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DIREITO PENAL III

Introdução à parte especial do Código Penal

Parte Geral – Arts. 1º ao 120.

Parte Especial – Arts. 121 ao 361.


•Observação: Formada, majoritariamente, por normas incriminadoras.

— Normas incriminadoras – Crime + sanção. Se encontram apenas na parte


especial do código penal.

Preceito primário: Definição do crime.

Preceito secundário: Sanção.


— Normas não incriminadoras – Servem para auxiliar na interpretação,
compreensão, aplicação e sistematização das normas incriminadoras. Se encontram na
parte geral e na parte especial do código penal. Exemplo: Art. 327.

— Classificação do Código Penal brasileiro – A subdivisão da parte especial do


código penal se dá a partir da proteção dos bens jurídicos protegidos, de acordo com a
sua semelhança
•Observação: Se o crime ofende mais que um bem jurídico tutelado, parte da doutrina
entende que deverá fazer parte do título do bem jurídico mais preponderante. O mesmo
não ocorre com o crime de latrocínio e outros crimes que terminam com resultado
morte.

DIREITO PENAL III

Elementos do tipo penal


Tipo penal – Descrição da conduta proibida.
Elementos do tipo penal –

— Núcleo do tipo – Conduta. Verbo. Ação ou omissão.

Uninucleares: Exemplo: Artigo 121.


Plurinucleares: Aqueles que possuem ação múltipla.
Cumulativo: Exemplo: Art. 208. A conduta é separado por ‘’;’’.
Corresponde à crimes diferentes.

Crimes de forma livre: Exemplo: Artigo 121. A conduta pode ser


praticada de maneira diversa.
Crimes de forma vinculada: A conduta só pode ser praticada da
mesma forma como se encontra no código penal. Exemplo: Art.
175, I e II.

— Tipo subjetivo –
•Observação: Todo crime é punido na modalidade dolosa. A modalidade culposa é
excepcionalidade. Se não houver previsão legal da modalidade culposa, o crime só será
punido a título de dolo.
•Observação: Elemento subjetivo – finalidade especial.

Dolo:

Culpa:

— Tipo básico, qualificado, privilegiado –

Básico: Descreve a conduta da forma mais simples possível.


Exemplo: Homicídio simples: Artigo 121.

Qualificado: Traz circunstâncias mais gravosas. Descreve a pena de


forma mais específica, com nova pena base maior. Exemplo: Artigo 121,
§2º.

Privilegiado: Traz circunstâncias menos gravosas. Descreve a pena de


forma mais específica, com nova pena base menor.

— Sujeitos –

Ativo: Pessoa física que pratica o crime. Poderá ser um crime


comum; crime próprio ou especial; ou plurissubjetivos ou de
concurso necessário.
•Observação: Alguns crimes poderão ser: Comuns; próprios ou especiais;
plurissubjetivos ou de concurso necessário.

Passivo: Sujeito passivo pode ser considerado formal (primário) ou


material (secundário). Sujeito passivo formal será sempre o Estado. Sujeito
passivo material é o titular do bem juridicamente tutelado sobre o qual
recai a conduta criminosa.
•Observação: Alguns crimes poderão ser: De qualidade especial do sujeito passivo;
crime vago (coletividade indeterminada); dupla subjetividade passiva (Ex: Violação de
correspondência).
— Objeto –

Objeto jurídico: Bem juridicamente tutelado. Objeto tutelado,


‘’em abstrato’’, pela lei. Exemplo: Homicídio – Objeto é a vida.
Estupro – Dignidade sexual. Latrocínio – bem e a vida.

Objeto material: Pessoa ou a coisa a qual recai a conduta criminosa do


agente. No furto, objeto do delito será a coisa alheia móvel subtraída pelo
agente, no homicídio, será o corpo humano.

— Consumação – Verificação do núcleo do tipo.

Resultado Necessário p/ consumação Espécies de Crimes

Resultado naturalístico Crimes materiais; crimes omissivos impróprios; crimes


culposos (exc); Crimes qualificados ou agravados pelo
resultado.

Conduta Omissivos próprios (inação); mera conduta; Crimes


formais.

Habitualidade (reiteração) Crimes habituais. Exemplo: Exercício irregular da


profissão médica.

Consumação prolongada Crimes permanentes.

— Tentativa – Não admitem tentativa: (CCHOUP) – Contravenções penais, culposos,


habituais, omissivos próprios, unissubsistentes, preterdolosos.
DIREITO PENAL III

Dos crimes contra a vida


Vida – Direito fundamental (art. 5º, caput; art. 227 e 230 da CF).
•Observação: Não é um direito absoluto. Exceções ao direito à vida: Código Penal
Militar prevê pena de morte em caso de guerra declarada; Aborto terapêutico e aborto
humanitário; se a privação não for arbitraria, a limitação ao direito à vida pode ocorrer).

Homicídio
Conceito – Eliminação da vida humana (vida extrauterina)
Topografia do crime de homicídio –
Art. 121, caput Homicídio simples
Art. 121, §1º Homicídio doloso ‘’privilegiado’’
Art. 121, §2º Homicídio doloso qualificado
Art. 121, §3º Homicídio culposo
Art. 121, §4º Majorantes
Art. 121, §5º Perdão judicial
Art. 121, §6º e §7º Minorantes
•Observação: Homicídio preterdoloso trata-se de uma lesão corporal seguida de
morte.
•Observação: O art. 121 §1º, tecnicamente, trata de um homicídio minorado e não
privilegiado. No entanto, grande parte da doutrina utiliza a nomenclatura privilegiado.

Homicídio doloso simples – Art. 121, caput do CP. Reclusão de 06 a 20 anos.


— Sujeito ativo – Sujeito ativo comum, pois pode ser qualquer pessoa.
— Sujeito passivo – Sujeito passivo comum, desde que possua vida extrauterina, que
se inicia com o parto e nascimento com vida.

— Tipo objetivo – Matar alguém. Trata-se, então, de um crime de ação livre.

Meio direto:
Meio indireto:

Meio físico:
Meio químico:
Meio patogênico:
Meio psíquico:

Ação:
Omissão: Dever jurídico do agente de impedir o resultado morte.

— Tipo subjetivo – Dolo direto ou eventual.

— Consumação – Morte da vítima (prova: laudo necroscópico ou exame de corpo de


delito indireto – perícia, testemunhas, etc. {Exemplo: Caso do goleiro Bruno} ).
•Observação: Segundo a lei nº 9.434/97, a vítima é considerada morta a partir da sua
morte encefálica.

— Tentativa – Admite-se tentativa por se tratar de um crime plurissubsistente.


Acontece toda vez que o sujeito ativo não consuma o delito por circunstâncias alheias a
sua vontade.
•Observação: Para diferenciar a tentativa de homicídio para a lesão corporal, analisa-
se o animus necandi, ou seja, a intenção de matar.
•Observação: O homicídio simples pode ser hediondo, desde que seja uma atividade
de grupo de extermínio (art. 1º, I da Lei nº8.072/90)

Homicídio ‘’privilegiado’’ – Art. 121, §1º. Percebe-se que, na verdade, trata-se de


um homicídio de minorado, pois o §1º traz causas de diminuição de pena, reduzindo a
pena de um sexo a um terço.
•Observação: Quem reconhece as causas de diminuição de pena são os jurados.
Reconhecido, o juiz deverá reduzir a pena.
•Observação: Não necessariamente o privilégio se comunica aos partícipes e
coautores.

— Relevante valor social ou moral – Relevante valor social – homicídio em defesa


da sociedade. Relevante valor moral – homicídio em virtude de sentimento pessoal.
•Observação: A eutanásia poderá ser considerada como homicídio privilegiado por
relevante valor moral.
•Observação: Atenuante: Art. 65, III, a do CP. A atenuante é reconhecida pelo juiz de
conhecimento.

— Sob domínio de violenta emoção – Desde que seja logo em seguida injusta
provocação da vítima.
•Observação: Atenuante: Art. 65, III, c do CP. A atenuante é reconhecida pelo juiz de
conhecimento. A diferença da causa de diminuição para a atenuante é que a causa de
diminuição trata do domínio, enquanto a atenuante trata da influência. Além disso, em
caso de atenuante, não é necessário que seja logo em seguida à injusta agressão.

Homicídio qualificado – Art. 121, §2º. Reclusão de 12 a 30 anos.


•Observação: Sempre classificado como hediondo. Exceção: Homicídio qualificado
privilegiado, pois o privilégio prevalece sobre a qualificadora.
•Observação: Será possível que o homicídio qualificado seja privilegiado nas situações
em que o privilégio conviva com o meio utilizado que qualificado o homicídio. As demais
situações que qualificam o homicídio não são compatíveis com o privilégio.

— Mediante paga ou promessa de recompensa, outro motivo torpe – O


homicídio mercenário é um exemplo de torpeza. Entende-se como motivo torpe aquele
que é por motivo vil, que traz repugnância.
•Observação: Segundo Greco, Bitencourt e Mirabete, a recompensa precisa ser
patrimonial. No entanto, Damásio entende que a recompensa não precisa,
necessariamente, ser patrimonial.
•Observação: Segundo Greco, Capez e Prado, a qualificadora não se comunica ao
mandante. No entanto, maioria da jurisprudência do STF e STJ, bem como Mirabete,
Damásio e Fragoso entendem que essa qualificadora representa uma elementar
subjetiva comunicável ao mandante. Recentemente, o STJ decidiu que se o mandante
age imbuído por motivo torpe, há comunicação. Se o mandante não age imbuído por
motivo torpe, não há comunicação entre a qualificadora.

— Motivo fútil – O motivo fútil é banal.


•Observação: Existe diferença doutrinária quanto a equiparação de ausência de
motivo equiparar-se à motivo fútil. A primeira corrente, adotada pelos concursos do
Ministério Público e Delegado de Polícia entende que a ausência de motivo se equipara
ao motivo fútil. A segunda corrente, adotada pelos concursos de Defensoria Pública,
entende que a ausência de motivo não se equipara.

— Com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio


insidioso ou cruel, ou de que resultar em perigo comum –
•Observação: Insidioso significa disfarçado, oculto.
•Observação: Quando o animus do indivíduo é tortura, mas pretendolosamente acaba
matando, o crime se define no art. 1º, §3º da Lei 9455/97.

Homicídio qualificado com emprego de Tortura qualificada pelo resultado


tortura morte
A intenção inicial já era matar A intenção não era de matar, apenas de
torturar.
•Observação: Analisa-se o elemento subjetivo.

— À traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso


que dificulte ou torne impossível a defesa do ofendido –
— Para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de
outro crime –
•Observação: Não há a necessidade de que o crime futuro venha a ser efetivamente
praticado e de que o autor seja o mesmo. Exemplo: Matar o segurança para sequestrar
o empresário. Neste caso, não é sequestro. É qualificadora.

Causas de aumento (majorantes) –


— §4º – Homicídio doloso praticado contra maior de 60 ou menor de 14 anos.
•Observação: O agente deve saber a idade da vítima no momento da conduta.

Aumento: 1/3.
— §6º – Homicídio praticado por milícia privada, sob o pretexto de prestação de serviço
de segurança, ou por grupo de extermínio.

Aumento: 1/3 até a metade.

— §7º – Se o feminicídio for praticado durante a gestação ou nos 03 meses posteriores


ao parto, contra menor de 14 anos e maior de 60 anos com deficiência ou na frente de
ascendente.

Aumento: 1/3 até a metade.

Homicídio culposo – Art. 121, §3º. Detenção de 01 a 03 anos.


•Observação: Dificilmente o indivíduo cumpre a pena privativa de liberdade.
•Observação: Homicídio culposo no trânsito é punido sob a égide do CTB. Se for
doloso, pune-se sob égide do CP.

— Negligência – Omissão

— Imprudência – Ação.
— Imperícia – No âmbito profissional, desde que não possua conhecimento específico
para exercer determinada atividade.

Causa de aumento de pena do crime culposo: A pena será


negligência aumenta de 1/3 se o crime resulta de inobservância
de regra técnica da profissão, arte ou ofício, ou se o agente deixa
de prestar o imediato socorro à vítima, não procurar diminuir as
consequências do seu ato, ou fugir para evitar a prisão em
flagrante.
•Observação: A inobservância de regra técnica de profissão ocorre quando o indivíduo
possui conhecimento específico para exercer determinada atividade, mas, por deixa de
exercer regra técnica. Existe divergência doutrinária quanto a classificação dessa causa
de aumento como bis in idem do homicídio culposo por negligência. Majoritariamente,
entende-se que não é bis in idem (STF HC 86.769 RS. STJ REsp 191.911 SP). A corrente
que entende que há bis in idem nessa causa de aumento de pena do crime culposo se
baseia na jurisprudência ‘’STF HC 95078 RJ’’.
•Observação: A omissão de socorro só pode ser consumada se não houver risco
pessoal ao indivíduo que não socorre.
•Observação: A fuga para evitar a prisão em flagrante está sendo questionada, pois a
Convenção Americana sobre Direitos Humanos prevê que ninguém é obrigado a
incriminar a si mesmo. A convenção é hierarquicamente superior ao Código Penal.

Hipótese de perdão judicial: Art. 121, §5º. Na hipótese de


homicídio culposo, o juiz poderá deixar de aplicar a pena, se as
consequências da infração atingirem o próprio agente de forma
tão grave que a sanção penal se torne desnecessária.
•Observação: Não se confunde com o perdão do ofendido (ação privada)

Induzimento, instigação e auxílio ao suicídio


Art. 122 – Induzir ou instigar alguém a suicidar-se ou prestar-lhes auxílio para que o
faça.
•Observação: Traz três condutas. Só é necessário a realização de uma. Condutas
alternativas.
•Observação: Só há a possibilidade de modalidade dolosa e não há a possibilidade de
tentativa.
•Observação: Condição objetiva de punibilidade: Morte (02 a 06 anos) ou lesão grave
(01 a 03 anos).
•Observação: Caso o indivíduo participe em atos de execução, configura-se homicídio.
•Observação: Autolesão não configura crime no ordenamento jurídico brasileiro.
•Observação: Em caso de pacto de suicídio, caso alguém sobreviva, irá responder pelo
crime.

Induzir: O sujeito passivo ainda não possui a ideia de suicidar-se


e o sujeito ativo planta a ideia.

Instigação: O sujeito passivo já possui a ideia de suicidar-se e o


sujeito ativo fomenta a ideia.
Auxílio: Auxiliar é dar o meio para que o sujeito ativo cometa o
suicídio.

Sujeitos –
— Ativo – Pode ser qualquer pessoa.

— Passivo – Pode ser qualquer pessoa. No entanto, esse sujeito precisa entender o
que significa suicídio. Caso o sujeito passivo não entenda o que é suicídio, o sujeito ativo
responde por homicídio.
•Observação: É necessário que seja contra uma vítima determinada (ou grupo
determinado). Em caso de não direcionamento direto, ou seja, situação em que o
induzimento ou instigação seja para um indivíduo ou grupo indeterminado, não se
configura crime.

Hipóteses de aumento de pena –


— Motivo egoístico – Se o suicídio trouxer algum tipo de benefício ao sujeito ativo

— Vítima menor ou com resistência diminuída –

Infanticídio
Art. 123 – Matar, sob a influência do estado puerperal, o próprio filho, durante o parto
ou logo depois. Pena: Detenção de 02 a 06 anos.
•Observação: É o verdadeiro homicídio privilegiado.
•Observação: O estado puerperal é
•Observação: O estado puerperal possibilita a inimputabilidade.
•Observação: Só existe na modalidade dolosa. Caso o homicídio ocorra culposamente,
a parturiente deverá responder por homicídio culposo.
•Observação: Admite-se tentativa.

Sujeitos –
— Ativo – Parturiente.
•Observação: Em razão do que dispõe o art. 30 do CP, o infanticídio admite concurso
de pessoas comunicável aos partícipes e coautores.

— Passivo – Filho que está nascendo ou acaba de nascer.


•Observação: Analisa-se o animus, em caso de superveniência de situação diferente
ao que foi planejado pelo sujeito ativo.

Aborto
Aborto – Art. 124 a 128. Apesar do legislador trazer o nome do crime de aborto, a
conduta do tipo é abortamento.
•Observação: Competência do Tribunal do Júri.
•Observação: Só é possível a modalidade dolosa.
— Classificação –

Aborto natural: Não é punido como crime.

Aborto acidental: Não é punido como crime. Ocorre em


decorrência de acidente.

Aborto criminoso: Art. 124 a 126 do CP.

Aborto permitido ou legal: Art. 128 do CP. Caso de estupro ou


se for o único meio de salvar a vida da mulher.
•Observação: O STF autoriza o aborto do anencéfalo.

Aborto eugênico ou eugenésico: Não existe autorização, sendo


assim, a prática configura crime.

Aborto econômico ou social: Não existe autorização, sendo


assim, a prática configura crime.

Artigo 124 – Aborto praticado pela gestante ou com consentimento desta.


•Observação: A consumação se dá pela morte do feto, admitindo-se tentativa.
•Observação: Caso a mulher pratique manobra abortiva e o feto é expelido com vida,
percebendo que o feto não morreu e mãe continue com o procedimento para a morte,
pratica-se o crime de homicídio. No entanto, caso o feto seja expelido com vida e morre
posteriormente pelo aborto, consuma-se o crime de aborto. Caso o feto nasça vivo e
morra por causa independente, configura-se tentativa de aborto.
•Observação: Caso terceiro pratique manobras abortivas em mulher que não esteja
grávida, causando-lhe a morte, configura-se homicídio culposo.

— Sujeitos –

Ativo: Gestante.
•Observação: Crime de sujeito ativo próprio.

Passivo: Feto.

Artigo 125 – Aborto praticado por terceiro, sem o consentimento da gestante.


•Observação: Majorante da pena - lesão grave (1/3) ou morte da gestante (pena
duplicada.

— Sujeitos –

Ativo: Qualquer pessoa

Passivo: Tanto o feto, quanto a gestante.


— Elemento subjetivo –

Dolo direto:

Dolo eventual:

Artigo 126 – Aborto praticado por terceiro, como consentimento da gestante.


•Observação: Art. 126, parágrafo único. Consentimento inválido (gestante menor de
14 anos; portadora de doença metal; consentimento por meio de fraude, ameaça ou
violência).
•Observação: Caso namorado convença a namorada a interromper a gravidez,
contratando um terceiro provocador, o namorado, segundo a jurisprudência, responde
como partícipe; a namorada responde pelo Art. 124; o terceiro responde pelo Art. 126.
•Observação: Majorante da pena - lesão grave (1/3) ou morte da gestante (pena
duplicada.
•Observação: Caso o médico seja contratado para interromper a gravidez, não
consegue, mas acaba por provocar a morte da gestante, a doutrina majoritária entende
que se trata de um aborto majorado tentado. Já a doutrina minoritária entende que
trata de um aborto majorado consumado, fazendo analogia à súmula 610 do STF.

— Sujeitos –

Ativo: Qualquer pessoa

Passivo: Feto
DIREITO PENAL III

Das Lesões Corporais

Lesão corporal
Lesão corporal – Art. 129. Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem. Pena
– detenção de 03 meses a 1 ano. Tal dispositivo tutela a integridade física e dispensa a
necessariedade da dor, se valendo, inclusive, da saúde psíquica.
•Observação: Ressalta-se que autolesão não é punida como crime no ordenamento
jurídico brasileiro, salvo a autolesão que é utilizada como meio para cometimento de
outro delito.
•Observação: A integridade física é um bem relativamente disponível. Sendo assim, a
lesão corporal leve não contrarie a moral e os bons costumes não são puníveis.
•Observação: Tipo subjetivo: dolo. A modalidade culposa se encontra em um parágrafo
específico.
•Observação: Admite-se tentativa. A consumação se dá pela efetiva ofensa a
integridade corporal ou saúde de outrem.

— Sujeitos –
•Observação: Exceções: Art. 129, §1º, IV e 2ª, V. Neste caso, apenas a gestante pode
ser vítima

Ativo: Qualquer pessoa

Passivo: Qualquer pessoa.

— Ação –

Direta: Qualquer pessoa

Indireta: Qualquer pessoa.

Lesão corporal grave – Art. 129, §1º.


— Hipóteses – Se resulta:
•Observação: Pena – reclusão de um a 05 anos.

Incapacidade para as ocupações habituais, por mais de 30


dias: Há necessidade de perícia, no entanto, em alguns casos, admite-se
prova testemunhal.
•Observação: Bebês podem ser vítima desse crime, assim como prostitutas.
•Observação: Se a vítima deixa de trabalhar em razão da vergonha causada pelas
lesões, não configura na lesão grave.
•Observação: Tal resultado pode ser doloso ou culposo. A configuração se dá da
mesma forma.

Perigo de vida: Necessidade de laudo pericial.


•Observação: Se o resultado for culposo, admite-se a figura preterdolosa.
Debilidade permanente de membro, sentido ou função: Não
exige debilidade perpétua. A debilidade é a diminuição da funcionalidade.

Aceleração de parto: É necessário o conhecimento do agente sobre


a gravidez.
•Observação: A doutrina majoritária entende que, em caso do nascimento com vida e
morte posterior do bebê, considera-se lesão grave e não lesão gravíssima equiparada à
lesão seguida de aborto.

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