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MECÂNICA
DOS SOLOS
Introdução à Engenharia Geotécnica
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ÍNDICE
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3.5 - EXERCÍCIOS RESOLVIDOS – ÍNDICES FÍSICOS .......... 45
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6.3 - SISTEMA UNIFICADO DE CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS
(S.U.C.S.) ..................................................................................... 104
6.3.1 - SOLOS GROSSOS .......................................................... 107
6.3.2 - SOLOS FINOS
110
6.4 - SOLOS ALTAMENTE ORGÂNICOS ................................. 114
6.5 - SISTEMA CLASSIFICAÇÃO GEOTÉCNICA M.C.T. PARA
SOLOS TROPICAIS ..................................................................... 114
6.6 - CLASSIFICAÇÃO TÁCTIL-VISUAL ................................... 115
6.7 - EXERCÍCIOS ..................................................................... 120
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8.4 - TENSÕES HORIZONTAIS ................................................ 173
8.5 - TENSÕES EM SUPERFÍCIES DE TERRENO INCLINADO
............................................................................................ 175
8.6 - CAPILARIDADE DOS SOLOS ........................................... 177
8.7 - EXERCÍCIOS RESOLVIDOS ............................................. 181
8.8 - É POSSÍVEL CONHECER O PERFIL GEOTÉCNICO DO
SOLO A PARTIR DO GRÁFICO? ................................................ 185
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1. CAPÍTULO 1 - A Mecânica dos Solos e a Engenharia
CAPÍTULO 1
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Solos situa-se dentro de um campo mais envolvente que congrega ainda a
Engenharia de Solos (Maciços e Obras de Terra e Fundações) e a Mecânica
das Rochas. Esta área denominada Geotecnia tem como objetivo estudar as
propriedades físicas dos materiais geológicos, solos, rochas e suas
aplicações em obras de Engenharia Civil, quer como material de construção,
quer como elemento de fundação.
Pode-se dizer também que a Mecânica dos Solos ocupa, em relação aos
solos, posição análoga àquela que a resistência dos materiais ocupa em
relação aos outros materiais de construção. Na prática usual, entretanto, os
termos Mecânica dos Solos e Engenharia dos Solos geralmente se
confundem.
Por ser o solo um material natural, cujo processo de formação não depende
de forma direta da intervenção humana, o seu estudo e o entendimento de
seu comportamento depende de uma série de conceitos desenvolvidos em
ramos afins de conhecimento. A mecânica dos solos é o estudo do
comportamento de engenharia do solo quando este é usado ou como
material de construção ou como material de fundação. Ela é uma disciplina
relativamente jovem da engenharia civil, somente sistematizada e aceita
como ciência em 1925, após trabalho publicado por Terzaghi (Terzaghi,
1925), que é conhecido, com todos os méritos, como o pai da mecânica dos
solos.
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solos mais avançada, denominada de mecânica dos solos não saturados.
Além disto, o estudo e o desenvolvimento da mecânica dos solos são
fortemente amparados em bases experimentais, a partir de ensaios de campo
e laboratório.
Esse material forma a fina camada superficial que recobre quase toda a
crosta terrestre e no seu estado natural apresentasse composto de partículas
sólidas (com diferentes formas e tamanhos), líquidas e gasosas. Os solos
normalmente são caracterizados pela sua fase sólida, enquanto as fases
líquida e gasosa são consideradas conjuntamente como porosidade.
Entretanto, na análise de comportamento real de um solo, há necessidade de
se levar em conta as porcentagens das fases componentes, bem como a
distribuição dessas fases através da massa de solo.
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1.3 - APLICAÇÕES DA MECÂNICA DOS SOLOS
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como material de construção e fundação, necessita-se de um conhecimento
completo do comportamento de engenharia dos solos, especialmente na
presença de água. O conhecimento da estabilidade de taludes, dos efeitos do
fluxo de água através do solo, do processo de adensamento e dos recalques
a ele associados, assim como do processo de compactação empregado é
essencial para o projeto e construção eficientes de aterros e barragens de
terra.
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2. CAPÍTULO 2 – Retirada/Coleta de amostras
CAPÍTULO 2
Retirada/Coleta de amostras
A caracterização de um solo, através de parâmetros obtidos em ensaios de
laboratório, depende, simultaneamente, da qualidade da amostra e do
procedimento dos ensaios. Tanto para a amostragem quanto para os ensaios
existem normas, brasileiras e estrangeiras, que regem o assunto e que,
portanto, devem ser obedecidas.
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9604/86 rege a abertura de poço e trincheira de inspeção em solo, com
retirada de amostras deformadas e indeformadas.
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2.2.1 - SONDAGEM A TRADO
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É importante ressaltar que esse método possui a limitação de não poder
ultrapassar o Nível da Água (N.A), e também poderá ocorrer
desmoronamento das paredes laterais, o que requer muitas vezes o
escoramento das mesmas, logo é recomendado sua execução em solos com
expressiva coesão para que assim o risco de acidentes seja reduzido ou
eliminado. A figura abaixo exemplifica o método executivo.
2.2.3 - TRINCHEIRA
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Figura 2.3 – Trincheira (Manual de Pavimentação Urbana, IPT 1992)
2.2.4 - GALERIA
São Escavações feitas em rocha, podendo o seu desmonte ser feito a “fogo”,
com o objetivo de retirada de amostra indeformada para uma posterior
classificação geotécnica em laboratório.
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os institutos técnicos e oficiais, e firmas particulares especializadas. O
Ensaio SPT obedece os critérios estabelecidos na NBR 6484/01.
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A amostra deverá ser colocada em saco de lona ou plástico resistente,
identificada através de uma etiqueta amarrada à boca do saco e contendo
informações sobre o local, número, profundidade e data da amostragem.
Além dessas informações deve-se fazer uma planta do local indicando os
dados necessários a recuperação do ponto amostrado.
Figura 2.6 – (a) Cilindros e anéis biselados; (b) Caixa para amostra em
bloco.
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Uma amostra indeformada, em bloco, poderá ser retirada em diversas
posições como mostrado na Figura 2.7.
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O procedimento de retirada de uma amostra indeformada, em bloco, no
fundo de um poço é semelhante à retirada em qualquer outra posição,
exceto algumas peculiaridades do próprio poço.
A caixa deverá ser ajustada ao solo, com a ponta biselada voltada para baixo
e iniciar uma escavação em sua volta, ao mesmo tempo, ir pressionando,
levemente, a caixa provocando sua descida, Figura 2.8-c.
Quando o topo da caixa atingir a cota zero deverá haver um excesso de solo,
da ordem de 3cm, Figura 2.8-d, que não deverá ser retirado neste momento.
O bloco deverá ser cortado próximo a base da caixa para que possa ser
separado do terreno, mantendo-se também um excesso de solo, como
mostrado na Figura 2.8-e. Entre o bloco e a caixa haverá sempre uma folga
cuja espessura dependerá do tipo de solo amostrado. Um solo argiloso
permitirá uma folga menor do que um solo arenoso.
O bloco deverá ser elevado a superfície do terreno com todo o cuidado a fim
de se evitar qualquer alteração estrutural no solo. O excesso de solo, do topo
e da base ou a tampa e o fundo da caixa, deverá ser retirado e uma primeira
camada de parafina, com espessura mínima de dez milímetros, aplicada.
Logo em seguida, colocar uma etiqueta no topo do bloco indicando os
dados necessários à sua identificação.
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As laterais da caixa só, então, devem ser retiradas e aplicada uma camada
de parafina sobre as faces do bloco, reforçando os cantos e arestas, para
garantir uma boa ligação com a camada aplicada no topo e na base. Com
essa primeira camada de parafina estará garantida a manutenção do teor de
umidade da amostra, mas não a preservação da sua estrutura, representativa
da estrutura do solo in situ.
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2.4 - CUIDADOS A SEREM TOMADOS E DIMENSIONAMENTO
DA AMOSTRA
Para uma amostra indeformada deve-se partir das dimensões dos corpos de
prova e assim chegar-se ao número e às dimensões necessárias de cada
bloco.
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Tabela 2.1 – Quantidade de solo para os ensaios de compactação e
caracterização
Na amostragem de bloco, este deve ter forma cúbica com lados variando
entre 20 e 30cm, o que permitirá a retirada de 9 a 18 C. P. (corpos de
prova), com 5,0 cm de diâmetro e 12,5 cm de altura, desde que o solo esteja
em boas condições.
O bloco não deverá ter lado menor do que 20,0 cm, pois isso diminuirá e
muito o número de corpos de prova com as dimensões já citadas, nem
deverá ter dimensão maior do que 30,0 cm, pois isso aumentará o seu peso,
dificultando o manuseio em campo e no laboratório, com um risco maior de
alteração estrutural.
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2.5 - ANÁLISE TÁCTIL VISUAL DO MATERIAL COLETADO
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Em função do tamanho das partículas, os solos podem ser divididos em dois
grupos: solos grossos ou materiais granulares (areias e pedregulhos) e solos
finos (argilosos e siltosos), propriamente ditos.
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EQUIPAMENTOS E ACESSORIOS
Esses testes são simples e um tanto rudimentares, contudo eles são de valor
inestimável, por isso devem ser feitos com critério. A análise visual e Tátil
consta essencialmente de identificar:1 – a ocorrência ou não de matéria
estranha ao solo (raízes, pequenas conchas, matéria orgânica, etc.); 2 – a
cor natural da amostra; 3 – o teor de umidade; 4 – materiais reconhecíveis,
no caso de solo granular; 5 – odores estranhos; 6 – granulometria.
Essa sequência é praticamente simultânea e praticamente não exige
equipamento, exigindo sim, uma grande experiência no reconhecimento e
trato com o solo. Com excessão da granulometria, todas as observações
são imediatas. A classificação granulométrica usando-se equipamentos
simples, além do tato, visão e experiência, é a mais difícil e por isso existem
alguns testes básicos que são usados como procedimento de rotina no
reconhecimento das amostras.
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• as areias são ásperas ao tato, apresentam partículas visíveis a olho nu e
permitem muitas vezes o reconhecimento de minerais;
• o silte é menos áspero do que a areia, mas perceptível ao tato. Entre siltes
grossos e areia fina, a distinção é praticamente impossível, a não ser com o
auxílio de outros testes;
Faz-se uma pasta de solo com água e esfrega-se na palma das mãos,
colocando-se, em seguida, sob água corrente:
• o solo mais siltoso só se limpa depois que bastante água correu sobre as
mãos, sendo necessário sempre alguma fricção para a limpeza total;
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E. Teste de dispersão em água
Para esse teste, o solo deve estar completamente desagregado, e por isso,
devem-se desfazer os torrões com o auxílio de almofariz e da mão de
borracha.
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3. CAPÍTULO 3 – Índices Físicos
CAPÍTULO 3
Índices Físicos
Numa massa de solo, podem ocorrer três fases: a fase sólida, a fase gasosa e
a fase líquida. A fase sólida é formada pelas partículas minerais do solo, a
fase líquida por água e a fase gasosa compreendem todo o ar existente nos
espaços entre as partículas. Portanto, o solo é um sistema trifásico onde a
fase sólida é um conjunto discreto de partículas minerais dispostas a
formarem uma estrutura porosa que conterá os elementos constituintes das
fases líquida e gasosa. A Figura 3.1 apresenta um esquema de uma amostra
de solo em que aparecem as três fases tal qual na natureza e esta amostra
com suas fases separadas para atender a uma conveniência didática de
definição dos índices físicos.
GASOSA
LÍQUIDA
SÓLIDA
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VOLUME MASSA VOLUME MASSA
(a) (b)
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Os índices físicos são definidos como grandezas que expressam as
proporções entre pesos e volumes em que ocorrem as três fases presentes
numa estrutura de solo. Estes índices possibilitam determinar as
propriedades físicas do solo para controle de amostras a serem ensaiadas e
nos cálculos de esforços atuantes.
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É importante ressaltar que alguns autores preferem apresentar as relações
em forma de peso, donde é necessário atentar-se para a transformação do
parâmetro massa-peso, bem como as unidades de medida dos mesmos.
Por exemplo, uma pessoa com a massa igual a 57 kg possui o seguinte peso
na terra:
e = Vv/Vs
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Figura 3.3- Equipamento para execução do ensaio de índice de vazios.
b) Porosidade (η)
É a relação entre o volume dos vazios (Vv) e o volume total (V) da amostra,
tem-se:
η = e / (1 + e) ou e = η / (1 - η)
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Tabela 3.1- Classificação da porosidade e do índice de vazios nos solos
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Um objeto oco pode ter densidade muito diferente da massa específica do
material que os compõem, a exemplo os navios. Embora a massa específica
do aço seja maior do que a massa específica da água, a densidade de um
navio - assumido uma estrutura "fechada", é certamente menor do que a da
água. De um modo geral, o conceito de massa específica é empregado
quando temos corpos homogêneos, enquanto que o conceito de densidade é
empregado quando temos corpos heterogêneos, como é o caso do solo que
possui em sua composição vários tipos de minerais, fluidos (em geral água)
e gases (geralmente ar).
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Como as unidades de volume geralmente são expressas em cm³ (centímetro
cúbico) ou m³ (metro cúbico), então a transformação de Massa Específica
(ρ) para Peso Específico (γ) é dado por:
Exemplo:
Obs2.: Sempre quando for apresentado valor inferior a 10, ou seja, valores
entre 0,1 e 9,9999 estes correspondem à Massas Específicas (dado em
g/cm³). Quando os valores forem superiores à 10, esses são relativos aos
Pesos Específicos (dado em kN/m³)
É a relação entre o peso total (P) e o volume total da amostra (V) para um
valor qualquer do grau de saturação, diferente dos extremos, e utilizando-se
a simbologia da Figura 3.2, será calculado como:
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PARA AMOSTRA COM FORMA INDEFINIDA
Para uma amostra de forma não-definida, utiliza-se o recurso da
Lei de Arquimedes para determinação do volume.
É a relação entre o peso dos sólidos (Ps) e o volume total da amostra (V),
para a condição limite do grau de saturação (limite inferior - Sr = 0%), tem-
se:
É a relação entre o peso total (P) e o volume total (V), para a condição de
grau de saturação igual a 100%, tem-se:
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Em nenhuma das condições extremas levou-se em consideração a variação
do volume do solo, devido ao secamento ou saturação.
É a relação entre o peso dos sólidos (Ps) e o volume dos sólidos (Vs),
dependendo dos minerais formadores do solo, tem-se:
O valor do peso específico dos sólidos representa uma média dos pesos
específicos dos minerais que compõem a fase sólida. A Tabela 3.3 apresenta
o intervalo de variação do peso específico dos sólidos de diversos tipos de
minerais.
Tabela 3.3 - Valores de peso específico real dos grãos de alguns tipos de
minerais.
γw = Pw/Vw
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Nos casos práticos adota-se o peso específico da água como: 1g/cm³ =
10kN/m³ = 1000kg/m³.
É a razão entre o peso especifico real dos grãos (γs) e o peso específico da
água a 4°C (geralmente 1,03 g/cm³ ou 10,3 kN/m³)
G = γs/γw
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sat d sub
s Sr e n w
0<Sr<100% Sr=100% Sr=0% Sr=100%
Sr . w . s d
d 1 w s 1 w s e w Sr .e. w s. d .w s.w s.w
--------- e s. d
1 e 1 e w w s d Sr . w Sr . w s.w
Vv Vv Vw Mw Ms
e n Sr w s sub sat 10kN / m3
Vs V Vv Ms Vs
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3.4 - DETERMINAÇÃO EXPERIMENTAL DOS ÍNDICES
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Frasco
Areia padrão
Registro
Placa de metal
Cone
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O teor de umidade (w) é calculado de acordo com a expressão:
onde:
P = peso total da amostra
Ps = peso seco
Pw = peso da água
Pc = peso da cápsula (ou tara da cápsula)
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3.4.3 - DETERMINAÇÃO DO PESO ESPECÍFICO REAL DOS
GRÃOS (γS)
634,0
Massa (g)
632,0
630,0
0,0 5,0 10,0 15,0 20,0 25,0 30,0 35,0 40,0
Temperatura (oC)
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O peso de água correspondente ao volume deslocado pelos grãos (sólidos)
será:
Peso do Picnômetro = P1
Peso do Picnômetro+Solo = P2
Peso do Picnômetro+Solo+Água = P3
Peso do Picnômetro+Água = P4 (obtido na curva de calibração do balão
volumétrico)
Assim:
𝑃2 − 𝑃1
𝑃4 − 𝑃1 − (𝑃3 − 𝑃2)
s = em g/cm³
P = 29,0g
Ps = 19,6g
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γw = Pw/Vw 1,0 g/cm³ = 10,2g/Vw Vw = Vv = 10,2 cm³
Vs = V - Vw = 17,4 - 10,2 = 7,2 cm³ (não apresenta ΔV com o secamento)
w = Pw/Ps = 10,2/19,6 = 52%
γs = Ps/Vs = 19,6/7,2 = 2,72 g/cm³
ei = Vvi/Vs = 10,2/7,2 = 1,42
Vvf = Vf - Vs = 10,5 - 7,2 = 3,3 cm³
ef = Vvf/Vs = 3,3/7,2 = 0,46
γdi = Ps/V = 19,6/17,4 = 1,13 g/cm³
γdf = Ps/Vf = 19,6/10,5 = 1,87 g/cm³
ηi = Vvi/Vi = 10,2/17,4 = 58,6%
ηf = Vvf/Vf = 3,3/10,5 = 31,4%
Onde Ms = Mt/(1+w)
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MASSA ESPECÍFICA DOS GRÃOS
Picnômetro nº 1 2 3
Temperatura (ºC) 38,50 26,50 22,00
Picnômetro (g) - P1 9,00 28,00 27,00
Picnômetro+Solo(g) - P2 78,56 97,56 96,56
Pic.+Solo+Água (g) - P3 671,00 677,00 678,00
Pic. + Água (g) - P4 (obtido pela
627,75 633,58 634,68
curva de calibração do picnômetro)
γs (g/cm³) 2,64 2,66 2,65
γsmédio = 2,65
Observar para que cada valor de peso específico determinado não difira
da média em mais que 0,02 g/cm³. Caso isso ocorra desprezar esta leitura
e fazer à média das demais.
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EXERCÍCIO 3 - Uma amostra de solo seco tem índice de vazios e = 0,65 e
peso específico real dos grãos γs= 25 kN/m³. (a) Determine seu peso
específico natural (γ). (b) em seguida foi adicionada água a amostra até
atingir o grau de saturação S = 60%. O valor do índice de vazios não
mudou. Determinar o teor de umidade (w) e o peso específico natural (γ).
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vazios, pois o enunciado traz a informação de que o solo está saturado.
Logo Vv=Vw=0,47cm³
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aterro; (b) Quantas viagens de caminhões caçamba de 6m³ de capacidade
serão necessárias para executar o aterro.
JAZIDA ATERRO
NATURAL SOLTO (escavado) ecompact = 0,70
enat 0,398 esolto=0,802 Vtcompact=210.000m³
w=30% w=30% w = 30%
γs=2,6g/cm³ γs=2,6g/cm³ γs=2,6g/cm³
RESPOSTA
e = (γs/ γd)-1 e = (γs/ γd)-1 e = (γs/ γd)-1
γd=1,86g/cm³ γd=1,44g/cm³ γd=1,53g/cm³
γnescav= γd(1+w) γnsolto= γd(1+w) γncompact= γd(1+w)
γnescav = 2,42g/cm³ γnsolto = 1,87g/cm³ γncompact = 1,99g/cm³
50
Resposta: w = 46,17%; Vs = 39,38 cm³; Vw = 50 cm³; S = 89,41%; γd =
1,14 g/cm³; γsat=1,66g/cm³, γsub = 0,66g/cm³
51
Admitindo Sr = 100%, determinar w e γsat. Pela correlação Sr. e = γs . w,
temos que w = 29,59% γsat = γs(1+w)/(1+e) γsat = 1,93g/cm³
Umidade: - peso úmido = 7,79 g; peso seco = 6,68 g; Peso específico real
dos grãos = 2,67g/cm³
Calcule para esta amostra: teor de umidade, peso dos sólidos, peso de água,
volume dos sólidos, volume de vazios, índice de vazios, porosidade e grau
de saturação.
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Se Mt = 17,5 e Ms = 16,51, então Mw = 0,99KN.
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4. CAPÍTULO 4 – Textura e Estrutura dos Solos
CAPÍTULO 4
De uma forma geral, pode-se dizer que quanto maior for a relação
área/volume ou área/massa das partículas sólidas, maior será a
predominância das forças elétricas ou de superfície. Estas relações são
inversamente proporcionais ao tamanho das partículas, de modo que os
solos finos apresentam uma predominância das forças de superfície na
influência do seu comportamento. Conforme relatado anteriormente, o tipo
de intemperismo influencia na textura e estrutura do solo. Pode-se dizer que
partículas com dimensões até cerca de 0,001mm são obtidas através do
intemperismo físico, já as partículas menores que 0,001mm provém do
intemperismo químico.
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outras, resultando em arranjos com maiores ou menores quantidades de
vazios. Os solos grossos possuem uma maior percentagem de partículas
visíveis a olho nu (0,074 mm) e suas partículas têm formas
arredondadas, poliédricas e angulosas.
4.1.1.1 - PEDREGULHOS
4.1.1.2 - AREIAS
As areias se distinguem pelo formato dos grãos que pode ser angular,
subangular e arredondado, sendo este último uma característica das areias
transportadas por rios ou pelo vento. A forma dos grãos das areias está
relacionada com a quantidade de transporte sofrido pelos mesmos até o
local de deposição. O transporte das partículas dos solos tende a arredondar
as suas arestas, de modo que quanto maior a distância de transporte, mais
esféricas serão as partículas resultantes. Classificamos como areia as
partículas com dimensões entre 2,0mm e 0,074mm (DNER), 2,0mm e
0,05mm (MIT) ou ainda 2,0mm e 0,06mm (ABNT). As areias de acordo
com o diâmetro classificam-se em: areia fina (0,06 mm a 0,2 mm), areia
média (0,2 mm a 0,6 mm) e areia grossa (0,6 mm a 2,0 mm). O formato
dos grãos de areia tem muita importância no seu comportamento mecânico,
pois determina como eles se encaixam e se entrosam, e, em contrapartida,
como eles deslizam entre si quando solicitados por forças externas. Por
outro lado, como estas forças se transmitem dentro do solo pelos pequenos
contatos existentes entre as partículas, as de formato mais angulares, por
possuírem em geral uma menor área de contato, são mais susceptíveis a se
quebrarem.
55
4.1.2 - SOLOS FINOS
Nos solos formados por partículas muito pequenas, as forças que intervêm
no processo de estruturação do solo são de caráter muito mais complexo e
serão estudadas no item composição mineralógica dos solos. Os solos finos
possuem partículas com formas lamelares, fibrilares e tubulares e é o
mineral que determina a forma da partícula. As partículas de argila
normalmente apresentam uma ou duas direções em que o tamanho da
partícula é bem superior àquele apresentado em uma terceira direção. O
comportamento dos solos finos é definido pelas forças de superfície
(moleculares, elétricas) e pela presença de água, a qual influi de maneira
marcante nos fenômenos de superfície dos argilo-minerais.
4.1.2.1 - ARGILAS
4.1.2.2 - SILTES
56
Figura 4.1 - Escalas granulométricas adotadas pela A.S.T.M., A.A.S.H.T.O,
M.I.T. e ABNT
57
4.2 - ANÁLISE GRANULOMÉTRICA
58
4.2.2 - PROCESSO DE PENEIRAMENTO
59
Figura 4.2 – Série de peneiras de abertura de malhas conhecidas e
peneirador automático (ABNT/NBR 5734/80).
60
Exemplo 1: A planilha abaixo apresenta o resultado do processo de
peneiramento de um ensaio de granulometria de uma areia média.
61
62
Para o ensaio foram realizadas duas determinações. Uma com peso total de
sólidos, Ps1ª = 1023,10g e outra com Ps2ª = 1080,00g, usando-se a série de
peneiras indicada na planilha. As aberturas dessa série de peneiras estão
também apresentadas, onde:
63
Figura 4.3 – Curva granulométrica do ensaio realizado.
64
4.2.3 - PROCESSO POR SEDIMENTAÇÃO
Para os solos finos, siltes e argilas, com partículas menores que 0,075mm
(#200), o cálculo dos diâmetros equivalentes será feito a partir dos
resultados obtidos durante a sedimentação de certa quantidade de sólidos
em um meio líquido.
s w 2
v xD onde:
1800.
v = velocidade de queda
γs = peso específico real dos grãos - g/cm³
γw = peso específico do fluído - g/cm³
μ = viscosidade da água - g . s/ cm2
D = diâmetro equivalente (mm)
A equação anterior foi obtida para o caso de uma esfera de peso específico
bem definido caindo em um meio liquido indefinido, e certamente estas não
são as condições existentes no ensaio de sedimentação. As partículas não
são esféricas e o número delas é grande, o peso específico dos sólidos não é
único e o espaço utilizado é limitado, podendo ocorrer influência das
paredes do recipiente, bem como de uma partícula sobre as outras. A fim de
minimizar os erros devido às diferenças entre teoria e prática, alguns
cuidados devem ser tomados durante o ensaio. Primeiro não se deve ter uma
suspensão com uma concentração de sólidos, (peso de sólidos/volume da
suspensão) muito alta; segundo, para que não ocorra floculação e permita a
descida individual das partículas, deve-se adicionar um defloculante à
suspensão. Terceiro, a realização do ensaio fica restrito às partículas com
diâmetro entre 0,2 e 0,0002mm, para se evitar o problema da turbulência
gerada pela queda de partículas grandes e o movimento Browniano que
afeta partículas muito pequenas.
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A velocidade de queda de uma partícula, com diâmetro “D”, é obtida de
forma indireta, como descrita a seguir. Na Figura 4.4, estão ilustrados dois
instantes da suspensão, à esquerda para o tempo t = 0, quando uma partícula
“B”, com diâmetro “D”, se situa no topo da suspensão e à direita depois de
decorrido um tempo “t” e tendo a partícula percorrido uma distância “z” a
uma velocidade uniforme “v = z/t”. Partículas com diâmetros maiores ou
menores do que “D” terão percorrido, nesse tempo “t”, distâncias maiores
ou menores do que “z”, com velocidades diferentes, independentemente de
suas posições iniciais. Pode-se assim afirmar que acima do ponto “B”, todas
as partículas terão diâmetros menores do que “D”, que será calculado pela
equação:
1800. z
D x
s w t
66
Figura 4.5 – Determinação da distância “z”
s w Ps
w x
s V
Onde: Ps é o peso dos sólidos utilizado no ensaio e V é o volume da
suspensão.
s w Psn
Susp( z, t ) w x
s V
A porcentagem de partículas com diâmetros menores do que “D” é igual a:
67
Psn( z, t )
% Dzt
Ps e portanto
s v
% Dzt x x( L w) xN , a parcela ( L w) deve ser
s w Ps
L L
substituída por , no restante Yw continua normal.
w Ld
Onde: γsusp (γL) será obtido, em cada instante, com o uso de um
densímetro e N é a porcentagem de partículas que passam na peneira nº 10.
Calculados os pares de valores D, (%<D) tem-se a condição de traçar a
curva do solo.
68
Exemplo 2: a planilha abaixo mostra os resultados do ensaio de
granulometria do solo residual das Minas de calcáreo, utilizando como
normativa a NBR 7181/82.
69
70
4.3 - CÁLCULOS DO ENSAIO DE GRANULOMETRIA
71
- porcentagem total acumulada passando na peneira de 2,0mm:
Sedimentação:
72
- porcentagem total acumulada passando na peneira de 0,075mm:
Determinação da viscosidade:
- peso específico real dos grãos (γs) = 2,785 g/cm³ (Ensaio de peso
específico - NBR 6508).
73
onde L = leitura realizada no densímetro z = 204,8 – 185 . 1,0320 = 13,88
cm
0,0747mm (%<D)
74
Obs.: Notar que W = Peso e a parcela ( L w) deve ser substituída por
L L
, no restante Yw continua normal.
w Ld
As coordenadas de um ponto da curva granulométrica são:
4.4.1 - TEXTURA
75
A experiência indica que a textura, ou seja, a distribuição granulométrica é
muito importante nos solos grossos (granulares). Nestes solos a distribuição
granulométrica pode revelar o comportamento referente às propriedades
físicas do material.
Três parâmetros são utilizados para dar uma informação sobre a curva
granulométrica:
D60
Cu
D10
76
2
D30
Cc
D60 D10
100
90
80
1
70
% que passa
60
3 1 - Graduação descontínua
50 2
40
30
20
10 2 - Bem graduado
0
0,0001 0,001 0,01 0,1 1 10 100
Diâmetro dos grãos (mm) 3 - Graduação uniforme
77
Exemplo 3: Na figura abaixo, estão mostradas curvas granulométricas de
solos e materiais granulares.
78
(1) argila siltosa de alta plasticidade. (2) argila siltosa de alta
plasticidade
(3) argila siltosa medianamente plástica (4) argila siltosa com areia
(5) solo residual “Chumbinho” (6) areia fina a média
(7) areia média (8) areia média a grossa
(9) areia grossa
4.5 - COMPACIDADE
emáx enat
GC
emáx emín
79
Compacidade índice de vazios
Compacto Fofo
onde:
V = volume do recipiente ; Ps = peso do solo seco ; γs = peso específico
real dos grãos
Classificação DR ou CR
80
Além disso, é possível encontrar valores típicos para solos brasileiros,
conforme mostrado na tabela abaixo.
81
A forma mais comum, das partículas dos argilo-minerais formadores dos
solos argilosos é a laminar onde predominam duas dimensões, largura e
comprimento, sobre a espessura.
82
solos bem graduados, ou seja, com uma ampla gama de tamanho de
partículas, apresentam melhor comportamento em termos de resistência e
compressibilidade que os solos com granulometria uniforme (todas as
partículas têm o mesmo tamanho).
83
5. CAPÍTULO 5 – Plasticidade e Consistência dos Solos
CAPÍTULO 5
84
umidade limite que foram definidos como limites de consistência ou limites
de Atterberg.
Uma massa de solo argiloso no estado líquido (por exemplo, lama) não
possui forma própria e tem resistência ao cisalhamento nula. Retirando-se
água aos poucos, por secamento da amostra, a partir de um teor de umidade
esta massa de solo torna-se plástica, quando para um teor de umidade
constante poderá ter sua forma alterada, sem apresentar uma variação
sensível do volume, ruptura ou fissuramento. Continuando o secamento da
amostra, atinge-se um teor de umidade no qual o solo deixa de ser plástico e
adquire a aparência de sólido, mas ainda apresentando uma variação de
volume para teores de umidade decrescentes, porém mantendo-se saturado,
se encontrando no estado semi-sólido. Finalmente, a partir de um teor de
umidade, amostra começará a secar, mas a volume constante, até o
secamento total, tendo atingido o estado sólido. A Figura 5.1 mostra o
descrito anteriormente, lembrando que ΔV = Vo – Vf é igual ao volume de
água da amostra, perdido por secamento, para se passar do estado líquido ao
sólido.
85
Figura 5.1 - Estados e limites de consistência.
Limite de Limite de
Argilo- Limite de
Liquidez Plasticidade
minerais Contração (LC%)
(LL%) (LP%)
86
5.2 - DETERMINAÇÃO EXPERIMENTAL DOS LIMITES DE
CONSISTÊNCIA
87
10,0 mm, interrompendo-se o ensaio nesse instante e anotando-se o número
de golpes necessários para o fechamento da ranhura.
88
Figura 5.4 – Gráfico de Limite de Liquidez
89
com 3mm de diâmetro, conforme está representado na Figura 5.5. O ensaio
inicia-se rolando, sobre a face esmerilhada da placa, uma amostra de solo
com um teor de umidade inicial próximo do limite de liquidez, até que, duas
condições sejam, simultaneamente, alcançadas: o rolinho tenha um diâmetro
igual ao do cilindro padrão e o aparecimento de fissuras (início da
fragmentação). O teor de umidade do rolinho, nesta condição, representa o
limite de plasticidade do solo. O ensaio é normalizado pela NBR 7180/82.
90
Verificamos se existe algum valor que se afasta mais que 5% da média
calculada;
Sim: O valor é retirado e calculada um novo valor de LP;
Não: O valor de LP é mantido
Exemplo:
LP = (22,3+24,2+21,8+22,5)/4 = 22,7%
91
5.2.4 - ÍNDICE DE CONSISTÊNCIA (IC)
LL w
IC
LL LP , onde: SE w = LL, então IC = 0 ; SE w = LP,
então IC = 1 ; SE w < LP, então IC >1.
Índice de
Consistência
Consistência
92
- duras: as que não podem ser moldadas pelos dedos e que, ao serem
submetidas o grande esforço, desagregam-se ou perdem sua estrutura
original.
Esse índice é unitário para solos com teor de umidade natural igual ao limite
de liquidez, e zero para solos que tem umidade natural igual ao limite de
plasticidade.
93
5.2.6 - GRÁFICO DE PLASTICIDADE (CARTA DE
CASAGRANDE)
94
Tabela 5.4 e a Figura 5.7.
Cc 0,009.LL 10
Quanto maior Cc, maior será a possibilidade do solo ser compressível e
sofrer recalques.
95
possível observar que quanto maiores forem os valores de LL, maiores
serão os valores de Cc; tratando assim de materiais altamente coesivos que
por sua vez possuem altos valores de compressibilidade e probabilidade de
recalcar. A figura abaixo ilustra a necessidade de determinação e
conhecimento desse parâmetro para bom desempenho das estruturas.
Com o recalque,
Alicerce colocado surgem muitas trincas
diretamente sobre
aterro
O terreno superficial
tem folhas e raízes e
cede com facilidade
96
6. CAPÍTULO 6 – Classificação e Identificação dos Solos
CAPÍTULO 6
97
A seguir, serão descritos o Sistema de Classificação Textural, o Sistema
Unificado de Classificação dos Solos, o Sistema H.R.B., o Sistema de
Classificação dos Solos Tropicais (MCT) e Classificação Táctil e Visual.
98
Se duas frações, não predominantes, se equivalerem em termos percentuais,
o nome do solo continua ser o da fração predominante adjetivado pelas duas
outras, conforme exemplo. Se as frações silte e argila, do exemplo anterior,
se equivalessem, com leve predominância da fração silte, o solo passaria a
receber o seguinte nome: areia fina silto-argilosa.
Peneira # 200
(0,075mm)
% passante % passante
< 35% - grosso > 35% - fino
A-1, A-2 e A-3 A-4, A-5, A-6 e A-7
Figura 6.1 – Sistema de classificação H.R.B - Rodoviário
99
A determinação do índice de grupo baseia-se nos limites de Atterberg (LL e
IP) do solo e na porcentagem de material fino que passa na peneira número
200 (0,075mm). Seu valor é obtido utilizando a seguinte expressão:
onde:
c = LL - 40% (0 - 20)
d = IP - 10% (0 - 20)
100
Tabela 6.1 – Sistema de Classificação HRB – Fração Grossa
101
A-2-5 - finos siltosos de alta compressibilidade
A-2-6 - finos argilosos de média plasticidade
A-2-7 - finos argilosos de alta plasticidade
Com relação à fração fina, os solos finos foram divididos em quatro grupos,
A4, A5, A6 e A7, apresentados na Tabela abaixo.
102
Tabela 6.2 – Sistema de Classificação HRB – Fração Fina
103
Grupo A5 - Solos siltosos com pequena quantidade de material grosso e
argila, rico em mica e diatomita (alta compressibilidade LL > 40%)
Cada tipo de solo terá um símbolo e um nome. Os nomes dos grupos serão
simbolizados por um par de letras. Onde o prefixo é uma das subdivisões
ligada ao tipo de solo, e o sufixo, às características granulométricas e à
plasticidade.
104
Principal
Complementar
Peneira # 200
(0,075mm)
% passante % passante
< 50% - grosso > 50% - fino
G ou S M, C ou O.
Figura 6.3 – Divisão da graduação a partir do sistema unificado.
105
Tabela 6.3 – Sistema de Classificação Unificada dos Solos (S.U.C.S)
106
6.3.1 - SOLOS GROSSOS
107
Tabela 6.4 – Fluxograma para classificação de pedregulhos.
108
Tabela 6.5 – Fluxograma para classificação de Areias.
109
6.3.2 - SOLOS FINOS
Nesta divisão, foram colocados os solos que tem uma porcentagem maior
ou igual a 50%, de partículas com tamanho menor do que 0,075mm
(passando na # 200). Estes solos, siltes e argilas, foram inicialmente
separados em função do limite de liquidez: menor que 50% e maior ou igual
a 50%. Cada uma destas subdivisões leva em conta a origem inorgânica ou
orgânica do solo. Para a definição de origem orgânica deverão ser
realizados dois ensaios de limite de liquidez: um com o solo secado em
estufa, (LL)s, e o outro nas condições naturais, (LL)n. Se a relação
(LL)s/(LL)n < 0,75 o solo deverá ser considerado orgânico.
A quinta região é a hachurada, onde o solo deverá ter o símbolo duplo, CL-
ML, representando solos LL < 50% e 4 ≤ IP ≤ 7. O gráfico de plasticidade
deverá ser usado na classificação, tanto dos solos finos quanto da fração
fina dos solos grossos.
110
Figura 6.4 – Gráfico de Plasticidade
111
Tabela 6.6 – Fluxograma para classificação de solos finos com baixa
plasticidade.
112
Tabela 6.7 – Fluxograma para classificação de solos finos com alta
plasticidade.
113
6.4 - SOLOS ALTAMENTE ORGÂNICOS
São solos com alto índice de vazios, muito compressíveis e baixa resistência
ao cisalhamento. Em condições normais, não são utilizados como fundação
nem como material de empréstimo. Os solos altamente orgânicos são,
normalmente, designados por turfosos e simbolizados por Pt.
A cada uma das regiões foi associado um símbolo, duas letras, onde a
primeira letra “N” ou “L” indica o comportamento não laterítico ou
laterítico do solo e a segunda A, A‟, G‟, S‟ completam a classificação
conforme mostrado na figura. Há também referência ao tipo de mineral
encontrado no solo. Neste gráfico os solos coesivos estão localizados à
direita e os não coesivos à esquerda.
114
O gráfico foi montado utilizando-se de variáveis extraídas dos resultados do
ensaio de Mini-MCV (Mini - Moisture Condition Value) de forma que
todas as regiões tivessem a mesma área. A primeira variável usada como
abscissa e simbolizada por C‟ representa a inclinação do trecho reto da
curva Mini - MCV para 10 golpes e em ordenadas estão colocadas os
valores e‟, calculados pela equação:
Esta classificação é feita de tal forma que a maioria dos solos possam se
enquadrar em três grupos (granulação grossa, granulação fina e altamente
orgânica), através de um exame visual e alguns ensaios simples de campo.
115
Tabela 6.8 - Características relativas às fundações de pavimentos
116
Figura 6.5 – Gráfico de classificação MCT e principais propriedades dos
grupos dessa classificação.
117
a) ensaio de dilatância;
b) ensaio de plasticidade;
118
- os solos de pouca resistência seca (desagregam-se imediatamente com
pequeno esforço -solos siltosos);
119
6.7 - EXERCÍCIOS
120
EXERCÍCIO 2 - Os dados obtidos no laboratório para determinação de
umidade natural, do limite de liquidez e do limite de plasticidade de uma
amostra de argila foram os seguintes:
121
EXERCÍCIO 3- O solo de uma jazida para uso de uma obra de terra tem as
seguintes características: LL = 60% e LP = 27%. O teor de umidade natural
do solo é de 32%. Determine:
a) o índice de plasticidade,
Respostas:
4) IP A = NP; IP B =15 e IP C = 30
122
7. CAPÍTULO 7 – Compactação dos Solos
CAPÍTULO 7
(a) (b)
Figura 7.1 – Diferença entre solo (a) Sem compactação (b) compactado
123
A compactação é um processo de estabilização de solos utilizado em
diversos tipos de obras de engenharia - Aterros Rodoviários e Barragens De
Terra, onde o solo é o próprio material resistente ou de construção.
Energia de
compactação
+ água =
124
É importante ressaltar que o índice de vazios final é função do tipo de solo
(arenoso, siltoso, argiloso) e da energia aplicada no processo de
compactação.
125
A primeira contribuição significativa ao estudo da compactação foi dada por
Ralph Proctor, em 1933;
Para uma energia fixa, a massa específica seca aumenta com o teor de
umidade até atingir um valor máximo, a partir do qual começa a decrescer.
A figura abaixo mostra como essa relação se dá, por meio de um gráfico.
wot w (%)
126
O fenômeno de compactação pode ser explicado pela grande influência que
a água intersticial exerce, principalmente, sobre o comportamento dos solos
finos.
127
Martelo
(soquete)
P . H .n. N
Ec , onde:
V
128
Tabela 7.1 – Energias de Compactação utilizadas nos ensaios.
129
Soquete manual
Proveta graduada
Cilindro
Cápsulas
Amostra de solo
Colher
Figura 7.5 – Ensaio de compactação: (A) visão geral dos equipamentos; (B)
adição e mistura de água ao solo
130
Figura 7.7 – Ensaio de compactação: (E) Pesagem do conjunto
Solo+água+cilindro; (F) retirada de amostra para determinação da umidade.
d
1 w onde w = umidade a qual o solo foi compactado; γ =
densidade natural do material após compactação; γd = densidade aparente
seca após compactação
131
Tabela 7.2 – valores típicos de densidade após compactação.
s . S r . w
d
S r . w s .w Onde:
132
1,8
1,7
d (kg/m³)
1,6
1,5
1,4
1,3
14 16 18 20 Wot 22 24 26
W (%)
1,8
x
1,6
1,5
1,4
1,3
14 16 18 20 Wot 22 24 26
W (%)
133
LOCAL UNIV. FEDERAL TOCANTINS AMOSTRA Nº 3
SOLO CASCALHO LATERÍTICO COM ARGILA E SILTE
PROF. 1,50 m DATA 02/05/15
S 2,674 g/cm3 OPER. -
Determ. nº 1 2 3 4 5
Variando Sr = Vw / Vv e sendo
Cápsula nº 19 9 7 3 13
Sólidos+Tara+Água g 122,10 103,20 121,76 111,15 117,25
s . S r . w
d g/cm3
e --- 0,70 0,58 0,47 0,48 0,53
Sr % 42,9 59,5 83,6 91,5 91,5
A seguir é apresentado o resultado completo de um ensaio de compactação,
S r . w s .w , podemos traçar curvas
com diferentes graus de saturação, como 70%, 80%, 90%, conforme
134
1.90
Sr = 100%
1.85 dmáx = 1,825 g/cm³
1.80
1.75
d (g/cm3 )
1.70
1.65
1.60
1.55
1.50
11 12 13 14 15 16 17 18 19
w (%)
Wót = 15,4%
Para Sr = 100%
w% yd
15,5% 1,89
16% 1,87
16,5% 1,86
17% 1,84
17,5% 1,82
18% 1,81
18,5% 1,79
19% 1,77
135
A determinação da curva de saturação (Sr = 100%) do exemplo anterior, foi
calculado da seguinte maneira:
s . w
d
w s .w ,
variando os valores de umidade, encontra-se então os
respectivos valores de d, conforme mostrado na tabela ao lado do gráfico
da Figura 7.10.
0,80
0,70
0,60
índice de vazios
0,50
0,40
0,30
0,20
0,10
0,00
10,0 11,0 12,0 13,0 14,0 15,0 16,0 17,0 18,0 19,0 20,0
Umidade (%)
136
É possível notar que a concavidade da curva de índice de vazios é
exatamente o oposto da curva de compactação, isso é explicado pelo fato de
que o índice de vazios é substancialmente reduzido até que se chegue ao
ponto ótimo de compactação, isso devido ao aumento de massa de sólidos
por unidade de volume, com auxílio de acréscimos de água que ajudam na
aproximação das partículas. A partir daí, o índice de vazios começa a
aumentar, pois a quantidade de água também está sendo elevada, e sabe-se
que a água é considerada um “vazio”, portanto, quanto mais água e menos
partículas sólidas, maior será o índice de vazios.
d modificado
Sr=100%
intermediário
normal
Linha das máximas
137
granulometria e plasticidade. As curvas da Figura 7.13 ilustram este fato
mostrando curvas de compactação obtidas, em amostras de vários solos
brasileiros, no ensaio normal de compactação.
138
Figura 7.13 – Curvas de compactação típicas de alguns solos brasileiros.
(Pinto, 2006)
139
O amassamento é o processo que combina a força vertical com uma
componente horizontal, oriunda de efeitos dinâmicos de movimento do
equipamento ou eixos oscilantes. A resultante das duas forças conjugadas
provoca uma compactação mais rápida, com menor número de passadas.
140
minuto e com determinada amplitude de oscilação do material constituinte
do terreno e a frequência utilizada é dita frequência de ressonância.
141
Rolo pé-de-carneiro
Rolos pneumáticos
142
Placas vibratórias
Sapo Mecânico
143
7.4.1 - SELEÇÃO DOS EQUIPAMENTOS DE COMPACTAÇÃO
Para os solos muito coesivos que, além da parcela de atrito interno, possuem
coesão, a vibração não é suficiente para produzir o deslocamento dos grãos,
tornando-se inócua como agente de compactação nesse caso.
144
procurado oferecer máquinas de compactação que se adaptem à maioria dos
solos existentes, tornando mais ampla a sua faixa de aplicação.
Tendo em conta o que foi exposto acima, a conclusão a que se chega é que,
de modo geral, não convêm prefixar o tipo de equipamento para a
realização da compactação de um solo, sendo aconselhável que a escolha
seja feita em função da experiência, testando-se os diversos equipamentos
disponíveis, até a determinação daquele que melhor se adapte às condições
vigentes, conduzindo à compactação de trechos experimentais onde são
testados os diversos equipamentos e ajustados os demais parâmetros que
influem no processo, tais como a espessura da camada solta, o número de
passadas, a velocidade do equipamento, a umidade do solo, o uso de lastro,
etc.
145
Figura 7.14 – Método de escolha do equipamento de compactação.
146
Examinando-se a curva de compactação, verifica-se que nas duas hipóteses,
ainda que o equipamento forneça suficiente energia de compactação, não se
conseguirá atingir o peso específico aparente seco máximo. Será necessário,
então, efetuar-se a correção do teor de umidade pela irrigação das camadas,
na hipótese de o solo estar muito seco, ou pela aeração (revolvimento),
quando se encontra muito úmido.
147
(a) (b)
Figura 7.16 – Homogeneização do solo (a) por escarificação; (b) grades de
discos.
Essa operação deve ser repetida até que se consiga o teor de umidade
desejado. Na falta de equipamentos especiais de gradeamento é aceitável o
emprego de motonoviledoras providas de escarificador e lâmina (Figura
7.17), que em sucessivas operações de escavação, enleiramento e
espalhamento conseguem o mesmo efeito.
148
a energia de compactação com maior número de passadas, como se explica
no item abaixo.
Isso, todavia, só pode ser feito, com segurança, por tentativas, desde que os
outros parâmetros estejam fixados. Por essa razão, recomenda-se a
execução inicial da compactação em trechos experimentais para o ajuste
definido dos fatores, até atingir-se a condição ideal.
149
aterro o peso específico aparente seco máximo, com a umidade ótima. A
essa curva corresponde o número de passadas N que é o mínimo, no caso.
150
7.5.3 - ESPESSURA DA CAMADA
151
atingir a umidade ótima em todo volume da camada, pela percolação
uniforme da água.
152
Chama-se grau de compactação (Gc) à relação:
d campo
GC x 100
d lab
, onde:
γdCampo = peso específico aparente seco “in situ” (no aterro executado).
153
7.6.1 - SEQUÊNCIA CONSTRUTIVA
154
(a) (b)
(c) (d)
Figura 7.19 – (a) Retroescavadeira; (b) trator de esteiras; (c) caminhão
basculante; (d) motoscraper.
(a) (b)
155
Figura 7.20 – (a) solo sendo deixado em leiras; (b) Motoniveladora
adequando a altura do solo.
(a) (b)
156
Figura 7.22 – Compactação do solo em campo.
Também pode ser utilizado o aparelho “speedy moisture test”, que por ser
muito difundido dispensa maiores esclarecimentos. Esse método já foi
devidamente explicado no Capítulo 4.
157
Todavia, o citado aparelho (Figura 7.23) que, em última análise indica a
pressão do gás acetileno produzido na reação química da umidade do solo
com o carbureto de cálcio, necessita de frequentes aferições, para que os
resultados sejam pouco afetados pela sua sensibilidade. Por isso é
conveniente a realização de um ensaio em estufa, a 110°C, para
determinação correta da umidade da amostra e comparando-a com os
resultados do speedy.
158
7.7.2.1 - MÉTODO DO ÓLEO
159
7.7.3 - CONTROLE ESTATISTICO DA QUALIDADE
X
GC campo
X
W campo
__
s
( xi x ) 2
Nota-se que Quanto > plano de amostragem < risco do executante, ou seja,
quanto maior for o número de amostras dentro da região (extensão)
analisada, mais próximo de obter resultados reais estaremos, reduzindo
assim as possibilidades de:
160
Os resultados encontrados após compactação da camada foram analisados
da seguinte forma:
Aceitação: X Ks (mínimo.exigido )
Rejeição: X Ks (mínimo.exigido )
Aceitação:
X Ks mínimo.exigido e X Ks máximo.exigido
Rejeição:
X Ks mínimo.exigido e X Ks máximo.exigido
161
7.8 - EXERCÍCIOS
162
EXERCÍCIO 2 (RESOLVIDO) - Determinação da massa específica
aparente in situ através do método do frasco de areia do solo utilizado como
base em um trecho de uma rodovia.
163
EXERCÍCIO 3 (RESOLVIDO) - Determinação da massa específica
aparentein situ através do método do cilindro de cravação de um solo
utilizado como base em um trecho de uma rodovia.
164
EXERCÍCIO 4 (NÃO RESOLVIDO)
165
166
8. CAPÍTULO 8 – Tensões Geostáticas
CAPÍTULO 8
Tensões Geostáticas
Os esforços no interior das massas de solo são gerados pelas cargas externas
aplicadas e pelo peso próprio do solo (tensões geostáticas).
167
Se a superfície do terreno for horizontal, as tensões totais numa determinada
profundidade são determinadas considerando-se apenas o peso próprio do
solo sobrejacente, ou seja determinação das tensões VERTICAIS (σv).
Areia siltosa
Terceira camada
Segunda camada
sz
Superfície do terreno
P
x
y
P . A.H
z
P
V
Área
sh
sv
sh
z
168
8.2 - PRINCÍPIO DAS TENSÕES EFETIVAS
u0= γw . zw
u0= pressão neutra ou poro-pressão
γw= peso específico da água, tomado igual a 10 kN/m³ = 1g/cm³
zw= profundidade em relação ao nível da água.
169
A força normal P aplicada sobre uma área total A do solo é resistida
parcialmente pelas contatos intergranulares (contatos entre as partículas) e
parcialmente pela água que preenche os vazios do solo.
s’
N'
A
A tensão normal total (σ) é dada por: σ = P/A
P
s
ou mas A e
N' s '
A , resultando então: s s 'u Tensão total =
Tensão efetiva + poropressão
170
Figura 8.4 – Esquema prático para determinação do peso específico
submerso.
MÉTODO 1
Determina-se a TENSÃO TOTAL do maciço
Determina-se a POROPRESSÃO
171
Calcula-se a TENSÃO EFETIVA = TENSÃO TOTAL –
POROPRESSÃO
MÉTODO 2
Determina-se o valor do PESO ESPECÍFICO SUBMERSO =
PESO ESPECÍFICO SATURADO – PESO ESPECÍFICO DA
ÁGUA
Calcula-se diretamente a TENSÃO EFETIVA = PESO
ESPECÍFICO SUBMERSO x ESPESSURA DA CAMADA DE
SOLO
172
8.4 - TENSÕES HORIZONTAIS
Devido ao peso próprio ocorrem também tensões horizontais, que são uma
parcela da tensão vertical atuante:
173
deformações horizontais, o valor do coeficiente de empuxo em repouso
pode ser determinado pela Teoria da Elasticidade:
k0 onde é o coeficiente de Poisson do material
1
O coeficiente de Poisson, ν, mede a deformação transversal (em relação à
direção longitudinal de aplicação da carga) de um material homogêneo
e isotrópico.
Solo ko
Areia fofa 0,55
Areia densa 0,40
Argila de baixa plasticidade 0,50
Argila de alta plasticidade 0,65
Argila pré-adensada 1
Argila Normalmente Adensada 1
174
8.5 - TENSÕES EM SUPERFÍCIES DE TERRENO INCLINADO
175
Figura 8.5 – Superfície do terreno inclinado
Onde:
W = peso do solo
W = γ. B . z N = W . cos i (tensão normal)
B = b0. cos i
W = γ. b0 . cos i . z T = W . sen i (tensão tangencial)
Tensão cisalhante
176
8.6 - CAPILARIDADE DOS SOLOS
177
Para melhor compreensão do fenômeno da capilaridade é possível partir da
ideia de que poros, entre os grãos dos solos, formam canalículos capilares
verticais. Um modelo físico disso é emergir a ponta de um tubo capilar em
água (Figura 8.7). A água subirá até uma “altura de ascensão capilar”, tanto
maior esta altura quanto menor o diâmetro do tubo, tal que a componente
vertical da força capilar (Fc = 2.π.r.Ts) seja igual ao peso da coluna d‟água
suspensa.
Onde:
178
com “d” em cm
Isso faz com que a tensão efetiva realmente atuante seja maior que a total.
Esse acréscimo de tensão proporciona um acréscimo de resistência
conhecido como coesão aparente, responsável, por exemplo, pela
estabilidade de taludes em areia úmida. Uma vez eliminada a ação das
forças capilares (saturação do solo) desaparece este ganho de resistência
(coesão aparente tende a zero).
179
N.T.
Ponto A
Solo 1 N.A.
Ponto B
Solo 2
Ponto C
No Ponto A
No Ponto B
No Ponto C
180
8.7 - EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
Argila saturada
181
-40 -20 0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200 220 240 260 280 300 320 340 360 380
0
-1
-2
-3 Tensão total
-4
-5 Poropressão
-6
-7
-8
-9
-10
-11
-12
-13
-14
-15
-16
-17
-18
-19
-20
182
+2m
ÁGUA APÓS ENCHENTE
Se ocorrer uma enchente que eleve o nível d‟água até a cota +2m acima do
terreno, quais seriam as tensões no contato entre a areia grossa e o solo de
alteração de rocha? Compare os resultados antes e após enchente.
OBS.: Nesse caso, a lâmina de água acima do nível do solo deverá ser
considerada nas tensões totais, além da poropressão!!!!!
A tensão total aumentou, mas a tensão efetiva diminuiu, porque uma parte
da areia superficial, um metro, que estava acima do nível d‟água, ficou
submersa.
183
EXERCÍCIO 3 - Determinar as tensões na profundidade de 0,5m para o
perfil do exercício anterior. Considere que a areia está saturada por
capilaridade.
184
8.8 - É POSSÍVEL CONHECER O PERFIL GEOTÉCNICO DO
SOLO A PARTIR DO GRÁFICO?
Outro ponto a ser notado é que as tensões efetivas, bem como as tensões
totais não apresentam comportamento linear ao longo de toda a
profundidade analisada, com exceção das poropressões. Observa-se que a
partir do ponto (-1m) na primeira linha (laranja) apresenta comportamento
linear ao longo de toda a profundidade, o que indica que essa é a linha das
poropressões, além disso, nota-se que até a cota -1m a poropressão é nula, o
que comprova que o nível da água está a 1m de profundidade.
-2
Nível de transição de
-3 materiais
-4
-5
-6
-7
185
-20 -10 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120 130 140
0
Indicativo de sucção
-1 (poropressão negativa) –
ascensão capilar
-2
Nível de transição de
materiais
-3
-4
-5
-6
-7
Na Figura acima nota-se que a primeira linha tem início na tensão -10 kPa,
o que indica que existe uma camada com ascensão capilar, com 1m de
profundidade. Também é possível notar que a partir de 3m de profundidade,
há uma mudança no material, ou seja, ali é uma zona de transição entre
materiais.
186