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As localidades urbanas geralmente se assentam sobre um ambiente calcado em

raízes históricas e culturais, que guardam respeito com a formação e o crescimento


de uma cidade a partir de determinado núcleo, desenhando um ambiente próprio,
onde há uma história, uma cultura peculiar urbana, ditada pôr lineamentos
arquitetônicos, paisagísticos e sociológicos.
Assim, para entendermos uma cidade é preciso verificar a sua dinâmica, a sua
geografia e a sua história.
Percebemos a dinâmica de uma cidade ao observarmos a movimentação de pessoas,
sua estrutura social, a reprodução da força de trabalho, a existência e a localização
de indústrias, a produção de riquezas, as relações comerciais, as redes de serviços, as
vias de circulação e a localização de casas.

Na atualidade, há uma divisão capitalista do espaço urbano, onde alguns


mecanismos exibem a interdependência entre a organização social e a espacial.

Distribuição de recursos e serviços na organização espacial

Organização espacial é o arranjo espacial, estrutura territorial e espaço


socialmente produzido pelo homem no decorrer da História, ou seja, campos,
caminhos, minas, dutos, redes, fábricas, lojas, habitações, templos, etc, dispostos
sobre a superfície da terra. É a transformação da natureza pelo trabalho social, de
acordo com as possibilidades que cada sociedade possui e que derivam do
desenvolvimento e das relações sociais e de produção.
As cidades possuem diferentes dimensões, paisagens e dinâmicas, que fazem
com que cada cidade tenha características próprias de crescimento.
Esse crescimento pode ser horizontal ou vertical, orientado pelo aumento da
população em relação à ocupação de um dado território.
No crescimento horizontal, a cidade vai ocupando áreas antes utilizadas para
atividades primárias. Essas áreas são divididas em lotes, isto é, frações do território
urbano que variam de tamanho e são comprados e vendidos de acordo com o poder
aquisitivo de sua população.
Na forma de crescimento vertical, percebemos o aumento do número de
edifícios. A aglomeração de prédios se faz maior no centro, dispersando-se à medida
que vamos nos afastando para os bairros mais distantes.
O crescimento vertical de uma cidade ocorre para atender as exigências de moradia
de sua população, com o aparecimento de edifícios residenciais, ou para criar espaço
para atividades econômicas.
A disposição da população neste espaço, está relacionada ao poder capitalista
que se impõe. Assim, as camadas mais baixas da população ocuparão terrenos
desfavoráveis, onde as construções geralmente são onerosas e quase impossíveis,
localizando-se em áreas periféricas ou nos centros deteriorados, onde o solo possui
menor preço no mercado.

Além de residirem em péssimas condições, essas populações tem dificuldade de


acesso aos recursos que garantem o bem-estar-social, como transporte, habitação,
emprego, educação, saúde, lazer, saneamento básico, meios de comunicação e
assistência social.

Infraestrutura Brasileira
A infraestrutura brasileira é a reunião das estruturas de engenharia e instalações que
integram a base em que são prestados os serviços necessários para o
desenvolvimento produtivo, político e social. A definição, que vale para a o termo
infraestrutura, foi dada pelo BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento).
Integra a infraestrutura do país os sistemas de transporte, comunicação, distribuição
de água, captação de esgoto e fornecimento de energia. Ou seja, são conjuntos de
longa vida útil e de necessário fornecimento de maneira contínua e em longo prazo.
Devido à amplitude, a infraestrutura no Brasil é subdividida entre: infraestrutura
econômica, a infraestrutura social e a infraestrutura urbana. As definições resultam
de estudos realizados pelo Banco Mundial.
Infraestrutura Atual
A infraestrutura econômica integra os setores que subsidiam os domicílios e a
produção. São eles: a energia elétrica, transporte, telecomunicações, fornecimento
de água, habitação, gás natural, telecomunicações, logística de transporte
(englobando: rodovias, ferrovias, portos, aeroportos e hidrovias), e a prestação de
serviços públicos.
Os investimentos recebidos pela infraestrutura têm impactos diretos e indiretos. Os
impactos diretos, conforme o IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada)
recaem sobre a expansão da capacidade de abastecimento ou escoamento da
produção. Já os impactos indiretos são observados no desenvolvimento econômico e
social.
Qualidade de vida e desenvolvimento

Nos centros urbanos qualidade vida é ampliação crescente do acesso aos bens e
serviços produzidos em sociedade, ligada à elevação da condição humana.
Desenvolvimento pode ser entendido socialmente, como um processo contínuo e
global, devendo ser dirigido a todos os cidadãos, independente da classe social. Deve
ser a criação constante do homem do homem frente aos desafios sociais ocorridos
na vida em comunidade.
Assim, desenvolvimento supõe a sua criação no usufruir do crescimento econômico,
no progresso tecnológico e social
O desenvolvimento deve então, favorecer ao alcance de uma vida com qualidade a
todos os cidadãos, mas o que se constata é que existe uma grande parcela da
população brasileira, que hoje não tem conseguido usufruir do processo de
desenvolvimento, pôr encontrar-se a margem do modo de produção.
Deste modo, na atual sociedade os que já possuem uma vida estável e com
qualidade, aumentam cada vez mais sua participação no processo de
desenvolvimento e aqueles que ficam “fora”, acabam pôr formar uma imensa massa
humana de excluídos, que vivem em situações cada vez mais precárias.
Pobreza e exclusão social

exclusão significa estar fora de algo, estar privado, e então, excluído aqui, segundo
alguns autores, são aquelas pessoas que “estão fora” do modo de produção da
sociedade e, portanto a sua margem.
Essas pessoas geralmente estão privadas de trabalho e emprego, vivendo de
trabalhos esporádicos ou ainda ocupando empregos mal remunerados, e em
consequência disso acabam não possuindo condições dignas para consumir nem o
essencial, como alimentação, medicamentos, moradia, entre outros bens. Restando
assim a essa população, os densamente ocupados cortiços localizados próximos ao
centro da cidade, casa produzidas pela autoconstrução em loteamentos periféricos,
conjuntos habitacionais produzidos pelo Estado, em via de regra distante dos
centros, e as favelas quem em terrenos públicos ou privados invadidos, acabam
formando grupos sociais excluídos, mas como agentes modeladores, ou seja, que
produzem seu próprio espaço nas cidades.
Essa produção de espaço “é uma forma de resistência, e ao mesmo tempo estratégia
de sobrevivência, impostas a esses grupos que lutam por um espaço dentro das
cidades". ¹
Além deste, coexistem outros problemas que ligados ao problema habitacional como
: alimentação inadequada, ausência de infraestrutura, baixo nível de escolaridade,
alto custo de transporte coletivo.
Todas essas dificuldades aliadas, contribuem para que os socialmente excluídos,
fiquem cada vez mais privados de recursos e bens de serviços e informações,
contribuindo para que se estabeleça cada vez mais um círculo de miséria e
destituição social, que deve sempre ser alvo de planejamento e investimento dos
governos, principalmente do governo local.

LEI Nº 11.645, DE 10 MARÇO DE 2008.


Altera a Lei no 9.394, de 20 de dezembro
de 1996, modificada pela Lei no 10.639, de
9 de janeiro de 2003, que estabelece as
diretrizes e bases da educação nacional,
para incluir no currículo oficial da rede de
ensino a obrigatoriedade da temática
“História e Cultura Afro-Brasileira e
Indígena”.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu


sanciono a seguinte Lei:

Art. 1o O art. 26-A da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, passa a vigorar


com a seguinte redação:

“Art. 26-A. Nos estabelecimentos de ensino fundamental e de ensino médio,


públicos e privados, torna-se obrigatório o estudo da história e cultura afro-brasileira
e indígena.

§ 1o O conteúdo programático a que se refere este artigo incluirá diversos aspectos


da história e da cultura que caracterizam a formação da população brasileira, a partir
desses dois grupos étnicos, tais como o estudo da história da África e dos africanos, a
luta dos negros e dos povos indígenas no Brasil, a cultura negra e indígena brasileira
e o negro e o índio na formação da sociedade nacional, resgatando as suas
contribuições nas áreas social, econômica e política, pertinentes à história do Brasil.

§ 2o Os conteúdos referentes à história e cultura afro-brasileira e dos povos


indígenas brasileiros serão ministrados no âmbito de todo o currículo escolar, em
especial nas áreas de educação artística e de literatura e história brasileiras.” (NR)

Art. 2o Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 10 de março de 2008; 187o da Independência e 120o da República.

LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA


Fernando Haddad

Até a aprovação da Lei 11.645 em março de 2008, os povos indígenas, a identidade e


cultura indígena vivenciaram quase cinco séculos de negligência, de agressão à sua
cultura, identidade e memória, de uma negação aos seus direitos e sua diversidade,
e até mesmo as suas etnias como construtoras não apenas do povo brasileiro, mas
da própria história do país.

Desde as crônicas históricas dos jesuítas nos séculos XVI ao XVIII, os índios, termo
genérico utilizado de forma ampla para designar de maneira incorreta e
preconceituosa a diversidade de povos e culturas que habitavam estas terras há
vários séculos, passou a designar os nativos aqui encontrados pelos portugueses
após terem “descoberto” estas terras na memorável data de 22 de abril de 1500. Os
índios, chamados também de gentios, bárbaros, selvagens, silvícolas, negros da
terra, e uma gama de expressões depreciativas, foram considerados ao longo do
período colonial e imperial, homens de intelecto atrasado e inferior, sem fé, sem rei
e sem lei. Povos que viviam da barbárie, brigando um com os outros, e até mesmo
devorando uns aos outros.

Mas, em meio a esta visão decadente e bárbara, os indígenas, foram escravizados,


perseguidos, raptados, massacrados, convertidos, tanto em seus hábitos, costumes,
línguas e religiões. As entradas e bandeiras caçaram índios como se caçam outros
animais, principalmente as bandeiras, onde muitos bandeirantes se especializaram
em prear índios, termos usado na época para se referir a caça de indígenas para
serem escravizados.

E quando chegamos ao período republicano, a partir de 1889, a história dos povos


indígenas assim como dos afro-brasileiros morreu. Sim, não se ouve falar de história
de índios e negros após 1888. E ao longo de todo o século XX, a imagem que o povo
brasileiro tem sobre o índio é a mesma do século XVI, praticamente não mudou nada
desde então. Mas, isso veio a mudar, a partir de 1988, com a promulgação
da Constituição de 1988, a qual garantia direitos antes negados aos indígenas, e na
década de 90, viu-se a reformulação da educação brasileira a partir da Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional, decretada em 1996, marcando o início de
uma nova fase da política, gestão e legislação da educação brasileira. Dessa forma,
fundamentou-se a criação de escolas indígenas e de um sistema de ensino indígena,
a fim de educar as crianças, jovens e adultos na cultura, idioma e costumes de seu
povo, garantindo assim, a vivacidade de sua identidade e cultura, para a preservação
das mesmas para as gerações futuras.

Nos dias atuais os povos indígenas estão em evidência, principalmente em termos


culturais e históricos. Esse protagonismo indígena é causado pela lei 11.645 de 10 de
março de 2008, com esta lei vamos ter pela primeira vez na história do Brasil, a
obrigatoriedade do ensino de história e cultura indígena nas nossas instituições de
ensino. A lei 11.645/08 reforça ainda que se deva ensinar a história e a cultura
africana e afro-brasileira, preceitos antes estabelecidos com a lei 10.639/03.

Foram elaboradas para tentar amenizar no ensino os preconceitos e ideias


estereotipadas, para com os indígenas e afrodescendentes. No caso da história isso
está relacionado ao ensino eurocêntrico que não, privilegia outras sociedades
humanas. Com a lei 11.645/08 as escolas terão de introduzir em seus currículos, os
conhecimentos, saberes, modos de vida e organização social dos povos
indígenas. Para observamos a importância da lei, vamos ver como os indígenas eram
representados (e de certa forma ainda são), nas escolas, na literatura, na história e
na sociedade.

Com a chegada dos portugueses aqui na Terra do Pau-Brasil no ano de 1500,


encontraram aqui mais de um milhão de índios, os quais eram formados por uma
cultura não exuberante, e que foram submetidos pelos colonizadores a trabalho
escravo que os índios não se adaptaram.
A identidade nacional está estreitamente relacionada à miscigenação do
indígena juntamente com os europeus e posteriormente aos negros advindos da
África para serem sujeitados também ao trabalho escravo na nova Terra. Os
europeus com uma ambição de colonizar uma extensão tão grande de terra como o
Brasil, eles se valeram das circunstâncias favoráveis para um rápido povoamento
mestiço na nova Terra como afirma Gilberto Freyre.
O campo de batalha continua aberto e os índios continuam lutando para não
perderem os direitos adquiridos, pois, no Congresso Nacional, existem vários
projetos de lei tentando diminuir os direitos conquistados com muita luta.

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