Documenti di Didattica
Documenti di Professioni
Documenti di Cultura
Aula 4
coleção
História
Essencial da
Filosofia
pór Olavo d. Caúalho
Dagui Design
"......=-
Aristóteles
Aula 4
cole(ào
História
Essencial da
Filosofia
Coleçáo História Essencial da Filosofiâ
Aristóteles - Aula 4
por Olavo de Carvalho
tc da do discürso poético, lrlas pode ser tão intcnsa quanto. Isso quer
8
(Lizcr que o discurso do poeta no teâiro e o do orador no senado 01uma
pegar lsso significâ que todo o mundo do discurso retórico náo surge
no ar; surye já em uma atmoslera sociâl e lingüistica tonlada propicia
pclo discurso poérico.
Casonão se lenhaum fundo dc tradiçáo verbâl ou liierária que torne
todar uma colnunidadc scnsívelnais ou neros aos mesffos ritmos, aos
mcsmos iogos senânticos, etc, â pcrsuasão racionâl se torna müito
dilícil: ela vai apenas peg uma predisposiçáo que já eniste no lundo
dos sentinentos. do inconsciente. dâ imaginaçáoe trabalhá-14 paraque
vire ul1la dccisâo. evidentement€, erist€ umâ passagem de um tipo
de discurso para
^i,
outro. A rctórica.
entâo, náo poderia lamais ser uma
ciência indopcndcntc. Nâo se pode fazer uma ciência dos discursos
persuasivos se nâo setemantesumâ c1ênciâdos discursos impressivosl
que seriâln os poéticos.
Examinândo os tcxtos queAristóteles consagra a esses vários tipos de
discurso, vê-se que os iermos que ele usa pam dcfinir os mecânismos de
cada um dos queesláo associados, náo sáo coisas scparadâs _ eles lôrnam
realnente uma gravaçào. No ponto em que ele cncontra a c1ência da
rctóricâ, ou seja, já como uma técnica âltamcnte desenvolvida, ali pra-
ticarn€ntejá havia neios adculados para persuadir quâlquerpessoa dc
praticamcntc qualquer coisa que pudesse interessarao indivíduo. Se você
quiscsse persuadi lo que sim, tinha â técnica; se quisesse persuadi-lo
IO
quc ,7no, tânbém tinhâ a técnica. lsto, evidentemente, colocâva unl
troblema: quanto mais estâ técnica evoluía, ais cla sc neutralizava,
por'(uc. se todos os discursos sáo iguâlmcntc persuasivos, nenhum
Na evolução deÀrisióteles, esiá bein clâro quc clc ainda muito jovem
dornina completêmenie a técnica dâ rctórica e percebe que ela chegou
â um beco sem saida, e qüc ó prcciso dar um pâsso à lrelrte. Esse passo
à Ircntc dc âlgum modo já estava dado pelos scus dois mesires. Platáo e
Aristóleles «)m a arle da dialéticâ. A arte da diâléticâ era t.rn1bém umâ
arte da confroniação de discurso. e nâo apenas em visia da persuasáo.
mas de uma subida de grau na busca da certeza. Isso quer dizer que,
quando terminavâ uma discussáo dialética sejâ socráiica, seja platô-
nica , era preciso ter pelo rncnos um pouco de cerleza a mâis do que
quando esta tinha comeEado...
l1
respostaelc, emvez daresposta, dá um mitoque sugereváriâs rcspostâs
possivcis, isto não pode ser considerado úma câracleÍistica estrutural
de sua filosofia, mas âpenas umâ câracterística do seu modo de expor
cm público. Isto náo iem nada a veÍ com o que estou làlando...
,cbrânni REALn.P,,r rr,, aou uteryfttaeào .lc |']\n|ào São Paulor Lovol.,l997
IZ
dialética pode prosseguir indefinidamente. enquanto você náo âlcânçar
um gÍau dc certezâ que lhe satisfaça.
A - rrore (\ oi/. e rrao. quc a dialericâ \.r\ e pdrd ! aÍra- r or.as:
EmpdmeiÍo lugâr, scrve parê o treinamento dâmente. Pelâ confron
r. \dô oc hipdrecec.únrrdr o\. a pe.)oa.edcoclLnr.r reÀcminarq-"i. \ao
os pressupostos que estâo embutidos en1 suas idéias. a testar o grau de
conÍiâbilidade de cada uma, a hierârquizar os conccitos em suâ ordem
de depcndência. Em suma, acostumâ-se a orgânizar a investigâçáo de
qualquer âssunio e, portânto, a organizar também a vcrificaçáo dâs
idéias e das opinióes que estáo €n1 jogo. Dito de outromodo:adialética
i/t é todo o principio do mé1odo cieniífico. Náo consigo enxergar em
ncnhuma contdbuiçáo postcrior ao método cientifico nada que já não
csteja dado na definição de Àristóteles sobre a dialótica.
Em segundo lugar. além de seNir para a educaçáo, a dialética ser_
que está o seu aspccio de método cientifico. tanto que um dos seus
nonres (â dialótica é designada com vários nomes. nào existindo uma
tcrminologia estabelecidâ em Arisióteles; pârtt tudo elê usa dois ou
1rés termos diferentes, conlbrne a siluêção) épeiústic.t. Peiá é cofio
se losse "tcntativa", "tentativa e erro". Uma conlrontaçáo dialética vai
por tcntativas e elros, vai depurando-se e montândo â qllestão de maneira
, dd , \(,/ n,dis proprcra a erconrrar umd \olu\ao. I c\dlamenl( i.ru q-e
laz qualquer método científico concebível. mesmo o iànloso critério do
Poppcr, o critério de "falseabilidâdc".
Para que umâ tcoria, uma idéia, uma opiniáo scia discutidâ, é necessá
rioque sepossa conc€bê-la como falsa para se poder sâber se éverdadeira
ou fâlsa. Se é umà coisa que náo pode ser concebida como fâlsa, também
não pode ser concebida como verdadeira. Isto também iá esiá dado en
AÍistóteles:a questáo precisa admitlr um sim e umnào, ela precisaadmitir
rm contrárioi se não tem o contrário, náo lem dialética.
pan defini q ual
ÍAlúno: Aco hontuçAa dialéíica e:(i Ee wn expett
àos amdores se encofi|rc na c|fiinho cetto? ]
Só um erpell €ú dialéticâ.
Essa é outrâ câracterÍslicâ da dialética. Àristóteles enfatiza seu va_
lor eclucacional porque ela permlte que você aborde racionalmente um
assunto do qual náo entende. Ele diz que. poreslemótodo, o cstudantc
pode aliscutir vâniajosamenie com um especialista sobre uma coisa
que ele nâo conhcce potque, por mais que o suj€ito estude e conheça
o assunto. a validde do que ele diz depende dâ possibilidade de con_
lrontaEão com o contrário.
A única maneira de você saber se umâ coisa é ou náo vedadcira é
confrontando'a com outras allernativâs, e para isio você não precisa
entenaler especificamente do assunto. Às vezes, invertendo o que o oütro
diz você já tem, pela simples inversâo mecânica' a hipótcse contrária'
Você náo precisa enlendcr do que ele entende para testar o que ele
está alizendo. É claro que náo vai poder, só coú isso' 1àzer avanqat o
conhecinento daquelaciência, daqüele dominio, mas pode pelo menos
testaÍ sc aqüilo que o sujeito esiá dizendo é razoável ou náo - mesmo
,ern vnc; leí o l:orhecr rrenlu e\p.t:rlizaLlo dis'o
- talvez até melhor
vem daí sua utilidade tânto na educaQáo quanto
aindà dizclc nain\cniÊa(aodeu\\. n.o'JJio'p-im(:ro\prrnrrD'osno'
ainda náo conhecemos dc un assunto co plctamenie novo O estudan-
te, pcrante o cspecialista. eslá colocado na mesmaposiçáo do especialista
ante um assunto que ninguém investigou ainda; está colocado em ulIla
posição de ignorância na qual nao lhc res taÍá alternativa senao concebeÍ
váriâs hipóteses e confrontar umas com as outras, até que sc chegue â
umaintelecçào de umprincípio geralqtlc, emseguida. possaser teslado
de algum modo. Em sumâ, aí nâ diâLéticâ de Aristóteles cstá dâdo todo
o móiodo cicniífico, tal como nós o conhecemos ató hoie.
t4
Náo obstante, Aristóteles faz uma distinçào cnire o que seriâ uma
rh{rrdagem dialéiicâ c uma abordagem científica. Aí parcceÍia até que
r coisacomplica, pois parece que âpenas odiscLrÍso lógico-o discurso
lotalmente depuradlr de qualquer ambigúidadc c ordenado na seqü-
i ('ir gnro.a qüe \ai da. premi\.as p rd i,. (un\eqüência\ .eria
cicntífico. Há aí uma espécie de duplicidade de sentido da palavra
''cicntÍfico". O conhecinento científico em €stadoterminal, iáobtido. iá
conquisrâdo, evidentemcntc ele se expressârá naiormâ de um disclrrso
l(lgico. dc uma deduçâo. Mas a diâléticâ também é científica- náo neste
scntido. mas sin1 no sentido de que ela investiga e dcscobre os pdmei-
Í)s princípios que permitem, em seguidâ, mont o conhecimento pela
r)ldcrr Iógica. Se o único discurso que você pode fazer a respeito de um
rssunto aindâ é um discurso dialético, é porque vocô ainda náo ten o
conhecinenio cientifico lnâs a d iâlética ó o mcio científico de buscá lo.
I'().:lcmos dizcr. cntáo, que â idéia do discurso lógico-dedutivo expressa
urr idcal de conh€cimenlo cienlífico. e a dialéticâ exprcssâ a prálica da
huscú científic4. No enlanto, quânta confusâo não deu nesses dois mil
c lanbs anos de estudos aristotélicos pela oposiçáo deuma âbordâgem
(liâlótica e un1a científical
A gente nuncê pode esquecerquetudo o que nos sobrou deAristóteles
§ilo râscunhos, iranscriÇÔes de aula. etc.. entáo nunca se pode esperaÍ
u rrâ tcrminologia rigorosa e estável: tem se qu e procu râr a ordem, a co-
crancia pâraâlén1 da expressão verbâl do próprio Aristóieles. Nào que a
crpressAosejainexatâ, mâs,scosujeitoestáinvestigândoumâcoisaque
a llova até para ele, nâo é possivel exigirqueelete]ihauma tcrminologia
,,1h ,írumrdà e ludo q!,e Aaslolele. rnv, \ligou cra notu
Aristó1eles inaugura várias ciências: inventâ a ânâtomia compa
rada, a geologia. a boiânica; inventa os museus, o jardi zoológico...
Irrâticamente todo o arcabouço dâ ciênciâ ocidcntal. lbi esse suieito
15
que í'le;" iJl(ndo uma coi\a p la
nue in\inlulr rozinho' Quem qucr
Lerldme lle nâo a hra da 'nelhor
Íraneiia Do"rvel Quem
"r*"tr" "., nàu DuLlc teÍ ldbricâdo o rclhor
(aro Aris_
,.;.i";;;;;" '..'ro'"r.o
"0,'."r",
"'"" ""'uiurâçáo
ao mundo da invesiigaçáo cientílica'
provisórias' cono
,"" qr" e .fr"i" a" iufflus, dc imprecisôes' de coisas
aLiás é próprio do movímento
cientínco'
""
tãi *"*^" provâ documcntal de que Aristótelcs ienhâ
,f*. ai"".t.i" , '." -'cu'i" gcral do dr* '"'o " O '"bemos
que e qu'
.i.'"or"r"..r',,
JÔi' p'dacos
r" a" Po'ri" um peo'cn Ja ÂPro'r'd'
O" rrrrnr, tU"O
"0,* três pedaços ilaAnalllicn' isso ó o qüe sobrou
", do discurso e
ulna clcssas etapas do estudo
l,to, u
"o"rer,.iu "nt." "u'la percebesse nenhuma unjdàde
i.ni" qr" e it"por"i'a *por que ele nao
com tanta coerência' Nâo
.," r."."O"'n* ," tesmo está eÍpondo discurso"'
geral do
ir."rir." u" otistóte1es que seja a "teoria
"o* se enten'le que está subentendida
nessas
,rr* a" quolqr". .un"ira
Ue que iodo discurso é um
transcurso' E Lrmâ
ori. "**t* " 'UU* qu€ aigo
através dâ linguagem em
modificaçao que sc passa no tempo'
que podc
.r-.r"ã" O'. **"t, Oe sentimenios idéias do ouvinte'le
ser você mesmo será àlterado'
''_ ou admiiido e
pu.t"o", t"*pre de aigo que iá está acreditado
",',tao. será acreditâdae a'lmitidâ en1 seguida'
vai-se chegara uma novâ coisaque
teatro quânto numa demonstrâçáo
tsto acoàce tanto numa pcça de
* o"ssagem poético para o retórico' do retórico
"i""ifi.",n**0"- t*'tticopara'loo anâlítico apenas a modificaçáo do
,"." "'it"iu.", seria errado simpli-
iii. ao r*, a..*t"'u admissível' ianto que não
" que:
ncârmos o esquemâ dizendo
irâic do possí-
clo possível' Náo ó que
i àir"ruo poeti"o trata
^i ele âpcnâs mostra' abre um
,"t, u r*."on""pção do possível:
"l,"gr"
possível.
ou seiâ' Dara algo que
b) o discuÍso rctótico abre pâÍa Llm vcrossímil
16
sc âdn1it€ como verdâdc seln ter provas cabais. E como. por exemplo.
ria hora en1 que sc decide votâr enl um candidato: a rigor náo se tenr
,',''rrmrp'o'"dequcele.rrcrhur doqiL ou. l'u rra'""i n paf(.c
nrqucle momento, ou scja, pârece suficicnte. Suficiente paraquê? Para
llndameniar a dccisáo. É a isto que chamamos de verossímil: aquilo
(Lü. parece vcrdadeiro num certo nomento. mas que poderia parec€r
T7
passa por essls qlratro ctapâs, de
que há un1a claboraÇào imaginári'r
contrátiâs cada
qu" ubr".,n]u pu"sififi.f,cle. dâ quâl nascem hipóloses
u.r -. u r prÚpriai cle que a olganiz ção dcssâs
u"r*,i,,ilhanE
"* a própria elâboÍaçáo científica
várias vcrosinilhanqas em conlronio é
da coisa: e de que a iormalizaçào
l')gico naiemálicâ é o produio final'
e dcscobriü qualqucr
Isso quer dizcr que. todo cientista quc investigLru
quatro etâpâs'
coisa. dc âlgum modo elc pâssou por essas
evoluqtLo de quÂlquer clrLtura
Acrcclito ranbón que na hislória
'lâ
e um cliscurso retórico desenvolvidos
nào se vcrá un1 tliscurso
'lialótico
se nào houver unl poéiico primciro'
lsso qucr dizer quc' sc iLS forinas
llt
rris confiável. Não, umâ ó mais eaplicita e busca um tipo dc ccrlcza
{LUc 1ârnbóm ó cxplÍcita. e que você pode colllerir eff câda unr dos seus
tJrssos: o outro já não é âssim. as isso não qrcr dizcr quc uln é mals
r,)nfi,Lvel do que o outrc.
\1..1 ,-: O . ,.t,o, o.abo le d' r t q,,t. pa:a aui \ ur.u,t., ,4t
l.\it.t n t"totito. nú ,nta dt.,|\,iutttot,,t a,, .tt p.t'.iqrp.pjr
t)s:tucl 1...) apítuoes diÍercfiles e aryumenlas ca lLita tes ( ..) sobre
t) tltistito trssuttlo, é p'ecisa que haia...l
Unr linrdo inaginário conluÍr. Clarol
l9
hurlanâ tâmbétrr
todos. € on.lc os clemerrtos básicos 'la expcri'inciâ
nâsce âló cle
acâbnm sendo conhcciclos dc torlos Desrlc quc o suieito
parcci'lâs com as dos
ll.âr â.lu]io. elc nrâis ou Inenos rcve cxpcriências
n. r'ir' ' 'rb' l\'' 'eÍ' r " tr''
nrais simplcs. porlântlr. o caso icleíl QÜando dois indios dessâ tribl)
quc eslão divergindo porquc
im.Lginária divclgcm. eles sabenl sobre o
sirnb(ilica nâ qual a
o hrndo cle cxperiência é conunr c 'i lirlgragem
e\periôncia se cxprcssa iârnhém coüum' ')
(
À medida quc a
'
socicdmlc humâna se inlegrtr em comunidacles
maiores
?)
rnoclo a resraufl O que é o teatro grcgol É a experiência colcliva de
da plêiéia
cerias situaÇôes hu manâs íun.lanlentais qLrctodos Lrsmclnbros
compreendcm, todos sabem d0 qtlc sc irata
pa alufice.. ?l
síiztel Pela
imagi
Naotcnhaâ menordúvialn, pois sc náo se tem cssâ unidâde
n,Lrja, as pessoas náo poderrr disculiri sc clas não
podcm discuti! ntro
22
Aluno,l,Ías, ns rezes..,púprio díscütso ciefiLíftco maL contprue
,lrh) lto acoba llt cionatuJo como um patn de íLLtLào, maisou nenas
rtrlIt' uul discutso poélico?l
Nlns esse é um lator qtlc cornplicâl Naro sei se entendcrârn a sua
r rgUIlr sc os elementos do discurso cicntifico soltos no imaginário
,,,l.iivo nâo acabam luncionando como un1 discurso poético , mas
, \ri(lentcmente a resposta ó siml Bon1. as pessoâs estão a todâ hora ài
ir rLr.lo.lc buraco ncsro. neutrin{)...
,\lLrn0:Clo,{e...1
('I)rrcl Evidcntcncnte, stLo elernentos do discurso cicntifico uiiliza
,tIii discute r coff csscs tcrmos nao eslão lalando dc sua cxperiência
trl. !íão üsândo estereótiposl
\,,.. Ia,,.Jb,. pu,..(r'frô.c,.ni .omtl(\u J< l-Ji ,u \u"c^h-
\tl\,(]lr o compleiio dc Édipo direito? Você se viu lá? Vocô quis torc€r
,) pcscoço do scu pai, trrLnsar com slrâ máe? Vocô não lembra de nàda
(lisso, portânto, isto nâo é erperiência pcssoal pâra você. Você não tcm
cssâ cxpeiênciÀ; teln üor conccito que pegou .lâ psicanáLisc c pclo qual
lrintclprctâ â sua cxperiênciâ. Você não cstá raciocinando com base eln
Lr râ cxprcssáo da experiência, nas dc uma interpretação que veio de fora
2l
Lrm
coisa singlrlar que acontcccu para aqLlelc suieiio singlLltLÍ Quândo
outro sujeito singulâr lô, clai elc \'ê que âquilo é parecido com o dcle
Eniáo, holc, enr quâlqucrmeio Lrrbâno. como São Paulo ltiodclanciro'
a lodos'
erc.. nio cÍistc n€nhrn1 nrundo imasinário qüc seja comum
inpassibíLidade da rcli
lAúno. PofttrLe senào eslatia decrctoda a
gião conpatada?)
Ivlas â religito conpârada é impossívell
que é
Isso âí ó. evidcntemente, um exagero. porquc estou dizendo
possível qualquer scr humanlr âmpliâr o setl mundo i aginúio pâm
de
abranger não só a erpcriênciâ do scu circulo- nlas a cxperiência
Ir'ss()âs cnoünemente diferentes dele Mas ele lará isso por uln
,.!1,,rço pessoâl de educaçâo. lsso nâo tcm vigôncia colctiva, tcnr
, ,rr' -\l<.uq\qurpJ r,iprmJi,. rf .r'rJ,,\píi(n.i-,.
\,ciâ que na educâçáo, poÍ exemplo. o estudo dos clássicos é básica
,,, ..,r*, d ,.u ludu,nu,,Ln'u.t.er.rld,,d. n..r râ,c, i.a'.Dníouc
(Lri f(is nos reporiamos às nlesmrs experiências humanas. se
I,)s ]rá() remos a linguagem dâ experiência, a linguager. dos sínbolos
^gora,
, , ( cxprcssam a cxpcriência dircta, c icntamos discutir diretamente na
I rirurgem dos conceitos. nlto adianlâ. O conceiio naro adqlrire Dlateria'
lr(LrLdc, não â.lquirc consistônciâ. s€ ele náo leln a traduçâo inaginária
(t1rr o rcportc à cxpcriôncia. Isto tambóm ó puro Aristótclcs.
lrr Aristóleies, hásempre preocupaç,to .L câda n1olnentode elepârtir
(LLr\pcdôncia s€nsivele ir depurândo. depurândo, depuranLlo até cheg
ir unr conccito abstrato. Mas quando chcga a um conccito âbstraio, tenr
, rr poder voltar para saber a que experiência está se reie ndo. Porisso.
.ir Arisiótcles, às vczes fica difíci1 scparar quando ele está lalando de
t)uros conccitos abstratos. Em Platáo, sabcmosrtcm hora que cle fâlâ de
. i.r.que uorur t.purdrmJrud, u(rt|ric1cia. I un ab,r,a.,r rn
hi|cftólico, e sabcmos quc óâssim. Mâsem Ariíóteles náo. você semprc
rcnr rma subida c urna dcscida.
llmborâ eu entrêr nisso agora quebre o que seria a ordcm lógica da
.xtrosiçáo. é propício falar, já que a pergunia Ioi ievantadâ. Aristóieles
(li1iâ: 'Invcstigar a causa dc umâ coisa é dcscobrir as premissâs lógicas
(hs quâis cla decorreria como conscqüência lógica '. No cntanto, cntrc
.ssc procedimenio purâmenie lógico e o de purâ percepçào sensivel
Iir) há muitâ diltrcnqa. Pclo scguintc: sc o sujeito pergunta o que é um
rclipsc. você podelãzeruma sé e de raciocinios para lhc cxplicar qual ó
o processo câusàl do eclipse. Sobre o eclipse da Luâ, por exelnplo, pêra
rLnr suicito quc csiivcssc lá tudo isso quc nós fizcmos, o esforço lógico
brutêl para explicar. ele veria. Ele veria a Terla entrando cntrc â Lua c
cclipsc da Lua: é quândo a
o Sol e pronto. Nós cxplicanros o quc ó um
cncobre â Lua' Para
Tcrra fica cntre o Sol e a Lü4, e a sornbra da'Lrra
imaginários e de
tàzer isb, tento§ qr.Le criâr unl montc de esquenas
Isso para nós seria um
pois lógicos. p.rÍâ po.lcr encadear causa c elcito'
E para o câra qÜc está lra Luâ? lsro
não e un1 Éolocrn() c
râciocírio.
perccpçáo sensiveL im etliâla' Aconleceqüc o
raciocÍrio que nóslazemL's
porque elc correspondc
para er plicar o eclipsc da Luâ vale prccisânrellte
não podenros tcr' lnas
Te a
à percepçáo scnsívcl quc nós, estando na
que csta criatura inagináÍia quc eíá na Luanrria
cratamcnle' lslo sig
direto'
n,t.u qu. r" u .nn."ito atrstrâio e o conlrecinento scnsívcl
"n os €studiosos de
cxislc unrâ relaç,Lo nluito mais íntiira do que todos
,u;ir.r D,,,..ll.r .s. rr a'n di.pn.,ut rJmitir
"
Em Arjstó1eles. osconceibs só vâlem
qlrândo vocô podc criar as iigLr_
imaginári logicaÍrentc essâs
ras qll c eles corresponclem e, mortando
oLL
ora. você ler captado isto, você ler iido cíc nrsig/rl nào quer.tiTer
,
trc locô icnha a explicaqrlo dâ coisâ intcira. Não tem airda â exprcssáo
(o rccpi ual disso. Apenas âprcndcLr â montar umas iigu râs imaginárias c
l(nr Lrm estalo co rcLâçáo a elas. No enlânto, â cslrutura do conieúcto
(l.ssc /rsiÍjrié enâian1enleii rresnra doquc serádepois allenunslração
rc()r atrica cabal. A dernonstraçâo nâo é nâda mais do quc o mesmo
ir§l.q/r/ desdobrado no tcnpo, desdobrado discursivamcnte. Por sua
!r/, por e\emplo. isto que nós lizenos. conl isto você rnonta LrÍr 1ri_
Zi
.lâ ciôncia. Os conhecimcntos náo erânr sohos. náo crân] rnais conro
em SócrÂles. quc pegavâ Lnrr rcmâ aq i, oulro lái c alra!ós do móiodL)
dialéiico chcgavâ às dctiniçarcs de cnri,:la.tes .listinta s e scparadâs' Àlas
você iá tirlha a icléia Lie um sislenra dedutivo universal que, patindo
dos primeirosprincÍpios, chega aatéasúllinúq rcâlldÀdcs Noenianto'
con1o é quc ioi obiido esse csquenrâ? Xlediarrtc um §âlto c uma rupturà
ccbc que csse alialrrante. ele ó muiio bonito, nras nós nao í)nlos âssim'
precisamos de üma ciênciâ à nossa âltlua,. Prccisamos de ulrrâ ciênciâ
quc, além dc dêr conta, no mcio dLr cânrinho, quândo vocô coneça a
invcstigar rnu coisâ. náo troque de rcalidâde, náo trlrquc de assunto
B é isto exaiarncnle o quc Plalao faz: comcça a invcstignr a partir llo
nrundo sensívcl e, clâqui â pouco. vai para o nlurrdo inteligívcl e e\plica
rnivcrs.r? Não. el€ é unr Lfrilerso Todas as reirlida.lcs que exisienr cliz
rlc. cxistenr como sLrbstânciâs singul.Lres: cssa a a caracleristica nornr.rl
c rLniversnl da cxi(ênciâ
Il\istir ócxislircomosingularidadcc naroco'noc(xrceito decspócic
corlo menrhro da cspécie Elccxistcconr.l
LlLr gâto não cxiste sonreüie
!nr gato Sc a espécie gato tivesse urn Único melnbro, cla cxistiria. O
tingular contém e\istcnciâlmente â cspacic. enquârÍo a espécie contóm
loricarnen(e o singlLlâr L{)gicamcnte lalartdo. o individro ó apenâ§
rLm mernbro da cspécic. lrâs exislencialncnte a esPócic só exisie no
inlivíduo. Elâ não crisie como 141. \()cê nao vai vcr tL esPécic gâio sc
climinandl, Lrir dos pólos. que é o pólo cla individualidâde. .to slnilulâr,
,lr 'per rrrr"-r.',1 c ,1,.|n ,.n,ú,',rr,^ f ..n,.'( r,trrrou,i''
relllidâdcs metalisicâs univcrsais llssc mais reâl do quc cste.
,\ idúla platanicâ lcvi, porénr, â c{nrrràdi(ares rbsolnltLnrente insolú-
r.is l'in quêl Porque sc você pcga. por cxcrrplo, as lanrosas idéiâs ori
rr rlL.,,. r,r r,lu(rbri,-;, .,lrrrr rr,,p,.i, \', r'r'utiôr
, iriansulârl.lade , ela tambénl é ela mesnra c
L,,i da ca!alil:lârlc ou â
rri) oLrirr. e.tao ela tunrbérn é uürâ singularidadc. cla rârnbam ó urr
irr(livíduo \bcê icria. entao. de novr,. o esn1o problcma colooado nulna
,,!trx cslcra, c nurra ou1ra. c nunrâ ouiln. de rxxl ) que essa tensáo quc
,rl)rrccc cn Àristótclcs jrt csiava .lada dc algüm modo crn Plârão ca
L,'isr nrais câractcrísricâ de Arislótelcs, do estilo aristotélieLr. é a rlc
,, Lrnca tugir dcssas tcnsócs c coniradiçarcs.
|,nóm csra unidadc substâncial erisre nürr rnetu (,rde há oulrâs Lrniciâ
( cs substanciais, inclusive Lrma unidadc substancial do plancla Tcrrâ,
lo cosrros onde ele eslá, eic Ihtao é evictenie que estc scr orgânico
nin) ó uma unidadc sinrplcs, Íras uma !lIidade complexa Sefdo Lnna
rridade corrplexa. (lenlro dele existc un1a tcnsão cntrc o quc rclc ó
unidâdc, portânto, â.1üilo q e c(»rserva ir sua fomra c aquilo quc
J]
nclc ó complexi.lâde. Esta opoliÇão inicrna. eni úliinâânálise. o lcvarii
a nnrner Se o bicho fosse üma rLni(lade p€dtita, ele seriâ indcstrlrtível.
Sc ele náo a uniclade, náo podc existiri c sc não é urnâ uni.lâde pcrfciia.
l2
Isto qucr dizer quc P.rr rôoidcs c HcriLclito coloc.Lranr os teüros dc
írir problema. Platáo. dc algum nlodo. tenta resoh/ê-lo, privilcgiândo
,, Lrdo parmcnidiano. o Ser e .L eierridade. Nías o quc scria essc Ser e
,1. (1crnidadc. Quândo nLr crcdo crislâo vocô diz "Crcio cln um só Deus,
l'rl onipotcnte. Criador do Céu c.lâ Tcrra'. o que você eslá làzen.lo?
llstl aÍiculando o Deus ctcnnr con1 estâ tarra em que locê vivc. ondc
L r(lo ó nrLrtávcl Você explictL um enr lu
çao do ouiroi você articlrla.
rro ncga â cxistênci.L da Terlâ. \'ocô náo diz: 'ureio em Lrm s(i Deus.
I ' Lrripu.,,,lL qLrr r. .a r,/i ôr.r..i n.,rr'1,'r-e.,,ui
$sr lcrrâ pol.tluc cla nàl.) erisle'
li)i isso que vocé le,? Se locô lossc un platônico. laria is$l \iocô
,,.ri soHenle errr Deüs Pâi Onipotcnte. mas nao nesla Terrâ. Entáo
r ss. l)cus náo criou coisa ncnhulnâ. só deu a iorprcssáo dc que |e?
j:]
para ele Jrcar o mcsffo, ele teln quc flLrdar. Essc coniunto de elcmcntos
opositivos permite o quê? A geraçáo, o nascimento. o crescinento. o
desenvolvim€n10. a mâturaÇão e â moÍc Então é nessc ciclo yital que
Aristóieles articula, por um lado, a idéia unidadc, eremidadci por oürro.
.r idéia da nruclânça.
Iteráclito:
isso aqui? É a repetiçáo cxaia do problerrrâ dc Parnêni.lcs e
''Nao, vanos rcsolver âqui o problenra -'\hl A soluqào é o áiomo'' '
Só quc. nos átomos. locô rcpere o mcsmoproblcma emescala pequena
Erltão. o quc resolveu? NáLr .esoli'eu nadal Qucn resolvcu foi o vclho
l.p..rj.iru
\, i. r^ .1.. ,.lu.,lruLl',noJ-u ç n'n. p, n a a n. tit<
ram. durante sóculos, tudo se unifica c de alguma maneim sc lürmoniza
âssim. sinlonicírnentc. Naio há unl só âspecto. uma só idéia da cultura
ricga quc eslejâ ausenle delc.
Bon1, Platâo era uma espécic de Par ônides aumcntado. cotn
mlriLo mâis gênio e uma visáo rcalmenie universal c abrângentc. Nlas
lcrn um ponto ali cn] que a coisâ falha Ele é urn caminho em direçio
ao corlhecimcnto dc verdades universais, mas no m€io do caminho sc
pcrde esta reâlidadc vivenle. Sc eu vou lá pârâ o rnundo universal e j,r
nlofli. eniío está tu.lo bem. E se eu lbr lnas não morri, ainda eíolr
rqui'? Continuo con problemas. continuo com perguntas.. E sei quci
quan.lo cu norÍer c for pam cterniclade, csiá lrrdÔ rcsolvido Íras nío
a disto que eu cÍavâ Ialando
Essa aÍricuhçao do cterno com o tempo, da unidade com a plura_
lidÍrde. c essa ârticulaçâo quc tona sempre o senlido tensionâl - e que
obviamerle é inspiraclâ em pelo modclo do ser vivcnte quc
conserva a sua lormâ cnquânto muda , isto é a aior conquisla do
^rislóielcs
gênio grcgo e lalvez a maior conquisla do espiriio humêno A maior
conquistâ do conheci ento humano talvez ienha sido isso.
Para o conceilo de uma slrbsiância, quândo sc pega
urra sub.rJ f.i, c .( Je I e '11 c''.n',i.r e'ro L *en. id inr \'
^ristótcles. 'netmr
'
âtcnporal, ó supratemporal, mas ten quc conler cm si todas âs possi-
biliclârlcs de lrânsfonnaçocs tenrporais que ela possa sofrerno curso da
sllâ cxistência. Es1á âdiculado ai o plano da e§sência con o plaro da
cxistência:iudooqtlcexisleéalgunacoisa.portanio. temumâessência
F.essâ essência nãovai nrudariela lá craisso ântes de existi! enquanto
ela cxiste, e depois quc ela parar de er'istir náo virâ outra coisa
Mas e a existência? Quâl é a iorma de existênciâ desta essência?
Evi.lentemente. ó ulla lorma de existênclâ opositlva, na quâl' pâra
existir 1em que integral elemenios que lhe sao estranhos' Esses elc_
mentos scrviràn para seu dcsenvlrlvimcnto e tcrminaÍáo por maiá_lo'
lsso qucr dizer que. se o rnundo de Platáo eÍa uma espécic de uin ieêtrc)
com vários palcos, um em cinrâ do outro quânio mais se sobc. n1âis a
cenâ fica impodântc , ern Aristóteles iá se tem uma espécie de roda
giganic, eln quc as clrisâs sobem e descem (scria mais un1 odclo da
rocla alâ fortuna). Desse modo, iudo aquilo que nunr ccrto nomcnto lhe
pareceu universalmente explicativo e, pol1anio, sobeÊno, no instante
seguinte lhe âparece sob a lorma da coisa mais nliúdâ e terra_a-terra
que você possa imâginar.
A iincnsidão.la iniluênciâ adstotólica no lnundo náo foi até hoie
medida.'tbdo o mundo islâmico vai sair daíi dentro do Ocidente, vai
sairalaínáo só estruturaçáo da filosofia escolástica (mesmo anies
todâ a
lú
quc nos fazcn ver oposiçõcs insanáveis entre coisas qlre na reâlidâdc,
só exiÍenl âriiculadamente.
37
ÍAlullo: Eu jáouüi comentútios rle que, ptln Aristótel,ls. tLão haurí.t
u|ru| cttusa ptíú1eirc. mas ruiias, en una pluruIidade.)
Não, realmenic náo é assinlll Você pocle ler unra pluralidâdc dc
opcrâçocs. mas a unidâde .Lr câusa prirreim eÍá dada, porqlre senão
você lelaniaria. . Se iem várias. qucmé qucas unilica?'lem que terulira
causa atrás das cansas c. assin. isso multjpliÉ o frobleÍra.
38
Por isso é que foi tão fácil inlegrar AristaÍcles no mundo cristão.
O Deus crisiáo nào é un conceiio gcral, é uma pessoa, é urrâ indivi'
dualidadc. cntào isso não iem choque con1.l visão quc Àristóteles tem
dâ causa primeiÍa, embora ele náo lale lito dclâ. sonlLndo llrdo o
que ele escrcvcu sobre â causa primcÍa, dá trinla linhâs, mas essas
trirta linhas sào sulicientes para concluinnos que cla cxistc. Ela eriste
substâniivamenie, € não como aiributo, náo como predicado de outra
coisa. Ora, sc a espécie só existc na substância que a excmplifica cxis
icrcialmente. então ó fácil ver que Deus náo podc ser unl conceilo de
cspécie. Ele tem quc scr umê individuâlidadc. mâs estâ indivjd0âlkladc,
clâ é â coisâ mais universal qre exisic. É esta tens.to do ünivcNal c do
lndividual que runcâ se rcsolve, náo pocle se rcsoh'c! porque ela é a
própriâ esirulura do scr Você pode âté dizcr que isto é unr nistério,
n1âs é um dâdo da experiêrcia tâmbém.
AriÍóieles sc iorna um nodelo do filósolb nomral O que
Parâ nlin1.
ó o sujeiio nonnal? É o sujeiio que tem todas as dimensóes do scr
humano: nâ hora que ele pensa, é a pcssoa inteira dele que pcnsa. não
csqucce urn pedaço dc si rnestno para pensar E tcm outros que náol
pensêln. maspor um cnfoque seleiivo. Estcs, cntão. evidenlenente, vão
chegar eln coisas que podem ser vcrdadciras sob cerlos aspcctos, mas
sob outros nào seráo. lá esta coisa da tensáLr do u iversal c do singl ar
isto aÍ é verdâdeiro sob todos os aspectos, aparece em ludo, náo tcnr
como você escapar
Há muitas filosofiâs que se podc facilmente resumir cm dois ou três
principios, mas a dc Arisióteles náo se podc De certo modo. é por isso
que Platáo ó populêrmente mais conhccido do que Aristótclcs. Falâm
em Platáo, e o sujeiio lembra do mundo das idéiâs c do dualismo platô
nico imediatâment€. Tá o mlrndo de Aristóteles se pârece demais coin a
realidade vivida. É como se Plâtáo fosse uDrê obra. uma criação. uma
or"Jca'tc.iro rr. r.lno, \r''.tottlc. rrada c rs.ir r.
:19
O próprio fato de toda a filosofia de Aristóteles ter nos chegado
somente sob a lorna ale fuagmenios, isso de certo modo foi propício'
interessa pelo 1ivro, pela
Quando você está lendo Aristóteles, nunca
se
+0
que Aristóieles começou como um platônico de estdta observância
e terminou como um empirista moderno, que vai se afastar
cada vez
oôis. porque ele eÍâ os dois do mesmo rempo' Náo hou!e essa t'ansicao
se houvesse. você eliminaria o problema, eliminaria um dos pólos'
No começo iinha um pôlo, no fim tem ouirc' entáo náo temproblema
Náo, mas iemlEsses alois pólos estáo em tensâo emÀristóteles desde o
começo até ofim, e é isto que é o mais caracierísiico dele' Âquilo que o
€voluçáo biográfica no iempo
Jâegertentou resolvercomo se fosse uma
Íáo é isio. é uma contradiQáo que está lá. Ele nasce com ela e molle
que existe, existe
com ela, e é o que nos lega no fim Ele diz que tudo o
como substância, portânto, como singular, como um individuo
singulâr'
e tualo que nós conhecemos sáo leis gerais Entr€ essas duas coisas'
tire-e ha toda â grdda(io de conhecimenlu\ prova\eis' raToa\(i' e
incertos, sobre os quais você nunca chega a uma conclusAo exata'
mâs
râzoabilidade e da Probabilidade.
1600
Você imagina como a hLlmânidade precisou emburrecerpara,
anos alepois, acreditar num mecanicismo? O que é o mecanicismo?
Éum plâtonismo. Pegâ-se toalo o mundo da experiênciâ e se dizi "Náo'
resto
iualo isto aqui se realuz a meia dúzia de equaçôes matemáticas, o
4i
é tudo ilusão, é trldo falso, só apârência. Sáo só âs equações matemá-
ticas que estâo no fundo dâ verdadc". Desde tsaac Nc$.ton até pelo
menos o século X-\. todo mundo acreditou nisso. virou uma modâ
iniernai. O que era? Em um neoplaionismo Quando, de repente, circgâ o
pcssoal Heisenberg. Planck, etc. - c demonstrâ que dc fâto as coisâs
náo sáo assim, que essa pcrfeição newtoniana é que era uma ilusão, na
verdade, ocorre de novo o quê? É a "vingânça aristotélicâ,, em cimâ do
sonho platónico; fura-se o baiâo platônico de novo.
Por que náo se pode inveÍer esse raciocínio? Você pensa que aí só
tem átomos, mas, pcnsando bem. eics se juntaram numa fomla que é
12
cratanente a da mesa. Entâo parece um monte de á1omos soltos, mas
isto é uma ilusáo, na verdadc é a nesâ. Quando grandcs cientistas
cntram êssim nesse tipo de "burrâda" filosófica clcmenta! âí é que eu
vcjo que um "banho ' de âdstotelisno não faria nada mal a eles. Desdc
quc scja Áristóteles de fato, o que está nos livros de Aristóteles, € náo
o que Fulano ou Sicrano dizem a respeito.
Pêra encontrar exposiçóes fidedignas de Àristóteles, lol preciso
chcgar no século XX, antes disso náo tem. E quêndo fazcm exposições
fidedignas. estas se caracierizamjuíamente por essa estrutura loda ten_
sional, toda chciade problenas. Mas o quc é a ciência senáo um enormc
corjunto de problenra e um pouco de soluções que já se enconirou?
Nâo énormal que sejaâssim? O mundo deAristóteles também:elelem
duas oll três soluções e un1 montáo de problemâs. Aliás, Aristót€lcs
cscreveu um livro chamado Proálem as, um livro de quatrocentas páginas
que se consiitui de perguntâs. Daquela lista, nós náo descobúnos aindâ
n€m a qüinquâgésima parte das respostasl
Aristótclcs tambén organiza a possibilidade da investigaÇáo cien-
tifica como um trâbalho continlrado ao longo das geraçôes. Isto só
existe por sua causa. Então, em qualquer investigâçáo, você semprc
vai teÍ que ârticular o conhecido conl o desconhecido, sabendo que o
desconhecido é maior. E que, quando você escapa dâ complexidâde do
nundo da experiência e l'oge para o universal, as dificuldâdes somem,
porque neiâfisicamente ludo tem soluçáo. Sin, só que essas soluçóes
rnetafísicas sâo compatíveis com uma infinidade de soluçõcs dilêrentes
r1a esfera lísica e cxperiencial.
.1u
!--
tcm ccrtczas inâbaláveis; por ou lro. essas certeTas são compâtívcis com
n1ontanhas de inceriezas. que você tcm quc ir rcsolvcndo passo.L pâsst)
nê base da râzoâhilidadc c da probabilidade.
Arisróiclcs foi o primciro indeteürinistâ clâ hisl(iriâ Não loi tlm indc-
termlnisla râdica]. rnas um indcterministâ, tanro quc cle via o mundo d.r
narureTa Inais tardcvisto por Nc\úon como uma lnáquina que lLlncionâ
regularl]lcntc dc acordo com leis eternâs eralarnenle conro o nrtlndo
da inceilezê, o nrundo dâ in€râlidão. Curiosarncntc, dai cle rirava uma
conclusrlo erÉda, quc cra a dc quc. ncssc domínio, no donrinio dâ
invcsiigaÇão das ciênciâs dâ naturez.L, o nléiodo nràtemáiico não scria
bom. Por que ele tirou essa conclüsão? Porquc, na época. nào haÍjâ
instrlnrienial nraie ático para lidar com as incertezas. que só aparece
corr L€ibniz. E ondc clc tircLr â conclusão de que nio deverla üsâr o
método maternático. Leibniz podeÍia lirar acollclusáo dc quc podcnDs
usar o mélodo naiemá1ico sim, contanto quc seja un1a mâtemática
relorrnâda dc tal modo quc possâ lidar coln qu.Lnlidades inceúas.
No lundo, parece que esiaLo dizendo dl]âs coisas. rnas csrão dizcnclo
â nre§ma Se a maicrnálica não ó boa porquc cla só lida conl o que é
e\alo, e o outm dcscobrc Lrma matemáticâ paralidar com o que é inerâioi
csrá rcsolvido o problemal É curjoso que. rnesn.r quando Aristótclcs
crra, há unra h(uiÇtÍr llrlguranle âli âirás. Nuncâ houvc un homen
mais inielige ic do quc cstc. nunca Estc é o guru dos gurusl Qu:Lndo
Dântc o chamavâ clc "o mestre dos que sabenr' . ele sâbia o quc cstava
dizcndo.
É claro qLrc, sobrc cssc rrundo de dei aqui unra pinceLâda
^ristóteles.
grotcscamcnlc sinplificada para nlarcar ná! o conieúdo de sua fi1oso6a,
mas o seu eÍilo. (Na verdade, é o qlre iareoros a rcspcito dc todos os outros
filólioios quc !a los âboftlar Vanros podcrapcnas dcstacaro cstilo c sab.r
,..r, n.lô i ,1 nr,irJur.Jrj ur i.;.r,.,,, (ir.brâIC|Jô r, A.\.,,c..
quando \,ocê iem esla nnpressão iniciâl do cstilo. aí vocô nào se perde
1+
frais quândo cstá cstud.uxlo o filósolb. De saicla, não ó possível conr
t)rccndcrnenhum lilósolo combase err suas doutrirus pronias nrcsmo
por!ue râríssinros tilósolbs vlveram o suficienle para podcr tcr Lu1.r
dou trin a prcnta c acabadâ sotrrc rodos os problenràs que cLcsdesejêrianr
)
lratar: Quâse ilrdos os filósolbs que levâniâm )rovecentas Pcrguntâs
cncontrân duâs rcspostâs, é o deslino humâno. Flntáo. âs doutrinas
pronlâs são scmprc só uma supeÚicic do mundo de conccpçôes cm que
o individuo estálLrlando para rctLlizaresla r csma definiç,ro.lc Iilosolia
quc nós coloca os, quc é a ufidiidc do conhecinento na unidack da
auloconsciência. Até o n1o enlo. iodos aqucles que âbrangcmos estio
laTendo cxatamenie isto.
Dc cerlo rnodo. csra clcfiriçao dx iilosofia cstá implícilil orn iudo que
está Íàzcndo Na rredidâ cm que ele tenia organiz todos
^ristóteles
os conhccirncntos disponí\,cis no momento e, mâis ainda, ele orgârriza
isso não sob a lonna dc unl csquenra ou dc uln diâgrâna (cúro Platáo).
dc um dja anlc, dc un1a lbmra gcolróirica. lnas sob â fonnâ de un1n
unidadevivcnic,eleeslárealizandocssadelinição/p§l§üÍlers porquc
(, rnunclo dafiloírlia deAristóiclcs é o nrundo do conhecinrentír hümano.
tal como está reflctido numâ alnrâ humana que ienlâ unificartudo aqlrilt)
U semprc com a consciência dc quc cste poder 0nificante cst,t dado err
rlois pólos: primeiro, na cansa primejra à qual tudo se rene(e: segü|do,
nâunidadedapróp ai cligênciâhunrâna,dâprópriaconsciônciâhumana.
Lo que é a ciôncia'l É o que surge cntrc esscs dois fólos.
Por cssâ râz:io é que Aristótclcs dizia qüe a intcligÔnciâ é mais vcr_
.ladcirâ que a ciência. porqlre a ciêIcia náo passa de urrr .cioio desta
uniJrJ. .l- i rclig. n, iJ hr,rr .nr r ur.ro uJ ru \.,.,,.racuqJi.'lLn"
criação humâna. no lim das conias. E como Iringuóm produz Lnn elcito
do que si nresüo, cntáo â inteligênciâ quc está no iundo daqucle
'lraior
coiljunlo de sistcmas, de roça)es cicntíficâs e lilosóficâs que nos silo
trênsnriiidâs, é imens.Lmenie rraior do que aquilo. Quando esiüdamos
as obras c os cnsinamentos dc unl homcDr co x) Arislarel--s ó â .stâ
inteligê)rcia quc dcvcnros Ios dirigir pLrrquc csta ó â únicà lnaneira dc
cnsino lllosólico possivcl: quando vocé vê o fila)sofo, nâ plenir!cle da
sua inteligôncia, luiando conr â complcxidârlc dos dados e pegan.b ali
algurr lio dtL neada E dc iario locê ver os filósolàs fârerenr isso. \,ocê
aprcndc a lazer lambén1.
Não ó a.lolrrrlr)a pront.L que intcrcssa, ó você ver islo Claro qLrc ó
ler se vocô tcnr Lrll prclessor vivo. quc cstá lazendo isso na
nrâis lãcil
sLrâfrciric. \iocê vê que o suicitovâi, dá dois passos. crra, i'olia at rás, lala
"Náo. não cra assirn. deu errado vamosconreçarden0v1,"...Quândovó
tüdo isso. locê nao cstá cstLrdando sistenlas, cstá.studa|doâelctividade
da vida Iilosólica Àos poucos vocô iambérn vai enrcndcrdo que não é
possívcl urificar e rr)rnar coercntcs co|hcci renlos desdc pcdaços d.
unrâ alma dispcrsa, dc ulna alma iragnrcniada. Elliáo. o conhccimcnio
tcnr dc sc âconrpanha! antumaticanrenie, cle.Luioconhccirncnio c de
auto apropriaÇão, faü usar o tenno bonito do Benrard l.oncrgan. E uma
:ruto apropriação. rma to ad, .le possc dc si nrcslno. Ilssa tonâda dc
possc dc si resmo é tanrbóm, por sua !e7. base de toda a ótica e de
toda a polÍtica.
É um proccsso. c csse processo dc unificâçáo do conheciDlento
tâmbétrr é processo dc rrificacão.la consciência qnc cstá unil\cando
isto. O quô? E a conquisla da mâturidadc, ó o t'lnoso spo?ldai.,s dc. uc
lalâva Aristótclcs, dizerrdo que somcntc um home r que tenha estc tipo
.le uniclâ.te é capaz dc rrsporder por seus âtos c por scus conhecimentos.
c tambórn por suas opirióes. E sc náo é capaz de respondcr por nada
do quc diga, clc Iáo ienr a lnirilna imporiância A.istóieles dirá quc
a sânid.Lcle clâ conlunidâ.je políiica dependc dc quc exislam pesso.Ls
âssim. câpâzcs de lazer isto. cmpcnhadâs e.r lazer isro claro quc conr
todâs âs lilniiacó€s e as possibilidâdcs dc frâcas$ que nós temos ao
longo (la vidâ human.1.
lAlu,ro: lsio I prssr,el s.,t leita coLtl quahuer peLLsttdot. cotit qual
Claro: Ntas às vezes você repara qLre a aln,a do sujeito esú rachrcl .
Que serao úieis pârâ !ocô, cmborâ náo tcnham sido altcis parâ clc.
Quando vooê pcsa unl filósolo to(alDrenle mallrco. é bonr paia você. rnas
p.Lra ele nilo. Se a lilosoli d€ Nie(1sche lissc boà pam Ni.izschc, clc
r.ro leriâ 1€r'lriIado do jciro quc tcrmirou Nlas n(is po,:lcmos usarmuita
coisa dclc, mclhor para nós. Sobre esl.r coisa da alma r
sn,enlada. vej:'
!ue dc certo nrodo ele desisre desse fri!ilégio da.olldição humanâ, .tuc
ó de poder icr a unida.lc do conhccimcrto na unidadc da consciincia
[sln ó a rnnrca dc muiios filósolirs modemos, .Lté o poflo enr que. dumnte os
clnqücnta ou sessenla anos dâ hislririâda Íilosoliâ âcadêm ica ro sóculo XX.
cssa lloçáo sc perdc por complcio. Hoic cstá rcssurgindo.
+E
Eu âchavn qüe cra, con o negócio dâ contemplação amomsa, do
conbecimcnto por presençâ, aió que descobri Lrfl filósolo persa do
século XI que iinha descobcrto tudo isso. (...) Dc qualquer nlaneirâ,
j.'L
do ec i psc. o quc vlrcê está làzcndo'l l'lslá reff o|tando imagin.rd amcntc
I
[Aluno Mas aacé chegou tto fiélodo en que t)ocê usa núita.Ja
A gcnlc aproveiiâ tlrdo que tcm. Orcie q!erque rcnha alguma coisa
que scja valiosa, eu tenho qLre usar. Não é uma questão de ser doutri_
nário, de iomârpartido. Náol tudo rrrndo está lhe ensinando alguna
.
coisâ. Claro quc tcnl uns que ersinam n]âis. Acho quc o que Husserl
deu pâra humanidade não dá nen parâ mcdir aind o qlle ele fcz, de
táo grande que é. Câda coisa que eu estudo desse sujeito eu vcjo que ali
fEF=!:'--
airda tcnr senentcs para muilr)s saculos pcla frente. Er)tao. a filos{rlia no
sóculo L{ ó basicamclter Lolelle. Husserl c, depois, ZLibiri, Vocqetin
e tscrnard Loncrgan. O resro ó cnieitc
lsso tar.bém aprendi com ,\rlÍ(tletcs: â prcsrar aiençáo no que
é irnporlantc, a procLrmr eln rudo quc aconiccc unl ccnlro vital. por
eremplo. vocô csiá no teatro âssisrindo â uma pcça, e há rriThôcs de
colsas:ls qu.Lis você podc prestar aterçào: a cor da cor(ina, o que o
sujcito está tàlando atrás. um nroítuitiniro quc csiá voa|do. a cârâ.lo
ator. a loma do eclilicio .. lüdo isso esrá prcsenrc rlc alcur ro.lo. Se
você teniar prestar atençáo enr tudo vai cni€nder a peçal Dc rlglün
modo iudo isso está râ sua co Sciênciâ. eslá tá no tnnclo. N,tiLs rcnr urrr
centro, que
é o centro do drama Eéulnccnlroconltiiivo.sclllpre Todâ
50
\bcô náo ó sóo seu l-irlanodcTal? E 1ão. você ten1uma ccÍâ hleiarquia
de ilnpol1àlciâ, você estú esludando iâlcoisa. c é assin qnc vocô lerrque
oryàniz.Lr srra biblidccâl Polle chegar lá c \]cr urr livro de cnrourologia
quc cstá:Lo lado de um diciolrárn).lc ljiosofia. Por qnôl Porque. por
coincidência, vocô csiá usrlr.lo elcmcnios dos dois pârâ rcsolvcr âlgunr
problenra que si) vocô sahe Vamos dizcr quc â sriâ bibijoreca ó ur a
loLLcurâ. rrâs no tlüxlo cstá hcm orgarizad.L. co ro se organiza
^ssim
un,â bibliotcca. sc orga,,iza uma vida. [,lais ainda: essc princÍpio de
hicrâiquitl. de ilnportânciâ, e a base dâ Inorâl c da condura
Vocô ó capaT de imâginar ulna rcgrr nroral na qual io.llls as regras
iêrr a mesma imporrâncill. na qu.Ll rltio tcrr o rnnis ünpo(anrc c o rre
nos illrportârlle'l lsso já ó imoral, rrLo é? O nirmcro de pessl,as hojc quc
cstão cornpleiaÍrenle deso cntadas no senti.lo moral gcral ras qLre se
apegâm a nma rcgm er.pírica qualqucr como se â(lnjlo rossc a bâse
Elâs Ião perceben quc isso já é ir.orâll É a ncgacão da hierârquia c.
portanto. da prioridÂcle morâ]. \â rrcdida em que vocô vâi dcscobrin.lo
essas prnnidadcs. e val prestan.lo mais aicnção nelâs do quc nâs coisas
quc náo iê.r importâncja, o.LUe você estrí iazcndo? Dâr aterçao é uma
Drâniftstâçáo de arnor e aieiçtu)i aquclc problema é imporrâ ic e yocê
que ele conta que um mosquito picou sua máo c clc começou a chomÍ.
Veio o pai. a mãc, a iia, todo mundo o càrega no colo . Elc diz: 'A dor
já tinha passado. mas cu continuei chorando. porque o negócio estava
dando o maioÍ lbope". Quem é que não tcm uma .xperiênciâ dessas?
Isto é uma coisa importantel Isto tem impoftância para todo o rcstantc
dâ sua vida morall
" uic lOtC}]LlN .,1,xn,,.vs C.hnn,â UfLvcrit'.rNlÀ rlPÍês rcco
32
Quando sc estuda Aristó1eles. a melhor coisa que se tcm a apren
dcr com ele é islo de büscar qual é o cenlro, ondc ó que a coisâ está
latcjando. onde é quc tcn a vidâ do prd)lema. Isso ele pega melhor do
que ninguém. Ele sempÍecolocâ: poronde devenros esludâr tâl assunlo?
Tcm um lado. ten outroi iá sc abor.lou por aqüi, por ali. por ali... Mas
acontece que iÍo âquió secundár;o, porquc, scvocê resolver aquelc olt_
tro, estc âqui também já cstá Ícsolvido. Esie âqui nao te1n impoÍância
algumâ. entaro pega o ccntro do negócio Isso ó maravilhosol
Àrislóleles foi dc fato ull1 presenie dc Dcus para a hu anidâdc.
Áindâ está rcndcndo e âinda vai rendcr nluitol
Leituras sugeridas
rnosona)
JÁEGER, Wmd Á,sró,ales: à" ses püa 14 h stotia Ae sú d.*otulLo iktet*tüaL T't^d. 1oÊé
MORF-AU, Joseph A/isroL el so, Écok. pàrisr pul, 1962 (2 ed. 1935)
55
De.l.r lnternacLUnâLdc CaL uColil nâ Ptbk&Jo rclP)
r.iflÀ.i Braílêmd Liv ' SP B áíll
H n,trla.sêíc'alüahlo\.65/
;ôrorode(d^r ho sJorau! E F<d rzr!úeD 2001