais.
seu semelhante.

log
Tal como na sessão passada, nesta sessão, a Bancada Parlamen-
A Vida é um Dom de Deus. tar do MDM depositará Projectos de Leis de interesse nacional,
Os Moçambicanos não merecem uma outra guerra, nem uma de descentralização e aperfeiçoamento
mento do sistema ddemocrático
reedição de uma era de violação sistemática dos direitos hu- no nosso pais.
manos e de um Estado Autoritário.
Senhora Presidente da Asse
Assembleia ia da ReRepública,
Continuamos a defender um Diálogo Inclusivo e Participativo Minhas Senhoras e Meus S Sen
enhores,
en
Senhores, s,

ció
para resgatar a Paz. A Paz não é um assunto de um ou dois pú
A Assembleia da República a é a única instituição democrática e
Partidos. A Paz é um imperativo nacional, e deve ser agenda eleita que representaa as forças
ffor
orça
çass po
ça poliliti
li ti
politicas que mereceram a con-
de todos. GDGH
GD GHG
GH GHPRF RFUi
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espo
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po ns ilid
razão, tem uma responsabilidade idad
id ad acrescida e deve assumir a
A violência instalada deve cessar para dar lugar a um diálo- deb
d eb
vanguarda para o debate do assuntos nacionais e da agenda
dos
go construtivo e engajador, renovando as esperanças dos Mo- do povo.
çambicanos e o reencontro da família Moçambicana.

so
Devemos nesta sta sessão, se
sem pré conceitos e estados emocionais
Todos Moçambicanos de boa vontade devem unir-se para di- ticos, debater ssobre a cultura de violência instalada
característicos,
zer basta a esta violência gratuita, não a esta guerra não de- so pais e encont
no nosso encontrar caminhos para o seu termo, porque o
clarada, que está adiando o sonho da nação inteira, semeando nosso povo almeja um uma sociedade segura e tranquila.
luto e desgraça nas famílias. mos debater como resgatar a Paz, uma Paz associada a
Devemos
iliaçã nacional, real e efectiva.
uma reconciliação
Excelências,
Iniciamos hoje a III Sessão da presente legislatura com uma Ta ém d
Também devemos
dev
ev abordar sobre o desenvolvimento inclusivo
um
agenda aberta de 23 pontos. e criação de um ambiente favorável para a atracção de investi-
A Bancada Parlamentar do MDM aguarda com muita expec- mentos
ment nacionais e estrangeiros, condição necessária para a ge-
ntos n
tativa o Informe Anual da Senhora Procuradora-Geral da Re- e- ração
çã de empregos.
raçã
pública que será apresentado nesta sessão, que entre muitos tos
assuntos, deverá abordar o Processo de Investigação da O Ope
Ope- neste debate aberto e franco, devemos falar sobre a inclusão
E ne
UDomR )LQDQFHLUD GD FRQVWLWXLomR ÀQDQFLDPHQWR H IXQFLRQD-
IXQFL
IXQFLRQRQDD- e partilha de recursos, e participação do empresariado nacional
mento da Empresa EMATUM. É do interesse dos Moçambica- no desenvolvimento de Moçambique.
nos conhecer os contornos e os responsáveis desta a gi
giga
gant
gigantesca Estes três pilares: combate a cultura de violência, resgatar a paz
OHYDGD
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GDGRV
G RVDJ
RV
RSHUDomRÀQDQFHLUDFRPLQGtFLRVGHXPDHOHYDGDGRVDJHPGHDJHP
DJ HPG
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G H e o desenvolvimento inclusivo constituem a preocupação base
de

FULVHÀQDQF
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FRUUXSomRTXHDLQGDFRORFDR3DLVQXPDFULVHÀQDQFHLUD HLUD
HLUD
UD dos Moçambicanos, pois, querem continuar a sonhar com um
Moçambique próspero, seguro e para todos.
Obviamente esperaremos deste informe o posicioname
posicionamento da
Procuradoria-Geral da República sobre as violações sissistemáti- Excelências,
rboniz
izaç
ação e assas-

cas das liberdades de reuniões políticas; carbonização O nosso compromisso para esta sessão é continuar a ser proacti-
sinatos de membros dos Partidos da Oposição; violação dos vos, defender a Paz, politicas de boa governação, transparência,
direitos humanos promovida pelos aage gentes d
agentes do Estado, nome- inclusão, justiça social, a interdependência das instituições do
adamente, membros da Policiaicia d
da Re blica de Moçambique;
República Estado, e princípio de prestação de contas.
io

denuncias sobre a má gestãotão dos fu


fund
nd d
fundos do
o Instituto Nacio-
bre a necessid
nal de Segurança Social e sobre idad de transferência
necessidade Como sempre, manteremos o nosso estado de espírito aberto
da Policia de Investigação Criminal do M Ministério do Interior para diálogo e concertação parlamentar com todas as bancadas
blic
bl ic
para o Ministério Público. na base de igualdade e respeito mútuo.
ár

ncada Pa
É do interesse da Bancada Parl
rlam
rl amen do MDM que se faça a
am
Parlamentar E faremos tudo ao nosso alcance para que a presente sessão seja
imento da Assemb
Revisão do Regimento Assembleia da República para que mais humana, em defesa de uma nação unida na diversidade,
os princípios da Inclusão e Part
Participação sejam devidamente inclusiva e livre de manipulação maquiavélica.
incorporados,
os, e os conceitos d
de Representação e Proporciona-
Di

OLGDGHVHMDPFODULÀFDGRV $RÀQDOL]DUPRVTXHUHPRVGHVHMDUDWRGRVGHSXWDGRVHGHSXWD-
das bom trabalho nesta III Sessão da VIII legislatura, aos nossos
A participação das Bancadas na organização e representação ÀOKRVXPERPLQtFLRGRDQRHVFRODUHjVQRVVDVLUPmVPmHVH
da Assembleia da República deve ser inclusiva e garantida no esposas boa preparação do dia 08 de Março, dia internacional
espírito e na letra do Regimento da Assembleia da República. da mulher.
Para que isso possa acontecer, estamos abertos para debater e Moçambique para Todos!
encontrar os melhores caminhos de concretizar este objectivo O nosso obrigado pela atenção prestada.
SRUTXHWHPRVDFHUWH]DTXHHVWD&DVDQmRSRGHÀFDUjPDU-
gem da dinâmica da sociedade moçambicana. Lutero Chimbirombiro Simango

Sentimos também a responsabilidade de iniciamos a constru- Chefe da Bancada Parlamentar do MDM.


ção de uma plataforma de entendimento que possa nos levar 17 de Fevereiro de 2016
14 Savana 19-02-2016
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