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DIREITO CONSTITUCIONAL
MILITAR
40 Serviço Militar
45 Conselhos de Disciplina e
Justificação
Designer Instrucional:
Isis Batista Ferreira
Capa:
Isis Batista Ferreira
Diagramação:
Isis Batista Ferreira
Revisão de Originais:
Claudio Miguel Amin
Efigênia Pereira Martins
Pedro Henrique Fonseca Pereira
Marcia Britto
MILITAR
Forças Armadas:
Natureza Jurídica, Destinação Constitucional e
Princípios Regentes
Destinação constitucional (são três): “...e destinam-se à defesa da pátria, à garantia dos
poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem.”
Hierarquia e Disciplina
(Princípios regentes das FFAA)
Hierarquia
Praças têm graduação. Oficiais têm postos. A nomenclatura básica de cada grau hierárqui-
co se encontra na próxima página (existem outras graduações, como a de Taifeiro-Mor, Tai-
feiro de Primeira Classe etc, cuja precedência se pode encontrar no Estatuto dos Militares):
Marinha
OFICIAIS-GENERAIS
ALMIRANTE
ALMIRANTE DE ESQUADRA
VICE-ALMIRANTE
CONTRA ALMIRANTE
OFICIAIS
CAPITÃO DE MAR E GUERRA
CAPITÃO DE FRAGATA
CAPITÃO DE CORVETA
CAPITÃO TENENTE
1º TENENTE
2º TENENTE
PRAÇAS ESPECIAIS
GUARDA MARINHA
PRAÇAS
SUBOFICIAL
1º SARGENTO
2º SARGENTO
3º SARGENTO
CABO
MARINHEIRO
8 ©2016 Centro Brasileiro de Estudos e Pesquisas Jurídicas
DIREITO CONSTITUCIONAL
MILITAR
Exército
OFICIAIS-GENERAIS
MARECHAL
GENERAL DE EXÉRCITO
GENERAL DE DIVISÃO
GENERAL DE BRIGADA
OFICIAIS
CORONEL
TENENTE CORONEL
MAJOR
CAPITÃO
1º TENENTE
2º TENENTE
PRAÇAS ESPECIAIS
ASPIRANTE A OFICIAL
PRAÇAS
SUBTENENTE
1º SARGENTO
2º SARGENTO
3º SARGENTO
CABO
SOLDADO
Aeronáutica
OFICIAIS-GENERAIS
MARECHAL DO AR
TENENTE BRIGADEIRO DO AR
MAJOR BRIGADEIRO DO AR
BRIGADEIRO DO AR
OFICIAIS
CORONEL
TENENTE CORONEL
MAJOR
CAPITÃO
1º TENENTE
2º TENENTE
PRAÇAS ESPECIAIS
ASPIRANTE A OFICIAL
PRAÇAS
SUBOFICIAL
1º SARGENTO
2º SARGENTO
3º SARGENTO
CABO
SOLDADO
10 ©2016 Centro Brasileiro de Estudos e Pesquisas Jurídicas
DIREITO CONSTITUCIONAL
MILITAR
Disciplina
Art. 8º do RDE
É a rigorosa observância e o acatamento integral das leis, regulamentos, normas e
disposições, traduzindo-se pelo perfeito cumprimento do dever por parte de todos e de
cada um dos componentes do organismo militar
Defesa da pátria: modelo dissuasório das Forças Armadas. O Brasil segue o princípio
da “Não Intervenção”.
Art. 49, IV
Competência do Congresso Nacional aprovar o Estado de Defesa e a Intervenção
Federal e autorizar o Estado de Sítio, bem como suspender qualquer uma dessas medidas
Art. 84, IX e X
Compete ao Presidente da República decretar o Estado de Defesa e o Estado de Sí-
tio, bem como decretar e executar a intervenção federal.
Restrições:
Aos direitos de reunião, de sigilo de correspondência e das comunicações.
Ocupação e uso temporário de bens públicos, em caso de calamidade
Art. 142, § 1º da CF
“Lei complementar estabelecerá as normas gerais a serem adotadas na organiza-
ção, preparo e emprego das Forças Armadas”
Art. 1º
Parágrafo Único: “Sem comprometimento de sua destinação constitucional, cabe
também às Forças Armadas o cumprimento das atribuições subsidiárias explicitadas nesta
Lei Complementar”
Art. 15º
“O emprego das Forças Armadas na defesa da Pátria e na garantia dos poderes
constitucionais, da lei e da ordem, e na participação em operações de paz, é de responsa-
bilidade do Presidente da República, que determinará ao Ministro de Estado da Defesa a
ativação de órgãos operacionais, observada a seguinte forma de subordinação: (...)”
Uso operacional X uso político das FFAA (livro “O Uso Político das Forças Armadas”,
de João Arruda).
Atribuições Subsidiárias:
Gerais (arts. 16 e 16-A);
Particulares (arts. 17, 17-A e 18).
Gerais
Art. 16º
“Cabe às Forças Armadas, como atribuição subsidiária geral, cooperar com o desen-
volvimento nacional e a defesa civil, na forma determinada pelo Presidente da República.
Parágrafo Único. Para os efeitos deste artigo, integra as referidas ações de caráter
geral a participação em campanhas institucionais de utilidade pública ou de interesse so-
cial.”
Art. 16-A:
“Cabe às Forças Armadas, além de outras pertinentes, também como atribuições
subsidiárias, preservadas as competências exclusivas das polícias judiciárias, atuar, por
meio de ações preventivas e repressivas, na faixa de fronteira terrestre*, no mar e nas
águas interiores, independentemente da posse, propriedade, da finalidade ou de qualquer
gravame que sobre ela recaia, contra delitos transfronteiriços e ambientais, isoladamente
ou em coordenação com outros órgãos do Poder Executivo, executando, dentre outras, as
ações de:
I – patrulhamento;
II – revista de pessoas, de veículos terrestres, de embarcações e de aeronaves;
III – prisões em flagrante delito. (...)”
*Definido pela Lei 6634/79 como sendo a faixa de 150 km, paralela à linha divisória
Art. 17º
Cabe à Marinha, como tribuições subsidiárias particulares:
I – orientar e controlar a Marinha Mercante e suas atividades correlatas, no que interessa
à defesa nacional;
II – prover a segurança na navegação aquaviária (Capitanias Fluviais e dos Portos);
III – contribuir para a formulação e condução de políticas nacionais que digam respeito ao
mar;
IV – Implementar e fiscalizar o cumprimento de leis e regulamentos, no mar e águas inte-
riores(...);
V – cooperar com os órgãos federais, quando se fizer necessário, na repressão aos delitos
de repercussão nacional ou internacional, quanto ao uso do mar, águas interiores e de áre-
as portuárias, na forma de apoio logístico, de inteligência, de comunicações e de instrução.
Art. 17-A
Cabe ao Exército, além de outras ações pertinentes, como atribuições subsidiárias
particulares:
I – contribuir para a formulação e condução de políticas nacionais que digam respeito ao
Poder Militar Terrestre;
II – cooperar com órgãos públicos federais, estaduais e municipais, e excepcionalmente
com empresas privadas, na execução de obras e serviços de engenharia, sendo os recur-
sos advindos do órgão solicitante;
III – cooperar com órgãos federais, quando se fizer necessário, na repressão aos delitos de
repercussão nacional ou internacional, no território nacional, na forma de apoio logístico,
de inteligência, de comunicações e de instrução.
Art. 18º
Cabe à Aeronáutica, como atribuições subsidiárias particulares:
I – orientar, coordenar e controlar as atividades da Aviação Civil;
II – prover a segurança da navegação aérea;
III – contribuir para a formulação e condução da Política Aeroespacial Nacio-
nal;
IV – estabelecer, equipar e operar, diretamente ou mediante concessão, a in-
fraestrutura aeroespacial, aeronáutica e aeroportuária;
V – operar o Correio Aéreo Nacional;
VI - cooperar com órgãos federais, quando se fizer necessário, na repressão
aos delitos de repercussão nacional ou internacional, quanto ao uso do espaço aéreo e das
áreas aeroportuárias, na forma de apoio logístico, de inteligência, de comunicações e de
instrução;
VII – preservadas as competências exclusivas das polícias judiciárias, atuar,
de maneira contínua e permanente, por meio das ações de controle do espaço aéreo bra-
sileiro, contra todos os tipos de tráfego aéreo ilícito, com ênfase nos envolvidos no tráfico
de drogas, armas, munições e passageiros ilegais, agindo em operação combinada com or-
ganismos de fiscalização competentes, aos quais caberá a tarefa de agir após a aterragem
das aeronaves envolvidas em tráfego aéreo ilícito, podendo, na ausência destes, revistar
pessoas, veículos terrestres, embarcações e aeronaves, bem como efetuar prisões em fla-
grante delito. (Vide Lei do Abate – que alterou o art. 303 do Código Brasileiro de Aeronáu-
tica, C.B.A. - e Decreto 5144/2004)
disciplinares Militares:
Análise do posicionamento do STF à luz da
DOUTRINA NEOCONSTITUCIONALISTA
Art. 142, § 2º da CF
“Não caberá habeas corpus em relação a punições disciplinares militares”
Positivismo e Neoconstitucionalismo
Konrad Hesse (“A Força Normativa da Constituição”) – O país deve privilegiar a digni-
dade humana como valor central e sua Constituição deve ter força normativa, a fim de que
esse Estado possa privilegiar o homem como fim em si mesmo.
Regras: são enunciados que exprimem mandamentos ou permissões com alto grau
de concretude e precisão. Em algumas situações, realizam objetivos expostos pelos princí-
pios. Se relacionam com a ideia de segurança jurídica. Funcionam por subsunção (“tudo ou
nada”).
“Conceder-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de violência
ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder” (art. 5º, LXVIII)
X
“Não caberá habeas corpus em relação a punições disciplinares militares” (art. 142, §2º)
“Art. 3°
Os membros das Forças Armadas, em razão de sua destinação constitucional, for-
mam uma categoria especial de servidores da Pátria e são denominados militares.
a) na ativa:
I - os de carreira;
II - os incorporados às Forças Armadas para prestação de serviço militar ini-
cial, durante os prazos previstos na legislação que trata do serviço militar, ou durante as
prorrogações daqueles prazos;
III - os componentes da reserva das Forças Armadas quando convocados,
reincluídos, designados ou mobilizados;
IV - os alunos de órgão de formação de militares da ativa e da reserva; e
V - em tempo de guerra, todo cidadão brasileiro mobilizado para o serviço
ativo nas Forças Armadas.
b) na inatividade:
I - os da reserva remunerada, quando pertençam à reserva das Forças Arma-
das e percebam remuneração da União, porém sujeitos, ainda, à prestação de serviço na
ativa, mediante convocação ou mobilização; e
II - os reformados, quando, tendo passado por uma das situações anteriores
estejam dispensados, definitivamente, da prestação de serviço na ativa, mas continuem a
perceber remuneração da União.
III - os da reserva remunerada, executando tarefa por tempo certo, segundo
regulamentação para cada Força Armada. (Incluído pela Lei nº 8.237, de 1991)
lll - os da reserva remunerada, e, excepcionalmente, os reformados, executa-
do tarefa por tempo certo, segundo regulamentação para cada Força Armada. (Redação
dada pela Lei nº 9.442, de 14.3.1997) (Vide Decreto nº 4.307, de 2002)
II - no seu conjunto:
a) as Polícias Militares; e
b) os Corpos de Bombeiros Militares.
Inciso I: Posto e patente (Estatuto dos Militares) – Posto: art. 16, § 1º (“é o grau hierárquico
do oficial...confirmado em carta-patente”) / Graduação: art. 16, § 3º (“é o grau hierárquico
da praça...”) – Uso indevido de uniforme é crime militar
O oficial da reserva não remunerada preserva a Carta-Patente, embora
não possa fazer uso do seu posto a partir de seu licenciamento, pois se
torna civil.
Inciso II: transferido para a reserva não remunerada (torna-se civil), salvo se já perfizer os
requisitos para a aposentadoria (reserva remunerada) – Exceção: art. 37, XVI, c da CF (car-
gos acumuláveis – Emenda Constitucional 77/2014: dois cargos da área de saúde).
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DIREITO CONSTITUCIONAL
MILITAR
Art. 80º
Agregação é a situação na qual o militar da ativa deixa de ocupar vaga na escala hie-
rárquica de seu Corpo, Quadro, Arma ou Serviço, nela permanecendo sem número.
Art. 81º
O militar será agregado e considerado, para todos os efeitos legais, como em serviço
ativo quando:
I - for nomeado para cargo, militar ou considerado de natureza militar, esta-
belecido em lei ou decreto, no País ou no estrangeiro, não-previsto nos Quadros de Orga-
nização ou Tabelas de Lotação da respectiva Força Armada, exceção feita aos membros
das comissões de estudo ou de aquisição de material, aos observadores de guerra e aos
estagiários para aperfeiçoamento de conhecimentos militares em organizações militares
ou industriais no estrangeiro;
II - for posto à disposição exclusiva de outro Ministério Militar para ocupar
cargo militar ou considerado de natureza militar;
II - for posto à disposição exclusiva do Ministério da Defesa ou de Força Arma-
da diversa daquela a que pertença, para ocupar cargo militar ou considerado de natureza
militar; (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.215-10, de 31.8.2001)
III - aguardar transferência ex officio para a reserva, por ter sido enquadrado
em quaisquer dos requisitos que a motivaram;
IV - o órgão competente para formalizar o respectivo processo tiver conheci-
mento oficial do pedido de transferência do militar para a reserva; e
V - houver ultrapassado 6 (seis) meses contínuos na situação de convocado
para funcionar como Ministro do Superior Tribunal Militar.
Art. 82.
O militar será agregado quando for afastado temporariamente do serviço ativo por
motivo de:
I - ter sido julgado incapaz temporariamente, após 1 (um) ano contínuo de
tratamento;
II - haver ultrapassado 1 (um) ano contínuo em licença para tratamento de
saúde própria;
II - haver ultrapassado 6 (seis) meses contínuos em licença para tratar de inte-
resse particular;
III - haver ultrapassado 6 (seis) meses contínuos em licença para tratar de inte-
resse particular ou em licença para acompanhar cônjuge ou companheiro(a); (Redação
dada pela Lei nº 11.447, de 2007)
IV - haver ultrapassado 6 (seis) meses contínuos em licença para tratar de saú-
de de pessoa da família;
V - ter sido julgado incapaz definitivamente, enquanto tramita o processo de
reforma;
VI - ter sido considerado oficialmente extraviado;
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DIREITO CONSTITUCIONAL
MILITAR
§ 1° A agregação de militar nos casos dos itens I, II, III e IV é contada a partir do pri-
meiro dia após os respectivos prazos e enquanto durar o evento.
§ 2º A agregação de militar nos casos dos itens V, VI, VII, VIII, IX, X e XI é contada a
partir da data indicada no ato que tornar público o respectivo evento.
§ 3º A agregação de militar nos casos dos itens XII e XIII é contada a partir da data
de posse no novo cargo até o regresso à Força Armada a que pertence ou transferência ex
officio para a reserva.
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DIREITO CONSTITUCIONAL
MILITAR
§ 4º A agregação de militar no caso do item XIV é contada a partir da data do registro
como candidato até sua diplomação ou seu regresso à Força Armada a que pertence, se
não houver sido eleito.
Art. 83º
O militar agregado fica sujeito às obrigações disciplinares concernentes às suas re-
lações com outros militares e autoridades civis, salvo quando titular de cargo que lhe dê
precedência funcional sobre outros militares mais graduados ou mais antigos.
Art. 84º
O militar agregado ficará adido, para efeito de alterações e remuneração, à orga-
nização militar que lhe for designada, continuando a figurar no respectivo registro, sem
número, no lugar que até então ocupava.
Art. 85º
A agregação se faz por ato do Presidente da República ou da autoridade à qual tenha
sido delegada a devida competência.
SEÇÃO II - Da Reversão
Art. 86º
Reversão é o ato pelo qual o militar agregado retorna ao respectivo Corpo, Quadro,
Arma ou Serviço tão logo cesse o motivo que determinou sua agregação, voltando a ocu-
par o lugar que lhe competir na respectiva escala numérica, na primeira vaga que ocorrer,
observado o disposto no § 3° do artigo 100.
Parágrafo único. Em qualquer tempo poderá ser determinada a reversão do militar
agregado nos casos previstos nos itens IX, XII e XIII do artigo 82.
Art. 87. A reversão será efetuada mediante ato do Presidente da República ou da autorida-
de à qual tenha sido delegada a devida competência.”
Inciso III: cargo (não eletivo) temporário – exceto na hipótese da Emenda Constitucional
77/2014 (dois cargos da área de saúde), o militar deve ser agregado e, no caso de perma-
necer por mais de dois anos, transferido para a reserva
Inciso V: Vedação à filiação a partidos políticos (solução encontrada pelo TSE – Resoluções
que permitem a candidatura do militar sem a filiação) – Lembrar do art. 14, § 8º da CF (es-
tabelece critérios distintos para militares que já adquiriram a estabilidade e para militares
que não perfizeram essa condição)
O militar candidato a cargo eletivo faz jus a uma licença semelhante à Licença para
Tratar de Interesse Particular (LTIP), pois é autorização para afastamento sem remunera-
ção para que o militar se dedique à sua campanha eleitoral. Sendo militar estável, caso não
seja eleito, retorna à Força Armada correspondente. Essa licença não tem autorização
submetida ao crivo da discricionariedade. É direito do militar.
a) Perda de posto e patente pode ocorrer por uma das duas formas possíveis:
Conselho de Justificação por condenação a pena não superior a dois anos ou por
conduta que viole de modo substancial a ética militar (art. 28 do Estatuto).
b) O oficial só pode perder posto e patente por decisão de tribunal militar de caráter per-
manente, em tempo de paz (STM), ou tribunal especial, em tempo de guerra. Sentenças
exaradas pelos demais órgãos jurisdicionais e que tenham por conteúdo decisório a perda
de posto e patente serão nulas nesse aspecto.
Inciso VII – Representação para perda de posto e patente (ou “Representação para Decla-
ração da Indignidade ou Incompatibilidade com o Oficialato”)
Propositura por parte do PGJM, após vinda aos autos do processo da certidão de
trânsito em julgado para as partes da sentença ou acórdão condenatório por pena supe-
rior a dois anos. Segue o rito da última fase do Conselho de Justificação. É ação judicial!
Ainda no tocante à tabela supracitada, lembrar também que nada impede que seja
instaurado um Conselho de Disciplina (para praças ou praças especiais) ou Conselho de
Justificação (para oficiais de carreira) a fim de verificar a possibilidade ou não da perma-
nência de um militar condenado a mais de dois anos de detenção ou reclusão nas Forças
Armadas.
Inciso VIII: Correlação com o art. 7º, VIII (13º salário), XII (salário-família), XVII (férias remu-
neradas em pelo menos 1/3 a mais), XVIII (licença-gestante), XIX (licença-paternidade) e
XXV (auxílio-creche), além do art. 37, XI (teto remuneratório), XIII (vedação de vinculação ou
equiparação remuneratória – lembrar dos inúmeros projetos de lei e PECs com tentativa
de “isonomia”, todas inconstitucionais), XIV e XV (irredutibilidade remuneratória), todos da
CF. A Emenda 77 ainda acrescentou a possibilidade de acumulação de dois cargos de saú-
de, com prevalência da atividade militar, algo que já era objeto de jurisprudência no STJ e
STF.
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DIREITO CONSTITUCIONAL
MILITAR
Inciso X: Estatuto dos Militares, LRM (Lei de Remuneração dos Militares, até hoje uma Me-
dida Provisória que foi publicada antes da EC 32), Leis que regulam as promoções, leis e
regulamentos de corpos, quadros, armas e serviços etc.
Lei 6880/80 (Estatuto dos Militares)
a) na ativa:
I – os de carreira;
II – os incorporados às Forças Armadas para a prestação do serviço militar
inicial, durante os prazos previstos na legislação que trata do serviço militar, ou durante as
prorrogações daqueles prazos;
III – os componentes da reserva das Forças Armadas, quando convocados,
reincluídos, designados ou mobilizados;
IV – os alunos de órgãos de formação de militares da ativa e da reserva:
V – em tempo de guerra, todo cidadão mobilizado para o serviço ativo nas
Forças Armadas.
b) na inatividade:
I – os da reserva remunerada, quando pertençam à reserva das Forças Arma-
das e percebam remuneração pela União, porém sujeitos, ainda, à prestação de serviço na
ativa, mediante convocação ou mobilização;
II – os reformados, quando, tendo passado por uma das situações anteriores,
estejam dispensados, definitivamente, da prestação de serviço na ativa, mas continuem a
perceber remuneração da União;
III – os da reserva remunerada e, excepcionalmente, os reformados, execu-
tando tarefa por tempo certo, segundo regulamentação para cada Força Armada.”
O inciso III caracteriza os PTTC ou TTC. Lembrar que os membros da reserva não re-
munerada, oriundos do serviço militar ou ainda os excluídos ou demissionários das Forças
Armadas, não são considerados militares, malgrado conservem a patente (via carta-paten-
te), no caso do oficial, desde que não haja perdido por decisão do STM (há precedentes de
CJ e perda de posto e patente por oficial R/2).
Art. 5º
§2º: em consonância com o art. 12, §3º, VI da CF (privativo de brasileiro nato o cargo
de oficial das Forças Armadas)
Art. 6º
Situação de atividade = “em atividade” = “na ativa” = “em serviço” (diferença para a
situação do art. 70 do CPM - “de serviço”) = “em atividade militar” – o militar de férias e de
licença etc não deixa de ser militar da ativa.
Art. 10º
Formas de ingresso nas Forças Armadas:
Art. 16º
Círculos hierárquicos (oficial tem posto, praça tem graduação, praça-especial é o
aspirante, guarda-marinha ou aluno de órgão de formação)
Art. 17º
Precedência no mesmo posto ou graduação (data da promoção; pela posição na es-
cala numérica de seu corpo, quadro, arma ou serviço, se for o mesmo; se não for o mesmo,
pela antiguidade no posto ou graduação anterior; havendo diversas datas de praça, verifi-
ca-se o maior tempo de efetivo serviço nas anteriores); no caso das escolas de formação, a
precedência vem disposta no regulamento de cada órgão.
1ª posição
A decisão judicial de perda da função pública é inexistente, nula ou ineficaz (existem
essas três variantes desta posição doutrinária) no caso dos oficiais, de modo que não pro-
duz efeitos em relação ao militar - se oficial de carreira. Caso o comandante entenda que o
fato configura grave violação aos preceitos da ética militar, até mesmo em função da fun-
damentação empregada pelo juiz, poderá instaurar um Conselho de Justificação. Somente
o STM pode determinar a perda de posto e patente. Para os defensores dessa posição,
não há diferença entre a perda da função pública e da perda de posto e patente, eis que a
função pública é o exercício das atribuições inerentes ao cargo militar;
2ª posição
A decisão produz efeitos mesmo em relação aos oficiais, eis que a perda da função
pública não implica na perda de posto e patente. Nessa situação, o oficial seria transfor-
mado para a reserva não remunerada, que como se sabe, por si só não tem o condão de
retirar-lhe o posto e a patente. Nesse caso, não haveria qualquer óbice ou violação ao pre-
ceito constitucional referente à competência do STM, eis que não haveria perda de posto e
patente;
3ª posição
A decisão implica na perda de posto e patente e mesmo assim o juiz federal pode
decretá-la, eis que há mandamento constitucional limitando a competência do STM nessa
hipótese.
Art. 29º
Vedação para o militar ser gerente ou administrar sociedade empresária (cotejo com
o art. 204 do CPM e regulamentos disciplinares) – para o oficial é crime militar e para praças
é transgressão ou contravenção disciplinar.
Art. 31º
Cumprimento integral dos deveres militares (dedicação integral ao serviço da pá-
tria, culto aos símbolos nacionais, probidade, lealdade, disciplina e respeito à hierarquia,
rigoroso cumprimento das ordens e obrigação de tratar o subordinado com dignidade e
urbanidade.
Art. 45º
Vedação para o militar participar de manifestações coletivas, sejam sobre atos de
superiores, sejam de caráter reivindicatório ou político.
Art. 51º
Prazo para recorrer na esfera administrativa é de 15 dias, para atos concernentes a
quadro de acesso ou quota compulsória, e de 120 dias para os demais casos. O art. 51, § 3º
não foi recepcionado pelo art. 5º, XXXV da CF
Prerrogativas principais:
Art. 73º
Uso privativo dos uniformes, distintivos e insígnias, bem como honras e sinais de
respeito; cumprimento de prisão e detenção em OM; foro da JMU para os crimes militares.
Art. 74º
Vedação a custódia em delegacia após a lavratura do APF ou TC (termo circunstan-
ciado).
Art. 75º
Dispensa do serviço no Júri e na Justiça Eleitoral.
Serviço Militar
Características e Especialidades:
Análise do ART. 143 da CF e da legislação pertinente
Art. 143 da CF:
“O serviço militar é obrigatório nos termos da lei.
São feitos convênios entre as Forças Armadas e órgãos civis, para que o prestador
do Serviço Alternativo ao Serviço Militar cumpra o expediente sem atividade militar
Art. 31º
Interrupções do serviço militar:
Pela anulação da incorporação;
Pela desincorporação;
Pela expulsão;
Pela deserção.
Desincorporação: por doença que afaste o militar por mais de 90 dias do serviço;
por aquisição da condição de arrimo após a incorporação; por incapacidade definitiva, si-
tuação em que será isento do serviço militar; condenação irrecorrível por crime comum
culposo.
ADPF 260
Questiona licenciamento de milhares de soldados que ingressaram na Aeronáutica
por concurso público (foi negado seguimento à ação, por entender que se trata de ato
normativo secundário e que não restou demonstrada a violação de preceito fundamental).
Houve agravo regimental, improvido.
ADPF 289
Solicita que sejam reconhecidos limites para julgar civis em tempo de paz na Justiça
Militar da União (em 11/02/2015, o MPM foi admitido como amicus curie). Sem decisão
ainda.
ADPF 291
Questiona o art. 235 do CPM (“...ato sexual, homossexual ou não...”). Houve decisão
determinando a exclusão dos termos “pederastia” e “homossexual ou não”.
ADIn 5032
Questiona a LC 97/99, no que tange à competência da Justiça Militar da União para
julgar militares nas atividades subsidiárias (pretende que a competência seja restrita às
atividades tipicamente militares). Há pedido cautelar de ineficácia e principal de inconstitu-
cionalidade. O MPM foi admitido como amicus curie em 08/10/2014.
ADIn 4153
Questiona dispositivo que permite ao Juiz-Auditor Corregedor solicitar o desarquiva-
mento de IPM, APF ou peça de informação. Manifestação do PGR no sentido da procedên-
cia do pedido.
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DIREITO CONSTITUCIONAL
MILITAR
Decoro da classe – valor moral e social da instituição. Ele representa o conceito social dos
militares e não subsiste sem esse;
Instauração do CD
Comandante, Chefe ou Diretor de OM, Oficial-General na linha de subordinação,
Comandante de RM, Comando Aéreo, Distrito Naval etc.
Prazo: 30 dias, prorrogáveis por mais 20 dias (prazo que não é fatal, desde que exaurido
no interesse da defesa).
Rito (monofásico):
1º) Citação (libelo acusatório – documento que deve conter a descrição pormenorizada dos
fatos imputados ao militar e sua correlação com as hipóteses de incidência do art. 2º, não
apenas a menção genérica a dispositivos legais. Deve facultar também ao militar o patrocí-
nio de advogado e o exercício do contraditório e da ampla defesa com todos os meios de
prova a eles inerentes) na forma do CPPM;
6º) Prazo de 20 dias para a autoridade nomeante deliberar sobre relatório do CD (art. 13
do Decreto 71.500/72), enviando ao Comandante da Força, caso decida pela exclusão do
militar.
Prescrição: seis anos e, no prazo do CPM, se o fato estiver definido como crime.
*Existem alguns fundamentos constantes do art. 2º que não são compatíveis com a CF88, eis que
mencionam partidos políticos ou associações suspensos ou dissolvidos (inciso V e o parágrafo úni-
co).
Instauração do CD
Comandante da Força Armada respectiva.
Composição: três oficiais – Presidente (no mínimo oficial superior), Interrogante e Relator,
e o Escrivão (o mais moderno).
Prazo: 30 dias, prorrogáveis por mais 20 dias (prazo que não é fatal, desde que exaurido
no interesse da defesa).
Rito: bifásico!
2ª fase) No STM, prazo de 5 dias para a defesa + julgamento (perda de posto e patente,
reforma ou arquivamento).
No caso do inciso II do art. 2º, caso se entenda que o oficial não possui con-
dições de forma definitiva para o ingresso em Quadro de Acesso ou Lista de
Escolha, a decisão é a reforma (atribuição do Comandante da Força – não vai
ao STM).
Prescrição: seis anos e, no prazo do CPM, se o fato estiver definido como crime.
Conselho de Representação
Justificação para perda de
posto e patente
Não Sim
Petição inicial (o Cmt FA remete para o (atribuição do PGJM)
STM)
Recursos:
Embargos Infringentes e de Nulidade (art. 119, II do RISTM) valem somente para a Repre-
sentação para Perda de Posto e Patente, não para o CJ, que tem natureza administrativa.
Eventual MS em face de decisão do CJ será impetrada no STJ, eis que será em desfavor de
ato do Comandante da Força Armada.
Embora não se trate de recurso, mas sim de ação constitucional, o STM estranha-
mente já concedeu HC em procedimento em CJ (Embargos nº 0000003-84.2008.7.00.0000,
com decisão em 30/10/2013).
Para a Justiça Militar do Estado (JME), lembrar da Súmula 673/STF: “O art. 125, § 4º,
da CF, não impede a perda da graduação de militar mediante processo administrativo”. Isto
significa que o referendo do TJ deve ocorrer somente nos casos de condenação por mais
de dois anos, como pena acessória (RE 639673/PR, de 15/03/2012, Min. Carlos Ayres Britto).
No STF:
RE 318469/DF, de 26/02/2002, Min. Sepúlveda Pertence – Informativo 258;
AgRg no AI 811709/SP, de 16/11/2010, Min. Gilmar Mendes;
AgRg no AI 719502/SP, de 26/08/2008, Min. Eros Grau.
No STM:
Outros casos:
CJ 0000004-98.2010.7.00.0000/DF, de 17/08/2011
CJ 0000006-39.2008.7.00.0000/DF, de 11/03/2010:
CJ 0000043-56.2014.7.00.0000/DF, de 17/11/2015:
CJ 0000168-24.2014.7.00.0000/DF, de 04/11/2015
to, mas sim um direito do justificante que necessita ser contraposto por motivação idônea
e concreta, como por exemplo afirmar que as testemunhas 1 a 15 não estavam presentes
no local dos fatos e apenas souberam por terceiros, afirmar que as testemunhas 16 a 25
não presenciaram os fatos e que foram arroladas somente para atestar a suposta idonei-
dade do justificante por serem familiares ou amigos, de modo que só seriam necessárias
as outras 7.
CJ 0000215-95.2014.7.00.0000/DF, de 19/08/2015
litar deverão apreciar todos os itens do Libelo Acusatório, para, motivando a Decisão, de-
terminar a perda ou não do posto e da patente do Oficial, nos termos do artigo 142, § 3º,
inciso VI, da Constituição Federal. O Conselho de Justificação constitui processo especial
autônomo, de natureza administrativa, que tem por objeto a apreciação da conduta do
Oficial sob o ponto de vista ético e moral. O julgamento destina-se a avaliar a conduta do
Justificante, aferindo sua incapacidade de permanecer na ativa ou na inatividade, observa-
dos os preceitos descritos no Estatuto dos Militares.
O mero exercício do direito à liberdade de imprensa não configura ofensa à honra
ou imagem das Forças Armadas, desde que apresentados fatos verídicos e a exposição
midiática não seja exacerbada. Não tendo o Oficial concorrido para essa divulgação, a sua
conduta deve ser justificada. Oficial julgado justificado. Unânime.
MS 0000200-92.2015.7.00.0000/DF, de 19/11/2015
De toda a jurisprudência mais recente do STM verifica-se que o Tribunal tem sido mais
criterioso e ponderado na aplicação da sanção da perda de posto e patente, de modo que
condutas que de fato não exponham negativamente as Forças Armadas e não afetem de
modo substancial a ética militar (mencionada em diversos acórdãos) são insuscetíveis de
ensejar sanções pelo CJ.
Art. 6º
Conceitos de pundonor militar, decoro da classe e honra pessoal
Lembrando!
Pundonor militar – dever de o militar pautar sua conduta como a de um
profissional correto. Exige-se dele, em qualquer situação, alto padrão de
comportamento ético que refletirá no seu desempenho perante à instituição
a que serve e no grau de respeito que lhe é devido;
Decoro da classe – valor moral e social da instituição. Ele representa o con-
ceito social dos militares e não subsiste sem esse;
Honra pessoal – sentimento de dignidade própria, como o apreço e o res-
peito de que é objeto ou se torna merecedor o militar, perante seus superio-
res, pares e subordinados.
Art. 7º
A hierarquia militar é a ordenação da autoridade, em níveis diferentes, por postos e
graduações.
Parágrafo único. A ordenação dos postos e graduações se faz conforme preceitua o
Estatuto dos Militares
Art. 8º
A disciplina militar é a rigorosa observância e o acatamento integral das leis, regu-
lamentos, normas e disposições, traduzindo-se pelo perfeito cumprimento do dever por
parte de todos e de cada um dos componentes do organismo militar
§1º São manifestações essenciais da disciplina:
I - correção de atitudes;
II - obediência pronta às ordens dos superiores hierárquicos;
III - dedicação integral ao serviço;
I V - colaboração espontânea para a disciplina coletiva e a eficiência das Forças
Armadas
Art. 9º
As ordens devem ser prontamente cumpridas.
§ 1º Cabe ao militar a inteira responsabilidade pelas ordens que der e pelas conse-
quências que dela advirem.
Art. 10º
A competência para a aplicar as punições decorre do cargo e não do grau hierárqui-
co
Normalmente...comandantes, chefes, diretores, chefes de estado-maior, chefes de
gabinete, cargos de comando privativos de oficiais superiores, comandantes de subunida-
de e elementos destacados com efetivo menor que subunidade.
Art. 12º
Todo militar que tiver conhecimento de ato contrário à disciplina, deverá participa-lo
ao seu chefe imediato, por escrito.
“Prisão para pronta intervenção” (quando for necessário preservar a hierarquia e a discipli-
na, bem como o decoro da instituição).
§ 6º Prazo de oito dias para a autoridade dar solução à parte disciplinar, devendo
ouvir os envolvidos.
Art. 14º
Transgressão disciplinar é toda ação praticada pelo militar contrária aos preceitos
estatuídos no ordenamento jurídico pátrio ofensiva à etica, aos deveres e às obrigações
militares, mesmo na sua manifestação elementar e simples, ou, ainda, que afete a honra
pessoal, o pundonor militar e o decoro da classe.
§ 8º Quando a falta tiver sido cometida contra a pessoa do comandante da OM, será
ela apreciada, para efeito de punição, pela autoridade a que estiver subordinado o ofendi-
do.
Art. 15º
São transgressões disciplinares todas as ações especificadas no Anexo I deste Regu-
lamento.
Art. 16º
Espécie de “pena-base” (pessoa do transgressor, causas da transgressão, natureza
dos fatos que a envolveram, consequências que dela podem advir)
Art. 18º
Causas de justificação (excludentes: ação meritória ou no interesse do serviço etc,
legítima defesa própria ou de terceiros, obediência à ordem superior, para compelir o su-
bordinado a cumprir a ordem em caso de urgência, calamidade etc – semelhante ao art. 42
do CPM, força maior, ignorância plenamente comprovada etc)
Art. 20º
Agravantes
I - o mau comportamento;
II - a prática simultânea ou conexão de duas ou mais transgressões;
III - a reincidência de transgressão, mesmo que a punição anterior tenha sido
uma advertência;
IV - o conluio de duas ou mais pessoas;
V - ter o transgressor abusado de sua autoridade hierárquica ou funcional; e
VI - ter praticado a transgressão:
a) durante a execução de serviço;
b) em presença de subordinado;
c) com premeditação;
d) em presença de tropa; e
e) em presença de público.
Art. 21º
Classificação das transgressões em leves, médias e graves.
Art. 22º
Serão sempre graves as transgressões que atentem contra o pundonor militar, de-
coro da classe e honra pessoal.
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DIREITO CONSTITUCIONAL
MILITAR
Art. 24º
Espécies de punições disciplinares:
Advertência – admoestação verbal.
Arts. 41 a 46
A punição pode ser anulada (efeitos ex tunc, por ilegalidade ou “injustiça” – na ver-
dade, violação à razoabilidade), atenuada (diminuído o prazo ou aplicada outra menos
rigorosa) ou relevada (quando se chegar à conclusão que já surtiu seus efeitos). A anulação
pode ocorrer em até cinco anos, pela autoridade que a aplicou, ou em qualquer prazo, pelo
Comandante do Exército
Art. 51º
Comportamento militar para praças (excelente, ótimo, bom, insuficiente e mau).
Art. 52º
Recursos (Pedido de Reconsideração de Ato – para a mesma autoridade que puniu
- e Recurso Disciplinar – para autoridades sucessivamente superiores), com prazo de inter-
posição de cinco dias e com prazo de dez dias para a apuração.
O Professor Farlei Martins entende que não existe necessidade de obediência à ti-
picidade das sanções disciplinares, de modo que a autoridade militar pode sancionar seu
subordinado mesmo que a conduta não esteja prevista no Anexo I do RDE, desde que viole
a hierarquia e a disciplina sob a forma de violação à ética militar (art. 28 do Estatuto dos
Militares).