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Literatura UFPR – Prof Edir

1. (Ufpr 2017) Considere o parágrafo abaixo, extraído do a) Numa festa de aniversário, o eu lírico reapresenta ao
conto “D. Paula”, que integra a coletânea Várias Histórias, velho pai as pessoas da família. Tristes e nostálgicas, elas
de Machado de Assis: vão se dando conta de que o pai não as reconhece. É o
que se observa nos versos: “Aqui sentou-se o mais
Já se entende que o outro Vasco, o antigo, também foi velho” e “Mais adiante vês aquele / que de ti herdou a
moço e amou. Amaram-se, fartaram-se um do outro, à dura / vontade, o duro estoicismo”.
sombra do casamento, durante alguns anos, e, como o b) Na festa preparada para o pai, o eu lírico observa a
vento que passa não guarda a palestra dos homens, não há conversa barulhenta em torno da comida e, inutilmente,
meio de escrever aqui o que então se disse da aventura. A tenta calar seus parentes, que trazem à mesa assuntos
aventura acabou; foi uma sucessão de horas doces e triviais, perturbando a solenidade do reencontro. É o
amargas, de delícias, de lágrimas, de cóleras, de arroubos, que se observa na repetição do verso “(não convém
drogas várias com que encheram a esta senhora a taça das lembrar agora)”.
paixões. D. Paula esgotou-a inteira e emborcou-a depois c) Por meio dos versos “Como pode nossa festa / ser de um
para não mais beber. A saciedade trouxe-lhe a abstinência, só que não de dois? / Os dois ora estais reunidos / numa
e com o tempo foi esta última fase que fez a opinião. aliança bem maior / que o simples elo da terra”, o eu
Morreu-lhe o marido e foram vindo os anos. D. Paula era lírico se dirige à mãe, convidando-a para se sentar à
agora uma pessoa austera e pia, cheia de prestígio e cabeceira da mesa, provocando uma discussão entre o
consideração. pai autoritário e a mãe submissa.
d) Na memória do eu lírico, o pai se refere aos filhos
Sobre Várias Histórias, assinale a alternativa correta. cinquentões como se eles fossem meninos. Embora
a) “D. Paula” e “Entre santos” distinguem-se sugira discordar do pai, o eu-lírico reconhece as
tematicamente dos demais contos da coletânea por contradições da condição de filho adulto nos versos “e o
tratarem do adultério feminino, antecipando assim o desejo muito simples / de pedir à mãe que cosa, / mais
tema do ciúme de maridos enganados, que apareceria do que nossa camisa, nossa alma frouxa, rasgada”.
no romance Dom Casmurro, de Machado de Assis. e) O soneto “Encontro” faz referência a um pai, mas, como
b) O encantamento de um adolescente por D. Severina (no o pai está morto (“Está morto, que importa? / Inda
conto “Uns braços”) e a história revelada pela sobrinha à madruga / e seu rosto, nem triste nem risonho, / é o
tia (em “D. Paula”) perturbam essas mulheres, por rosto antigo, o mesmo. E não enxuga / suor algum, na
acenderem nelas, respectivamente, o desejo e a calma de meu sonho”), o filho só o encontra em sonho e
lembrança de sua realização. na imaginação, diferentemente de “A mesa”.
c) Nos contos “A Cartomante” e “D. Paula”, o narrador
onisciente apresenta em detalhes os acontecimentos 3. (Ufpr 2017) As duas estrofes a seguir iniciam o poema Y-
passados, dando a conhecer os fatos e o julgamento Juca-Pyrama de Gonçalves Dias, publicado em 1851.
social sobre eles, permitindo que o leitor antecipe os
desdobramentos da trama. No meio das tabas de amenos verdores
d) Os personagens Evaristo (do conto “Mariana”) e D. Paula Cercadas de troncos – cobertos de flores,
(do conto homônimo) lembram-se de episódios antigos Alteião-se os tectos d’altiva nação;
de suas vidas afetivas. Referindo-se a esses episódios, os São muitos seus filhos, nos animos fortes,
contos trazem digressões moralizantes a respeito das Temiveis na guerra, que em densas cohortes
virtudes do casamento no século XIX. Assombrão das matas a imensa extensão
e) Nos contos desse livro, a moral cristã do século XIX
impele as mulheres a viverem “à sombra do casamento”, São rudes, severos, sedentos de gloria,
isto é, distantes de aventuras extraconjugais, satisfeitas Já prelios incitão, já cantão victoria,
com a vida de prestígio e consideração que o Já meigos attendem a voz do cantor:
matrimônio lhes assegura. São todos tymbiras, guerreiros valentes!
Seu nome la vôa na bocca das gentes,
2. (Ufpr 2017) “E não gostavas de festa... / Ó velho, que Condão de prodigios, de gloria e terror!
festa grande / hoje te faria a gente”. Esses são os versos de
abertura do poema “A Mesa”, parte integrante do livro Últimos Cantos, Gonçalves Dias
Claro Enigma, de Carlos Drummond de Andrade. Neles
podem ser identificados alguns elementos do poema, entre
os quais o destinatário, um patriarca, a quem o eu lírico se Nesse trecho, o poeta apresenta a tribo dos timbiras.
dirige ao longo de centenas de versos. A respeito de “A Constatamos, sem dificuldades, que a ortografia da época
Mesa” e de sua integração com outros poemas do mesmo era, em muitos aspectos, diferente da que usamos
livro, assinale a alternativa correta. atualmente. Tendo isso em vista, considere as seguintes
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afirmativas: e) A ação se passa num momento em que o tráfico de
escravos já não era permitido, mas ainda assim sua
1. As palavras paroxítonas terminadas em ditongo não venda ilegal é praticada e discutida na peça.
eram acentuadas naquela época, diferentemente de
hoje. 6. (Ufpr 2017) Sobre o livro de poesia Últimos Cantos, de
2. As formas verbais se alternam entre presente e futuro do Gonçalves Dias, considere as seguintes afirmativas:
presente do indicativo, com a mesma terminação.
3. A 3ª pessoa do plural dos verbos do presente do 1. A métrica em “I-Juca-Pirama” é variável e tem conexão
indicativo se diferencia graficamente da forma atual. com a progressão dos fatos narrados, o que permite
4. Os monossílabos tônicos perderam o acento na dizer que o ritmo se ajusta às reviravoltas da narrativa.
ortografia contemporânea. 2. “Leito de folhas verdes” e “Marabá” tematizam a
miscigenação brasileira ao apresentarem dois casais
Assinale a alternativa correta. inter-raciais.
a) Somente a afirmativa 1 é verdadeira. 3. A “Canção do Tamoyo” apresenta o relato de feitos
b) Somente as afirmativas 1 e 3 são verdadeiras. heroicos específicos desse povo para exaltar a coragem
c) Somente as afirmativas 2 e 4 são verdadeiras. humana.
d) Somente as afirmativas 2, 3 e 4 são verdadeiras. 4. O poema “Hagaar no deserto” recria um episódio bíblico
e) As afirmativas 1, 2, 3 e 4 são verdadeiras. e apresenta uma escrava escolhida por Deus para ser
mãe de Ismael, o patriarca do povo árabe.
4. (Ufpr 2017) Com base na leitura integral do “Sermão de
Santo Antonio aos peixes”, de Antonio Vieira, assinale a Assinale a alternativa correta.
alternativa correta. a) Somente as afirmativas 1 e 3 são verdadeiras.
a) O texto se estrutura através de uma rede de analogias b) Somente as afirmativas 2 e 3 são verdadeiras.
em que os peixes são equiparados à própria palavra de c) Somente as afirmativas 1 e 4 são verdadeiras.
Deus. d) Somente as afirmativas 1, 2 e 4 são verdadeiras.
b) A palavra de Deus é comparada ao sal da terra, mas e) Somente as afirmativas 2, 3 e 4 são verdadeiras.
nunca consegue fertilizá-la, porque falta à terra a leveza
dos peixes. 7. (Ufpr 2017) A respeito dos romances Clara dos Anjos, de
c) Depois de ser lançado ao mar pelos homens, Santo Lima Barreto, e Fogo Morto, de José Lins do Rego, assinale
Antonio foi reconduzido à praia pelos peixes, tornando- a alternativa correta.
se exemplo da conduta cristã. a) Clara dos Anjos é um romance memorialístico, no qual os
d) O sal da terra é a palavra de Cristo e, segundo a parábola acontecimentos rememorados permitem compreender a
citada no sermão, ele preferiu pregar para os peixes a origem da família da protagonista; Fogo Morto é um
pregar para os homens. romance intimista que dá a conhecer a vida de um
e) A terra, mesmo infértil, poderia ser melhor cultivada, núcleo familiar aristocrático ao longo da década de
caso houvesse pregadores que soubessem semear a boa 1930.
palavra. b) Os pontos de vista narrativos desses romances diferem
um do outro, porque, em Clara dos Anjos, o narrador
5. (Ufpr 2017) A respeito da obra teatral Os dois ou o inglês participa da trama como personagem, narrando
maquinista, de Martins Pena, é correto afirmar: acontecimentos de que participou, enquanto, em Fogo
a) Por ser um texto teatral, do qual a figura do narrador é Morto, o narrador é onisciente, dedicando-se a
ausente, não há espaço na sua estrutura formal para investigar a alma dos personagens.
descrição de ambientes ou de personagens. c) Nos dois romances, as mulheres pobres não recebem
b) As ações das personagens são mostradas ou relatadas na educação formal e são submetidas a uma rotina de
peça, mas seus pensamentos não, de modo que o leitor violência familiar. Seu destino é o enlouquecimento,
ou o espectador ignora quais terão sido suas emoções e como acontece com Marta e Neném em Fogo Morto, ou
reflexões. a insubmissão, como acontece com Clara dos Anjos, que
c) As inovações técnicas apresentadas pelo inglês são bem abandona a casa dos pais.
recebidas pelos personagens brasileiros, que não d) Nos dois romances, a cultura popular aparece
emitem sinais de desconfiança, por admiração ao representada pela música, que agrada a diferentes
estrangeiro. personagens: em Clara dos Anjos, a modinha aproxima
d) Por tratar de um tema tecnológico, a peça não conta Cassi Jones da família de Clara; em Fogo Morto, as
com personagens femininas, já que as mulheres estavam histórias cantadas por José Passarinho ecoam o
desinteressadas do universo produtivo no século XIX. sofrimento dos personagens.
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e) Nos dois romances, observa-se a geografia suburbana, e) 1, 2, 3, 4 e 5.
com favelas construídas em torno da linha férrea, com
aglomerados humanos miscigenados e também com o
subemprego dos personagens, como o carteiro Joaquim 9- (Ufpr 2018) A respeito dos poemas que compõem o livro
dos Anjos e o seleiro José Amaro. Últimos Cantos (1851), do maranhense Gonçalves Dias,
assinale a alternativa correta.
TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES:
a) O nacionalismo romântico se expressa no antológico
Vós, diz Cristo, Senhor nosso, falando com os pregadores,
sois o sal da terra: e chama-lhes sal da terra, porque quer poema “Canção do exílio”, que abre o livro com um tom
que façam na terra o que faz o sal. O efeito do sal é impedir laudatório: “Nosso céu tem mais estrelas, / Nossas várzeas
a corrupção; mas quando a terra se vê tão corrupta como têm mais flores, / Nossos bosques têm mais vida, / Nossa
está a nossa, havendo tantos nela que têm ofício de sal, vida mais amores”.
qual será, ou qual pode ser a causa desta corrupção? Ou é
porque o sal não salga, ou porque a terra se não deixa b) O embate entre tribos indígenas, com a consequente
salgar. Ou é porque o sal não salga, e os pregadores não prisão de um guerreiro, é narrado em “I-Juca-Pirama”,
pregam a verdadeira doutrina; ou porque a terra se não poema marcado por variedade métrica: “O prisioneiro, cuja
deixa salgar e os ouvintes, sendo verdadeira a doutrina que morte anseiam, / Sentado está, / O prisioneiro, que outro
lhes dão, a não querem receber. Ou é porque o sal não sol no ocaso / Jamais verá!”.
salga, e os pregadores dizem uma cousa e fazem outra; ou
porque a terra se não deixa salgar, e os ouvintes querem c) A pureza racial dos indígenas brasileiros é exaltada no
antes imitar o que eles fazem, que fazer o que dizem. Ou é poema “Marabá” por meio da descrição da personagem-
porque o sal não salga, e os pregadores se pregam a si e título: “— Meus olhos são garços, são cor das safiras, / —
não a Cristo; ou porque a terra se não deixa salgar, e os Têm luz das estrelas, têm meigo brilhar; / — Imitam as
ouvintes, em vez de servir a Cristo, servem a seus apetites. nuvens de um céu anilado, / — As cores imitam das vagas
Não é tudo isto verdade? Ainda mal! do mar!”.

(Antônio Vieira, Sermão de Santo Antônio, em: d) O aspecto fúnebre das lendas românticas é
<http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bv00 representado no poema “O gigante de pedra”, em que se
0033.pdf>.) destaca a monstruosidade do personagem: “Gigante
orgulhoso, de fero semblante, / Num leito de pedra lá jaz a
dormir! / Em duro granito repousa o gigante, / Que os raios
8. (Ufpr 2017) O texto trabalha fundamentalmente com somente puderam fundir”.
duas metáforas: o sal e a terra, que representam,
respectivamente, os pregadores (aqueles que deveriam e) O lirismo romântico prefere temas delicados, como as
propagar a palavra de Cristo) e os ouvintes (aqueles que brincadeiras inocentes da criança em “Mãe-d’água”:
deveriam ser convertidos). O tema central do texto é a “Minha mãe, olha aqui dentro, / Olha a bela criatura, / Que
reflexão sobre as possíveis causas da ineficiência dos dentro d’água se vê! / São d’ouro os longos cabelos, /
pregadores. Para tanto, o autor levanta algumas hipóteses. Gentil a doce figura, / Airosa leve a estatura; / Olha, vê no
Tendo isso em vista, considere as seguintes afirmativas: fundo d’água / Que bela moça não é!”.

1. Os pregadores não pregam o que deveriam pregar.


2. Os ouvintes se recusam a aceitar o que os pregadores
pregam. 10- (Ufpr 2018) No romance Clara dos Anjos, de Lima
3. Os pregadores não agem de acordo com os valores que Barreto, o narrador tece considerações generalizantes a
pregam. respeito da sociedade de sua época, ao mesmo tempo em
4. Os ouvintes agem como os pregadores em vez de agir de que narra a vida da protagonista, de sua família e a
acordo com o que eles pregam. malandragem de Cassi Jones. A respeito de aspectos da
5. Os pregadores promovem a si mesmos na pregação ao construção de Clara ou de fatos de que ela participa,
invés de promover as palavras de Cristo. assinale a alternativa correta.

Constituem hipóteses levantadas pelo autor do texto: a) A afirmação “é próprio do nosso pequeno povo fazer
a) 1 e 3 apenas. uma extravagante amálgama de religiões e crenças de toda
b) 3 e 5 apenas. a sorte, e socorrer-se desta ou daquela, conforme os
c) 1, 2 e 4 apenas. transes e momentâneas agruras de sua existência”
d) 2, 4 e 5 apenas.
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(capítulo I) explica a frequência de Clara a igrejas e templos c) O samba, entoado na peça pelo personagem Chiquinho,
de diferentes religiões. colabora para a representação e valorização da cultura
popular.
b) A frase “A gente pobre é difícil de se suportar
mutuamente; por qualquer ninharia, encontrando ponto de d) Tião, que usa “black-tie” (smoking e gravata),
honra, brigando, especialmente as mulheres” (capítulo VII) representa na peça o opressor, cujo poder é empregado
alude às provocações que Clara desferia contra suas para reprimir a greve organizada pelos moradores do
vizinhas. morro.

c) A ponderação “Cada um de nós, por mais humilde que e) A valorização da vida simples e a consequente rejeição
seja, tem que meditar, durante a sua vida, sobre o da possibilidade de ascensão social conduzem aos finais
angustioso mistério da Morte, para poder responder trágicos de Tião e de Otávio.
cabalmente, se o tivermos que o fazer, sobre o emprego
que demos a nossa existência” (capítulo VIII) refere-se à
cena da morte de Clara. 12- (Ufpr 2018) “Canção para álbum de moça”:
d) O comentário “O seu ideal na vida não era adquirir uma
personalidade, não era ser ela, mesmo ao lado do pai ou do Bom-dia: eu dizia à moça
futuro marido. Era constituir função do pai, enquanto que de longe me sorria.
solteira, e do marido, quando casada. Não imaginava as Bom-dia: mas da distância
catástrofes imprevistas da vida” (capítulo VIII) prenuncia as ela nem me respondia.
dificuldades que Clara enfrentou no seu casamento com Em vão a fala dos olhos
Cassi. e dos braços repetia
bom-dia à moça que estava
e) A análise “A educação que recebera, de mimos e de noite como de dia
vigilâncias, era errônea. Ela devia ter aprendido da boca bem longe de meu poder
dos seus pais que a sua honestidade de moça e de mulher e de meu pobre bom-dia.
tinha todos por inimigos, mas isto ao vivo, com exemplos, Bom-dia sempre: se acaso
claramente...” (capítulo X) denuncia a frágil educação a resposta vier fria
recebida por Clara como responsável pelo seu destino. ou tarde vier, contudo
esperarei o bom-dia.
E sobre casas compactas
sobre o vale e a serrania
11- (Ufpr 2018) Considere os versos da canção abaixo:
irei repetindo manso
Nosso amor é mais gostoso a qualquer hora: bom-dia.
Nossa saudade dura mais Nem a moça põe reparo
Nosso abraço mais apertado não sente, não desconfia
Nós não usa as “bleque tais”! o que há de carinho preso
no cerne deste bom-dia.
Bom dia: repito à tarde
O samba “Nóis não usa as bleque tais”, composto por à meia-noite: bom dia.
Adoniran Barbosa e Gianfrancesco Guarnieri, serviu de E de madrugada vou
trilha sonora para a peça Eles não usam black-tie (1958). A pintando a cor de meu dia
respeito do assunto, assinale a alternativa correta. que a moça possa encontrá-lo
azul e rosa: bom-dia.
Bom-dia: apenas um eco
na mata (mas quem diria)
a) A escolha de um samba como trilha sonora diminuiu a
decifra minha mensagem,
contundência da crítica social pretendida pelo autor deseja bom o meu dia.
da peça, Gianfrancesco Guarnieri. A moça, sorrindo ao longe
não sente, nessa alegria,
b) A diferença entre o amor “mais gostoso” e o amor de
o que há de rude também
quem usa “bleque-tais”, com vantagem para o primeiro,
no clarão deste bom-dia.
dilui o efeito da oposição entre interesses coletivos e De triste, túrbido, inquieto,
individuais, tema central da peça. noite que se denuncia
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e vai errante, sem fogos, d) cita e parafraseia textos poéticos de Augusto dos Anjos,
na mais louca nostalgia. fazendo com que sua poesia construa ideias e argumentos
Ah, se um dia respondesses seus e de outros personagens.
Ao meu bom-dia: bom-dia!
Como a noite se mudara e) parodia, nas epígrafes, trechos de crônicas de Olavo
no mais cristalino dia! Bilac e Augusto dos Anjos, retratando de forma bem-
humorada a Belle Époque tropical.

Considerando o poema acima e o livro de que ele é parte


integrante – Claro Enigma (1951), de Carlos Drummond de 12- (Ufpr 2018)
Andrade –, assinale a alternativa correta.
Sobre o Sermão de Santo Antônio aos peixes (século XVII),
do Padre Antônio Vieira, assinale a alternativa correta.
a) O poema apresenta a esperança de interação do eu- a) Trata-se de um texto barroco, o que se nota pelo
lírico com uma moça, sem deixar de lado os sentimentos reaproveitamento intertextual que faz de um texto
perturbadores que contrastam com a aparente alegria do clássico, isto é, do sermão que três séculos antes o próprio
emissor. Santo Antônio havia pregado.
b) O poema em questão guarda semelhanças com outro b) O sermão é dirigido aos outros pregadores, indicando o
poema do mesmo livro, “Tinha uma pedra no meio do que devem fazer para ser o sal da terra, ou seja, para que
caminho”, o que se observa pela insistência num só tema e sejam eficazes em sua ação.
pela repetição dos versos.
c) Na segunda metade do sermão, ao apontar os defeitos
c) A palavra “canção”, no título, e o repetido cumprimento dos peixes, o Padre Antônio Vieira relaciona esses defeitos
“bom-dia” criam uma atmosfera de leveza e romantismo aos problemas das sociedades humanas.
presente também no poema “A mesa”, que descreve a
rotina familiar. d) Os peixes voadores são louvados no sermão, já que
superam suas limitações de peixe para se levantarem o
d) Observa-se uma mudança na atitude do eu-lírico quanto possível na direção do céu, aproximando-se de
quando a moça responde a seu cumprimento: de triste e Deus.
inquieto, passou a se sentir alegre e túrbido pela resposta
que transformou o seu dia. e) Vieira se refere a peixes mencionados por santos, pela
Bíblia e por autores clássicos, mas não a peixes da costa
e) A cotidianidade da vida moderna se mostra nesse brasileira, o que denota seu desinteresse por temas locais.
diálogo marcado pelo ritmo frenético dos versos futuristas
e pela velocidade do eu-lírico que se desloca por um
cenário urbano.
GABARITO:

1- B
13- (Ufpr 2018) O romance histórico A última quimera 2- D
(1995), de Ana Miranda: 3- B
4- E
a) é narrado pelo poeta e cronista Olavo Bilac, o qual usa 5- E
notícias de jornais cariocas para buscar fidedignidade aos 6- C
fatos históricos de que trata o enredo. 7- D
b) fornece um retrato de uma geografia pouco explorada 8- E
pela ficção brasileira, isto é, os subúrbios do Rio de Janeiro, 9- B
estado natal de Augusto dos Anjos. 10- E
11- C
c) narra de maneira linear a vida de Augusto dos Anjos até 12- A
seu sepultamento, e essa linearidade permite que o 13- D
romance seja classificado como histórico. 14- C

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