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3. Ao longo do dia
Sem forçar nada as coisas, trata-se de manter uma atenção sobre a vida. Às vezes
basta uns simples“flashes” (com uma frase da Escritura que você leu pela manhã), que
num segundo iluminam fortemente a realidade que você está vivendo.
Como você sente esta realidade? Ore por ela, dê graças.
Aos poucos, vai-se conseguindo uma integração de VIDA/ORAÇÃO. A ação do Espírito entra na vida
diária, e cada vez mais se deixa levar por ela.
A experiência se realiza na relação imediata com todos os acontecimentos da vida. É a mesma VIDA
cotidiana do exercitante que se converte criativamente também em “lugar” da experiência dos
Exercícios.
Durante um momento do dia pode-se ORAR com os olhos fechados, com a condição de
procurar ORAR todo o dia com os olhos bem abertos.
Esta ênfase na “oração ao longo do dia” tem como finalidade nos ajudar a dar mais
importância à oração prolongada, desperta em nós desejos de “tempos maiores” de
oração.
Trata-se de aprender a oração de uma “vida apostólica”.
Antes de tudo há de se fazer a aprendizagem do encontro pessoal imediato com o Senhor.
É bom descobrir que o Espírito Santo é o mestre da oração; e que a oração tem seu
processo com diversos momentos: prepará-la, introduzir-se nela, avaliá-la, cuidá-la...
porque a oração tem uma “ecologia muito frágil”.
B) A oração intensiva
l. Passos prévios:
* Primeiramente, pensar: “aonde vou e para quê?”
e tomar certas decisões básicas: “onde orar? que posição
corporal tomar? quando e quanto tempo vou orar? a matéria dessa oração...”
Pacifique seu interior, desperte o desejo de encontrar-se com o
Senhor...
* Oração preparatória (EE. 46), na qual dirijo o que sou e o que faço nesse tempo de
louvor e glória
de sua Divina Majestade.
Esta oração preparatória jamais deve ser omitida.
“Dá-me tua graça, Senhor, para que todas as minhas intenções (motivações), ações e
operações (decisões) se ordenem puramente ao serviço e louvor de sua divina majestade”.
* Pedir ao Espírito que me dê sua “força e graça” para que este tempo de oração
seja frutuoso.
É, em concreto, “pedir o que quero e desejo”, o fruto que se pretende tirar, e
que está nas
orientações de cada semana.
2. Parte central
* Ler atentamente as orientações e “saborear” o texto bíblico indicado.
* Re-cordar (melhor dialogando com o Senhor) os pontos que mais me tocaram e
mais me interessaram daquilo que li.
* Re-flectir: pensar por quê são importantes, que acontece quando as coisas não
funcionam assim...?
Passar do “saber” ao “sentir”, do entendimento ao coração...
Com frequência, o diálogo se converte em petição, louvor, agradecimento,
súplica...
Reza-se um Salmo que expresse os sentimentos do momento... ou deixa-
se de falar para
limitar-se a CONTEMPLAR ( como alguém que olha em silêncio a
imensidão do mar...)
O essencial é que a idéia ou sentimento fundamental, o que se busca,
“vá calando fundo”
3. Final
* Fazer um colóquio com Maria, com Jesus ou com o Pai, que resuma tudo o que
senti e pensei durante
este tempo de oração.
* Avaliar a oração: como me senti? e escrever, em resumo, as principais idéias e
sentimentos captados
lá dentro do coração.