Sei sulla pagina 1di 6

ESTE LIVRO FOI DISTRIBUÍDO POR:

http://bpi.110mb.com

OBS: Tenha estômago, mas não PREGUIÇA. Se você não entendeu a "moral da história" que
o autor quis passar, volte a ler seu Harry Potter.

--------------------------------------------------
Guts - Chuck Palahniuk

Inspire.
Inspire o máximo de ar que conseguir.
Essa estória deve durar aproximadamente o tempo que você consegue segurar sua
respiração, e um pouco mais.
Então leia o mais rápido que puder.

Um amigo meu aos 13 anos ouviu falar sobre "fio-terra". Isso é quando alguém
enfia um consolo na bunda. Estimule a próstata o suficiente, e os rumores dizem que
você pode ter orgasmos explosivos sem usar as mãos. Nessa idade, esse amigo é um
pequeno maníaco sexual. Ele está sempre buscando uma melhor forma de gozar. Ele sai
para comprar uma cenoura e lubrificante. Para conduzir uma pesquisa particular. Ele
então imagina como seria a cena no caixa do supermercado, a solitária cenoura e o
lubrificante percorrendo pela esteira o caminho até o atendente no caixa. Todos os
clientes esperando na fila, observando.

Todos vendo a grande noite que ele preparou. Então, esse amigo compra leite,
ovos, açúcar e uma cenoura, todos os ingredientes para um bolo de cenoura. E vaselina.
Como se ele fosse para casa enfiar um bolo de cenoura no rabo. Em casa, ele corta a
ponta da cenoura com um alicate. Ele a lubrifica e desce seu traseiro por ela. Então,
nada. Nenhum orgasmo. Nada acontece, exceto pela dor. Então, esse garoto, a mãe dele
grita dizendo que é a hora da janta. Ela diz para descer, naquele momento. Ele remove a
cenoura e coloca a coisa pegajosa e imunda no meio das roupas sujas debaixo da cama.
Depois do jantar, ele procura pela cenoura, e não está mais lá. Todas as suas roupas
sujas, enquanto ele jantava, foram recolhidas por sua mãe para lavá-las. Não havia como
ela não encontrar a cenoura, cuidadosamente esculpida com uma faca da cozinha, ainda
lustrosa de lubrificante e fedorenta.

Esse amigo meu, ele espera por meses na surdina, esperando que seus pais o
confrontem. E eles nunca fazem isso. Nunca. Mesmo agora que ele cresceu, aquela
cenoura invisível aparece em toda ceia de Natal, em toda festa de aniversário. Em toda
caça de ovos de páscoa com seus filhos, os netos de seus pais, aquela cenoura fantasma
paira por sobre todos eles. Isso é algo vergonhoso demais para dar um nome. As pessoas
na França possuem uma expressão: "sagacidade de escadas." Em francês: esprit de
l'escalier. Representa aquele momento em que você encontra a resposta, mas é tarde
demais. Digamos que você está numa festa e alguém o insulta. Você precisa dizer algo.
Então sob pressão, com todos olhando, você diz algo estúpido. Mas no momento em
que sai da festa... Enquanto você desce as escadas, então - mágica. Você pensa na coisa
mais perfeita que poderia ter dito. A réplica mais avassaladora. Esse é o espírito da
escada. O problema é que até mesmo os franceses não possuem uma expressão para as
coisas estúpidas que você diz sob pressão. Essas coisas estúpidas e desesperadas que
você pensa ou faz. Alguns atos são baixos demais para receberem um nome. Baixos
demais para serem discutidos. Agora que me recordo, os especialistas em psicologia dos
jovens, os conselheiros escolares, dizem que a maioria dos casos de suicídio adolescente
eram garotos se estrangulando enquanto se masturbavam. Seus pais o encontravam, uma
toalha enrolada em volta do pescoço, a toalha amarrada no suporte de cabides do
armário, o garoto morto. Esperma por toda a parte. É claro que os pais limpavam tudo.
Colocavam calças no garoto. Faziam parecer... melhor. Ao menos, intencional. Um caso
comum de triste suicídio adolescente. Outro amigo meu, um garoto da escola, seu irmão
mais velho na Marinha dizia como os caras do Oriente Médio se masturbavam de forma
diferente do que fazemos por aqui. Esse irmão tinha desembarcado num desses países
cheios de camelos, na qual o mercado público vendia o que pareciam abridores de carta
chiques.

Cada uma dessas coisas é apenas um fino cabo de latão ou prata polida, do
comprimento aproximado de sua mão, com uma grande ponta numa das extremidades,
ou uma esfera de metal ou uma dessas empunhaduras como as de espadas. Esse irmão
da Marinha dizia que os árabes ficavam de pau duro e inseriam esse cabo de metal
dentro e por toda a extremidade de seus paus. Eles então batiam punheta com o cabo
dentro, e isso os faziam gozar melhor. De forma mais intensa. Esse irmão mais velho
viajava pelo mundo, mandando frases em francês. Frases em russo. Dicas de
punhetagem. Depois disso, o irmão mais novo, um dia ele não aparece na escola.
Naquela noite, ele liga pedindo para eu pegar seus deveres de casa pelas próximas
semanas. Porque ele está no hospital.

Ele tem que compartilhar um quarto com velhos que estiveram operando as
entranhas. Ele diz que todos compartilham a mesma televisão. Que a única coisa para
dar privacidade é uma cortina. Seus pais não o vem visitar. No telefone, ele diz como os
pais dele queriam matar o irmão mais velho da Marinha. Pelo telefone, o garoto diz que,
no dia anterior, ele estava meio chapado. Em casa, no seu quarto, ele deitou-se na cama.
Ele estava acendendo uma vela e folheando algumas revistas pornográficas antigas,
preparando-se para bater uma. Isso foi depois que ele recebeu as notícias de seu irmão
marinheiro. Aquela dica de como os árabes se masturbam. O garoto olha ao redor
procurando por algo que possa servir. Uma caneta é grande demais. Um lápis, grande
demais e áspero. Mas escorrendo pelo canto da vela havia um fino filete de vela
derretida que poderia servir.

Com as pontas dos dedos, o garoto descola o filete da vela. Ele o enrola na palma
de suas mãos. Longo, e liso, e fino. Chapado e com tesão, ele enfia lá dentro, mais e
mais fundo por dentro do canal urinário de seu pau. Com uma boa parte da cera ainda
para fora, ele começa o trabalho. Até mesmo nesse momento ele reconhece que esses
árabes eram caras muito espertos. Eles reinventaram totalmente a punheta.
Deitado totalmente na cama, as coisas estão ficando tão boas que o garoto nem
observa a filete de cera. Ele está quase gozando quando percebe que a cera não está
mais lá. O fino filete de cera entrou. Bem lá no fundo. Tão fundo que ele nem consegue
sentir a cera dentro de seu pau. Das escadas, sua mãe grita dizendo que é a hora da
janta. Ela diz para ele descer naquele momento.

O garoto da cenoura e o garoto da cera eram pessoas diferentes, mas viviam


basicamente a mesma vida. Depois do jantar, as entranhas do garoto começam a doer. É
cera, então ele imagina que ela vá derreter dentro dele e ele poderá mijar para fora.
Agora suas costas doem. Seus rins. Ele não consegue ficar ereto corretamente. O garoto
falando pelo telefone do seu quarto de hospital, no fundo pode-se ouvir campainhas,
pessoas gritando. Game shows. Os raios-X mostram a verdade, algo longo e fino,
dobrado dentro de sua bexiga. Esse longo e fino V dentro dele está coletando todos os
minerais no seu mijo. Está ficando maior e mais expesso, coletando cristais de cálcio,
está batendo lá dentro, rasgando a frágil parede interna de sua bexiga, bloqueando a
urina. Seus rins estão cheios. O pouco que sai de seu pau é vermelho de sangue. O
garoto e seus pais, a família inteira, olhando aquela chapa de raio-X com o médico e as
enfermeiras ali, um grande V de cera brilhando na chapa para todos verem, ele deve
falar a verdade. Sobre o jeito que os árabes se masturbam. Sobre o que o seu irmão mais
velho da Marinha escreveu.

No telefone, nesse momento, ele começa a chorar. Eles pagam pela operação na
bexiga com o dinheiro da poupança para sua faculdade. Um erro estúpido, e agora ele
nunca mais será um advogado. Enfiando coisas dentro de você. Enfiando-se dentro de
coisas. Uma vela no seu pau ou seu pescoço num nó, sabíamos que não poderia acabar
em problemas.

Eu sentava no fundo por dois, três, quatro minutos. Só de bater punheta eu tinha
conseguido uma enorme capacidade pulmonar. Se eu tivesse a casa só para mim, eu
faria isso a tarde toda. Depois que eu gozava, meu esperma ficava boiando em grandes e
gordas gotas. Depois disso eram mais alguns mergulhos, para apanhar todas. Para pegar
todas e colocá-las em uma toalha. Por isso chamava de Pesca Submarina. Mesmo com o
cloro, havia a minha irmã para se preocupar. Ou, Cristo, minha mãe.

Esse era meu maior medo: minha irmã adolescente e virgem, pensando que estava
ficando gorda e dando a luz a um bebê retardado de duas cabeças. As duas parecendo-se
comigo. Eu, o pai e o tio. No fim, são as coisas nas quais você não se preocupa que te
pegam. A melhor parte da Pesca Submarina era o duto da bomba do filtro. A melhor
parte era ficar pelado e sentar nela. Como os franceses dizem, Quem não gosta de ter
seu cú chupado? Mesmo assim, num minuto você é só um garoto batendo uma, e no
outro nunca mais será um advogado. Num minuto eu estou no fundo da piscina e o céu é
um azul claro e ondulado, aparecendo através de dois metros e meio de água sobre
minha cabeça. Silêncio total exceto pelas batidas do coração que escuto em meu ouvido.
Meu calção amarelo-listrado preso em volta do meu pescoço por segurança, só em caso
de algum amigo, um vizinho, alguém que apareça e pergunte por que faltei aos treinos
de futebol. O constante chupar da saída de água me envolve enquanto delicio minha
bunda magra e branquela naquela sensação.

Num momento eu tenho ar o suficiente e meu pau está na minha mão. Meus pais
estão no trabalho e minha irmã no balé. Ninguém estará em casa por horas. Minhas
mãos começam a punhetar, e eu paro. Eu subo para pegar mais ar. Afundo e sento no
fundo. Faço isso de novo, e de novo. Deve ser por isso que garotas querem sentar na sua
cara. A sucção é como dar uma cagada que nunca acaba. Meu pau duro e meu cú sendo
chupado, eu não preciso de mais ar.

O bater do meu coração nos ouvidos, eu fico no fundo até as brilhantes estrelas de
luz começarem a surgir nos meus olhos. Minhas pernas esticadas, a batata das pernas
esfregando-se contra o fundo. Meus dedos do pé ficando azuis, meus dedos ficando
enrugados por estar tanto tempo na água. E então acontece. As gotas gordas de gozo
aparecem. É nesse momento que preciso de mais ar. Mas quando tento sair do fundo,
não consigo. Não consigo colocar meus pés abaixo de mim. Minha bunda está presa.
Médicos de plantão de emergência podem confirmar que todo ano cerca de 150 pessoas
ficam presas dessa forma, sugadas pelo duto do filtro de piscina. Fique com o cabelo
preso, ou o traseiro, e você vai se afogar. Todo o ano, muita gente fica. A maioria na
Flórida. As pessoas simplesmente não falam sobre isso. Nem mesmo os franceses falam
sobre tudo. Colocando um joelho no fundo, colocando um pé abaixo de mim, eu
empurro contra o fundo. Estou saindo, não mais sentado no fundo da piscina, mas não
estou chegando para fora da água também. Ainda nadando, mexendo meus dois braços,
eu devo estar na metade do caminho para a superfície, mas não estou indo mais longe
que isso.

O bater do meu coração no meu ouvido fica mais alto e mais forte. As brilhantes
fagulhas de luz passam pelos meus olhos, e eu olho para trás... mas não faz sentido.
Uma corda espessa, algum tipo de cobra, branco-azulada e cheia de veias, saiu do duto
da piscina e está segurando minha bunda. Algumas das veias estão sangrando, sangue
vermelho que aparenta ser preto debaixo da água, que sai por pequenos cortes na pálida
pele da cobra. O sangue começa a sumir na água, e dentro da pele fina e branco-azulada
da cobra é possível ver pedaços de alguma refeição semi-digerida. Só há uma
explicação. Algum horrível monstro marinho, uma serpente do mar, algo que nunca viu
a luz do dia, estava se escondendo no fundo escuro do duto da piscina, só esperando
para me comer. Então... eu chuto a coisa, chuto a pele enrugada e escorregadia cheia de
veias, e parece que mais está saindo do duto.

Deve ser do tamanho da minha perna nesse momento, mas ainda segurando firme
no meu cú. Com outro chute, estou a centímetros de conseguir respirar. Ainda sentido a
cobra presa no meu traseiro, estou bem próximo de escapar. Dentro da cobra, é possível
ver milho e amendoins. E dá pra ver uma brilhante esfera laranja. É um daqueles tipos
de vitamina que meu pai me força a tomar, para poder ganhar massa. Para conseguir a
bolsa como jogador de futebol. Com ferro e ácidos graxos Ômega 3.Ver essa pílula foi o
que me salvou a vida. Não é uma cobra. É meu intestino grosso e meu cólon sendo
puxados para fora de mim. O que os médicos chamam de prolapso de reto. São minhas
entranhas sendo sugadas pelo duto.Os médicos de plantão de emergência podem
confirmar que uma bomba de piscina pode puxar 300 litros de água por minuto. Isso
corresponde a 180 quilos de pressão.

O grande problema é que somos todos interconectados por dentro. Seu traseiro é
apenas o término da sua boca. Se eu deixasse, a bomba continuaria a puxar minhas
entranhas até que chegasse na minha língua. Imagine dar uma cagada de 180 quilos e
você vai perceber como isso pode acontecer. O que eu posso dizer é que suas entranhas
não sentem tanta dor. Não da forma que sua pele sente dor. As coisas que você digere,
os médicos chamam de matéria fecal. No meio disso tudo está o suco gástrico, com
pedaços de milho, amendoins e ervilhas. Essa sopa de sangue, milho, merda, esperma e
amendoim flutuam ao meu redor. Mesmo com minhas entranhas saindo pelo meu
traseiro, eu tentando segurar o que restou, mesmo assim, minha vontade é de colocar
meu calção de alguma forma. Deus proíba que meus pais vejam meu pau. Com uma
mão seguro a saída do meu rabo, com a outra mão puxo o calção amarelo-listrado do
meu pescoço. Mesmo assim, é impossível puxar de volta. Se você quer sentir como
seria tocar seus intestinos, compre uma camisinha feita com intestino de carneiro.

Pegue uma e desenrole. Encha de manteiga de amendoim. Lubrifique e coloque


debaixo d'água. Então tente rasgá-la. Tente partir em duas. É firme e ao mesmo tempo
macia. É tão escorregadia que não dá para segurar. Uma camisinha dessas é feita do
bom e velho intestino.Você então vê contra o que eu lutava.Se eu largo, sai tudo.Se eu
nado para a superfície, sai tudo. Se eu não nadar, me afogo. É escolher entre morrer
agora, e morrer em um minuto. O que meus pais vão encontrar depois do trabalho é um
feto grande e pelado, todo curvado. Mergulhado na água turva da piscina de casa. Preso
ao fundo por uma larga corda de veias e entranhas retorcidas.

O oposto do garoto que se estrangula enquanto bate uma. Esse é o bebê que
trouxeram para casa do hospital há 13 anos. Esse é o garoto que esperavam conseguir
uma bolsa de jogador de futebol e eventualmente um mestrado. Que cuidaria deles
quando estivessem velhinhos. Seus sonhos e esperanças. Flutuando aqui, pelado e
morto. Em volta dele, gotas gordas de esperma. Ou isso, ou meus pais me encontrariam
enrolado numa toalha encharcada de sangue, morto entre a piscina e o telefone da
cozinha, os restos destroçados das minhas entranhas para fora do meu calção amarelo-
listrado. Algo sobre o qual nem os franceses falam. Aquele irmão mais velho na
Marinha, ele ensinou uma outra expressão bacana. Uma expressão russa.

Do jeito que nós falamos "Preciso disso como preciso de um buraco na cabeça...,"
os russos dizem, “Preciso disso como preciso de dentes no meu cú”... Mne eto nado kak
zuby v zadnitse. Essas histórias de como animais presos em armadilhas roem a própria
perna fora, bem, qualquer coiote poderá te confirmar que algumas mordidas são
melhores que morrer. Droga... Mesmo se você for russo, um dia vai querer esses dentes.
Senão, o que você pode fazer é se curvar todo. Você coloca um cotovelo por baixo do
joelho e puxa essa perna para o seu rosto. Você morde e rói seu próprio cú. Se você
ficar sem ar você consegue roer qualquer coisa para poder respirar de novo.

Não é algo que seja bom contar a uma garota no primeiro encontro. Não se você
espera por um beijinho de despedida. Se eu contasse como é o gosto, vocês não
comeriam mais frutos do mar. É difícil dizer o que enojaria mais meus pais: como entrei
nessa situação, ou como me salvei. Depois do hospital, minha mãe dizia, "Você não
sabia o que estava fazendo, querido. Você estava em choque".

E ela teve que aprender a cozinhar ovos pochê. Todas aquelas pessoas enojadas ou
sentindo pena de mim... Precisava disso como precisaria de dentes no cú. Hoje em dia,
as pessoas sempre me dizem que eu sou magrinho demais. As pessoas em jantares ficam
quietas ou bravas quando não como o cozido que fizeram. Cozidos podem me matar.
Presuntadas. Qualquer coisa que fique mais que algumas horas dentro de mim, sai ainda
como comida. Feijões caseiros ou atum, eu levanto e encontro aquilo intacto na privada.
Depois que você passa por uma lavagem estomacal super-radical como essa, você não
digere carne tão bem. A maioria das pessoas tem um metro e meio de intestino grosso.
Eu tenho sorte de ainda ter meus quinze centímetros. Então nunca consegui minha bolsa
de jogador de futebol. Nunca consegui meu mestrado. Meus dois amigos, o da cera e o
da cenoura, eles cresceram, ficaram grandes, mas eu nunca pesei mais do que pesava
aos 13 anos. Outro problema foi que meus pais pagaram muita grana naquela piscina.
No fim meu pai teve que falar para o cara da limpeza da piscina que era um cachorro. O
cachorro da família caiu e se afogou.

O corpo sugado pelo duto. Mesmo depois que o cara da limpeza abriu o filtro e
removeu um tubo pegajoso, um pedaço molhado de intestino com uma grande vitamina
laranja dentro, mesmo assim meu pai dizia, “Aquela porra daquele cachorro era
maluco”. Mesmo do meu quarto no segundo andar, podia ouvir meu pai falar, "Não
dava para deixar aquele cachorro sozinho por um segundo..." E então a menstruação da
minha irmã atrasou. Mesmo depois que trocaram a água da piscina, depois que
vendemos a casa e mudamos para outro estado, depois do aborto da minha irmã, mesmo
depois de tudo isso meus pais nunca mais mencionaram isso novamente.

Nunca.
Essa é a nossa cenoura invisível.
Você.
Agora você pode respirar.
Eu ainda não.

Potrebbero piacerti anche