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ÁGUA, O NOSSO MAIOR BEM1

Igor Flach de Lima2

Recurso estratégico para a manutenção da biodiversidade e preservação da vida


no planeta, a agua sempre se constituiu um recurso estratégico para a humanidade ao
longo dos tempos. Seja no nível das espécies ou no do indivíduo, a vida começa na
água. Entretanto, neste início do século XXI, a relação do homem com a água parece
modificar-se, exigindo uma nova forma de pensar como são usados os recursos hídricos.
Além disso, estudos mostram que, em poucas décadas, as reservas de água doce do
planeta não serão suficientes para suprir as necessidades da raça humana. Assim sendo,
o objetivo deste artigo de revisão é realizar uma breve pesquisa sobre a gestão da água
no atual momento, bem como encontrar possíveis formas de gerenciamento para a sua
crescente escassez. Para tanto, o referencial deste trabalho assenta-se, principalmente,
nas ideias de Lopes (2009), Silva et al (2012) e de Guerreiro (2009).

Iniciaremos nosso estudo traçando um breve panorama sobre os recursos


hídricos no mundo. De acordo com Shiklomanov (apud LOPES, 2009, p.77), “Apesar
do nome Terra, 70% do planeta é composto por água.”, ou seja, é um recurso muito
abundante em termos quantitativos. Entretanto de toda esta água existente, apenas 2,5%
constitui água doce e sua grande maioria encontra-se inacessível nas calotas polares e
em aquíferos de difícil acesso, deixando aproximadamente apenas 0,26% de água doce
disponível em rios, lagos e aquíferos de fácil acesso (LOPES, 2009) o que nos mostra
que é na verdade, um bem raro de achar nas condições ideais de uso.

Devido à preciosidade da água para a vida, deve-se analisar a ocorrência de


possíveis guerras pela água. Segundo Lopes (2009, p.81), “Vários têm explorado esta

1
Artigo de Revisão de Bibliografia produzido na disciplina de Leitura e Escrita na Formação Universitária,
Profa. V.M. Salvatti, Semestre 2015/2.
2
Acadêmico do Curso de Engenharia Elétrica da Universidade de Caxias do Sul.
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previsão e procurado prever as regiões onde estas ‘guerras de água’ terão lugar. Assim,
têm-se identificado algumas bacias hidrográficas internacionais como estando em risco
de virem a ser palco de conflitos violentos.” A relação de causalidade que é mostrada de
forma linear – escassez de água leva a violência/guerra – é muito mais complicada do
que possa parecer (LOPES, 2009).

Os recursos hídricos são muito relacionados e influenciados por alguns


fenômenos como, por exemplo, as alterações climáticas. Segundo Wolf (apud LOPES,
2009, p.87), “As alterações climáticas estão e continuarão a exercer pressão sobre os
recursos hídricos no planeta.” O aumento desta pressão pode implicar em migração, que
pode implicar em imigração, que provocará em uma maior procura de água no local de
destino, degradação ambiental e/ou a ocorrência de dinâmicas naturais e pode ainda
afetar os regimes de afetação de recursos, causando uma distribuição desuniforme
desses recursos.
Assim como em vários outros lugares da terra, a situação da água no Brasil é
alarmante. Segundo Augusto et al (2012, p.1), “A disponibilidade maior de água não
pode garantir a efetiva distribuição equânime para populações humanas.” Um bom
exemplo, é o Brasil que possui 2,8% da população mundial e tem 12% da água doce
disponível no planeta porém, 70% dessa água estão na Bacia Amazônica, onde a
densidade populacional é a menor do país (AUGUSTO et al, 2012). É possível observar
a má distribuição dos recursos hídricos e populacionais no Brasil por região na Figura 1.

Figura 1 – Distribuição dos recursos hídricos e populacionais no Brasil por região

Fonte: Disponível em: www.scielo.com.br


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Novos conceitos em relação à gestão da água vêm sido criados. Pode-se citar,
entre vários aspectos, o da pegada hídrica, que procura quantificar o total de água gasto
nos processos produtivos. Segundo Silva et al (2012, p.101) “ O conceito de Pegada
Hídrica tem sido discutido principalmente em fóruns de recursos hídricos e da ciência
política.”. “Buscando cada vez mais atenção das pessoas. ”O volume de água utilizado
para produzir o produto é, somado ao longo das várias fases da cadeia de produção, a
base do conceito de pegada hídrica.” (SILVA et al, 2012, p. 102). Os indicadores que
são utilizados pela pega hídrica são baseados na apropriação da água subjacente de bens
e serviços, integrando o uso da água e da poluição sobrea cadeia de produção, indicando
a relação entre o local e o consumo global dos recursos hídricos (SILVA et al, 2012).

Com a crise da água, é importante analisar as áreas que se destacam por


consumirem um grande volume de água como, por exemplo, a agricultura e a indústria
em geral. No caso específico da carne vermelha é considerado um sistema de produção
industrial que leva três anos para se abater um animal e produzir 200 Kg de carne
desossada, gerando um gasto de 24 metros cúbicos de água para dessedentação e 7
metros cúbicos de água para limpeza geral (SILVA, 2012), ou seja, o consumo nesse
tipo de indústria, como também em várias outras, é muito alto. Na agricultura segundo
Mierzwa (2004, p.3),
f
Em relação à disponibilidade de água nas diversas regiões geográficas do
Brasil, o uso para irrigação é pouco significativa, mas nas regiões que sofrem
problemas de escassez, seja por causas naturais resultante da demanda
excessiva, a prática de irrigação principalmente pelos métodos tradicionais.

Como visto anteriormente que a distribuição dos recursos hídricos é ruim e isso torna
essa questão alarmante.

A água, sem dúvida, tem um papel importantíssimo para nossas vidas e na visão
do curso de Engenharia Elétrica não é diferente. A água é utilizada como fonte de
produção e também de armazenamento de energia, que é o que acontece nas represas de
água presentes nas hidrelétricas conforme Figura 2. O principal motivo para a
construção desses reservatórios é justamente armazenar o potencial energético
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gravitacional da queda da água para que mesmo em épocas de seca a produção não pare.
A matriz energética do país está centrada neste tipo de produção, ou seja, está
totalmente dependente dos recursos hídricos. Na baixa dos reservatórios é necessária a
produção de energia por outro meio, tornando a produção mais cara. Para o curso têm se
uma dedicação especial no estudo desses recursos, visando sempre um melhor
aproveitamento.

Figura 2 – Usina de Tucurui

Fonte: Disponível em Google imagens

A escassez de água é algo que tende a piorar no decorrer dos anos. É de extrema
importância estudar alternativas que solucionem este problema. Segundo Guerreiro
(2009, p. 59), “Sendo necessário o desenvolvimento futuro de sistemas sustentáveis e
alternativos ao sistema atual de abastecimento de água foram criados sistemas de
aproveitamento das águas pluviais e sistemas de dessalinização como forma de combate
[..]”. Nesse sentido, há muitas maneiras alternativas como a dessalinização. Ainda
falando sobre esta alternativa, segundo Guerreiro (2009, p. 59-60) “[...] será necessário
grande sensibilização pública, para que a água proveniente da dessalinização seja
admitida como própria para consumo humano por parte de uma população alargada.”
Sendo assim, há a necessidade de avaliar de acordo com a região a melhor opção para
combater este problema.
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O homem sempre teve e terá uma grande relação com a água. Diante da pesquisa
realizada, percebe-se a importância da água para a vida em geral e também para a
evolução da humanidade. Devido a sua relevância é objeto de estudo nas mais diversas
áreas, principalmente em meios alternativos de reutilização e sistemas com maior
rendimento no processo, para minimizar desperdícios. Se algo não for feito a
humanidade passará por grandes problemas, então nos resta cuidar e utilizar este meio
da melhor forma possível. Segundo Guerreiro (2009, p.60), “No final procura-se um
mesmo objetivo: um planeta mais azul e mais habitável para nossos sucessores.”.
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REFERÊNCIAS

AUGUSTO, Lia et al. O contexto global e nacional frente aos desafios do acesso
adequado à água para consumo humano. Ciênc. saúde coletiva, Rio de Janeiro,
vol.17, n.6, Jun. 2012.

DISTRIBUIÇÃO dos recursos hídricos e populacionais no Brasil por região. Disponível


em: <www.scielo.com.br> Acesso em: 10 jul. 2015. Figura 1.

GUERREIRO, Mario Luiz Ferreira Brandão. DESSALINIZAÇÃO PARA


PRODUÇÃO DE ÁGUA POTÁVEL: Perspectivas para Portugal. Portugal: Faculdade
de Engenharia da Universidade de Porto, 2009. 80 p. Tese (mestrado), mestrado
integrado engenharia civil, Porto 2009.

LOPES, Paula Duarte. Água no séc. XXI: desafios e oportunidades. DEBATER A


EUROPA, n.1, p. 76-98, Jun. 2009.

MIERZWA, Dr. José Carlos. USO DE ÁGUAS RESIDUÁRIAS NA


AGRICULTURA – O CASO DO BRASIL. São Paulo: 2004. 14 p. Disponível
em:<http://www.bvsde.paho.org/bvsacd/upf/mierzwa.pdf> Acesso em: 29 jun. 2015.

SILVA, Vicente de P. R. da et al, Uma medida de sustentabilidade ambiental: Pegada


hídrica. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, Campina Grande
(PB), v.17, n.1, p.100–105, 2013.

USINA de Tucuruí. Disponível em:<www.google.com.br> Acesso em:10 de jul. 2015.


Figura 2.

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