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, 2010
Recessos peritoneais
Os recessos, bursas ou fundos de saco peritoneais são
determinados pelas inserções parietais dos ligamentos,
mesos e epiploons e também pela existência de pregas
condicionadas por estruturas salientes que são revestidas
pelo peritoneu (figura 2). A cavidade peritoneal é dividida
em dois grandes compartimentos pelo mesocólon
transverso: os andares supra e infra-mesocólico. No
Fig. 1- Cavidade abdominal. 1- víscera; 2- cavidade peritoneal; 3-
folheto visceral do peritoneu; 4- folheto parietal do peritoneu; 5- espaço primeiro, localiza-se a bursa omental (retrocavidade dos
subperitoneal. epiplons) que está separada da cavidade peritoneal restante,
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apenas comunicando através do foramen epiplóico (de
Winslow). O andar infra-mesocólico está dividido em dois
sub-compartimentos principais pela raíz do mesentério.
As duas extensões laterais do andar infra-mesocólico são
as goteiras parieto-cólicas (direita e esquerda). A direita é
mais larga e continua-se superiormente com os espaços
subhepático e subfrénico direito. À esquerda não existe
comunicação com o andar supra-mesocólico pela presença
do ligamento freno-cólico. Ambas as goteiras parieto-
cólicas estão em continuidade com os espaços pélvicos
(figura 3).
A bexiga divide a pélvis no espaço paravesical direito e
esquerdo. No homem existe mais um espaço potencial em
localização posterior à bexiga: o fundo-de-saco
rectovesical. Na mulher, a presença do útero condiciona a
existência de dois espaços adicionais: o rectovaginal e o
uterovesical (figura 4).
Fig. 2 - Ligamentos, mesos e omentos. 1- ligamento coronário; 2- As pregas umbilicais, mediana, mediais e laterais,
pequeno omento; 3- ligamento hepatoduodenal; 4- ligamento respectivamente condicionadas pelo úraco, artérias
duodenocólico; 5- raiz do mesentério; 6- mesoapêndice; 7- “área nua”
do fígado; 8- ligamento falciforme; 9- ligamento triangular esquerdo;
umbilicais obliteradas e artérias epigástricas inferiores,
10- epiploon gastro-esplénico; 11- ligamento freno-cólico; 12- raiz do limitam as fossas inguinais ou recessos peritoneais
mesocólon transverso; 13- raiz do mesocólon sigmoíde. (Eur. Radiol. anteriores.
1998; 8:886-900)
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se com maior frequência a patologias em diferentes órgãos,
pelo que o seu conhecimento é fundamental.
A patologia peritoneal mais frequentemente encontrada em
exames imagiológicos é a ascite, que pode resultar de
múltiplas causas (exsudativas e transudativas). As
colecções líquidas organizadas, principalmente os
abcessos, são também muito comuns. O peritoneu e suas
dependências são ainda afectados por patologia
inflamatória, traumática e tumoral (a mais comum é a
carcinomatose peritoneal).
Além de poder estar envolvido em todos os processos
patológicos atrás referidos, o peritoneu com as suas
reflexões e recessos normais pode ser a causa de importante
morbilidade e mortalidade, podendo ser responsável por
hérnias internas (figura 5).
Identificar a Patologia
O primeiro passo para o correcto diagnóstico das diferentes
patologias consiste na sua precisa localização: peritoneal
ou pleural; extra ou intraperitoneal. De igual forma, o
envolvimento dos diferentes recessos peritoneais associa-
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