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Título IV
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7 -~Pllno da ald'~Úl do Merimdé Bani-Saiam, no deito ocidcnt~l. num ti J
loc~1 ondo o braço do Damio\ll 50 aproli:íma mullo do descrlo. ~5 cs~ ",. W~ :;\
vações do Junkcr resliluirQm·nos uma oldala humilde, cujas CQsas não ~ \~,
estão construídas ao acaso. mas sim ao longo de uma rua que tem'i!
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babilnnio. Do laclo, as póvoações e a vida rurDi. muito pouto se modiiicam alravb
dos $~çulos. ~lnda hole Ilxislem, na Mesopotâmia: o ai.... por exemplo. em algumas
01,1ela5 POrTuguosas da Bêira Alia OU dú Trás,o$·Montos . • vida' é Qua." tão primi
tiva como nas da velho Egipto. ~ 'claro Que os materiais IIllcos, de que $0 fllzinm
0$ insllumentos no NeoHlico, foram sondo $ubsllluldos par bron!1I li depois por, ferro.
No S8U livrinho, .A Vidn no AnliDo EglplQ" Boris da Rachewjltz diz: (Quem
leve ocasião de assislir no Ellipto às várias aclivldades Bllrrcolns. ícrt corlllrnenle
nalado os muitos ponlos do conlacto entro as cenas descritas hê milên;os (nas pln
lura5 do~ túmulos. elc., I) a lualidado do hDJe••
24
....".: :~-~,"":r:-'-:
Título 11
iítulo I
B- As primniras cidlldes oBe Icrlam mais do 100 ou 200 melros do lado. e erguer 9 - I(Bruscamente, no período que antecede Ménss (meados do 4.0 mi
-se.iam sobro montfculos naturais ou artificiais, por causa das cheias. Apesar disso, lênio a. C.)... a isto ê um progresso que ultrapassa todos os outros - .
estas, Quando excessivas, -facilmente arrasavam tais pOl/Oaç:6es da tljolD cru, quando a escrita aparece. Elementar, pois ela é ainda essencialmente figura
" não fariam inImigos InvMoros; sobra os rOSIDS, outras toidaelos s& levantavam-. tiva, evolui contudo para <>' fonetismo. Por cima das cenas pictogrfllj.
A cldilde rodeava-se da alguns quilômetros de larras da cultiva. onde podia cas, são gravadas curlas legendas onde os signos figurativos começam
h,)Var OU não aldeias de agricultores. O conjunto constitula a cldade·ostoda, a que
a ser empregados com um valor simbólico depois fonético: participando
so chama também "lvIdado.
EnQl1anta nas aldei... as habitaçõos nlia passavam da cabanas da câniços do rébus (enigma figurativo) e do alfabeto, esta escrita revela-se já
melicados. dentro da muralha citadina situavam·se casas rectanllulllras, de taipa constitufda, adulta. capaz. de exprimir abslracções, produto dum esforço
ou odobes. som janelas para " Ilxtorior. com uma nla çomum e, de cena época tacleante (durante quantos séculos 7) e dum método, Que, enfim, abriu
em dlanto, um p6t10 cOl1lràl.-os quais corc.vam " templo Imofada do Dous) vitoriosamente o séu caminho.lI
e ri pal6cio do'"rel.
A planta de cidade 5uméria do Nlpur, na margem nordeste do rio Eulrates,
IA. Moter... o Nilo" 11 Clvlli%áÇi1o Eglpcla.).
executada por 1500 a. C., amai. podgo planta que conhecemo., mostra uma rirea
murada de aproximadamente um qull6metro quadrado, com 7 portas, e, nela, 2 gran·
des templos (ou!"ro situa-se extra·muros) O um glande parque. Um canal atrevessa
a urbe. O palilcio não aparece assinalado (talvez fosso o próprio edlffcto do tomplol. COMENTARIO: 01 .; cosrumó gsn;,ralí.ar " ""oloção da escrita, tal coma
28 Havia sempre 11m marcada, ou mais; por vetes ti mercado nloctuilva·se a uma Morot a aproseÍlta para ° EgJpto. om Ires fesQs: fi!lurativa. Ideográfica e fonôdca. 29
porta ou às portAS da cidade: ai acorriam os lavradoras ald.ãos, oS vendedoros MilS os mtldornos ling"ISlas niio aceitam eSSe modelo .,VOIUlivo ou não aceitam
ambulallles 8 os ;>aslorO$ nôrnadas do descrto, ai t~lflhilm o eonGolho do~ enciãos nllnhum modalo gorai. "ncOnlrando difBfenças de origem o de ovolução em vArias
administraviI " jl!sUça. oscrltas. Vor, por exempla, em Iranc6s, Garçes MOI1Oin. cHlsto'rD do lo Llnlluistlquo
do.. Orlnin... oU XX' "il>clu. Paris, P.V.F .. 1967, ou. 11m tradução porruguesa. Jillf..
!5amuol Naal: Kramor, A História comOÇtl nn SumOrl.; Jamcs KriSlevll. IlHislórln de llngllllljor.t., Lisboa, Edições 70. 1969).
H.. n'Y BreaSlod. A Conquista da CMlIloçila).
b) E como 11 em quo material escreviam 1
Os habitantes de Mesopttt3mía. seguindo o exemplo elos primeÍlos p..crave·
dores, os SumériQs. gravavam. com ostilelo (inicialmenlo do cana, mais tardo melá·
licol, os seus sinais. em placas da argila húmida. Como a manoira do oS gravar
produzIa umas Impressões triangulares, isto O.' em forma do cunha, chamou'58
a esra escrita cumdrormo~ Tntlavia,. algumas raras vuzes inscreveram QS sinais cscri ..
turários na pedra - usim nllma granda pedra se encontra gravado o Código da
Hamurâbi.
Os eglpc:los, 011 gravavam os seus sinais na podra, ou escreviam·nos, com
caneta, constitufda por Ílm caniço aparado, e tinta, em lolhas feila~ do tiras de
uma planta, (conal chamada papiro, sobreposta.. e Justapostas. e cofadas. Ess~
escr;l. recebou o nome da hlorogUII"". (de .hiero, == sl!gtado li (Olilo, "'·escultura
ou cinzeladura), por se ter encontrado ll,avada n"$ paredlls " colunas dos templos
e se lar por Isso ontem:Jidu de carácler religioso, mas linha, 'quando lrilçadD em'
p~piro. uma forma simplificada - e hlcnlllcn. usada nos c."ríto$ sacordoleis, - a
outra ainda mels slmpllllcada - a dom6lica (de ,damoSJ = povo). usada nOi O$crítos
pro r.a nos, comuns.
7
I
I
Titulo HI
Ii OS <!f!OS !e:.:~o;sm o noma de um 1!contecimento not~vel - por
I exemplo, 1(0 ano do comelall. Mais tarde. Os Eglpcios numeraram os
anos a partir da subida de cada rei ao trono. «datandO assim os acon
tecimentos do 1.° ou 10." ano de tal rei li.
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mulo I
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LIVRO 11./
Capítulo I
AS CIVILIZAçõES ,c\GAICOLAS
.:
AS (3000 a 500 a, C,)
(IVlllZÀÇÕ~S Secção I
A Economia e as Técnicas
14- UM· MANUAL DE AGRICULTURA: «Outrora um agricultor deu
estes ·consclhos ao seu filho: Ouando estiveres em condições de culti
var o laU campo. tem ·cuidado em abrir os teus canais de irrigação, 33
mas de modo que a âgua não seja demasiada. Duando o tiveres esva
ziado da água, cuida da terra regada para que 56 mantenha plana; não
deixes nenhum boi pisá-Ia, Expulsa os (animais) vadios 6 trata esse
campo como uma terra compacta: desbrava-a com dez machados estrei
tos (que não pesem mais de 300 gramas cada um). O seu restolho
deve ser arrancado à mãos amarrado an~ molho5; os seus buracos
mais pequemos devem ser cheic.s com /I grade: e o campo deve ser
vedado dos quatro lados. Enquanto o campo queimar (ao sol do Verão).
deve ser dividido em par·tes iguais. Que as tuas alfaias zumbam de
actividade. A canga deverá ser consolidada. o teu novo chicote fixado
com pregos e o punho do antigo reparildo pelos fílhos dos traba
lhadores.»
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lOS habitantes do Delta são certamente aqueles que, de todos os ho
mens vivendc noutros pàlses ou no resto do Egipto. recolhem os frutos
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da terra cóm menor fadiga; não penam abrindo regosl com Ei chamla. . Secçao 11
. nem se sorvem da enxada: quando " rio regou, ele pr6p'io. os seus
C<impos e em seguida se retirou, cada um deles s!lÇneia e larga no A Sociedade e o Governo
campa os porcos; Quando estes, pisando, enterraram las sementes, só
lhe resta esperar o tempo da ceifa.» I
I Subsecção I
l!ier~dolo. lIHlsl6rins~ - Séc. V a. C,).
o CHEFE POLfTICO
(Rei)
16 - A AGRICULTURA E O RIO:
CPlane MonCeC. aA Vida QUDtldlnna 110 E9rpto'l. (Serge S3uneron, .0. Podres do Antlgu Egip\o.J.
Subsecção 11 I Subsecção IV
O V1ZlR I
(O Primeiro-MinIstro do ReI) I A NOBREZA
I
,19 -Instruções do' Rei ao seu Vlzlr: I' , 21 Um texto do :Ú milênio a. C. enumera as funções do villr (primeiro.ministrol
~
'«Olha bem tua sala de audiência; vigia tudo o que aí se faz. Ser
e. acessoriamente. 8$ 'da outros funcionários. Não pcrmjlíndo a sua eKtansão repra.,
duzi·lo aqui. Ilis a súmula Que dela exirai Bori. da Rachewilrz. em ~A Vida no
vizir não é ser doce: é ser firme; é ser um muro de bronze em volta Antlgl) Elllpto»:
do ouro da casa do seu, Senhor. I
J:s tu quem tem de velar por que tudo seja feito segundo a leí uAo passo que ó soberano (fara6) é o srmbolo vivo do Estado
3S e os regulamentos, de modo a que cada qual veja rJspeitados 03 seus e funciona como intermediário entre as divindades çôsrnicas e o seu 37
direitos. I povo, uma hierarquia de funcionários encarrega-se do governo, O vizir.
Um luncionârio (como tu) deve viver com a cara descoberta. de modo especial, alMa o soberano da preocupação diária dos negó
A água e o vento transmitem tudo que ele faz. Nada do que ele faz cios. mantendo-o. porém, sempre informado da sua marcha. 05 6rgãos
fica desconhecido ... o que Deus ama é que se façà a justiça: o' qUe locais gozam de cima autonomia jurisdicional. mas naela deve escapar
Deus detesta é que se favoreçam uns contra outros. I ' 8C! olhar vigilante' ds Chancelaria, [vi.z:ir e outros altos funcionários}.
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"":,:"'> '.""_". ,- ".' ,.,,'1. ", .)"-:. ;,"}·':.'···:·:~.:;·l. ·~·.t:.·-. 'j().:~::-r"~'-;: .
«Se encontrares um Senhor de cidade ! ... ) que tenha violado a á parte na éorte. a dos, escribas nenhum é pobre. Mas o que actua
Lei ( ... ). um homem perigoso que fale muito. um fautdr de desordens. mediante a inteligência de outrem (o ignorante) não obtém ê>:itos ..
então suprime-o (, .. ). deslr~i 11 sua raça e a sua merl6ria e os seus A de escriba é a maior das profissões; mesmo Sendo·se rapaz é·se res
partidários.) , peitado pelos homens '" Repara: não há profissão que não tenha um
Subsecção V
que vêm de casa do Rel. Meskenet (deusa dos nascimentos) preparou
O êxito -para c:! escriba: ele é posto à cabeça dos funcionários e o seu
o FUNCIONALISMO POBLlCO'
pai, e a sua mãe agradecem a Deus.lI
(Os Escribas) j
Iln A. Moret. cO Nilo a 11 Civilização Eglpcis.}.
1 - A APRENDIZAGEM lA vida escolar na Sumêria)
I
22 - «Este documento. um dos mais humanos que até jhoJe foram exu
Subsecção VI
mados no Próximo Óriente. ti uma composição sumér 11 e consagrada
à vida quotidiana de um estudante ... O estudante surpério da Que se
fala nesta antiga composição, e Que não difere ssnsi~elmente dos de OS COMERCIANTES
hoje, tem receio de chegar atrasado à escola «com temor de que o mes
1:""- O COMéRCIO
tre o puna». Ao ilcordar.' apressa a mae para lhe preparar o almoço.
Sua mãe dá-lhe dois pãezinhos. e ele vai para a escola. 1 24 ai Nos domínios do Estado e nos dos templos «os armazéns e en
38 Na escola. recita a sua placa (a placa de argila escrita em caracte trepostos regorgilavam de mercadorias. destinadas ao uso duma fracç1io 39
res cuneiformes). prepara nova placa, escreve-a. I da população. Ouando as necessidades dessa colectividado se acha·
Mas foi punido várias vezes com chibatadas. por chegar atrasado. vam satisfeitas, o excedente podia, ser entregue ao comércio e então.
por se ter levantado na aula. por ter conversado, por a ~ua escrita «não os dois grandes domlnios trocavam directamente os seus produtos. ou
ser .satisfatória., por ter .saldo indevidamente pela pbrta principal .. _ os produtos dum domínio eram vendir.!::õg a negociantes, que os reven
A aprendizagem do 'escriba era, pois, dura; mas depois. quando I deriam. correndo ós resp'ectivos riscos. A par dos grandes domlnios
tívesse tirado o seu curso. sua vida seria bastante agreídável (a acredi colectivos. havia uma massa de proprietários particulares, grandes,
tar o Que um deles deixou dito ... I.• médios e pequenos, criadores de gado ou produtores de cereais. frutos
(Apud Samuel Noah "ramer. IA I
História CDI)1I19" no. SumérlD»).
e legumes. que precisavam de vesluârio .. mobília, e objectos da adorno
e de IUllo. os quais não podiam obter senão vendendo os excedentes
da sua colheita ou, da' sua criação. Do mesmo modo, existiam artesãos
11 - A VIDA DOS ESCRIBAS NO EGlPTO livres. explorando uma ofiéin<t de que eri3m proprietários e que viviam
do que fabricavam. Por fim. havia marcadores que não produziam nada,
23 - «Instruções que um homem chamado Duaf, filho 'Itie Kett compôs mas compravam e revendiam tudo que corresse no paIs. Toda esta
para seu filho chamado Pepl. enquanto viajava para a ResidêncIa, dase ge(lt6. cómpradores, vendedores e comerciantes, se encontrava 110S
Jandometê.lo !la escale dos LIvros. com ,os filhos dos IEscrlbas: mercados. I ... } No túmulo de Kaemat. o artista representou negocian
, tes que expõem meré~doriasem fardos e cestos e gesticulam. sentados
Deveseritregar-te do coração aos livros. Olha osl escribas. como ou de pé, vociforando. (Tratava-se do Fenlcios.) Os clientes. que che
são livres de trabalhos pesados: acredita. nada. ganha aos livros. Lê gam com seus sacos às costàs. gesticulam também, e. sem dúvida.
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o final do Kemit e encontrarás esta máxima: - O escriba ··estâ em toda' o seu vocabulário não era martas rico nem menos forte que o dos mer
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cadores, A chegada dum barco estrangeiro. vindo. CjIJ!lr do Alto Nilo secvia pari: la!er Oma s$lrada P6ralela. 'de teria batida. Pontes. não havia nenhuma
(da Nubia). quer da Síria. atraia, .ao mesmo tempo Que os curioso,s sobre o NUo. ca". havia sabre o~ canais.' Passava·s.. a vau. ou de barco.
,sempre divertidos de ver. os estrangeiros de trajos polícromos Ela sua 0$ ricos utilizavam. para as pequenas deslocaçôes. as cadeirinhas. levadas
por criados. Para dcslocaçõos maioros. .crviam-~e do carro puxado por burros ou
pacotilha. os comerciánt8s. que instalavam uma tenda e vendiam pro onagr05. mais tarde por cavalos.
visões aos Fenlcios.»· ' Mas o ve'rdadelro meio da lranSpOrle para todos. no Egiplo como. na Moso
Não 50 conhecia li macda. Pagava'$o com oulr05 géneros. quer lazendo a ava nos conais. Havia-os de vários lipos - para possoas. para gado. para diversas espé
liaçáo direclamenle. qúer, em cena época, lalendl>-ôl em chOI, unidade puramnnte cies qe ·mercadorhu.
Idnal. quo nBO clti.tl. amoedada, mas çorre~pc;;"dla a cerlOs puas dI! Duro. praia ÓUanlD ..... longa. viagefls ia estrangeiro. quando não fossem por mor. laliarr.
e cobre. Ou linlãlJ. no fim do 2." milênio a. C., paga\lll·so Otn melai, nio amoodado. -se em carilvanas da asnDs ou Ol1agros; mais 'arde de camelos; nenhum comercianto
mas segundo o peso, 50 atrovia " a'ronlar sozinho. isolado. us poriDO' do doscrlo C dos caminhos paI/co
seguras.
(Pi.m! Monlet. «A Vld. Quotidiana ntl Eglplo.!.
a uma situação preponderante. ter escritório, sucursais. enfim dirigir neg6clo cpnjuflto. os ganhos e perdas serão declarados perante o deus
verdadeiras empresas cuja actividade variada irradia por lodo o país e divididos em parles iguais.lI
CiJucaso. como 110 GollO' de Omii' (continuação dll Golfo Pérslco). dondo lambltm oulias dlsposiçõos rc!clentes 8t1 Gaml
uniam diarila, praIa BO Elão lreglãó a Leite do Tigrel e , Asia Monor, ouro no Iralos mercan'Ii •. · bom coma pelas .. l;tU ven
NOlln da SIris 11 iO Eg;pto, alabastro, ouro, praIa, pedru preciosas. lápis·lnúll dlam. designadamoolc: cereob. lar,1. .. .......... H,1~. azane, jumentos. bois,
c simples pedra de cantaria 80 planallo do Irão. Exportavam cevada e logumes para carneiros Q po,,,os. lã u escravos.
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mago, como uma abelha que sé nutra do próprio ,trabalho ... Ó pedreiro Depois. tendo 06 operários abafio uma das entradas. o Mesmo
adoece a labutar, s6 c;ome pão e lava·se uma 'única vez; é tão miserá escriba loi e disse-lhas: HPorque forçaram a entrada do porto? Eu já
vel Que dificilmente se descreve a 'sua .condição _.. O sapateiro. _, pede lhes tinha dado o trigo. Partam, pois. ou os culparei por tudo aquilo
constantemente esmola: o que come é courO••. 1J que desapareça.n ,
(Lxlracto da caderno dum liscal da necrópole de Tebas. apud
(.56I1r8 deu Ollcloo - prlnc!pios do 2.' milênio e. C. -- DPud p, Bonnour8 8 oulros, .Do~umtnIO~ da HIsl6rio Viva" Oossier n,' 1,
A. More!••0 Nilo b 11 Clvlllmçao Eglpclul. , Ficha 2. Resumido),
b) TOdavia"á situação dos art[fices e operàríos nem sempre era COMENTARlO do orgonlxador dos «Documentos.:
tão mã como tais palavras mostram.
«A moral corrente proibia obrigar os operários e servos a traba 1 - Os serlrjços de aprolrjsionamento solriam da incu,;a dos IIscrlbas; os ope·
lhar mais do que o razoável. rArlos quoixD""m-$1l e amoaçalrarr\ apelar para o governador; 0$ escriba., inQu;et.,s,
lornecoram-Ihos um dia da Irlvelos.
A sorte dos art/fices não era excessivamente miserável quando os
seus senhores se dignavam.,;como Bakanl::onsc a Aoma-Rov. mandar A distribuição do mês fora In&uricillnlôl, Um cheio oporllrlo inellara os
,2 -
-lhes construir habitações e 'oficinas limpas ,6 arejadas, c6modas, [! seus cam~rada5 a Ir bus'cnr o IIlgo ao pOrlo (f1uviall da desemba'Quo. tomando a
Quando os viveres e vest\.lário lhes eram distribuldos regularmente ... responsabilidade de
mandar ilvisnr o governador. (Pode acrescentar·se que. apesar
Os dias festivos e feriados eram frequentes, E os mais sérios e Mbeis da nova distribuição, os operários forçaram. cntrad3 no pOrlO, o QUO. levDu o C$criba
a censurá-los' 11 ame"çã·!os••
podiam tornar-se contrameSlres ou fiscais. amealhar alguns valores e
acabar os seus dias como pequenos proprietários ou patrões.»
42 43
(Plerre MOIIIOI, erA Vldo !luolidipntl nQ EglpIO»).
Subsecção VIII
'"
1(>
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os gafanhotos, os animais comem e os pássaros pilh,:,m ... - que ca!a toras, rios emprag;.::bs .e nos ccntribuintes recalcitrantes .... Em suma ...
midades para o lavradorl O que possa restar, depois disso, os ladrões a diferença não seria grande .entre as pessoas livres da mais baixa con
o levam ... Chega ~ntão o escriba do imposto e taxa a colheita ... .Lá dição e aqueles a quem a chamamos escravos.)
Quando vem a cheia do Nilo. «o povo. que. durante esse; tempo. Subsecção X
não tem trabalho para fazer, abandona-se aos prazeres. aos festins. a
tOda a espécie de divertimentos». AS LUTAS SOCIAIS
(Diodoro. da Sic1lia. eBlbliol8eft Histórica. - século I a. C,). 32 - Dl Nâ 2.' metade do 3:' mi"!oio AC., hDu'Ie ne EOiplo glündes o prolonga·'
pava·lhe os péS e calçava-lhas. Outros criados livres serviam à mesa.» Aquele que. não tinha uma junta de bois. possui agora manadas; o que
Os escravos, geralmente de origem estri!ngeira (prisioneiros de não tinha um pão de seu. tomou'Se proprietário de uma granja. e '0 seu
guerra e seus de.scendentes), eram, como animais ou coisas. proprie celeiro está cheio com. o que era de outrem ...
dade do seu senhor. Este podia alugá-los ou vendê· los. Mas, a não ser Aquele que nunca tiv'eiil 'sapatos, tem agora coisas preciosas. Os
os que trabalhavam nas mInas. não sofriam. em regra. maus tratos'. que' .possuiam 'vestuário andam agora esfarrapados; mas o que nunca
J:: certo que «o senhor batia no' seu escravo, mas também ,batia nos pas tecera para si próprio dispõe agora de finos tecidos. Aquele quo nada
. uma caixa. tem' agora um armário: a Que via o seu rosto na água possui lização primitiv:u
" IAdmonlçQIl$ dD 'IIm dbto ançlfto, in A. Merot, ,,0 NIIQ " a OS DEUSES AGRARIOS
ClvlllmçAo I:glpol0 •• l'IesumldD).
34 - O Hino a Oslrls:
b) lia pobre está melhor morto que vivo, «Saúde a ti. Osiris, senhor da eternidade, rei dos deusBs. cujos
Se tem sal. I]âo tem pão, nomes são múltiplos. cujos' destinos são sublimes, 'cujas formas são
S~ tem pão, não tem sal, misteriosas nos templos,._
Se tem carne. não tem cordeiro, . Seu nome é duradoiro. na boca dos homens. como deus primordial
Se tem cordeiro. não te.m carne~. das Duas-Terras reunidas [Alto.e Baixo Egipto). alimento e substância
apresentada perame a divina Enéada. Esplrito entre os Espíritos ...
j Provérbio sumêrlo racolhido na tradição oral hâ mais d. As plantas crescem li' sua ordem e no solo gera ele os seus pro
3500 anos, In Samuel Noa" Kreamur, cA Hlslõrlll co meça nll
dutos. O Céu e os astros obedecem-lhe ... os mortos temem-no. as 47
46 Sum6rlaJI·
Duas-Terras adoram-no ... ll
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