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R A C I S M O N Ã O 23/AUG/2017 ÀS 15:53

"Tem cara de empregadinha; devia morrer".


Nova miss Brasil reage ao racismo
'Empregadinha', 'plebeia', 'devia morrer'. Vitória da miss Brasil foi marcada
por festival de racismo. Monalysa Alcântara, negra, 18 anos, comentou os
ataques que vem sofrendo e diz que não vai baixar a cabeça

A piauiense Monalysa Alcântara, de 18 anos, foi coroada como a nova Miss Brasil na noite deste sábado (19), em
concurso realizado em Ilhabela, no litoral de São Paulo.
A jovem desbancou outras 26 candidatas e representará o país no Miss Universo deste ano, que ainda
vai anunciar o local do evento.
Foi a primeira vez na história do concurso que uma negra transmitiu a faixa a outra – Monalysa recebeu o
título das mãos da paranaense Raíssa Santana; antes delas, a única negra a vencer a competição foi
Deise Nunes, do Rio Grande do Sul, em 1986.
Por ser a terceira mulher negra a conquistar o título, a modelo tem sido alvo de comentários racistas e
preconceituosos nas redes sociais.
Um dos comentários mais reproduzidos e criticados foi feito pela usuária do Twitter Juliana Porto, que
comparou Monalysa a uma empregada doméstica. “Credooo! A Miss Piaui tem cara de empregadinha,
cara comum, não tem perfil de miss, não era pra estar aí. Sorry”, escreveu ela.
Já Josimar Quintinho desejou a morte da modelo por ser negra. “Não é exagero. Só espero que ela morra
antes do Miss Universo, pra Ju assumir o posto”, disse o internauta em referência à gaúcha Juliana
Mueller, de 25 anos, que ficou em segundo lugar.
De acordo com o Código Penal brasileiro, vale lembrar, o crime de injúria racial, pelo qual se ofende a
dignidade ou o decoro de uma pessoa com base em elementos de raça, cor ou etnia, rende pena de
reclusão de um a três anos, além de multa.
“Fomos marginalizadas”

Monalysa, evidentemente, sofre com os comentários racistas. Afinal, é uma jovem de apenas 18 anos. A
nova miss afirma, porém, que irá encarar os preconceituosos de frente.
“Acredito que estão enxergando a mulher negra como sempre deveriam: é uma mulher como qualquer
outra, que tem sua beleza, sua personalidade e sua luta. Por muito tempo, fomos marginalizadas e vistas
como feias e solitárias, mas hoje isso está mudando. O racismo é crime e eu estou aqui para lutar e dar
voz contra ele”, afirmou após vencer o prêmio.
“Se lutar e acreditar nos direitos das mulheres é ser feminista, sim, eu sou”, disse a jovem após ser
questionada sobre feminismo.

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