Sei sulla pagina 1di 27

Quarta-feira, 23 de Agosto de 2006

I SÉRIE - Número 34
,
BOLETIM DA REPUBLICA
PUBLICAÇÃO OFICIAL DA REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE

IMPRENSA NACIONAL DE MOÇAMBIQUE


A legislação actualmente em vigor prevê a exigência da outorga
de escritura pública para a validade de alguns actos e contratos,
~VISO exigência esta que acaba prejudicando a celeridade pretendida,
A matéria a publicar no «Boletim da R.apúbllca » tornando-se, deste modo, necessário proceder a alterações
deve ser remetida em cópia devidamente autenticada, à legislação vigente.
uma por cada assunto, donde conste, além das indi- Assim, ao abrigo da alinea d) do n." I do artigo 204
cações necessárias para esse efeito, o averbamento da Constituição e do artigo I da Lei n.? 5/2006, de 10 de Maio,
seguintE', assinado e autenticado: Para publicação no o Conselho de Ministros determina,
«Boletim da República »,
......•..........•.. .....•..•.. ~ ARTIGO 1

I. A constituição de sociedades comerciais e civis sob forma


SUMÁRIO Comercial, de associações e de fundações, a alteração dos
Conselho de Ministros: . respectivos pactos sociais ou estatutos e a sua liquidação
e dissolução, desde que não envolvam coisas imóveis, poderão
Oecreto-I.el n.o 312006:
ser feitas por documento particular, dactilografado. em papel
Estabelece o regime para a constituição, alteração e dissolução branco, sem rasuras, mediante a sua apresentação para registo na
de pessoas colectivas e altera os artigos 168,185, 1143, 1232 respectiva Conservatória do Registo Comercial.
e 1239 do Código Civil.
2. O documento particular mencionado no número anterior
Decreto-Lei n.' 412006: deve ser rubricado em todas as páginas e assinado por todos
os participantes no acto, com assinatura reconhecida presen-
Aprova alterações ao Código do Notariado. cialmente,

Decreto n.' 2412006: 3. Para efeitos de constituição da pessoa colectiva, o Conser-


vador verificará a identidade, capacidade e ou poderes
Altera o artigo IOdo Decreto n." 43'525, de 7 de Março de 1961 de representação para o acto, de todos os interessados.
e revoga os n." 2 e 3 do artigo 1Odo Decreto n." 43525, de 7
de Março de 1961, sobre a exigência da outorga de escritura 4. O Conservador da Conservatória onde se pretende registar
pública. ou está registada a pessoa colectiva verificará se os estatutos da
pessoa colectiva ou as alterações a registar estão de acordo com
Decreto n.' 2512006:
a legislação em vigor e se se mostram cumpridos os demais
Cria a Central de Valores Mobiliários e aprova o seu Regulamento requisitos legais previstos para a prática do respectivo acto.
de funcionamento.
5. Registado o acto, quando tal for exigido por lei, a Conser-
R••• Oluç'o n.' 2912006: vatória procederá, de imediato, à remessa da respectiva certidão
à Imprensa Nacional para efeitos de publicação no Boletim da
Ratifica o Acordo de Adesão da República de Moçambique República, a expensas dos interessados, mediante a autenticação
:i Coorporação Islâmica do Financiamento do Comércio de cópia do documento particular, donde conste a 'identificação
JntemacionaJ. dos participantes no acto.
Resolução n.· 3012006:
ARTIGO 2

Ratifica o Acordo de Crédito celebrado entre o Governo Os artigos 168, 185, 1143; 1232e 1239 do Código Civil, aprovado
da República de Moçambique e o Banco Islâmico pelo Decreto-Lei n," 47344, de 25 de Novembro de 1966 e posto em
de DeseJJvolvimento.
vigor em MOçambique pela Portaria n.' 22869, de 4 de Setembro,
passam a ter a seguinte redacção:
••••••••••••••••••••••••••••••••
UARTJGO 1.68"
CONSELHO DE MINISTROS
Forma e Publicidade
Oecr.elo-Lei n.· 312006 I. O acto de constituição da associação, os estatutos e suas
de 23 de AlIo.to alterações, em que entrem coisas imóveis devem constar
de escritura pública.
A dinâmica da vida económica impõe o' estabelecimento
de procedimentos mais céleres e menos burocráticos na 2. O acto de constituição da associação. os estanuos e suas
constítuição de pessoas colectivas e na celebràção de contratos. alterações, pára produzirem' efeitos .ern. relação a terceiros,
necessitam de ser pubiicados no jornal oficial.
306
I SÉRIE T NÚMERO 34
ARTIGO185
Na área do notariado mostra-se igualmente neeessário adoptar
Instituição e lua ,.vollaçio um instrumento legal consentâneo com~ processo de
1. , si~plifiéação de'proced~ntos e, conse~uente nte, proceder à
revisão da orgânica funcional dos respectívos se lÇOS,tornando-
~:·;:·t·
tituição por acto entre vivos em que entrem coisas
imóveis eve constar de escritura pública e torna-se irrevogável
os mais 'adequados para a eficientO'implement ção dos novos
procedimentos.
logo qu seja requerido o reconhecimento ou principie o Nestes termos, e ao abrigo do dísposrcna alin~a d)do n.? I do
respecti processo oficioso. artigo 204 da Constituição e no artigo 1 da Lei n. 04 /2006, de '1O de
Maio, o Conselho de Ministros determina:
~:"~~1 acto de instituição da fundação, quando conste de
escritura pública, bem como, em qualquer caso, aos estatutos e
ARTIGO1
(Aprovação daa alteraç6aa ao Código do !lotarlado)
suas alterações, e aplicável o disposto na parte final do número I
e no número 2 do artigo 168. São aprovadas as alterações ao Código do Notariado, em anexo
ao presente diploma e que dele fazem parte Integrante.
ARTIGO1143
Forma ARTIGO 2
O Cai'
ato de mútuo é valido se for celebrado por documento (Entrada em vigor)'
assinad ' pelo mutuário, com assinatura reconhecida O presente Decreto-Lei entra em vigor 30 ~ias após a sua
presenci mente. publicação.
ARTIGO1232 Aprovado pelo Conselho de Ministros, aos 30 de Maio
Forma 002006.
Publique-se.
semEejUlZO das regras especiais de forma quanto à alienação
da coisa oudíreito, a renda perpétua é válida se for constituida O Presidente da República, ARMANOO
EM/LlOclJUEBUZA.
por doe nto assinado pelas partes com assinatura reconhecida
presencí mente. TÍTULO!

ARTIGO1239 Organização 0"05Serviços Notariais


Fllrma CAPITULO f
Sem Ur.ejuízodas regras especiais de forma quanto á alienação Disposições gerais
.da coisã!ou di>direito, a renda vitalícia pode ser constituída por
documento escrito assinado pelas partes com assinatura ARTIGOI
reconhe<iida'presencialmente."
(Função notarial)
AkTIG03 I. A função notarial tem essencialmente par fi~ dar forma legal
As disposições, constanies da demais legislação não e conferir autenticidade aos' actos jurídicos extr iudiciaís,
expressapiente'prevista na presente lei, que prevejam ou obriguem 2. O notário pode prestar assessoria às partes na expressão da
escritura/pública para a constituição ou alteração do pacto social sua vontade negocial.
de sociedàOOscomerciais, civis e sob forma comercial, associações
em
e fundaçjles, que não entrem coisas imóveis, deve ser entendida ARTIoo2
como séndo referida a documento particular ou à acta de
deliberaflo da assembleia-geral da respectiva pessoa colectiva, (Órgãoe normala)
devidalllQnte assinada, com assinaturas reconhecidas, pelos I. Os órgãos normais da função notarial são los notários e os '
contrataátes ou paI:ticipantes. técnicos das repart~ões notariais.
ARTIGO 4 2. Os demais funcionários apenas poderão ~xercer a função
notarial na medida em que expressamente a lei o permitir.
O prqsente Decreto-Lei entra em vigor 30 dias após a sua
publicação, ARTIGO 3
Aprovado pelo Conselho de Ministros, aos 30 de Maio de (Órgãoa .apeclale)
2006.
PublilI".- ••. I.Excepcionalmente, desempenham funções riotariais:
a) Os agentes' consulares moçambicanos;
O Prekidente da República, ARMANOOEMIL10GUEBUZA.
b) Os notários privativos das instituições públicas, desde
que devidamente autorizados;
c) Os comandantes das unidades ou forç s militares, dos'
e
navios e IIeronaves das uaídades d campanha, nos
DecretO-Lei n.· 412006 termos das disposições legais aplicá eis;
da 23 da Agoato d) Em caso de ealamldadea púb icas, podem,
excepcionalmente exercer a função no . I os médicos,
A re~ilte P~mulgaçlo de. medidaa legislativas em diyersas juíze~ e sacerdotes.
áreas a~*8í" importantes sectores da vida económica e da
adminiatijçlo pública. e) Os funcionários a q~ seja atribulda, enl.r~laÇãoa certos
actos, a.competência própria dos notinos.
23 DE AGOSTO DE 2006
307
2. Os actos praticados no uso da competência de que gozam
ARTIGO 6
os órgãos especiais da função notarial devem obedecer ao
preceituado neste código, na parte que lhes for aplicável. (Aetos praticados peloa técnicos)

ARTIGO 4
As disposições deste código, que se referem á intervenção
do notário nos actos da sua competência, são aplicáveis aos
(OrganluçloJ ~ompetêncl8 territorial e funclonamen.to
demais técnicos das repartições notariais quanto aos actos que
das repartições' notariais) caibam nas suas atribuições e sejam por eles praticados.
A organização, a competência territorial e o funcionamento
das repartições notariais, bem como as atribuições do pessoal sscc/on
auxiliar que nelas presta serviço, são regulados pela legislação Impedimentos
aplicável aos serviços dos registos e do notariado.
ARTIGO?
CAPÍTULO II (Casos de Impedimento)
Competência Funcionai 1. O notário não pode realizar actos em que sejam partes
SECÇÃO! ou beneficiários, directos ou indirectos, quer ele próprio, quer o
seu cônjuge ou qualquer parente ou afim, na linha recta ou em
AtrI~uiçaodos notários segundo grau da linha. colateral.
ARTIGOS 2. O impedimento é extensivo aos actos cujas partes ou
(Competência dos notários)
beneficiários tenham como procurador ou representante legal
alguma das pessoas compreendidas no número anterior.
I. Compete, cm especial ao notário:
3. O notário pode; contudo, intervir nos actos em que seja
a) Lavrar testamentos públicos, instrumentos de aprovação, parte ou interessada uma sociedade por acções, de que ele ou as
depósito e abertura de testamentos cerrados; 'pessoas indicadas no. número I sejam sócios, e bem assim nos
b) Lavrar outros instrumentos públicos.nos livros de notas actos em que seja parte.ou interessada alguma pessoa colectiva
e fora deles; de utilidade pública a cuja administração ele pertença.
c) Exarar termos de autenticação em documentos
ARTIGO 8
particulares, ou de reconhecimento das assinaturas
neles apostas; (Extensão dos Impedimentos .aos técnicos)

á) Passar certificados de vida e identídade;e bem assim do I. O impedimento do notário é extensivo aos técnicos
desempenho de cargos públicos, de gerência ou de da repartição notarial a que pertença o notário impedido.
administração de pessoas colectivas; 2. Exceptuam-se as procurações e substabelecimentos com
e) Passar certificados de outros factos que haja devidamente simples poderes foienses e os reconhecimentos da letra e
verificado; assinatura apostas em documentos que não titulem actos de
j} Certificar, ou fazer e certificar, traduções de documentos. natureza çontratual, nos quais o técnico pode intervir, ainda que
o representado, representante ou signatário seja o próprio notário.
g) Passar certidões de instrumentos públicos e de outros
documentos arquivados, ou passar públicas-formas CAPITULO III
de documentos que, para esse fim, lhe sejam presentes
pelos interessados; . Livros, fndlces e Arquivos
h) Expedir fotocópias de instrumentos e de outros SECÇÃO I
documentos, ou conferir com os respectivos originais livros
as fotocópias. extraídas pelos interessados;
t} Transmitir por telecópia, .correío electrónico ou outros ARTIGO 9
meios informáticos sob forma certificada, o teor dos (Livros de actos notarIais)
instrumentos públicos, registos e outros documentos
I. Especialmente destinados a actos notariais, haverá em cada
que se achem arquivados no cartório, a outros serviços
cartório, os livros seguintes:
públicos perante O'S quais tenham de fazer fé e receber
os que lhe forem transmitidos, por esses serviços, nas a) Livro de notas para testamentos públicos e para escrituras
mesmas condições; de revogação de testamentos;
j) Lavrar instrumentos de actas de reuniões de órgãos b) Livro de notas para escrituras diversas;
sociais; e c) Livro de protestos de títulos de créditos;
k) Intervir nos. actos jurídicos extrajudiciais, a que os .á) Livro de registo dos actos lavrados no livro indicado na
interessados pretendam dar garantias especiais de alinea a) e dos inst:ru!lll'ntos de aprovação ou depósito
certeza ou de autenticidade. de testamentos cerrados;
2. Salvo disposição em contrário, o notário pode praticar, dentro e)'Livro de registo de escrituras diversas;
da área de jurisdição da respectiva repartição, todos os actos da
j} Livro de registo de outros instrumentos avulsos e de
sua competência, que. lhe sejam reqnisitados, ainda que respeitem
documentoo$ que os interessados pretendam arquivar;
a pessoas domiciliadas ou a bens situados fora dessa área.
g) Livro de registo de contas de emolumentos e selos.
3. A solicitação dos interessados, o notário pôde requisitar,
por qualquer via, a outros serviços públic-os 'os decumentos 2 -, Os livros referidos no número anterior podem serem
necessários á instrução dos actos da sua competência. substínãdos 'por suportes informáticos com observância das
normas aplicáveis quanto a numeração de folhas.
------------- - ---
308
ISÉRIErNUMEROJ4
3. Altm dos livros de actos notariais, em cada cartório haverá
ARTIGO 18
um' livro de emolumentos pessoais.
(LIvro do regllto de Instrumentol avullól e ••• doeu mental)
ARTIGO 10 No livro de registo de instrumentos avulsos e de documentos
(Livros dos serviços espaclels) são registados:

Os sejviços consulares e os demais órgãos especiais da função, a) Os instrumentos de abertura de testam ntos cerrados;
notarial ierão; de entre os livros a que 'se refere o artigo anterior, b) Os instrumentos de actas de, reunião d órgãos sociais,
os neces~ários á prática dos actos notariais da sua competência. de procurações lavradas nos termos o número 3 do
artigo 120 e de ratificação de actos n tariais;
ARTIGO 11 c) Os demais instrumentos avulsos lavrado em mais de um
(Modelos) exemplar e que não devam ser regist dos nos livros a
que se referem as alíneas d) e e) do a igo 10';
1. O ~otário deve adoptar os modelos de livros que mais
d) Os documentos que forem entregues n repartiçãopara
convierejn ao serviço a que se destinam se não houver modelos
aprovad\lS. ' ficarem arquivados.

2. Os Inodelos aprovados podem ser modificados por simples ARTIGO 19


despachd do Director Nacional dos Registos e do Notariado. .(Llvro de rogllto de eontas de emolumonto~ e do leio) ,

ARTIGO 12 O livro de registo de contas de emolumentos e de selo


é destinado:
(Oesdobremento de IIvr••••)
a) à escrituração dos emolumentos e do ilnposto do selo
Os livJiospodem ser desdobrados em vários livros, de harmonia devidos pelos actos notariais e pelas ldudas das folhas
com, as c~nveniências do serviço. dos livros de notas; e
b) ao registo dos actos paraos quais, por ~rça de isenção
ARTIGO 13
total de encargos ou de gratuitidad não deva ser
4eeSdobrllmento do livro de 'reglllo do contos organizada conta, anotando-se ess circunstância
de emolumentos o do solo) , numa coluna, à margem do registo.
I.O li~ro de registo de contas de emolumentos e de selo deve
ser desdobrado em dois livros: um deles é destinado ao registo ARTIGO 20

das conta] de reconhecimento; o OUlrO, ao registo das contas (Livro de registo de emolumentol pellloall)
dos demais actos.
O livro de registo de emolumentos pess!tls destina-se
2. O Iif..,ro de cada uma das duas espécies pode ainda ser ao registo dos valores cobrados e r,espeCliva dis ibuição pelos
desdobrado em vários volumes, de acordo com as conveniências funcionários, nos termos legalmente estabelecid s.
do servíçd.
ARTIGO,ZI

ARTIGO 14 (Numeritçllo o Identllleaçlo dOI IIvn>,)


(LIvro do teltementos pÚblleol) I. Todos os livros 'têm um número de ordem, sendo a'numeração
No livr\> a que se refere a alinea a) do, número I do artigo 9' privativa de cada espécie de livros.
são lavrad+s os testamentos públicos e as escrituras de revogação 2. Quando se trate de livros desdobrados,~a cada livro
de testamelntos, bem como os averbamentos respectivos. corresponderá uma letra por ordem alfabétic , devendo a
numeração ser privativa dos livros identific.ados om a mesma
IS
ARTIGO
letra.
(Uvro de •• erltures dlversaa) ARTl0022
No Iívrq de notas para escrituras diversas são lavradas todas (EneadlM'nlçlo dellvro,l)
as escriturjls públicas, com excepção das previstas no artigo
anterior, e ps averbamentos respectivos. I. Os livros de notas, para escrituras diversas~e bem assim
o livro a que se refere a alínea f) do artigo 10', pode ser formados
por fascículos ou folhas soltas ou com rec so a meios
ARTIGO 16 informátioos.
(Llvn> de protestos)
2. Quando os livros sejam formados por rasclcqlos ou folhas
O livro h~protestos é destinado ao registo da apresentação soltas, devem ser encadernados, depois de útilizadq,., em volume
de tltulos atrotesto e dos respectivos instrumentos de protesto, com o máximo de cento e cinquenta folhas.
bem como menção do seu levantomento nos termos previstos 3. Para os casos de recurso, a meios infOrmátiCOS quando
no artigo 13 '.
necessário converter em suporte físico, deve ser ad ptada na sua
organização em volumes, igualmente, Com o má" mo de cento
ARTIGO 17 e cinquenta folhas.
(U~1'9 doi registo do t•• tomentos e •• erltural)
ARTIGO 23
Em cada~\ID1 dos livros a que se referem as alíneas d) e e) (Legallzaçlo de IIvn>l)
do nlilnliro :do artigo 9° far-se-á a anotação dos actos à cujo
registo se tinam. I. Nenhum livro pode entrar ao serviço sem ser !previamente
legalizado.
- - - - ---- -------------
23DEAGOSTODE2006
309
2. A legalização consiste no preenchimento do termo de abertura
e encerramento, que serão lançados na primeira e na última folha, S. A organização dos índices é extensiva aos documentos
na rubrica das folhas restantes e na numeração de 'todas elas. arquivados a pedido dos interessados, aos demais documentos
registados no livro a.que se refere a alínea d) do artigo 18 e às
3. Nos livros formados por folhas soltas ou constituídos por procurações apresentadas para integrar ou instruir algum acto,
suportes informáticos, o termo de encerramento pode ser exarado quando os respectivos poderes não sejam limitados à prática
quando o livro se concluir, sendo a numeração e a rubrica feitas à do mesmo.
medida que as folhas se forem tomando necessárias ao serviço,
devendo a numeração ser precedida da indicação, em todas as 6. As fichas e os verbetes referidos nos números anteriores
podem ser substituídos por registos informáticos, com excepção
folhas, da letra e do número de ordem do livro a que respeitem.
dos respeitantes ao índice privativo a.que se refere o número 2.
4. Quando os actos notariais forem elaborados com recurso a
suportes informáticos, a legalização será feita a medida que forem ARTIGO 29
sendo extraídas as respectivas certidões. (Catalogação e elementoa daa Ilchas)

ARTIGO 24 As fichas ou verbetes devem catalogar-se por ordem alfabética


(Termo de abertura e encerramento) e conter, pelo menos, o nome dos titulares, a espécie dos actos em
que eles outorgaram e a indicação do número do livro e das folhas
No termo de abertura far-se-á menção da letra, do número de em que esses actos foram exarados ou do maço em que se
ordem e do destino do livro, bem como do cartório a que ele encontrem os respectivos documentos, quando arquivados.
pertence; no termo de encerramento mencionar-se-á o número de
folhas do livro e a rubrica usada. ARTIGO 30
(Ram •• aa de IIchas e cópia de registos à Conservatória dos
ARTIGO 25
Reglatos Centrais)
(Numoraçio e rubrica)
As repartições notariais enviarão à Conservatória dos Registos
I. A numeração das folhas pode ser feita por qualquer processo Centrais, nos dois primeiros dias úteis de cada semana, urna ficha
mecânico e a rubrica por meio de chancela. de cada testador ou outorgante, relativa aos testamentos públicos,
2. Exceptuam-se os livros de nótas formados por folhas soltas, aos instrumentos de aprovação, depósito ou abertura de
nos quais não é permitido o uso da chancela, e cuja numeração, testamentos cerrados, às escrituras de revogação de testamentos
bem como as indicações previstas no número 3 do artigo 330, e de renúncia de herança ou legado, que hajam sido lavrados na
devem ser manuscritas e lançadas até a assinatura dos actos. semana anterior.

ARTIGO 26 ARTIG03t

(Competência para a legallzaçAo) (indlce organizado pela Conseivatórla dos Registos Centrais)

A legalização dos livros compete ao notário. Compete à Conservatória dos Registos Centrais organizar, por
ordem alfabética dos nomes dos testadores e outorgantes, num
ARTIGO 27 indice geral dos testamentos e das escrituras a que se refere o
(Lagallzação doa livros de serviços eapeclals) número Ido artigo anterior. '

Nos serviços a que se refere o artigo 3°, os livros para actos SECÇÃOIJI
notariais são legalizados pelas entidades a quem compete legalizar
os restantes livros neles existentes. Arquivos

ARTIGO 32
ÍND1CFS
(Livros e documentos)
SECÇÃOJl
I.Além dos livros e 'dos instrumentos avulsos que não devam
ARllGo28 ser entregues às partes, ficarão arquivados nas repartições
(Elaboração de fichas) notariais os documentos apresentados para integrar ou instruir
os actos lavrados nos livros ou fõra deles, salvo quando a lei
I. Ern cada cartório notarial haverá índices dos outorgantes determine o contrário ou apenas exija a sua exibição.
e dos sinaís, pelo sistema de fichas ou de verbetes onomásticos,
que serão preenchidos diariamente. 2. Nos docmnentos apenas exibidos, com excepção dos que se
destinem à verificação da identidade do outorgante e das
2. povo ser organizado um índice privativo de testamentos cadernetas prediais, devem ser apostas a data da exibição, a rubrica
e de todos actos que lhe respeitem. do notário e o selo branco do cartório.
3. Os verbetes de escrituras <tepartilha ou de habilitação podem
referenciar o autor da herança em substituição dos outorgantes; ARTIGO 33
os de escrituras de constituição de sociedade ou' de alteração do (Maços de documentoa)
pacto social poilemreferenciar a firma ou denOminação delas, em
substituição dos outorgantes; os de escrituras 'outorgadas I. Os documentos são arquivados, pela ordem cronológica
conjuntamente por IIW'Ído e mulher podem referenciar apenas um dos actos a que respeitam ou da sua apresentação, em maços
dos cônjuges, distintos, consoante a sua espécie. '
4. Os verbetes de escrituras de justificação só devemreferencíar 2.-Devem ser organizados maços privativos:
os justificantes, e os verbetes de actos lavrado~ com a intervenção a) Com os documentos respeitantes aos actos lavrados em
de rOJlresentantes legais ou voluntáiios apenas referenciarão os cada livro de notas;
representados. b) COmos instrumentos de depósito de testamentos cerrados
, e as procurações para a sua restituição;
310
I SÉRIE:t NÚMERO 34
c) <pomos instrumentos de abertura de testamentos cerrados,
SECÇAOIV
os testamentos correspondentes, as certidões de óbito
a que se referomo número 1 do artigo 119°eontlmero Disposições comuns

2 do artigo 140" e os recibos 'das certidões a que se


ARTIGo3?
refere o artigo 21 OQ;
(Guarda de livros e documentos. informações)
4J tom os recibos dos registos das notificações c os
documentos relativos ao serviço de protesto que I, O notário não é obrigado a mostrar os liv s, documentos
devam ficar arquivados; e indices da repartição notarial, senão nos casos revistos na lei,
e deve guardá-los enquanto eles não forem tr nsferidos para
e) Com os demais instrumentos avulsos registados,
outros arquivos; deve, porém; prestar verbalment as informações
documentos que lhes respeitem e os documentos
arquivados a pedido das partes; que lhe sejam solicitadas pelos interessado, 'referentes à
existência dos actos, registos ou documentos arq Ivados, quando
j) qom os duplicados de participação de actas notariais; e deles possa passar certidão.
g) tom os duplicados de guias, folhas, mapas e notas de 2. As informações referentes aos registos lavrados no livro
emolumentos.
de protestos de títulos de crédito, quando ~olicitadas por
3: Os, maços, com excepção dos correspondentes aos estabelecimentos de crédito ou seus agentes, podem ser femecídas
documentos referidos na alínea a) do número antecedente, são sob forma sumária, por escrito, em papel comum"
anuais.
ARTIGO 38
4. Os [documentos complementares de outros actos serão
arquivadPs segunda a ordem por que são mencionados no (Sarda dos livros e documentos)
respectiVÉ''instrnmento. Os livros e documentos só podem sair das repattições notariais
5. Qu do o número de documentos arquivados o justifique, mediante autorização do notário,
poderá o ço ser desdobrado em tantos quantos o notário julgue
conveníe tes à boa organização do serviço. ARTl0039

6. Os ~os serão organizados de forma a evitar a deterioração (Tranalerênela de livros e documantos para ouiros arquivos)
ou extravio dos documentos. I. Os livros e documentos das repartições nOlafais nãopodem
ser transferidos para outros arquivos antes de de orridos quinze
ARTlGO 34 anos, a contar da sua conclusão ou Inventariaçã "
(HumeraVlo)
2. Decorrido o prazo de quinze anos, os livrote documentos
I. ca~; maço de documentos relativo a actos lavrados nos podem ser transferidos para oArquivo Nacional e ara a biblioteca
livras de otas tem a letra e o número de ordem do livro de notas do Estado e arquivos distritais, nos termos das di osíções legais
a quê res eitar. aplicáveis.
2. Os maços anuais são identificados pela menção do ano a 3. O tempo de permanência mínima dos livrote documentos
que respeitim:l. nas repartições notariais pode ser ampliado ou re ido, em cada
3. Emicaso de desdobramento, a cada maço desdobrado caso, pela Direcção Nacional dos Registos e do otariado, mas
correspo~de um número de ordem. nunca será inferior a dez anos.

4. As ~1has 'dos maços são numeradas, sendo também aposto


TITuLou
em cada icumento, à medida, que for incorporado no maço, um
número d ordem e uma nota de referência ao número do livro e à Actos notariais
primeira lha do acto' a que respeitar.
CAPiTULO I
5. Nos ~os far-se-á menção do número de docilmentos e de
folhas qud o maço contém. DIsposlç6es Gerais

SacÇÃOI
ARTIoo35
(Corrllpondlnera expedida) Documentos e exeouçllo dos actos notariais

Os duplicados dos oflcios expedidos, depois de numerados e ARTlOo40

datados, devem ficar arquivados, por ordem cronológica, em (Espéelea de doeumentoa)


maços amiaís, '
I. Os documentos lavrados pelo notário, ~ em que ele
ARTIGO 36
intervém, podem ser autênticos ou autenticados, 4u
ter 'apenas o
reconhecimento notarial.
, (Correepond'nela recablda)
I, A ccil!1'espondêncla recebida será arquivada, por ordem
2. São autênticos os documentos exarados 1'10
notário nos
r~spectlvos livros, ou em instrumentos avulsos, e s certificados,
c~ológl4a, em maços anuais. certidões e outros documentos análogos por ele xpedidos.
2. Os cilJclos e cillcuilll'es que contenham: comunicações de 3. São autentIcados os 'docUmentos particularet. confirmados
c!04PllÇhoiI pu instruções de serviço, de execução permanente, pelas, partes perante notário.
,eiJo ~ctQ •• orl!enadds em vlllumes so}làrados de fácil
ClOIiaulta: 4. T6m reconhecimento notarial os documen/4ls particulares
cuja assintltura se mostre reconhecida por notário!
23 DE AGOSTO DE 2006
311
ARTIGO 41
ARTIGO 46
(validade de documentos eleetrónlcos)
(Regras a observar na escrita dos actos)
I.São válidos e,fazem prova plena, os documentos transmitidos I. Os actos notariais são escritos com os dizeres porextenso,
por via e lectrónica, fax ou telex entre os serviços dos registos e salvo no que respeita às palavras usadas como fórmulas de
do notariado ou arquivos recebidos de qualquer repartição ou tratamento ou cortesia nos instrumenteis de protesto, nas certidões
representação consultar moçambicana.
de teor, nas públicas- formas e traduções, a transcrição dos títulos
2. Estes documentos têm valor de certidões dos respectivos e dos originais é feita com as abrevÍllturas e algarismos que neles
originais! desde que estes se encontrem arquivados no serviço existirem.
emitente e venham datados e assinados pela entidade competente.
2. É permitido o uso de algarismos e abreviaturas,
3. O documento recebido deve ser assinado e autenticado com reconhecimentos, averbamentos, extractos, registos e contas, na
selo branco do' funcionário competente do serviço 'receptor. numeração das folhas dos livros ou dos documentos, nas cotas
4. Pela emissão destes documentos, além elos encargos próprios de referência nestes apostas e, em quaisquer actos, para a
das certidões, serão cobrados emolumentos complementares referenciação dos documentos para eles apresentados ou exigidos
a fixar por Diploma ministerial do Ministro da Justiça. e da residência dos respectivos intervenientes, e nas palavras
usadas para designar títulos académicos ou honoríficos ..
ARTIGO 42
3. Os instrumentos, certificados, certidões e outros documentos
(Onde são exarados) análogos, e bem assim os termos de autenticação, são lavrados
sem espaço em branco; se alguma lihba do acto não for inteiramente
I. São lavrados nos livros de notas os testamentos públicos e
os actos para os quais a lCi exija escritura pública ou que os ocupada pelo texto, deve o espaço em branco ser inutilizado por
meio de um traço horizontal.
interessados queiram celebrar por essa forma.
2. Os registos que a lei manda praticar pelo notário são exarados ÁRTlG047
nos livros especiais a esse fim destinados. (R.lsaalvas)
3. São exarados em instrumentos fora das notas os actos que I. As palavras emendadas, escritas sobre rasura ou
devam constar de documento autêntico, mas para os quais a lei entrelinhadas devem ser expressamente ressalvad as,
não exij a, ou as partes não pretendam, a redução a escritura
pública. 2. A eliminação de palavras escritas deve ser feita por meio de
traços que as cortem e de forma que as palavras traçadas
4. Os termos de autenticação e os reconhecimentos são permaneçam legíveis; à sua-ressalva é aplicável o disposto no
lavrados no próprio documento a que respeitam ou em folha anexa. número anterior.
ARTIGó43 3. As ressalvas são feitas antes da assinatura dos actos de
(Numeração) cujo texto constem e, tratando-se de actos lavrados em livros de
notas, ou de instrumentos de procuração, devem ser manuscritas
I. Os averbamentos lavrados nos instrumentos avulsos e nos pelo funcionário que os assina.
livros previstos nas alíneas a) e b) do artigo 9", e os actos ou
4. As palavras emendadas, escritas sobre rasuras ou entrelinhas,
termos lavrados nos livros a que se refere a alinea g) do mesmo
que não forem ressalvadas, consideram-se não escritas, sem
artigo, são numerados segundo a ordem por que forem exarados.
prejuízo do disposto no número 2 do artigo 371" do Código Civil.
2. A numeração dos averbamentos é seguida, e é privativa do
acto correspondente. 5. As palavras traçadas, mas legíveis, que não forem ressalvadas
consideram-se não eliminadas.
3. A enumeração dos restantes actos é anual, podendo, no
entanto, ser adoptada a numeração mensal ou diária para os .ARTlGo48
reconhedmentos e registos. (Redacção)

ARTIGO 44
I. Os actos notariais são escritos em lingua oficial. devendo
ser redigidos com a necessária correcção, em termos claros e
(CompoSição) precisos.
I. Os testamentos, as escrituras de revogação de testamentos
2. A terminologia dos actos será aquela que, em linguagem
e os instrumentos de aprovação de testamentos cerrados devem
jurídica, melhor traduza a vontade das partes, expressa nas suas
ser manuscritos a preto e com grafia de fácil leitura.
instruções, devendo, porém, evitar-se a inserção nos documentos
2. Para a composição dos restantes actos notariais é permitido de tudo o que seja supérfluo.
o uso de qualquer processo gráfico ou informático, devendo,
porém, os' respectivos caracteres ser bem nitidos. ARTIGO 49
(Minutas)
ARTIGO 45
I. As partes podem apresentar ao notário minuta do acto.
(Materiais utilizáveis)
2. O notário deve reproduzir a minuta, salvo naquilo em que ela
I. Os materiais utilizados na composição dos actos notariais infringrr leis de interesse e ordem pública; desde que se mostre
devem ser de boa qualidade e capazes de dar à escrita as redigida em conformidade com o disposto no artigo anterior.
necessárias garantias de inalterabilidade e duração.
3. Se a redacção da minuta for imperfeita, o notário advertirá o~
2. A Direcção Nacional dos Registos e do Notariado pode interessados da imperfeição verificada e adoptará a redacção que,
ordenar a utilização de impressos, dos modelos que vier a aprovar, emjuizo, mais fielmente exprima a vontade dos outorgantes.
para a expedição de actos avulsos, bem como-ordenar ou proibir
4. A minuta apresentada, depois de rubricada pelo notário, será
o uso, para a escrita dos actos, de determinados materiais ou
processos,' gráficos ou infonnáticos. restituíQ.il,ae.apreseJÍtante, salvo se este solicitar que fique
arquivada.
312
/ SÉRIE T NÚMERO 34
5. A npmuta, quando arquivada, deve ser rubricada, em todas
jJ O nome completo, estado e residência habttual das pessoas
as suas fblhae, pelos outorgantes que saibam e possam fazê-lo.
que devam intervir como abonado es, intérpretes,
ARTIOOSO peritos-médicos, testemunhas e leito s;
(Docum.nto. p•••• do. no •• tr.n9.lro) g) A referência ao juramento ou compromito de honra dos
I. Os documentos passados no estrangeiro, em conformídade intérpretes, peritos, ou leitores, quand os houver, com
com a l~i local, são admitidos para instruir actos notariais, a indicação dos motivos que deter inararn a sua
indepe"'lentemente de prévia legalização. intervenção:
2. Se, porém, houver fundadas dúvidas acêrca da autenticidade h) As declarações correspondentes ao cumprimento das
do docwpento apresentado, pode ser exigida a sua legalização, demais 'formalidades exigidas pela verificação dos
nos termos da lei processual. casos previstos nos artigos 70· e 71;
3. O documento escrito em Iíngua estrangeira deve ser i) A menção de haver sido feita aos outorgates, em voz alta
acompanpado da tradução correspondente, a qual pode ser feita e na presença simultânea de todos os tervenientes, a
por n0táI1o moçambicano, pelo consulado moçambicano no país leitura do instrumento lavrado e a ex licação do seu
onde o (jocumento foi passado, pelo consulado desse pais em conteúdo;
MoçambIque, ou ainda por tradutor idóneo que, sob juramento j) A indicação dos outorgantes que nã assinem e a
ou COIflpfomisso de honra, afirme, perante o notário, ser fiel a declaração, que cada um deles faça, d que nãQ assina
tradução] por não saber ou por não poder fazê-I ;
ARTlGoSI k) As assinaturas, em seguida ao contexto, os outorgantes
(Utlllzaçlo d. docum.ntos arquivados) que possam e saibam assinar, bem c o de todos os
outros intervenientes, ti a assinatura o funcionário,
Os dopumentos ou actos arquivados na repartição notarial que será a última do instrumento.
podem s~r utilizados para integrar ou instruir os actos que nela
venham ~ ser lavrados, enquanto não houver expirado oprazo da 2. Se no acto intervier um substituto legal, no i pedimento ou
falia do notário, indicar-se-á o motivo da substi ição.
sua validade e não se tiverem modificado as condições em que
foram exérados, salvo o disposto no artigo 65 (Representação de 3. Se algum dos outorgantes for menor emancip do, mencionar-
Pessoas q:;olectivas). se-à, como elemento da sua identificação, esta cir unstância, bem
como o carácter pleno' ou restrito da emancipaçã ; nas escrituras
SacÇÂOII de convenção antenupcial será mencionada, em peeial, a'idade
Requisitos dos In,trum.ntoa notarfala
dos outorgantes.
SUBSECÇÃO I 4. Se algum dos outorgantes não for moçami'cano, far-se-á
constar da sua identificação a nacionalidade, sal se ele intervir
Requisitos gerals
na qualidade de representante legal ou volun rio, ou na de
ARTlGoS2 declarante em escritura de habilitação ou justific ção notarial.
(Formalldad•• comuns) 5. O outorgante que não saíba-ou não possa as inar, deve apor
1.0 iruitrumento notarial deve conter: a sua impressão digital.
.:l)Ajdesiljl1ação do dia, mês, ano e lugar em que for lavrado 6. O disposto na alínea e) do número I não é a icável aos pais
ou assinado; que outorguem na qúalídade de representantes de ilhes menores.
b) q nome completo do funcionário que o lavrou, a menção 7, às instrumentos de actas de reuniões de ór
lavrados pelo notário, com base na declaração d
os sociais são
quem dirigir a
pa respectiva qualidade e a designação da repartição a
que pertence: assembleia, devendo ser assinados pejos sócios esentes e pelo
Notário, quando relativos a sociedades em no e colectivo ou
c) <) nome completo, estado, naturalidade e residência
sociedades por quotas, e pelos membros da mesa e pelo Notário
habitual dos outorgantes, bem como das pessoas quanto às demais.
singulares por estes representadas, as denomin~ões
das pessoas colectivas e as denominaçõe~ oii firmas 8. O Notário podt inserir, nas actas a que se r,fere o número
das sociedades que os outorgantes representem, com an~erior, qualquer declaração dos intervenientes que lhe Seja
a indicação das suas sedes: requerida para delas' constar.
ti) A~eferência à forma como foi verificada a identidade dos ARTIooS3
outorgantes, das testemunhas instrumentárias e dos
abonadores: (M.nçll •• especlala)
e) AjlDCnçã,? das procurações e dos documentos relativos 1. O instrumento destinado a titular actos suj~itos a registo
ao instrumento, que justifiquem a qualidade de deve conter em especial: '
procuradores e de representantes, com expressa alusão a) Se algum outorgante for casado, a me~ção do nome
à verificação dos poderes necessários para o acto; a completo do outro cônjuge e do res~ectivo regime
menção de todos os documentos que fiquem matrimonial de bens;
arquivados, mediante a referência a esta circunstâncias;. b) Se respeitar a actos sujeil\>s a registo prediaj! ou comercial,
~coÍ1lpanhada da indicação da natureza do documento,
á advertência de que o registo deve ser requerido no
ci, ainda, tratando-se de conhecimento de sisa, dos prazo de Irês meses
J1espectivo$ número, data e repartição emitente;' a
JÍtençãC? dos documentos apenas .exibidos pela c) A sdvertência ao representante legal q~ Intervém no
indicação da natureza, repartição e'\lÍtente e dáta da acto, . se algum dos beneficiários ~ r incapaz ou
expedição; equiparado, de que deve requerer o res eétivo registo
no prazo de três meses
23DEAGOSTODE2006
313
ti) A advertência ao doador da obrigatoriedade de requerer
ARTIGO 56
o registo a favor do donatário, no prazo de três meses,
na escritura de doação que produza efeitos (Leltura e explleaçio do. acto.)
independentemente da aceitação.
l.A leitura previstana alínea i) do número I do artigo 52 pode
2. O disposto na alínea a) do número anterior não aplicável
é ser feita por funcionário auxiliar. na presença do notário.
aos declarantes nas escrituras de habilítação ou de justificação,
2. A explicação do conteúdo dos instrumentos e das suas
nem de um modo geral, ao outorgante que intervenha na qualidade
consequências legais é feita pejo norário em forma resumida. mas
de representante legal ou voluntário.
de modo que os outorgantes fiquem a conhecer, com precisão,
3. Os instrumenlos de procuração com poderes para à outorga o significado e os efeitos do acto; a explicação far-se-á entre a
de actos sujeitos a registo devem conter as menções exigidas na leitura e a assinatura do instrumento.
alínea a) do número I, e a escritura de habilitação deve conter as
mesmas menções, relativamente ao autor da herança e aos ARIIGo57
habilitandos. (tmpre •• ão .dlgltal)
4. No instrumento de constituição de sociedade comercial, de I. Os outorgantes que não saibam ou nào possam assinar,
mudança de firma ou denominação e de mudança de sede de devem apor à margem do instrumento, segundo a ordem por que
sociedade com firma para local diferente deve ser mencionada a nele foram mencionados, a impressão digital do indicador da mão
apresentação do documento, passado com antecedência não direita. ~
superior a três meses. Comprovativo de que a firma ou denominação
adoptada não é susceptível de confusão com outra já registada. 2. Os oUlorgantesque não puderem apor a impressão do
indicador da mão direita, por motivo de doença ou de defeito
5.. O testamento público, o instrumento de aprovação de fisico, aporão a do dedo que o notário determinar; junto à
testamento cerrado e a.-escrirura de revogação de testamento impressão digital far-se-á menção do dedo a que corresponde.
devem conter, como menção especial, os nomes completos dos
pais do testador. . 3. Quando algum outorgante não puder apor nenhuma
impressão digital, referír-se-á no instrumento à existência e à causa
ARTIGO 54
da impossibilidade.
(Verlll.açio da Identidade)
ARTIGO 58
I. A verificação de identidade dos outorgantes pode ser feita (Continuação dos aetes noutro livro)
por alguma das seguintes formas:
a) Pelo conhecimento pessoal do notário; Os instrumentos que não puderem ser concluidos no livro em
que foram iniciados continuarão no livro imediato, segundo a
b) Pela exibição do bilhete de identidade, cartão de trabalho, ordem numérica, fazendo-se menção do facto no fim do texto e
ou quanto aos estrangeiros e aos nacionais com antes das assinaturas.
residência habitual no estrangeiro, do respectivo
passaporte; ARTIGO 59
(Rubrica da. folha. nio a•• lnadas)
c) Pela declaração de dois abonadores que o notário
eonsidere dignos de crédito. As folhas dos instrumentos lavrados fora dos livros, com
excepção das que contiverem as assinaturas, serão rubricadas
2. Não deve ser aceite, para verificação da identidade,'
documento cujos dados não coincidam com os elementos de pelos outorgantes que saibam e possam assinar, pelos demais
intervenientes e pelo notário.
idenlificação fornecidos pelo interessado ou cujo prazo de
validade tenha expirado.
ARTIGO 60
3. Deve ser também recusado o documento que não contenha (Continuidade do. acto.)
todos os elementos de identificação necessários, à excepção da
residência, quando se lrate de passaporte. 1. A leitura, explicação, outorga e assinatura dos inslrumentos
devem realizar-se em acto continuado.
4. Nos actos' notariais devem ser mencionados o número e data
2. Se a leitura, explicação e outorga se não concluírem no dia
dos documentos exibidos para a identificação de cada outorgante,
bem como a repartição que os emitiu. em que tiverem início, consignar-se-à no instrumento, antes das
assinaturas, o -día e a hora da sua conclusão.
5. As testemunhas instrumentárias podem servir de abonadores.
SUBSECçAolI
ARTIGO 55
Requisitos especiais
(Representeçio de. pesaoa. colectiva.)
I.A prova documental da qualidade de representante de pessoa ARTlGo61
colectiva sujeita a registo e da suficiência dos seus poderes faz- (MençO•• relaUva. 10 regl.lo predial)
se por ce-rtidão do registo comercial, válida .por um ano, sem
l. Nenhum instrumento relativo a prédíos pode ser lavrado
prejuízo do notário poder solicitar ainda outros documentos por'
sem queno texto se mencionem os números das descrições deles
onde complete a verificação dos poderes invocados.
na conservatória a que pertençam ou hajam pertencido.
2. As certidões arquivadas, cujo prazo tiver expirado, podem
2. Nos actos pelos quais se partilham ou transmitam direitos
ser aceites desde que os representantes e seus poderes de
ou se contraiam encargos deve mencionar-se também o número
represemação se mantenham inalterados, ficando consignada no
da inscrição·desses direitos em nome do autor da herança ou de
instrumento ou arquivada no cartório. em documento autêntico
quem os alínea, ou da inscrição da propriedade do prédio em
ou autenticado, uma declaraçã<rproferida nesse sentido por todos nome de quem o onera.,
os membros da gerência ou da administração, sob sua inteira
responsabilidade, a qual pode ser renovada anualmente, 3. Q disposto no número 1 não é aplicável aos instrumentos de
justificação notarial, quando respeitern a prédios não descritos.
~3~14~~~ ..:./::.:SÉ::.:.:'R:.:..:IE=-'
-J'fÚMER034

4, O di~osto no número. 2 não é aplicável aos actos de partilha, AIlTIGo66


transmissã de direitos. ou de constituição de encargos em que
(Modlflcaqlo de propriedade horlzont~l)
os titulare dos bens partilhados, transmitidos ou onerados hajam
outorgado o mesmo dia e no mesmo cartório cm que foi lavrado 1. Os instrumentos de modlficação do título rnstitutiVO da
o instrum 'to de partilha ou dc aquisição. propriedade horizontal que. importem alteração da omposição ou
do destino das respectivas fracções só podem ser avrados se for
5, A pqova dos números das descrições c inscrições na
junto documento comprovativo de que a alteração stá de acordo
conservatéría é feita pela exibição da respectiva çaderneta predial com os correspondentes requisitos legais.
actualizada, ou de ce.tidãc ou certificado do registo, passado
com antecedêncla não superior a três meses, 2. No de a modificação exigir obras de adaptaçãq, a exibição do
projecto devidamente aprovado dispensa o documento a que se
refere o número anterior.
ARTIGO 62
(Idenllflcaqlo matricial) AIHlGo67
I: Nos linstrumentos em que se descrevem prédios rústicos, (Prédios sob regime de proprleds'de horl ontsl)
urbanos qu
mistos deve indicar-se o número da respectiva
I. Nenhum instrumento pelo qual se transruit m direitos ou
inscrição lha, matriz 'OU, no caso de nela estarem omissos,
contraíam encargos sobre fracções autónomas e prédios em
1
eonsignar ea declaração de haver sido apresentada na repartição
regime de propriedade horizontal pode ser lavra lo sem que 'se
de finanç$ a participação para a inscrição, quando devida nos
exiba documento comprovativo da insesição no re isto predial do
termos do tódigo da Contribuição Predial. respectivo título constitutivo.
2, Os prédios não podem ser .identificados em termos 2. O disposto no número anterior não se aPlica~ ernpre que os
contraditórios com os elementos constantes da matriz, salvo se actos de transmissão de direitos ou-de constituiç o de encargos
for exibid~ documento que mostre ter sido requerida a alteração sejam lavrados no mesmo dia e,com o conhecim 110 pessoal do
matricial donveniente, . notário de que foi lavrada a escritura de c nstituição da
propriedade horizontal, circunstância que deve SOl' xpressarnente
ARTIGO 63 mencionada.
(Prova dOI artigoa malrlcJall)
AIHlGo68
1.AP~' a dos artigos matriciais é feita pela exibição da caderneta
(Valor doa bens)
predial ac talízada ou da certidão de teor da inscrição matricial.
passada c m antecedência não superior a um ano, ou de outro I. Nos actos sujeitos a registo' predial deve in~'car_se o valor
document emanado da repartição das finanças. de cada prédio, da parte indivisa ou do direit a que o acto
respeitar; deve também mencionar-se o valor gl bal dos bens,
2. A palticipação para a inscrição na matriz, quando se trate
descritos ou relacionados, sempre que de e dependa a
de prédio' omisso que, nos termos da lei ·fiscal, nela deva ser
determinação do valor do acto.
inscrito, ~ova.se pela exibição de. duplicado que tenha aposto
o recibo d repartição de finanças competente ou pela exibição de 2. O valor, quando não seja determinado com b se em simples
outro doe menta emanado desta, que esteja autenticado com declaração das partes ou em publicação ofi ia I, deve ser
o respecti o selo branco. comprovado pelaapresenração dos documentos I ecessáríos, ou
mediante a exibição da caderneta predial passada ou visada pela
ARTloo64
repartição de finanças com .antecedência não sup rior a um ano,
mencionando-se no instrumento, neste caso, rendimento
(Regime elpeelal para 01 teltamentol) colectável indicado na caderneta.
O dispqstc nos artigos 71 ° a 73° não é aplicável aos testamentos,
ARTIGO 69
Aa'rlGo65 (Identlllcaqlo dos bena por documento com~l.mentar)
(Conatltulqlo de propriedade horizontal)
1. Os bens que constituam objecto do act titulado pelo
1. Os i+strumentos de constituição da propriedade horizontal instrumento notarial podem ser.descritos em docun ento separado,
só pOdes ser lavrados se for junto documento, passado pelo com observância do disposto nos números I e 4 o artigo 560.
Conselh Municipal ou, não existindo este, por entidade 2. Sempre que a extensão do' clausulado o justifique, os
equipara a, comprovativo de que as fracções autónomas estatutos das associações, fundações e sociedad s, as cláusulas
satisfazem os requisitos legais. contratuais dos actos em que sejam interessados instituições de
2. T~r. do-se de prédio construido para transmissão em crédito e todos outros actos notariais, como altera ões aos pactos
fracções lÍItónomas, o documento a que se refere o número sociais, hipotecas, contratos e contratos preme sa, podem ser
anteriorp '~e ser substituído pela exibição do respectivo projecto lavrados em documento separado, observando se igualmente
o disposto nos números 1 e 4 do artigo 46.
de cons Qão e, sendo caso disso, dos posteriores projectos de
alterarão evídamente aprovados. 3. Os documentos a que se referem os núm~os anteriores
devem ser lidos juntamente com o Instrumento e rubricado e
3. O jqcumento autêntico que se destine a completar assinado pelos outorgantes que possam e saiba fazê-lo, por
o titulo nstitutivo da propriedade 'horizontal, quanto todos os outros intervenientes.e pelo notário ..
ii especifi ~ão das partes do ediflcio"correspondentes ás fracções
autónoma ~~u ao seu valor relativo, expresso em percentagem, 4. A leitura do documento a que se referem os n~ros anteriores
é dispensada se os. outorgantes declararem que os leram ou
á
não pode dr lavrado sem a observância dodísposto nos números
anteriores; que conhecem perfeitamente o seu conteúd , o que será
consignado no texto do- instrumento.
- - - --- ------------
23 DE AGOSTO DE 2006
315
5. Os outorgantes que lião saibam ou não possam assinar,
devem apor 'em todas as folhas do documento a sua impressão 3. As lestemunhas instnunentárias, quando haja lugar à sua
digital. intervenção, são em número de duas e a sua identidade deve ser
verificada por urnadas formas previstas nas alíneas aj, b) e c) do
6. O disposto nos números anteriores é igualmente aplicável número 1 do art~go?4, c_onsig-nando-se no instrumento o processo
aos cadernos de encargos ou á descrição,da obra a que respeitem de identificaçió utilizado.
os instrumentos, excepto quanto 39 disposto nos números 1 e 4
do artigo 46. 4. Podem ainda intervir nos actos peritos médicos para
abonarem a sanidade mental dos outorgantes, a pedido destes ou
do notário.
SUBSECÇÃO III

Intervenientes .acidentais ARTIGO 73

ARTIGO 70 (Casos de tncapacldade e de inabilidade)


(Actos com Intervenção de outorgentes que não I. Não podem ser abonadores, intérpretes, peritos, tradutores,
compreen~am 8 língua oficIai) leitores ou testemunhas: '
I. Quando algum outorgante não compreenda a lingua oficial, a) Os que não estiverem em seu perfeito juizo;
intervirá com ele um intérpreteda sua escolha, o qual transmitirá, b) Os que não entenderem a língua oficial;
verbahnente a tradução do instrumento ao outorgante e a
declaração de vontade deste ao notário. c) Os menores não pJenamente emancipados, os surdos,
os mudos e os cegos;
2. Se houver mais de um outorgante, e não for possível encontrar
d) Os funcionários e demais pessoal em serviço na repartição
uma língua que todos compreendam, intervirão os intérpretes que notarial;
forem necessários.
li) O cônjuge, os parentes e afins, na linha recta ou em 20
3. A intervenção de intérpretes não é necessária, se o notário
dominar a língua dos outorgantes a ponto de lhes fazer a tradução grau na linha colateral, tanto do notário que intervier
verbal do instrumento. . no instrumento como de qualquer dos outorgantes,
representantes ou representados;
ARTIGO 71 f) O marido e a mulher, conjuntamente;
(Actos com Intervençio de surdos, mudos e cegos) g) Os que por efeito do acto adquiram qualquer vantagem
patrimonial. .
I. O outorgante que, por motivo de surdez, não puder ouvir a
leitura do instrumento deve lê-lo em voz alta; se não souber ou 2. Não é permitida a intervenção de qualquer interveniente
não puder ler, tem a faculdade de designar uma pessoa que, na acidental em mais de uma qualidade, salvo o disposto no número
presença de todos os. intervenientes, proceda à segunda leitura e 5 do artígo 54°.
lhe explique o seu conteúdo.
3. Ao notário compete verificar a idoneidade dos intervenientes
2. O mudo que souber e puder ler e escrever deve declarar por acidentais.
escrito, no próprio instrumento, antes das assinaturas, que o leu
4. O notário pode recusar a 'intervenção do abonador, intérprete,
e reconhecer conforme a sua vontade; se não souber 0\1 não perito, tradutor, leitor ou testemunha que não considere digno de
puder escrever, deve manifestar a sua vontade por sinais que o crédito, ainda que ele não esteja abrangido pelas proibições do
notário e os demais intervenientes compreendam; se nem isso for número J.
possivel, intervirá no acto um intérprete, nas condições previstas
no artigo anterior. ARTIGO 74
3. O disposto no número anterior é igualmente aplicável no (Juremento legal)
caso de algum outorgante ser surdo"mudo.
J. Os intérpretes, perjtos e leitores devem prestar, perante
4 .' 0 outorgante cego pode designar pessoa que proceda à o notário, o juramento ou compromisso de honra de bem
segunda leitura do instrumento. desempenharem as suas funções.
ARTIGO 72 2. É aplicável ao juramento ou compromisso de honra, o disposto
nas leis do processo.
(Intervençio de t"temunhas In.trumentária.
e de peritos médicos)
SECÇÃO III
I. A intervenção de testemunhas instrumentárias apenas tem
lugar nos casos seguintes: Nulldad•• e revalidação dos actos notariais
a) Nos testamentos públicos, nos instrumentos de aprovação SUBSECÇÃO I
ou de abertura de testamentos cerrados e nas escrituras Nulidades
de revogação de testamentos;
b) Nos instrumentos a que se refere o número 7 do ARTIGO 75
artigo 52°; (Casos de nuUdade por vício de forma e sua sanaçlo)-
c) Nos outros instrumentos, com excepção dos protestos I. O acto notaria! é nulo, por vício de forma, apenas quando
de títulos de crédito, quaodo o notário ou alguma das falte algum dos seguintes requisitos:
partes reclame essa intervenção.
a) A menção do dia, mês e o ano ou do lugar em que foi
2. A intervenção de testemunhas nos actos a que se refere lavrado;
a alínea a) do número anterior pode ser dispensada pelo notário,
b) A declaração do cumprimento das formalidades previstas
no caso de haver urgência e de haver também dificuldade·em as nos artigos 7fY' e 7 I0;
conseguir, devendo fazer-se menção, !,xpressa desta circunstãncia
no texto. c).Aobservância do disposto na primeira parte do número 2
do artigo 47";
316
I SJ~RIE"1 NÚMERO 34
d) II assinatura de qualquer intérprete, abonador, perito ou
AltTlGO 79
testemunha;
(Trlbunll competente e plrtel 'egillmaa par. a acção)
e) .4. assinatura de qualquer dos outorgantes que saiba e
possa assinar; I. É competente para a acção de revalidatào o tribunal
fJ Ajassinatura do notário. , provincial, Ou equiparado, do local a que pcrtcriça a repartição
notarial onde o acto foi lavrado,
2. A nulidade prevista na alínea a) do número I considera-se
sanada, [e, pelo texto do instrumento ou pelos elementos 2. A acção será proposta pnr qualquer dos interessados contra
todos os demais c contra o respectivo notário.
existente~ na repartição, for possível determlnar a data ou lugar
do acto e/proeeder ao respectivo averbamento. Arrnoo 80
ARTIGO 76
(PaUç.o)
(Outrol COIOI de nulldede) A petição dirigida ao juiz e deve especificar "Ipedido, a causa
é

de pedir e a identidade das pessoas nele intercs4adas;


I. É nu~oo acro lavrado por funeionário incompe,lente, cmrazão
da matérip ou do lugar, ou por funcionário Icgalmente impedido, . ARTIGoSI
sem prej~ízo do disposto no número 2 do artigo 3'69" do Código (Cllaç'o)
Civil.
I. O juiz ordena a citação dos interessados IPal'adeduzirem,
2. Determina também a nulidade do acto a incapacidade ou oposição num prazo de oito dias.
a inabilídjlde de algum dos intervenientcs acidentais.
2. Se for deduzida oposição, seguem-se os lel'ltnS do processo
AR'I'IGo71 sumário, devendo o juiz ordenar, cmcaso contrári " as diligências
que entender convenientes e decidir sobre o mér lo do pedido.
(Llmlloçto de elelteil de olgumol nulldodel)

Nos aéros com disposições a favor de alguma das pessoas Aunco 82

menCiont'das no número I do artigo 7" ou dos respectivos (Exeeuç.o da sentenç.)


-interven entes acidentais, incluindo os que figurem nos Após o trânsito em julgado, o tribunal remete ao cartório
instrume, tos de aprovação de testamentos cerrados, a nulidade certidão de teor da sentença, que é averbada ao .leto rcvalídado..
é restrita essas disposições.
AIlTlGO83
SlJllSECÇ Ao II (Recur.o)
Revalidaçao I. Da sentença cabe recurso, com efeito s~pensivo e 110S
termos gerais das leis de processo para o Tnbun I Supremo.
Alrno078
2. Têm legitimidade para interpor recurso às nes, o notário
(CaIOI de reVllldlç.o) c o Ministério Público,
I. O acto nulo por violação das regras de competência territorial 3. O recurso é processado e julgado como q de agravo cm
ou por falta de qualquer dos requisitos previstos nas alíneas h) matéria cível.
a e) do nú"'ero I do artigo 75" pode ser judicialmente revalidado
nos casos seguintes: AIlTIOO84
(l.ençO.a)
li) Quando se prove a ausência do notário competente e a
i natureza urgente do acto; Os processos de revalidação judicial estão isentos de custas
h) Quando se mostre que foram cumpridas as formalidades c selo, quando o pedido for julgado procedente.
i devidas;
CAPiTULO II
c) Quando se mostre que as palavras eliminadas, quaisquer
que elas fossem, não podiam alterar os' elementos Actos Notariais em Especial
, essenciais ou o conteúdo substancial do acto; SECÇAo r
d) Quando os intérpretes, abonadores, peritos O'U
'testemunhas cujas assinaturas faltem se encontrem' Escritura pública em geral
devidamente identificados no acto, tenham assistido á ARTIo085
sua leitura, explicação e outorga e não se recusem a
assiná-lo, (Exlgêncl. de elerllura)
e) Quando os outorgantes cujas assinaturas estejam em Devem celebrar-se por escritura pública. além de outros
falta tenham assistido á leitura e explicação do acto, cspectetmcnre previstos na lei:
eoncordeni com ele e não se recusem a assiná-lo; a) Os actos que importem reconheCiment~ eonslituiçilo,
fJ Sei~rove que o acto não assinado pelo notário é conforme aquisição, modificação, divisão ou extinção dos
a lei, representa fielmente a vontade das partes e foi direitos de propriedade, usufruto, us e habitação,
II'residid~ pelo notário, que não se recusou a assiná-lo. enfiteuse, superflcie ou de servidã sobre coisas
imóveis,
2. A n~ldade fundada na incapacidade ou na inabilidade de
algum do 'intervenientes pode ser sanada, quando o vicio se h) Os actos que importem revogação, riclifica9ão ou
referir ap nas a' um dos abonadores nu a uma das testemunhas e alteração de negócios que, por força da lei ou por
o tribun I: o eonsidere suprido pela idoneidade do outro vontade das partes, tenham sido c lebrados por
intervenie te. escritura pública, sem prejuízo do disp sto nos artigos
221"e222"doCódigoCivil; .
- - - - --~-- -------------------
23DEAGOSTODE2006
317
c) Os actos de constituição, modificação e distrate de
hipoteca voluntária ou de consigilação de rendimentos, 3. O autor da herança e os hlibilital!dos devem ser identificados
e de fixação ou alte']ção de prestações mensais de mediante a metiçãõ ilo nome «nilpleto, estado, naturalidade e
alimentos, quando onerem coisas imóveis;. última residência ~ilUal,e se áIgum destes forme)lOr, a indicação.
dessa circunstância;
ti) Os actos de alienação ou repúdio de herança, ou de legado,
de que faça parte coisas imóveis;
ARTIoo89
e) Os actos de constituição, dissolução e simples liquidação
(Incepacldade e Inabllldede doi declarantes)
de sociedades comerciais e de sociedades civis sob a
forma comercial. bem como os actos de alteração dos Não são admitidos como declarantes, aqueles que não podem
respectivos pactos sociais em que entrem coisas ser testemunhas instrumentárias, nem os parentes sucesslveís
imóveis;
dos habilitados, nem o cônjuge de qualquer deles.
j) Os actos de constituição, modificação, dissolução ou
liquidação das sociedades civis, em que entrem coisas ARTIGO 90
imóveis;
(DocumentOI necessários)
g) Os actos de constituição, dissolução e liquidação de
associações e de fundações, bem como os actos de A escritura de habilitação deve ser instruída com os seguintes
documentos:
alteração dos respectivos estatutos em que entrem
coisas imóveis; a) Certidão de óbito, de narrativa completa, do autor da
h) A cessão de hipoteca ou do grau de prioridade do seu herança; .
registo, a extinção da garantia hipotecária e li cessão b) Certidão de teor do testamento ou da escritura de doação
ou penhor de créditos hipotecários;
por morte, quando a sucessão, no todo ou em parte, se
l) A divisão, a cessão e o penhor de quotas de sociedades funde em algum destes actos;
por quotas em que entrem coisas imóveis;
c) Documentos justificativos da sucessão legítima, quando
j) Os negócios de transmissão da propriedade de nesta se fundamente a qualidade de herdeiro de algum
estabelecimentos comerciais ou industriais; dos habilitandos.
k) O contrato de promessa de alienação ou oneração de
coisas imóveis ou móveis sujeitas li registo, e' o pacto ARTIGO 91
de preferência respeitante a bens das mesmas espécies, (Efeitos da habllllaÇIo)
quando as panes lhes queiram atribuir eficácia real;
l) O contrato de renda perpétua e o de renda vitallcia se a A habilitação notarial tem os mesmos efeitos da habilitação
coisa ou direito alienado for imóvel judipial e é titulo bastante para que se possam fazer em comum, a
m) A habilitação e justificação notariais; requerimeoto e a favor de todos os herdeiros e do cônjuge meeiro,
os seguintes actos:
n) A partilha de coisas imóveis ou de quotas de sociedades
de que façam parte coisas imóveis. a) Registos nas conservatórias do registo predial;
b) Registo nas conservatórias do registo comercial e da
ARTIGO 86
propriedade automóvel;
(Excepçou)
c)Averbamentos de titulos de crédito;
Os actos em que intervenham como outorgantes pessoas
ti) Levantamento do dinheiro ou de ouirós valores; e.
colectivas de direito público são regulados por legislação especial.
e) Averbamentos da transmissão de direitos de propriedade
SECÇÃO" literária, científica, artística ou industrial.
Elcrltural Up8clall 2. Os actos referidos nas alíneas a) a ti) do número anterior
podem ser requeridos por qualquer dos- herdeiros habilitados ou
SUBSECÇÃO I pelo cônjuge meeiro.
Habllltaçllonotarial
ARTIGO 92
ARTIGO 87
(Admllllbllldade) (PubllCllÇllode habUltaçlo)

A habilitação de herdeiros pode ser obtida por via notarial: I. A habilitação notarial deve ser publicada, a expensas dos
interessados, por meio de extracto da respectiva escritura, no
ARTrGo'88 prazo de quinze dias, a contar da sua celebração.
(Em que conlllte) 2. Do.extracto devem constara identidade do falecido e dos
I. A habilitação notarial consiste na declaração, feita em herdeiros, a data da abertura da herança e da escritura de
escritura pública por três pessoas que o notário considere dignas lrabilitação e a indicação do cartôrio em que esta foí lavrada.
de crédito, de que os habilitandos são herdeiros do falecido e não
3.A publicação é feita, mediante o preparo devido, por iniciativa
há quem lhes preãrana sucessão ou quem concorra com eles.
do DOtáriO,.num dos jomaís mais lidos do município do último
2. A declaração referida no número anterior pode ser feita, domicilio ilo autor da herança ou, se aí não houver jornal, num
em alternativa, por quem desempenhar o cargo de cabeça-de- dos jornais mais lidos na região; se o autor da herança tiver falecido
-casal, devendo, nesse caso; ser-lhe feita a advertência pre'l'ista no estrangeiro, e não tíver domicílio emMnçambique, a publicação
no artil!O 102.
faJ:,se-á.tIlQIldos jornais diários de Moçambique.
318
.(.$ÉR-I/i 1:NÚMERO 34
ARTIGO 93
ARTlOO 97
(Impugn.910 d. h.blllt.910) (RlatrlçO•• ,. Idmlaalbllldlde dil /usllliPeçao)
l. O *erdeiro preterido que pretenda impugnar a habilitação I. A justificação notarial de direitos que, n<ls termos da lei
notarial'~ lém de propor a acçâo nos termos da lei de processo . fiscal, devam constar da IJ1lItrizsó é admitida em relaçilo aos direitos
civil, de e jUstificar. ao notário a sua qualidade de herdeiro e que nela estejam inscritos -,
comuni r-lhe a pendência do processo, devendo o notário
procede à suspensiloda habilitaçilo. 2. Além do titular da inscrição matricial. têm Ir,itimidade para
outorgar come justi~canle q~e~ dele tiver~dq~iri o, por suc~ssilo
2. só~· dem ser passadas certidões da escritura de habilitação ou por acto entre VIVOS,o direito a que Q Justllic ção respeita.
sujeita a ublícação depois de decorridos trinta dias sobre a data
em que extracto for publicado, se dentro desse prazo não for ARTloo98
recebid3 comunicação da pendência da impugnaçilo, havendo (JUltlllCIÇlo Ilmult.lnla)
impug ção, as certidões só podem ser passadas depois de
A justi.ficação pode ser feita no próprio tI~IO pelo qual se
averbad a decisão definitiva da acção,
adquire o direito, competindo ao alienante faze previamente as
3. Ex~optuam-~ as certidões destinada. s aos fins referidos nas declarações previstas nos artigos anteriores, se o egócio juridico
alíneas a1do artigo 96°, as quais podem ser passadas com expressa for de alienação,
mençêo ~o fim a que se destinam, enquanto não. for recebida a
comunic~ção da pendência da acção. ARTIGO 99
(Jultlllcl910 pira r•••• m.nto do tr.to .~c"llvo
ARTloo94 em raglato oom.rc,.')
("-blll"910 de leu.lírio.) J. Ajustificaçilo notarial para fins de registo d· transmissão da
propriedade ou do usufruto de quotas ou partes o capital social
O disJj<!Slonos artigo~ anteriores é aplicável, com as necessárias
e da divisão ou uniâcação de quotas de sacie des comerciais.
adaptaç~es, à hsbilitaçilo de legatários, quando estes forem
ou de sociedades civis soo a forma comercial, em por objecto
indetern;inados ou instituldós genericamente, ou quando a
a dedução do trato sucessivo. a partir da- últiillscriçilo, por
herança for toda distribulda em legados.
meio de declarações prestadas pelos respecti os gerentes oú
administradores duociedade 9U pelos titulares dos respectivos
SUBSEcÇÃO
II direitos.
Juatlflcaçllesnolarials 2. Àjustifiçação a que se refere o número anlllrior. é aplicável,
com as necessárias adaptações, o díspcsto nonúlnero 2 do artigo
ARTIoo9S 95°. e nos números 2 e 3 do artigo 96°.
(Juatllloa9lo PI" Ilna d. primalr. Inacrl910
no ~I,to predl.I). ARTIGO 100
I. ANstificaçilo notarial, para os fins previstos no artigo 2040 (Dolumentol para Inatrulr • /u.tlflc&jqIO)
do CÓdi;0 do Registo Predial, consiste na declaração feita pelo
1. A escritura de justificaçilo para fins de regi to predial deve
interess , e confirmada por mais três declarantes; em que o
ser instruida com a certidilq comprovativa da omi silo dos prédios
primeiro se afirma, com exclusão de outrem, titular do direito que
no registo predial ou, quando se trate tie préd os jli descritos,
se arro~especificando a causa da aquisição e as circunstâncias certidão de teor da respectiva descrição e de to as af, ·inscrições
que o i pssibilitam de a comprovar pelos meios normais. e averbamentos em vigor, que lhes digam respei o. .
2. Co te ao notário decidir, em cada caso, se as circunstâncias
alegadas impossibilitam, de facto, o justificante de comprovar a
a
2. As certidões devem ~ér. passadas com tecedêncía não
superior a três meses.
causa da !aquisiçilo do direito pelos meios extrajudioiais normais.
3. A escritura de justificaçilo para fins do r1gisto comercial
e instruída com certidão de teor da matricula da sociedade e das
ARTIoo96
respectivas inscrições. em vigor; devendo, ainda ser exibidos os
(~~atlllcI9l0 p.r ••• mmento do trlte aucaallvo documentos referenciados no número I.
em "ulato predlll)
I. Aj tificação notarial, para os efeitos do artigo 21So do Código ARTIGO 10·1
do Regis <ii Predial, tem por objecto ii dedução do trato sucessivo, (Documentos pira I jUltlllcaçao dlstlnlda ali raatlmente
a partir til!J/ar da última ínscrição de transmissão, dominio ou do· trlte aucaa.lvo)
mera po '1", por meio de declarações prestadas pelo justificante Quando a justificação se destine ao ~atamento ou
Na escr tura de justificação específlcar-se-ão as sucessivas estabelecimento de novo trato sucessivo silo ai da exibidos os
transmis ~es intermédias operadas, indicando as suas causas e documentos comprovativos das ,transmissões an eriores subse- e
as circ 1/ânciasque Ú11possibililllmo justificante de as comprovar quentes ao facto justificado, se não se afirmar a lmpossíbilldade
pelos i(ls normais e' identificando os respectivos sujéitos. de os obter. .

2. N0iexlo da escritura serão consignadas as declarações feitas ARTIGO 102


pelo jus licante, quanto às transmissões intermédias a respeito
das quai 'afU'l11édesconhecêr a existência de título ou não ter (Advlrtlncl. loa outorgani.s)
possibili ade de o obter. Os outorgantes serão sempre advertidos de~e incorrem nas
penas aplicáveis ao crime de falsidade, se, do osarnente e em
3. á l'licávelAjustificaçilo.prevista nos números antecedentes,
o disposki no número 2 do artigo 95°. prejuízo de outrem, tiverem prestado ou confi do declarações
falsas, devendo a advertência constar da própri escritura"
23 DE AGOSTO DE 2006
319
ARTIGO 1()3
2. Exceptuam-se os instrumentos de abertura de testamentos
(Pqbllcação das justlflcaçOes) cerrados e dos dê. actas de reuniões de organismos sociais, que
I. A escritura de justificação será publicada, a expensas dos ficam sempre -arquiva<los:
interessados, por meio de extracto do seu conteúdo, no prazo de 3. Dos iustrumentns de depósí!1l de testamentos 'cerrados, um
quinze dias, a contar da data em que tiver sido outorgada. dos exemplare~;.considerado ri original ficará arquivado, sendo o
2. A publicação é feita, mediante Q preparo devido, por iniciativa restante entregue ao depositante.
do notário, num dos jornais mais lidos-do local da situação do
ARTIGO 108
prédio ou de sede da sociedade, conforme os casos, ou se, aí não
houver jornal, num dos jornais mais lidos na região. (Documentos complementares)
Os documentos necessários para integrar ou instruir o acto
ARTIGO 104
têm o mesmo destino do original do instrumento.
(Impugnação do direito jusllflcado)
J -. Se algum interessado impugnar emjuizo o direito ou facto SUBSEcçAon
justificado, comunicará simultaneamente ao notário, devendo este .Aprovaçao de testamentos cerrados
suspender imediatamente a justificação, desde que lhe seja
apresentado documento elucidativo do direito que se reclama. ARTIGO 109
2. É aplicável à passagem de certidões da escritura de (Formalldadel)
justificação, o disposto no número 2 do artigo 98°.
I. Apresentado pelo testador o seu testamento cerrado, para
3. Em caso de impugnação, as certidões só podem ser passadas fins de aprovação, o notário deve lavrar o respectivo. instrumento,
depois de averbada a decisão definitiva transitada em julgado da que principiará logo em seguida à assinatura aposta no testamento.
acção.
2. O instrumento de aprovação deve conter, em especial, as
4. No caso de justificação simultânea, nos termos do artigo 98 seguintes declarações, prestadas pelo testador:
não podem ser extraídas quaisquer certidões da escritura sem
observância do prazo e das condições referidas nos números a) Que o escrito apresentado contém as suas disposições
anteriores. de última vontade;
b) Que está escrito e assinado por ele, ou escrito por outrem,
SUBSECÇÃO III a seu rogo, 'e somente assinado por si, ou que está
Escrituras diversas escrito e assinado por outrem, a seu rogo, visto ele
não poder ou não saber assinar; .
ARTIGO 1()5
c) Que o testamento não contém palavras emendadas,
(Extinção da responsabilidade de amlsslo de tltulol) truncadas, escritas sobre rasuras ou cntrelinhas,
1.A extinção total ou parcial da responsabilidade proveniente borrões ou notas marginais, ou, no caso de as ter que
da emissão de acções, obrigações, cédulas ou- escritos de estão devidamente ressalvadas;
obrigàção geral das sociedades pode ser objecto de escritura d) Que todas as folhas, à excepção da assinada, estão
pública, mediante declaração feita pelos interessados e confirmada rubricadas por quem assinou o testamento.
pelo notário, perante o qual serão exibidos os titulos com as notas 3. O notário fará constar ainda do instrumento o número de
de ámortizilção ou de pagamento, bem COIIIj) a escrituração ou páginas completas e de linhas de alguma página incompleta,
outros documentos onde conste haverem sido realizados os ocupadàs pelo testamento, e bem assim, no caso de o testamento
pagamentos ou feitas as amortizações. não ter sido escrito pelo testador, que este provou, perante si,
2. O notário lavrará a escritura, mencionando nela os factos saber e poder ler,
comprovativos' da extinção da responsabilidade; à vista do 4. As folhas dó testamento serão rubricadas pelo notário; se o .
documento lavrado, pode ser cancelado, no todo, ou em parte, o testador.o solicitar, o testamento será ainda, com o instrumento
registo da emissão.
de aprovação, cosido e lacrado pelo notário, que aporá sobre o
lacre o seu sinete.
SECÇÃo III
S. Na face exterior da folha que servir de invólucro será lançada
Inltrumantol públleol 'IvulOOI uma nota. com a indicação da pessoa a quemo testamento
pertence.
SUBSECÇÃO I

DisposlçOesgerais AkTIGO 110


ARTIGO 106
(Realalval)
(Número de exemplarea e lavrar) I. A ressalva de emendas, rasuras, traços, entrelinhas, borrões
I. Os instrumentos avulsos são lavrados em um Só exemplar. ou. notas marginais, no testamento cerrado, será feita
exclusivamente por quem o tiver escrito ou pelo notário testador.
2. Exceptuam-se os instrumentos de depósito de testamentos
cerrados, que devem ser lavrados em duplicado, fazendo-se no. 2. A ressalva faz-se antes da assinatura, ou em aditamento
texto menção desta circunstância. seguido e novamente assinado.

Aanoo III
ARTIGO 107
(Deallrio dos exemplarel) (Composição do teatamento)

I. Os instrumentos lavrados silo entregues aos outorgantes O testamento cerrado deve ser manuscrito e pode,·. pedido do
ou interessados. testador, ser escrito pelo notário que vier a lavrar o instrumento
de aprovação.

- ----_._----------~
320
I SÉRie - NúMeRO 34
ARTIGO 112
b) A verificação do estado em que o icstame1to se encontra,
(Lellura do la.lam.nto) nomeadamente da existência de algul,la viciação ou
I. Só d pedido do testador o testamento cerrado pode ser lido emenda, rasura, entrelinha, borrão ai nota marginal
pelo notá~io que lavrar o instrumento .de aprovação. não ressalvadas,
2. Ale~ra pode ser feita em voz alta, na presença de algum dos c) A leitura do testamento pelo nqtárío, Cl11 voz alta e na
intervenitntes, 'além do próprio testador, se este o autorizar. presença simultânea do rcprcecntanrc ou interessado
e das testemunhas. _
suaseccxo III 2. O testamento, depois de aberto, será rubricado, em todas as
folhas, pelo apresentante ou interessado, pelas Itestemunhas e
DopOsltoda tosto mantos o sua rostltulç<'lo pelo notário, sendo arquivado em seguida.
ARTIGO 113
ARTIGO 11&
(In.lrumanlo d. dapOslto) (In.trumento. óe ab.rture)
l.=tetestador quiser depositar na repartição notarial o seu Da abertura e lavrado um instrumento, no 'lua te consignarão,
testamen cerrado, entregã-Io-á ao notário, para que seja lavrado em especial, 'o cumprimento das formalidades pr vistas no artígo
o ins nte de depósito. anterior e a data do óbito do testador ou a data da ecísão judicial
2. O ~stamento entregue para depósito será sempre cosido que mandou proceder à abertura, '
e lacradoll1elo notário, caso ainda o não esteja.
ARTIGO 119
ARTIGO 114 (Abertura Oflcló•• )
(R'.lllulçlo do I.alam.nlo) J. Quando tiver conhecímento do falecimento M alguma pessoa
I. O I~stador pode retirar, quando lhe aprouver, o testamento
cujo testamento cerrado esteja depositado no reSt.eCliVOcariório
que haj~epositado. notarial, desde que nenhum interessado se apres nte, dentro do
prazo legal, a solicitar a sua abertura, o-notárici:d ve requisitar à
2. A stitlllÇão só pode ser feita ao testador ou a procurador conservatória do regist? ci.vil certidão de óblto do testador, a qÚ1l1
com pod res especiais.
serápassada, com urgencía, sem dependência d pagamento-do
emolumento devido.
SUBsocçAolV 2. Recebida a certidão de óbito, o.notário pro~derá li abertura
Ab.rtura do toslamonto~ cerradas do testamento, lavrando o respectivo instru nto em papel
comum; em seguida, comunicará li existência do estamento, por
ARTIGO 115, carta registada, aos herdelnose aos testa enteiros nele
(R.partJplo comp.l.nl.) mencionados e aos, parentes suc.essíveís,mais pr ximos, quando
conhecidos.
I. Q lquer repartição notarial em cuja área o documento se
encontre m competência para a abertura do testamento cerrado. 3. O notário não pode fornecer nenhuma inronnicilo ou certidão
do conteúdo do testamento cerrado enquanto nilo éstíver satis1'\litá
2. Se, orém, O testamerito estiver deposirado, a abertura deve
a conta do Instrumento, na qual serão incíúkíos o selo do
ser feita a repartição notarial onde o documento se encontra
deposita o. testamento, o emolumento e selo cotrespondent~ à' certidão de
óbito requisitada e ainda as despesas de correio.
3. No caso de sucessão e entrega judicial de bens em
consequ cia de justificação da ausência'do testador, se, o testa- ,SUBsocçAo v
mento estiver depositado, a abertura será feita em qualquer
repartíçã notarial do local onde estiver pendente a respectiva ProcuraçOea, .ubstobeleclmenlas e coneentlmeillo conjugal
acção.
ARTloo120'
(Proeureçc •••• ub.l.beloclmenlo')
ARTIGO 116
I. As procurações que exijam intérvenção'no~rial podem ser
(Doeumenlo. n.e •••• rlo.)
lavradas por instrumento público; po~ doeu ento escrito e
1. O i~strumcnto de abertura do testamento cerrado deve ser assinado pelo representado, com reconhecímen o presencial e
lavrado~' diante a exiblçãoda cel,"tidãode narrativa completa, do assinatura, ou por documento autenticado.
registo d óbito" no caso de falecimento do testador, ou da certidão, 2. As procurações com poderes gerais de ad ínistração. civil
da decis 'judicial que tenha ordenado a abertura, no caso de ou de gerência comercial, para con\Tair obr,igaçõe cambiais, para
esta ser sequência de justificação de ausência do testador: flllS que envolvam conflssão, desistência ou trans ção em pleitos
2. O~19cumento -comprovativo do falecimento pode ser judiciais, ou a representação em actos que deva realizar-se por
dispensa <I, se o facto for do conhecimento pessoal do notário; -escritura pública ou outro modo autêntico, ou ara cuja prova
porém, , esmo neste caso, só depois de exibidá a certidão de seja exigido documento autêntico, devem ser con eridaapor uma
óbito do qstador podem ser extraidas certidões do testamento. das duas primeiras formas previstas no número ntecedente,
ARTIGO 117
3. Os sUPstabelecimentos revestirão a forma exigida para a
procuração.
(Formalldadee do aclo)
, I. A a~.rlufa Compreende os seguintes actos: ARTIGO 121
(Con •• nl/m.nto qOnJu;al)
a) -t-I aberturamaterial do testamento, se estiver cosido
'(4 lacrado ou encerrado em qualquer invólucro; São a;lletveis li .forma do consentimento corliuga!. as regras
estabeleoidas para as procurações,

------------------- - - --
23 DE AOO$TO DE 2006
321
Asnco 122
(Procur~ lelegr'llca.) 2. Os protestoÂ!Xcdúzem efeitos desde a data da apreséntaçãoc
3. A apresentaçãp.d~ da hora a que se refere. o número I
I. É permitida a rep~entação por meio de procurações e de
deste artigo dá ~IlI&~ f.O. agravamento eritolumentar previsto
substabelecimellíos :que, <ibedecendo ~a~al~ma~ das formas
na respectiva tabela, ~vendo o apresentanle ser advertido desse
prescritas no artigo 120", sejam tral1!mitidos porvía telegráfica ou facto.
por lelecópia, nos tennos legais.
2. As procurações ou substabelecimentos devem estar ARTIGO 126
devidamente selados, presumindo-se que o estejam os (Dllerlmento do pr~o)
transmiti<los por qualquer estação nacional.
1. Nos casos previstos na primeira alinea do artigo 24° e na
parte final da terceira alinea do artigo 44° da Lei Uniforme, se a
SUnsocçAo VI
apresentação da letra para aceite 'ou pagamento tiver sido feita no
Prelestos último dia do prazo, a apresentação a protesto pode fazer-se ainda
no diá imediato.
ARTIGO 123
(1.etr1I.~nlo admllldaa a protesto) 2. O fun do prazo para apresentação a protesto será transferido
para o dia útil imediato, sempre que coincida com dia em que
t. Não são admitidas a protesto: estejam encerrados os cartórios notariais. .
aj As letras a que falte algum dos requisitos do artigo 1°da
Lei Uniforme sobre Letras, quando a falta não possa ARTIGO 127

ser suprida nos termos do artigo 2° do mesmo diploma; (Explraçto do prazo)


b) As letras escritas em Iingua que o notário não domine, A apresentação de letras depois de expirado o prazo lelllll não
quando o apresentante não as fizer acompanhar de é fundamento de recusa do protesto.
tradução.
ARTIGO 128
2. Á tradução das letras, que será devolvida, não é aplicável o
(Ap•.••entaçlo dai letral)
disposto no número 3 <loartigo 60.
I. O apresentante deve en!;regara letra acompanhada das cartas-
ARTIGO 124
-aviso necessárias às notificações a efectuar, devidamente
(lligar do prote.to) preenchidas e seladas.
I. A letra deve 'ser protestada na repartição notarial da área do 2. As cartas-aviso a que se refereo número anterior obedecerão
domicilio nela indicado para o aceite ou pagainento; na falta de ao modelo aprovado.
indicação, a letra será protestada na repartição do domicilio da 3. A apresentação das ·Ietras~registada no. livro próprio,
pessoa que a deva aceitar ou pagar, incluindo a que·for indicada segundo a ordem da sua entrega na repartição notarial;
para aceitar em caso de necessidade.
4. Apresentada a letra, nela: serão anotados, o número e a data
2. Se for desconhecido o sacado ou o seu domicílio, a letra da apresentação e aposta a rubrica do notãrio.
deve ser protestada na repllrtição a cuja área pertença o lugar
onde se encontre o apresentante ou portador no momento em ARnGol29
que devia ser efectuado o aceite ou o pagamento. (Notlflcaç6ea)
3. Nos casos previstos nos artigos 66° e 68° da Lei Uniforme, a I. No dia da apresentação ou no primeiro dia útil imediato,
letra deve ser protestada na repartição do domicílio ~da pessoa c.notãnc notifiearã o facto a quem deva aceiíar ou pagar a letra,
que for indicada como detentora do original. ~ incluindo todos ôs responsáveis perante o portador.
ARTIGO 125 2. As I1Qtificaçõessãofei~ mediante a eXpedição, sob registo
(Prazo) do correio. dascartas-aviso que tiverem sido entregues juntamente
com a letra, sendo os talões ou recibos do registo colados no
I. A apresentação para protesto' deve ser feita até, uma hora livro de protestos, ou arquivados. .
antes do tenno do último período regulamentar de sérviço, nos
prazos seguintes: ARTIGO 130

a) Por falta de aceite de letras pagáveis em dia fixo ou a certo (Prazo e ordem dos protestOs)
termo da data, ou de letras sacadas a certo termo de I. Decorridos' cinco dias sobre a expedição da carta para
vista, até ao dia em que podem ser apresenta<las ao notificaçiQ e até ao décimo' dia a.contar da apresentação, serão'
aceite;
lavrados, pela ordem da apresentação, os instrumeiltos de
1» Por falta de data no aceite de letras pagáveis a certo protesto das letras que não renham sido retiradas pelbs
termo de vista, ou que, por estipulação especial, devam apresentantes.
ser apresentadas ao aceite no prazo detenninado, até 2. O notário deve lavrar o protesto contra todos os obrigados
ao fim do prazo para a apresentação a protesto por cambiários.
falta de aceite;
~c) Por falta de pagamento de letras nas condições da alinea ARTIGO 131

aj, num dos dois dias úteis seguintes àquele ou ao (lIl.trumento do protesto)
último daqueles em que a letra é pagável; l. O instrumento de -protesto deve conter os seguintes.
ti) Por falta de pagamento de letras pagáveis à vista, dentro elementos:
do prazo em que podem ser apresentadas a pagamento; a) Cópia, literal da letra ou da tradução, compreendendo
e) Nos casos dos artigos 6,6°e 68° da Lei Uniforme, quando aceites, endossos, avales, indicações e anotações,
o portador o quiser. exceptuados os carimbos que não respeitem ao
contexto da letra e à sua circulação;
327
I stiuE. =t NÚMERO 34
b)Alanotação das notificações a que se refere o artigo 129~
ou a PlCitção das que não foram efectuadas, por falta As ~scrituras de habilitaçãll ou de paruEa, relativas à
ti)
meama herança, qulllldll feilas em sep rado;
de cwilprlmento do disposto non." I do artigo 128;
e) As escrituras de partill)a, ou de simples abílil3ção em
c) 1>fançãoda presença.ou da falta das pessoas notificadas,
caso de sucessão fundada 'em !estame, ;
e bem assim das razões que houverem dado para não
aceitar ou não pagar; j) Os instrumentos de revogação e de renúncialde procuração;
á) Qeclaração do notário, relativamente ao fundamento do g) As publicações e comunicações previs~lI1Inos artigos
9re 103°;
protesto, e indicação das pessoas a requerimento de
quem e contra quem ele é feito; h) As decisões judiciais de declaração dei nulidade e de
e) D/lira da apresentação da letra; , revalidação de actos nctaríats e as deci ões proferidas
nas acções a que se referem os artigos 3° e 104°;
j) Ajssinatura das pessoas notificadas que tenham
comparecido, ou declaração de que não assinam por i) A restituição de testamento depositadll;
llIo saberem, não poderem ou não quererem fazê.lo. j) Em geral, os actos notariaís que envol~am aceitação,
2. As Jjlzões da falta de aceite ou de pagamento podem ser modificação, ratificaçãll ou extinção ~ conteúdo ou
indicadas declaração escrita, feita em papel selado e com a efeitos de acto anterior.
assinatura recO~cida, que os notificados remetem ao notário; a 2. O averbamento de falecimento do 'doador s~ se realiza no
decl~ã ficará arquivada. caso de a doação haver sido feita com encargos a favor da alma
3. A c ia litel'lll da letra pode ser dispensada e substituida ou de interesse público, que devam ser cumprido após a morte
do doador.
pela 'resp 'va fotocópia, a qual ierá extraida oficiosamente e
inellCiona : no instrumento.
ARTIGO 136
,4: O i lrumcnto do protesto pode ser expedido mediante
fotocópia de impresso do modelo aprovado, devidamente (Suprimento I racUIIOI9Io de omlllOea • IneI<lClld6as)
preençliid ~que englobe a própria letra. 1. As omissões e inexactidões verificadas em ctos lavrados
nos livros de nlltas, devidas a erre cllmprovado doe talmente,
ARTIOO 132
podem ser supridas ou rectificadas, a todo te , por meio de'
(LItrlI. J'&ll~.) averbamentll, desde que .da rectlficsçllo não res Item dúvidas
Se a:te : for ,retirada pelo apresentante antes de protestada, sobre o objecto a que se reporta ou sobre a i entidade dos
intervenientes.
faNe" ~,do levanlamento e da rll8pectiva data, ao lado do
registo da ~prOsentaçilo. 2. O averbamentll a que se refere o nÚli1croanterlllr só JlQCIIl il!'r
lavrado quando as omislões ouÍllexactldõel rClp~item:
ARTloo.l33
a) A menção de documentol anteriorel;
(ftwlb\l' dII' entrep• davolU9lo dII I••••••)
A indic~ção
l. Da 'e' tregàte,cobrado
ôbrillalOrt
da,s letras apresentadas a prorestu será
recibo pelo apresentante, em Impresso
.b) dos nÚli1crill das; dilscrl9õe~.einscriç~s
prediaIS e matriculas de entídadCl SU) rtas a regIsto
de iilodelj, &\provado,ppr ,Ie preenchido. . clImercial, bem como das conservar rias a que se
retiram;
,2;AioS~ ••odas :letras é feita contra a devolução do recibo
delllltregaJ q\ie se'" inutilizado. c) A menção do IlIca!, 1W e nllnwm de poliqia da situacão
dos prétli(JS;
3'."No clsil'~ extra~io do recibo entregue, a devolução da letra
tàr"'~á cohtra ioOlbo 'do apresentante, que ,ficará arquivado. á) A Illençãlldas
inScrições matriciail e valoret patrimoniais;
e) A identificaçãll e regime matrimonial de bens dos
, ARTIOO 134
intervenientes 001 actos;
(Pl'Qlúto d, oatro. lIluIoa)
j) Aos simples erros de cAloulll,ou de escrita Jjevelados)1elll
Ao prot,sto d.livrançss, 'cheques, ext;raclos de factura, ou de ' contexto do acto.
outru, ti. que a lei sujeite a Ptotesto, é aplicável o disposto
I)OS artigo,. antecedetlies, em tudo qúe não seja contrário à 3. 01 interelsados devem comprovar que foi p~a a diferença
llatureza tlcls.estltulos e à disciplina especial a que estilo sujeitos. do impllsto de SISA, se este for devido e. tr tandc-se de,
rectificação que envolvaaumenlo de valor \lo ac ; é feita nova
SllCÇÃOIV conta, para pagamento dos emlllumenlos e do selo ç rrespllndente
Avlorbom.nloa
ao acréscimll verificado.

ARTIoo13'5
4. 01 averbamentllla que se refere o número 2, tando-se de
actos cllarados em livros traIlsferldlls para o Arqui li Histórlc\l e
,(F.etDI • averbar) para as biblilltecas do Estadll pedem ser exaradoil e certidão de
\; Serliohivorbadlls no instrumlinto a que respeitem: teor da escritura arquivada; a pedido dos interess' os.
il) O tàlecimento do tesllldor e ,do doador; 5. As lImislões ou inexacti'dões verificadas em
b)Aeldbijilq4a clll'lidilo"deóbito do Iestador, no caso a que em Iivms de notas, relativa •• 1) cumprimento de.
ae retM, I segunda parte do n~o 2 do artigo' 1160; cuja verificação caiba ao nolirio;, ~,IQ conteúdQd
c)OJ_I.lOl;arÍ&ls datrallBlfliilsão de direitos de clédito e por este ler Cl!rrigidas otlciosameate 'mediante ave nto,
1I•..•• toa ,sociais, do dlSlll1uçilo ou liquidaçlo de li. Nos actos lavrádos em livros dooo!as em qte tellha sido
IIdciadadei;; omitida a mençllo de documeillos llf<lllividos po e a falta ser
n-PiMNtlhTl_iP _nt"d"itla •••• 1. w-"",,"tla ""-rvOln ',.; •.• """I' V•••••UH'N_tn
23 DE AGOSTO DE 2006 ..
323
7. A omissão do dia, mês e ano ou do lugar cm que o acto foi
4. O disposto neste artigo é aplicável, com as necessárias
lavrado ou a inexactidão da sua data podem ser oficiosamente
adaptações ao averbamenro jín falecimento do doador:
supridas ou rectificadas por averbamenro se, pelo texto do
instrumento ou pelos elementos existentes no cartório, for possível ARTIGO 141
determinar a data ou o lugar da celebração'. (RelllluIÇfQ.de te,i.mentol dlPosltadol)
8. Os averbamentos previstos neste artigo devem ser rubricados No averbamento de restituição de testamento cerrado, que se
pelo próprio notário.
encontre deposirado, deve Ser aposta a assinatura ou a impressão
digital da pessoa a quem a restiruíção foi feita.
ARflC,() 13 7
(Forma) ARTIGO 142
(Prazos)
1. O averbamento é a anotação sucinta do último acto ao
primeiro, nela se compreendendo a-menção do acto averbado c a O prazo para o cumprimento, pela repartição notarial, dos
identificação do respectivo título. deveres fixados nos artigos anteriores é de três dias.
2. O averbamento, datado e rubricado pelo notário, é aposto â

ARTIGO 143
margem do acto ou no alto das páginas por ele ocupadas.
(Arquivamento dOI documentol)
3. Esgotado o. espaço reservado aos averbamentos, o
avérbamento seguinte será lavrado na primeira página disponível A certidão de óbito 'do testador ou do doador, requisitada
de um dos livros de notas, fazendo-se as necessárias remissões. oficiosamente, e as certidões das decisões a que se refere a alinea
h) do artigo 135·, bem como os oficias recebidos de outras
Aurtco 138 repartições para a realização de averbamentos oficiosos, ficam
(Averbamentos Oficiosos) sempre arquivados.

I. O averbamento é feito oficiosamente, quando o acto a averbar SECCÃOV


identifique devidamente o anterior.
Regisias
2. Quando não seja oficiosamente efectuado, o averbamento
pode realizar-se a requerimento de qualquer interessado, depois ARTIGO 144
de se verificar que os dois actos estão nas condições previstas (Seu objecto)
nos artigos 135· e 136.
1: Estão sujeitos a registo, nos livros a esse fim destinados:
3. Para fins do disposto no número antecedente, os interessados li) Os.instrumentos lavrados nos livros indicados no
devem exibir, sempre que seja necessário, duplicado ou certidão artigo 9·;
do acto que vai ser averbado.
b) Os instrumentos de aprovação, depósito e de abertura de
ARTIGO 139 testamentos cerrados;
(Comunlcaçto dOI facros • averbar) c) A apresentação de titulas a protesto e os respectivos
instrumentos de protesto;
I.Sempre que o averbamento deva ser feito oficiosamente em
cartório diferente daquele onde foi lavrado o acto a averbar, o d) Os demais instrumentos avulsos, quando lavrados em
duplicado;
notário que lavrou este deve facultar à repartição competente os
elementos necessários para o averbamento. e) Os documentos que as partes pretendam arquivar nas
repartições notariais.
2. A remessa dos elementos destinados a averbamento, se não
puder ser feita pessoalmente; deve ser feita por oficio, expedido 2. Os registos lavrados em cada dia devem separar-se dos
sob registo, ou por telecópia sujeita a confirmação de recepção, restantes por um traço horizontal.

3. Quando os actos tiverem sido lavrados na mesma repartição, ARTIGO 145


mas em diferentes cartórios, o notário que lavrou o segundo porá (Registo de testamentos públicos .•• eacrl/uras)
à disposição do notário do cartório onde o primeiro foi lavrado,
para fins de averbamento, o livro ou maço que contiver o acto a I. O registo de testamentos públicos e de escrituras de
averbar. revogação de testamentos deve conter os seguintes elementos:
a) O número do livro e da primeira folha onde o acto foi
ARTIGO 140 lavrado;
(Falecimento de testadores e doador•• ) b) A denominação do acto e Sua data;
1. O averbamento do falecimento do testador, quer' ao c) O nome completo do testador ou outorgante.
testamento, quer à escritura de revogação deste, pode ser lavrado, 2. O registo de escrituras diversas, além dos elementos a que
a requerimento de qualquer pessoa, mediante exibição da certidão se referem as alíneas a) e b) do número anterior, deve conter os
da narrativa completa do registo de óbito, seguintes:
2. Se o notário receber de alguma repartição pública a a) O objecto do acto e o seu valor;
comunicação oficial de falecimento ainda não averbado, requererá b) A firma ou denominação da sociedade a que o acto respeite
a certidão de óbito do testador à conservatória competente, a e sua sede;
qual deve passá-Ia gratuitamente; recebida a certidão, o
averbamento é lavrado oficiosamente. c) O nome completo dos primeiros sujeitos. activos e
passivos, seguido das palavras "e outro", ou "e
3. O averbamento conterá a menção da data do falecimento do outros II) conforme ao caso couber;.
testador. do número do respectivo' registo de óbito e da
conservatória onde este foi lavrado. d) As indicações necessárias á fiscalização do pagamento
de contribuições ou Impostos devidos pelo acto.
- - --------------
~32:.:!4~ -- .:..:/S::::t=R/~-NÚMEROJ4

ARTIGO 146
AIlTIGO 151
(Rlglllo dOI Inllrumlntos relltlvos
101 t•• tlmlntol cerrldos) (Requisitos comúns)

I. ~.registo dos instrumentos de aprovação de testamentos I. O termo de autenticação, além de satisfaZer}na palie aplicável
e com as necessárias adaptações, ao disposto I as alíneas II) e c)
cerrad .é felto antes darestítuiçêo destes, e dele devem constar
a k) do número I do artigo 52', deve conter a rida os seguintes
-os seg íntes elementos: elementos:
a1 A designação do acto e a sua data: II) A declaração das partes de que já leran~ o documento ou
bj O nome completo, estado e naturalidade do testador; estão perfeitamente inteiradas do seL conteúdo e que
este exprime a sua vontade;
c~A indicação de o testamento haver sido ou não cosido b) A ressalva das emendas, entrelinhas, tasuras ou traços
e lacrado.
contidos no documento e que neste não estejam
2. 0f.registo de instrumentos de depósito ou de abertura de devidamente ressalvados.
testame los cerrados deve conter os elementos exigidos na alínea 2. É aplicável à verificação da identidade das ~artes, bem corno .
a) do n mero anterior, o nome completo do testador e o número á intervenção de abonadores, intérpretes, pe ítos, leitores ou
de ordem do instrumento dentro do maço, testemunhas, o disposto para os instrumentes úblicos.

ARTIGO 147 'AJmGo 152


(Registo relítlvo lO prolllto di tltulos) (Requisitos •• peclals)

I. Dp registo cie apresentação de títulos a protesto devem Se o documento que se pretende autenticaicstiver assinado
constar ~ datada apresentação, os nomes e a residência ou sede a rogo, devem constar ainda do termo o nome completo, idade,
estado e residência do rogado a menção d que o rogante
do aprefentante, do aceitante ou sacado e do sacador, e ainda a
confirmou o rogo no acto da autenticação e a im ressão digital do
espécie Ido
, titulo e o montante da obrigação nele contida, rogante.
2. O tegisto dos instrumentos de protesto consiste na anotação.
junto a~ registo da apresentação, das seguintes indicações: SECÇi\oVIll

a)jFundamento e data do protesto; Reconhecimentos


b>' Número do instrumento dentro do respectivo maço. ARTJGO 153
ARTIGO 148 (ESIMol•• )
(Rlglsto /lloutrOI IctoS) I. Os reconhecimentos notariais podem ser] simples ou com
menções especiais.
I. Oiregistc de documentos, ou de instrumentos avulsos
2. O reconhecimento simples respeita àassina\ura do signatário
diverso~ daqueles a que se referem os artigos anteriores, consiste de documento.
na indi~çãO da data em que foi apresentado o documento ou
lavrado instrumento e nasua identiflcação, mediante a menção 3. O reconhecimento. com menções espeCiaiS~O que inclui, por
exigência da lei ou a pedido dos interessad s, a menção de
da sua pécíe ou natureza, do nome completo dos interessados
qualquer circunstância especial que se re ra a estes, aos
e do nú ero de ordem dentro do respectivo maço.
signatários ou aos rogantes e que seja conheci a do notário ou
2. O documentos registados não podem ser restituidos. por ele verificada em face de documentos exibid s e referenciados
no termo.
ARTIGO 149 4. Os reconhecimentos simples são semprq presenciáis; os
(Ordlm dós reglstol) reconhecimentos com menções especiais poderj, ser presenciais
ou por semelhança.
Os r~jstQs são efectuados diariamente, segundo a ordem por
S. Designa-se presencial o reconheciment01a assinatura em
que te sido lavrados os instrumentos ou apresentados os
docume tos. documentos escritos e assinados ou apena assinados, na
presença do notário, ou o reconhecimento que é alizado estando
o signatário presente ao acto,
SECçAOVIJ
6. Designa-se por semelhança o reconhecimenlo com a menção
AutentieaçAo de documentos partloulares especial relativa à qualidade de representante d signatário feito
por simples confronto da assinanira deste com a ssinatura aposta
ARTIGO ISO no bilhete de identidade ou documento equival nte,
(Documentos lutentlcsdol)
ARTJGO 154
I. O~ Jdocumentos particulares adquirem' a natureza de
docume tos autenticados, desde que as partes confirmem o seu (AssJnllur •• rogo)
conteúd perante o notário. 1. A assinatura feita a rogo só pode ser recoràecída como tal
2. A!'rpsentado o documento para fins de autenticação, o por viade reconhecimento preseneial e desde q+e o rogante não
notário dtlve reduzir esta a termo. sabia ou não possa assinar.

3. O tl:hno de autenticação substitui, para todos os efeitos, o 2. O rogo deve ser dado ou eonfirmado perate o notário, no
reconhedilnento autêntico. próprio acto do reconhecimento da assinatura e epois de lido o
documento ao rogante.
23 DE AGOSTO DE 2006
325
Ai<TlGO 155
ARTIGO 158
,(Requl~llos}.
(f"rszj)f)
1. O reconhecimento deve obedecer aos requisitos:con&tantes
da alínea a) do número) do artigo 52°. l. Os certificados, certidões e documentos análogos devem
ser passados dentro do prazo de três dias, a contar da data em
2. Os reconhecimentos simples devem. mencionar o nome que forem pedidos ou requisitadós.
completo do signatário e referir a forma por que se verífícou a sua
identidade, com indicação de esta ser do conhecimento pessoal 2. Os documentos pedidos ou requisitados com urgência serão
do notário ou do número. data e serviço emitente do documento passados, com preferência sobre ·0 restante serviço, dentro do
que lhe serviu de base. prazo máximo de vinte e quatro horas,

3. Os reconhecimentos com menções especiais devem conter, 3. No caso de a passagem do acto ser pedida com urgência,
além dos requisitos exigidos no número anterior, a menção dos advertir-se-à ao interessado de que o emolumento correspondente
documentos exibidos e referenciados no termo. é elevado ao dobro.
4. O reconhecimento da assinatura a rogo fará expressa menção
ARTIGO 159
das circunstâncias que legitimam o reconhecimento e da forma
como foi verificada a identidade do rogante, e conterá ainda a (Requisitos comuns)
impressão digital deste. l. Os certificados, as certidões e os documentos análogos
5. É aplicável â verificação da identidade do signatário ou devem conter a designação da repartição emitente, a numeração
rogante o disposto no artigo 54". das folhas, a menção da data e do lugar em que foram passados
e ainda a rubrica e assinatura do funcionário competente.
ARTIGO 156
2. Nos documentos transmitidos por telecópia, nos termos
(Assinaturas que não podem ser reconhecidas)
da alinea i) do número) do artigo 5. além dos requisitos referidos
l. É insusceptivel de reconhecimento a assinatura aposta em no número anterior, deve incluir-se uma nota de encerramento
documento cuja leitura não seja facultada ao notário, ou em papel contendo as menções exigidas para a emissão de certidões de
sem nenhuns dizeres; em documento escrito cm língua estrangeira teor.
que o notário não domine, ou em documento escrito ou assinado
a lápis. 3. Os documentosrecebidos por telecópia nos cartórios devem
ser imediatamente arquivados no maço próprio após lerem sido
2. Tratando-se de documento escrito cm língua estrangeira, numeradas e rubricadas todas .as folhas e lavrada a nota de
que o notário não domine, o reconhecimento pode ser feito desde recebimento' com indicação do número de folhas efectivamente.
que o documento seja traduzido, ainda que verbalmente, por perito recebidas, local, data, categoria e assinatura do funcionário.
da sua escolha. COmpetente do serviço receptor.
3. O notário pode recusar o reconhecimento da assinatura em
cuja feitura tenham sido utilízados materiais que não ofereçam SUBSECÇÁO"
garantias de fixidez, e bem assim da assinatura aposta em
Certificados
documentos que contenham linhas ou espaços em branco não
inutilizados. ARTIGO 160
(Certificados de vida e de ldentldade)
SECÇÁOlX
J. O certiflcado de vida e de identidade deve conter, em especial,
Certltlcados, certidões e documentos análogos
os elementos de identificação do interessado, a forma corno a sua
SUBSECçAol
identidade foi verificada, a sua assinatura, ou a declaração de que
não' sabe ou não pode assinar, e a respectiva impressão digital.
DisposiçOes gerais
2. No certificado-pode ser colocada a fotografia do interessado,
ARTIGO 157 devendo o notário apor sobre ela o selo branco da repartição.
(Requisições)
ARTIGO 161
I. A requisição, feita por autoridades ou repartições públícas,
de certificados, certidões ou documentos análogos que devam (Certificado de desempenho de eargos)
ser passados pelos notários será endereçada à repartição notarial No certificado de desempenho de cargos púhlicos e de
competente, com referência expressa ao fim a que se destina o administração ou gerência de pessoas colectivas declarar-se-á
documento requisitado. se o facto certificado é do conhecimento pessoal do notário ou se
2. Os documentos requiaitados serão expedidos sem apenas foi aprovado por documento, devendo fazer-se, neste caso,
dependência do pagamento de emolumentos e selo, neles se a identificação do documento exibido.
mencionado o fim a que se destinam.
ARTIGO 162
3. Fora dos casos previstos nos números anteriores, por cada
requisição de certificados, certidões, telecópias ou documentos (Certificados de outros factos)

análogos deve .ser preenchida, com o correspondente número de Nos restantes certificados deve consignar-se Com precisão o
ordem, uma ficha do modelo cm uso, cujo original ficará arquivado, facto certificado e, em especial. a forma como ele veio ao
entregando-se o duplicado ao requisitante. conhecimento do notário.
- --- ---
326
I SÉRIE t: NÚMr.'RO 34
SUI.lSUCç Ao 1II
AIl'flGoI67
CerlldOes (CartldOa. de tsOr Integr.l)
AR'fIOO 163' I. Na certidão de teor integral é Obrigatori~alcnte transcrito,
(Qu•••• aa podl aoll.lIar) além do cometido do instrumento, o texto s testamentos,
incluindo a aprovação c abertura dos testamcnt s cerrados, bem
1..A ~ualquer pessoa é licito requerer certidões dos registos, como o texto das escrituras de doação por morte os documentos
instrulJ1'1'ltos e documentos arquivados nas repartições notariais. complementares referidos no artigo 69°, que haj m integrado ou
2. Ex~eptuam.se os testamentos públicos, as escrituras de instruido o acto,
revogaç~o de tesramemos, os instrumentos dc depósito de
2, Na certidão podem ser total ou parCialmenleianscritos outros
testsme*os cerrados e dos' respectivos registos, dos quais só documentos complementares, a pedido dos int ressados.
podem s~r extraídas certidões, sendo vivos os testadores, quando
3, Da certidão de teor integral devem constar averbamentos,
estes 011 'procuradores com poderes especiais as requeiram, e,
as cotas de referência e as contas' dos insrrumcnt s c documentos
depois d~ falecidos os testadores, quando esteja averbado o a que respeitem.
falecimehlo deles.
3. As <jertidôcsextraídas nos termos da primeira parte do número ARTIGO 168
anterior, ievem ser entregues ao próprio reqUisitante, ou a quem (Certld6n de teor parclel)
se mostr r autorizado por este li recebê-Ias,
4. Pe 'celebraçilo de qualquer testamento ou escritura é I. Quando o instrumento notarial contive~divcrsos actos
forneeid .dentro do prazo legal, uma certidilo gratuita ao testador jurídicos, ou um só acto, mas de que resultem dire os e obrigações
ou, nos r stantes casos, ao interessado a quem o notário cobrar respeitantes a diferentes pessoas ou entidades se for apenas
recibo díconta do acto, nos termos do artigo 20 I. requisitada certidão da parte relativa a algum dos cios ou a algum
dos tnteressados, observar-se-á o dispost nos nümeros
5. Os acumentos recebidos por telecópia, nos termosda alínea seguintes.
i)do arti o 5 têm o valor 'probatÓJ'Ío das certidões, desde que
obedeça 'ao disposto no artigo 159. 2. A certidilo incluirá não só a parte do ins~umento que se
reporte ao acto ou ao interessado indicado pelo r qUisitante,' mas
ARTlQO 164 tudo quanto se refira ao contexto e requisitos gerai do instrumento
e aoS·documentos que o instruíam, com omissã apenas do que
(Eapeclel) respeite a outros actos [urldicos.nele contid s ou a outros
I. A c~'rtidilo extraída dos instrumentos e dos documentos interessados.
existente nas repartições notariais pode ser de teor 011 de 3. A certidão deve, porém, incluir outras referê cias, feitas por
narrativa, integral ou parcial. forma narrativa, quando necessárias para a' boa c mpreensão do
2. É d~ teor a certidilo que transcreve literalmente o original, seu conteúdo e bem assim todas as estipulaçôc que ampliem,
e de narrl\tiva a que certifica, por extracto, o seu conteúdo. restrinjam; modifiquem ou condicioncm a parte c rtificada.
3. A c,rtidilo de teor 0It de narrativa é integral ou parcial, 4. O disposto no artigo anterior é aplicável a s documemos
confonneltranscreve ou certifica lodo o conteúdo do original ou que serviram de base á parte certificada do insnu ente.
apenas pill-te dele.
ARTIGO 169
ARTlOO 165 (Elemento. compreandldol na. certld~ •• )
(Forme dll élrtldOsI) 1. Na certidilo de teor integral silo transcr~as as contas,
I. As cjertidões de, teor silo extraídas por meio de fotocópia averbamentos. e colas de referência, que se c ntenham nos
ou outro njodo autorizado de reprolluçilo fotográfica e, se talnilo instrumentos e documentos transcritos, as le alizações e a
for possível, podem ser dactilografadas ou manuscritas. indicação das estampilhas e das verbas de pagamo to do imposto
do selo que constem deles.
2. Devtm ser dactilografadas as certidões de narrativa e as
certidões ele instrumentos e documentos arquivados que se 2. Os originais são transcritos de conformi~ades com as
achem ma uscritos quando se destinem a fazer fé no estrangeiro ressalvas que neles foram feitas, embora estas só ~e transcrevam
quando os interessados o peçam.
ou quando ~ sua leitura nilo seja facilmente revelada pelo contexto.
3. Na certidão extraída de acto ou documento jue enferme de
ARTlOO 166 alguma irregularidade ou deficiência, revelada p lo texto, deve
(RequlaltOI) mencionar-se, por forma bem vlsível, a irre ularidadc ou
deficiência que vicia o acto 0\\ o documento.
A certi<!ho deve conter, em especial:
a) A it~ntifiCaçllOdo livro ou do maço de documentos, donde ARTIGO 170
i extraída, segundo o seu número de ordem e a sua
enominação;
b) A indicação dos números da primeira e da última folha
~~e o original ocupa no livro ou maço;
(Reterancla. tlltaa naa .lrtldOs.
1. Na certidilo em que haja transcrição parcial vem i
de teor pllrcllt)
indicar-
se, por forma narrativa ou por transcrição; todas a estipulações
que ampliem, restrinjam, modifiquem ou condic nem a parte
c)Ad~claração de conformidade com o original; transcrita.
ti) A tPlonçiloda sua gratúitidade, se for extraída nos termos 2. Na certidão deve ser feita a declaração de Aue, na parte
~~ número 4,do artigo 163. o\1Útidados documentos, nada há em contrário ou além, do que na
certidão se narra ou transcreve.
23DEAGÇJSTODE2006
327
ARTIGO 171
SVB$ECÇÁo VI
(Extraçto. de _çto. notarlala)
'TraduçOes
Os extractos destinados à publicação de actos uotariais,
necessarios para que eles produzam determinados efeitos, devem ARTIGO 177
revestir a forma de certidões de teor parcial ou de narrativa. (em. q".éOntlarem e como se fazem)
1. A tradução' de documentos escritos em língua estrangeira
SUBSECÇÃO IV
consiste na versão" para a língua oficial quando escritos numa
Públicas-formas língua estrangeira ou na.versão para língua estrangeira quando
escritos em língua oficial, do seu conteúdo integral.
ARTIGO 172
2. A tradução·conterá a indicação da lingua em que está escrito
(Em que consistem)
o original e a declaração de que o texto foi fielmente traduzido.
I. A pública-forma é uma cópia de teor, total ou parcial, extraída 3. Se a tradução for feita por tradutor ajuramentado, em
de documentos avulsos apresentados, para esse efeito, ao notàrio. certificado aposto na própria tradução ou em folha anexa dar-se-
2. A pública-forma deve conter a declaração de confonnidade á conta da forma por que foi feita a tradução e do Cumprimento
com o original. das formalidades previstas no número 3 do artigo 50",
3. É aplicável às públicas-formas o disposto no artigo 169•. 4. É aplicável às traduções, o disposto na alínea c) do artigo
166° e nos artigos 169"e 173':,
ARTIGO 174
(Devoluçio do. orlglnala)
TtruLOm
1. Os originais são devolvidos ao apresentante, depois de neles Recusas e Recursos
se anotar a extracção da pública-forma e se apor a data e a rubrica
do notárío. CAPÍTULO I

2. Nenhuma anotação ou rubrica será aposta nas cadernetas Recusas


militares e noutros documentos de ideritificação pessoal.
ARTIGO 178
(Caso. de reco.,)
SUllSECÇÃO v
I. O notário deve recusar a prática do acto que lhe seja
FOtocópias requisítado, nos casos seguintes:
ARTIGO 174 a) Se o acto for nulo;

(FotOCóplaa de actoa notariais) b) Se o acto couber na sua competência ou ele estiver


pessoalmente impedido de o praticar;
I. Podem ser extraídas fotocópias de instrumentos
c) Se tiver dúvidas sobre a integridade das faculdades
e documentos arquivados nas repartições notariais, nos mesmos
mentais dos outorgantes;·
casos em que deles se possam extrair certidões.
ti) Se as partes não fizerem os preparos devidos.
2. A extracção de fotocópias será feita nas repartições notariais,
quando devidamente apetrechadas. 2. As dúvidas sobre a integridade.das faculdades mentais dos
outorgantes deixam de constitoir fundamento de recusa, se no
3. É aplicável às fotocópias, o disposto no artigo 169",
acto intervierem dois peritos médicos que garantam a sanidade
mental daqueles.,
·ARTIGO 175
3. Quando se trate de testamento público ou de instrumento de
(Fotocópias de documentos dos Interessados)
aprovação de testamento cerrado, a falta de preparo não constitui
I. O notàrio pode conferir fotocópias que tenham sido extraídas fundamento de recusa.
de documentos estranbos ao seu arquivo, desde que tanto
a fotocópia como o documento lhe sejam apresentados para ARTIGO 179
esse fun. .. (Actos anulável. e Ineficazes)
2. A fotocópia dos documentos a que se refere o número anterior 1. A intervenção dos notários não pode ser recusada com
pode também ser extraida pela repartição notarial a pedido dos o simples fundamento de o acto ser anulável ou ineficaz.
interessados.
2. Quando, porém, o acto for anulàvel, o notàrio deve advertir
3. A conferência de fotocópias para fms escolares pode ser as partes da existência da causa e dos efeitos da anulabilidade
feita gralUitamente nas repartições escolares onde devam ser e consignar no instrumento a advertência que haja feito.
entregues, desde que seja exibido simuitaneamente o original do
documento. CAPlroLO li
Recursos
ARTIGO 176
(LegaUzoçio de fotocópias) ARTIGO 180

I. As fotocópias a que se refere o artigo 175, devem conter, (AdmllJolbllldode de recuso)


como requisitos especiais; os elementos previstos no artigo 166.; Quando o notário se recusar a praticar o acto" pode. o
2. É aplicàvel às fotocópias de doC\UI1entósnão arquivados, interessado interpor recurso para O tríbunal distrital a que pertença
o disposto na alínea c) dó artigo 166° e nos artigos 169" e 1730. a sede da repartição notarial, sem prejuízo da reclamação
hierárquica prevista na lei

--------------- -- ---
328
I SÉRIE T NÚMERO 34
ARTIGO 181
TÍTULON
(E.""elfle.çlo do. motivo. d. recuII)
Disposições Diversas
Se o lnteressado declarar, verbalmente ou por escrito, que
pretende! recorrer, ser-lhe-a entregue pelo notário, dentro de CAP!TULO I
qu~reut, e oito horas, uma exposição datada na qual se
especifi'iUem os motivos da recusa. Responsabilidade dos FuncionárIos Notariais

ARTIGO 182 ARTIGO 189


(P8Ilçflo d. recurso) (Re.pon •• bllld.de eni 0110. de revall~açlo)

1. De~tro dos quinze dias subsequentes à entrega da exposição A revalidação judicial dos actos notariai~ não exime os
deve o r corrente apresentar' na repartição notarial a petição de funcionários notariais da responsabilidade pelos ~anos que h,ajam
recurso, irigida ao juiz de direito e acompanhada da exposição causado.
do notári e dos documentos que o interessado pretende oferecer.
CAPíTULO 1/
2. Ntetição, o recorrente procurará demonstrar a
improce êncía dos motivos da recusa, concluindo por pedir que Estatfstlca
seja dete 'nada a realização do acto,
ARTIGO 190
ARTIGO 183 (Preenchimento de verbetes)
(SueJentaçlo da reeu••• rem •••• do proe.llo • lulzo)
1. Os notários e os demais funcionários ~m atribuições
1. AUÍ'!ada a petição e, os respectivos documentos o notário notariais preencherão e assinarão diariamente s verbetes que
recorrid~ 'lavrará despacho, dentro de quarenta e oito horas, a devam ser remetidos ao Instituto Nacional d Estatística, de
sustentllJ1ou a reparar a recusa. harmonia com a lei e com as instruções de ordem t cnica emanadas
2; se~ notário mantiver a recusa, remeterá o processo o juízo, deste organismo.
complet ndo a sua instrução com os documentos que julgue 2, Em seguida à assinatura de cada instrume~o, do qual deva
necessá os. ser extraído verbete estatístico, far-se-á, mesmo ar algarísmos, a
indicação do verbete ou dos verbetes' que lhe orrespondam e
ARTIGO 184 rubricar-se-á a respectiva nota.
(Decido do recurlo)
IndePtndentemellte de despacho, o processo irá, ,logo que ARTIGO 191
seja rece 'do emjuízo, com vista ao Ministério Público, a fim de (Remeaaa doa, verbetea)
-este emi 'r parecer; em seguida, será julgado por sentença, no
prazo de.oito dias, a contar da conclusão. 1. Os verbetes são separados por eSPécifs e remetídos
semanalmente ao Instituto Nacional de Estatistíc , com um mapa
ARTIGO 185 indicativo dos aümeros de verbetes de cada espé íe e respectivos
totais.
(Reco~rlbllld.d. d. decl.lo)
2. A remessa é feita nos três primeiros dias ~teis da semana
1. Da sentença podem sempre interpor recurso para o tribunal seguinte àquela a que os verbetes se reportam.
imedia~te superior, com efeito'uspensivo, a parte prejudicada
pela dec lo, o notário ou o Ministério Público, sendo o recurso
ARTIGO 192
processa o e julgado como agravo em matéria cível.
(Participação de actoa)
2. Do córdã~ue decidir o recurso cabe agravo, nos termos
gerais dll/lei de processo .. Os notários devem enviar até o dia 15 de cada mês:
a) À direcção de finanças da área do cart rio, em suporte
ARTIGO 186
informático ou por cópia, urna relaçã dos registos de
(Termo. po.tarlore. Il decl.lo do recurao) escrituras diversas e dos instrument s lavrados nos
1. Jul$ado procedente o recurso por decisão definitiva, deve termos do número 3 do artigo 120, ce ebrados no mês
o chefe <Iasecretaria judicial remeter oãciosamente ao notário anterior, documeptps estes que substi em, para todos
recorrídq a certidão da decisão proferida. efeitos, as relações e participações do actos exarados
2. Da decisão será enviada cópia à Direcção. Nacional dos que, por lei, devam eerenvíades á repartíções de
Registos le do Notariado. finanças competentes;
b) Ás conservatórias competentes, relações de todos os
ARTIGO 187 instrumentos lavrados l1qmês anteriori para prova dos
(Cumprimento do JUlllado) factos sujeitos a registo obrigatório.
O actq Jiecusado, cuja realização for determinada no julgamento
do recur,,,, será efectuado pelo notário recorrido, logo que as ARTIGO 193
partes o solicitem, com referência à decisão transitada. (Requl.lçio do relll.to)

ARTIGO 188 I. Incumbe ao notário, a pedido dos interessa os, preencher a


(Isençlo de cu.ta) requisição do registo em impresso de modela apr vado e remetê-
lo à competente conservatória do registo predi I ou comercial
O nO~io recorrido é isento de.custas, ainda-que o recurso. acompalÚltlda dos respectivos documentos de eparo,
liaja sid julgado procedente, salvo quando se prove que agiu
com doI ou contra disposição expressa da lei. 2. A r~quisição é preenchida imediatamente li ós a outorga da
escritura pública e assinada pelos interessadas pelo notário.
- ------
23DEAGOSTODE2006
329
3. A fotocópia da requisição é devolvida ao notário, após ser
nela lançada a nota de recebimento na conservatória. 2, As contas sao elaboradas logo após a realização do acto,
salvo no caso previsto no artigo 119", em que são feitas apenas
ARTIGO 194 quando devam ser pagl!5 nos termos do número 3 do mesmo
artigo.
(Requisição de publicações)
O notário pode, a pedido e expensas dos interessados, solicitar ARTIGO 200
as publicações legais dos actos por ele praticados,
(Onde se lançam sn ·contas)

CAPiTULO III I. As contas são feitas em impressos do modelo aprovado,


anotando-se o livro e o número das folhas com que o acto fica
Encargos dos Actos Notariais exarado.
ARTIGO 195 2. A conta dos actos lavrados em instrumentos avulsos e em
(Emolumentos, tax•• e desp •••• ) outros documentos entregues às partes é lançada nesses
instrumentos, ou documentos, bem como nos seus duplicados,
1. Pelos actos praticados nas repartições notariais são cobrados
quando os houver, devendo incluir-se neles os elementos e o
os emolumentos e as taxas constantes da respectiva tabela, salvos papel do duplicado.
os casos de gratuitidade ou de isenção previstos na lei.
3. A conta relativa à apresentação de titulas a protesto e
2. Aos encargos previstos no número anterior acrescem as
respectivas notificações é feita e lançada nestes títulos, quando
despesas de correio e, quanto aos actos realizados fora' das
retirados sem protestos, ou englobada na conta do instrumento
repartições notariais, as despesas efectuadas com o transporte
dos funcionários. de protesto e no seu duplicado, quando o protesto se realize,
4. Nos documentos transmitidos por telecópia à solicitação
ARTIGO 196 dos interessados, a conta é efectuada pelo cartório receptor e
(Impo.to do .elo e .Isa) lançada nos termos do número .1.

1. Além dos encargos referidos no artigo aníerior, o notário


ARTIGO 201
cobrará dos interessados o imposto de selo previsto na respectiva
(Conterêncl. daa contas, conaervaçlQ do originai e entrega
tabela; correspondente aos diversos actos notariais e às folhas
do duplicado às partes)
dos livros de notas, salvos os casos de forma especial
de pagamento ou' de isenção. l. Todas as contas serão conferidas e rubricadas pelo notário
ou pelo ajudante.
2. A sisa devida pelas transmissões de bens imóveis operadas
em partilha ou decisão extrajudicial e liquidada nos 'termos 2. Os blocos dos originais das contas ficarão arquivados
previstos nalegislação fiscal.' durante o, período miuirno de cinco anos, a contar da dãta da
última conta neles exarada,
ARTIGO 197
3. O duplicado das contas é entregue à parte, podendo o notário
(Encargo. de documento. requl.lt.do.) cobrar recibo da entrega no original correspondente.
l. Os documentos requisitados pelas autoridades ou
ARTIGO 202
repartições públicas não estão sujeitos li nenhum encargo.
(Reglato das contaa)
2. Quando, porém, se destinem a ser juntos a algum processo,
os documentos expedidos levarão aposta a conta, para entrar em I. À medida que forem elaboradas, as contas serão
regra de custas. se as houver, e ser opOrtunamente paga ao notário. imediaíamente 'lançadas no livro de registo de emoliunentos
e selo.
3. Os encargos dos documentos requísítados por solicitação
dos interessados são cobrados: 2. Quando, por inadvertência, se cometa algum erro na conta
a) Pelo Cartório Notarial requisitante que, no prazo de emolumentos ou haja omissão do seueegisto, a correcção do
de quarenta e oito horas, deve remeter ao serviço erro ou registo da conta pode fazer-se posteriormente, mas dentro
do mesmo mês ou no mês imediato:
requisitado, por cheque ou depósito em conta, o valor
respeitante ao seu custo e despesas de expedição;
ARTIGO 203
b) Pelos outros serviços requisitantes que, nos mesmos
(Rfierêncla ao registo das CORtaa)
termos, devem remeter ao cartório requisitado as
quantias respectivas. 1. No final de cada-conta indícar-se-á o número de registo que
lhe corresponde.
ARTIGO 198
2: No final de cada acto laVrado nos livros de notas, depois
(Encargos do. In.trumentos .vul.os) da referência aos verbetes estatísticos, quando houver lugar a
,Nos instrumentos avulsos lavrados em dois exemplares, os ela, far-se-á menção da conta e do seu número de registo.
emolumentos dos actos só são devidos pelo original, ficando o 3. Na menção da conta dos reconhecimentos far-se-á referência
duplicado sujeito aos encargos devidos pelas certidões.ia incluir ao sell total. ' ,
na conta do original.
4. O notário ou ajudante àporá a sua rubrica a seguir à nienção
do registo da conta.
ARTIGO 199
(Org''''IUçlo d•• contas) 5. No final de cada instrumento cuja COIl1anão 'deva nele.aer

1. Os encargos a que estão sujeitos"l'


actos notariais constarão
lançada, e após as ,qsina~, faz.se refereucia 8Q seu lIÚJtIeI'o
de registo e. sealgumacto beDeficiltr de isençio oUlle mhiçãO~
da conta e serão devidamente discriminados pela fôrma prevista
na lei. emolumentos e de selo, deve aDotar-se; ':de"totDllf Sl/Çinta.
o respectivo fundamento legal.
330
I SÉRIE r- NÚMERO 34
ARTIGO 204
2. Os pagamentos são feitos mensalmente até ~o dia lO do mês
(Selo doe IIvrol) imediato ao da cobrança.
l. Osllívros indicados nas alineas a) a d), g) ~ h) do número I
40 ljl1Íg<!9°, e só estes, estão sujeitos ao imposto de selo.

i
CAPITULO IV
2. O ij?Posto do selo dos livros de notas ~ liquidado e cobrado
Disposições FInais
por cada uda, à medida que os actos neles forem sendo lavrados,
a razão e metade do selo devido por cada folba; o imposto ART1GO 208
é devid [pelo acto que ocupar a primeira linha de cada lauda e
deve serldiscriminado na conta dos encargos que são cobrados (ComunlcsçOel que devem I., feltaa a011notárlol)
das partts.
Serão obrigatoriamente comunicados às repaktições notariais
3. No~ outros livros sujeitos a imposto do selo, este deve ser onde tiverem sido lavrados os respectivos acto~:
liquidadee pago pelos notários, antes da legalízação,
a) O falecimento dos testadores, por par e da repartição
ARTIGO 205 pública onde seja apresentada certid o de testamento
público sem o averbamento desse, fa to; ,
("ncergOI Impu"vell eOI lervlçOI)
b) O falecimento dos doadores, quando m instituldo
1. 0jelO relativo às laudas inutilizadas por motivo não encargos a favor da alma ou de intere se público, que
imputáv I às partes é da responsabilidade do notário, que o deve
devam ser cumpridos depois da mort deles, por parte
anotar esmo à margem e registar no livro de registo de da repartição pública onde seja apre entada certidão'
emoluttJljntos e selo.
de escritura de doação sem o ave amento desse
2. Os ÍJl$trumentOllavulsos, incluindo os de protestos de titulas falecimento;
de crédit~lcertiftcados, certidões e documentos análogos, podem
e) As decisões judiciais transitadas emjUlg~dO' que tenham
actos Pl
ser expe~idos em papel comum, pagando-se o selo do papel e dos
estampilha ou por selo de verba; o imposto de selo
devido s rá sempre discrímínado na.respectiva conta.
declarado a nulidade ou a revali ação de actos
notariais, e as decisões proferidas nas acções a que se
referem os artigos 93° e 104°, por pa e da respectiva
3. É mbém da responsabilidade do cartório o selo devido secretaria judicial.
pelas es rituras de rectificação de actos notariais por erro
imputáv aos serviços, bem como, o selo das laudas por elas ARTIGO 209
ocupada •.
(Requlalto. de. comunlca90al)
4.Nãd é devido selo pelas laudas que contiverem os termos de
abertura ~ de encerramento, se as linhas restantes não forem 1. Das comunicações que", artigo anterior nda efectivar
utilizada~ para a escrita de Qualquer acto: ' devem constar, conforme os casos: a data do alecimento do
testador ou doador, a conservatória do registo ci iI onde o facto
ARTIGO 206 foi registado e a data do testamento ou da escri a de doação; a
(Selo' de dlverloe eotoi) identificação do processo judicial, o teor da part dispositiva da
l. Por icada instrumento de aprovação de testamento cerrado decisão, a data desta e a do seu trânsito em julg do.
é devido ~ imposto do selo e dfvido o imPosto que estiver ou for 2. As comunicações serão feitas no prazo de uarenta e oito
fixado naltabela do imposto do selo. . horas após a apresentação do doeumento ou ap s o trãnsito em
2. Nos jtermos de autenticação sérá cobrado por cada assinatura julgado das decisões que as determinam.
do documento autenticado o imposto do selo devido pelos
reconheclmelltos. ' ARTIGO 210
3. É apFJ18sdevido por cada registo de instrumento,de protesto (Pertlclpeçlo de dllpo.lçOel a lavor dai elma
e por ca~ registo.lavraMno livro a que se refere a alínea g) do e de encargol de Int., •• le públlc~
artigo 9° 4este código, o imposto do selo da verba fixada para os 1. Aos notários cumpre enviar às entidad~S incumbidas
regisios ele actos notariais.
de fiscalizar o cumprimento de disposições a favor da alma
4. O inJposto do selo relativo aos testamentos públicos, quando e de encargos de interesse publico as certidões os testamentos
utilkadosl1\os termos'do artigo 51, pode ser por selo colocado e ,e das escrituras de doação que contenham dis oaíções dessa
inutilizad nas competentes folhas do livro. natureza.
5. Por cada folba de fotocópia é devido o imposto do selo 2. Quando se trate de disposições a favor da~ma, a remessa
atribuído s certidões ou públicas-formas, qual no caso couber, é feita, de acordo com o conteúdo do testament ,ao dignitário
além do ~to da despesa que importar. ' religioso a que pertencer o lugar de abertura da he ça, e tratando-
6. Nas ..,Ilrações de sucessão é devida a taxa do línposto do se de encargos de interesse público. à autoridade administrativa
selo por c a herança aberta, seja qual for o número de herdeiros respectiva.
babllítad •
3. As certidões são isentas de selo e emolumt!ntos, podendo
7. Os ~Pcumetitos de que se extraiam fotocópias equjpara<las a ser de teor parcial ou de narrativa, desde que conttnham todas as
públicas-fbrmae serão selados como se fossem estas últimas a indicações necessárias ao fim a que se destinam.
ex1raír·se.
4. Aretnessa das certidões é feita até ao dia IS dp mês imediato
ARrloo207 àquele em que tenha sido lavrado o averbamento
do testador ou doador.
~o falecimento
(Forme d4 p.gaml!llto do Impo.to do .elo,lIquldado por verba)
1. O ~. osto do selo liquidado por verba é pago por meio de
As
s. entidades a quem 'as certidões forem etiadaS devem
remeter aos notários, pelo seguro do correio, o reei corresponde,
guias pas em duplicado, em papel isento d,eselo e conforme
o modelo musc. ' salvo quando a entrega da certidão haja sido eita mediante
protocolo.
23 PE AGOSTO DE 2006
331
ARTIGO 211
c) Os arrendamentos para o exercício deprofíssão Iiberàl;
(Aposlçiio do s.lo branco)
ti) Os arrendamentos tomados por quaisquer COrporações,
I. Em todos os actos notariais, com excepção dos lavrados nos fundações, associações ou agremiações de utilidade
livros, deve ser aposto O selo branco da repartição -. pública ou particular, legalmente organizadas."
2. A aposição do selo branco é feita na última folha, junto da Art. 2. São revogados os números 2 e3 do artigo IOdo Decreto
assinatura do notário ou do técnico, e nas. restantes folhas ao n,"43525, de 7 de Março de 1961.
lado da rubrica. Art. 3. O presente Decreto entra em vigor 30 dias após a sua
3. Os actos lavrados fora da repartição, para produzirem efeitos, publicação.
devem ser apresentados na repartição que os emitiu, para neles Aprovado pelo Conselho de Ministros, aos 30 de Maio de
ser aposto Q selo branco. 2006.
Publique-se.
ARTIGO 212
A Primeira-ministra, Luísa Dias Diogo
(Actos notariais lavrados no .strangelro)

l. Os actos notariais lavrados no estrangeiro pelos agentes


consulares moçambicanos competentes podem ser transcritos na
Conservatória dos Registos Centrais, mediante a apresentação
das respectivas certidões de teor. D~creton.· 2512006
2. A transcrição dos testamentos em vida do testador só pode de 23 de Agosto
ser requerida por este.
Tornando-se necessária a centralização dos mecanismos
3. O Ministério dos Negócios Estrangeiros enviará ao e práticas de registo e controlo de valores mobiliários com vista
Ministério da Justiça, a fim de serem registadas e arquivadas na a reforçar a segurança, o rigor e a credibilidade do sistema,
Conservatória dos Registos Centrais, a cópia dos testamentos o Conselho de Ministros; ao abrigo do disposto na alinea j)
públicos e dos instrumentos de aprovação é dê abertura de do número 1 do artigo 204 da Constituição da República, decreta:
testamentos cerrados, bem .como a nota de registo dos Artigo I. É criada a Central de Valores Mobiliários e aprovado
instrumentos de aprovação dos. testamentos cerrados.
o seu Regulamento de furicionamento, anexo ao presente Decreto
e que dele é parte integrante,
AlhIG0213

(Inlormações)
AJ:t. 2. A entidade gestora da Central de Valores Mobiliários
é a Bolsa de Valores de Moçambique, a quem incumbe tomar
I. A Conservatória dos Registos Centrais deve prestar as todas as medidas de natureza organizacional, tecnológica,
informações que lhe forem solícítadas pelos interessados sobre a contabilística e administrativa necessárias ao seu !imcionarnento.
existência dos testamentos e das escrituras registadas no indice
Art. 3. As receitas e despesas inerentes ao funcionamento
geral e sobre a data e repartição em que esses documentos foram da Central de Valores Mobiliários constituem, respectivamente,
lavrados.
receitas e despesas próprias da Bolsa de Valores de Moçambique.
2. As informações referentes a testamentos só podem, porém, Art. 4. Compete ao Ministro das Finanças aprovar as normas
ser prestadas sobre requerimento acompanhado da certidão de
operacionais da Central de Valores Mobiliários, no prazo
óbito do testador, ou a pedido do próprio testador ou do seu de noventa dias após a publicação do presente Decreto.
procurador com poderes especiais.
Aprovado pelo Conselho de Ministros, aos 30 de Maio
3. As informações serão prestadas por escrito, no impresso do de 2006.
modelo aprovado, ou por certidão.
Publique-se.
A Primeira-Ministra, Luísa Dias Diogo.
Decreto n.· 2412006
de 23 d, Agosto

A dinâmica da vida económica impõe .o estabeíectmento


de procedimentos mais céleres e menos burocráticos na Regulamento de Funcionamento da Central
constituição de pessoas colectivas e na celebração de contratos. de Valores Mobiliários
A legislação actualmente em vigor prevê a exigência da outorga
de escritura pública para a validade de alguns actos e contratos, ARTIGO I
exigência esta que acaba prejudicando a celeridade pretendida, (Objecto)
tornando-se, então, necessário proceder a alterações à legislação
vigente. O presente Regulamento tem por objecto o estabelecimento
Assim, ao abrigo da alíneaj) do artigo 204 da-Constituição da dos princípios e disposições fundamentais que regem a natureza,
República, o Conselho de Ministros decreta: organização, gestão e funcionamento da Central de Valores
Mobiliários.
Artigo I. O artigo 10 do Decreto n.0·43525, de·7 de Março de
1961, passa a ter a seguinte redacção: ARTIGO 2

"Artigo 10- (Natureza e lunçOe.)

Devem ser reduzidos a documento escrito: 1.A Central de Valores Mobiliários é um serviço individualizado
a) Os arrendamentos sujeitos ao registo; por conveniência da sua especificidade técnica e da sua
!imcionalidade em prol do bom funcionamento do incrcado de
b) Os arrendamentos para comércio ou indústria; valores mobiliários.

Potrebbero piacerti anche