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Índice

1. INTRODUÇÃO.........................................................................................................1

1.1. OBJECTIVOS........................................................................................................2

1.1.1. Objectivo Geral...................................................................................................2

1.1.2. Objectivos específicos........................................................................................2

1.2. Metodologia............................................................................................................2

2. ENQUADRAMENTO TEÓRICO.............................................................................3

2.1. Conceito..................................................................................................................3

2.3. O Papel do Magistrado na Realização da Justiça...................................................7

2.3.1. Função Social da Magistratura...........................................................................9

2.4. Papel do Médico-Legista........................................................................................9

2.4.1. Funções do medico legista................................................................................10

3. CONCLUSÃO.........................................................................................................11

4. Referências Bibliográficas.......................................................................................12

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1. INTRODUÇÃO

O trabalho em curso, versa sobre estudos dos exames no local do crime ou facto, o papel
do polícia de investigação criminal, papel do magistrado e o papel do legista. Antes
porém, importa referir que o local de crime constitui-se em uma diligência das mais
importantes na Criminalística moderna. Preservá-lo significa garantir a sua integridade
para a colheita de vestígios que esclarecerão ou auxiliarão no esclarecimento da
mecânica dos fatos. É, pois, a contribuição concreta e decisória no esclarecimento da
causa jurídica da morte.

O exame dos objectos e das vestes do morto, bem como o próprio exame do cadáver e
pesquisas em laboratório, são hoje tarefas da Perícia Criminal, uma vez que se entende
não incluir nesse tipo de actividade pericial apenas o exame do óbito externo do
cadáver, mas tudo que é encontrado em suas imediações ou que se relacionem ao fato.

Hoje em dia, a Criminalística moderna é uma ciência bem definida, exercida por
profissionais de alto nível que contam inclusive com conhecimentos de Medicina Legal
em seu currículo, podem esses realizar seus trabalhos sem a interferência de outros
profissionais. Ademais, esta interferência, quando se dá, pode não ajudar. Isso por que
ainda que o médico legista possa auxiliar na natureza jurídica da lesão ou da morte, em
sua formação médico-científica não há nenhuma noção de criminalística e, tendo seus
laudos conflitados com os dos peritos criminais, pode acabar por contribuir para o
trabalho da defesa.

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1.1. OBJECTIVOS
1.1.1. Objectivo Geral

Esta pesquisa tem o seguinte objectivo:


a) Analisar a importância de aplicação do exame na colheita de vestígios que
fornecerão os primeiros elementos à investigação no local de crime.
1.1.2. Objectivos específicos

a) Definir o local de facto e papel da polícia na investigação criminal;


b) Descrever os principais procedimentos usados no local de crime através do uso
do exame;
c) Identificar os critérios que classificam o local do facto; e
d) Destacar o papel das entidades que superintende a área da investigação criminal
na desvenda das causas de mortes no local de facto.
1.2. Metodologia

Primeiramente serão analisadas as mais diversas bibliografias existentes, a fim de


determinar qual teria que se enquadra no conteúdo das exigências do trabalho,
interação entre colegas membros do grupo, de uma forma minuciosa foram analisados
os dados de cada elementos e apurada as melhores informações como produto final que
resultou nesse trabalho, e usou se a internet para fazer uma reflexão condigna dos
conceitos e outros aspectos.

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2. ENQUADRAMENTO TEÓRICO
2.1. Conceito

Local de crime a região do espaço em que o mesmo ocorreu, bem como toda uma
porção do espaço compreendida em um raio que, tendo por origem o ponto no qual é
constatado o fato, se estenda de modo a abranger todos os lugares em que se presume
que hajam sido praticados, pelo criminoso, ou criminosos, os atos materiais,
preliminares ou posteriores à consumação do delito, e que com esses tenha relação
direta. ABRANTES, Talita. 2014

O local de crime pode ser subdividido entre corpo de delito e os vestígios. Do ponto de
vista da perícia técnica actual, corpo de delito se trata de qualquer ente material
relacionado a um crime, no qual se possa fazer um exame pericial. É, pois, o elemento
principal de um local de crime, em torno do qual estão os vestígios e para o qual
convergem as evidências, de modo que, se retirado do local da morte, descaracterizaria
por completo a ocorrência, tornando-a, via de regra, inexistente.

No nosso pais, em termos gerais, o Ramo da Polícia de Investigação Criminal tem como
função garantir as diligências que, nos termos da lei processual penal, se destinem
averiguar a existência de um crime, se destinem a averiguar a existência de um crime,
determinar os seus agentes e sua responsabilidade e descobrir e recolher as provas, no
âmbito do processo. É dirigido por um Director nomeado pelo Ministro que
superintende a área da ordem e segurança pública, sob proposta do Comandante-Geral
da PRM.

2.2. Local do Crime e o Papel dos Policiais de Investigação Criminal

Para que ocorra uma elucidação eficaz na ocorrência de um crime, necessário se faz a
realização da perícia no local da pratica do acto criminoso. Para tanto, a autoridade que
primeiro chegar ao local, seja ela socorrista, segurança ou brigadista, deverá
providenciar que o mesmo não se altere até a chegada dos peritos. Para o efeito de
exame do local onde houver sido praticada a infração, a autoridade providenciará
imediatamente para que não se altere o estado das coisas até a chegada dos peritos, que
poderão instruir seus laudos com fotografias, desenhos ou esquemas elucidativos.

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Não obstante cada local de crime obter suas peculiaridades, qualquer ambiente pode ser
local de acto criminoso. O local do crime constitui-se frágil e delicado sendo, portanto
necessário extremo cuidado para que provas não se percam.

Cada local de crime é único e exige do perito criminal uma série de cuidados no
planeamento e na organização de suas funções visando alcançar a verdade dos factos.
Durante o transcorrer do exame pericial, os requisitos podem mudar à medida que novos
elementos sejam reconhecidos, e o perito criminal terá que se adaptar ao novo cenário.
(BRANDÃO, Humberto. 2012)

2.2.1. Critérios que classificam o local do facto

Quatro são os critérios que classificam o local do crime. Tais critérios fazem referência
à localização, à área, à natureza e os vestígios existentes no local do ato ilícito. O
primeiro critério é de simples identificação, a localização refere-se apenas a
identificação do perímetro do local do crime, ou seja, se a área é urbana ou rural.

Já o segundo critério diz respeito à área: se o acto criminoso ocorreu em local interno
ou externo, ou seja, se o acto criminoso ocorreu dentro de um ambiente físico fechado
(residências, lojas) ou em local aberto (rua, praça).

Os locais internos e externos se subdividem em ambiente mediato ou imediato. Este se


compreende como o espaço ocupado pelo corpo de delito e o seu entorno e aquele se
refere à área adjacente ao local imediato.

Quando se estuda o critério da natureza do local do acto criminoso, foca-se em duas


questões que se pautam na natureza da área e na natureza do acto, sendo elas
respectivamente: onde o acto ocorreu e o que ocorreu?

Por fim, o critério do local do crime onde os vestígios podem ser encontrados são
classificados como idôneos, inidôneos ou relacionados. Este é compreendido como
qualquer lugar sem ligação geográfica direta com o local do crime, mas que, no entanto
possa conter alguma informação que se relacione ou auxilie no exame pericial.

O local do crime idôneo são aqueles locais que não foram violados se mantendo
preservados. Ao contrário os inidôneos se referem aqueles que foram violados perdendo
a sua integridade.

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Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo de delito,
direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado. Assim, quando a
análise preliminar demonstrar a existência de vestígios ou evidências que possam
elucidar os eventos do crime e justifiquem a necessidade da perícia, esta deve ser
acionada para que o processamento do local do crime seja feito de forma adequada.

No entendimento de como deve ser realizada a perícia, subdivide-se o trabalho da


polícia e do perito propriamente dito. Ambos possuem acesso ao local a ser analisado e
funções e atribuições distintas de como proceder.

A entrada da autoridade policial no local do crime deve ocorrer pela parte mais
acessível, sendo feita, se possível, uma trajetória retilínea única entre o corpo de delito e
a entrada do local. É essencial que toda a movimentação do policial seja meticulosa e
cautelosa, a fim de não comprometer o trabalho dos peritos.

A cautela dos policiais ao adentrarem o local só pode ser inobservada em caso de


socorro da vítima, para o real conhecimento do fato ou para se evitar um mal maior,
como no caso dos incêndios. Após constatar a veracidade da denúncia, cabe ao policial,
ainda, comunicar a autoridade competente do ocorrido e isolar o local a fim de preservar
todos os vestígios lá existentes.

Outros apectos a serem observados em locais de crime:

i. A presença dos peritos no local do delito, todavia, não substituí as acções da


autoridade policial, a qual caberá, além dos procedimentos para isolar a cena do
crime e impedir o acesso de qualquer elemento alheio à equipe da perícia, ações
que possibilitem a segurança dos peritos e sua equipe, viabilizando deste modo a
conclusão do trabalho pericial. Os trabalhos periciais no local de uma ocorrência
findam quando o perito esgotar todas as possibilidades de exames e se der por
satisfeito com os mesmos, momento em que ele autorizará à Autoridade Policial
a remover a interdição do sítio do delito. A Autoridade Policial, entretanto,
poderá optar por manter o local isolado, quando a interdição mostrar-se
imprescindível para os trabalhos preliminares de investigação.

ii. Com a chegada dos peritos, os policiais devem discorrer sobre todo o ocorrido,
narrando inclusive uma possível “contaminação” do local do crime. Ou seja,

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deve ser passado aos peritos como foi a movimentação policial no sítio e se
algum vestígio foi acidentalmente ou deliberadamente retirado do ambiente.

iii. Nos casos em que o local do crime observou um resultado morte, o


procedimento padrão está descrito no CPP. Em geral, quando o crime resultar
em uma vítima fatal, trabalha-se com cautela e eficiência redobrada, posto que
nestes casos é comum a aglomeração popular que pode comprometer
significativamente a cena do crime.

iv. O trabalho do perito em si, deve ser exercido com demasiada paciência, atenção
e metodologia criteriosa. É a correta análise dos vestígios do local o ponto
crucial para entender como ocorreu o ato criminoso. A título de curiosidade
citam-se exemplos de como objetos e vestígios do ambiente onde ocorreu o
crime, podem auxiliar em sua definição e, se necessário, na identificação do
criminoso.

v. Para o olho do perito, objectos quebrados e móveis desarrumados podem


significar luta, perseguição ou tentativa de fuga. Por outro lado, cartas, bilhetes,
embalagens de medicamentos e copos com restos de bebida, demonstram um ato
criminoso sem o uso da violência, ou mesmo um suicídio. A presença de
manchas de sangue ou produtos de limpeza distantes do cadáver revela, por
vezes, uma mobilização do corpo, enquanto impressões digitais e/ou pegadas
determinam geralmente quantas pessoas participaram do ato e auxiliam na
identificação da vítima ou do criminoso.

Durante o processamento da cena do crime, principalmente nos casos de morte violenta,


a arma do crime pode ser encontrada. Neste momento o perito em ação conjunta com o
médico legista, deve comparar as possíveis lesões que o objeto pode inferir com as reais
lesões evidenciadas no corpo da vítima.

Ao fim do trabalho pericial, o perito elaborará um laudo com todas as informações


percebidas no ambiente do crime, incluindo nesse até se a movimentação policial
prejudicou na análise do local. Através desse laudo o perito informa a autoridade
policial e judiciária todas as suas percepções acerca da cena do crime e do ato delituoso
em si.

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A elaboração do laudo deve atender a critérios objectivos e ser didático. É composto por
preâmbulo, introdução, transcrição de quesitos, conclusão, em que se é emitido o juízo
de valor, e fecho, onde há a autenticação do documento a fim de que o mesmo possa
servir como prova judicial. A metodologia exigida é essencial, posto que cabe ao laudo
pericial a função de informar, esclarecer, demonstrar e convencer, através de seu
conteúdo lógico, quem tem o poder de julgar.

2.3. O Papel do Magistrado na Realização da Justiça

Não é difícil perceber porque o magistrado é figura central para a realização da justiça.
O processo é o instrumento por excelência da tutela do direito. O direito se realizará, ou
não, através do processo. O juiz, por sua vez, é o protagonista do processo, está em suas
mãos fazer com que a justiça seja independente, eficaz, acessível e confiável. Como
responsável pelo processo, o magistrado acaba sendo o último garantidor de um mundo
mais justo e quem deve fazer do Poder Judiciário algo confiável e cristalino
(GERLERO, 2006. P. 379).

A missão do juiz, portanto, não pode esgotar-se no processo, compreendendo hoje a


defesa do regime democrático, dos direitos fundamentais, a redução das desigualdades
sociais. O juiz possui uma função social que vai muito além de realizar o direito entre as
partes e recompor o status quo ante. O juiz deve ter seus olhos voltados para o futuro. A
função social do juiz e os fins sociais do Direito libertam a lei de seu texto fincado no
momento de sua feitura ou de sua promulgação. A democratização do Direito passa pela
efervescência judicial e pela ampliação funcional do Judiciário (ROCHA, 1998).

O juiz, no contexto do Estado Democrático de Direito, não pode mais ser aquele
operador do direito inerte e passivo, o novo modelo social não aceita mais essa postura
do Poder Judiciário, que sai da sua posição de distanciamento para aproximar-se da
sociedade. Além disso, a decisão do magistrado em um processo não possui mais seus
efeitos restritos apenas às partes litigantes, as decisões acabam por influenciar outras
causas e outras esferas de poder, gerando transformações na sociedade.

O legislador contemporâneo reconhece o Direito como técnica, uma vez que os


operadores precisam ter padrões e critérios para aplicação das normas jurídicas, mas
também como Ética, visto que as pessoas recorrem ao Judiciário em busca não somente
de normatividade, mas principalmente de dignidade.

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O juiz, antes visto como mero aplicador da lei, passa também a criar o direito, e não
somente colocá-lo em prática. Muitas questões novas se apresentarão ao juiz, que nem
sempre terão o amparo da lei. Caberá ao julgador a tarefa de responder a tais questões
de forma inovadora, ponderando as normas existentes e os princípios de direito,
produzindo direito, ao invés de somente aplica-lo.

O momento actual pede um novo modelo de magistrado, conectado a seu tempo,


conhecedor dos anseios da sociedade. A respeito dos modelos de juiz, existe um famoso
artigo do professor belga (OST, 1993), François Ost, em que este relaciona os modelos
de julgador aos modelos de jurisdição no tempo. O primeiro deles seria o juiz Júpiter, o
modelo liberal-legal, que obedece ao padrão piramidal-dedutivo, é o julgador que diz o
direito, a partir do alto, distanciado das partes, isolado do convívio social. Esse juiz é
legalista, formalista, fundamenta seu entendimento nas leis ou códigos, inadmitindo a
influência de fatores externos. É o juiz que aplica automaticamente a lei, sem qualquer
juízo de valor.

Diferentemente do modelo jupteriano, que está sustentado na figura da lei, o juiz


Hércules de Dworkin é que seria a única fonte válida de direito, ao invés do direito
positivado. É o juiz do Estado Social, que trabalha em cima dos fatos para, então,
analisando o caso concreto, proferir a melhor decisão. Esse tipo de julgador acaba por
levar ao extremo seu papel de dizer o direito e se torna um “monopolizador da
jurisdição” (STRECK, 2010), no entendimento de Lenio Streck, gerando o
decisionismo, com a proliferação de decisões particulares, reduzindo o direito ao fato.

Por fim, tem-se o juiz do Estado Democrático de Direito, o magistrado que os tempos
atuais pedem, o juiz Hermes. Nem tanto ao céu, nem tanto a terra. É o juiz conciliador,
mediador universal, o bom comunicador. Ele pratica novas ideias, escuta opiniões e
aprende com experiências externas. Ost vê o direito pós-moderno como uma estrutura
em rede, que possui infinitas informações à disposição do magistrado. Sua decisão,
assim, não será tão somente baseada na lei, ou na práxis, mas o resultado de um banco
de dados com uma variedade de inputs externos e internos.

O magistrado pós-moderno, portanto, vive num modelo de Estado em que existem


direitos e garantias. É tarefa dele assegurar a eficácia desses direitos, concretizando os
enunciados constitucionais, a fim de que possa, sob esta perspectiva, analisar a validade
das normas emanadas do Legislativo. O juiz não é mais um mero cumpridor de leis e

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não faz mais sentido sua aplicação automática e irrestrita. O magistrado deve questionar
sua coerência e conformidade com a constituição, ponderar os valores imbuídos em
cada dispositivo legal. O Juiz, claro que sem extrapolar o marco jurídico-constitucional,
deverá procurar dirimir os conflitos do modo socialmente mais justo, desempenhando
um papel totalmente distinto do juiz legalista-positivista criado pela Revolução Francesa
para ser ``la bouche de la loi``, a boca da lei.

O juiz, assim, passa a ser também produtor de normatividade, não está apenas
submetido ao Legislativo, mas também o submete. O magistrado faz a lei do caso
concreto e, para isso, deve estar conectado às transformações que constantemente
ocorrem na sociedade moderna, é um agente politizado, que leva em considerações
fatores sociais, econômicos, históricos e políticos das causas que lhes são submetidas.

2.3.1. Função Social da Magistratura

Oriana Piske, em artigo intitulado “A Função Social da Magistratura na


Contemporaneidade”, assim se posiciona a respeito dessa legitimação racional dos
magistrados:

Com isso, não só se garante uma certa objectividade na atuação do juiz, senão também
se evita sua politização ideológica. Não queremos dizer que o juiz não tenha suas
convicções, suas crenças e sua visão própria do mundo. Cada um tem suas preferências
ideológicas, políticas, filosóficas etc., porém, para se alcançar um alto nível de
objectividade na função jurisdicional, o que constitui uma garantia para todos, devemos
reconhecer que as convicções ou critérios pessoais do juiz só são válidos para a solução
dos conflitos na medida em que estejam de acordo com as normas, princípios e valores
do ordenamento jurídico.

2.4. Papel do Médico-Legista

O médico legista é um profissional da área da saúde responsavel por examinar e


fazer laudo de pessoas que morreram por algum crime, este profissional verifica o local
da morte e tenta atraves de dados ou provas tentar descobrir como aquela pessoa morreu
e a partir da elaboração de um laudo médico pode ajudar a policia a desvendar algum
caso.

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Um dos papeis do médico, a mais emocional de toda a sua actividade profissional, é a
verificação do óbito de uma pessoa. Ele deverá colher um certo número de sinais
indicativos de que a morte é uma realidade irrefutável, por forma a que não haja
hipótese de dúvidas, como outrora se levantaram, sobre a possibilidade de uma pessoa
“morta” ser enterrada viva. Haverá ainda outras de carácter médico-legal, como a
definição de morte cerebral, para se estabelecer quando pode uma máquina ser
desligada porque a vida estaria a ser prolongada a uma pessoa que leva uma vida
vegetativa auxiliada por essa máquina.

Árbitro dos resultados das suas próprias investigações, o médico-legista deve pesar as
suas palavras, medir o alcance das suas conclusões, para tranquilidade da sua
consciência e como apanágio da sua probidade. Desta forma, pode-se concluir que os
médicos-legistas não devem influir no espírito daqueles que têm de julgar, deixando-os
livres para apreciarem as outras provas. “A medicina legal não é indispensável apenas
para o médico - ela é fundamental para os licenciados em direito, possibilitando ao
jurista um largo conhecimento para obter e criticar múltiplas provas científicas, como
arte acusatória, de defesa, Ministério Público, ou Juíz, com vista a uma melhor
aplicação da Justiça”.

A investigação criminal e a polícia têm na medicina legal o fundamento básico da


importância da pesquisa de vestígios nas vítimas, agressores e locais de crimes, com o
apoio do médico-legista.

A presença do perito médico-legal será exigível quando os pressupostos legais dessa


presença se verificarem, isto é, como auxiliar da investigação criminal e inclusive como
verificador do óbito no âmbito civil da autoridade sanitária. A lei assim o exige.

2.4.1. Funções do medico legista


i. Fazer exames em vítimas estando elas vivas ou não.

ii. Analisar ferimentos e elaborar um laudo médico com todas as informações


necessárias para ajudar ou facilitar a resolução de algum caso.

iii. Examinar cadáveres e também elaborar um laudo que deve conter inforções que
auxiliem para saber de que forma aconteceu a morte e obter características de
quem cometeu o crime.

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3. CONCLUSÃO

Findo trabalho, importa salientar que, quando da ocorrência de um crime, a polícia de


proteção ou militar ou ainda outra autoridade competente, como primeiro a chegar, na
condição de representante do Estado, tem o dever de zelar para que os procedimentos
implementados no local obedeça aos parâmetros legais.

A perícia no local de crime trata-se de uma diligência processual penal veiculada em um


instrumento chamado laudo do local, uma das colunas sobre as quais se apoiará no
diagnóstico delimitador da causa jurídica da morte. Por isso, deve haver no local uma
preservação rigorosa, a fim de resguardar todas as evidências, evitando ao máximo
alterações produzidas por curiosos ou profissionais despreparados. Ressalta-se, ainda, o
cuidado e respeito à legalidade dos procedimentos de inquérito e processuais, posto que
as provas devem ser obtidas de modo lícito.

Dessa forma, percebe-se a relevância dos procedimentos de isolamento e preservação do


local de crime, para a ocorrência de um trabalho pericial que proporcione a máxima
exatidão no que concerne a análise dos vestígios.

O trabalho dos peritos é fundamental e demasiadamente meticuloso. Este ao chegar ao


local do crime deve se atentar para qualquer vestígio que possa elucidar como o ato
delituoso aconteceu. Ao fim da análise do local, é competência do perito a elaboração de
um laudo, o qual constará as percepções do especialista acerca do local do crime e do
possível culpado pelo ato delituoso. Essencial, este laudo será de grande importância
para a formação de um juízo de valor daqueles que possuem o condão de julgamento
acerca do caso em análise.

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4. Referências Bibliográficas

STRECK, Lenio Luiz. O (Pós-)Positivismo E Os Propalados Modelos De Juiz


(Hércules, Júpiter E Hermes) – Dois Decálogos Necessários. Revista de Direitos e
Garantias Fundamentais, Vitória, n. 7, p. 15-45. 2010

ABRANTES, Talita. 7 provas da ineficácia da justiça no Brasil, segundo a ONU.


Revista Exame, 2014.

DA ROS, Luciano. O custo da Justiça no Brasil: uma análise comparativa exploratória.


Newsletter. Observatório de elites políticas e sociais do Brasil. NUSP/UFPR, v.2, n. 9,
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LEÃO, José Bruno Martins; PRANDI, Luiz Roberto. O Poder do Juiz no Estado
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WEBER, Max. Ensaios de sociologia. trad. por Waltensir Dutra. 5 ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 1982, p. 269.

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