Documenti di Didattica
Documenti di Professioni
Documenti di Cultura
Aula 5
coleçáo
História
Essencial da
Filosofia
po. Olalo de Ca.lalhô
EdiioÍ
Edson \'Íanoel de oh cüa lilho
Dagui Desigh
Aula 5
coleção
História
Essencial da
Filosofia
:,
ü
2006
ColeÇão História Essencial dâ Filosofia
Pré-SocÍáticos - Aula 5
por Olavo de Carvalho
Com essa aula. vamos ter que romper a ordem cronológicâ, porque
vamos retornar aos pré-socráticos. Mas isso náo será a única extra_
vâgância que vamos ter que Iazer: em parte devido à amplitude do
assunto, em pârte por um problema metodológico, teremos que colo_
car alguns conceitos com os quais vamos depois explicar as filosofiâs
pré socráticas.
Antes de entrarna exposição cronológicadas doutrinas,vou terque
dar uma aula que náo será histórica, mas sim teó ca, que vai colocar
um problema lundamental para a própda narrativa: existe um ceÍo
consenso - e isso se lerá em praticamente todas as hisióriâs da filoso_
fiâ antiga de que a filosofia se disiingue da úadiqáo anterior por ser
uma atividade de ordem racional. Esse apelo à idéia de râzáo é usado
para sustentar o argumento que afirma a filosofia como uma tradiçáo
ãuronomâ que noda deveric a5 lon.L s orie )Iai)
Houve, durante algum tempo, uma discussão a respeito disso - se
o que apareceu na Grécia já náo teria sido antecipado de algum modo
pelos egípcios, babilônios, judeus. etc. A tendência moderna é negar
essafiliaçáo oriental dafilosofiagegae afirmá_la como um movimento
novo, intelrament€ original, € o algumento básico para legitimar isso
é a distinçáo entre o que seria um conhecimento de tipo mítico. ou
mito-poético, e o conhecimento racionâl Isso quer dizer que, desde
os primeiros pré-socráticos, desd€ Iàles, os filósofos gregos estariam
já numa linha de investigações que os aproximaria antes da idéia do
cientista moderno do que da idéia dos proletas ou videntes de tradi_
çóes orientais antigas.
Pornais que cu estude lsso. nâo consigo entcnder exatamenie do que
estáo falando. À distinçáo €ntre o mito_poético e o racional, tal con1o é
oíerecidâ nâsvárias tlisrórlas daFilosoÍia. mesn1o nas mclhores delas..
Eu trouxe clois cxen1plos. Um ó o do Giovânni R€ale, A ri§tórid dl7
no começo havia o caos, dai. de dentro do caos, surgiu uma bdgâ entre
lulâno e sicrano, e assim por diantc? Aparentemente. a dilêrença náo é
lanta, e. portânio, aialéiade que há um abismo enÍre as fonies orientais
ou a tradição grega primitiva e a atividade filosóhca parece mais uma
alirmaçáo ârbitrária uma espécie de delêsa. como diríamos, partidária
e
ala âutonomiâ dessa atividade. A gcnl€ nota que, em todos aqueles que
E
c clo aliscurso científico moderno. no fim das conias, nào conseguindo
nos dizer no que consiste precisamente essa dilêrença específica do
racional e muito menos identificar de maneira puramente diferencial
a presenÇa desse elemento específico nos pré_socráticos, ele acaba nos
oterecendo iambém uma teoda que. pensândo bem, é mito-poética
aparcce ai menos como um conceito claro de uma coisa
que
^Íazào
a gcnte entenala do que como uma entidade iambém mítica chamada
Razâo, perânte a qual deveríamos nos prosternâr em sinal de respeito'
Entáo. iudo isso me parece uma teratomaquia, a lllta de monsiros:
cstamos no escuro; a gente está ouvindo aquela barulhada e náo está
mâs
entenalenalo nada. Conlesso que nâo entendo nadâ desse debate,
a gente perceber que náo está eniendendo é um grande passo pâra a
conquista do conhecjmento.
O que náo entenalo precisamente é o segÚintê' Ô da razão'
'Ôn'eito
ã nossa idéia "razáo', ela nâo nasce num momento histórico definido
com uma fronteira clara separando_a de outras capacidades cognitivas
que prealominassem antes. Náo só o homemvai tomando posse da /4zr;o
muito lentamente, e de maneira muito problemá1icâ: â dura verdade é
que até hoje ele náo conseguiu dizer exâtamente no que ela consiste'
Entáo. se os conceitos que estamos usando não estáo totalmente sob
ô nosso controle. muito menos poderíanos usálos como ferramenta
náo vâi
de aferiçáo ale outras coisas que também estáo confusas Você
explicâr o confuso pelo n€bll1osoe o nebuloso peloconJuso estácerto?
Nesses casos, a prudência recomenda você simpl€smente dizer: 'Olha'
eu náo €stou entendendo alireito esia coisa" -
e de fato ninguém está'
válidos. Ou, entâo. que ele prove que nào é possível teoria científica
alguma a respeito e que. no máximo, vamos ter que nos contentar com
uma fi gura mito-Poética.
Sc pegarmos a tese lundanenLâl dc Tales, dc que â origenr dc todas
o\ cLi.r. e a ogu". oe\cmu' ( i/c_. -l'lo t umr ir r"grm pocli'a' trr I 'i
nile poético, una met, oÍa poética, umâ figura poética ou é u ma teoria
científica?'. Uma ieoria cieniífica no senlido noderno. no sentido atual'
essa senicnEa náo podeÍia scr de jeiio nenhum. pelo sinples fato de
que
os critérios alc cieni ificidade quc hoje aceitanos não existian na época'
Enião. cra absolütamente impossível que Tales sozinho se aniecipassc
a 25 séculos de progresso clenrífico. dc progr€sso na autodefiniçáo du
ciência, e já por lelicidadc, enunciasse una lrase que tivesse todàs as
caracteríslicas lormais. Iógicas e epislemoiógicas do que hoie ent€nde
mos por un1a ieoriâ científica.
O quc seria o cnunclado de lhles à luz do método popperiano da
lalscabiliclade? Todo mundo sabc que Popper exigc de uma teoria
científica que, ao ser enunciada elâ iorne explícito em que condições
seriâ lalsa. Se ela prctende ser verdadeira. se vocô prelende que csse
seu enunciâdo seja verdadeiro. entáo. o quc seda prcciso para quc
elc losse falso'l Ou seja. que condiçÕes o desmeniiriam?
A teoria cientifica, segundo Poppc! tem que ser enunciada d€ tal
moalo que sua versáo falsa. ou scu aspecto falso. a possibilidade da sua
.1lr.laoce're-. trmb,n,e u"c'JJiilc_nrne rd.larr Ora.("4co"d:Lao
evidentemenie não é atcndida em nenhum grau p€la sentença de quc
'todas as coisas provêm da água'. Como você podc a provar: Parâ isso
ieria que enunciar como ficâria as coisas se clas não proviessenl da
água. mas sim de ouiÍas origens Provando a falsidade dessas ouÍras
origens, restaria â da água.
Mas qual s€ria a dilercnEâ enÍrc vir daáguâ ou vir do ar? Qual seria
mais primitivo. qual seria ani€rior? Sob certírs aspcctos, notamos que
o ar. por cx€mplo, iem el€mcntos dc unid€Ld€ - e se elc tem alguma
águâ. e não sendo evidentenentc cornposto só disso, entáo não pode'
ria, por si nlesmo, ser a origcm cla águâ. Desdc que a águâ é um dos
l0
clcmcntos que o compôem. ela nào pode ser o arqui'elemento do qual
sc compuscrân os [outros] vários componerriês P'r otiro lado o ar
lcin um elemento de rarefaçáo, tem um a§pecto dc rareiação naior que o
drLáglra; neste senlido, a água poderia seÍ vista como uma condensaçáo
dc algun dos componeni€s do ar Essas duâs vcrsões das coisas, uma náo
nos parcce mais verossímil que a outra Podemos argumentar indefinida_
Lrcnte em tavor de lrma. em lavor d€ ouim, e não chegaremos a nenhuma
,,."c r.,ào \o Íin, rcnamo. Jc aonir rque r.ênren.a,u,r a
"lt. rnrtita)
tbi simplesmente nral formulada.
O que queremos dizer com este "ma] lormulada"? Queremos
dizer que náo temos clareza suficiente quanto ao que é o ar ou é a
água para podennos saber qual dos dois veio antes. Para se saber se
unla coisa causou a outra. o
ínimo que se precisa saber é o que é
uma, o quc é a ol1tra... Entáo teríamos caido numa espécie de discurso
.lc múltiplo sentido, um discurso pluriss€nso. Ou scja, anles dcvocê ter
aexplicaçáo causal do ar ou daágua, precisaria ter a definiçào científica
.lo ar lato é que nào se tirha. Ora, sc Tales náo tinha a
e da água, e o
definiçáo científica da águâ, e muito menos uma definiçáo cientifica
dr) outro clemento da irase. isto ó, de "todas as coisas", entáo como é
que ele poaleria enunciâr) com esses elementos semânticos iáo vâgos,
táo aleatórios, táo frcuxos, umateoria científica? Ele não poderiafazcr
isso de maneira alguma.
À que !ipo cle expedência cognitiva nos remete ess€ cnunciado dc
ftàles. entào? É evidenie que tudo o que um sujeito cnuncia é porque
corrcsponde âaLgo queele pcnsou, quc ele inieligiu. que ele intuilr, que
ele imaginou. E se nâo temos a capacidade de remontar âlé essa expe
riênciâ. essa cogniçáo originária. simplesmentc náo entendemos o que
ele eslá alizendo. Ora, partindo dopincípio de que a espécie humana
desale o t€mpo de Tales nào n1udou muito na sua estrutura anatômica'
fisiolósicâ e, podanto. cognitivâ, devcmos admitir que qualquer que
ll
ienha sido sua c)rperiência ela ainda nos deve scr acessíve] pelo
menos inaginativâmentc. Não é possível quc com o lransclrrso dL)
tempo cla tenha se tornaclo tão estranha qlre seja impossível chegar
vai conllnuar tendo €ssa con§istência. essa rlgidez. Vocô pocl€ scntâr
aqui e .lizer: "Vamos esperar que ela âmoleEa" EIa náo vai anoleccr
Ou seja. esscs dados do mundo exicrior vão lazer o quc eles qucrem,
náo o quc você qu€r
Essa autonomL.r dos dados do mundo exterior é que nos fâz adniii
los como rcais. Se clcs se cun/asseln às nossas erigências inâginaiivas
rcrinmos uma c€rta dificüldâde de distingui-]os dos nossos próprios
|cnsar.entos. se. por excmplo. o suieito inragina que estâ mesa sai
v()ânclo e elà instântaneanentc saivoando: se olho esta distinlaplatéia
r imagiüo que toda ela se transfomou nun1â coleÇáo de beldades nuâs
rnsiosas para aiendcr â todas as ninhas fanlasias lúbricas. e isto acon-
tccc. eu teria uma certa dificuidade dc distinguir cntre o que ó o mundo
cxtcrior e o que é o meu próprio pensamento. Eu não sab€ria se essas
13
própÍias da suâ idadc adultâ pâra certas experiências que sáo idênticàs
às que você tinha quando era bcbê porque dormir é iudo a mesma
coisa para lodo mundo -, entáo você pode associar €sse mergulhar nas
águas profundas do sono a urna espécie dc reclro no tenrpo.
Isso âconiece tambén porque no sono náo sáo só as fonnas físicas
quc se dcslãzem, mas a rígida eÍrutura d€ iempo na qual vive os.
Sabemos que aquilo que aconleceu náo "desacontecc", sabemos quc
o tempo não recuâ ele pode ir para âdiânte, para üás ele nunca vâi,
mas no sono vai. No sono, coisas quc acontecerâm há vinie ou tínta
anos poden estar pÍesentcs como se lbssen agoia. E, também. coisas
que na vida de vigília você náo conseguiria record por um csforqo
conscienle de rememoraÇáo, clas poden lhe apatecer no sono ou num
estado de relaxêmento prolundo.
Não tcm esse pessoal que diz quc faz você recuar a vidas 'anteÍio_
res"? Naverdade, você não sabe se são anieriorcs. sabe é que sáo vidas
que lhc aparecem na imaginaçáo de algum modo. A associaçào de que
sáo encamâqóes ant€riores. quanto â isto. note bcm â suiiLeza: dizer
que uma f.ida lbi ânterior a outra prcssupôe umê eslrutura de tempo_
ralidade que náo é aquela que aparece no sonho e qlle não pode ser
traduzida imâginariamente. A estrutura de lempo não é \,isível, é uma
ordem iógica que a pessoa coloca, é uma articulaçáo quc só se pod€
lâzer quândo se está acordado.
No.onhu. nrrn" -ep_e\\4. \irrplc.n.Ln'e aia'er.Íiam \ários.pi_
sódios que, depois, quando eu acoÍdar. o tcrapeutâ de vidas passàdas
me dirá qlre lbram vidâs passadas e eu àcrediiâÍei. lnas. no instantc em
quc aparcceram, elas náo podem tcr aparecido como passadas Sevocê
reviveu as suâs vidas pâssadas tal como as vivell. naquele mon1ento
elâs nâo eram passadas, eram prcsentes. Se as revivcu sabendo quc
e'a n lo)iaJ.s àoa.r.\i\("de nan\rtuagurn, rpena) a\ in-tsino.
Existe uma impossibjlldade intrinsccâ de você ter u Ina cxperiência, uma
t4
rcvivescência das vidas passadas enquanto passadas. mas sim apenas
c(,'no vidas. (...)
Esse mergulho nas águas prolundas corresponde náo apenas a uma
(lissolução das formas sensíveis. mas a umâ djssoluçáo da estruiura
dc iempo e, portanto, dos elos de necessidade causal ao quâl estamos
rrlosÍumados nâ vida d€ vigília. Ora, sc vocé dissolvc as lorma s€nsíveis
c os elos de tempo, entáo é evidente que esiá dissolvendo toda a câdeia
clasconseqúências e rcmontando a um pincípio no qual todas as con_
scqüências que dc fato se desenrolâiâm depois âinda erâm possíveis de
maneira simultânea.
Antes das coisas acontecerem. todas elas sáo possíveis. E elâs sao
possÍveis qudndo? S imultaneamente, elas apareccn como possibilidâdes
simultâneas. quer dizer quc. nes se estado, você estaria renontando
Is so
L5
Na verdâde. isso nio se aplica só a essc câso extremo. hipcrüólico.
d1. rio, . p:..rdr.. rrJ- J ouâ qucr r( rrL I 'ÔÍa. ru oo quc qu(' ou' \r ê
Se eu peçor "Recorde algo. uma cena qualquer que você \'iveu". você \'ai
ver quc â recordação nâo duÍa tanto quânio a cenâ durou na \'erdade.
E. mâis ahda. verá quc náo tem rodos os elernentos quc csiavam na
cena. mas somcnlc âlgllns dclcs; âí, €sscs poucos €lcmenlos que você
recorclotlsáosuficientespâraI|esugcrÍosrestanres lssoócxatamenle
uma imagcnr poótica: você dlz um pouquinho d€ coisas qu€ sugerern
um monião cle ouiras quc você náo disse. Isso quer cliz€r que' literal_
nentc. icmos de admitir qlre â scntenqa de Tales é uma expressáo de
um cripe mento poéiico, € náo oulra coisa.
crcsçam e isso ttiis a ltida ptlrtl os a ímais e assi/] pot tlí|nte. ( ..))
Sim. sc a unr ortro tipo de conex,Lo qlre tâmbém se pode .
l\l\ina: Mas ele tafibém tica cam a lotfia de onde ele estfuet! o
de denh'o desLa sala tem u ÍotnLt...)
t7
Náo. veja, com o ar na.lâ dc visilel sc forma Vocô nao podc lâr€r
conl ele Ilada dc visível, nâda de espâcial: nno pode corrrprimi lo tanro
quc clc lorme algumâ coistl. Entào. a iüragcm do ar já nào s€ria tào sn-
gesii\iâ ou táo cloqircntc assinr. tanto qrrc.ssâ hipa)l€sc surge s(') dcpois
conr Arâ\nnürcs. mís nruito mais rârdc Ncsra conversa qre eslalrros
tcndLr aqlri. r lripaÍcse dr) âr sar surge como urnâ oposiçlo dialélica à
hip(')tcsc da áÍtlra u urc pârece qú. a analogla mais pró\ima da idéia de
fornraçilo, .:lc origcrrr c dc rtlorno i origcnl é realntcrle i1áiluâ
\bcapode uma(rira inragcnr a do claro e escuro. qu cr dizer.
a l'azcr
.lo csclrio como origcnr edo claroc( o clctivid.rde ou rnundo n1ân ilcsia'
I
lkr râmbam. Só. uc icria urn pcqrrcro froblcma: a§ coisâs qlre âparcce'r
no proc.sso dc passagcm da eslrridáo para a lurüinosidadc nao sáo
lornradas clas rnêsnras de cscuritlão c hriirrosidâde. entáo haveria uma
conlra.liçao cnrrc a i agcn e o que cla prciende rcpresenlâ. Njtrs a da
,!u ,r',' ..J.,.b. 1,.l'i.J/I 'r,J., P. i", qrr(,u' iiu-... u'r
sínbolo uriversal. Ora. essc sílnbolo aparcccrá lanibóln eúr nânatjvâs
mito poéricas. Na Bíblia. nâo lbi a águâ quc lornrorL iodns as coisas, nrâs
pclo n1cnos ela loi umn das prinlciras coisas que se iorm anr. qu.rrdo
Dcus scpllrâ um cslríLlo illnido.te urn cstrato §cco.
ll
lAlt.:,a (... ) catn a atinlaçaa de históÍeles íLe qu e a otigem de todas
ts toi\tb é lena. áHtltl, lago e ttt Íicou desíeitd ..ssa ali aÇno ( ")?l
Não Primeiro. cssâ allrmação veio muilo antcs de Aristóteles.
vclo corr Empédocle5. Aristótelcs simplcsmcnte vai subscrever, com
r.striçócs, essa tcoria. Ula náo potlc ficar desfcilâ. porquc para lsso
r rL precisâria ser lna tcoria cieniífic.r r1o scnlido modcrno Como é
uria scntcnça nrinl-poética. cLa ó pura cssência tcm mullos scntidos
lrr)ssileis, cntào náo sc tcn1 rnuito conro ilnpugni la. Ela nao atcnde
à
( (nldlçâo do Popper de fnlseâbilidad€, cntâo náo tcm Denl como ser
.Ss rl, diz que etisle una a íro t)itlt ncsÍa lida- teria
^luna:
dkunla (...)?l
2l
ccúanlelrlel Sco suicito lez isso iáó ulnâoutra\kla nesla vidâ.
^11.
scnl sonrbrâ dc dirvi.lâl lmagine. por cxcn1plo. a iâcilidade corn quc a
p€ssoa quc icln uma ccrla práti(â se tr.rrst)orta coL1sclerrlcmcnte dll
cscala dc tun]po1:la ârualida.lc p.Lra oulrâs cscalas. lss() podc aié larcr
coLr quc clâ rcnhâ accsso a umâ pcrccpç,o das coisas táo nrilis cornpleta
qlrcnáovai nern podcrcxplicar par.losoutros o que elacstá cntendendo.
rem urra idóia cla licla anrcrior dcslns pes§oas. c parâ onde csla vi.lâ
esliL lrdo acorlece q!e no númenlo especílico cm qLlc clas cstão
11:Ls
qlro. conr isso. sc deslocâ €m todos o§ nro entos de Lempo que qüeira
e iorlos sáo igualnr€Itc rcais para elc.
Essa amplilude da conscjéncia dc tcmpo, essa enorme elasticiclade da
cxperiêncla dc tclnpo cnlle uln c oulro nos lnrfcdc pararniminpedc-de
âdrniiir quc.L irléia do tcstenrunho scnsí'el coleÍivo vâlha algtlma coisâ.
L r t, ,. r,, r r.nt,rL ,,. i \ rL,.!l'rr. Ir..
'r!. '
soriâl pâdronizaclaquc diz: 'Olha, os limires da §ensorialidacl€ hunanâ
sâo esses aqui c iodos vernos dcntro de§scs limiles". \áo. csses li itcs
são clásticos de pessoa a pessoa, enormcmente €lástico§
Desejt'ndo apcgar-se i' idéiâ dc um teslernunho scnsoriâl uniforrne dc
lodos os scrcs hunranos. o que os leóricos da .iência modcnl.L loram obi
{rêclos a iazcr? Forâm obtigados abairaruma lcidizendô qnc só v.tlem as
pcrccpqões colrprccndidas ressa tâi\a. Llra. enláo isso já n,o é bcm urI
lestenrunho porque seiáscbâirouLrrâlcidizcndooqücâtesrerrrunha
podc lcslenr!rrhar. scu ieslenrLlnho só iLz conlirmar a senlença ânterio.
lUas. para muilos seiorcs dâ rcali.lrdc, parâ muiios lcnômenos, cjrisie
rcalrrenl! essâ lairê lniloí c Para oulros lcnônenos não. rnirs para
lr1rlitos cla criste [niáo â (iênc]x modcrnâ
trat.rá tlcsscs leDômcnos e.
nito sahclrdo o qLrc làrcr com os oulros. clâ primelrc os .lcixará d. lado
c depois irlé dirá quc clcs fao c.\istcnr ct)n bas. io tttgttnentuln atL
rg,,,)rrlidlr: -Sc cu rr.ro sci da colsrL ú por uc cla fáo eristc"
Qu.rlqurr qtLc scja (, crso c poLrco irrrporrando as discussaes dc
qLrcnr sâbc mrLis. qu.lrr sabc nrrlos. o qnc a nrellror o que é pior . o
lL t) r (rLc css€s cnunciados dos pré-socráticos rêm a caracteristica
I t,r,. ,ir uir,..(1. .. ,lr'rir.,.rr, Jon'., -p,.ti,ot'orià ta"''.tt'
,Lrr I u)s c por iá não seren recebidos conlo parte dc urna heranÇa
Lrklici( al. Elcs sâo efunciados indi\.iduais. l'eitos por indivícllros. E
,,. I rao narrâ1ivos. sâo colocados no prcseLrte do indicativo. Tales ráo
( i/ Irrimciro houve assi . a águâ lez isso... '. Nâo, ele diz: 'A água i
, ririgcln de todas as coisas", portanlo, cla é a origem p€rmancntc de
i,\l.s s coisâs. Elc náo está s€ reportando a üm pâssado: 'A ágüâ lol
: r)rigcn1 de iodas as coisas . entAo. não ó uma aÍmativa históricâ. dê
,,rLgtrI terrrporal. É ao mesmo lerrrpo origen le porâl r c causâ estru lu ral
:. ., r,.Jr ,, n.r r' lrr. r, rrr. ., .lo r" 'e'i, ,c'r' .'..' rot n' r 'd,'
iLrdividualizado també,n.
O ennnciâdo rlc Talcs nào é nada nais do qlle isso. â exprcssáo dc
umavivência cognitiva qLre um indivíduo r€vc sobre rs origcLls Ihlcs se
disllngue dâ lradicxo lniiica nâo corro a linglrage r cicniifica se distingu e
cla linguagen nrilo-poóiica. rras como â experiônciâ individualizada c
csotérica se disririluc drt exp€riôncia religiosa conrurr E cLaro que. sc
csljvesse aqLri presenie o Gio\,âfni R€alc mc baleria. porque reria que
concordar ,Uas. por outro hdo. isso rc.luz a na.]â a distinçáo lâ:(aiiva
qlre ele. nrais por moli!os didáiicos do quc por orrim coisll. prctcnde
esiabclcccr Eu1.ro, estou adnlili do a distincão quc ele Lezi cu aperras
. esrou ielârivizân.lo. r11€nLrando c amodcccndo. colocando urn ouirL)
Você não pode esquecer quc â religião grcga n.io iinha um p"Lpa
náo tinha um Vâticano, er.r bcm menos organizaclâ do que isso.
11,i,
SrgLrfdo. essâ rcligiào nl1o linha ulna leologia oryânizâda. como tern
ir rcligião cristi depols tlc ianio le po Eniáo. por c\cmplo. hoie em
(liir. sc o camâradâ disser: "Não. eu não qucro nada disso. cu querL)
irt,enas a ninhâ vivênciâ csotéricâ . cLc vai ignorar dois nilênios dc
,rvclaçilo..le i.ologiae cte experiônciês rnísticâs rclâtadas e enxcrtadâs
rlcntrc do corpo da tradiqào teológica Ele só pode iàzcr isso por rrrr
. ,rlllho denrencial. achar que ó mâis esperto quc lodo mundo. Isso é
pot sua
I/llünt)t 1...) aquete qüe acftIlíta, ele ao é a rcspotlsárel
iluininaÇAo!')
.10
A idéia dc responsabilidade do emprccndimen!o cognitivo
LLma
(l)lneça a padir daí. É claro que clc náo esiá totalmenie conscientc
ainda, pois isto vài surgir um pouco nals tarde. Pàra qüe a consciência
clcss.r responsabilidade apareçade mâneira explíciiâ ó nccessário que o
problen1ê do erro. da falsidade, da menlira tenha s€ tornado objeto de
disclrssáo públjca. con1o vai se tomar depois. Is so só aconleceÍá depois
dos sofistas. nê verdade com Sócrales.
lllr íi âccito rcêlmente o rermo 'filosr)iia" quando tlrdo isso iá está
rcsolvido.Àfilosoliasó cxiste comoatii.idade plenamente diltrenciada
l parlir da formaçáo e dâ explicitaçáo da idéia dc rcsponsâbilidade
rognitivâ individu.Ll. Se isso nâo há filosofia. Então. esses primciros
lilósolos não são ainda filósolos, sáo n1eio esotéricos, uns tipos esoté-
ricos que estáo làz€ndo uma espócie de uma tÍânsiçâo eln que há uma
t)rcsenEa enonne de €Lcncntos milo-poóticos. eln que a linguagem é
rllo poética. No fin1 dâs contâs. o Írnico empre€ndimento ê que eles
sc dcdicam é a expressáo dc irnpressoes, portanto, a exteriorizaqão de
r rn discurso poético.
N,Iâs por que é âssim? Estou pianeile convicto de que todo o co-
rhccinlento hümano só pode sü rgir dcssc n1odo. in d€pendcntcmente da
.Lrpa histórica eln que se esicia. pois náo é porque vocé nasceu depois
( LLc já na sceu sâbendo Você vai ier quc absorver u m l€ilado e aprenclet
ls tacnicas. etc. Mas o circuiio .or al c ató nonnaiiYo da busca do
.onhecimenlo humano é: a.rbsorção das ünpressÕes. dc denho e de
r, r, ra.ur.lulJ!ru .u".o Jcn.-.Jo " nr no-i,:'uJ'\f,e''ao.qu.
l(n que ser poótica nLrm prim€]ro momenLo, ineviravclmenlei depois
rIL cxtc oização, o conlronto com outras exPressóes poóticas obtidâs
jr)r outras pcssoês. Dâi o surgimento do prcblcma da verclade, daí a
,,fnulaçao de uma ióclica de confrontâçàu cias verdâdcs pessoâis. o
dc un1 ideal clo conhecinenlo univcrsal apodíclico. a for_
'urginrcnto
ru ac,ro.lo étodo parâ isso e, linalmcnie. depois de "ah, agoratemos
l1
a idéia dc ciônciâ'. cotn a i.]éia de ciênciâ coneçir a filosofia Por isso,
nâ verdàdc, dlgo quc o pi reiro filósol'o loi Sócrâlcs.
Um filósolo que eslá conscicnte de iodâ cslâ dil'iculdâdc é Sócl'l]tc§.
mas o prirnciro q!e realiza ulna lilosofiâ náo é nenr Plaráo. é Aristarteles
:t:l
e conhccer só apar€cc com EdÍiünd Husscrl' particularmcnic'
I 1) es li gaçrj es Lógicu s.'
você náo tcln a rcâli7xÇão inllritivâ do signillcado daquilo
q LLc esrá
S€
(lizendo o! ouvindo. cLltlto você está r.r log.r/,7Írqrlií está discuiindo
scnrenÇas. Acolrrcce qnc as sentcnç.$ considerâd.Ls €m si nresmas iamuis
podcn scr lcr.laclciras ou falsas. porque a veracidade ou a lalsidade
r€sidc não na sra lornrLrlaqáo vcrbal. l1lâs no scu siilniiicado Sc os
signilica.los nao sao perlciramcntc rcêlizívcis sc clas nâo sáo "Prc-
scntiÍciilcis' no ato inl itivo. você esiá discítindo frases - c discutir
.'.,.. rnu lr,,qrrc\l'r'n.''ru.r \crd"J(ir' rrr a''' Lrl rrJ
.i5
jásesdbe,üt(\aoqueÍaircuetado(-.) A Íes eurou patat p't)o tetttttr
(. ) desespendaúente csquecet loda esse leLntl )
Ah. €ratarnentc. porqLre o sujeito qucl ser um novo Adào no
paraíso: "Eu náo preciso .le nadâ disso, cu sei tudo ' sou rnclhor que
lodo nrundo e vou descobrir por lnirn mcsnlo Só quc isio é inpos-
silel. isro é Lrrn insulto c, no fim. é üma confissâo da sur impor'ência:
vocô .]iz qlle \,âi clescobrir tuclo porquc le!€ preguiça de estlrdar Você
nJU r'pJ. r.r Jr.lr.rrt*, ' o.J '"'.' 'ên'inrtdrI
descobrir alguma coisâl
Conro ó que lsio cleilou â licâr assirn? Verel os nas ctapas finais
.lesre curso. na nauati!â, urn ncgócio que hojc eu já nào hcsito mâis
cm clramar â'era da inépcia", quc é aqucl"r era nâ qlral' diz Schelling'
a lilosofia cai pâra um nível pucril Quandl' a filosofiâ c'Li pârâ LIrn ní
vcl pueril, nào é ,:lc espantar qLre a cullurâ cnl volta 'rcabc caindo mais
bâixo âircla. Sc os filósofos virârai criânç'rs, a culLura ent gcr'Ll virotl
coisa.lc rnongolóide. de rctardâdo nrental. Quândo chegarmos ]'L vou
clemonsir.rr isloi s€ nào cler par.L dernonstmr tlrdo. ao nr€nos darci as
dicâs (.. ) e vocôs verão que há pelo lncnos quâtro sóculos csta ros
discLriindo inépcias.
É uma coisa que cu nao acrcdilo, que ninguém icnh'L orsado djzcr
O próprio Husserl no irndo sabia dislo. Quândo se lê scu livrc A
'r;se
das ciincias quc é um aparhado crilico dos fundamcntos
eurcúias1
cognirivos cle rodaa ciôncianrodcnra,va-se quc clc.:liz tLqlrilode L1o1â
maneira inuito lécnica e rrtiio cornplera. mriio rigorosa c muito n1e-
tlculosa. mas no llrn.lo o que elc cslá qucrerdo dizer é que ludo isio ó
uma i bccilida.lc lora clo comur[ CIâro quc ele crâ u homem mlrito
cducado paradizc|isso. scrrrprc ioi. € nuncaloi umsuicitopolôlnico Llnr
homcnr clc colnbuLc. nào lrr isso I1lc cr.r!rn homern ciência mcsn1o
'le
NIas a conclllsão linâl do livro ó que uma espócie dc imbecilidaclc L)
Aqui tâmbóm. conrc você vê. essa própria discussao cntre qual é
o clcmcnto mílico, o elemento racioral. tudo o que cu erpiiquci eu
consegui e{plicar â irânsiÇáo do mito parâ a ljlosofiâ sem ap.lar parâ
o corceito de râzão, vocô reparou? Eu náo usci csse conccito porquc
acho que ele não sc aplicaao caso. pois scÉn1uilo posierior. será outrL)
criré o. e náo precisa entrar esla vâriávcl.
t7
tjrn gcral parâ min, as erplicaçÔc§ qLLc stlo dadas dcssa lransiqáo
do n ir. piía : r,lo- r. n^ in't .icn.' l'r'.irô' ourlu' u'"r ' o
Orâ o que é umâ poesiâ que não é narrativa. quc é indili'lual c que não
é narraliva? É poesia líica c esse tcnpo quc âfl€ccde
jüstânentc os
pré socráticos é o tempo do s!rgirnento da poesla líric;r ilrega
À poesia líricâ é â erpr€ssão de impressócs aienlpomis' A lrase
- ágra ó a o gcrn de iodâs as coisâs" é uln rcrso líico ó urna oipÍ€s-
s.ô indlvi.lual de Llma vivênciâ atemporal. ao corlrário clo ópico. que é
scnrprc nallalivo Acho que se Giovanni Rcâle cstivess€ âqul prcsentc
clc tcria quc concordar râs. .
3S
csiá ape âs scgubdodc novo a ordem normal. porâssim dizer "fisioló_
gica'do conhecinenio quc é a inrprcssão, a mcnlória, a imaginaçáo. a
cxpressâodaimâginação. averbâlizâçâo, d€pois.rcatâlogâçáodialótica
.los s€ntidos. o eramc dos sentidos . se cslálã7endo isto você nâo está
mais prjrniiivo nem rTelros pdniiivo. es1álazcndo simpLesmente aquilo
q!e é normal lazer
lÀluno:A lL..]
lsso é poesia líricâ Clârc. se vocô disserr "Deus é Luz"
l9
l\]luna: QtLe l ntais íot doLltlo l
É. c nàr, é erraclo. ninguélI tern a ob gaçáo de investigar tudo
por si
cidadáo chanlado Talcs losse dizcr tÍrl oü qual colsa? Náo iern iransiçào
possí,el Mâs cm :làles é pcrdoável por qüê: Porque ele náo iinha os
instÍumcnios dialéticos diierenciadores e estava expressando una im_
prcssáo poéiica altamen te complexa. enião nâo podcmos cobÍâr isso dele
Alúo: í: isso que eu i4 clizet pode'se ?rer qLrc MaN, Frcüd ( ..)l
\4aÍ{. frcud. Nieuschc .. Do que cu cnamin€iaré hoje, há dois que es-
capan ncsse período, que é l,eibniz c Schelling Só o quc csses dois (. )
.11
k»nuloLt t] 1a hipótescdaPat qu'l---)?
l|,lúa: lai se
E unra desgÉça lora
Nlilhôes de hipótcses. Por quc islo aconleccu?
Jô.un| n.L .ôbc, d,.rrrrr\rrru h' urr\r\o''u(pr"pJr'U!\rrni
Colno é q!c entu'Lmos
versajs, ou pclo rreüos.lc proporçôes curopéias
pocle inv€stigâr' mâs o quc ilnportâ
nisso'l f Iá nilhares de ctrusas. a gente
do que tcr â consciÔncia dc quc
é menos você saber por quc aconLeccu
Nâo preciso sabcr e\atanente
isso âcorttcceu e qLre náo dcvc tàzcrisso
por quc o slrieito scviciâem para sâberqüc n'o é bom c nau lne
'lrogâs
e ó rnclhor você ntto
uici-. tnt,,o, L.,go cti,, 'Olha, o negócio é assiÚ
corno ó quc lLs pessoâs entrarn
entrâr nisso '. cmborâ a gente n'Lo saiba
idéia, pLi exefipLa. Lle que sao cantLitas el1\rc hadiçaes? O seia' entta
a lliIerc çd ( ")'l
uma ltddiçaa, que é a l1deli|.1o g1ósticl' e ela |a'
Poale. mas issotnnbém náoseriaurna explicaÇão causal
seliârpenas
você poderia
â nânativa cl€ âlgLIma coisa quc aconteceu pois sempre
t-.Ér dpr gun,J rr',.nn,qrr.o,' n'r'e"'\L 'r.o
a gente náo chegâ
âssim... Por quêl ['Iâs por quê? Nlas por quê] Às vczes
clo Orlega
a sabcr o por qui. pois no iim das contas tem aquclê lrase
cxplicâsse
Gasser que tliz que nunca ninguérn cscrcvcu üm livro
que
&
explicar
perlêitamentc por que alguém fez alguma coisa É difícil você
causa rcmonta a
a câusa última, pois. se vai explicar a causa aquela
outm, à olrtra. à Lrutra. e a explicação das cltlrsâs náo cdbc à História'
r''r I \ Ilr'.o ourf''ridurr'r'rrrqueo\'u'o\
fôram âconleccndr, c râo a süac usa Úllimê \'Ilrilas coisas aconlecen
E como e
simplesmenie porque o slj€ito dccidi que iánr aconlecer'
qLle vocô vai sabeÍ por que ele decidilrl
(lue (' ) ?l
fAlunê: r\ras ell p.rs§o lr,zet con
A nârraiiv po.le lhc strgcrir a prescnÇ dr nma câusâ rlrâs nunca
poderá provar a causâ. porqü€ a pÍova dcpendc de você t'r além
da
por
narrâtiva. Lrn] critério hierárquico e)(pl icalivo iá pr on to Por excmplo'
que nrLn.r invesligaçáo crinrinal a nârrâtiv'r Íatos' a ordenâda dos
'Ôs
laios.leva àd€scob€rta clâ causa? láten ccrtas co!vicçÓes
Porque vocé
poque
permânenlcs. esirlrturais. soble os moti\os dâ âçào hLLmanai
você iá tem LLn1 código pcnal pronto. lem tüdo isso pronto cntão â
.1.1
n anativâ conlio| tâda com isso the dá a cêusa. A narr.rti!â sozinha náo
podcria lhe dâr isso, cntão prccisa â narratir,â c o quadro dc rclerência.
por olrtro lado. Essc quadro de rcleréncia. en1 se tratardo da lotaliclâ.lc
do aconrecer só pode ser dc oúem nrelillisic.l
++
há l1lil anos. Você voLtâ para trás E isso que Schelling quis djzer conr
"caiLr para un ní,el pueril": os slrjeitos comcçâranr a comctcr crros quc
ncnhuln cscolástico tcria comctido.
lAluno Pot que se c|)stuma dizet que 1...) tadas os Íílósofos qúe
1...)
aparc.erun depois das írcgos ão consegltivnl (...) nais nada?l
A i.crdadc ó a scguintc: con1 Platào e Àristóleles, ioi dado un sallo
láo grande que llrdo o que veio depois empâlidccc. N{as vocô dizcr quc
não ândon nadadcpois dclcs ó lãlso. -,\ndou. Ninglrém deu umpâsso do
1aÍranho do deles. üras o sinrplcs lato dc quc clcs ienham dado algun1
passo dcpois dc todos os pré socráticos já nrosira.tu€ â coisâ andâ.
Além disso. ânles dc Plaião e Aristóiclcs lambém haviam .:ladLr pâssos.
de que rLrdo aquLlo que vocô conhece, quc você viv.ncia. etc. cstrí colo-
údo sob un] tundo ilirnita.lo e indcfinjdo. esLa ó ttnlâ siLüâção hurrâna
pcrnraneric. NiLlguérI podc .lizer quc cstá lor.L do ápúirorl Isto \,ocô
perccbc. Quanclo !ocô ouve isso ou Iô, você tent obrigaçáo dc percebcr'
Essc Àna\ifiandro desc!,briu âLgulll negócio que nio valia só rra ópoca
delc c quc nâo é só poatico. rilo Isio a unr.L realidâdc eslrutLrrâl perrüa
ncntc .lo ser humano. é !m dos pilares cla prarp tL condiçtlo hlrmântL
Ni,rBUóur pôde. ia,nais. alnpljâr o tlorrínio daqniio que é tlcfinido c
cofhec;!k) ata tazcr clcsuparcccr iodo o in.lcfinido pàrâ lá, a§si como
Iiosualn jan1ais conscguiu lornartudo in.leiinido c ldzer cle conta que clc
nunctL soubê Iada. Entair vocô diz: -Opir. esrc aqui é unr pata írl" Tu.lL)
Quc a hcrânq.r vclrl nâ sua casa. bâte na suâ poÍa e cntra nâ sua
.1J,..,1, l, ,c' . \b,, ', cc rc,, qL( 'l'. .' orr. p u\. 'or.'L '
bercl.iro. t!n1 que prccncher a papclada. náo ó assim?,'\té dc Ltr11
dinhcim você le r quc ionlar possc. quanlo mais de LlLr conhecilncntL)
hcrcladol As possibilidadcs de conlrccirncrlto qüe cstào ai não tênr liqui
dcz. Para q!e elas adquira liquidez, vocÔ prccisa assinilá las. orâ. a
câd.L gerâção onÍrmero dc pcssons quc assiniLaeictivamenlccsse legado
é rruito pouco, e os ouiros lo.los ficân1 se vânilio ando: Nós vivcmo§
no sóculo XXIl Fit.Lmos no palanrar náo sej .1o quô" Lsrá nad,, vocô
ó u homem dc Ncandertall
.18
esio! sabendo nada disso. (. ) ]trn unl nronlc de gcntc que r.rioclna
que e§se negócio moderno, pós_modemo, que náo exist€ nada disso
aqui
",r-.,"n'Âru\\t-,r,ro1"'.1tbaad\'Po?^atd-aPaEat
RandÔn HÔuse 2002
erros.1.ed NovlYod(
50
Leituras sugeridas
51
lla.los lrx.rú.ionaisdc Camlog.qã. na Publi.içào (CIP)
(CànLarí Braslleir. d. fnÍo SI BÍ.sil)