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para integração ensino-serviço-comunidade

Objetivo (5) – Eixo Educacional do PMM – potente ferramenta de


Educação Permanente para integração ensino-serviço-comunidade

O objetivo em questão está relacionado com o


eixo emergencial e o estrutural e sua realização
implica trazer as instituições acadêmicas para
dentro dos serviços, de forma a incorporar na
formação as necessidades dos serviços ao mesmo
tempo nutrir os serviços de conhecimento e
reflexão. É o eixo educacional do Programa Mais
Médicos (PMM) que envolve dois Ministérios,
Saúde e Educação, instituições acadêmicas, os três
níveis de gestão e visa fortalecer a educação
permanente voltada para o SUS.

A supervisão acadêmica das atividades desenvolvidas pelo médico do Programa MM é


um dos instrumentos pensados para gerar o amálgama entre a academia e o serviço. É
um instrumento novo para uma velha questão debatida e problematizada no setor.
Para conferir o cumprimento deste objetivo, apoios, obstáculos, atores envolvidos,
especificidades regionais, etc., se buscará comprovar se as estratégias criadas no
âmbito do Ministério da Educação para fazer viável tal prática foram executadas, apoiar
nos relatos de experiência de supervisão e artigos e teses de pesquisa sobre as
supervisões, suas especificidades em diferentes contextos e os resultados
conquistados.

Os primeiros artigos apresentados dão conta do processo de criação da supervisão e


uma análise de seu início. Em seguida, são artigos de experiências de supervisão, sobre
Amazonas e suas dificuldades, práticas nos Distritos Sanitários Especiais Indígenas
(DSEIs) na Região Amazônica e na Bahia. O outro conjunto de artigos ressalta resultados
desta interação para os serviços e equipe e para finalizar, um estudo sobre as temáticas
discutidas na supervisão.

A supervisão foi pensada como uma das ações educacionais “na perspectiva de
singularizar e potencializar a vivência e atuação dos médicos participantes, ofertando
suporte para o desenvolvimento das ações da Atenção Básica”. Para viabilizá-la, de
acordo com o artigo de Almeida (2015), foi criado no âmbito do MEC a Diretoria de
Desenvolvimento da Educação em Saúde, da Secretaria de Educação Superior, do
Ministério da Educação (DDES/ SESu/MEC), que estruturou uma proposta de apoio
institucional, a qual teve início com a contratação de profissionais com o seguinte perfil:
experiência em Saúde Coletiva / Atenção Básica / Gestão do cuidado; experiência em
processos de formação (Educação Popular, Educação Permanente, PBL ou outras
modalidades de formação construtivista); experiência em Articulação/ apoio
institucional e/ou matricial; movimentos sociais ou coordenação de equipe; habilidade
com informática”. “Os primeiros estados a contarem com apoiadores foram Ceará (CE),
Bahia (BA), Minas Gerais (MG) e Rio Grande do Sul (RS). Ao longo dos meses, a estratégia
foi sendo ampliada de quatro para 12, depois 20, chegando ao total de 40 apoiadores
em todas as unidades federativas do País. Para dar suporte a esta nova equipe, a
própria DDES necessitou modificar seu arranjo”.

Almeida (2015) relata que “Em 2014 foram realizadas quatro oficinas em Brasília,
envolvendo o conjunto dos trabalhadores para planejamento e construção da
estratégia do apoio. A Educação Permanente apresentou-se como eixo estruturante na
construção/desconstrução/reconstrução do fazer dos atores em torno da supervisão
acadêmica, até chegar ao modelo que orienta atualmente as atividades. Destes
encontros foram construídos consensos sobre quem e o que é o apoio, que passou a
ser chamado de AIMEC (Apoio Institucional do MEC) e que este fazer permanece em
construção. Atualmente o grupo vem desenvolvendo suas atividades perante um
público de 1.941 supervisores e 201 tutores, vinculados a 51 Instituições Supervisoras”.

Os autores apresentam uma análise das primeiras experiências de supervisão a partir


do grupo de apoiadores (BA, CE, MG e RS) para o período de março/2014 a
setembro/2015, focalizando a “inserção nos territórios, articulação com os atores e
instituições dos Estados, além dos pontos fortes, pontos frágeis e oportunidades de
fortalecimento do papel do apoio institucional do MEC no PMM. Vale destacar que esta
experiência de apoio do PMM é a primeira experiência de apoio institucional do MEC”.
Uma marca desta experiência é a especificidade de cada Estado e a participação dos
pares na construção da supervisão e a aproximação dos três níveis de gestão.
Projeto Mais Médicos para o Brasil: a experiência pioneira do apoio institucional
no Ministério da Educação
Almeida, Erika Rodrigues de; Germany, Heloísa; Firmiano, Jackeline Gomes
Alvarenga; Martins, Adriano Ferreira; Dias, Anderson Sales. Tempus (Brasília); 9(4)2015.
http://pesquisa.bvsalud.org/pmm/resource/pt/sus-34477

Cita-se também um trabalho de tese que trata da supervisão na Região Norte,


considerada como a que apresenta maiores desafios devido dificuldades de
deslocamento. Frente a estas dificuldades, em 2014, “o MEC cria o Grupo Especial de
Supervisão (GES) para realizar o acompanhamento de médicos em regiões de difícil
acesso no estado do Amazonas”. A tese que agora comentamos, é um estudo de caso
desta experiência e analisa sua implementação e resultados. “Verificou-se que o GES
desenvolve todas as atividades preconizadas pela supervisão, o que tem facilitado a
realização das mesmas, conta com o apoio logístico das Forças Armadas para o
deslocamento na Floresta Amazônica, a formação em medicina de família e
comunidade dos supervisores, a integração com os tutores e a organização do processo
de trabalho para realizar tudo que é previsto para a atividade de visita in loco, em um
curto intervalo de tempo devido à dificuldade de deslocamento para região”.
A supervisão acadêmica no Projeto Mais Médicos para o Brasil: a experiência do
grupo especial de supervisão
,
Sales Dias, Anderson. Brasília; s.n; 2017. Tese e Dissertações em Português.
http://pesquisa.bvsalud.org/pmm/resource/pt/biblio-849526

Outro estudo identificado é de um tutor em área indígena, a partir da experiência de


dois anos trabalhando junto aos supervisores do PMM no Estado do Amazonas. O autor
observa que “neste Estado, as atividades de tutoria e supervisão são realizadas pela
Secretaria de Saúde do Amazonas (SUSAM), que está credenciada como instituição
supervisora junto ao Ministério da Educação (MEC), intuição responsável pela
coordenação nacional do processo de supervisão”. O autor chama atenção algumas das
especificidades da supervisão em área indígena que resume em três grupos e discute a
problemática do médico nestes contextos e as consequências para sua prática: “a)
transcorrer em contexto onde antes havia importante carência de médicos; b) dá-se em
área de difícil acesso; c) ocorrer em um cenário político complexo.

Dentre as conclusões apresentadas destaca-se a necessidade de se estabelecer


interações mais efetivas entre o Ministério da Educação e a Secretaria Especial de Saúde
Indígena para o enfrentamento dos desafios de supervisionar os médicos em área
indígena”. Também observa que a supervisão “não pode ser focada no ou nos médicos,
deve ter um olhar mais amplo para todo o processo de gestão do cuidado ofertado” e
reconhece a necessidade de “buscar estratégias que possam ampliar o quadro de
supervisores e qualificar seus trabalhos”.
Apontamentos sobre as especificidades da supervisão acadêmica em área
indígena no âmbito do Programa Mais Médico para o Brasil: o caso do estado do
Amazonas,
Souza, Maximiliano Loiola Ponte de. Tempus (Brasília); 9(4)2015.
http://pesquisa.bvsalud.org/pmm/resource/pt/sus-35855

Já a tese
Avaliação das atividades de supervisão nos Programas de provimento de médicos
na Bahia,
Vieira, Mariângela Costa, Campinas; s.n; 2017, propõe-se “avaliar a atividade de
supervisão aos médicos dos programas de provimento médico do governo federal na
perspectiva da integralidade”. (…) “Os resultados evidenciaram, como potencialidades,
contribuições na qualificação do cuidado integral, na organização processo de trabalho
e a função de apoiador da prática de supervisão aos médicos. Algumas foram as
dificuldades apresentadas no processo de supervisão. Uma delas em relação ao
formato, frequência das visitas de supervisão e organização local da supervisão do
PMM. Outro achado deste trabalho foi a importância de pensar onde os pés pisam,
referindo-se à necessidade da experiência na APS para a prática da supervisão…”(AU)
http://pesquisa.bvsalud.org/pmm/resource/pt/sus-35788

Agora, apresentamos um artigo que ressalta o papel da supervisão na organização da


atenção, especificamente, na promoção de mudanças no processo de trabalho da
equipe de saúde. Também é um relato, sob a ótica da supervisão acadêmica, da
atuação de um médico intercambista vinculado ao Programa Mais Médicos para o Brasil
(PMMB) que, após ter identificado o idoso como o maior segmento populacional do
município, aliado ao alto índice de envelhecimento da população residente, define seu
projeto de intervenção na saúde do idoso e capacita a equipe, organizando um novo
enfoque às visitas domiciliares, na saúde bucal e melhor abordagem à hipertensão,
principal problema de saúde do idoso na localidade. Todo este processo é
acompanhado pelo supervisor.
A atuação de um médico do Programa Mais Médicos para o Brasil e a mudança
processo de trabalho da equipe de Estratégia de Saúde da Família.
Bertão, Iliane Rezer. Tempus (Brasília); 9(4)2015.
http://pesquisa.bvsalud.org/pmm/resource/pt/sus-34478

O artigo de Almeida (2017) descreve e analisa as principais temáticas trabalhadas pelos


supervisores com os médicos participantes do PMM, a partir dos 171.123 relatórios de
supervisão, sendo 124.933 de supervisão in loco, 592 de supervisão longitudinal e
45.598 de supervisão loco regional, preenchidos por supervisores de todo o país no
período de janeiro a dezembro de 2015, perfazendo a totalidade de relatórios de
supervisão postados na base do Ministério da Educação e traz uma análise das
temáticas que foram tratadas e a pertinência das mesmas considerando o quadro
epidemiológico do Brasil.

Assim, após uma breve ponderação conceitual sobre o programa e o papel da


supervisão, apresenta os resultados da pesquisa, a saber: “As temáticas mais
trabalhadas nos encontros foram aquelas relacionadas às doenças crônicas não
transmissíveis, às doenças tropicais negligenciadas, à apresentação/panorama do
PMMB, à Saúde Mental e ao processo de trabalho na Atenção Básica. No que tange aos
conteúdos relacionados às doenças e agravos, percebe-se coerência com o perfil
epidemiológico atual da população brasileira, caracterizado por elevadas prevalências
de doenças crônicas não transmissíveis, em especial as doenças cardiovasculares, o
diabetes, a obesidade e as emergentes doenças psiquiátricas, sobretudo a depressão e
a ansiedade, além da permanência de doenças infectocontagiosas”.

Ademais, observam que uma “insuficiente abordagem a grupos historicamente


marginalizados dos serviços de Atenção Básica, como os homens, os adolescentes, os
indígenas e os trabalhadores. O que se percebe é a quase exclusividade de abordagens
e a manutenção da priorização às temáticas referentes a uma determinada população
nas ações das equipes de Atenção Básica: mulheres, crianças e idosos.
É importante ponderar, no entanto, que essa escolha pode advir do próprio perfil
demográfico da população de abrangência da Unidade onde o médico do programa
está alocado, como relatado em experiência descrita por Bertão. Segundo este autor, a
supervisão acadêmica auxiliou o médico do Programa na escolha e desenvolvimento do
projeto de intervenção do primeiro ciclo formativo, que foi a atenção à saúde do idoso,
tendo em vista o elevado índice de envelhecimento da região. É importante mencionar,
ainda, que o supervisor ofertou apoio não só ao médico do programa como também à
equipe da Unidade de Saúde e da Secretaria Municipal de Saúde, no que tange à
construção de iniciativas de intervenção na saúde dos idosos do território”.

“Uma das críticas que vem se apresentado ao programa é a limitação do trabalho da


supervisão ao médico participante do PMMB, como explicitado por Campos e Pereira
Júnior. Na prática, existem diversas experiências de supervisão, nas quais alguns, de
fato, restringem sua atuação ao médico, enquanto outros dialogam com equipe,
gestores e usuários”.

Como parte das conclusões os autores consideram a supervisão como “uma importante
estratégia de aproximação entre as universidades (instituições supervisoras) e o SUS,
contribuindo para o fortalecimento da integração ensino-serviço-comunidade” e
afirmam, “que a supervisão tem se mostrado uma ferramenta pujante para a
qualificação das práticas clínicas e assistenciais dos médicos, o que, por sua vez, é
potencialmente indutor de processos de fortalecimento da Atenção Básica e de
consolidação do SUS. Por possibilitar a discussão entre profissionais no seio do serviço,
com temáticas que emergem do campo do trabalho, também se mostra como potente
estratégia de educação permanente, visto que serve para preencher lacunas e induzir
mudanças nas práticas profissionais, o que contribui para o acúmulo de saber técnico,
um dos requisitos necessários à transformação das práticas”.
Projeto Mais Médicos para o Brasil: uma análise da supervisão acadêmica
Almeida, Erika Rodrigues de; Martins, Adriano Ferreira; Macedo, Harineide
Madeira; Penha, Rodrigo Chávez. Interface (Botucatu, Online); 21, 2017.
http://pesquisa.bvsalud.org/pmm/resource/pt/biblio-859847

A leitura deste conjunto de artigos sobre a supervisão permite perceber a importância


do eixo estrutural na concepção do Programa Mais Médicos e a preocupação de
promover uma formação sensível aos problemas do SUS. O instrumento tem
demonstrado sua potencialidade para a integração serviço universidade e resultados
positivos para os serviços e formação.

Artigo escrito pela colunista da Plataforma de Conhecimentos, Dra.


Raquel Abrantes Pêgo
Raquel Abrantes Pêgo é doutora em Ciências Sociais, colaboradora da

OPAS-Brasil, professora visitante no Departamento de Saúde Coletiva da

Universidade de Brasília (UNB) e colaboradora da Rede de Pesquisa Análise

de Políticas de Saúde no Brasil

Setor de Embaixadas Norte, Lote 19, 70800-400


Caixa Postal 08-729, 70312-970 - Brasilia, DF, Brasil
Tel: +55 61 3251-9595
Uma iniciativa da Rede de Pesquisa em Atenção Primária à Saúde da Abrasco com o apoio da OPAS/OMS e do
Ministério da Saúde

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