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3 2010
APLICAÇÕES DO ELETROMAGNETISMO,
ÓPTICA, ONDAS, DA FÍSICA MODERNA E
CONTEMPORÂNEA NA MEDICINA (2º PARTE)
PACS: 01.40.E
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TEXTOS DE APOIO AO PROFESSOR DE FÍSICA – IF – UFRGS- PARISOTO, M. F. & MORO, J. T.- v 21 n.3.
SUMÁRIO
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Lista de Figuras
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Lista de tabelas
Tabela 1: níveis de kVp para exames convencionais para películas de fluoroscopia. ......................... 18
Tabela 2: vantagens dos dispositivos de CCD na visualização médica. .............................................. 24
Tabela 3: características dos detectores de cintilação. ........................................................................ 77
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Agradecimentos
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Apresentação
Ao investigar as aplicações do Eletromagnetismo, da Óptica, da Física Moderna e
Contemporânea na Medicina, foi possível desenvolver uma proposta alternativa, a qual deu origem a
este material de apoio para ensinar conceitos de Física. Para tanto, foi necessário compreender quais
seriam, especificamente, conteúdos de Ensino Médio que pudessem ser utilizados na Física aplicada
à Medicina e que abordagem(ns) didática(s) poderia(iam) ser potencialmente facilitadora(s) da
aprendizagem significativa nessa área.
A utilização da abordagem pretendida pelo presente material não foi, ainda, muito investigada
na área de Ensino de Física, visto que, nas 43 revistas pesquisadas foram encontrados apenas 50
trabalhos sobre Física aplicada à Medicina e nenhum com o enfoque pretendido no trabalho. As
revistas pesquisadas foram de periódicos qualis A e qualis B, tanto nacionais quanto internacionais,
no período de 2000 a 2009:
O resultado de tal pesquisa originou um minicurso de 30 horas, com um projeto de extensão
intitulado “Aplicações de Eletromagnetismo, Óptica, Física Moderna e Contemporânea na Medicina”
que foi aplicado, até o momento, uma única vez, como estudo piloto para um grupo de 12 alunos e
mais dois professores, todos vinculados a UFRGS. Do grupo de alunos 8 são da Licenciatura em
Física, sendo que destes, 7 são bolsistas do PIBID (Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à
Docência), um da Geologia, um da Engenharia de Produção, um que faz Mestrado em Ensino de
Física e um aluno da Filosofia. Sendo que os que não cursam licenciatura em Física são bolsistas do
Serviço de Proteção Radiológica (SRD), ou seja, utilizam muitos conceitos físicos ligados a radiações
em seu trabalho. O aluno de Mestrado em Ensino de Física, Glauco Ferreira Pantoja, assim como os
professores, Maria Terezinha Xavier e José Tullio Moro participaram do minicurso, principalmente,
para oferecer importantes contribuições. Dessa forma, todos os participantes já possuíam algumas
noções sobre alguns dos conceitos que foram trabalhados no minicurso.
Os materiais que compõem essa proposta podem ser adotados e adaptados a outras
situações, inclusive como complemento de cursos mais tradicionais.
Aprender exige forte envolvimento por parte dos alunos. Por isso, na implementação original
da proposta, a discussão dos alunos em pequenos grupos foi um elemento chave. Assim, os textos
foram elaborados de modo a não serem lidos de modo passivo, intercalando-se a eles perguntas que
proporcionassem a complementação do raciocínio exposto, buscando estimular a discussão entre os
alunos e o professor.
Preferimos deixar os textos em sua forma original, para estimular o professor a não utilizá-lo
de modo passivo que possibilitaria aos alunos encontrar respostas prontas.
Este material possui várias sugestões de metodologias/ recursos para ajudar os professores
de Física do Ensino Médio a fazer com que o ensino da Física se torne mais próximo à realidade dos
alunos e mais interessante seu estudo, sendo assim potencialmente facilitadores da aprendizagem
significativa.
A pesquisa, que originou o presente material, tem como um de seus objetivos contribuir na
implementação de alguns fundamentos da teoria de aprendizagem significativa de Ausubel (2002), da
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teoria de aprendizagem significativa crítica de Moreira (2005), da teoria dos campos conceituais de
Vergnaud (MOREIRA, 2004) e da epistemologia de Toulmin (1977), na sala de aula de Ensino Médio,
revisando conceitos importantes de Óptica, Eletromagnetismo, Física Moderna e Contemporânea que
são fundamentais para a compreensão da Física aplicada à Medicina.
Contudo, o principal objetivo do trabalho, que culminou no desenvolvimento desse material,
foi construir materiais alternativos que facilitem aos aprendizes ocorrência de uma aprendizagem
significativa e não mecânica. Para tanto, foi avaliado o material, de modo a buscar melhorá-lo,
através de questionários e entrevista semiestruturada que os participantes responderão. Foi aplicado
pré e pós-testes nos participantes dos minicursos de modo a perceber se houve indícios de
aprendizagem significativa. Além de aplicar questionários abertos, coletar diagramas, mapas,
questões respondidas por eles e respostas a situações problemas e fazer observações. Essa
avaliação foi quantitativa e qualitativa e buscou fazer a triangulação dos dados. Esses resultados
parciais nos ajudaram a melhor estruturar o presente material.
A relevância científica e acadêmica deste trabalho está no fato dele proporcionar uma
discussão acerca de novas possibilidades para ensinar Física utilizando materiais instrucionais para
tornar as aulas mais significativas, criando um espaço interativo e criativo que favoreça a
aprendizagem, buscando utilizar a Física aplicada na Medicina para dar sentido aos conceitos de
Física.
O minicurso foi dividido em cinco partes, cada uma iniciando com um organizador prévio,
seguido de uma situação-problema; depois seguido por uma breve aula expositiva. Essas aulas
expositivas foram intercaladas com várias atividades tais como: atividades experimentais de fácil
confecção e de baixo custo, simulação e modelagem computacional, jogos, ilusão de óptica, charges,
exercícios, mapas conceituais, diagramas, debates, filmes e construção de painéis.
Entretanto, devido à extensão do material, optamos por dividi-lo em duas partes. A primeira,
que deu origem ao texto de apoio anterior a este, contém as seguintes aplicações: ultrassonografia,
funcionamento do olho humano, funcionamento da radiografia convencional e da mamografia. Aborda
os seguintes conteúdos: tipos de ondas, estrutura atômica, radiação e espectro eletromagnético,
radiação ionizante e não ionizante, radioatividade, três tipos principais de radiação ionizante (alfa,
beta, gama), interação da radiação com a matéria (efeito Compton, efeito fotoelétrico, aniquilação e
produção de pares) relação entre matéria e energia, características das ondas, cristais piezoelétricos,
efeito Doppler, Ultrassonografia, produção de raios X (característico e Bremsstrahlung), isótopos e
radioisótopos os quais compõem as duas primeiras partes do minicurso.
Neste texto de apoio, correspondente à segunda parte do material, será abordado sobre as
seguintes aplicações: fluoroscopia, fluoroscopia digital, imagem radiográfica, teleterapia,
braquiterapia, tomografia computadorizada (TM), tomografia computadorizada helicoidal, ressonância
magnética (RM), detectores de radiação, Medicina Nuclear, PET, SPECT. Contém os seguintes
assuntos: unidades de medida das radiações, meia vida, corrente elétrica, resistência elétrica, carga,
voltagem, potência, gerador, retificador, meios de contraste, fluoroscopia, fluoroscopia digital,
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transformador, ânodo, cátodo, filtro, blindagem e ressonância, campo magnético, meia vida, radioatividade, os quais compõem as três últimas partes do
minicurso piloto já aplicado.
Na Figura 1 apresentamos um mapa conceitual com a estrutura do presente material.
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3. Aulas 5 e 6
Concepções alternativas: segundo Watts apud Filho e Jacques (2008), a energia pode ser
vista como: 1º) uma ideia muito geral de combustível associada a aplicações tecnológicas que visam
proporcionar conforto ao homem; 2º) alguns objetos possuem energia e são recarregáveis, enquanto
outros possuem energia e gastam o que têm; 3º) energia como uma atividade óbvia, no sentido de
que, havendo atividade, há energia, por exemplo, o movimento é energia; 4º) a energia é um fluído
que se transfere de um sistema a outro.
Organizador Prévio:
Objetivo do organizador: propiciar uma interação entre conceitos novos com os já
existentes na estrutura cognitiva dos alunos, buscando favorecer a ocorrência de aprendizagem
significativa. Mais especificamente, utiliza-se a ideia da criptonita, presente no filme do Super
Homem, para que sirva como base para a aprendizagem significativa dos meios de contraste.
Situação-problema: imagine que você seja um técnico em radiologia e que você precisa
distinguir dois tecidos internos que possuem densidades semelhantes, como você faria? Pense a sua
resposta em termos de contraste.
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Conceitos:
Imagem radiográfica: corrente elétrica, carga, voltagem, cátodo, ânodo, elétron,
velocidade, potência, gerador, retificador, alternada, continua, prótons, campo elétrico, campo
magnético, onda eletromagnética, filamento, energia, dose, tempo, Raios-X, fótons, efeito fotoelétrico,
efeito Compton e produção de pares, densidade, absorção, chassi, chumbo, écran, camada
eletrônica, luz, filme e número atômico.
Atividades:
Inicialmente, será resolvida em duplas a situação-problema, que será gravada pela
pesquisadora.
Posteriormente, haverá uma breve aula expositiva, em seguida, serão divididos os alunos
em três grupos que estudarão um dos textos da seção 3.3 Atividade 1. Estudo em grupo e resolverão
as questões descritas depois da apresentação. Prepararão uma apresentação completa, de
aproximadamente 30 minutos cada grupo. Posteriormente, haverá uma apresentação (incluindo
mapa-conceitual) e discussão pelos grupos na sala.
Em seguida, será apresentado um filme de aproximadamente 40 minutos chamado: “The
Big Bang Machine”.
Os grupos que haviam sido formados anteriormente responderão algumas questões
relativas ao filme. Cada grupo fará algumas questões que diferirão dos demais.
Posteriormente, serão formados novos grupos e em cada um precisará haver um aluno de
cada grupo anterior para discutir as respostas encontradas pelos grupos iniciais, dessa forma, todos
os alunos terão e discutirão as respostas dos demais grupos.
Na sequência, realizar-se-á um jogo (campo minado), no qual os alunos utilizarão as
respostas encontradas por todos na etapa anterior.
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Síntese: a turma será dividida em três grupos. Cada grupo deverá estudar um dos textos e,
por fim, apresentar sobre o mesmo, em 15 minutos de forma criativa.
Segundo Gaspar (2000), sinal analógico é um tipo de sinal contínuo que varia em função do
tempo. Uma balança analógica de molas e um termômetro analógico de mercúrio são exemplos de
sinais lidos de forma direta, sem passar por qualquer decodificação, pois as variáveis são observadas
diretamente.
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Na eletrônica, pode-se utilizar tanto o sinal digital quanto o sinal analógico. Quando utilizado
o primeiro, a informação é convertida para bits, enquanto na eletrônica analógica, a informação é
tratada sem essa conversão.
Sendo assim, entre zero e o valor máximo, o sinal analógico passa por todos os valores
intermediários possíveis, enquanto o sinal digital só pode assumir um número pré-determindado de
valores.
Um exemplo de sinal digital ocorre nos computadores nos quais toda a informação é
processada em conjuntos de 0 e 1.
Como exemplos de meios que registram sinais analógicos, há balança de mola, gravação
de som, fita cassete, gravação de imagens, fotografia e filme em película.
3.3.1.3. Fluoroscopia
Segundo Durán (2003), o primeiro fluoroscópio foi desenvolvido por Thomas Edison, em
1896, após descobrir que o tungstato de cálcio tinha propriedades de fluorescência com cristais
pequenos distribuídos uniformemente sobre uma folha de papelão.
De acordo com Bushong (2007), a principal função do fluoroscópico é a de proporcionar
imagens em tempo real de estruturas anatômicas e, com isso, visualizar estruturas e líquidos internos
em movimento.
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Se durante o exame for observado algo que deva ser registrado para estudo posterior,
pode-se realizar uma radiografia com uma interrupção mínima da fluoroscopia, a qual é conhecida
como seriografia, que é uma imagem estática.
Durante a fluoroscopia, geralmente, é utilizado um meio de contraste para realçar a parte a
ser estudada. Quando essa técnica é utilizada para a visualização de vasos sanguíneos chama-se de
angiografia. Pode-se observar, na Figura 2, um esquema do fluoroscópio e suas partes principais.
Durante a fluoroscopia, a imagem diagnosticada do paciente se apresenta em um monitor
de televisão.
De acordo com Bushong (2007), apesar de, nesse exame, a intensidade da corrente elétrica
(que é diretamente proporcional à intensidade de Raios-X) ser bem menor do que nos equipamentos
de Raios-X, 5mA no aparelho de fluoroscopia contra centenas de mA nos equipamentos de Raios-X,
a quantidade de radiação que chega ao paciente é muito maior no primeiro exame, pois o tempo de
exposição é maior.
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Geralmente, são preferíveis um alto nível de kVp e um baixo de mA, assim como os demais
exames que utilizam preferencialmente radiação de freamento.
Na Tabela 1 há o valor de kVp para alguns exames convencionais, não há o valor do mA,
pois este depende das características físicas do paciente.
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saída. Tal aceleração faz com que haja a emissão de mais fótons nessa tela do que na tela de
entrada, pois os elétrons, possuindo mais energia liberam mais fótons. Cada elétron que atinge o
fósforo de saída libera de 50 á 75 vezes mais fótons de luz do que os que foram emitidos na entrada
do intensificador de imagens, e por isso a imagem de saída possui uma resolução muito melhor.
Pode-se ver esse processo na Figura 5.
Na Figura 3 há a imagem de um intensificador.
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Segundo Dimenstein (2005), a imagem produzida pela tela de saída pode ser visualizada
diretamente por um sistema de lentes e espelhos (fluoroscopia) ou através de um circuito fechado de
televisão (fluoroscopia digital).
númeroderaiosXdeentrada
Ganho de fluxo=
Substituindo 3 e 2 em 1 há:
(4)
2
⎛ di ⎞ númerodefó tonsdesaíd a
Ganho de brilho= ⎜⎜ ⎟⎟ .
⎝ d0 ⎠ númerodera iosXdeentr ada
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Figura 9: CCD.
Fonte: Bushong, 2007.
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Segundo Garcia (2002), a resolução espacial de um CCD está determinada por seu
tamanho físico e número de pixels. O CCD tem uma sensibilidade à luz mais alta e um nível mais
baixo de ruído eletrônico do que um tubo de televisão. O resultado é um sinal- ruído (SNR) mais alto
e uma melhor resolução de contraste. Essas características também resultam numa dose menor ao
paciente.
O CCD possui resposta linear, como descrito na Tabela 2, o que facilita a visualização de
objetos muito escuros e muito brilhantes.
Sistema de vídeo: o sistema de vídeo convencional tem duas limitações que restringem
sua aplicação às técnicas digitais. Primeiro, o modo entrelaçado de leitura da televisão, pode
degradar significativamente uma imagem digital. Segundo, os tubos de câmaras de televisão são
relativamente ruidosos.
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Posteriormente, esse sinal passa para a mesa de operações, na qual pode-se visualizar e modificar a
imagem.
Questões:
1. Cite duas vantagens da fluoroscopia digital em relação à fluoroscopia convencional?
2. Descreva, a partir da Figura 7, os componentes do equipamento de fluoroscopia digital,
descrevendo o funcionamento de cada uma delas.
3. Como funciona o intensificador de imagens?
4. Qual a principal função da fluoroscopia?
5. O que são meios de contraste e como funcionam em exames que utilizam radiações
ionizantes?
6. Quais as relações entre kVp, mA, a imagem produzida pelo fluoroscópico e a radiação
incidente no paciente?
7. O que são sinais analógicos e sinais digitais?
8. Cite duas diferenças entre sinais analógicos e sinais digitais. Cite exemplos de cada um
deles.
9. Quais os conceitos físicos que estão envolvidos no texto da seção 3.3.1 Grupo 1:
Fluoroscopia, Fluoroscopia Digital?
10. Há alguma palavra no texto da seção 3.3.1 Grupo 1: Fluoroscopia, Fluoroscopia Digital
que não foi compreendida? Se houver, escreva abaixo.
11. Faça um mapa conceitual com os principais pontos do estudado no texto da seção 3.3.1
Grupo 1: Fluoroscopia, Fluoroscopia Digital?
De acordo com Durán (2003), quando se aumenta o valor do kVp, aumenta-se também a
energia do Raios-X e, consequentemente, a capacidade de penetração da radiação no paciente,
afetando com isso o contraste da imagem.
Para valores baixos de kVp, os fótons não possuem energia suficiente para atravessar o
paciente sendo absorvidos, resultando em uma maior dose de radiação no paciente. Dessa forma,
quanto menor o valor de kVp mais clara será a imagem, se essa mantiver o mesmo valor para mA.
Conforme pode-se ver na Figura 11:
Figura 11: exame Raios-X do joelho para diferentes valores de kVp mantendo mA constante.
Fonte: Dimenstein, 2005.
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Figura 12: exame utilizando Raios-X de um joelho para diferentes valores de mA mantendo kVp constante.
Fonte: Dimenstein, 2005.
Figura 13: partes formadoras da imagem radiográfica: a) écran; b) filme radiográfico e c) chassi.
Fonte: www.fsc.ufsc.br.
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3.3.2.8.1 Magnificação
Devido a fatores geométricos, como as distâncias foco-paciente e filme-paciente, ocorre que
a imagem radiografada é maior do que o objeto radiografado, ou seja, ocorre uma magnificação da
imagem.
O aumento da distância entre filme e paciente introduz um fator de magnificação que gera
uma distorção da imagem. O fator de magnificação é dado por:
(5)
M= imagem/objeto
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3.3.2.8.2 Angulação
A angulação ocorre quando o raio central do feixe primário não incide exatamente no centro
do objeto. A angulação causa distorção na imagem que pode ser ou não proposital. Essa angulação é
usada, principalmente, para evitar a superposição de partes anatômicas, pois é feito imagens de
pontos diferentes da anatomia.
Segundo Bushong (2007), quanto maior for a distância entre o tubo (representado na figura
123 como foco) e o paciente (representado na figura 123 como objeto), maior será a dose de
radiação no mesmo, pois os fótons possuirão menos energia ao encontrar o corpo do paciente,
devido a que uma parte da radiação será absorvida pelo meio, consequentemente ocorrerá maior
absorção pelo paciente devido ao efeito fotoelétrico.
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Questões:
1. Na Figura 16 há algumas imagens produzidas por Raios-X. Identifique, na figura,
algumas partes mais densas e menos densas do corpo humano. Com base nas aulas anteriores
explique por que existe diferença de contraste nas imagens radiográficas devido a diferença de
densidade.
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5. a) O que significa a sigla mA? b) Esta sigla é unidade de qual grandeza física? c)
Como esta grandeza física é ajustada no aparelho de Raios-X? d) Como os valores diferenciados de
mA influenciam na imagem? e) Qual a relação entre mA e a incidência de radiação no paciente?
6. Como relacionar o mA e o kVp de modo a produzir uma imagem radiográfica detalhada
e, ao mesmo tempo, não incidir radiação desnecessária ao paciente?
7. Há alguma palavra na seção 3.3.2 Grupo 2: formação de imagens radiográficas que
não foi compreendida? Se existir, escreva-a.
8. Quais conceitos físicos estão envolvidos na seção 3.3.2 Grupo 2: formação de imagens
radiográficas?
9. Faça um mapa conceitual com os principais pontos do estudado na seção 3.3.2 Grupo
2: formação de imagens radiográficas.
3.3.3.2 Teleterapia
De acordo com Sorenson (1987), a teleterapia emprega uma fonte externa, colocada a uma
determinada distância do paciente, através de um aparelho emissor de radiação, e, por esta razão,
também é conhecida como radioterapia externa.
Uma série de equipamentos podem ser utilizados no tratamento com teleterapia. Sua
escolha faz-se de acordo com o tipo de radiação emitida, as características e consequências
biológicas da radiação, o tipo de tumor a ser tratado e as lesões que afetam os tecidos normais.
Segundo Garcia (2002), ela pode ser dividida em radioterapia superficial, semi-profunda e
de megavoltagem, em função da energia da radiação emitida. A radioterapia de megavoltagem é
realizada através dos aceleradores lineares.
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Canhão de Cobalto
Figura 19: monitor que envia e recebe informações para o aparelho da teleterapia.
Fonte: http://radio_teleterapia.vilabol.uol.com.br/radioterapia.htm.
A radiação na área do tumor não deve exceder à dose necessária e deve-se imobilizar
adequadamente o paciente.
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Aceleradores. Segundo Williams (1991), aceleradores lineares são túneis retos que servem
para acelerar partículas até atingirem velocidades muito elevadas e podem emitir, além de Raios-X,
feixes de elétrons e nêutrons com várias energias, que estão em torno de 20 á 30 MeV. Isso é muito
importante, pois permite a realização de múltiplos tratamentos utilizando apenas um equipamento.
Num acelerador linear, os elétrons são produzidos por um filamento aquecido que é
colocado dentro de uma estrutura aceleradora. Ao deixar o filamento aquecido os elétrons são
acelerados e colidem com um alvo, produzindo tanto um espectro contínuo (radiação de freamento)
quanto discreto (radiação característica).
Nos aceleradores lineares os elétrons são acelerados devido a bobinas que fornecem um
campo magnético variável a partícula acelerando-a, utilizando o principio da indução eletromagnética.
Na Figura 20 há um esquema de um acelerador linear e na Figura 21 a imagem de um acelerador
linear.
Existem também os aceleradores circulares que, por possuírem mais espaço, permitem que
a partículas atômicas carregadas adquiriram mais velocidade e, portanto, possuam mais energia.
Figura 20: esquema de um acelerador de partícula: 1. Fonte de elétrons; 2. Alvo; 3. Feixe de elétrons ou fótons e
4. Mesa de tratamento.
Fonte: www.novastecnologiassaude.blogspot.com.
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Existem vários tipos de aceleradores circulares, entre os quais, o cíclotron (Figura 22),
usado para acelerar partículas atômicas carregadas. Os cíclotrons podem produzir feixes de nêutrons
que liberam a maior parte da sua energia quando se chocam com o alvo, pois como os nêutrons não
têm carga, não causam ionização ao longo do seu percurso.
Câmara 1
Câmara 2
Conforme pode-se ver na Figura 22, o cíclotron é constituído por duas câmaras
semicilíndricas, onde se faz vácuo. Essas câmaras são colocadas perpendicularmente a um campo
magnético uniforme, criado por um poderoso eletroímã, estabelecendo-se entre ambas uma diferença
de potencial alternada, que é utilizada para acelerar as partículas a cada volta. Este é o modelo do
primeiro cíclotron feito em 1929 por Ernest O. Lawrence.
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Como algumas radiações corpusculares não conseguem atingir grandes profundidades nos
tecidos, elas são utilizadas para tratar tumores localizados na superfície, ou imediatamente abaixo da
pele, como é o caso dos prótons da radiação corpuscular. Tais radiações depositam a sua energia
numa área muito pequena, chamada pico de Bragg, sendo este usado para dirigir doses elevadas de
radiação corpuscular até o tumor, provocando menos danos aos tecidos normais. Os prótons, além
de possuírem massa, possuem carga e, por esse motivo, são rapidamente absorvidos. Assim,
apenas os tecidos próximos à fonte radioativa são afetados pela dose.
Segundo Walker (2002), nos aceleradores circulares modernos são colocados eletroímãs ao
redor de um tubo circular de cobre para acelerar as partículas. Muitos aceleradores circulares
também têm um acelerador linear curto para acelerar inicialmente as partículas antes de entrarem no
anel.
Um exemplo de acelerador circular é o Large Hadron Collider (LHC). Conforme pode-se ver
na Figura 23 o LHC possui uma circunferência de 27 km, encontra-se a 175 m abaixo do solo e está
presente nos países da França e da Suíça.
3.3.3.3. Braquiterapia
A terapia por radiação, cuja fonte radioativa está em contato com o câncer, é conhecida
como braquiterapia. A utilização dela teve sua origem na descoberta do rádio por Marie e Pierre Curie
em 1898.
Com a evolução da Medicina Nuclear, foram criadas novas fontes radioativas que oferecem
maior segurança para o paciente e para os trabalhadores expostos. Estes elementos radioativos
emitem radiações de menor alcance do que o elemento rádio e, portanto, tal elemento foi substituído,
em tratamentos de braquiterapia.
Segundo Sorenson (1987), os isótopos usados em braquiterapia podem ser:
• inseridos através de instrumentos especialmente fabricados que podem ser colocados nas
cavidades do corpo que possuam células cancerígenas;
• fichados na superfície de aplicadores e colocados diretamente nos tumores;
• inseridos em órgãos que possuem formato de tubo, tais como esôfago ou brônquios. Em
cada um desses métodos, a fonte radioativa é selada por uma capa metálica especial para evitar o
vazamento de material radioativo;
• colocados em contato com o tumor durante um determinado tempo e depois retirados.
Uma das vantagens da braquiterapia é que altas doses de radiação podem ser liberadas em
um tempo curto na localidade do tumor, enquanto que o tecido em volta recebe doses muito baixas,
uma vez que a dose da radiação utilizava na braquiterapia (alfa e beta) decresce rapidamente com o
aumento da distância. Entretanto, em muitos casos a braquiterapia não pode ser utilizada, pois não
se consegue com ela atingir o tecido a ser tratado. Sendo assim, a escolha da braquiterapia ocorre
sempre quando é possível a sua utilização.
Na Figura 24, pode-se ver um exemplo de implantes utilizados na braquiterapia.
38
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Questões:
1. Em que difere a radioterapia dos exames de Raios-X?
2. Quais são os princípios de funcionamento da teleterapia e da braquiterapia? Diferencie-
os.
3. Há três tipos de equipamentos utilizados para fazer a teleterapia, explique o
funcionamento de cada uma delas.
4. Explique o funcionamento do cíclotron.
5. Há alguma palavra na seção 3.3.3. Grupo 3: Radioterapia: Braquiterapia e Teleterapia
que não foi compreendida? Se existir, escreva-a.
6. Quais os conceitos físicos que estão envolvidos na seção 3.3.3. Grupo 3: Radioterapia:
Braquiterapia e Teleterapia?
7. Faça um mapa conceitual com os principais pontos do que foi estudado na seção 3.3.3.
Grupo 3: Radioterapia: Braquiterapia e Teleterapia.
Questões:
1. Cite pelo menos duas utilidades de um acelerador de partículas?
2. A partir do que foi explicado, como funciona um acelerador de partículas (linear e
circular)?
3.Os prótons, os elétrons e os nêutrons são indivisíveis?
4.O que são partículas elementares?
5.Qual é a importância dos cientistas estudarem sobre as partículas elementares?
6.O que é Modelo Padrão?
7.O que é Big Bang? Explique tal teoria.
Materiais Utilizados
• estourinhos (material que sobre pressão liberam um pequeno estouro);
• tapete;
• as perguntas;
• cronômetro.
Como Montar
Deve-se colocar o tapete estendido no chão, sob o tapete devem ser colocados vários
estourinhos. As perguntas devem ficar com o professor.
Objetivos
• aprofundar o estudo de alguns conteúdos;
• incentivar a pesquisa;
• favorecer o trabalho em equipe;
• melhorar o aprendizado dos alunos;
• ensinar de forma divertida;
• incluir todos os alunos;
• ajudar as pessoas a se expressarem melhor;
• desenvolver o raciocínio lógico-matemático.
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4. Aulas 7 e 8
Organizador Prévio:
Objetivo do organizador: propiciar uma interação entre conceitos novos com os já
existentes na estrutura cognitiva dos alunos, buscando, dessa forma, facilitar a ocorrência de
aprendizagem significativa. Mais especificamente, utilizar um filme de 5 minutos
(http://www.youtube.com/watch?v=pGttA5_rABw) que mostra que a luz solar não passa pelo corpo de
uma menina produzindo assim sombra. Tem-se como objetivo utilizar tal organizador prévio para que
sirva como base para a aprendizagem significativa da formação de imagens tomográficas.
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Situação-problema: suponha que você encontra-se com seu filho no colo à espera de
realizar um exame de Tomografia Computadorizada. Ele ouviu o médico falar que o equipamento irá
fazer uma volta de 360º em torno de você. O menino fica intrigado e pergunta: “Pai, o aparelho de TC
não possui vários cabos? Se possui como pode fazer uma volta completa em torno do paciente? Se
não possui, como o equipamento recebe e manda informações para a mesa de controle? Se possui
como consegue fazer uma volta completa?” Explique a ele.
Conceitos:
Detectores: ionização, elétrons, corrente elétrica, voltagem, ondas eletromagnéticas, Raios-
X, raios gama, radioatividade, efeito fotoelétrico, fotodiodo, camada eletrônica, laser, calor, luz,
cintilação, estado sólido, térmicos, óptico, gás, absorção, excitação elétrica e radioatividade.
Tomografia: efeito fotoelétrico, ondas eletromagnéticas, frequência, energia, comprimento
de onda, fótons, absorção, corrente elétrica, radiações ionizantes, elétrons, níveis energéticos, luz,
TC, TC Helicoidal, Tomografia Linear, anel liso, anel deslizante, voltagem, corrente, tempo, dose,
transformador, potência, gerador, retificador, ânodo, cátodo, filtro, blindagem, ionização, absorção e
dispersão da radiação, voltagem, número atômico, excitação elétrica, Raios-X, colimador e ondas
eletromagnéticas.
Ressonância Magnética: radiofrequência, campo magnético, ressonância, spin,
momentum do spin, hidrogênio, nêutrons, prótons, elétrons, onda, frequência, comprimento, energia
das ondas, antena, corrente elétrica, excitação eletrônica, fótons, nível energético de equilíbrio,
momentum, densidade e luz.
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Materiais Utilizados
• fichas (7.1 Apêndice 1: fichas.)
• tabuleiro (7.2 Apêndice 2: tabuleiro.);
• pedras, no mesmo número de jogadores;
• tinta;
• pincel;
• dado.
Como Montar
O jogo pode ser jogado por várias pessoas, desde que haja mais do que um jogador.
Sugere-se que o tabuleiro (7.2 Apêndice 2: tabuleiro.) e as fichas (7.1 Apêndice 1: fichas.)
sejam impressas em papel rígido e plastificados para que tenham mais durabilidade.
Precisa ter, pelo menos, a mesma quantidade de pedras que de jogadores. As pedras
precisam ser pintadas de cores diferentes umas das outras.
Como jogar
Para começar, cada um deve jogar o dado, o jogador que tirar o maior número começa a
jogar. Os alunos devem decidir, em grupo, se podem ou não, utilizar o material escolar (livros,
cadernos...).
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As fichas devem ser divididas em 9 montes que ficarão viradas para baixo. Os montes são
sobre: 1) como funciona; 2) perguntas: magnetismo; 3) perguntas: eletricidade; 4) perguntas:
Eletromagnetismo; 5) perguntas: Física Moderna; 6) cientistas; 7) contas; 8) fórmulas e 9) mímica.
O jogador deve lançar o dado, o número que ele tirar é a quantidade de casas que pode
andar com a pedra, onde ele parar deve pegar uma ficha do respectivo monte. Exemplificando, se ele
parar na casa onde está escrito contas, o jogador deve pegar uma ficha do monte que tem os
exercícios de Física que utilizam Matemática e responder. Se responder certo1 move a sua pedra
duas casas para frente, se responder errado23 fica no local em que estava antes da jogada.
É importante que quando ocorrer uma resposta incorreta, seja discutida a resposta de modo
a encontrar a resposta aceita cientificamente, valorizando a oportunidade da aprendizagem oferecida
pelo erro.
Quando cair em T (todos), o jogador pode escolher qualquer um dos montes para pegar
uma carta e responder.
Vence o jogador que ao terminar a trajetória tenha acertado mais questões. Quem terminar
a rodada, pode retornar ao tabuleiro, até que todos tenham passado a primeira vez pela linha de
chegada, de modo que possa acertar mais pontos e, portanto, ter mais chances de ganhar, embora o
mais importante além de competir é apreender.
Objetivos:
• aprofundar o estudo de alguns conteúdos ou introduzi-los;
• incentivar a pesquisa, pois para responderem as questões do tabuleiro, dependendo do
combinado entre os alunos, podem pesquisar em material escrito e entre eles;
• favorecer o trabalho em equipe;
• melhorar o aprendizado dos alunos;
• ajudar os alunos a compreenderem que o conhecimento tem um fator histórico e que foi
construído por pessoas;
• mostrar aos alunos que os conhecimentos científicos não são verdades absolutas;
• mostrar que os conceitos podem evoluir se conseguem explicar os problemas, ou são
abandonados, conforme sugere Toulmin;
• levar os alunos a perceberem que estão rodeados de tecnologias e fenômenos naturais;
• auxiliar os aprendizes a explicar algumas tecnologias e fenômenos naturais;
• desenvolver o raciocínio lógico- matemático;
• ensinar de forma divertida;
• impedir que os alunos sejam excluídos do processo de ensino e de aprendizagem;
1
Errado e certo do ponto de vista do que é aceito cientificamente nos dias de hoje.
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Alternativas
Esse jogo pode ser utilizado para introdução do conteúdo, motivando os alunos a
pesquisarem em livros e materiais diversos para conseguirem jogá-lo. Também pode ser utilizado
para fazer uma revisão e aprofundamento de conhecimentos importantes trabalhados durante o ano
letivo.
O jogo pode ser utilizado, por conteúdos, por exemplo, o professor estuda com os alunos
Eletromagnetismo, colocam-se somente as contas, perguntas, cientistas e como funciona que
envolvam esse ramo da Física. Se o aluno parar em uma casa que não envolve Eletromagnetismo
ele pode escolher qualquer um dos montes para retirar uma carta, ou seja, ele pode escolher contas,
perguntas, cientistas e como funciona, mas apenas do Eletromagnetismo.
Pode ser jogado o jogo em duplas, assim um aluno pode ajudar o outro, favorecendo o
debate.
Fonte: http://www.youtube.com/watch?v=YeVHTjMwVTo.
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Síntese: os alunos serão divididos em quatro grupos, cada um deles deverá estudar ou o
texto da seção 4.6.1 Texto 1: Detectores de radiação ou da seção 4.6.4 Texto 4: Tomografia
Computadorizada Helicoidal, resolver as questões ao final dos textos, montar um painel com a
imagem ou da TC, ou da TC Helicoidal, ou dos detectores de radiação ou da RMN, com suas partes e
com a explicação de cada uma delas.
2
Texto baseado em Bushong (2007).
46
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Figura 25: principais efeitos físicos e químicos da radiação ionizante utilizados para a detecção da radiação.
Fonte: http://www.higieneocupacional.com.br/download/detectores-daros.pdf.
Figura 26: aplicabilidade dos diversos sistemas dosimétricos quanto à faixa mensurável de dose absorvida.
Fonte: web.cena.usp.br/apostilas/Zagatto/Dosimetria.doc.
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Estes elétrons formam um sinal elétrico que é amplificado e medido. Sua intensidade é
proporcional à intensidade da radiação que a causou.
Quando há uma câmara maior há mais átomos disponíveis para a ionização e, portanto, o
aparelho se torna mais sensível. Outra forma de tornar o aparelho mais sensível é aplicar nele uma
pressurização, o que aumenta o número de átomos possíveis de ficar dentro da câmara de gás e,
consequentemente, a ionização.
Quanto mais sensível for o detector, mais ele vai captar radiações que emitem energias
mais baixas. Já um aparelho mais exato é aquele que, não somente capta a radiação, mas também a
mede, quanto melhor é a medição, mais exato é o aparelho.
Se aumentar a voltagem na câmara, o detector, com uma radiação fixa, registra maior
intensidade de sinal. Quando a voltagem é baixa os elétrons não chegam a alcançar o ânodo,
recombinando-se na própria câmara, o que é chamado de região de recombinação (R), conforme
pode-se ver na Figura 28.
Sinal de
saída
relativo
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No esquema da Figura 30, o iodeto de sódio (NaI) é o cristal que na presença de Raios-X
emite luz. Esse cristal está envolvido por alumínio, isto permite que a luz seja refletida internamente a
uma parte do cristal que não é coberta pelo alumínio, denominada de ventana.
Posteriormente a luz que provem do cristal interage com o cátodo. Nesta interação a luz
ejeta elétrons por efeito fotoelétrico.
Os elétrons ejetados no cátodo passam através de placas denominadas de dínodos, cuja
função é aumentar o número de elétrons, pois os elétrons arrancados no cátodo arrancam mais
elétrons dessas placas amplificando o sinal.
Quanto maior for a intensidade da radiação, maior será a emissão de fótons,
consequentemente, maior será a quantidade de elétrons arrancados no cátodo, mais elétrons serão
arrancados dos dínodos e maior será a quantidade de elétrons que chegará ao coletor.
Um detector de cintilação é muito sensível, de forma análoga aos contadores Geiger-Muller.
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temperatura durante a análise. O aumento da temperatura restaura o cristal a sua condição inicial e o
prepara para outra exposição.
Questões:
1. Como são divididos os detectores a gás? Como eles funcionam?
2. Como pode-se fazer para aumentar a sensibilidade de um detector á gás?
3. Como você faria um detector que não fosse com gás?
4. Explique a Figura 27.
5. Qual relação do explicado na Figura 27 e o efeito fotoelétrico?
6. Explique a Figura 30.
7. Explique a Figura 31.
8. Quais os conceitos físicos que estão envolvidos na seção 4.6.1 Texto 1: Detectores de
radiação?
9. Há alguma palavra na seção 4.6.1 Texto 1: Detectores de radiação que não foi
compreendida? Se houver, escreva-a abaixo.
10.Faça um mapa conceitual com os principais pontos do que foi estudado na seção 4.6.1
Texto 1: Detectores de radiação.
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Pelo fato do equipamento utilizar campo magnético intenso, algumas precauções precisam
ser tomadas para realizar o exame, como não utilizar jóias, metal e maquiagem.
Segundo Todd (2000), o termo ressonância refere-se à capacidade de dois sistemas, ou
meios físicos, trocarem energia entre si, sem que ocorra dissipação de energia. No caso da RMN,
refere-se à capacidade de prótons receberem e emitirem energia através de ondas de
radiofrequência emitidas e captadas através de antenas, como será explicado na seção 4.6.2.2 .
4.6.2.1 Histórico
Segundo Garcia (2002), o aparelho de RMN baseia-se no conceito de spin, o qual surgiu da
necessidade de se explicarem os resultados encontrados no experimento de Stern-Gerlach na
década de 1920.
De acordo com Walker (2002), nesse experimento, um feixe colimado de átomos de prata,
vindos de um forno em alta temperatura, atravessava um campo magnético não-homogêneo.
Tal experiência era destinada a medir a distribuição dos momenta magnéticos, devidos
principalmente aos elétrons. Como os átomos, na temperatura em que estavam emergindo do forno,
apresentavam-se no seu estado fundamental, deveriam sofrer desvios nulos na presença do campo
magnético não-homogêneo. Entretanto, isso não ocorreu. O resultado obtido foi duas manchas de
depósito de prata sobre o alvo, indicando que o feixe se dividira em dois durante o percurso.
Isso indicou que os átomos de prata do feixe ainda possuíam momentum angular, mas que
não era o dos elétrons no átomo, mas dos prótons. Tal momentum foi denominado de spin.
Segundo Garcia (2002), em 1939, Rabi e colaboradores submeteram um feixe molecular de
hidrogênio (H2), em alto vácuo, a um campo magnético não-homogêneo em conjunto com uma
radiação na faixa das radiofrequências (RF). Para certo valor de frequência, o feixe absorvia energia
e sofria pequeno desvio. Isso era constatado como uma queda da intensidade observada do feixe na
região do detector. Este experimento marca, historicamente, a primeira observação da RMN.
Nos anos de 1945 e 1946, duas equipes, uma de Bloch e outra de Purcell na Universidade
de Harvard, observaram sinais de absorção de radiofrequência dos núcleos de hidrogênio na parafina
e na água.
Em 3 de julho de 1977, foi feito o primeiro exame de RMN em um ser humano.
4.6.2.2 Funcionamento
A RMN fornece aos médicos uma quantidade de informações detalhadas sobre a
localização, tamanho e composição do tecido a ser examinado.
Conforme pode-se observar na Figura 34, há um tubo horizontal que atravessa o magneto
principal. O paciente, deitado de costas, desliza para dentro do vão por meio de uma mesa. Assim,
que a parte do corpo que precisa ser examinada atinge o magneto principal, o exame inicia.
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3
Conceitualmente a indução eletromagnética refere-se ao fato de que uma corrente elétrica alternada gera um campo
magnético também variado e que um campo magnético variado gera corrente elétrica alternada.
55
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Segundo Garcia (2002), um campo magnético uniforme, com grande intensidade (0,5 a 2,0
tesla) e estabilidade é essencial para gerar imagens de qualidade. Magnetos, como esses descritos
acima, tornam esse campo possível.
Os equipamentos de RMN utilizam dois tipos de magnétons: o principal e os magnetos
gradientes. O magneto principal coloca o paciente em um campo magnético estável e muito intenso,
enquanto que os magnetos gradientes criam um campo variável que vai orientar a localização e a
espessura do segmento a ser estudado. Se a espessura é maior a intensidade do campo variável
também deve ser maior.
O corpo humano é composto por bilhões de átomos. Simplificadamente pode-se dizer que
os prótons do núcleo4 de um átomo giram sobre um eixo analogamente a um pião, esse movimento é
chamado de precessão5. Conforme pode-se observar na Figura 35.
O eixo z, ou longitudinal, representa a direção de aplicação do campo magnético principal
(B0). O plano xy é chamado de plano transversal.
Segundo Guimarães (2000), um conjunto de momenta magnéticos na presença de um
campo magnético estático B 0 precessiona na frequência angular W0 conforme a equação (6):
(6)
w 0 =ɣ B 0
onde ɣ é a sua razão giromagnética. Se for incidido sobre esse sistema radiação
eletromagnética de frequência igual a essa frequência de precessão, a radiação será absorvida
ressonantemente, esse fenômeno é a Ressonância Magnética Nuclear. Se os momenta magnéticos
são as dos prótons, há a RMN.
Figura 35: um núcleo (próton) de um átomo de hidrogênio em precessão sob influência de um campo magnético.
Fonte: adaptado de Mazzola (2009).
Há muitos tipos diferentes de átomos no corpo, mas para os propósitos da RMN os que
mais influenciam são os átomos de hidrogênio. Esses são átomos ideais para a RMN, porque seu
4
O núcleo do hidrogênio é formado apenas por um próton, portanto é indiferente afirmar que o movimento de precessão é do
próton ou do núcleo.
5
Os prótons não giram, esta é uma simplificação Física Quântica, feita pela Física Clássica, que será aqui adotada, pois ela
atende as necessidades explicativas no nível de profundidade desejada.
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núcleo tem somente um próton e, por isso, possui um momentum magnético maior do que os outros
elementos, pois se há mais de um próton, os momenta magnéticos tendem a se anular.
O alto momentum magnético significa que, ao ser colocado em um campo magnético, o
átomo de hidrogênio a se alinhar com a direção do campo.
O aparelho de RMN usa pulsos de RF com a mesma frequência de precessão do próton do
hidrogênio. Tal pulso ao encontrar o próton do átomo de hidrogênio, através de ressonância, é
absorvido aumentando a energia do próton.
Geralmente, estes pulsos de RF são aplicados através de uma antena emissora e são
captados através de uma antena receptora, de forma análoga ao que ocorre na emissão e captação
de ondas de televisão e rádio. A antena emissora vibra com uma frequência devido a um campo
eletromagnético variável. Esse campo gera ondas eletromagnéticas na frequência do rádio, que
aumentam a energia dos prótons do hidrogênio, ao cessar este campo, eles retornam ao estado de
equilíbrio liberando a energia absorvida na forma de ondas eletromagnéticas. Essas ondas entram
em contato com a antena receptora que vibra, devido a campos magnéticos variáveis, como as
vibrações são similares, ambas entram em ressonância, dessa forma a antena receptora recebe a
informação.
Quanto maior a concentração de prótons de hidrogênio em um segmento estimulado, mais
intenso será o sinal de ressonância, aparecendo na imagem com cores mais próximas ao branco. As
imagens na RMN variam do preto ao branco, passando por escala de cinza. Se há poucos prótons de
hidrogênio a imagem se aproximará da cor preta.
Até aqui, considerou-se que o campo magnético produzido pelo magneto principal possui
um valor único e uniforme. Desta forma, se todo um volume de tecido, como o cérebro, for
posicionado neste campo e se um pulso de RF for enviado com valor de frequência exatamente igual
à frequência de precessão dos prótons de hidrogênio, todo o volume será excitado. Os prótons de
hidrogênio do volume como um todo receberão energia do pulso de RF e retornarão sinal para a
bobina. Este sinal contém informação de todo o tecido cerebral, mas não possibilita saber de que
parte do cérebro ele provém.
Para diminuir esse problema Mazzola (2009) explica sobre a necessidade de haver outras
bobinas, que são os magnetos gradientes. Segundo Garcia (2002), estes magnetos têm intensidade
extremamente baixa, quando comparados ao campo magnético do magneto principal, variando a
intensidade de 180 a 270 gauss ou de 18 a 27 militesla.
Os aparelhos de RMN possuem diferentes magnetos gradientes projetados para diferentes
partes do corpo: joelhos, ombros, pulsos, cabeça, pescoço e outras. Estes geralmente se adaptam ao
contorno da parte do corpo que se quer produzir a imagem.
Os magnetos gradientes são organizados de tal maneira, dentro do magneto principal que,
ao serem ligados alteram o campo magnético principal em um nível bem localizado. E isto significa
que pode-se selecionar a área exata da qual se deseja uma imagem. Portanto, os magnetos
gradientes têm a função de mudar o campo magnético na parte do corpo a ser estudada. Se eles
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mudam o campo local, conforme pode-se ver na equação (6), muda-se a frequência angular, assim,
pode-se localizar espacialmente de onde vem o sinal emitido.
Com a introdução dos magnetos gradientes, pode-se variar linearmente, em uma dada
direção, a intensidade do campo magnético, como mostra a equação (7).
(7)
B z ( z ) = B 0 + ZG z
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diretos e indiretos causados pela incidência de radiação ionizante para tecidos biológicos. Tais efeitos
são benéficos tanto para os pacientes como para o médico e/ou técnico que aplicam o exame.
Outro ponto positivo da RMN é sua capacidade de gerar imagens de qualquer plano, não
havendo necessidade do paciente se movimentar.
Embora esse tipo de exame seja ideal para diagnosticar e avaliar vários problemas, ele tem
suas desvantagens:
• há muitas pessoas que não podem fazer esse exame por questões de segurança (por
exemplo, pessoas com marca-passos);
• é contra-indicado para pessoas que possuem claustrofobia;
• durante o exame, o equipamento faz barulho que é criado pelo aumento da corrente
elétrica nos fios dos magnetos gradientes;
• os pacientes devem ficar completamente imóveis durante longos períodos de tempo, o
que não ocorre na TC helicoidal;
• implantes metálicos, por exemplo, pinos, placas e articulações artificiais, na área onde
será feito o exame causam graves distorções nas imagens, porque o material cria uma alteração
significativa no campo magnético principal;
• os equipamentos de RMN são caros, o que acaba deixando os exames caros também.
Questões:
1. Observe a Figura 34 e explique a função de cada parte do equipamento de RMN,
utilizando para tanto seus conhecimentos físicos.
2. Explique o porquê do nome “Ressonância Magnética Nuclear”.
3. Qual a diferença entre o contraste da RMN e dos equipamentos que usam Raios-X?
4. a) Quais são os três tipos de magnetos principais que podem ser utilizados no
equipamento de RMN? b) Explique cada um deles. c) Pode-se dizer que um deles é o melhor?
Justifique.
5. Quais conceitos físicos estão envolvidos na seção 4.6.2 Texto 2: Ressonância
Magnética Nuclear?
6. Há alguma palavra na seção 4.6.2 Texto 2: Ressonância Magnética Nuclear que não foi
compreendida? Se existir, escreva-a.
7. Faça um mapa conceitual com os principais pontos do estudado na seção 4.6.2 Texto 2:
Ressonância Magnética Nuclear.
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4.6.3.1 Histórico
Segundo Haaga (1996), a primeira vez que foi realizada uma TC foi em 1970, por Goldfrey
Hounsfield. Tal cientista, por desenvolver a técnica utilizada no aparelho e Alan Cormack, por
desenvolver a matemática utilizada na reconstrução de imagens na TC, receberam, em 1982, o
Prêmio Nobel da Física.
Figura 36: a) aparelho da TC; b) aparelho de TC aberto, mostrando o tubo de Raios-X; c) esquema do
movimento do tubo de Raios-X na TC.
Fonte: Koch, Ribeiro e Tonomura, 1997.
60
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Já a Tomografia Linear não utiliza computadores. Esta tomografia não é mais utilizada
devido aos avanços das tecnologias atuais.
4.6.3.3 Funcionamento
Na radiologia convencional há o problema de que, ao estudar uma parte do corpo, por
exemplo, o tórax, a imagem fica prejudicada devido, principalmente, a dois fatores: a sobreposição
das estruturas anatômicas e a radiação dispersa. Segundo Bushong (2007) as tomografias podem
amenizar esses problemas.
• a Tomografia convencional, linear ou axial. Neste tipo de tomografia, conforme pode-se
observar na Figura 37, a imagem produzida é paralela ao paciente.
Esta tomografia é realizada por um aparelho, cujo gerador de Raios-X emite radiação
movendo-se, simultaneamente, em direção oposta ao filme, conforme pode-se ver na Figura 37b).
Este exame permite o estudo de estruturas ou lesões no sentido longitudinal, em
anteroposterior (no sentido de frente para trás), perfil (de lado) ou obliqua (fazendo um ângulo com o
paciente maior ou menor que 90º).
A Tomografia Linear vem sendo substituída pela TC porque esta possui vantagens
quantitativas e qualitativas nas informações e potencializa o uso da radiação, ou seja, usando menos
radiação pode-se obter imagens melhores.
61
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Segundo Garcia (2002), quando a fonte e o detector realizam uma translação de 180º sobre
o paciente, as partes do corpo analisadas atenuam a radiação, da mesma forma como foi visto na
seção 3.3.2 Grupo 2: formação de imagens radiográficas. A intensidade da radiação detectada varia
em relação a esse padrão de atenuação e formam-se projeções.
Depois do detector e da fonte fazerem uma volta de 180º sobre o paciente, eles retornam e
começam a fazer uma segunda varredura, resultando em uma segunda projeção e assim
sucessivamente. Cada varredura do conjunto fonte-detector proporciona uma projeção, que
representa o padrão de atenuação do corpo do paciente.
Essas várias projeções, realizadas durante o exame, são armazenadas em formato digital
no ordenador, o qual sobrepõe cada projeção para reconstruir uma imagem das estruturas
anatômicas, nas quais foi realizado o exame, através de cálculo matemático.
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6
Este texto baseia-se em Bushong (2007).
63
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também possuem um foco pequeno em torno de 0,6 mm, variando conforme o equipamento, o que
permite que a radiação seja bem focalizada na parte do corpo que se deseja examinar.
Ordenamento de detectores: os equipamentos de TC atuais possuem mais de um detector.
Estes se dividem em dois tipos: detectores de cintilação e os detectores a gás.
O detector de cintilação mais utilizado são os fotodiodos, que através do efeito fotoelétrico
convertem a luz em corrente elétrica. Esse detector é o menor, mais barato, não precisa de fonte de
energia e possui uma eficiência alta de 90%.
Os detectores a gás são constituídos por uma câmera metálica com defletores separados
em intervalos aproximados de 1 mm. Os defletores são compostos de lâminas que dividem a câmara
em vários compartimentos.
Cada compartimento funciona como um detector de radiação independente, pois todo o
conjunto de detectores está selado com um gás de elevado número atômico. Como o efeito
fotoelétrico é diretamente proporcional a Z³, se no detector há um número atômico elevado
(dependendo se a radiação é suficiente para ionizar o gás) haverá emissão elétrica que (se haver
diferença de voltagem) gerará corrente elétrica. Assim, a radiação produzirá uma corrente elétrica
proporcional a ela que poderá ser medida. A ionização do gás, em cada câmara é proporcional à
radiação incidente na câmara e é detectada de forma análoga ao que ocorre nos detectores de
radiação.
Entretanto, os detectores a gás têm uma eficiência muito inferior em comparação aos
detectores de cintilação. Nos primeiros a energia precisa ser alta (região dos Raios-X e raios gamas
mais energéticos), para que se consiga ejetar elétrons do gás (ionizando-o). Nos segundos, há a
produção de luz, tanto quando ejeta-se elétrons dos átomos do material que o compõe tanto quando
excita-os. Os detectores a gás possuem a eficiência de apenas 45%, contribuindo para o aumento da
radiação que incide sobre o paciente.
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a)
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A absorção de Raios-X nos tecidos depende do coeficiente de atenuação linear, que por
sua vez depende do número atômico dos átomos que constituem o tecido e da energia dos Raios-X.
A quantidade de radiação que penetra no paciente também é determinada pela densidade da massa
na parte do corpo estudada.
A resolução de contraste é melhor na TC do que na radiografia convencional,
principalmente pela utilização do colimador pré-detector, que diminui drasticamente a radiação
dispersa, pois como o colimador é feito de material que possuí átomos com número atômico alto
absorve a radiação espalhada, como pode-se observar na Figura 42.
Na TC pode-se utilizar meios de contraste a base de iodo, cuja densidade permite não só
dissociar vasos como demonstrar processos dinâmicos de funcionamento dos órgãos estudados.
Questões:
1. Explique o funcionamento da TC de 4º geração.
2. Quais são as vantagens da Tomografia de 4º geração em relação à tomografia linear?
Proponha melhorias nessa Tomografia.
3. Explique a Figura 41: a) componentes da TC; b) pórtico com suas partes.
4. Faça uma tabela com as diferenças e semelhanças entre a TC, a Tomografia Linear e a
Radiologia Convencional?
5. Qual a vantagem de existir um colimador pré e pós-detector?
6. Cite três vantagens e três desvantagens da TC?
7. Quais os conceitos físicos envolvidos na seção 4.6.3 Texto 3: Tomografia?
8. Há alguma palavra na seção 4.6.3 Texto 3: Tomografia que não foi compreendida? Se
houver, escreva-a abaixo.
9. Faça um mapa conceitual com os principais pontos do estudado na seção 4.6.3 Texto 3:
Tomografia.
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7
Texto baseado em Bushong (2007).
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A maioria dos equipamentos utiliza tubos de Raios-X com dois pontos focais (de onde é
emitida a radiação). O ponto focal pequeno é usado para exames de alta resolução e o grande para
estudo de partes anatômicas grandes.
Detectores de Raios-X: a eficiência da matriz detectora de Raios-X reduz a dose ao
paciente, permite um tempo de análise mais rápida e melhora a qualidade da imagem.
Geração de alta voltagem: em um aparelho de TC helicoidal os dois geradores de alta
voltagem devem ser ajustados a potência máxima (P), que depende de cada equipamento, pois
assim, em menos tempo (t) realizarão mais trabalho (W) (lembrar que a potência é calculada por
P=W/t).
Há duas características que diferenciam este equipamento dos demais: 1º) ao invés de
possuir apenas uma matriz possui duas ou mais matrizes paralelas que contem milhares de
detectores individuais; 2º) essas matrizes com esses vários detectores exigem um ordenador muito
rápido e de alta capacidade.
Matriz detectora de múltiplos cortes: hoje existem equipamentos que possuem matrizes
detectoras que realizam até 16 cortes simultaneamente.
A matriz detectora de múltiplos cortes mais simples é aquela de quatro cortes e de
espessura igual, possuindo um fator de deslocamento do feixe de dois por um. Portanto, o
deslocamento da cama do paciente é o dobro da espessura do feixe de Raios-X, conforme pode-se
ver na equação 8. A largura de cada matriz é de 5 mm, resultando em 4 cortes de 5 mm cada um.
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TEXTOS DE APOIO AO PROFESSOR DE FÍSICA – IF – UFRGS- PARISOTO, M. F. & MORO, J. T.- v 21 n.3.
(8)
Figura 47: matriz de quatro detectores que permite que modifique a largura do corte.
Fonte: Bushong, 2007.
Entretanto, essa melhora na resolução de contraste vem acompanhada por uma redução da
resolução espacial, devido ao aumento do tamanho do vóxel (pixels em três dimensões). Contudo,
pode-se analisar um volume de tecido maior com resolução de contraste original a um ajuste de mA
menor, pois assim haverá menor absorção da radiação.
O fator de deslocamento do corte tem a mesma formulação que o fator de deslocamento do
feixe, exceto que, no denominador, que é a espessura do corte ao invés da espessura do feixe de
Raios-X, conforme figura (9).
(9)
71
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Questões:
1. O que difere a TC da TC helicoidal?
2. A largura do corte de um exame de TC helicoidal de múltiplos cortes é de 0,5 mm. Se a
cama do paciente avança 8 mm por volta, qual é o fator de deslocamento do corte?
3. Quais são as diferenças e semelhanças estudadas entre a TC helicoidal e a TC
helicoidal de múltiplos cortes?
4. Cite três vantagens e três desvantagens da TC helicoidal?
5. Quais são os conceitos físicos envolvidos na seção 4.6.4 Texto 4: Tomografia
Computadorizada Helicoidal?
6. Há alguma palavra na seção 4.6.4 Texto 4: Tomografia Computadorizada Helicoidal que
não foi compreendida? Se houver, escreva-a abaixo.
7. Faça um mapa conceitual com os principais pontos do que foi estudado na seção 4.6.4
Texto 4: Tomografia Computadorizada Helicoidal.
Síntese: divide-se a sala em grupos compostos por quatro alunos. Em cada grupo haverá
uma pessoa que estudou cada um dos textos (4.6 Atividade 5: colagem e questões). Os integrantes
dos grupos têm como objetivo dessa atividade, discutir os textos e resolver em conjunto com o seu
grupo de estudo as questões, de modo que todos os aprendizes tenham todas as respostas e
debatido todos os textos.
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5. Aulas 9 e 10
Organizador Prévio:
Objetivo do organizador: propiciar interação entre os conceitos novos com os já existentes
na estrutura cognitiva dos alunos, buscando favorecer a aprendizagem significativa. Mais
especificamente utilizar um filme http://www.youtube. com/watch?=bTzr6Ulw_e0 que traz a ideia de
colisões presentes em uma mesa de sinuca, para que sirva como base para a aprendizagem
significativa de colisões nos cíclotrons.
Situação-problema: durante muito tempo imaginou-se que os olhos imitiam radiação que
incidia sobre os objetos que a refletiam e que essa radiação, segundo essa teoria, era vista pelo
observador. Hoje, na PET, ocorre algo semelhante. O pósitron (antipartícula do elétron) e o elétron ao
interagirem se aniquilam, transformando a massa dos dois em energia, segundo a equação de
Einstein E= m.c². Se você fosse professor do Ensino Médio (EM) como você explicaria as diferenças
e semelhanças entre os dois fatos narrados para seus alunos? Como você provaria que a teoria de
emissão de radiação pelos olhos está incorreta?
Síntese: os alunos da sala serão divididos em três grupos. Cada um dos quais debaterão
um dos textos e resolverão em conjunto as questões presentes no final dos textos, para que todos os
aprendizes tenham todas as respostas e tenham debatido os textos.
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Segundo Machado (2006), para produzir radiações em partes específicas do corpo humano
utilizam-se radiofármacos. Um radiofármaco incorpora dois componentes: um radioisótopo, partícula
emissora de radiação beta, para tratamento terapêutico ou partícula emissora de radiação gama, para
diagnóstico e uma molécula orgânica com fixação preferencial em determinado tecido ou órgão.
A emissão de radiação pelos elementos radioativos deve-se à instabilidade atômica. Esses
elementos são chamados de radioisótopos e emitem radiação eletromagnética (gama) e/ou
corpusculares (beta).
Segundo Machado (2006), as moléculas orgânicas mais utilizadas são o Nitrogênio, o
Oxigênio, o Flúor e o Carbono, pois:
• compreende-se bem a química orgânica;
• os átomos de O, N e C estão presentes em quase todo o corpo;
• o pósitron emitido pelo flúor possuí uma baixa energia (635 keV), se comparado a maioria
dos outros pósitrons. Quanto menor é a energia, menor é a distância percorrida pelo pósitron antes
de se aniquilar com o elétron, logo a incerteza entre o lugar de aniquilação é também menor.
Nos exames de Medicina Nuclear são utilizados diferentes emissores gama, aos quais são
caracterizados pelo tipo de energia de emissão, constante de desintegração e a meia vida do
material.
Segundo Sorenson (1987), após administrado ao paciente o material radioativo, uma
câmera especial é utilizada para formar as imagens do corpo. A câmera (normalmente chamada de
gama-câmara) possui detectores que captam a radiação gama emitida pelo corpo, de forma análoga
aos detectores nos equipamentos de Raios-X. Na Figura 48 há uma imagem de um desses
detectores.
De acordo com Dimenstein (2002), essa câmara possui um sistema de colimação com
múltiplos furos, um cristal de cintilação de NaI (iodeto de sódio) e um conjunto de fotomultiplicadores
ligados a circuitos eletrônicos de posicionamento e energia.
Segundo Dimenstein (2002) as principais características e propriedades físicas dos
detectores a base de cintilação então na Tabela 3. Na primeira coluna há o símbolo e o nome dos
materiais que formam os detectores de cintilação. Na segunda coluna há a densidade dos materiais
que formam os detectores de cintilação. Na terceira coluna, há o comprimento de onda emitido pelo
detector quando absorve a radiação ionizante e a transforma em mais ondas, porém com menos
energia que as radiações ionizantes para tecidos biológicos, utilizados na Medicina Nuclear.
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2º) a quantidade de radiação que o paciente recebe num exame de Medicina Nuclear é
menor do que a radiação recebida em outros exames que utilizam radiação ionizante.
3º) a concentração de radiofármacos é tão baixa que não há perigo de interferir
significativamente com os processos fisiológicos.
Há várias técnicas de diagnóstico com imagens na Medicina Nuclear. Entre essas técnicas
estão:
• PET;
• SPECT;
• imagem cardiovascular;
• varredura óssea.
Todos esses métodos usam elementos radioativos nos exames. Serão vistas as
características dos dois primeiros, respectivamente, nas seções 5.4.2 Texto 2: Tomografia por
Emissão de Pósitrons (PET) e 5.4.3 Texto 3: Tomografia Computadorizada por Emissão de Fóton
Único (SPECT).
Questões:
1. O que é Medicina Nuclear?
2. O que são radioisótopos?
3. Relembrando: O que é meia vida e atividade?
4. Quais são os conceitos físicos envolvidos na seção 5.4.1 Texto 1: Medicina Nuclear?
5. Há alguma palavra na seção 5.4.1 Texto 1: Medicina Nuclear que não foi compreendida?
Se há escreva abaixo.
6. Faça um mapa conceitual com os principais pontos do que foi estudado na seção 5.4.1
Texto 1: Medicina Nuclear.
5.4.2.2 Exame
De acordo com Machado (2006), o exame da PET é utilizada apenas em alguns hospitais,
pois é necessário um cíclotron que produza o material radioisótopo, que tem meia-vida de apenas
algumas horas.
Segundo Sorenson (1987), o radioisótopo mais utilizado é o Flúor (F-18), que tem meia vida
de 109,6 minutos. Esse material emite um pósitron que surge da transformação de um próton em
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nêutron o qual, numa reação de aniquilação de pares, emite dois Raios gamas em direções opostas,
com energia de 0,511 MeV cada, conforme pode-se observar na equação 10.
(10)
e- + e+ γ+γ
maior for esta energia, mais elétrons a radiação vai extrair do detector, mais excitação haverá no
monitor, tornando a imagem mais clara, identificando, dessa forma, a posição e a energia do pósitron
que os originou. Há aparelhos que convertem estas diferentes intensidades nas cores do arco-íris.
Os radioisótopos, de acordo com Williams (1991), são formados incidindo nêutrons com alta
energia cinética em substâncias químicas.
Na PET, detecta-se os Raios gama emitidos do local onde um pósitron, emitido do
radioisótopo, colide com um elétron no tecido, conforme observa-se na Figura 50. Em a) radioisótopo
instável emitindo pósitron; b) pósitron se aproximando do elétron; c) encontro do pósitron e do elétron;
d) formação de dois raios gamas em direções opostas a partir da aniquilação do par pósitron-elétron.
80
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Segundo Sorenson (1987), os PETs e TCs da mesma área são frequentemente analisados
simultaneamente para correlacionar informações fisiológicas com alterações morfológicas, a esses
aparelhos denomina-se de PET/CT. O equipamento sobrepõe as imagens metabólicas (PET) com as
imagens anatômicas (CT), produzindo assim um terceiro tipo de imagem.
Uma das vantagens da PET é que ela mostra imagens do cérebro em atividade, fornecendo
detalhes da função cerebral de áreas distintas do cérebro humano.
Questões:
1. Como ocorre a PET? Explique detalhadamente.
2. O que é PET/CT? Quais são as vantagens desse exame?
3. UFRGS (2007). O PET (Positron Emission Tomograpy ou Tomografia por Emissão de
Pósitron) é uma técnica de diagnóstico por imagens que permite mapear a atividade cerebral por
meio de radiações eletromagnéticas emitidas pelo cérebro. Para a realização do exame, o paciente
ingere uma solução de glicose contendo o isótopo radioativo flúor-18, que tem meia vida de 110
minutos e decai por emissão de pósitrons. Essa solução é absorvida rapidamente pelas áreas
cerebrais em maior atividade. Os pósitrons emitidos pelos núcleos de flúor-18, ao encontrar elétrons
das vizinhanças, provocam, por aniquilação de pares, a emissão de fótons de alta energia. Esses
fótons são empregados para produzir uma imagem do cérebro em funcionamento.
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Supondo que não haja eliminação da solução pelo organismo, que porcentagem da
quantidade de flúor-18 ingerido ainda permanece presente no paciente 5 horas e 30 minutos após a
ingestão?
a) 0 %
b) 12,50 %
c) 33,33 %
d) 66,66 %
e) 87,50 %
4. Quais conceitos físicos estão envolvidos na seção 5.4.2 Texto 2: Tomografia por
Emissão de Pósitrons (PET)?
5. Há alguma palavra na seção 5.4.2 Texto 2: Tomografia por Emissão de Pósitrons (PET)
que não foi compreendida? Se houver, escreva-a abaixo.
6. Faça um mapa conceitual com os principais pontos estudados na seção 5.4.2 Texto 2:
Tomografia por Emissão de Pósitrons (PET).
5.4.3.2 Exame
A SPECT é uma técnica tomográfica de imagem Médica da Medicina Nuclear que utiliza
radiação gama. Na Figura 52 há uma imagem do aparelho que realiza a SPECT.
A SPECT é uma técnica similar à PET, mas as substâncias radioativas usadas na SPECT
possuem tempos de decaimento mais longos. Segundo Cavalcante (2000), neste tipo de exame,
geralmente é usado o Tecnécio que possui meia vida de 6 horas e vida média de 8h41min. Possuir
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TEXTOS DE APOIO AO PROFESSOR DE FÍSICA – IF – UFRGS- PARISOTO, M. F. & MORO, J. T.- v 21 n.3.
um tempo de decaimento mais longo é muito útil, pois dessa forma pode-se produzir o material
radioativo e armazená-lo por algum tempo. Sendo assim, não há necessidade da SPECT estar muito
próximo a um acelerador, pois pode-se produzir esse material radioativo e enviar para hospitais que
não possuem aceleradores.
Na PET o acelerador precisa estar mais próximo aos hospitais, pois o tempo de decaimento
é inferior. O flúor-18, mais usado neste tipo de exame, possui uma meia vida de 109,6min (1h50min)
e vida média de 159 min (2h39min), embora, o tempo de vida não seja fixo, podendo variar
dependendo das interações.
Na PET, há a análise dos raios gamas duplos, que são produzidos pela interação de um
pósitron com um elétron dos átomos que constituem o tecido que será analisado do paciente. Já na
SPECT há a emissão de fótons de raios gama produzidos pelo núcleo dos radionuclideos.
A imagem da PET é mais detalhada do que a imagem da SPECT, pois na PET são
analisados raios gamas duplos ao invés de simples, fornecendo imagens mais detalhadas.
Entretanto, a técnica de SPECT é menos cara que a PET. Além disso, os centros com SPECT são
mais acessíveis, porque não necessitam estar tão próximos quanto a PET de um acelerador de
partículas.
8
Texto baseado em Dimenstein (2002).
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A Penetração Septal: os Raios Gama são emitidos em direção ao colimador, mas não
paralelamente a ele, sendo assim, há uma pequena chance da radiação atingir o cristal e interagir
com ele.
O Espalhamento do Objeto: os raios não são emitidos na direção dos buracos do colimador,
mas são espalhados pelo corpo e passam por eles, sendo detectados. Os raios perdem energia
durante o espalhamento e produzem um sinal menor no detector.
O Evento Válido: os raios gama são emitidos paralelamente aos buracos do colimador,
atravessa um deles e interage fotoeletricamente com o cristal, depositando toda a sua energia em
apenas um local. Essa interação é a melhor das quatro, pois todo fóton incidente é convertido
totalmente em energia elétrica.
A Detecção de Espalhamento: os raios gama são emitidos paralelamente aos buracos do
colimador, atravessa um deles e interage por espalhamento Compton com o cristal. Os Raios
espalhados podem interagir uma segunda vez com o detector. Para a imagem, essa segunda
interação é maléfica, pois causa a perda da nitidez.
• Fotomultiplicadores: multiplicam o sinal produzido pela luz incidente, em torno de 100
milhões de vezes, possibilitando que um único fóton seja detectado quando há pouca incidência de
radiação. Depois de ser arrancado elétrons das células fotoelétricas é passado esses elétrons por um
transdutor onde é amplificado a corrente elétrica, esta é processada pelo computador. Estudou-se os
fotomultiplicadores na seção 3.3.1 Grupo 1: Fluoroscopia, Fluoroscopia Digital.
5.4.3.4 Imagem
Para capturar a imagem de SPECT, a Gama Câmara é rotacionada em volta do paciente.
São capturadas múltiplas imagens bidimensionais (2D) do corpo.
Na maioria dos casos é dada uma rotação de 360 graus com a gama câmara para obter a
otimização na reconstrução.
Os equipamentos mais modernos têm mais de um detector. Quanto mais detectores o
equipamento tiver, maior será a área que ele captará a radiação simultaneamente. O que resultará
num menor tempo total de exame.
A resolução da imagem depende principalmente dos seguintes fatores:
• da energia: se a energia for muito baixa, há uma maior probabilidade da radiação ser
absorvida por efeito fotoelétrico, dessa forma menos radiação atravessa o paciente e, portanto menos
radiação é usada para produzir a imagem o que prejudica a formação dela;
• da eficiência de coleta: quanto mais o detector absorver radiação ionizante ejetando, a
partir dela, elétrons, mais eficiente é a coleta.
• da distância: a distância da fonte ao detector está ligada diretamente à eficiência de coleta.
Quanto menor à distância, maior a eficiência de coleta. É por isso que, no momento do exame, os
detectores do equipamento são aproximados do paciente.
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• do tipo de buraco do colimador: cada tipo de buraco tem o seu campo de captação. O
colimador de furos paralelos capta radiação de uma área exatamente do tamanho da sua. O
colimador de furos convergentes capta radiação de uma área menor do que a dele. E o colimador
divergente capta radiação de uma área maior do que a dele.
A reconstrução tomográfica consiste em extrair informações a partir de projeções em vários
ângulos ao redor do paciente. No caso da SPECT, o objetivo da reconstrução é encontrar a
distribuição de radioisótopos depositados no órgão de estudo. Primeiro, são reconstruídos cortes
desse volume e depois eles são empilhados, de forma que o resultado seja dado em 3D.
No mapeamento através da PET e da SPECT, a cor preta significa atividade nula, ou seja,
que não esta sendo emitido radiação gama, enquanto o branco significa o nível mais alto de
atividade, ou seja, que está sendo emitido radiação gama.
Os equipamentos modernos convertem as várias tonalidades do cinza em tons das cores do
arco-íris, sendo que o vermelho representa a contagem mais alta, seguido do amarelo, depois do
verde, e assim por diante. Azul, violeta e preto representam os níveis mais baixos de atividade, na
ordem apresentada.
Questões:
1. Explique o nome SPECT.
2. Como ocorre o exame da SPECT? Explique detalhadamente.
3. Quais são os componentes do sistema de detecção da gama câmara? Explique cada um
deles.
4. Cite duas vantagens e desvantagens da SPECT em relação a TC.
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Síntese: os alunos serão divididos em dez grupos, cada um recebera uma imagem de um
equipamento com as partes estudadas. Eles deverão apresentar sobre o equipamento que
escolheram, estabelecendo, simultaneamente, uma linha histórica, utilizando várias ferramentas
como os mapas conceituais. Explicarão as partes principais, os conceitos físicos envolvidos, as suas
vantagens e desvantagens, tanto para as pessoas quanto para o meio no qual os equipamentos
estão inseridos, apresentado o histórico deles, de modo a fazer a reconciliação integradora proposta
por Ausubel (2002). Cada grupo colará em um cartaz as imagens dos equipamentos em um ordem
cronológica.
As apresentações versarão sobre: Medicina Nuclear: PET e SPECT; Radioterapia
(teleterapia, braquiterapia); Ressonância Magnética Nuclear; Ultrassonografia; Tomografia;
Fluoroscopia; Mamógrafo; Equipamento de Raios-X; Detectores de Radiação; Formadores de
Imagem Radiológica.
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TEXTOS DE APOIO AO PROFESSOR DE FÍSICA – IF – UFRGS- PARISOTO, M. F. & MORO, J. T.- v 21 n.3.
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7. Apêndice
7.1 Apêndice 1: fichas.
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101
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n°. 2 Radioatividade
Brückmann, M. E. e Fries, S. G., 1991.
n°. 14 Uma introdução conceitual à Mecânica Quântica para professores do ensino médio
Ricci, T. F. e Ostermann, F., 2003.
v.16, n.4 Atividades de Ciências para a 8a série do Ensino Fundamental: Astronomia, luz e
cores
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v.17, n.1 Circuitos elétricos: novas e velhas tecnologias como facilitadoras de uma
aprendizagem significativa no nível médio
Moraes, M. B. dos S. A., Ribeiro-Teixeira, R. M., 2006.
v.17, n.2 A estratégia dos projetos didáticos no ensino de Física na educação de jovens e
adultos (EJA)
Espindola, K. e Moreira, M. A., 2006.
v.17, n.4 Roteiros para atividades experimentais de Física para crianças de seis anos de idade
Grala, R. M., 2006.
v.17, n.5 Inserção de Mecânica Quântica no Ensino Médio: uma proposta para professores
Webber, M. C. M. e Ricci, T. F., 2006.
v.17, n.6 Unidades didáticas para a formação de docentes das séries iniciais do ensino
fundamental
Machado, M. A. e Ostermann, F., 2006.
v.18 n.5 Material de apoio didático para o primeiro contato formal com Física; Fluidos
Damasio, F. e Steffani, M. H., 2007.
v.19 n.1 Ensino de Física Térmica na escola de nível médio: aquisição automática de dados
como elemento motivador de discussões conceituais
Sias, D. B. e Ribeiro-Teixeira, R. M., 2008.
v.19 n.3 Um curso introdutório à astronomia para a formação inicial de professores de ensino
fundamental, em nível médio
104
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v.19 n.6 Uma alternativa para o ensino da Dinâmica no Ensino Médio a partir da resolução
qualitativa de problemas
Facchinello, C. S. e Moreira, M. A., 2008.
v.20 n.1 Uma visão histórica da Filosofia da Ciência com ênfase na Física
Peter, E. A, e Mors, P. M., 2009.
105