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Erguendo Pilares para o Desenvolvimento

DIVISÃO DE ENGENHARIA
CURSO DE ENGENHARIA DE PROCESSAMENTO MINERAL
2°Ano Turma única, Curso Diurno
RELATÓRIO DE ESTAGIO II
Sociedade de pedreira de Naciaia (SOPENA) LDA

Supervisor:

MSc. Ismael Momad Rácia Tutor da empresa:

Gomes Castigo

Discente:

Osório de Sousa Damião Chaúque

Tete, Setembro de 2017


Discente:

Osório de Sousa Damião Chaúque

O presente relatório de Estagio II vai ser


apresentado ao Instituto Superior Politécnico
de Tete, para efeitos de avaliação na divisão
de Engenharia, curso de Engenharia de
Processamento Mineral, sob orientação do
docente, MSc. Ismael Momad Rácia.

dr. Francisco Macaringue

I.S.P.T
Tete, Setembro de 2017
Índice

Resumo .......................................................................................................................................... I

Abstract ....................................................................................................................................... II

LISTA DE ACRÓNIMOS E ABREVIATURAS ...................................................................... III

UNIDADES ............................................................................................................................... III

AGRADECIMENTOS ............................................................................................................... IV

I. INTRUDUÇÃO .................................................................................................................... 1

II. OBJECTIVOS DO ESTÁGIO (GERAL E ESPECÍFICO) .............................................. 2

III. METODOLOGIA ............................................................................................................. 2

IV. DESCRIÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO .......................................................................... 3

4.1.1 Localização geográfica .................................................................................................... 3

4.1.2 Clima ............................................................................................................................... 4

4.1.3 Vegetação e Fauna ........................................................................................................... 4

4.1.4 Hidrografia ...................................................................................................................... 5

4.1.5 Particularidade sócio – económico .................................................................................. 5

4.1.6 Vias de acesso .................................................................................................................. 5

V. GEOLOGIA DA REGIÃO ................................................................................................... 6

5.1 Enquadramento Geológico ................................................................................................. 6

1. Situação Mineira da Empresa SOPENA Lda........................................................................ 7

2. Mineração e Sustentabilidade ............................................................................................... 7

3. Perfuração da rocha............................................................................................................... 9

4. Desmonte ............................................................................................................................ 11

4.1. Desmonte por explosivos ............................................................................................ 12

4.2. Desmonte mecânico ..................................................................................................... 12

4.3. Desmonte hidráulico .................................................................................................... 13

4.4. Plano de fogo ............................................................................................................... 13


5. Avaliação técnico-económico do processo de perfuração e desmonte da rocha ................ 13

5.1. Matérias usados no desmonte ...................................................................................... 15

5.2. Factores que influenciam na fragmentação ................................................................. 15

5.3. Granulometria exigida ................................................................................................. 16

6. Camião basculante .............................................................................................................. 17

7. Modo de operação de máquina Escavadeira de caçamba invertida (retroescavadeira) do tipo


Lonking CDM 6050 ................................................................................................................... 18

8. Planta e beneficiamento ou Processamento do material ..................................................... 18

9. Importância e aplicação da brita ......................................................................................... 19

10. Conclusão ........................................................................................................................ 20

11. Recomendações ............................................................................................................... 21

12. Referências bibliográficas ............................................................................................... 22

13. Anexo .............................................................................................................................. 23


Lista de figuras

Figura 1: Mapa da região de Zambézia ........................................................................................ 3


Figura 2: Perfuração manual Fonte: Autor 2017 ........................................................................ 10
Figura 3: Ilustração dos tipos de malhas. Fonte: Autor 2017..................................................... 10
Figura 4: Malha triangular. Fonte: Autor ................................................................................... 11
Figura 5: Compressor manual, Fonte: Luciano 2017 ................................................................. 15
Figura 6: Explosivo tipo ANFO, Cordão e detonador. Fonte: Autor ......................................... 16
Figura 7: Camião basculante (fonte: autor) ................................................................................ 17
Figura 8: Maquina escavadeira do tipo Lonking CDM 6050 carregando o compressor para a
planta de desmonte. .................................................................................................................... 23
Figura 9: Maquina escavadeira carregado brita para encher a caçamba do camião basculante . 23
Figura 10: Planta de processamento dois (chinesa) Fonte: Autor .............................................. 24
Figura 11: Planta de processamento da frente 2 (chinesa). Fonte: Langa 2017 ......................... 24
Figura 12: Planta de processamento da frente 1 (Moçambicano) Fonte: Autor......................... 25
Figura 13: Local de desmonte da rocha após a perfuração ........................................................ 25

Lista de tabelas

Tabela 1:Razão de carga para algumas rochas considerando a sua resistência mecânica. Fonte:
Koppe e Costa, 2009 .................................................................................................................. 12
Tabela 2: Avaliação técnico-económico do desmonte da rocha por explosivos e com recurso a
martelo hidráulico e manual. Fonte: Autor 2017 ....................................................................... 14
Tabela 3: Tamanhos das Britas. Fonte: Autor ............................................................................ 19
Resumo
Os resultados obtidos durante a realização do estágio II, em Zambézia na SOPENA Lda. uma
empresa mineira Moçambicana que se dedica na exploração de rochas magmáticas granitos,
sedeada na Província de Zambézia, concretamente no distrito de Namacurra. A sua concessão
mineira a localidade de Naciaia, povoado de Salamangone localiza-se no centro do distrito de
Namacurra, é limitado ao norte pelo distrito de Mocuba, Maganja da Costa, através do rio
Licungo, a sul pelo distrito de Nicoadala e Quelimane, no posto administrativo de Namacurra,
localidade de Naciaia, encontra-se a 20 quilómetros depois de Namacurra. Litologicamente há
predominância de revestimento e rochas vulcânicas formando uma rede de massas montanhosas
escavadas e cordilheiras.
A pedreira SOPENA Lda. conta com duas plantas para o processo de processamento das rochas,
onde uma planta de processamento pertence a Chineses e outra planta é de um Moçambicano,
na planta onde nos estagiamos pertence ao um Moçambicano com nome Bernabé Yohane
Amili, sendo a planta constituídas por um Britador, uma peneira rotativa, tapete primário e
secundário. Na Província de Zambézia o clima predominante é Tropical Chuvoso de Savana com
duas estações distintas, a estação chuvosa e a seca.
. A mineração é considerada um dos recursos básicos da economia de dando país porque dela
ocorrem inúmeras actividades que contribuem no desenvolvimento do mesmo. Na SOPENA
Lda, as actividades mineiras são representadas pela perfuração, detonação e transporte, sendo,
um conjunto de actividades unitárias.
A brita é um produto similar ao granito ou ao mármore naturais, obtida a partir de agregados
naturais. Em seguida passam por um processo de trituração. Depois é feita a separação do
material, obtendo-se vários tamanhos para muitos fins na sociedade.

A resistência mecânica da brita foi medida pelo ensaio de resistência onde observou-se a sua
dureza por via de martelo manual. A caracterização da brita revelou a homogeneidade deste
material, de tal forma que o processamento utilizado é adequado na mineração.

O Distrito conta com uma Pedreira privada em Naciaia, na Localidade de Malei, que fornece
britas para as obras de construção no Distrito e noutros pontos da Província.

Palavras-chave: brita, SOPENA Lda., processamento, Zambézia, Namacurra.

I
Abstract

The results obtained during stage II in Zambézia at SOPENA Lda., A Mozambican mining
company engaged in the exploration of granite magmatic rocks, based in the Province of
Zambézia, specifically in the district of Namacurra. Its mining concession, the town of Naciaia,
village of Salamangone is located in the center of the district of Namacurra, is bordered to the
north by the district of Mocuba, Maganja da Costa, by the river Licungo, to the south by the
district of Nicoadala and Quelimane, in the administrative post of Namacurra, locality of Naciaia,
is to 20 kilometers after Namacurra. Lithographically there is predominance of cladding and
volcanic rocks forming a network of excavated mountain masses and mountain ranges.

The SOPENA Lda. Quarry has two plants for the process of processing the rocks, where a
processing plant belongs to Chinese and another plant is a Mozambican, in the plant where we
belong to the Mozambican named Bernabé Yohane Amili, being the plant consisting of a crusher,
a rotary sieve, primary and secondary carpet. In the Province of Zambézia the predominant
climate is Tropical Rainforest of Savana with two distinct seasons, the rainy season and the dry
season.

. Mining is considered one of the basic resources of the economy of giving the country because
of it occur numerous activities that contribute to the development of it. At SOPENA Lda, the
mining activities are represented by drilling, detonation and transport, being a set of unitary
activities.

Crushed stone is a product similar to natural granite or marble, obtained from natural aggregates.
Then they undergo a grinding process. Then the material is separated, obtaining various sizes for
many purposes in society.

The mechanical strength of the gravel was measured by the strength test where its hardness was
observed by hand hammer. The characterization of the gravel revealed the homogeneity of this
material, in such a way that the processing used is adequate in the mining.

The District has a Private Quarry in Naciaia, in Malei Township, which provides gutters for
construction works in the District and elsewhere in the Province.

Keywords: gravel, SOPENA Lda., Processing, Zambézia, Namacurra.

II
LISTA DE ACRÓNIMOS E ABREVIATURAS
ANFO – (Ammonium nitrate and fuel oil) ou mistura de nitrato de amónio com óleo diesel

DNT – Direcção Nacional de Terras

E/A – Espaçamento/Afastamento

EM – Engenharia de Minas

EPM – Engenharia de Processamento Mineral

Eng. – Engenheiro

ISPT – Instituto Superior Politécnico de Tete

Lda – Limitada

MSc. – Mestre

NW – noroeste

SE – sudeste

SOPENA – Sociedade de Pedreira de Naciaia

UNIDADES
Hab./km2 Habitantes por quilómetro quadrado

Km2 Quilómetro quadrado

Mm Milímetros

Cm Centímetros

m3 metros cúbicos

III
AGRADECIMENTOS
Tendo assim realizado o estágio II do curso de Engenharia de Processamento Mineral com
duração de um mês, na Província de Zambézia, distrito de Namacurra, localidade de Naciaia
numa pedreira á céu aberto.

Agradecer em primeiro lugar a Deus pela proteção e saúde. Agradecer também de uma forma
especial aos meus pais, irmãos e outros familiares por apoiar-me nos estudos.

Agradeço a Direcção do Instituto Superior Politécnico de Tete que criou condições para que este
estágio fosse realizado, por ter proporcionado transporte aos estudantes para o local de estágio e
por dar-me a oportunidade de ser estudante desta instituição.

Agradeço ao corpo docente do I.S.P.T na atribuição de conhecimentos técnicos científicos aos


estudantes, contribuindo assim para uma boa qualidade do trabalho.

Agradeço a pedreira SOPENA Lda. na pessoa de Eng. Bernabé Yohane Amili o gestor da pedreira,
o formador Gômes Bernardo e a todos funcionários pelo contributo que deram, pela paciência e
eficácia em transmitir seus conhecimentos.

Agradeço ao supervisor MSc. Ismael Momad Rácia e sua família por todo que fizeram por nós
estudantes de Engenharia de Processamento Mineral e Minas, acima de tudo com carinho e zelo
acompanhou-nos durante toda a viagem até a localidade de Naciaia e ao supervisor Eng.
Rodriguês que veio nos buscar muito obrigado.

Agradeço a todos os colegas de ISPT em especial Jussa Bacar e a todos que directa e
indiretamente contribuíram para a elaboração deste relatório, como os companheiros de estágio
que foram dando a sua opinião de como realizar um bom relatório e quais são os métodos
apropriados para a sua realização.

IV
ESTAGIO II

I. INTRUDUÇÃO
Em todos os anos no final do 1º período a divisão de EM e EPM tem levado a cabo as aulas de
campo denominadas estágio que vão do 1º ao 4º ano realizadas dentro do País com objectivo de
consolidar a teoria e a prática.

No presente ano, o estágio II realizou-se na Província da Zambézia, distrito de Namacurra,


localidade de Naciaia, concretamente na pedreira SOPENA Lda.

A pedreira SOPENA Lda é uma pedreira gerenciada por um Moçambicano desde 1992 até
atualmente dedica-se na exploração de rochas caracterizado pela presença de gneisse de grão
grosseiro com dois feldspato (sódicos e calcossódicos) e magnetite (gneisse hololeucocrática).

A pedreira SOPENA Lda possui atualmente cerca de 10 trabalhadores sendo todos eles de
nacionalidade Moçambicana.

Na localidade de Naciaia não existe nenhuma instituição bancária a operar, nem nenhum
sistema formal de crédito acessíveis aos operadores locais.

OSORIO CHAUQUE 1
ESTAGIO II

II. OBJECTIVOS DO ESTÁGIO (GERAL E ESPECÍFICO)


2.1 Objectivo gerais
 Aprender a ver a extração e o processamento da rocha e consolidar a prática e a teoria

2.2 Objectivos específicos

 Conhecer os equipamentos e suas funções na mina;


 Aprender a ver como é feita uma perfuração mecanizada;
 Avaliar as técnicas de extração da rocha;
 Saber como é feito o transporte e o processamento da rocha.

III. METODOLOGIA
Para a realização do presente relatório, supervisionado pelo Msc. Rácia, foram utilizados os
seguintes procedimentos:

 Colheita de imagens;
 Pesquisas e consulta das monografias existente na biblioteca da ISPT;
 Consultas dos relatórios anteriores existente na biblioteca da ISPT;
 Pesquisas bibliográficas das obras realizadas na área de rochas do mundo;
 Revisão e estudo dos matérias existentes sobre trabalhos realizados anteriormente na
área ou região;
 Estudo dos mapas geológicos e de localização geográfica da região de estudo;
 Notas tomadas durante o período de estágio por meio de consultas ao gestor e aos
trabalhadores da SOPENA Lda.

OSORIO CHAUQUE 2
ESTAGIO II

IV. DESCRIÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO


4.1.1 Localização geográfica
O distrito de Namacurra localiza – se a Sul na província da Zambézia, fazendo fronteira a Norte
com o distrito de Mocuba, a Oeste com o distrito de Nicoadala, a Sul com Oceano Índico e a
Este com o distrito de Maganja da Costa através dos rios Licungo e Buriburi, entre os paralelos
17o 14’ 00’’ e 17o 44’ 18’’ e meridianos 36o 08’42’’ e 37o 22’ 00’’, com uma superfície de 2028
km2.

Em termos administrativos o distrito de Namacurra tem a localidade de Namacurra sede,


Mutange, Pinga, Muebele e Malei. O posto administrativo de Macuse com a localidade de
Macuse sede, Mbaua, Mixixine e Furquia.

Figura 1: Mapa da região de Zambézia

OSORIO CHAUQUE 3
ESTAGIO II

4.1.2 Clima
O clima do distrito é predominante do tipo ‘’Tropical chuvoso de Savana (segundo a
classificação de Koppen), com duas estações distintas, a estação chuvosa e a seca.

A precipitação média anual é cerca de 1.169 mm, a maior queda pluviométrica ocorre sobretudo
nos meses de Novembro de um ano á Abril do ano seguinte, a a temperatura média está na ordem
dos 12,0 °C a 41,7 °C.

Geomorfologicamente o distrito é repartido em duas unidades principais, nomeadamente:

1º. A Bacia Sedimentar que compreende sedimentos recentes do Quaternário constituído


pelas dunas costeiras consociadas as areias hidromórficas, sedimentos flúvio-marinhos
(mangais) e os aluviões dos rios.
2º. Mais para Norte o distrito é complementado pelo relevo declivoso derivado das Rochas
metamórficas e Eruptivas do pré-câmbrico, conhecido também por "Complexo Gnaisse-
granítico de Moçambique Belt", de onde derivam solos residuais com texturas que variam
desde arenosa a argilosa e solos de profundidade rasa a solos muito profundos. (DNT:
Cadastro Nacional de Terras)

4.1.3 Vegetação e Fauna


A região é caracterizada por vegetações muito densas e altas. As espécies nativas como maior
potencial são, a umbila e jambirre. A madeira e outros matérias locais são usados pelas
populações do distrito na edificação de habitações. A lenha e o carvão são as fontes de energia
mais importantes.

O distrito possui mangueiras, laranjeiras, tangerineiras, bananeiras, limoeiros, papaeiras,


goiabeiras e coqueiros. Os frutos e derivados são vendidos localmente mas também costumam
aparecer no distrito comerciantes provenientes da capital provincial para comprar os produtos.

A fauna bravia existente no distrito tem potencial comercial e turístico. Existem no distrito
hipopótamos, gazelas e porcos-do-mato.

A pesca e a caça são um suplemento importante para a dieta das famílias. As espécies mais
caçadas são a gazela, o porco-do-mato, o coelho e a ratazana. Sendo um distrito costeiro o peixe
provém essencialmente do mar.

OSORIO CHAUQUE 4
ESTAGIO II

4.1.4 Hidrografia
Namacurra hidrograficamente é muito rico em recursos naturais dado por ser caracterizados por
um clima tropical chuvoso, e é temporário húmido.

O Distrito de Namacurra está inserido na bacia hidrográfica do Zambeze, sendo atravessado


pelos principais rios, ou seja, pelos rios Licungo, Namacurra e Phuade que se ramificam em
afluentes de menor curso.

Deste modo destacam-se assim três rios de regime constante: Namacurra, Muyana e Nadobe.

E outros três de regime periódico que são: Namigole, Namitibele e Nambilane. Além destes rios
a região é atravessada por vários riachos. (Castro 2006)

Solos Metamórficos com origem nos aluviões dos principais rios que atravessam o distrito de
Namacurra, tais como, Licungo e Phuade, com aptidão para hortícolas, feijão manteiga, batata
reno e milho.

4.1.5 Particularidade sócio – económico


A população da vila de Namacurra é rural. O grau de desenvolvimento económico avaliado,
mostra uma evolução de densidade 91,92 hab/km2 de áreas subdesenvolvidas no universo
populacional de cerca de 186,410 habitantes. (2007)

De um modo geral, a agricultura no distrito é praticada em regime de consociação de culturas


com base em variedades locais e, em algumas regiões, com o recurso à tração animal e tratores.
As minas constituíram, em algumas zonas identificadas, uma ameaça à segurança da população
e ao desenvolvimento económico.
A agricultura é a actividade dominante e envolve quase todos os agregados familiares. De um
modo geral, a agricultura é praticada manualmente em pequenas explorações familiares em
regime de consociação de culturas com base em variedades locais.

4.1.6 Vias de acesso


O distrito é dotado de transporte rodoviário e marítimo. Namacurra é atravessado por troço de
estrada nacional, que lhe possibilitam o acesso à cidade de Quelimane, distrito de Nicoadala e
cidade de Mocuba, bem como a outros distrito da província.

O distrito possui 103 Km de estradas terciárias reabilitadas. As estradas terciárias têm uma
grande importância na comercialização e escoamento da produção agrícola, para além de
garantirem a comunicação do distrito com as diferentes localidades.

OSORIO CHAUQUE 5
ESTAGIO II

No transporte público, o recurso continua a ser o sistema de transporte semi-colectivo de


passageiros vulgo "Chapa-100" e My-love que abrange algumas localidades.

Em termos de telecomunicações, o distrito dispõe de ligações telefónicas e postos de rádio. As


ligações telefónicas são efectuadas pela rede de telecomunicação de Moçambique TDM, e redes
de telefonia móvel das empresas Mcel, Vodacom e Movitel, no entanto na localidade de Naciaia
as redes de telefonia móvel oscila muito.

O distrito de Namacurra dispõe de um número razoável de fontes de água para abastecimento às


populações. No entanto existem ainda comunidades, como Malai, Muibele e localidade de
Naciaia, para as quais este recurso é escasso, pelo que vimos a localidade de Naciaia.

V. GEOLOGIA DA REGIÃO
5.1 Enquadramento Geológico
A pedreira SOPENA Lda sob ponto de vista geológico enquadra-se na série de formação de
Mamala caracterizado pela presença de gneisse de grão grosseiro com dois feldspato (sólidos e
calcossódicos) e magnetite (gneisse hololeucocrática). Há algumas áreas onde são efectuados
trabalhos minérios com uma exploração limitada. A zona mais importante é a de André entre os
rios Munhiba, Namutjajene e Licungo.

A Este do rio Licungo foram feitos também alguns trabalhos mineiros, embora pouco
desenvolvidos na literatura de Etabo perante o rio Mussichapango onde a mina do mesmo nome
foi explorado um corpo provavelmente com quartzo róseo e em bandas de feldspato periférico e
gráfico, mica, magnetite, berilo em cristais de 10cm de Columbo tantalite. Depois de uma
pesquisa de Etabo descobriu-se que o pegmatito tem pertite, feldspato, moscovite, amazonite e
berilo.

O berilo é também assinalado na pesquisa de Mutepa a S-W e os novos indícios localizados na


região nordeste da falha onde as rochas encaixantes são essencialmente as rochas do complexo
de Mocuba onde os pegmatitos situam-se na periferia de corpo graníticos circunscritos na idade
Pan-Africano aflorando na região NW da falha. (Afonso et al., 2001)

OSORIO CHAUQUE 6
ESTAGIO II

1. Situação Mineira da Empresa SOPENA Lda

SOPENA Lda - é uma empresa localizada no povoado de Naciaia, a sensivelmente 20 km da


vila sede de Namacurra fundada em 2001, pelo Sr. Barnabé Yohane Amili, com objectivo de
extrair rocha magmática (granito) existente no local. A empresa dedica-se na produção de britas
de diferentes tamanhos. Actualmente a Sociedade de Pedreira de Naciaia "SOPENA Lda". é um
companhia envolvendo duas pessoas, uma de nacionalidade chinesa e outra moçambicana.

Contam com duas frentes de desmonte, emprega uma media de dez funcionários na frente um
(Moçambicano), sendo um operador de máquina, um mecânico, um mineiro (perfurador), dois
ajudantes na lavra, dois no processamento, um motorista e um supervisor e administrativo. E
treze na frente dois (chinesa), sendo três mineiros, um operador de maquina, um mecânico, um
motorista três ajudantes na lavra e três no processamento, um processador e um gerente.

A pedreira usa método a céu aberto, pois recorrem ao uso do sistema mecanizada assim como
acções de explosivos, trabalhando em dois turnos das 7:00h as 12:00h e das 14:00h as 17:00h de
segunda a sexta-feira excluindo dias chuvosos, feriados nacionais, não trabalha no período da
noite por causa de falta de corrente eléctrica, por isso usam gerador eléctrico.

O processo de mineração na empresa SOPENA Lda engloba algumas fases de actuação


nomeadamente:

Prospecção – é a fase da procura do mineral, visando definir áreas com indícios de ocorrência
mineral.
Exploração – é a fase de estudo de uma ocorrência mineral descoberta; é empreendida para se
conhecer o seu tamanho, forma, teor e valor económico associado a esta ocorrência.
Desenvolvimento – é a fase de preparação de uma jazida mineral já estudada e provada, tendo
como a finalidade a sua preparação para a futura fase do aproveitamento económico e industrial
da jazida

2. Mineração e Sustentabilidade
A questão ambiental é um dos grandes desafios da mineração atualmente. Termos como
“Desenvolvimento Sustentável”, “Sustentabilidade” e “Responsabilidade Social” tem sido
recorrentes e a cobrança por ações e medidas nas áreas ambientais são frequentes por parte da
população e governo. Os principais fatores que têm contribuído para este fenômeno são, entre

OSORIO CHAUQUE 7
ESTAGIO II

outros, a intensa e extensa cobertura do tema pelos meios de comunicação; as novas gerações,
que têm sido despertadas para este assunto; as audiências públicas referentes aos projetos, que
requerem licenças ambientais, e o crescimento populacional.

A mineração é uma atividade fundamental para o desenvolvimento econômico e social de muitos


países, sendo indispensável ao bem-estar, ao conforto e a melhoria de qualidade de vida do
homem. É considerada a base da indústria de transformação, devido à sua vasta aplicação como
matéria-prima em diversos setores. Assim, deve-se desconsiderar qualquer possibilidade de não
uso dos recursos minerais.

Souza afirma que o recurso mineral é um recurso ambiental:

 Os recursos minerais são parte integrante da natureza, sendo espécie do gênero recurso
natural. Em face de sua condição de recurso natural, os minerais pertencem ao patrimônio
ambiental: como parte desse patrimônio deve, consequentemente, ser objeto de proteção, em
igualdade de condições com os demais recursos ambientais, como a água, o ar, o solo e a
vegetação.

A Lei da Política Nacional de Meio Ambiente também define o subsolo, que em sentido amplo
abrange também os recursos minerais, como recurso ambiental. Dessa maneira, são aplicáveis
aos minerais os objetivos fixados por esta lei.

Para aplicação da visão de desenvolvimento sustentável aos recursos minerais deve-se considerar
o inter-relacionamento de três fatores: conhecimento geológico, tecnologia e economia. Para que
um mineral possa ser denominado como um recurso, é preciso conhecer este material quanto a
sua localização, quantidade e teor. Ele deve ser viável economicamente, não apenas gerando
renda, como também atendendo ao ritmo da demanda de consumo.

Definição
Rochas naturais são importantes materiais de construção, uma vez que são resistentes, de alta
durabilidade e sua superfície permite polimento. Esse material é considerado rígido, porém
frágil. Isso é devido ao seu comportamento imprevisível quando as condições ambientais
mudam, causando variações e imperfeições. Visto isso, não é possível, muitas vezes, garantir a
homogeneidade das rochas naturais. Ademais, a grande exploração de minas gera escassez de
matéria-prima. O uso de agregados de rochas naturais combinados com outros materiais
possibilita a manipulação de um novo material, denominado pedra composta, sem comprometer
a estética.

OSORIO CHAUQUE 8
ESTAGIO II

Minéro = ore = rocha com valor econômico de 1 ou mais minerais

3. Perfuração da rocha
Revisão bibliográfica

A perfuração de rocha é a primeira etapa da lavra e dela dependem os desempenhos de todas as


outras operações subsequentes da mineração tais como desmonte de rochas, carregamento e
transporte, britagem, etc. Assim, a optimização da perfuração contribui também na optimização
dessas outras fases posteriores, sendo esta de primordial importância. Durante a perfuração
ocorrem normalmente desvios, dependentes das características da rocha, do equipamento
utilizado, e dos cuidados no decorrer da operação (CASTRO E PARAS 1986 apud QUAGLIO
2003).

Segundo Pedrosa (2014), a perfuração de rocha é extremamente importante no sucesso do


desmonte de rocha com explosivos. Uma perfuração incorreta no maciço pode acarretar uma
série de problemas, tais com fragmentação deficiente, excesso de vibrações, excesso de ruídos,
etc. (QUAGLIO, 2003).

Conceitos da perfuração

Perfuração – é uma operação que se realiza dentro de um campo de desmonte e tem como
finalidade de abrir furos, de acordo com a distribuição da geometria adequada dentro do maciço
para colocação de cargas explosivas e seus acessórios iniciadores.

Perfuração manual

É feita por meio de uma martelo manual que também funciona através do ar comprimido, este é
acopolado a um veio com uma broca que tem o comprimento de 0,80mm com um diâmetro de
2mm a 3mm, esta perfuração é somente para aqueles casos em que as rochas depois de detonadas
apresentam tamanhos maiores e depois colocam-se explosivos e faz-se a explosão até o tamanho
desejado.

A perfuração adotada pela empresa em estudo é uma perfuração manual através da qual o
operador consegue controlar todos os parâmetros de perfuração.

A operação de perfuração assim como desmonte é realizado por um operador da perfuratriz


especializado, ele também define a malha de perfuração.

OSORIO CHAUQUE 9
ESTAGIO II

A ocorrência de desvio do furo na etapa de perfuração é um factor relevante nesta pedreira visto
que foram notórios erros durante o processo de perfuração, esses desvios podem ser ocasionados
por vários factores, alguns exemplos podem ser citados como a presença de fracturas e trincas
descontinuidade de rochas, profundidade do furo, etc.

O sistema de perfuração usada é o de rotação e percussão, onde o martelo transmite à broca


apenas o movimento de rotação, sendo assim a demolição da rocha no furo é somente por rotação
da broca que trabalha com uma pressão constante.

Figura 2: Perfuração manual Fonte: Autor 2017

Malhas de perfuração

A geometria das malhas de perfuração pode ser quadrada, retangular, estagiaria, triangular
equilátero ou malha alongada.

Figura 3: Ilustração dos tipos de malhas. Fonte: Autor 2017


Malhas quadradas ou rectangulares: devido a sua geometria é de fácil perfuração (menor
tempo de locomoção de furo a furo);

Malhas estagiadas: devido a geometria de furos alternados dificulta a perfuração (maior tempo
de locomoção furo a furo), porém possui melhor distribuição do explosivo no maciço rochoso.
(CUNHA 2013).

OSORIO CHAUQUE 10
ESTAGIO II

Malha triangular equilátero: são malhas estagiadas com relação E/A = 1,15. São indicadas
para rochas compactas e duras. Possuem óptimas distribuições de energia do explosivo na área
de influência do furo, maximizando a fragmentação. O centro do triângulo equilátero, o ponto
mais crítico para a fragmentação, recebe igual influência dos três furos circundantes. (Koppe e
Costa, 2009).

Malhas alongadas: conforme a relação E/A as malhas podem assumir várias configurações. As
malhas alongadas possuem elevada relação E/A, geralmente acima de 1,75. São indicados para
rochas friáveis/macias aumentando o lançamento por possuírem menores afastamentos.

Nesta pedreira tem-se usado uma malha triangular:

Malhas triangular, devido a sua geometria são de difícil perfuração (maior tempo de locomoção
de furo a furo), também tem um plano inclinado, são indicadas para rochas compactas e duras.

Figura 4: Malha triangular. Fonte: Autor

4. Desmonte
O termo desmonte de minério/rocha se refere a um conjunto de operações que visam o arranque
do material rochoso. Esta operação pode ocorrer de forma: Manual mecânica por explosivos e
Hidráulico.
Segundo Koppe e Costa (2009), o desmonte de rocha em pedreira é realizado tradicionalmente
por meio de explosivos. Embora vários problemas de ordem ambiental, tais como ruído e
vibrações transmitida à vizinhança, a utilização intensa de explosivos, no desmonte em pedreiras,
está associado à eficiência de técnica e aos custos envolvidos, muito menores do que no
desmonte mecânico.

O planeamento do desmonte, com utilidade de explosivos é influenciado por diversos factores,


os quais necessitam de controlo para os objectivos pretendidos do desmonte sejam efectivamente
alcançados. A escolha do método e dos equipamentos de perfuração, a distribuição, o diâmetro

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ESTAGIO II

e profundidade dos furos, o tipo de explosivos a ser utilizado e a qualificação da equipe de


desmonte são, por exemplo, factores relevantes para o sucesso do desmonte, mas, as condições
geológicas têm papel fundamental e sempre devem ser consideradas no projecto.

Resistência a compressão (Mpa) Tipo de rocha Razão de carga (kg/m3)


>150 Granito, basalto 0,70
100 – 150 Dolomito, xistos 0,45
50 – 100 Arenitos, calcários 0,30
<50 Carvão 0,15 – 0,25
Tabela 1:Razão de carga para algumas rochas considerando a sua resistência mecânica. Fonte:
Koppe e Costa, 2009

Actualmente, as mineradoras estão dando maior atenção as possíveis compensações e


considerações sobre o sistema de fragmentação, estão sendo incluídas nas avaliações do projecto
básico de desmonte. Nesse contexto, tantos engenheiros de minas tanto as empresas de
mineração devem ter um sólido conhecimento da teoria e da prática dos desmontes,
independentemente se o projecto e sua implementação é realizado pela mineradora ou por
empresa especializada (HUSTRULID et al 2013).

4.1.Desmonte por explosivos


O desmonte a explosivo é o mais amplamente utilizado por empresas de mineração que
trabalham com rochas duras. Esse é o caso da empresa SOPENA Lda pois, o granito é maior
dureza. O desmonte a explosivo, o mais amplamente utilizado por empresas de mineração que
trabalham com rochas duras, é constituído por fases: perfurarão, enchimento e detonação.
4.2.Desmonte mecânico
Mecânico é aquele que usa-se máquinas para a escavação da rocha. O desmonte mecânico tem
como suas vantagens as seguintes:

 Ruídos, vibrações e ultra lançamentos não afectam o meio ambiente;


 Elimina o risco de explosão;
 Favorece a lavra selectiva;
 Elimina os problemas de vibrações em minas de grande profundidade;
 Proporciona a baixa perda por finos.

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ESTAGIO II

Desvantagens do Desmonte Mecânico

 Gera altos custos, dependendo da situação;


 Produz em pequena escala em determinadas situações;
 Necessita de longo período de trabalho de trabalho.

4.3.Desmonte hidráulico
É o desmonte por jacto hidráulico de alta pressão, é mais utilizado na extracção de carvão fóssil,
que ao actuar nas frentes dos degraus, permite a degradação do minério e também o seu
transporte até os locais de recepção através do aproveitamento do fluxo da água.

4.4.Plano de fogo
Plano de fogo é uma projecção dos elementos de plano de fogo numa malha, deve ser simples
mas completo devido ao risco de erro. Precisa de um profundo conhecimento e entendimento
dos requisitos de um plano de fogo são essenciais para uma segurança e o sucesso deste plano.
Plano de fogo é a definição da forma de se trabalhar em uma bancada com os furos de detonação
explosiva. A escolha do plano de fogo depende do equipamento de perfuração disponível, que
limita o diâmetro dos furos. Dentro dessas limitações, escolher o mais económico, compatível
com o tamanho dos blocos desejados.

5. Avaliação técnico-económico do processo de perfuração e desmonte da rocha


Após o estágio efectuado num período de 30 dias, foi possível assistir vários trabalhos realizados
na pedreira, como sendo uma delas a perfuração e rebentamentos primários, rebentamento
secundários efectuados sobre os blocos maiores que resultam da falha do rebentamento primário,
permitindo assim a integração nos trabalhos práticos da mineração e avaliar o procedimento dos
processos de perfuração e desmonte da rocha bem como os seus resultados.

Os processos de perfuração e desmonte da rocha, devido a influência de enumeras fissuras


existente no maciço rochoso, furos com uma inclinação menor, tamponamentos não eficientes e
deficiência na instalação da malha de detonação, pois faz com que não se alcance os resultados
satisfatórias sobre o ponto de efeito útil dos explosivos, aparecendo assim blocos rochosos
extremamente maiores. Estes blocos requerem a perfuração e desmonte secundário, por estes
oferecerem resistência durante o carregamento e pelo risco de danificar a boca do alimentador
primário no momento de descarregamento.

Pois o processo de perfuração e desmonte da rocha não é tao eficiente do ponto de vista técnico-
económico, porque para o desmonte da rocha gneissica requer enormes gastos tais como:

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ESTAGIO II

 Gastos de combustível e do equipamento mecânico;


 Maior tempo para a execução da perfuração e rebentamento;
 As rochas rebentadas espalham-se ao redor de toda a frente de desmonte e aparecimento
de inúmeros blocos rochosos de maior tamanho requerendo assim a perfuração e
desmonte secundários da rocha.

Formas do desmonte
Vantagens Desvantagens
da rocha
Colocação de O processo de perfuração para a  As rochas depois do
explosivos na face da colocação de explosivos no interior rebentamento se espalham muito;
rocha dos furos, esta é acompanhada pelas  Maior possibilidade de não
seguintes vantagens: reduzir completamente os blocos
 Não há gasto de combustível, de rochas em tamanhos
uma vez que o processo é requeridos;
manual.  Não se pode detonar no tempo
 É possível efectuar a sua chuvoso.
preparação e rebentamento em  A esta técnica só se usa em blocos
poucas horas rochosos de maior dimensão.

Desmonte da rocha com Essa possui a parte positiva  Maior tempo para a execução dos
recurso a um martelo somente, por reduzir mais os blocos trabalhos.
manual de rochas com maior granulometria  Uso de força brota do homem
em relação e de colocação de para fazer a deformação da rocha
explosivos sobre a rocha. ou usando equipamentos de
pequeno porte.
Tabela 2: Avaliação técnico-económico do desmonte da rocha por explosivos e com recurso a
martelo hidráulico e manual. Fonte: Autor 2017

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5.1.Matérias usados no desmonte


Compressor Hidráulico - é aquele que alimenta o martelo usando o óleo hidráulico.

Compressor Manual - alimenta usando o ar, que serve para a limpeza do furo e refreamento
da haste.

Figura 5: Compressor manual, Fonte: Luciano 2017

Figure 1: Compressor manual, Fonte: Luciano 2017

5.2.Factores que influenciam na fragmentação


A fragmentação no desmonte em bancada pode ser influenciada por:

 Estado da fragmentação manual do maciço rochoso;


 Características geomecânicas do maciço rochoso;
 Perfuração específica;
 Tipo de diagrama de fogo;
 Sequência de iniciação;
 Inclinação da perfuração;
 Qualidade da perfuração (desvios);
 Dimensão do rebentamento.

Deve-se sempre que possível aproveitar no máximo as características naturais do maciço


(descontinuidades), para assim definir o sentido mais favorável ao desmonte para o tipo de
material que se pretende obter.

Segundo Silva (2009) a fragmentação pode ser melhorada nos seguintes aspectos:

 Menor espaçamento entre os furos;


 Menor afastamento;
 Maior controle e supervisão na perfuração;

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 Melhor distribuição da carga dentro do furo;


 Uso de explosivos mais energéticos.

5.3.Granulometria exigida
Segundo Silva (2009) em função do tratamento e utilização posterior do material, e em alguns
casos indirectamente da capacidade dos equipamentos de carga.

O tamanho dos blocos ‘’Tb” se expressa por sua maior longitude, podendo apresentar os
seguintes valores:

a) Para minério
Tb < 0,8AD Sendo: AD – tamanho de admissão do britador
b) Material estéril que vai para a pilha de deposição controlada, dependerá da capacidade
da caçamba do equipamento de carregamento:
3
Tb < 0,7 √cc Sendo: cc – capacidade da caçamba, em m3.

O tamanho óptimo do bloco é normalmente, aquele cuja relação com a dimensão da caçamba do
equipamento de carregamento se encontra entre 1/6 e 1/8.

Explosivo usado
A empresa usa o explosivo do tipo ANFO que geralmente vêm empacotados por regra em sacos
plásticos de 25kg por ser de carácter bélico e normalmente conservado em paiol antes da sua
utilização.

Para detonar os explosivos usa-se o detonador simples que é accionado pelo fogo.

Para a transmissão de energia calorifica que vai activar o explosivo usa-se o CORDÃO
DETONANTE, que interliga os furos com explosivos, e depois ao detonador.

Figura 6: Explosivo tipo ANFO, Cordão e detonador. Fonte: Autor

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Característica do explosivo
Quantidade de explosivo por furo dependendo da profundida para 0,5m meia mão de ANCO,
1m uma mão ou duas de ANCO, profundidades maiores pode entrar 25kg de ANCO por furo.
Resistência a água 5%
Explosivo é de fabrico Sul-africano e Moçambicano.

6. Camião basculante
O camião basculante é um equipamento usado para o carregamento do material de um local para
outro.

O camião basculante na pedreira SOPENA Lda é da marca Tata de 22 toneladas e com um


volume de aproximadamente 14m3 visto que o mesmo camião é utilizado na frente de desmonte
para o carregamento do material detonado para a planta de processamento, este processo é feito
com auxílio de uma retro escavadeira que coloca o material dentro do camião.

Figura 7: Camião basculante (fonte: autor)

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7. Modo de operação de máquina Escavadeira de caçamba invertida


(retroescavadeira) do tipo Lonking CDM 6050
Conhecida, também, com retro-escavadeira é equipada com implemento frontal, constituído de
lança segmentada que articula na sua extremidade uma caçamba, em posição inversa à do
“shovel”. As retroescavadoras são máquinas concebidas para executarem essencialmente
trabalhos de escavação. (imagem anexo8 e 9)
Estes equipamentos apresentam o seu raio de alcance limitado e o balde de pequena capacidade,
afectando de uma forma peculiar, o que lhe confere boas características de penetração, pois os
dentes dos seus baldes podem exercer grandes pressões sobre os terrenos. O seu funcionamento,
embora semelhante ao das pás mecânicas, apresenta no entanto, duas características que as
distinguem:
 A posição invertida do balde;
 Uma maior estabilidade.

8. Planta e beneficiamento ou Processamento do material


Processamento – é um processo que consiste na transformação ou deformação do rachão em
vários tamanhos.1 Consiste de uma série de processos que tem em vista a separação das britas.

A empresa SOPENA Lda tem uma planta de processamento constituído por um britador a
mandibula.

Quando o material chega na planta de processamento é descarregado no local de processamento


por sua vez o operador de maquina usado retro escavadeira (Lagarto) carrega e descarrega o
material na boca do alimentador que é triturado por duas maxilas uma móvel e outra fixa, esta
por sua vez tritura o rachão transformando-o em vários tamanho menor depois é encaminhado
para classificador (crivo) por tapete primário, este distribui para cada lugar segundo a
granulometria. Importa dizer que na pedreira em estudo só possui um britador, também não
possui tapete de retorno. (Imagem está no anexo)

Matérias/elementos usados no processamento são:

1º. Gerador eléctrico;


2º. Processador ou britador
3º. Crivo ou separador e,

1
Segundo Tutor Gomês Castigo instrutor da Pedreira de SOPENA Lda

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4º. Tapetes condutor.

Gerador eléctrico – é um motor cujo a função é produzir acorrente eléctrica para o britador, crivo
e tapetes condutor.

Britador – é um lugar onde é processada o rachão em 3 ou 4 requisitos necessários, que são, pó


de pedra, brita 13, brita 19 e brita 22.

Crivo – é o separador de todos materiais processados transportados pelo tapete primário.

Composição do britador

 Duas maxilas uma fixa e outra móvel;


 Dínamo
 Três ou mais correias.

9. Importância e aplicação da brita


Brita é usada para vários fins, no presente caso a solicitação dos clientes vária de acordo com os
seus Objectivos.

Utilidade de cada brita

Geralmente a brita usa se para a construção e engenharia civil e tem as seguintes aplicações
segundo os seus agregados:
Brita Aplicação
Pó de pedra ou Para calçamentos com base asfáltica, para obtenção de texturas finas em
(malha 0,7 concretos e em calçadas, na fabricação de pré moldados, como estabilizador
mm) de solo e no fabrico de blocos para construção civil e reboco de casa.
Pedrisco ou Fabricação de vigas e vigotas, lajes pré moldadas, pavimentam intertravado,
brita 0 tubos, blocos, bloquetes, paralelepípedos de concreto, chapiscos e
(malha 8 mm) acabamentos em geral.
Brita 3/4 Comum na fabricação de concreto estrutural, pode ser usada na construção
(malha 10mm) de estradas e usar como betão.
Brita 3/8 Geralmente aplicada na fabricação de concreto de resistência mais elevada,
(malha 13mm) como fundações e construção de linhas de férreas.
Esta brita designada por balasto e produzida geralmente por encomendas
Balasto 65mm
para se utilizar nas linhas de férreas, na construção de estadas.
Tabela 3: Tamanhos das Britas. Fonte: Autor

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10. Conclusão
Após a análise de perfuração e desmonte da Rocha na pedreira SOPENA Lda espera-se que possa
minimizar alguns erros cometidos durante a perfuração, de modo a que esta situações de
aparecimentos de inúmeros blocos com maior tamanho se minimize e não só para facilitar no
processo de carregamento e transporte a fim de assegurar um fornecimento de um material em
óptimas condições para a alimentação do britador o que fará com que se tenha uma maior
eficiência nas actividades e fornecer um produto de qualidade aos clientes.

Deve-se também evitar certos erros no momento da perfuração como erros de marcação, de
salientar que a experiencia do operador da perfuratriz também conta visto que ele pode evitar o
mau posicionamento do equipamento no momento da perfuração o que tornará eficiente o
trabalho da perfuratriz e consequentemente afectará positivamente no desempenho do desmonte
da rocha contribuindo na obtenção de bons resultados.

O sequenciamento da detonação, também, é factor extremamente importante para o sucesso do


desmonte de rocha. A falta de responsabilidade no manuseio e uso de explosivos na equipe de
perfuração e rebentamento causa maiores gastos dos mesmos.

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11. Recomendações
Depois de avaliar os factores que afectam positivamente assim como negativamente a eficiência
das actividades realizadas de perfuração até ao processamento do material, recomendo o
seguinte:
 A empresa deve contratar mais um técnico formado na área de perfuração e capacitar
os operários actuais;
 Aquisição de equipamento moderno para os trabalhos de perfuração;
 Que a empresa contrate técnicos na especialidade de Geologia e Minas com vista a
monitorar as actividades de perfuração e desmonte;
 Que a empresa faça aquisição de equipamentos de segurança para os trabalhadores e
obrigar o uso dos mesmos, visto que parte dos trabalhadores da companhia não
possuem equipamentos de protecção, recomendo à empresa para efectuar anual ou
semestralmente a distribuição destes tais como botas, luvas, farda, mascaras entre
outros;
 Aumentar mais camiões basculantes e uma máquina escavadeira;
 Que a empresa arranje um meio melhor para avisar sobre explosão no momento de
detonagem visto que o meio que está a usar não é viável.

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12. Referências bibliográficas


 https://www.google.co.mz/search?q=namacurra+zambezia+localidade+de+naciaia&spell=
1&sa=X&ved=0ahUKEwjNnezsO_VAhWMAsAKHSvQCr8QvwUIISgA&biw=1600&bih
=741
 http://www.maefp.gov.mz/wp-content/uploads/2017/04/Namacurra.pdf
 http://www.portaldogoverno.gov.mz/por/content/download/2894/23522/version/1/file/Nam
acurra.pdf
 Perfil do distrito no Portal do Governo. Ano 2005. Acesso 2011-10-04
 Direcção Nacional da Administração Local, perfil distritais, 2005
 http://www.govnet.gov.mz
 Trabalhos de Defesa , estudos das características físicas Mecânicas dos solos.
 Relatórios de estagio 1, 2006, do ISPT ( Instituto Superior Politécnico de Tete).

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13. Anexo

Figura 8: Maquina escavadeira do tipo Lonking CDM 6050 carregando o compressor para a
planta de desmonte.

Figura 9: Maquina escavadeira carregado brita para encher a caçamba do camião basculante

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Figura 10: Planta de processamento dois (chinesa) Fonte: Autor

Figura 11: Planta de processamento da frente 2 (chinesa). Fonte: Langa 2017

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Figura 12: Planta de processamento da frente 1 (Moçambicano) Fonte: Autor

Figura 13: Local de desmonte da rocha após a perfuração

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