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SUMÁRIO
JOÃO LELES
Analista de Planejamento e Orçamento do Ministério Público
da União, aprovado no concurso de 2013, é pós-graduado em
Contabilidade Pública e Lei de Responsabilidade Fiscal. É pro-
fessor em cursos de graduação em Direito, cursos promovidos
pelo Ministério Público, e de preparatórios para concursos,
também é palestrante sobre técnicas de escrita e de apren-
dizado. Já foi Técnico de Orçamento do Ministério Público da
União (aprovado em 16º lugar) e Analista Jurídico da Agência
Nacional de Transporte Terrestres (aprovado em 13º lugar),
com lotação na Superintendência de Gestão e atuação na ge-
rência de Licitações e Contratos.
Sou o professor João Leles, e vamos iniciar o nosso curso de Noções de Orça-
mento Público focado no concurso do Tribunal Superior do Trabalho (TST), cargo de
Técnico Judiciário – Área Administra�va.
Esse ciclo é necessário e traz resultados efe�vos para quem o aplica. É o que se
costuma chamar de �me vencedor, ou seja (repe�ndo), APRENDIZADO – APLICAÇÃO
– REVISÃO.
O obje�vo do nosso curso é que ele seja (e será) suficiente para sua aprovação
no concurso.
DICA:
Isso tudo é necessário para que o Estado custeie, de forma planejada e estrutu-
rada, a sua manutenção, programas governamentais, saúde, educação, segurança, e
polí�cas públicas em geral. Além disso, gerenciar adequadamente aquilo que perten-
ce ao povo, tudo em conformidade com as normas e legislações respec�vas.
Segundo Aliomar Baleeiro, o orçamento público é o ato pelo qual o Poder Exe-
cu�vo prevê e o Poder Legisla�vo autoriza, por certo período de tempo, a execução
das despesas des�nadas ao funcionamento dos serviços públicos e outros fins adota-
dos pela polí�ca econômica ou geral do País, assim como a arrecadação das receitas
já criadas em lei.
I – o plano plurianual;
II – as diretrizes orçamentárias;
De acordo com o art. 166 da CF/1988, os projetos de lei rela�vos ao plano pluria-
nual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento anual e aos créditos adicionais serão
apreciados (analisados e votados) pelas duas Casas do Congresso Nacional, na forma
do regimento comum.
Entendendo o Ar�go!
As diretrizes: são normas gerais e estratégicas que mostram a direção a ser se-
guida na gestão dos recursos pelos próximos quatro anos.
Os obje�vos: correspondem ao que será perseguido com maior ênfase pelo Go-
verno Federal no período do Plano.
ATENÇÃO!
Sempre cai em prova! Revise!
PPA
Estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, obje�vos e metas (DOM)
da Administração Pública Federal para as despesas de capital e outras delas
decorrentes e para as rela�vas aos programas de duração con�nuada.
Nenhum inves�mento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro pode-
rá ser iniciado sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que autorize
a inclusão, sob pena de crime de responsabilidade.
É inovação da CF/1988, assim como a LDO.
ATENÇÃO!
Entendendo o Ar�go!
ATENÇÃO!
A vigência da LDO extrapola o exercício financeiro, uma vez que ela é aprovada
até o encerramento do primeiro período legisla�vo (mês de julho) e orienta a ela-
boração da LOA no segundo semestre. Por exemplo, a LDO elaborada em 2017 terá
vigência já em 2017 para que oriente a elaboração da LOA e também durante todo o
ano de 2018, quando ocorrerá a execução orçamentária.
ATENÇÃO!
Conforme decisão do STF, a lei que concede aumento (ou qualquer hipótese do
§ 1º do art. 169 da CF/1988) subordinado à existência de dotação orçamentária
suficiente e de autorização específica na lei de diretrizes orçamentárias não
está sujeita ao controle abstrato de cons�tucionalidade, pois a inobservância
de tais requisitos não induziria à incons�tucionalidade da lei, impedindo ape-
nas a sua execução no exercício financeiro respec�vo.
A LOA deve conter apenas matérias a�nentes à previsão das receitas e à fixação
das despesas, sendo liberadas, em caráter de exceção, as autorizações para créditos
suplementares e operações de crédito, inclusive por antecipação de receita orçamen-
tária. Trata-se do princípio orçamentário cons�tucional da exclusividade.
Não se preocupem ainda com esses princípios e conceitos relacionados aos cré-
ditos, pois serão aprofundados em aula específica.
Quanto aos prazos, o Projeto de Lei Orçamentária Anual deverá ser encaminhado
ao Legisla�vo quatro meses antes do término do exercício financeiro (31 de agosto), e
devolvido ao execu�vo até o encerramento da sessão legisla�va (22 de dezembro) do
exercício de sua elaboração.
Grosso modo, o Orçamento fiscal possui caráter residual, ou seja, o que não for
especificadamente relacionado aos outros dois, são previstos no Fiscal, que deve con-
templar as receitas e despesas do Poderes Execu�vo, Legisla�vo e Judiciário, do Mi-
nistério Público e dos Tribunais de Contas, incluindo seus fundos, órgãos e en�dades
Importante notar que o disposi�vo não trata de todas as despesas e sim apenas
dos inves�mentos. Além disso, tal disposi�vo não se refere a todas as estatais, mas
apenas aquelas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capi-
tal social com direito a voto, ou seja, refere-se apenas às empresas controladas pela
União.
E, para fechar essa aula, é importante destacar que a CF/1988 veda a u�lização,
sem autorização legisla�va específica, de recursos do orçamento fiscal e da segurida-
de social para suprir necessidade ou cobrir déficit de empresas, fundações e fundos,
inclusive daqueles que compõem os próprios orçamentos previstos na LOA.
Referências Bibliográficas:
MANUAL TÉCNICO DE ORÇAMENTO 2017 – MTO/2017
BALEEIRO, Aliomar. Direito Tributário Brasileiro. 13ª ed. Rio de Janeiro: Forense, 2015.
GIACOMONI, James. Orçamento Público. 14ª ed. rev. São Paulo: Editora Atlas, 2007.
GIAMBIAGI, Fábio e Ana Cláudia Duarte. ALEM. Finanças Públicas – teoria e prá�ca
no Brasil. 4ª Ed. rev. e atualizada- Rio de Janeiro, Elsevier, 2011 – 2ª reimpressão.
QUESTÕES COMENTADAS
Gabarito: e
Comentário: Segundo a Lei de Responsabilidade Fiscal – LRF (art. 5º), e também
a CF/88 (art. 167), a lei orçamentária não consignará dotação para inves�mento
com duração superior a um exercício financeiro que NÃO prevista no PPA.
Gabarito: b
Comentário: No âmbito da União o Plano Plurianual será apreciado pelas duas
Casas do Congresso Nacional e terá vigência de quatro anos, iniciando-se, no se-
gundo ano de mandato do chefe do Poder Execu�vo. Isso porque no primeiro ano,
o chefe do Execu�vo trabalha com o PPA de seu antecessor.
Gabarito: c
Comentário:
a) ERRADO. A norma que contempla todas as receitas e despesas para o período
de um ano, sendo considerada como o planejamento operacional da adminis-
tração pública é a LOA.
Comentário: a
Comentário: Essa questão exigiu conhecimento da LDO na CF/88 e na LRF.
Vejamos:
Conforme a CF/88:
A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da adminis-
tração pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro
Gabarito: b
Comentário: Conforme a CF/88:
A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da adminis-
tração pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro
subsequente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as
alterações na legislação tributária e estabelecerá a polí�ca de aplicação das agên-
cias financeiras oficiais de fomento.
Gabarito: c
Comentário: Segundo o ADCT, a vigência do PPA é de quatro anos, iniciando-se no
segundo exercício financeiro do mandato do chefe do execu�vo e terminando no
primeiro exercício financeiro do mandato subsequente. Ele deve ser encaminhado
do Execu�vo ao Legisla�vo até quatro meses antes do encerramento do primeiro
exercício, ou seja, até 31 de agosto. A devolução ao Execu�vo deve ser feita até
o encerramento do segundo período da sessão legisla�va (22 de dezembro) do
exercício em que foi encaminhado.
Gabarito: c
Comentário: Veja o que diz o § 1º do ar�go 165 da CF: Art. 165. (...) § 1º - A lei
que ins�tuir o plano plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes,
obje�vos e metas da administração pública federal para as despesas de capital e
outras delas decorrentes e para as rela�vas aos programas de duração con�nuada.
Gabarito: a
Comentário:
a) Conforme o § 1º do ar�go 167 da CF/88: Art. 167. (...) § 1º - Nenhum inves-
�mento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro poderá ser iniciado
sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão, sob
pena de crime de responsabilidade.
b) De acordo com o § 4º do ar�go 5º da Lei de Responsabilidade Fiscal é expres-
samente vedada a prá�ca de dotações imprecisas: Art. 5º (...) § 4º É vedado
consignar na lei orçamentária crédito com finalidade imprecisa ou com dotação
ilimitada.
c) Quem contém o Anexo de Riscos Fiscais é a Lei de Diretrizes Orçamentárias e
não a Lei Orçamentária Anual, conforme o § 3º do ar�go 4º da LRF: Art. 4º (...) §
3º A lei de diretrizes orçamentárias conterá Anexo de Riscos Fiscais, onde serão
avaliados os passivos con�ngentes e outros riscos capazes de afetar as contas
públicas, informando as providências a serem tomadas, caso se concre�zem.
d) Conforme o § 2º do ar�go 165 da CF as metas e prioridades da Administração
pública, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente
serão con�das na LDO: Art. 165 § 2º
e) Conforme o § 1º do ar�go 165 da CF quem estabelecerá, de forma regionalizada,
as diretrizes, obje�vos e metas da Administração pública para as despesas de
capital e outras delas decorrentes e para as rela�vas aos programas de duração
con�nuada é o PPA.
públicos e outros fins adotados pela polí�ca econômica ou geral do país, assim
como a arrecadação das receitas já criadas em lei” (Uma introdução à ciência das
finanças. 17. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2010, p. 521), é definição de
a) lei orçamentária anual.
b) lei de diretrizes orçamentárias.
c) plano plurianual.
d) empenho.
e) crédito adicional.
Gabarito: a
Comentário: Os diferentes autores definem o orçamento público como instrumento
que prevê receitas e fixa despesas para determinado período de tempo através de
lei formal.
da Lei Orçamentária Anual, quando dispõe, no âmbito da União, para cada exercício
financeiro sobre:
I. As diretrizes, os obje�vos e as metas da Administração pública.
II. A fixação de percentual máximo de endividamento para cada mandato presi-
dencial.
III. As alterações na legislação tributária.
IV. A polí�ca de aplicação dos recursos das agências financeiras oficiais de fomento.
V. As despesas com pessoal e encargos sociais.
Está correto o que consta apenas em
a) II e IV.
b) III e IV.
c) III, IV e V.
d) I, II e V.
e) I, III e V.
GABARITO
1. e
2. b
3. c
4. a
5. b
6. c
7. c
8. a
9. a