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CONTEÚDOS
Figura 1 – O poder do monarca Assim, muitos nobres abandonaram seus feudos para se
Fonte: Fundação Bradesco dedicar a vida política que se concentrava em torno do rei.
A dinastia Capetíngia se encerra com a morte do rei Carlos IV que morre sem deixar
herdeiros, gerando uma crise de sucessão que desencadeará a Guerra dos 100 Anos
(1337-1453). Inicialmente, quem vence a disputa pelo trono francês é Filipe de Valois
(sobrinho de Filipe o Belo), que dá origem a uma nova dinastia na França.
A Dinastia dos Valois (1329-1588) foi marcada pela Guerra dos 100 anos que se
estende sob a influência das graves crises de fome e com o avanço exponencial da Peste
Negra, de modo que o país acaba dividido entre norte (domínio inglês) e sul (domínio
francês). Nesse contexto, surge uma camponesa chamada Joana D’arc que passa a liderar,
quase que de forma messiânica, alguns grupos de soldados franceses, garantindo
importantes vitórias contra a Inglaterra. Apesar de sua contribuição para a vitória da França
na guerra dos 100 anos, a Igreja Católica condena Joana D’arc a morrer na fogueira pelo
crime de heresia em 1431. A vitória definitiva da França nessa guerra só foi atingida pelo
rei Carlos VII em 1453.
Após a vitória na Guerra dos 100 Anos, a dinastia dos Valois irá enfrentar sérios
conflitos religiosos entre católicos e protestantes. Esses conflitos acarretarão na morte do
rei Carlos IX que falece sem deixar herdeiros. Os católicos acusaram os protestantes de
serem os responsáveis pela morte do rei e promoveram um massacre que matou centenas
de protestantes franceses em 1572 na Noite de São Bartolomeu. Após esse conflito, a
rainha Margot de Valois (irmã do rei Carlos IX) assume o trono francês ao lado do seu
marido Henrique de Bourbon, dando início a uma nova dinastia.
A dinastia dos Bourbons (1589-1789) assume o governo da França e para apaziguar
os conflitos religiosos estabelece o Édito de Nantes que garante a liberdade de culto aos
cidadãos franceses. Sob o reinado de Luís XIII, o país é governado pelo cardeal de Richilieu
que criou leis que favoreceram a burguesia e restringiu a influência da nobreza. O apogeu
do absolutismo francês foi atingido com o monarca Luís XIV, o rei sol, que construiu o
luxuoso palácio de Versalhes. Essa dinastia caiu apenas no reinado de Luís XVI em
consequência da Revolução Francesa.
Figura 11 – Símbolo da casa dos York Figura 12 – Símbolo da casa dos Lancaster
Fonte: Wikimedia Commons Fonte: Wikimedia Commons
Vale lembrar que essas duas famílias nobres eram muito fortes e influentes na
Inglaterra e que elas se diziam as herdeiras legítimas do trono desse país. Por fim, a guerra
fez com que lutassem entre si até o enfraquecimento mútuo, o que possibilitou que uma
terceira família, os Tudors, se aproveitarem desse contexto para tomar o poder e se
consagrar como a nova dinastia inglesa.
A dinastia Tudor (1487-1603), inicia sob o governo de Henrique VII, que estabeleceu
o fim das guerras internas por meio de uma série de alianças conquistadas em casamentos
de conveniência. O apogeu dessa dinastia se deu sob o reinado de Henrique VIII que rompe
com a Igreja Católica, confiscando as suas terras e fundando a Igreja Anglicana.
Após a morte de Henrique VIII o trono inglês passa para as mãos de sua filha Mary
I, a sangrenta, (filha do primeiro casamento de Henrique VIII) que persegue os protestantes
e morre alguns anos após sua posse. Assim, o poder passa para Elizabeth I, a virgem (filha
do segundo casamento de Henrique VIII), que amplia as conquistas de seu pai, investindo
muitos recursos na marinha inglesa ao ponto de derrotar a “Invencível Armada Espanhola”
e se tornar a “Rainha dos Mares”. Durante seu reinado a monarca se aproximou da
burguesia e a Inglaterra prosperou economicamente, vivendo anos de relativa estabilidade.
Após sua morte, por falta de um herdeiro direto, o trono passou para seu primo James
Stuart, finalizando o reinado dessa dinastia.
A dinastia Stuart, (1603-1649) teve monarcas menos habilidosos para conciliar a
política absolutista inglesa aos interesses da burguesia mercantil do país. Surgiu, assim,
uma série de insatisfações que desencadearam na Revolução Puritana que derruba o
último monarca dessa dinastia, o rei Charles I e coloca o militar Oliver Cromwell no comando
da república inglesa.
ATIVIDADES
Sabe-se que essa batalha de cristãos contra muçulmanos foi bastante importante no
processo de formação das monarquias nacionais ibéricas. Nesse contexto, explique qual
foi o fator comum no processo de formação da monarquia espanhola e portuguesa.
2. O conflito se caracterizou pela disputa de duas nações que queriam exercer o controle
de alguns territórios e dos respectivos impostos de suas áreas mercantis. Esse domínio de
importantes áreas econômicas era necessário para o fortalecimento de qualquer monarquia
que pretendia realizar uma centralização política. Nesse contexto, pode-se dizer que as
nações envolvidas na Guerra dos 100 Anos eram
a) a França e a Inglaterra.
b) a Espanha e a França.
c) a Inglaterra e Portugal.
d) a Espanha e Portugal.
e) a Inglaterra e a Espanha.
3. O absolutismo inglês foi tardio. Por anos, os reis ingleses tiveram que se submeter a
pressão política dos nobres que exerciam o poder local. Assim, a monarquia inglesa
praticamente só ganhou força durante a dinastia Tudor.
Nesse contexto, pode-se afirmar que o rei Henrique VIII fortaleceu o seu governo na medida
em que ele
Joana D’arc
Joana D’arc nasceu na França, no ano de 1412, no lugarejo de Domrémy. No
contexto histórico do século 15, a França se encontrava em meio a uma “turbulência”
política, social e econômica. O rei Carlos VI estava doente e, por suas ausências no
governo, a rivalidade entre a casa da França e a casa de Borgonha (também na França)
acentuou-se.
A França, no século 15, encontrava-se quase que em uma total anarquia e
permeada por motins e assassinatos. Assim, os conflitos civis e a desordem social estavam
instalados na França. Dentro desse contexto, a Inglaterra, sob o comando do rei Henrique
V, viu a oportunidade de tomar o poder na França.
No ano de 1422, no entanto, o rei Carlos VI, da França, e o rei inglês Henrique V,
morreram. A irmã de Carlos VI, casada com Henrique V, assumiu a regência do trono
francês. Sem nenhum sucessor para o trono francês, os ingleses aproveitaram para uma
possível invasão da França. No momento em que a França estava sendo invadida pelos
ingleses, surgiu a figura mítica da história francesa: Joana D’arc, insatisfeita com o governo
britânico, assim como os camponeses e populares.
Joana, quando era criança, divertia-se normalmente, brincava, mas tinha
responsabilidade sobre outros afazeres: tomava conta do rebanho de carneiros, costurava
e cuidava dos serviços domésticos. A religiosidade era outra característica presente na vida
de Joana D’arc, tanto é que, aos 12 anos de idade, conta-se que a menina afirmou ter
ouvido vozes vindas do céu que lhe diziam para salvar a França e coroar o rei.
Em certo dia, Joana escreveu ao rei uma carta, pedindo conselhos, e o rei aceitou
recebê-la (os motivos da concordância do rei são desconhecidos). Dessa maneira, Joana
D’arc partiu para a corte no dia 13 de fevereiro de 1429 e chegou ao Castelo de Chinon,
residência do rei Carlos VII (filho de Carlos VI. É interessante ressaltar que a Inglaterra não
reconhecia a legitimidade do governo de Carlos VII), no dia 23 de fevereiro. As primeiras
palavras de Joana para o rei foram em relação à visão que havia tido.
Entretanto, o rei somente acreditou em Joana quando ela falou sobre os vários
pedidos que ele fizera a Deus, enquanto rezava solitário na Igreja. Após ser testada também
por teólogos, Joana D’arc recebeu do rei uma espada, um estandarte e o comando geral
dos exércitos franceses.
Joana queria atacar a região de Orleans sob o comando dos ingleses, por isso
enviou um aviso a eles: “A vós, ingleses, que não tendes nenhum direito neste Reino de
França, o Rei dos Céus vos ordena, e manda, por mim, Joana, a Donzela, que deixeis
vossas fortalezas e retorneis para vosso país, caso contrário farei grande barulho” *.
A guerreira e a tropa francesa mobilizada pelo rei Carlos VII conseguiram
empreender vitórias em diversas batalhas. Essa disputa ficou conhecida na história como
a Guerra dos Cem Anos (1337-1453), da qual a França saiu vitoriosa, conseguindo expulsar
os ingleses, principalmente do norte da França.
Após a expulsão dos britânicos, os nobres franceses, representados pelo rei Carlos
VII, temerosos de uma forte aliança popular entre Joana D’arc e a população camponesa,
entregaram-na para os ingleses. Joana foi morta, queimada na fogueira, no ano de 1430
sob a acusação de bruxaria. No ano de 1453, a Guerra dos Cem Anos terminou com a
assinatura do Tratado de Paz entre França e Inglaterra.
* Trecho entre aspas retirado de: GARÇON, Maurice. Joana D’Arc. Uma
santa em armas. In: Biografias. Os grandes nomes da Humanidade.
Revista História Viva, nº 2, São Paulo: Duetto-Editorial, pp. 64-69
BATISTA NETO, Jônatas. História da Baixa Idade Média (1066-1453). Coleção Básica
Universitária, São Paulo: Ática, 1989.
PAIS, Marco Antonio de Oliveira. O despertar da Europa: a Baixa Idade Média. São
Paulo: Atual, 1992
2. Alternativa A.
Comentário: Na Guerra dos 100 Anos, França e Inglaterra disputaram o domínio político da
coroa francesa e, também, o domínio econômico da região norte da França e a região dos
Flandres, onde existiam importantes áreas comerciais.
3. Alternativa D.
Comentário: Para acabar com a força que a Igreja católica exercia sobre os monarcas da
Inglaterra e, também, para aumentar o capital da coroa inglesa, o rei Henrique VIII,
aproveita-se que o Papa se recusava a anular seu casamento por falta de um herdeiro
varão, como pretexto para romper com a Igreja Católica, confiscar as suas terras e criar
uma nova religião que seria comandada pelo monarca (o Anglicanismo).