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7ºano

Ficha formativa
GRUPO I
A. Lê o texto que se segue:

A Enfiada de Petas
Era uma vez um homem que não pôde pagar a renda ao
fidalgo de quem era caseiro, e foi-lhe pedir perdoança; o fidalgo
pensou que o que ele estava era a mentir, e disse-lhe:
— Só te perdoo as medidas da renda se me disseres uma
mentira do tamanho de hoje e amanhã.
Foi-se o lavrador para casa e contou a coisa à mulher, sem
saberem como se haviam de arranjar com o senhorio, que os
podia pôr no olho da rua.
Um filho tolo, que tinha, disse:
— Ó meu pai, deixe-me ir ter com o fidalgo, que eu hei-de arranjar a coisa de modo
que ele não tenha remédio senão dar a perdoança das medidas.
— Mas tu não atas coisa com coisa.
— Por isso mesmo.
Foi o tolo e pediu para falar ao fidalgo, dizendo que vinha ali pagar a renda. O fidalgo
mandou-o entrar; ele então disse:
— Saberá Vossa Senhoria, que a anesa foi má, mas isso não faz ao caso; meu pai tinha
tantos cortiços de abelhas que não lhe dava conta; pôs-se a contar as abelhas e acertou
de lhe faltar uma; botou o machado às costas e foi procurar a abelha; achou-a pousada
na carucha de uma amieira; vai ele cortou a amieira para caçar a abelha, que por sinal
vinha tão carregadinha de mel, que ele crestou-a, e não tendo em que guardar o mel
meteu a mão no seio e tirou dois piolhos e fez da pele dois odres que encheu, mas
quando vinha a entrar em casa, uma galinha comeu-lhe a abelha; atirou à galinha com o
machado para a matar, mas o machado perdeu-se entre as penas; chegou o fogo às
penas, e depois que elas arderam é que achou o olho do machado; dali foi ao ferreiro
para lho arranjar, e o ferreiro fez-lhe um anzol, com que foi ao rio apanhar peixes, e saiu-
lhe uma albarda, tornou a deitar o anzol e apanhou um burro morto há três dias que
pestanejava; botou-se a cavalo nele e foi ao ferrador para lhe dar uma mezinha, e ele
deu-lhe o remédio de sumo de fava seca, mas nisto caiu-lhe um bocado num ouvido,
onde lhe nasceu tamanho faval, que tem dado favas, que ainda aí trago quinze carros
delas para pagar a renda a Vossa Senhoria.
O fidalgo, já enfadado, com tanta patranha, disse:
— Ó rapaz, tu mentes com quantos dentes tens na boca.
— Pois, senhor, está a nossa renda paga.
Teófilo Braga, Contos Tradicionais do Povo Português, vol.I

1. Estudámos na aula que a tradição oral faz parte do nosso imaginário e constitui um
testemunho valioso, pois reflete valores, crenças e tradições de uma determinada
comunidade.
1.1. Identifica o tipo de texto que acabaste de ler.
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1.2. Divide-o nos seus momentos principais, fundamentando a tua opção.
1.3. Este texto respeita as suas características habituais? Justifica.

2. Presta agora atenção às personagens intervenientes.


2.1. Identifica-as e classifica-as.
2.2. Atenta na personagem principal e procede à sua caracterização.
2.3. Retira do texto algumas passagens que ilustrem a esperteza do filho do lavrador.

3. Atenta no tempo e no espaço em que decorre a ação.


3.1. Faz o levantamento das marcas temporais e espaciais presentes no conto.
3.2. Consideras que as marcas encontradas são suficientes para caracterizar com
clareza o tempo e o espaço? Justifica a tua resposta.

4. O conto apresenta algumas marcas de oralidade. É disso exemplo a seguinte fala: «—


Mas tu não atas coisa com coisa.»
4.1. Transcreve outras passagens elucidativas.

5. A maioria das narrativas tradicionais encerra uma intenção moralizante. Este texto
respeita essa característica? Justifica.

GRUPO II
A. Lê os seguintes excertos desta carta.
Suponho que sabes que sou tua irmã, por termos o mesmo pai. Só me contaram esta verdade
quando fiz 13 anos e, desde essa altura, fiquei com uma enorme vontade de te conhecer!
Não foi fácil arranjar coragem para pedir ao pai que me enviasse a tua morada, mas lá
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consegui e, por isso, estou agora a escrever-te, depois de ter discutido o assunto com a minha
mãe, que achou natural que eu quisesse conhecer a minha irmã (ainda por cima, não tenho mais
irmãos...).
Patrícia,
Não tenho a certeza, mas julgo que já ouvistes falar de mim... O meu nome é Silvana Gomes
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Vaz, mas quase toda a gente me chama Naná, porque foi assim que eu comecei a dizer o meu
nome, em pequena.
Compreendo que precises de algum tempo para pensares no que vais fazer depois de leres esta
carta, por isso, fico à espera da tua resposta o tempo que for preciso (apesar de o meu forte não
ser a paciência...).
Se foss e possível, gostaria de me encontrar contigo antes do Natal, que é a festa da família, e
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tu fazes parte da minha família! No entanto, se não der, talvez possas, pelo menos telefonar-me...
Esperando que não te esqueças do meu pedido, despeço-me desejando que tudo te corra bem!
Um beijo da tua irmã (que quer ser tua amiga),
Silvana
Fiz 14 anos há pouco tempo e ando no 9º ano, num colégio aqui em Lisboa, não muito longe da
minha casa. Vivo só com a minha mãe, que se chama Susana Alves Gomes e trabalha numa
perfumaria. Para além disto, tem imenso jeito para trabalhos manuais e faz arranjos para vender.
4 Posso dizer que me dou bem com ela e com os meus padrinhos, que costumo visitar ao sábado.
O pai é que, infelizmente, deixou de se dar comigo, porque, como sabes, divorciou-se da
minha mãe e foi viver para o Algarve.. Na verdade, já há imenso tempo que não o vejo, mas vou-
lhe escrevendo, de vez em quando.
É claro que tenho muitas mais coisas para te dizer sobre mim, mas gostaria mais de o fazer
pessoalmente, até porque sinto que preciso de te conhecer e quero muito que venhamos a ser
amigas.
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Não sei se a tua família estará de acordo com a ideia de nós nos encontrarmos, mas conto
que, com boa vontade, acabem por se convencer, até porque não é lógico que duas irmãs não se
conheçam, vivendo ainda por cima na mesma cidade.

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1. Reconstitui a carta, ordenando os parágrafos pela ordem correta.
2. Qual é a relação de parentesco entre a Silvana e a Patrícia? Justifica a tua afirmação.
3. Quando é que Silvana soube da existência de Patrícia?
4. Qual foi a reação da mãe de Silvana quando ela mostrou vontade de contactar
Patrícia?
5. Em poucas linhas, explica como é a atual relação de Silvana com o pai.
6. Com base no texto prova que a distância entre as duas não é de cariz geográfico.
7. Que propõe Silvana a Patrícia, no fim da carta?
8. Como designas este texto?
9. Quem é o destinatário? E o remetente?
10. De acordo com o que referimos durante as aulas, a carta obedece a determinada
estrutura. Esta missiva respeita-a? Justifica.

B. Após uma leitura/análise atenta do documento reproduzido, responde ao questionário:

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1. Identifica o documento.
2. Justifica o título atribuído a esta pequena história.
3. Identifica o estado de espírito da personagem Titeuf, ao longo da acção.
4. Tendo em conta o que estudaste nas aulas, identifica, exemplificando, os recursos
expressivos utilizados nesta BD para:
a) evidenciar as mudanças de estado de espírito das personagens;
b) movimentos rápidos de uma paret do corpo;
c) ruídos
d) frases produzidas em voz alta ou aos gritos.

B. Classifica como verdadeiras (V) ou falsas (F) as afirmações seguintes:


V F
 A lenda, a notícia, as adivinhas e as quadras são textos de  
transmissão oral.
 A fábula distingue-se da lenda por causa do tipo de personagens.  
 A fábula recorre aos animais para nos representar as qualidades e  
os defeitos do ser humano.
 Na carta, um remetente e um destinatário são os intervenientes.  
 O tipo de carta depende da disposição do destinatário.  
 No envelope, deve constar remetente e destinatário.  
 A receita de bolo, o manual de instrução de um aparelho de DVD, o
regulamento de um condomínio e a bula de um remédio são textos  
institucionais.
 A linguagem deste tipo de textos deve ser simples, acessível, clara e  
concisa.
 Recorrem ainda frequentemente a gráficos e imagens.  
 A B.D. serviu-se das artes gráficas, da pintura, do teatro e da  
literatura para criar o seu universo.
 Podemos distinguir, na B.D., texto verbal e texto icónico.  
 Tal como no cinema, os planos, (aproximação/distância da
personagem), bem como o seu enquadramento, são elementos  
importantíssimos.
 Para superar a ausência de som, a B.D. recorre às onomatopeias.  

GRUPO III
A. Responde às questões que se seguem sobre o conhecimento explícito da língua, de acordo
com as orientações que te são dadas:

1. Classifica quanto ao tipo e à forma as seguintes frases:


a) Como consegue o filho do caseiro dizer tantas patranhas?
b) O fidalgo, enfadado, reconheceu a arte do rapaz e perdoou a divida.
c) Não digas mentiras!

2. Analise sintaticamente as expressões sublinhadas:


a) Amanhã, no castelo, o Tolo dirá ao fidalgo muitas mentiras!
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b) O Tolo pagou-lhe a renda.

3. Classifica as palavras seguintes:


a) perdoança b) atas c) tolo d) não

4. Indica as subclasses a que pertencem os nomes seguintes:


a) odre b) cardume c) Teófilo d) honestidade

5. Qual o plural de ...?


a) capitão b) dólar c) anzol d) covil

6. Qual o feminino de ...?


a) Ladrão b Réu c) Poeta d) Ancião

7. Completa o quadro com exemplos do texto:


Hiperónimo: _________________________

 _________________________________
 _________________________________
 animal  _________________________________
 _________________________________

 _________________________________
 _________________________________
 _____________
 caseiro
 _________________________________

8. Refere os hiperónimos de “água, sumo, leite” e “ cozinha, quarto, sala”

9. Classifica os pares de palavras indicadas:


9.1 Dúvida/duvida 9.2. cabo/cabo 9.3. ilegível/elegível

10. Indica a “voz” destes animais:


a) cavalo b) serpente c) rã d) mocho
10.1. Que nome têm estas palavras?
11. A propósito da informação disponibilizada pelo texto, aplica os teus conhecimentos
escolhendo a palavra correta.
a) A leitura do conto oral foi muito bem (aceite/aceitado) pelos ouvintes.
b) (Folheia/esfolheia) o livro com cuidado-é antiquíssimo.
c) (Haverá/Haverão) conversas a propósito deste tema.

12. Identifica o grau do adjetivo presente na frase: " O pobre fidalgo foi enganado!”
12.1. Coloca agora o adjetivo no grau superlativo absoluto sintético.
12.2. Indica o grau superlativo absoluto sintético de atroz, doce, terrível e sábio.
12.3. Inventa uma frase em que utilizes o adjetivo no grau superlativo relativo de
superioridade.

13. Identifica a subclasse das palavras sublinhadas:


13.1. O Antero tem um ar angélico.

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13.2. Que bigode demoníaco, oh Alex!

14. Nas seguintes frases, retira as preposições e contrações de preposições usadas e


explica-as.
14.1. Ao fim da tarde vamos a Cascais. Vamos de carro, pela Marginal.
14.2. O Zé telefonava-me para Paris três vezes por semana, para saber novidades.

15. Atenta nas frases e classifica morfologicamente as palavras sublinhadas:


15.1. "O nosso grupo formou-se no verão E o teu?
15.2. Esta casa não é minha. E aquela… sabes de quem é?

16. 1. Faz a divisão silábica das seguintes palavras:


16.1 fedelho" 16.2 jiboias" 16.3 arrojado 16.4 d) áurico

GRUPO IV

A. Proposta relativa ao grupo I

Caderno de atividades, (Para)Textos, página 58


Imagina outra situação em que o filho do caseiro consiga salvar a situação
devido à sua “tolice” ou à sua habilidade para contar mentiras e produz um
texto criativo, da mesma tipologia.

B. Proposta relativa ao grupo II, alínea A

Imagina a carta de resposta da Patrícia à Silvana. (Redige um texto breve, mas


que respeite a estrutura deste tipo de texto)
Caderno de atividades, (Para)Textos, página 63

C. Proposta relativa ao grupo II, alínea B

Ao chegar a casa, Titeuf escreve ao seu melhor amigo que vive em Lyon para o
por ao corrente do terrível dia que viveu…

Relê com atenção a noticia que se segue:


Jovens lançam petição online sobre educação sexual

Três associações lançaram uma petição on line para que os jovens dêem o seu contributo para a
discussão sobre a educação sexual. A "Carta dos jovens portugueses sobre saúde sexual e
reprodutiva" pretende ser a voz da juventude sobre um assunto em que só os adultos são
chamados a intervir.
(…) o documento defende que "o acesso a serviços e cuidados de saúde sexual e reprodutiva para
jovens não pode estar sujeito ou dependente da autorização das mães e pais, pois o tabu da
sexualidade começa muitas vezes em casa".
Na opinião dos autores do manifesto, "a solução passa pela educação sexual sem restrições, sem
censuras, que aborde as reais questões colocadas por crianças e jovens".(…)
JN - 11-07-05

Qual é a tua opinião? Deve ser veiculada pela família, pela escola ou ambas?
Pensa nestas (e noutras) questões e redige um texto com a tua opinião.

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