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História do Atletismo
A história do atletismo pode ser dividida em três períodos: o primeiro, de suas origens nas civilizações
primitivas, à extinção dos antigos jogos olímpicos, pelo imperador romano Teodósio, no ano de 393 d.C.;
o segundo, da Idade Média, a época de actividade descontínua ou mesmo de decadência para as
competições de pista e campo, ao século passado, quando educadores vitorianos introduziram os
desportos nas escolas inglesas, definindo-os, codificando-os e mais tarde difundindo os pela Europa; e o
terceiro, do renascimento dos jogos olímpicos, em 1896, com o barão francês Pierre de Coubertin, ao
atletismo dos dias actuais.
O mais antigo registo de competições de atletismo data de 776 a.C., mas é certo que os desportos
organizados, incluindo provas de pista e campo foram praticados muitos séculos antes. Já nas primitivas
Civilizações, o homem cultivava o gosto de competir, medindo sua força, rapidez e habilidade. Os
exercícios eram destinados a aprimorar ou a manter a saúde do corpo, decorriam da própria luta pela
sobrevivência, obrigado a enfrentar de início, inúmeros obstáculos naturais e, mais tarde o seu
semelhante, o homem apurou seus instintos de correr, saltar, lançar etc.
Com as guerras criaram-se os exércitos. O uso de paus e pedras, como armas, deu lugar ao de lançar,
dardos e espadas. Em 2500 a.C., os egípcios já se ocupavam de provas de luta livre e combates com paus.
Dez séculos depois, os cretenses dedicavam-se à dança, ao pugilato e à corrida a pé, como forma de
recreação. Vários achados arqueológicos confirmam que os antigos habitantes da China, Índia e
Mesopotâmia também conheciam pela mesma época, as corridas e os lançamentos de peso.
O berço do desporto organizado situa-se, porém, na Grécia. Segundo Filóstrato, em 1225 a.C. foi
disputado o primeiro pentatlo, (série de cinco provas: corrida, salto em distância, luta, lançamento de
disco e dardo), o lançamento de um bloco de ferro maciço e o lançamento do dardo. Para honrar os deuses
ou homenagear os visitantes, os gregos costumavam organizar programas desportivos, perto de Olímpia,
tradição que foi mantida pelo menos até a segunda metade do século X a.C.
Coube a Ífito, rei da Élida, por sugestão da Pítia, sacerdotisa que interpretava os oráculos de Delfos,
reviver a tradição, em 884 a.C., certo de que, com isso, os deuses interviriam em seu favor e colocariam
fim à peste que assolava o Peloponeso. Mas os jogos olímpicos, recriados por Ífito, só começaram a ser
contados de 776 a.C. em diante, quando os nomes dos campeões passaram a ser inscritos nos registros
públicos. O primeiro foi Corebo (grego Kóroibos, latim Coroebus), da Élida, vencedor da única prova do
programa; a corrida do estádio grego (stádion, latim stadium). O estádio tinha a forma de letra U, com
211 por 23m. A corrida, ou dromo (grego drómos, latim drõmos), era disputada num percurso de 192,27
m, distância que os gregos diziam equivaler a 600 pés de Hércules, herói mitológico cujas façanhas,
segundo a lenda, estariam ligadas à própria origem dos jogos. A corrida do estádio em 724 a.C., passou a
ser disputada em duas voltas completas pela pista, denominando-se diaulo (grego díaulos, latim diaulos).
Quatro anos depois, realizou-se a primeira carreira de fundo, ou dólico (grego dólikhos), que consistia em
12 voltas completas pela pista, ou pouco menos de 4.700m. O programa olímpico, depois disso, só foi
alterado em 708 a.C., quando, além das corridas a pé e de carros, se efectuou o pentatlo com as mesmas
cinco provas descritas por Filóstrato. Seu primeiro vencedor chamava-se Lâmpis (grego Lámpis, latim
Lampis) e nascera na Lacónia. Graças aos registos públicos e às narrativas homéricas, pós-homéricas e de
outros poetas e prosadores, conhecem-se hoje alguns dos princípios que regiam as provas daquele tempo.
Nas corridas, os atletas dispunham-se à boca de um túnel, localizado a oeste do bosque sagrado, numa
linha de saída denominada áfese (grego áphesis). Um toque de trompa ou trombeta, em forma de cone
(grego sálpiks, latim sapinx), precisava para o instante da partida, que também podia se anunciada pelo
juiz, a viva voz.
Nos saltos, era permitido ao atleta impulsionar o corpo, desde que seus pés não ultrapassem uma linha
limite riscada no solo. O vencedor era o que atingisse a maior distância, na soma de três saltos. O disco
(grego dískos, latim discus), antes de pedra, passou a ser de bronze, ao tempo de Ífito. Era mais grosso ao
centro, fino nos bordos, media de 20 a 36cm e pesava 5kg. O discóbolo (grego diskóbolos, latim
discõbulus) situava-se num trampolim ou barreira de terra batida, e ai reproduzia o gesto imortalizado por
Mílon ou Milão de Crotona, atleta cujo lançamento de disco é, até hoje, um dos símbolos dos jogos
olímpicos.
O dardo (grego ksystón), aproximadamente com 1,80m de comprimento, tinha uma extremidade de ferro
pontiaguda que possibilitava ao atleta, com o lançamento, fincá-lo no solo. Sua propulsão fazia-se com o
auxílio de uma correia de 40cm, enrolada um pouco atrás do centro de gravidade do dardo. Essa correia,
accionada com força no momento do lançamento, impunha um movimento rotativo ao dardo, levando-o a
grandes distâncias.
O programa dos jogos olímpicos manteve-se praticamente o mesmo por toda a Antiguidade. No século
VII a.C., em Esparta, houve modificações, para que as mulheres também pudessem competir. Coube a
Licurgo a decisão de que "...as mulheres, como os homens, devem medir entre si a força e rapidez, pois a
missão das mulheres livres é engendrar filhos vigorosos". Nos jogos realizados em Delos, elas
participavam de corridas a pé, por categorias segundo a idade, cumprindo um percurso equivalente a
160m.
Os romanos, assimilarem a cultura grega, já no século I d.C., prosseguiram com a tradição dos jogos
olímpicos, embora com espírito mais recreativo do que competitivo, até que, em 393, o imperador
Teodósio - responsável pela matança de dez mil gregos em Tessalonica - se converteu ao cristianismo,
após curar-se de grave enfermidade: para ganhar o perdão de Ambrósio, bispo de Milão, concordou em
suprimir todas as festividades pagãs, inclusive os jogos olímpicos.
Em 1892, numa sessão solene realizada na Sorbonne, em Paris, Pierre de Fredi, barão de Coubertin,
apresentou um projecto para que fossem recriados os jogos olímpicos extintos por Teodósio. Seu
objectivo era um movimento internacional, o olimpismo, que visava a promover o estreitamento de
ralações entre os povos através do desporto. A posição tinha também, fins pedagógicos: "... Formar o
carácter dos jovens pela prática desportiva, despertando-lhes o senso de disciplina, o domínio de si
mesmo, o espírito de equipe e a disposição de competir". Mas a ideia só se concretizou em 1894, a partir
de um congresso realizado também na Sorbonne, dessa vez com a participação de representantes de 14
países. Foi criado o Comité Olímpico Internacional, com sede em Lausanne na Suíça, e estabeleceram-se
as normas para a realização dos primeiros jogos em 1896, na Grécia O primeiro programa olímpico de
atletismo compreendia corridas de 100, 400, 800 e 1.500m, e mais a de 110m com barreiras, saltos em
distância, altura, triplo e com vara, lançamentos de peso e disco. Uma prova especial a maratona, foi
organizada para os corredores de fundo, por sugestões do linguista e helenista francês Michel Bréal.
Pretendiase com ela, recordar a façanha de Fidípdes (gr. Pheidippídes), soldado ateniense que correu da
cidade de Maratona, perto de Ática, até Atenas, para anunciar aos gregos a vitória de Milcíades sobre os
persas em 490 a.C. A maratona olímpica - que acabou convertendo-se numa das provas clássicas dos
jogos olímpicos modernos-foi corrida num percurso de 42Km, aproximadamente a mesma distância
cumprida por Fidípedes. Seu primeiro vencedor foi o grego Louís Spýros, modesto fabricante que vivia
em Marusi.
O programa original do atletismo olímpico, aberto apenas a competidores do sexo masculino, foi sendo
sucessivamente modificado. Em 1900, introduziram-se as provas de 400m com barreiras, de 2.500m de
steeplechase e de lançamento do martelo. Das modalidades clássicas, as últimas a figurarem nos
modernos jogos olímpicos foram o lançamento do dardo, só disputado oficialmente em 1908, e pentatlo,
em 1912. Neste ano realizaram-se também, o primeiro decatlo (dez provas por um mesmo atleta) e os
relevos de 4x100 e 4x400 metros.
As mulheres só começaram a participar regularmente dos jogos olímpicos em 1928, cumprindo um
programa de 100, 800 e 4x100 metros, o salto em altura e o lançamento do disco. Até 1948, outros
acréscimos e supressões foram feitos tanto no programa masculino como no feminino. De 1948, quando o
número de provas para mulheres aumentou consideravelmente, a 1956, ano em que disputou a primeira
marcha de 20km (a de 50km já fora introduzida em 1932) o programa oficial sofreu suas últimas
alterações.
Os jogos olímpicos ajudaram a popularizar o atletismo, universalizando-o cada vez mais. No século
passado, já existiam alguns órgãos dedicados à regulamentação e promoção de torneios atléticos, entre os
quais o London Athletic Club e o Amateur Athletic Club, ambos na Inglaterra, a Association of Amateur
Athletes of América e o New York Athletic Club, estes nos E.U.A., além de clubes, associações e escolas
de educação física na Alemanha, Suécia, Finlândia, Dinamarca, Noruega e França. O intercâmbio entre
esses países fez-se gradativamente. Os ingleses sistematizaram o atletismo e difundiram-no pela Europa e
E.U.A. Os mesmos ingleses, os alemães e os norte americanos introduziramno em toda a América Latina.
Mas foram os jogos olímpicos no século XX, que transformaram as provas de pista e campo num
desporto universal, base de todos os outros.
As civilizações egípcia e asiática são conhecidos por terem incentivado o atletismo muitos séculos antes
da era cristã. Talvez tão cedo quanto 1829 aC, Irlanda foi o palco de jogos do festival Lugnasad do
Tailteann, envolvendo diversas formas de atletismo.
Os Jogos Olímpicos de Grécia, tradicionalmente datada de 776 a.C., desenvolveram-se durante 11 séculos
antes de terminar sobre o ano 393 a.C. Estes Jogos Olímpicos antigos eram assuntos estritamente
masculinos, facto que se extendia aos participantes e espectadores. As mulheres gregas foram a fama de
ter formado sua própria Heraea Jogos, que, como os Jogos Olímpicos, foram realizados a cada quatro
anos
Atletismo praticado hoje nasceu e cresceu para a maturidade em Inglaterra. A primeira menção do
desporto na Inglaterra foi gravado em 1154, quando os campos de prática foram estabelecidas pela
primeira vez em Londres. O desporto foi proibido pelo rei Eduardo III em 1300, mas reviveu um século
mais tarde, por Henry VIII , a fama de ser um lançador de martelo realizado.
Desenvolvimento moderno
O desenvolvimento do desporto moderno, no entanto, veio somente a partir do início do século 19 onde
foram realizadas na Inglaterra, já em 1825, mas foi a partir de 1860 que o atletismo teve seu maior
aumento para essa data. Em 1861 o Ocidente Rowing Club de Londres organizou a primeira reunião
aberta a todos os amadores, e em 1866 o Amateur Athletic Club (AAC) foi fundada e realizou o primeiro
Inglês campeonatos. A ênfase em todos atende a esses estava em competição para amadores "senhores"
que não receberam compensação financeira. Em 1880, a AAC deu poder de governo para o Amateur
Athletic Association (AAA).
O primeiro encontro na América do Norte foi realizada perto de Toronto em 1839, mas foi o New York
Athletic Club, formado na década de 1860, que colocou o desporto em uma base sólida nos Estados
Unidos promete. O clube realizou indoor do mundo o primeiro encontro e ajudou a promover a formação
em 1879 do Associação Nacional dos Atletas Amadores da América (NAAAA) para realizar
campeonatos nacionais. Nove anos mais tarde, o Amateur Athletic Union (AAU) assumiu como
organismo nacional de governo, em meio a relatos de que o NAAAA foi negligente na aplicação de
amadorismo.
Atletismo foi bem estabelecida em muitos países pelo final dos anos 1800, mas não até que o
renascimento dos Jogos Olímpicos em 1896 que o desporto tornar-se verdadeiramente internacional.
Embora começou modestamente, os Jogos Olímpicos desde a influência e inspiração padronização e se
espalhou interesse no atletismo mundial.
Em 1912, a International Amateur Athletic Federation (IAAF) foi fundada, e pelo tempo que a
organização celebrou o seu 75 º aniversário em 1987, teve mais de 170 membros nacionais. Suas regras
aplicadas apenas à concorrência dos homens até 1936, quando a IAAF também se tornou o corpo
dirigente do atletismo das mulheres.
Principais competições internacionais antes da Segunda Guerra Mundial incluiu os Jogos Olímpicos, os
Jogos do Império Britânico, e do Campeonato Europeu, mas depois da guerra atletismo experimentou sua
maior período de crescimento, tendo raiz, em particular nos países em desenvolvimento. Na década de
1950 atletas de classe mundial de nações africanas, asiáticas e latino-americanos estavam desfrutando de
grande sucesso a nível internacional se reúne.
O atletismo na actualidade
Na actualidade, observando o atletismo mundial, constata-se um fato relevante: os atletas da raça negra se
sobressaem mais significativamente em relação aos atletas brancos na grande maioria das provas de pista
e de rua. Três grandes contextos são discutidos: histórico-sociocultural, biológico e ecológico.
Abordagem histórico-sociocultural
A África é historicamente falando, povoada por tribos nómadas. Essas tribos sobrevivem da colecta de
alimentos do próprio meio ambiente e, com isso, usam seu corpo directamente em contacto com a
natureza e a actividade física. Por exemplo, a tarefa da condução de animais de uma pastagem para a
outra a quilómetros de distância, realizada a pé, tanto por adultos quanto crianças. Devido ao baixo poder
aquisitivo da maioria da população, muitas vezes os meios de transporte são deixados em segundo plano,
sendo realizados determinados percursos a pé ou correndo.
Portanto, desde pequenas as crianças se acostumam a cumprir longos trajectos de suas aldeias até as
escolas. Um fato da história do nosso país que marcou os africanos e que, em parte, comprova nossa tese
é a colonização do Brasil após o Descobrimento. Os colonizadores, inicialmente, utilizaram-se dos índios
como escravos que, devido às dificuldades de controlo, adestramento e capacidade de suportar cargas,
foram trocados pela mão-de-obra escrava negra, importada da África. Empiricamente, já naquela época,
os colonizadores evidenciavam a supremacia da raça negra no que se refere a esforços físicos sobre-
humanos. Além disso, a maioria dos talentos africanos é de origem humilde, que busca inspiração em
seus ídolos, fazendo com que sua força de vontade, sacrifício e determinação sejam mais solicitadas.
O atletismo é um conjunto de desportos constituído por três modalidades: corrida, lançamentos e saltos.
De modo geral, o atletismo é praticado em estádios, com excepção de algumas corridas de longa
distância, praticadas em vias públicas ou no campo, como a maratona.
A corrida
100 metros rasos: é a prova mais nobre do atletismo, que premia o vencedor como o homem e a mulher
mais rápidos do mundo. Nela, oito competidores correm 100 m em linha recta e vence quem chegar
primeiro.
Quando uma pessoa está andando ela mantém um dos pés no chão e o outro no ar a todo momento.
Porém, na corrida, de tempos em tempos, os dois pés do atleta ficam no ar. A corrida é, na verdade, uma
sucessão de pequenos saltos. Ao correr, a pessoa deve elevar os joelhos ao mesmo tempo em que
movimenta os braços. Desta forma, obterá uma rápida deslocação do seu corpo. Nas corridas de
velocidade (100m, 200m e 400m) os atletas usam o bloco de saída, no qual os pés são apoiados um à
frente do outro. O juiz da prova pronuncia as vozes de comando: aos seus lugares e prontos. Na sequência
executa um disparo momento em que os atletas partem para ganhar aceleração, manter a velocidade
imprimida e chegar ao final da distância da prova.
Quando um atleta queima a largada (realiza um movimento ou mesmo um som antes do tiro) todos os
atletas recebem uma advertência, isto é, o juiz mostra aos atletas um cartão verde. Esta advertência
significa que na próxima queima de largada (independente do atleta que realize, sendo o atleta que
queimou a primeira vez ou não) o atleta será eliminado.
A pista
Há duas opções indicadas para a construção de uma pista de atletismo: sistema em poliuretano ou em
mantas de borracha natural. Ambas estão disponíveis no país. Isso possibilita que atletas brasileiros
tenham contacto com pistas de qualidade internacional.
Uma pista oficial de atletismo é constituída de duas rectas e duas curvas, possuindo raias concêntricas;
tem o comprimento de 400 metros na raia interna (mais próxima ao centro). A raia mais externa é mais
longa, possuindo 449 metros.
Nas corridas de curta distância, os atletas devem permanecer nas raias a partir das quais largaram. Nas
corridas de média e longa distância, os atletas não precisam correr nas raias, e geralmente se encaminham
para a raia mais interior, evitando percorrer distâncias maiores.
Exercícios
1. Defina o atletismo por suas palavras.
2. Aponte dois elementos que contribuíram para o desenvolvimento do atletismo.
3. Quem são os precursores do atletismo no mundo.
4. Indique quatro características básicas de atletismo.
Velocidade
As provas de velocidade caracterizam-se por serem provas de curta distância e têm por objectivo,
percorrer essa distância no menor tempo possível.
Nas corridas até 400 m inclusive, cada atleta terá de ter uma pista individual, com uma largura de 1,22 m,
limitada por linhas com 5 cm de largura.
Em todas as provas de velocidade, corridas até 400 metros e o primeiro percurso dos 4x200 m e 4x400 m,
os blocos de partida terão de ser usados. Quando colocado na pista, nenhuma parte do bloco de partida
poderá situar-se sobre a linha de partida ou prolongar-se para outra pista individual.
Regulamento específico
Os atletas têm que correr a totalidade da prova dentro dos limites da pista que lhes foi atribuída.
Um atleta é desclassificado se ultrapassar as linhas da sua pista, tirando alguma vantagem para a sua
corrida ou prejudicando outro atleta.
Na posição de partida (“aos seus lugares”) os atletas não podem pisar ou ultrapassar a linha de partida
Velocidade, variação da posição de um corpo por unidade de tempo. É um vector, ou seja, tem módulo
(grandeza), direcção e sentido. A velocidade, também conhecida como rapidez ou celeridade, é expressa
como distância por unidade de tempo. A velocidade é definida como a rapidez de percorrer uma distância
em pouco tempo ou num intervalo de tempo.
Na corrida de velocidade podemos distinguir três fases importantes:
A partida;
O desenvolvimento da corrida;
Achegada
Na fase da corrida propriamente dita, ainda podemos distinguir três fases distintas: a fase de aceleração,
a de manutenção da velocidade máxima e a fase de desaceleração.
Partida
Em situação de competição a partida é indicada por um juiz através das seguintes vozes de comando:
“Aos seus lugares” – o atleta deve:
Colocar-se nos blocos numa posição de cinco apoios no solo
(mãos, pés e joelho);
Colocar os pés nos blocos, normalmente com o MI mais forte no bloco da frente;
Ter o joelho apoiado no solo do membro de impulsão (MI) que apoia o bloco de trás;
Ter os MS apoiados o solo em extensão e as mãos ligeiramente mais afastadas que a largura dos
ombros;
Ter os dedos polegar e indicador afastados e apoiados imediatamente atrás da linha de partida;
Colocar a cabeça no prolongamento do corpo, com o olhar fixo para a frente da linha de partida.
“Prontos” – o atleta deve:
Colocar-se na posição de quatro apoios, elevando o joelho do MI de trás;
Elevar a bacia e avançar ligeiramente os ombros para a frente;
Apoiar fortemente os pés nos blocos;
Manter os MS em extensão e as mãos apoiadas no solo.
“Sinal de partida” – o atleta deve:
Retirar as mãos do solo;
Realizar uma extensão rápida dos MI;
Avançar rapidamente o joelho do MI que está atrás (1ºpasso);
Coordenar o movimento dos MS com o dos MI;
Manter o olhar dirigido para a frente.
Fase de aceleração
Fase durante a qual se pretende atingir a velocidade máxima num período de tempo mais curto possível.
Nesta fase é importante:
Primeiras passadas muito rápidas e curtas, com um movimento do pé rasante ao solo;
Redução gradual da inclinação do corpo à frente até atingir a vertical;
Aumento gradual da amplitude da passada para permitir um rápido aumento da velocidade.
Corrida maxima ou fase da manutenção da velocidade
O período durante a qual o atleta consegue manter a sua velocidade máxima. Nesta fase é importante:
Manter elevada frequência da passada;
Realizar o contacto dos pés com o solo pela parte anterior (parte da frente do pé);
Passar o calcanhar do MI livre junto da nádega, no balanço atrás;
Elevar a coxa à horizontal, no balanço à frente;
Braços com movimentos enérgicos e descontraídos, deslocando-se com um ângulo braço/antebraço
próximo dos 90°;
Manter o olhar dirigido para a frente.
Fase de Desaceleração
Ela pode ocorrer nos últimos metros da corrida e deve-se principalmente à fadiga acumulada pelo atleta.
Esta fase varia com a distância da corrida (correr 60 m é diferente de 400m, sendo ambas
provas de velocidade) e o nível do atleta.
As componentes críticas são as mesmas da velocidade máxima, no entanto deverá existir um aumento da
amplitude da passada para compensar a perda de frequência.
Chegada
A chegada à meta é a última fase de uma corrida, sendo também importante pois dela pode depender a
vitória numa prova.
A chegada pode ser feita com a inclinação do tronco à frente ou avançando o ombro oposto à perna da
frente e oscilando os braços para trás. É importante não diminuir a velocidade.
Exercício 4
1. Fale da importância da aceleração numa corrida de velocidade.
2. Caracteriza cada uma das fases da corrida de velocidade.
Corrida – É uma sucessão de saltos com progressão horizontal. Possui uma fase aérea maior ou menor
dependendo da velocidade de progressão.
Os sucessivos impulsos fazem com que qualquer elemento ao progredir horizontalmente observe seu
contacto com o solo, ou seja, quanto maior a velocidade menor será o contacto do calcanhar com o solo.
Partindo da posição estática, com pés unidos poderemos avaliar toda a performance técnica de um
indivíduo.
Ao caminhar observamos que em primeiro lugar realizamos o deslocamento do centro de gravidade
provocado por vários grupos musculares. Este sistema provoca sucessivos apoios dos pés sobre o solo de
maneira alternada, porém em nenhum momento ocorre a perda do contacto com o mesmo.
O ciclo de deslocamento na caminhada é realizado por calcanhar, planta do pé e ponta dos pés. A medida
em que se aumenta a v velocidade desta caminhada aumenta-se também o ciclo de contactos com o solo.
Quanto mais rápida a caminhada mais rapidamente se passará à fase da corrida. A acentuada posição do
calcanhar, na caminhada, passa na corrida lenta a ter menor projecção. Ao realizarmos uma corrida lenta
ocorre o contacto de todo o pé com o solo (pé chapado). À medida que aumentamos a velocidade desta
corrida perdemos gradativamente o contacto do calcanhar com o solo.
O ciclo da fase aérea entra em acção, provocado pela série de impulsos gerados pela ponta do pé. Nas
provas de velocidade, por exemplo, a utilização da ponta dos pés é grande. A frequência das passadas
deverá ser intensa.
COLOCAÇÃO DOS PÉS – A colocação do pé no solo, ao realizar os apoios nas passadas, depende
muito do estilo próprio do corredor. Nas corridas de meio-fundo, por exemplo, o pé deverá apoiar-se
primeiramente sobre o metatarso. (a) Já nas provas mais longas coloca-se primeiro a parte anterior do pé e
depois a parte lateral externa (b), sendo que o calcanhar aproxima-se mais do solo em comparação com as
corridas de velocidade, onde o calcanhar fica mais elevado (predomina a ponta do pé), (c), porque a
inclinação do corpo é mais acentuada para aumentar o impulso de deslocamento. Em todos os casos, os
pés devem ser colocados paralelamente um ao outro
Exercício 3
1. Fale das características gerais da prova de 1500 metros.
2. Onde e como é feita as provas de meio fundo.
Estafetas
A largada é dada no mesmo local dos 400 m rasos. Cada equipe possui 4 atletas, dispostos nos 4 pontos
distantes da posta. O 1º atleta de cada equipe, colocando no local de largada, em bloco de partida, com um
bastão numa das mãos. Ao tiro de largada deverá correr e entregar ao 2º atleta de sua equipe (entrega
somente dentro da zona de passagem). O 2º atleta de posse do bastão entregará ao 3º de sua equipe e este
ao 4º último atleta da equipe.
A zona de passagem do bastão tem 20 metros, sendo desclassificada a equipe que realizar uma passagem
de bastão fora da zona. Não deverá haver invasão de raia por qualquer equipe, e nem prejudicar equipes
adversárias durante a passagem de bastão.
A corrida de relevo consiste em percorrer uma certa distância por etapas, sendo cada etapa percorrida por
um corredor.
Cada equipe é composta por quatro corredores, sendo que cada um deles percorre uma distância
semelhante (100 ou 400 metros), conduzindo um bastão. Esse bastão é conduzido de mão em mão entre
todos os componentes da equipe.
Daí a denominação de corrida de relevo, devido a troca realizada entre os corredores, a qual é feita dentro
da zona de passagem, constituída de um espaço de 20m situado dentro da raia.
No caso do relevo 4x100m, em que cada corredor corre a distância de 100m, a zona de passagem é
marcada 10m antes e 10m depois de cada 100m que constituem cada uma das etapas da prova. Portanto, a
primeira zona tem seu início aos 90m e o final nos 110m. A segunda se inicia ao 190m e finaliza nos
210m e a terceira com início nos 290m e final nos 310m, formando, desta maneira, o conjunto de três
zonas de passagem, sendo que o quarto corredor da equipe apenas recebe o bastão e o conduz até o final.
Como é necessário que as trocas sejam efectuadas em velocidade (4x100), existe um espaço de 10m antes
do início da zona de passagem, denominado zona opcional, onde o corredor que recebe o bastão se coloca
em posição de espera do companheiro que traz o bastão.
Essa zona tem por objectivo permitir ao corretor receptor do bastão iniciar a sua corrida com
antecedência, a fim de entrar na zona de passagem em alta velocidade, para igualar à velocidade do
companheiro que está chegando.
Antes da zona opcional (10 a 15 pés), faz-se uma marca na pista, que serve como ponto de partida para o
receptor do bastão iniciar sua corrida e não olha mais para trás, porque, a partir desse instante, toda a
acção realizada pelos dois corredores é automática, obtida através de treinamento, até que o bastão seja
passado de um corredor para outro.
X Zona opcional Zona de passagem O corredor que vai receber o bastão deve se colocar no começo da
zona opcional, numa posição favorável para executar sua acção. Para isso, existem duas maneiras de
posicionamento:
Saída alta: O corredor se coloca em pé, ligeiramente inclinado para frente, com as pernas afastadas,
tendo o peso do corpo sobre a perna da frente. A cabeça deve estar voltada para trás, com o olhar dirigido
ao companheiro que vem ao seu encontro.
Saída Semi-agachada: É a posição de espera em que o 6-corredor, postado no início da zona opcional, se
coloca na posição de três apoios, com as pernas em afastamento e a mão contrária ao pé da frente apoiada
no chão. O olhar deve estar voltado para trás, do lado oposto à mão que está apoiada, observando o
companheiro que se aproxima. O braço livre é colocado atrás, em posição normal de corrida.
b) Alemão ou Ascendente: Para receber o bastão, o corredor coloca o braço de acção semiflexionado
para trás, com a palma da mão voltada para o companheiro que se aproxima, tendo os dedos unidos, com
excepção do polegar, que deve estar voltado para baixo, em direcção ao solo. Dessa forma, o bastão é
colocado em sua mão através de um movimento de baixo para cima, executado pelo companheiro que faz
a passagem. Daí a denominação de passagem ascendente, devido à trajectória de elevação do bastão para
ser colocado na mão do corredor receptor. O inconveniente deste estilo reside no perigo de o bastão cair
da mão, uma vez que a mão receptora deve se unir ou ficar muito próxima à mão do companheiro que faz
a entrega, a fim de não faltar espaço no bastão nas passagens seguintes, isto é, a metade anterior do bastão
precisa ficar livre.
Método Uniforme
Caracterizado pela troca de mãos, porque o corredor recebe o bastão em uma das mãos e imediatamente
passa-o para a outra. Ex.: o primeiro corredor parte com o bastão na mão direita e entrega-o ao segundo
em sua mão esquerda; este, imediatamente, troca o bastão de mão, passando-o à direita, para prosseguir a
corrida; e assim sucessivamente, de forma que os quatro corredores realizam suas etapas da corrida
conduzindo o bastão na mão direita, realizando, portanto, uma acção uniforme.
Considerando que existe uma pequena perda de tempo e uma ligeira influência negativa na acção da
corrida, esse método já não é o mais indicado.
Método Alternado
Neste método não existe a troca de mãos; o bastão é transportado na mesma mão que o recebeu e, por este
motivo, torna-se necessário adoptar algumas medidas para a disposição de cada um dos componentes da
equipe dentro da pista.
Assim, o corredor que transporta o bastão na mão direita corre pelo lado interno da sua baliza e o que
recebe já está postado no lado externo da baliza, por onde fará a sua corrida, uma vez que o bastão será
depositado em sua mão esquerda. No conjunto todo, pela ordem, o primeiro corredor leva e passa o bastão
com a sua mão direita, correndo pelo lado interno da pista; o segundo corredor recebe, leva e passa o
bastão com sua mão esquerda, correndo pelo lado externo da baliza; o terceiro recebe, transporta e passa o
bastão com a sua mão direita, correndo pelo lado interno e, finalmente, o quarto e último componente da
equipe recebe o bastão em sua mão esquerda e o mantém na mesma durante toda a corrida, até ultrapassar
a linha de chegada, fechando, assim, o relevo.
Disso se conclui que os relevos foram realizados alternadamente – direita, esquerda, direita, esquerda,
razão pela qual esse método se denomina alternado.
Corridas de Barreiras
As corridas de barreiras são provas de velocidade cujo objectivo é coordenar, com a máxima rapidez, a
corrida e a passagem das barreiras.
Partida
A corrida com barreira exige grande velocidade. A partida usada será a baixa (com blocos de partida). Os
autênticos barreiristas devem trabalhar a distância até a primeira barreira tão a fundo que possam passa-la
de olhos vendados, se necessário. No momento do tiro, deve colocar-se em posição normal mais
rapidamente que o velocista.
O tronco deve estar na posição mais erecta aos 8 ou 10 metros da saída. Nos 110 metros com barreiras, da
partida até atingir a primeira barreira serão dadas 7 ou 8 passadas.
Cada atleta tem mais facilidade em elevar, em primeiro lugar, determinada perna, para ultrapassar a
barreira. Chamamos esta perna que se eleva primeiro de “perna de abordagem”, e a outra de “perna de
impulsão”. O ideal é sete passadas até o momento para elevar a perna de abordagem. Muitas vezes a
posição dos blocos de partida não permite que o atleta atinja a primeira barreira com a perna que tem mais
facilidade para aborda-la. Nesse caso, é mais aconselhável que se mude a posição das pernas nos blocos
de partida do que mudar a perna de abordagem.
Abordagem
Quando o atleta não tem ideia de qual é sua perna de abordagem e visamos prepara-lo para uma corrida
de 400m (em que há passagem nas curvas), devemos treina-lo para que faça a abordagem com a perna
esquerda, pois nas curvas o corpo estará inclinado para a esquerda, e a perna direita, que passa flexionada
sobre a barreira, irá fazê-lo com mais facilidade.
A perna de abordagem, no entanto, deverá sempre ser a que o atleta tiver mais facilidade de elevar em
primeiro lugar para ultrapassar a barreira.
O atleta deve procurar dar a impulsão sempre de uma mesma distância da barreira. Esta varia para cada
atleta, mas podemos dizer que uma distância média de 2 metros é a recomendável. A perna de abordagem
deve elevar-se semiflexionada, com a ponta do pé para cima.
Erros
Elevar a perna descrevendo um arco lateral, ocasionando desequilíbrio e perda da velocidade.
Elevação da perna totalmente estendida, com o pé em extensão, pois isto resultará num choque violento,
quando o pé tocar o solo.
A perna de impulsão só deixará o solo depois de totalmente estendida. Isto evita que o atleta de um
salto, ocasionando perda de velocidade. A barreira deve ser passada e não saltada.
A perna de impulsão, após deixar o solo, deverá ser flexionada. Depois de passar sobre a barreira, a perna
de impulsão deverá ser puxada rapidamente para frente até o pé tocar o solo.
O tronco deverá ser flexionado para passar sobre a barreira. Isto por dois motivos: (1) imprimir maior
velocidade ao corpo durante a passagem e (2) facilitar a passagem da perna de impulsão, pois o tronco
flexionado, a perna se eleva com mais facilidade.