Documenti di Didattica
Documenti di Professioni
Documenti di Cultura
1. GENERALIDADES
VIII-1
Obs.: Para melhor compreender as definições das camadas que compõem um
pavimento, é preciso considerar que a distribuição dos esforços através dele deve ser tal que,
ao chegarem à fundação (subleito), as pressões exercidas sejam compatíveis com a capacidade
de suporte desse subleito. A pressão aplicada é reduzida com a profundidade, de tal sorte que
as camadas superiores estão submetidas a maiores pressões, exigindo materiais de maior
qualidade.
a) Subleito
b) Leito
c) Regularização
d) Reforço do Subleito
VIII-2
e) Sub-Base
f) Base
g) Revestimento
h) Acostamentos
VIII-3
c) pavimento semirrígido - é aquele que representa um comportamento rígido,
surgindo depois fissuras que o dividem em “placas” articuladas, as quais terão comportamento
ambíguo (rígido e flexível).
Obs.: Essa classificação traz dificuldade, uma vez que não há restrição quanto à
utilização da base rígida superposta por um revestimento flexível, e vice-versa, tornando
problemático estabelecer-se um critério de classificação. Assim, a maioria dos que se
preocupam com classificação de pavimentos prefere dar terminologias às bases e,
independentemente, aos revestimentos.
Bases Flexíveis
VIII-4
b) Base Estabilizada com Aditivos Cimentantes:
- solo melhorado com cimento (pequenos teores de cimento)
- solo melhorado com cal
- solo com cal e cinzas
- solo com cloreto de calcário
Bases Semirrígidas
b) Solo-Cal
Bases Rígidas
Rígidos
VIII-5
Semirrígidos
a) Solo-Cimento
Flexíveis
- Por Calçamento
- Betuminosos
VIII-6
d) Areia-Betume - é um pré-misturado em que o agregado, natural ou artificial,
é constituído, predominantemente, de material passado na peneira n°10 (abertura de 2,0 mm).
b) Pré-Misturado Areia-Betume
Obs.: Se a pré-mistura tiver que ser feita na pista, face às condições impostas
pelo serviço, será sempre executada a frio.
MISTURAS A QUENTE
Vantagens Desvantagens
- Mais duráveis. - Exigem aquecimento do agregado.
- Menos sensíveis à ação da água. - Instalações complexas para o fabrico.
- Mais indicadas para tráfego intenso ou pesado. - Equipamento especial para o espalhamento.
- Menos sujeitas ao desgaste. - Não permitem estocagem.
- São caras.
MISTURAS A FRIO
- Fácil fabricação. - Suscetíveis de maior desgaste.
- Não exigem aquecimento do agregado. - Mais sensíveis à água.
- Fabricadas em instalações simples e pouco custosas. - Exigem cura da mistura.
- Permitem espalhamento com Patrol.
- Permitem estocagem.
VIII-7
d) Capa Selante - é um tratamento simples, de penetração invertida, executado com
a finalidade de impermeabilizar um revestimento.
3. LIGANTES BETUMINOSOS
VIII-8
3.2. Tipos de Asfalto de Petróleo
Obs.:
CAP 7 - Viscosidade a 60oC: 700 300 poise
CAP 30/45 - Penetração entre 30 e 45 décimos de milímetro
CR-70, CR-250
CM-30, CM-70
VIII-9
Obs.: Existem outros tipos (CR-800, CR-3000, CM-250, CM-800, CM-3000) que
não são usados em serviços de pavimentação.
c) Emulsões Asfálticas
VIII-10
Tempo de ruptura é o tempo necessário para o asfalto se separar da água. Ele
depende, dentre outros fatores, da quantidade e tipo do agente emulsificante.
Ruptura Rápida;
Ruptura Média;
Ruptura Lenta.
VIII-11
3.3. Alcatrões
Alcatrões para pavimentação líquidos: AP-1, AP-2, AP-3, AP-4, AP-5, AP-6
Alcatrões para pavimentação semi-sólidos: AP-7, AP-8, AP-9, AP-10, AP-11, AP-12
a) Cimento Asfáltico
Estado: sólido ou semissólido
Cor : preta brilhante
Odor : inodoro
b) Asfalto Diluído
Estado: líquido
Cor : preta brilhante
Odor : do solvente
c) Emulsão Asfáltica
Estado: líquido
Cor : marrom
Odor : do solvente ou emulsificante
VIII-12
d) Alcatrão
Estado: líquido ou semissólido
Cor : preta
Odor : do creosoto
4. AGREGADOS
4.1. Conceituação
4.2. Classificação
a) Naturais - são constituídos por partículas oriundas da alteração das rochas pelos
processos de intemperismo ou produzidos por processos físicos como britagem, lavagem e
classificação, em que a matéria prima é rocha, bloco de pedra, etc. Distinguem-se os seguintes
tipos: pedregulho, pedregulho britado, pedra britada e areia.
VIII-13
c) Material de Enchimento (Filler) - é o material não plástico, do qual passam pelo
menos 65% das partículas na peneira n°200 (0,075 mm).
Quanto à Granulometria
VIII-14
c) Sanidade - é a resistência que o agregado oferece à ação do intemperismo.
Como na prática é impossível controlar um agregado por uma linha, que é sua
curva granulométrica, estabelecem-se limites para sua variação, dando origem à faixa
granulométrica.
VIII-15
5. AVALIAÇÃO DE PAVIMENTOS
Fendilhamento da Superfície
VIII-16
- Trincas tipo “couro de crocodilo” - conjunto de trincas interligadas sem
apresentarem direção preferencial, assemelhando-se ao aspecto de couro de
crocodilo, podendo ou não apresentar erosão acentuada nas bordas;
Afundamento
VIII-17
Corrugação
VIII-18
Exsudação
Desgaste
Panela
VIII-19
5.2. Principais Defeitos em Pavimentos Rígidos (Fotos do artigo “Patologia de
Pavimentos Rígidos”, de Maggi, P. & Castellano, T.)
Alçamento de Placas
Fissura de Canto
Placa Dividida
VIII-20
Escalonamento ou Formação de Degraus nas Juntas
Selagem Defeituosa
Desnivelamento Pavimento-Acostamento
Fissuras Lineares
VIII-21
- fissuras transversais - ocorrem na direção da largura da placa,
perpendicularmente ao eixo longitudinal do pavimento;
- fissuras longitudinais - ocorrem na direção do comprimento da placa,
paralelamente ao eixo longitudinal do pavimento;
- fissuras diagonais - são fissuras inclinadas que interceptam as juntas do
pavimento em distância maior do que a metade do comprimento das juntas ou
bordas.
Reparos
Desgaste Superficial
Bombeamento
Quebras Localizadas
VIII-22
Fissuras Superficiais (”Rendilhado”) e Escamação
São fissuras capilares que atingem apenas a superfície da placa, com tendência a se
interceptar formando ângulos de 120o. A escamação caracteriza-se pelo deslocamento desta
camada superficial fissurada, podendo, no entanto, ser proveniente de outros defeitos, tais
como o desgaste superficial.
Esborcinamento de Juntas
VIII-23
Esborcinamento ou Quebra de Canto
São quebras em forma de cunha, nos cantos das placas, ocorrendo a uma distância
não superior a 60 cm do canto. Difere da fissura de canto pelo fato de interceptar a junta num
determinado ângulo (quebra em cunha), ao passo que a fissura de canto ocorre verticalmente
em toda a espessura da placa.
Placa Bailarina
Assentamento
Buracos
VIII-24
6. DIMENSIONAMENTO DE PAVIMENTOS FLEXÍVEIS
6.1. Generalidades
Será apresentado o Método do Eng.º Murillo Lopes de Souza, que tem como base
o trabalho “Design of Flexible Pavements Considering Mixed Loads and Traffic Volume”, da
autoria de W.J. Turnbull, C.R. Foster e R.G. Ahlvin, do Corpo de Engenheiros do Exército
dos Estados Unidos, e conclusões obtidas da pista experimental da AASHTO (American
Association of State Highway and Transportation Officials).
d) Materiais para Base – devem apresentar ISC maior ou igual a 80%, expansão
menor ou igual a 0,5%, Limite de Liquidez menor ou igual a 25% e Índice de
Plasticidade menor ou igual a 6%.
OBS.: Caso o Limite de Liquidez seja superior a 25% e/ou o Índice de Plasticidade
superior a 6%, o material poderá ser empregado em bases (satisfeitas as demais
condições) desde que o Equivalente de Areia seja superior a 30%.
Os materiais para base granular devem se enquadrar numa das seguintes faixas
granulométricas:
VIII-25
Percentagem em Peso Passando
Peneiras
A B C D
2” 100 100 – –
1” – 75 – 90 100 100
3/8” 30 – 65 40 – 75 50 – 85 60 – 100
N.º 4 25 – 55 30 – 60 35 – 65 50 – 85
N.º 10 15 – 40 20 – 45 25 – 50 40 – 70
N.º 40 8 – 20 15 – 30 15 – 30 25 – 45
N.º 200 2–8 5 – 15 5 – 15 5 – 20
A fração que passa na peneira N.º 200 deve ser inferior a 2/3 da fração que passa
na peneira N.º 40. A fração graúda deve apresentar um desgaste Los Angeles inferior a 50%.
Pode ser aceito um desgaste maior, desde que haja experiência no uso do material.
6.2. Tráfego
Sendo V1 o volume médio diário de tráfego no ano de abertura, num único sentido,
e admitindo-se uma taxa “t” de crescimento anual em progressão aritmética, o volume médio
diário de tráfego Vm, num único sentido, durante o período “P” de anos do projeto será:
V1 . 2
P 1.t
100
Vm
2
Vt 365. P .Vm
365.V1 . 1 t
100
P
1
Vt
t
100
VIII-26
N Vt . FE . FC (Fator de Veículo: FV FE . FC )
2. n2 3. n3 4 . n4
FE
n2 n3 n4
Onde:
n2 – número de veículos com 2 eixos;
n3 – número de veículos com 3 eixos;
n4 – número de veículos com 4 eixos.
FC é o Fator de Carga, isto é, um fator que multiplicado pelo número de eixos que
operam dá o número de eixos equivalentes ao eixo padrão.
Σ B = pS1 x FEOS1 + pS2 x FEOS2 + ... + pSi x FEOSi + pT1 x FEOT1 + ... + pTj x FEOTj
FC = Σ B / Σ A
VIII-27
OBS.: São considerados em tandem dois ou mais eixos que constituem um
conjunto integral de suspensão, podendo qualquer deles ser ou não motriz.
VIII-28
Exemplo:
Calcular o número N para uma estrada em que o tráfego apresenta um volume
médio diário inicial, nos dois sentidos, igual a 370 veículos, com a composição abaixo,
crescendo linearmente a uma taxa anual de 4%. Dessa composição, 74% dos veículos têm 2
eixos, 16% têm 3 eixos e 10%, 4 eixos. Admitir um período de projeto de 15 anos.
Solução:
Crescimento Linear:
V1 . 2
P 1.t
100
Vm
2
V1 . 2
P 1.t
100
Vm
2
185. 2
15 1. 4
100
Vm 236,80 veículos
2
Vt 365. P .Vm
2 x 74 3 x 16 4 x 10
FE 2,36
74 16 10
VIII-29
Carga por Eixo Fator de Equivalência de Equivalência de
Número de Veículos Operação
Eixos Simples Operações
<5 62 - -
5 12 0,1 1,2
7 8 0,5 4,0
10 4 3,5 14,0
12 4 10,0 40,0
Eixos Tandem
17 4 8,0 32,0
19 3 15,0 45,0
21 3 30,0 90,0
TOTAL 100 226,2
226,2
FC 2,26
100
N Vt . FE . FC
VIII-30
Componentes do Pavimento Coeficiente K
Base ou revestimento de concreto betuminoso 2,00
Base ou revestimento de pré-misturado a quente, de graduação densa 1,70
Base ou revestimento de pré-misturado a frio, de graduação densa 1,40
Base ou revestimento betuminoso por penetração 1,20
Camadas granulares 1,00
Solo-cimento com resistência a compressão a 7 dias superior a 45 kgf/cm2 1,70
Solo-cimento com resistência a compressão a 7 dias entre 45 kgf/cm2 e 28 kgf/cm2 1,40
Solo-cimento com resistência a compressão a 7 dias entre 28 kgf/cm2 e 21 kgf/cm2 1,20
Base de solo-cal 1,20
b) Inequações Básicas
VIII-31
A figura acima dá a simbologia utilizada no dimensionamento do pavimento:
Hm designa, de modo geral, a espessura total de pavimento necessária para
proteger um material com CBR = m;
Hn designa, de modo geral, a espessura total de pavimento necessária para
proteger um material com CBR = n;
Mesmo que o CBR da sub-base seja superior a 20%, a espessura de pavimento
necessária para proteger essa camada é determinada como se esse valor fosse
20% e, por essa razão, usam-se sempre os símbolos H20 e h20 para designar a
espessura de pavimento sobre a sub-base e a espessura da própria sub-base,
respectivamente.
Uma vez determinadas as espessuras H20, Hme Hn, dependendo, logicamente, das
camadas que irão constituir o pavimento, e partindo-se da espessura mínima de revestimento
R, já definida anteriormente, as espessuras da base (B), sub-base (h20) e reforço do subleito
(hn) são obtidas pela resolução sucessiva das inequações básicas, já apresentadas.
Obs.: Quando o ISC da sub-base for maior ou igual a 40% e para N < 106, admite-
se substituir na inequação (1) H20 por 0,8.H20. Quando N > 107, recomenda-
se substituir, na inequação (1), H20 por 1,2.H20.
VIII-32
VIII-33
6.5. Pavimento por Etapas
Exemplo:
Uma estrada apresenta um volume médio diário de tráfego V1 = 150 veículos, com
uma taxa de crescimento anual, em progressão geométrica, t = 6% e um Fator de Veículo FV
= 1,7.
365.V1 . 1 t
100
P
1
Vt
t
100
Vt
365 x 150 x 1 0,06 1
2
112.785 veículos
0,06
N Vt . FV N 112.785 x 1,7 191.735 N 2 x 105
Vt
365 x 150 x 1 0,06 1
15
1.274.359 veículos
0,06
N Vt . FV N 1.274.359 x 1,7 2.166.410 N 2,2 x 106
Se o ISC do subleito for igual a 15%, tem-se, para a primeira etapa, H15 = 28 cm e,
para a segunda etapa, H15 = 32 cm. A diferença é de 32 – 28 = 4 cm e, portanto, deverá ser
implantado, para a segunda etapa, um revestimento de concreto betuminoso com 5 cm
(espessura mínima conforme tabela).
VIII-34
Exercícios:
1. Dimensionar o pavimento de uma estrada em que N = 10 3, sabendo-se que o
subleito apresenta ISC = 3%, e que se dispõe de material granular para reforço do
subleito com ISC = 9%, de material para sub-base com ISC = 20%, e de material para a
base com ISC = 60%.
Solução:
N = 103 e ISC = 9% → H9 = 27 cm
N = 103 e ISC = 3% → H3 = 42 cm
Como a sub-base é granular a espessura mínima, que será a adotada, é h20 = 15 cm.
VIII-35
2. Dimensionar o pavimento para uma estrada em que N = 10 6, sabendo-se
que o subleito apresenta ISC = 12% e que dispõe-se de material granular para a sub-
base com ISC = 40%, e para a base, com ISC = 80%.
Solução:
Como N = 106 e ISCSB = 40%, podemos substituir na inequação (1) H20 por
0,8.H20.
Como a sub-base é granular a espessura mínima, que será a adotada, é h20 = 15 cm.
Solução:
VIII-36
N = 7 x 106 e ISC = 12% → H12 = 37 cm
Como a sub-base é granular a espessura mínima, que será a adotada, é h20 = 15 cm.
Solução:
N = 6 x 107 e ISC = 8% → H8 = 55 cm
VIII-37