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Notas de Aula
Fevereiro 2012
Mecânica dos Solos B. N. Melo
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Mecânica dos Solos B. N. Melo
Sumário
Aula 1 Introdução ao Curso de Mecânica dos Solos 1
1.1. Evolução Histórica da Geologia de Engenharia 2
1.1.1. Evolução Histórica da Geologia de Engenharia Brasileira 2
1.2. Estudo da Terra 4
1.3. Minerais e Rochas 5
1.3.1. Rochas Empregadas na Construção Civil 8
1.3.1.1. Rochas Ígneas 8
1.3.1.2. Rochas Sedimentares 9
1.3.1.3. Rochas Metamórficas 10
Aula 2 A Formação Do Solo - Tamanho e Forma Das Partículas 12
2.1. Introdução 12
2.2. Intemperismo 13
2.3. Tamanho e Forma das Partículas 13
Aula 3 Granulometria 16
3.1. Ensaios de Sedimentação 18
3.2. Coeficiente de Não Uniformidade 19
3.3. Coeficiente de Curvatura 20
Aula 4 Índices De Consistência 22
4.1. Introdução 22
4.2. Estados de Consistência 22
4.3. Ensaios 23
4.4. Índices de Consistência 24
4.5. Atividade das Argilas 25
4.6. Classificação Unificada 25
4.7. Classificação AASHTO 29
Aula 5 Índices Físicos 32
5.1. Introdução 32
5.2. Estados de Consistência 32
5.3. Ensaios 33
Aula 6 Compactação Dos Solos 35
6.1. Introdução 35
6.2. Ensaio de Compactação – Proctor 35
6.3. Índice de Suporte Califórnia (CBR) 40
Aula 7 Princípio das tensões efetivas 41
7.1. Tensões no Solo 41
7.2. Tensões Efetivas 41
7.3. Esforços Geostáticos 42
Aula 8 Propagação das tensões no solo 44
8.1. Acréscimos de Tensões no Solo 44
8.1.1. Carga Concentrada na Superfície do Terreno 44
8.1.2. Carregamentos para Áreas Retangulares 46
8.1.3. Carregamento Uniforme sobre Placa Retangular de Comprimento Infinito 50
8.1.4. Carregamento Uniformemente Distribuído sobre Área Circular 51
8.1.5. Gráfico de Newmark 54
Aula 9 Adensamento 56
9.1. Teoria do Adensamento 56
Obtenção do Coeficiente de Adensamento a partir do Ensaio de Determinação da
9.2. 59
Deformabilidade dos Solos
9.2.1. Método de Casagrande (Logaritmo do Tempo) 59
9.2.2. Método de Taylor (Raiz Quadrada do Tempo) 60
Aula 10 Deformações devidas a carregamentos verticais 61
10.1. O Adensamento das Argilas Saturadas 62
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b) Geotecnia aplicada:
Engenharia de Fundações
Engenharia de Túneis
Engenharia de Barragens
Engenharia de Pavimentação
Geotecnia Ambiental
A Mecânica dos Solos surgiu como ciência em 1925 (Karl Terzaghi), como trabalho
intitulado “Mecânica da Construção baseada na Física dos Solos”.
Por Terzaghi (1944) e Vargas (1977), podemos entender a Mecânica dos Solos
como a disciplina responsável pelos estudos teóricos e práticos sobre o comportamento
dos solos - materiais terrosos - naturais sob o enfoque de sua solicitação pela Engenharia.
A Mecânica dos solos estuda o comportamento dos solos devido à aplicações de tensões
(como nas fundações) ou devido ao alívio de tensões (como nas escavações) ou perante o
escoamento de água nos seus vazios.
As dificuldades encontradas quando se trata de solos são:
O solo não possui comportamento, tensão e deformação linear ou único
como é o caso do aço. Isto ocorre porque ele sofre, quando solicitado,
variação de volume, que altera sua resistência;
Comportamento do solo depende da solicitação, tempo de aplicação e meio
ambiente;
O solo é diferente em cada local;
O solo a ser pesquisado geralmente não está situado na superfície, mas sim
em horizontes profundos;
Muitos solos são sensíveis às pertubações na amostragem e não reproduzem
em laboratório suas características reais.
O Engenheiro Geotécnico atua em mapeamento geotécnico e mapas de risco,
projetos de escavação, túneis, compactação de aterros, fundações, instrumentação de
obras, percolação de fluxos em solos e rochas, contenções, geotecnia ambiental, entre
outros.
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Fonte: www.geologiadobrasil.com.br
A Terra não é um objeto inerte como se supunha no passado. Ela sofre contínuas
modificações internas (vulcões, terremotos, etc.) e externas (erosão, sedimentação, etc.).
Estima-se que o Sistema Solar ao qual pertence tenha cerca de 4,7 bilhões de anos.
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As rochas são formadas por minerais, que por sua vez são constituídos por
substâncias químicas que se cristalizam em condições especiais e têm propriedades
físicas e químicas definidas. O estudo dos minerais contidos em uma determinada rocha
pode determinar onde e como ela se formou.
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Rochas sedimentares: são formadas pelos sedimentos erodidos que vão se acumulando
nas depressões, denominadas bacias sedimentares, que com o tempo vão se
compactando transformando-se em rochas sedimentares. Os exemplos são os arenitos, os
folhelhos (rochas argilosas folheadas), os calcários, argilitos, etc.
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GRANITOS
Utilizados geralmente como brita, lajes polidas, blocos, etc;
Possuem grande resistência e esforços compressivos, chegando a suportar 270
MPa;
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BASALTOS E DIABÁSIOS
Utilizados principalmente como brita;
São empregados secundariamente em ornamentação;
Os diabásios de textura grossa, quando polidos apresentam um aspecto original
devido à disposição dos cristais de feldspato. Resistência à compressão 190 MPa.
ARENITO
São utilizados para pedra de calçada (Mosaico Português).
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ARGILITOS E SILTITOS
Varvitos de Itu, utilizado como revestimento de residências.
CALCÁRIOS
Travertino para revestimento de fachadas.
GIPSITA
Gesso – grande emprego na fabricação de cimento Portland.
GNAISSE
Grande emprego em pavimentação: na forma de paralelepípedos ou mesmo sub-
base de rodovias;
Base em leitos de ferrovias;
Utilizada como pedra britada, quando o teor em mica é baixo;
Aceita polimentos – materiais de fino acabamento, usado em revestimentos.
ARDÓSIA
Alta resistência e de cor preta;
Utilizada como revestimento de piso.
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MÁRMORES
Revestimentos interiores / exteriores, pisos;
Mármores coloridos e sulcados de veias: geralmente não dão pavimentos duráveis e
econômicos, principalmente quando expostos ao tempo – revestimentos de
paredes;
Pisos: mármores de granulação fina e compacta.
QUARTZITOS
Utilizados em lajes, tanto em fachadas como em pisos;
Grande resistência aos desgastes físico e químico;
Itacolomito: quartzito micáceo – Minas Gerais. Comercialmente conhecido como
pedra mineira – piscinas.
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2.1. INTRODUÇÃO
b) Transportado
Caracterizado pelo solo residual que sofre a ação transportadora dos agentes
geológicos: mar, rio, vento, gelo, gravidade.
Coluvionar: ação da gravidade
Aluvionar: ação das águas correntes
Glacial: ação de geleiras
Eólico: ação do vento
Orgânico: ocorrência em áreas topograficamente e geograficamente bem
caracterizadas (bacias e depressões continentais, baixadas marginais e
baixadas litorâneas.
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2.2. INTEMPERISMO
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Sendo:
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas
MIT - Massachussets Institute of Tecnology
USBS - United States Bureau Of Standard
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AULA 3 – GRANULOMETRIA
Essa distribuição, representada pela curva indica, para cada “diâmetro do grão”,
qual é a porcentagem em peso do solo. A curva de distribuição é representada por gráfico
mono-log, eixo da abscissa (log dos tamanhos) e a ordenada (porcentagem em peso)
(Figura 10).
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Lembrando, que as partículas finas de solo tem forma bastante diferente da esfera.
Calcula-se, portanto, o diâmetro equivalente.
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Como os solos são uma mistura de partículas de diversos tamanhos faz-se uma
analise granulométrica conjunta.
Partículas coloidais Ø < 0,0002mm, não sedimentam, por causa da força repulsiva
entre elas.
Dessa forma,
Resultando:
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γi = leitura do densímetro
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4.1. INTRODUÇÃO
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4.3. ENSAIOS
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IP = LL – LP
IP = 0 → Não plástico
1 < IP < 7 → Pouco plástico
7 < IP < 15 → Plasticidade média
IP > 15 → Muito plástico
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Segundo Skempton, a medida da atividade da fração argilosa no solo pode ser feito
pela seguinte expressão:
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Critérios para determinação dos símbolos e nomes dos grupos usando ensaios de Classificação do Solo
laboratório (1) Grupo Nome do Grupo (2)
Pedregulho bem
Cu ≥ 4, 1 ≤ Cc ≤ 3 GW
Pedregulhos limpos graduado (5)
Pp,200 < 5% (3) Pedregulho mal
Pedregulhos: Cu < 4, e/ou 1 > Cc > 3 GP
graduado (5)
mais que 50%
Entre 5 e 12 %
da fração Nomes duplos GW – GM
passam na #200
grossa retido
na #4 ML, Pedregulho siltoso (5,
Pedregulhos com GM
Finos classificados MH 6, 7)
finos Pp,200 > 12%
como CL, Pedregulho argiloso
(3) GC
Solos grossos CH (5, 6, 7)
Pr,200 > 50% Areia bem graduada
Cu ≥ 4, 1 ≤ Cc ≤ 3 SW
Areias limpas (8)
Pp,200 < 5% (4) Areia mal graduada
Cu < 4, e/ou 1 > Cc > 3 SP
Areias: mais (8)
que 50% da Entre 5 e 12 %
Nomes duplos SW – SM
fração grossa passam na #200
passa na #4 ML, Areia siltosa
SM
Areias com finos Finos classificados MH (6, 7, 8)
Pp,200 > 12% (4) como CL, Areia argilosa
SC
CH (6, 7, 8)
IP > 7 pontos sobre ou acima Argila pouco plástica
CL
da linha A (9) (10, 11, 12)
Inorgânico
IP < 4 pontos abaixo da linha A Silte
ML
Siltes e argilas (9) (10, 11, 12)
LL < 50% Argila orgânica
(10, 11, 12, 13)
Orgânico (LL)s < 0,75 (LL)n OL
Silte orgânico
Solos finos (10, 11, 12, 14)
Pp,200 > 50% Pontos sobre ou acima da Argila muito plástica
CH
linha A (10, 11, 12)
Inorgânico
Silte elástico
Pontos abaixo da linha A MH
Siltes e argilas (10, 11, 12)
≥ 50% Argila orgânica
(10, 11, 12, 15)
Orgânico (LL)s < 0,75 (LL)n OH
Silte orgânico
(10, 11, 12, 16)
Solos altamente orgânicos Principalmente matéria orgânica, cor escura e cheiro Pt Turfa
GW – GC: Pedregulho bem graduado com argila SW – SC: Areia bem graduada com argila
GP – GM: Pedregulho mal graduado com silte SP – SM: Areia mal graduada com silte
GP – GC: Pedregulho mal graduado com argila SP – SC: Areia mal graduada com argila
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Sistema desenvolvido nos Estados Unidos objetivando classificar os solos para fins
rodoviários, por esse motivo também é conhecido como Sistema Rodoviário de
Classificação.
GRUPOS:
A1 a A3 – Solos Grossos
A4 a A7 – Solos Finos
A8 – Solos Orgânicos
SUBGRUPOS:
IG (0 a 20) apresentado entre parênteses ao lado da classificação.
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Solos Grossos
35% ou menos passando na #200
Solos Silto-Argilosos
35% ou mais passando na #200
Silte Argila
IP ≤ 10% IP ≥ 11%
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SOLOS GROSSOS
Grupo A – 1: Pedregulhos e areia grossa (bem graduados) pouco plástico, possuem ótimas
características, utilizados como material de revestimento de solos siltosos e argilosos. IG =
0.
SOLOS FINOS
Grupo A – 4: Solos siltosos pouco ou não plásticos, com pequena quantidade de material
grosso e de argila. Possuem pouca estabilidade, não sendo apropriados para sub-leito de
pavimentos, provocando trincas nos pavimentos rígidos. IG = 8 (Máx.)
Grupo A – 5: Semelhantes aos solos A – 4, mas ricos em mica e diatomita. Não é indicado
como base, mas tolerado como sub-base. IG = 12 (Máx.)
Grupo A – 6: Argilas siltosas medianamente plásticas com pouco ou nenhum material
grosso, apresentam grandes variações de volume entre seco e úmido. Contra indicado
como base e sub-base. IG = 16 (Máx.)
Grupo A – 7: Semelhantes aos solos A – 6, mas com mais plasticidade e presença de
matéria orgânica. IG = 20 (Máx.)
TURFA
Grupo A – 8: Solos orgânicos e turfas. Imprestáveis.
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Figura 25: Fases do solo em função de seus volumes e pesos (HACHICH et al, 1996).
A relação entre massas mais utilizada é o teor de umidade (w), que é a relação
entre a massa de água e a massa de sólidos presentes na amostra.
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As relações entre pesos e volumes mais usuais são: o peso específico natural (γ ou
γn), o peso específico dos sólidos (γs) e o peso específico da água (γw).
Figura 26: Esquema de determinação do volume do peso específicos dos grãos (PINTO,
2000).
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Se Vs = 1 → e = Vv e Vw = Sr.e
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6.1. INTRODUÇÃO
Ensaios de Proctor
Ensaios de CBR
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Em que:
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Compacta-se uma amostra de solo num cilindro na umidade ótima até atingir a
massa específica aparente seca que se deseja. Inunda-se a amostra durante 96
horas no intuito de atingir a saturação e através de uma sobrecarga aplicada simula-
se a resistência que o peso do pavimento impõe e observa-se a sua expansão.
Após deve-se levar o cilindro à uma prensa e proceder a ruptura anotando os
valores de penetração e carregamento.
O valor CBR é definido como a relação entre uma carga unitária necessária para a
penetração de um pistão. O resultado é apresentado em uma curva resistência x
penetração.
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O princípio das tensões efetivas postulados por Terzaghi pode ser expresso em
duas partes:
1) ;
2) Qualquer acréscimo de resistência do solo só pode ser justificado em termos de
tensões efetivas.
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Em que:
γw = peso específico da água (10 kN/m3);
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Quando o solo estiver saturado, a tensão efetiva poderá ser calculada diretamente
utilizando-se o peso específico submerso (γ’ ou γsub).
Desta forma:
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Ou
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Sendo:
O ângulo da segunda parte deve ser em radianos;
Caso o denominador da segunda parte da equação for ≤ zero, deve-se somar π ao
ângulo.
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Quando uma das dimensões de uma placa retangular for muito superior à outra,
como no caso da sapata corrida (comprimento superior a duas vezes a largura), os valores
de tensão resultantes no maciço de solo podem ser obtidos por formulação desenvolvida
por Carothers & Terzaghi.
Figura 36: Placa corrida uniformemente carregada (BUENO & VILAR, 1984).
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Os esforços produzidos por uma placa uniformemente carregada que passa pelo
centro da placa, podem ser calculados por meio da integração da equação de Boussinesq,
para toda a área circular.
Tal integração foi realizada por Love. Na Figura 37 abaixo apresenta-se as
características geométricas da área carregada.
Figura 37: Placa circular uniformemente carregada – carga no eixo (BUENO & VILAR,
1984).
Para pontos situados a uma distância x do centro da placa, como na Figura 30:
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Figura 38: Placa circular uniformemente carregada – carga fora do eixo (BUENO &
VILAR, 1984).
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Iσ 0 0,10 0,20 0,30 0,40 0,50 0,60 0,70 0,80 0,90 1,00
r/z 0 0,27 0,40 0,52 0,64 0,77 0,92 1,11 1,39 1,91 ∞
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AULA 9 – ADENSAMENTO
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No qual:
k – Coeficiente de permeabilidade
e – Índice de vazios
γw – peso especifico da água
av – coeficiente de compressibilidade
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Em que:
σo - pressão uniformente distribuída na superfície
E e ν – são parâmetros do solo
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1- Solo pré-adensado
A tensão atual é menor que a máxima já suportada pelo solo:
σo’ e σf’ < σad’
Em que:
Cr – Índice de recompressão
Cc – Índice de compressão
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Processo de Casagrande
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A amostra é colocada num anel rígido, com uma pedra porosa acima e outra abaixo
da amostra que permitem a saída de água. O carregamento é feito em etapas através de
uma prensa que aplica cargas axiais.
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11.1. INTRODUÇÃO
Exemplos:
Evitar que o fluxo de água provoque a liquefação do solo do fundo da vala em uma
escavação;
Quantificar a água que percola através da barragem e da fundação;
Análise de recalque que ocorre pela expulsão da água (diminuição do índice de
vazios).
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Onde:
Q - vazão
k - coeficiente de permeabilidade
i - gradiente hidráulico
A - área do permeâmetro
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A velocidade de percolação é:
u – pressão neutra
g – aceleração da gravidade
v – velocidade
Mas a percolação provoca uma perda de carga total devido ao atrito viscoso com as
partículas do solo.
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SOLO k (m/s)
Argilas < 10-9
Siltes 10-6 a 10-9
Areias argilosas 10-7
Areias finas 10-5
Areias médias 10-4
Areias grossas 10-3
Pedregulhos > 10-3
Volume é medido.
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Verifica-se o tempo que a água na bureta leva para baixar da altura inicial.
3) MÉTODOS INDIRETOS
A correlação estatística de Hazen é uma fórmula aproximada, mas que oferece uma
boa indicação para areias com CNU < 5 (PINTO, 2000).
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Para um solo com os valores de “k” e “e” conhecidos, pode-se estimar através da
equação de Taylor, o “k” para outro “e”, pois quanto mais fofo o solo, mais permeável ele é
(PINTO, 2000).
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FLUXO VERTICAL:
FLUXO HORIZONTAL:
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Quando há fluxo, a diferença das cargas totais entre a entrada e a saída é h ou Δh,
que corresponde à pressão h.γw.
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*Pois neste caso a força transmitida à peneira que sustenta a areia é proporcional ao
peso específico submerso, mas aliviada da força de percolação, que tende a arrastar
as partículas do solo para cima.
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De onde:
Se → Areia movediça!
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Hipóteses:
A vazão que entra é igual à vazão que sai. Como o volume de água é constante
pode-se chegar à expressão conhecida como Equação de Continuidade.
Figura 56: Elemento bidimensional de solo sujeito à percolação (VILLAR & BUENO, 1985).
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Portanto:
kx = kz
A resolução da equação de fluxo leva a duas famílias de curvas, ortogonais entre si,
denominadas de linhas de fluxo e linhas equipotenciais.
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CANAIS DE FLUXO – É o espaço entre duas linhas de fluxo. A vazão entre as linhas de
fluxo é constante.
Portanto como a = b:
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Recomendações gerais:
Lembrar que as linhas de fluxo e as equipotenciais deverão ser normais entre si;
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Em que:
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Linha freática:
Neste caso, entre duas equipotenciais, a perda de carga será apenas altimétrica.
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A rede de fluxo deve ser desenhada sobre a seção transformada com elementos
quadrados e em seguida retornam-se todas as linhas à seção natural. Na seção natural os
elementos terão uma aparência retangular.
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15.1. INTRODUÇÃO
EXEMPLOS:
Muros de arrimo;
Taludes;
Sapatas de fundações;
Estacas;
Tubulões;
Túneis.
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s – resistência ao cisalhamento
σ – tensão normal
Em que:
r1 = c → coesão
r2 = tg Ø → coeficiente de atrito
Definir resistência para um solo não é tão simples, devido, sobretudo à dificuldade
de definir ruptura. A ruptura em um solo é um conceito complexo, pois envolve ruptura
propriamente dita e deformação excessiva.
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Note-se que o círculo tem como abscissa do centro o valor e que o raio
vale .
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círculo fornecerá as tensões no plano, como por exemplo, o ponto M que representa as
tensões num plano de inclinação “α” com a horizontal.
Existem dois planos perpendiculares entre si, nos quais as tensões de cisalhamento
são nulas. Esses planos são chamados de principais bem como as tensões normais que
neles atuam:
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Mecânica dos Solos B. N. Melo
Ao ensaiar vários corpos de prova “CPs” de um mesmo solo, sob distintas condições
de solicitação, teremos vários círculos de Mohr representativos das tensões nos corpos de
prova no instante de ruptura.
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1)
2)
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Os ensaios de campo mais utilizados são: o ensaio da palheta ou Vane test (usado
para medir a resistência não-drenada de argilas saturadas) e os ensaios de penetração
como o SPT e o CPT.
Sobre o corpo de prova são aplicadas tensões normais que permanecem constantes
até o final do ensaio. Essas tensões variam para cada corpo de prova, com o intuito de
poder definir pares de tensões diferentes.
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BIBLIOGRAFIA
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