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Dom José Maria Maimone

Apresentação

Ao preparar este livro, recorri à Arquidiocese


de Londrina (PR), que se dedica de modo especial
à Lectio Divina. Recebi alguns subsídios, entre eles
ótimas apostilas da Irmã Elizabeth Mendes, Fran-
ciscana do Coração de Jesus, que trabalhou na
diocese até o fim de 2014. Enviei os originais do
meu livro, e ela me presenteou generosamente com
esta apresentação:
“É com reverência e respeito que vos
apresento o opúsculo sobre a Lectio Divina,
preparado com tanto esmero pelo nosso queri-
do bispo emérito de Umuarama (PR), Dom José
Maria Maimone.
Desde o Concílio Vaticano II, a Igreja, in-
cessantemente, tem pedido aos católicos do
mundo inteiro que se atenham ao modelo orante
da Palavra de Deus, presente no seu interno desde
sempre. E durante o Sínodo da Palavra, de 2009,
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reforçou o pedido, almejando que todo o povo de
Deus aprendesse e se exercitasse na Divina Lição.
A Editora Ave-Maria, sempre atenta ao que a
Igreja solicita, pediu a Dom Maimone que escre-
vesse sobre o tema e o método, e nosso querido
bispo conseguiu traduzir de maneira simples as
‘coisas divinas’. A maneira como esclareceu o
método e como conduziu as 12 Lições é coerente
e edificante.
Tenho certeza de que o povo de Deus saberá
aproveitar muito bem dos seus ensinamentos feitos
sob medida.
A todos e a todas um salutar encontro com o
Senhor na Lectio Divina”.

Irmã Elizabeth Mendes, SCJ.


São Paulo (SP)

Também, o caríssimo Arcebispo Metropo-


litano de Londrina, Dom Orlando Brandes, me
honrou com esta encorajante apresentação:
“A leitura orante da Bíblia é um método por
excelência recomendado pela Igreja. É tão profun-
do que o documento de Aparecida diz que a prática
da leitura orante se assemelha ao encontro que os
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personagens históricos tiveram com o Jesus histó-
rico, como é o caso de Nicodemos, de Zaqueu, de
Bartimeu, dos Apóstolos, da Samaritana e de outros
(D. Ap. 249).
A leitura orante da Bíblia requer atenção, as-
siduidade, humildade e disposição de se colocar
diante do Senhor para ouvi-lo a fim de discernir a
sua vontade e para melhor praticá-la. Oxalá todos
nós pudéssemos diariamente ir à fonte para beber
da água da Palavra de Deus.
O livro de Dom Maimone é um texto simples,
porém de profunda riqueza. Ele traz informações
básicas necessárias para o conhecimento da leitura
orante e, ao mesmo tempo, se torna valioso porque
brota da experiência vivenciada por Dom José Ma-
ria Maimone, partilhada nos encontros descritos.
A leitura dele é um convite para a oração e a con-
versão. Parabéns, Dom José! Seu livro vai abrir as
portas dos corações à Palavra de Deus”.

Dom Orlando Brandes


Arcebispo da Arquidiocese de Londrina (PR)

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Agradeço aos amigos que fizeram a
primeira revisão: Maria Aparecida
Pereira Araújo e Antônio e
Leda Gonçalves.
Lectio Divina

O que é?
A Lectio Divina é popularmente chamada de
leitura orante da Bíblia, cuja tradução literal seria
“lição divina”. Por meio da Palavra de Deus, recebe-
mos ensinamentos divinos, ou seja, Deus se revela
mediante a Palavra.
Não é uma simples leitura, mas uma leitura
atenta na qual se procura penetrar no sentido da
Palavra que Deus dirige às pessoas; é uma leitu-
ra feita oração. É rezar com a Palavra de Deus,
procurando entendê-la, guardá-la e vivê-la. Seu
exercício se torna uma espiritualidade, uma ma-
neira de se unir com Deus.

Quando surgiu?
Alguns estudiosos dizem que podemos encon-
trá-la no Antigo Testamento. Usam como argumento
o capítulo 8 do Livro de Neemias, segundo o qual
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o governador Neemias reuniu o povo e pediu que o
sacerdote Esdras trouxesse o Livro da Lei e o lesse.
Desde o amanhecer até ao meio-dia, o povo escutou
com atenção a leitura do Livro da Lei.
Jesus ensinou esta oração aos seus discípulos
para que entendessem melhor as Escrituras: “‘Isto
é o que vos dizia quando ainda estava convosco:
era necessário que se cumprisse tudo o que de
mim está escrito na Lei de Moisés, nos Profetas e
nos Salmos’: Abriu-lhes então o espírito, para que
compreendessem as Escrituras” (Lc 24,44-45).
Orígenes, no século III, usou bastante e ensi-
nou essa maneira de orar. Para os Santos Padres da
Igreja, a Lectio Divina supõe a escuta e a resposta.
São Jerônimo escreveu: “Se oras, és tu que falas ao
Esposo; se lês, é o Esposo que te fala”. Santo Am-
brósio nos recorda dois mandamentos do diálogo:
“Falamos-lhe quando oramos e escutamos quando
lemos os oráculos divinos”.
A Lectio Divina se tornou comum na vida
dos padres do deserto e dos monges. Sabendo de
cor muitos salmos e várias passagens do Novo
Testamento, oravam silenciosamente enquanto
executavam seus trabalhos manuais.
São Bento, que viveu no século VI e foi o fun-
dador dos mosteiros beneditinos, deu como lema
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e carisma da Ordem esta expressão: Ora et labora
(Reza e trabalha). Em Regras de Vida, ele escre-
veu um capítulo inteiro sobre a Lectio Divina.
Porém, só no século XII, no ano de 1150, o
abade de um grande mosteiro cartuxo, monge
Guigo ou Guido II, definiu em seu livro A escada
dos monges o esquema da Lectio Divina em qua-
tro degraus: ler – meditar – orar – contemplar.
Tendo a Lectio Divina caído em certo es-
quecimento com o passar dos anos, o Concílio
Vaticano II, com o decreto Dei Verbum, recupe-
rou essa prática não só para os monges, mas para
todo o povo cristão.
Hoje a Lectio Divina é usada por um grande
número de cristãos leigos, comunidades e mo-
vimentos da Igreja. Há também dioceses que a
promovem sistematicamente.

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Passos da
Lectio Divina

Preparação
Caminhando com o monge Guido II, vamos
subir pela “escada dos monges”. Antes de subir
o primeiro degrau, façamos uma parada para nos
preparar. Após o quarto degrau, seremos convida-
dos a retornar ao cotidiano da vida para colocarmos
em ação o fruto da nossa leitura orante.
Antes de fazermos a leitura da Bíblia, de-
vemos escolher um lugar adequado e colocar o
corpo na melhor posição para rezar, sabendo que
uma boa oração exige tempo e tranquilidade. É
preciso dispor de, pelo menos, meia hora. Depois
dessas providências, é hora de invocar o Espíri-
to Santo, pedindo as luzes necessárias para fazer
bem a oração.
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A invocação ao Santo Espírito pode ser feita
espontaneamente, usando uma fórmula escrita,
entoando um cântico ou recitando um pequeno
trecho de salmos que pede a luz de Deus.

1o degrau – leitura
Ler um trecho da Sagrada Escritura escolhi-
do para a oração. Ler lentamente e com atenção.
Repetir a leitura se achar necessário. Tendo claro
o que leu, perguntar a si mesmo: “O que o texto
diz em si mesmo?”. Se para responder a essa per-
gunta for preciso lê-lo novamente, faça isso.

2o degrau – meditação
Colocar a Palavra lida em sua própria vida,
respondendo a esta pergunta: “O que o texto me
diz hoje?”. Não basta você achá-lo profundo e bo-
nito. Não vale querer aplicá-lo a outras pessoas. É
preciso descobrir o que Deus quer lhe falar hoje
pela palavra lida e refletida.

3o degrau – oração
Na leitura e na meditação, Deus falou para
você. Na oração é hora de você falar com Deus.
Tente responder a esta pergunta: “O que o texto
me leva a dizer a Deus?”. A verdadeira oração é
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uma conversa com Deus; a Lectio Divina é o mo-
mento de você falar com Deus, partindo daquilo
que Ele lhe disse por meio do texto.

4º degrau – contemplação
Contemplar é dedicar-se à escuta mais atenta
do que Deus quer lhe dizer. A contemplação é um
elevar-se da alma acima de si mesma, permane-
cendo como que suspensa em Deus e saboreando
as alegrias das “delícias eternas”.
Frei Antônio Sílvio explica: “Este é o mo-
mento que pertence a Deus e à sua presença
misteriosa. É um momento em que se permane-
ce em silêncio diante de Deus. Se ele me conduz
à contemplação, louvado seja Deus. Se ele me
leva apenas a sentir a tranquilidade de uns mo-
mentos de paz e silêncio, louvado seja Deus. Se
ele me leva a fazer um esforço para permanecer
alguns momentos na sua presença, também lou-
vado seja Deus”.
Essas palavras servem para lembrar-nos
de que a contemplação é um elevado grau de
oração e que recebê-la é um privilégio. A con-
templação é um grande dom de Deus; podemos
desejá-la, não, exigi-la; podemos e devemos su-
plicá-la a Deus.
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São Serafim de Sarov viveu nos séculos
XVIII e XIX. Eremita na vizinhança do mos-
teiro de Sarov, na Rússia, explicou a um de
seus discípulos leigos: “A alma, quando em
oração, fala e profere palavras; quando o Espí-
rito Santo descer, convém estar absolutamente
silenciosa para escutar claramente e ser ins-
truída com as palavras de vida eterna que Ele
quiser proferir. Convém estar plenamente des-
perto, em sua alma, espírito e corpo”. Para São
Serafim, essa descida do Espírito Santo é mo-
mento da contemplação.
Vamos terminar esta parte pedindo a Deus a
graça e a capacidade para, na planície do cotidia-
no, transformar em ação o que Deus nos revelou
na oração.

Ação
Na Lectio Divina, o degrau da contemplação
nos ajuda a responder a esta pergunta: “Estou
pronto para a nova missão, apontada por Deus
por meio desta leitura orante?”.
Então vem a necessidade de partilhar, de as-
sumir algum compromisso, algo novo que leve o
orante a mudar alguma coisa em sua vida, aju-
dando-o a progredir na própria conversão.
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A oração bem-feita, certamente, produzirá
bons efeitos na vida de quem reza. Toda con-
templação é para ser comunicada e vivida com o
objetivo da transformação pessoal, comunitária
e social.
Ação é a resposta do orante a Deus. Na
tentativa de colocar em prática as mudanças
sugeridas pela leitura orante da Bíblia, procure
responder à pergunta: “O que o texto me leva
a viver?”.

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Modelos de
Leitura Orante

Neste capítulo desejo fazer uma experiência:


cada pessoa deve encontrar sua melhor maneira de
rezar. Pessoalmente, gosto de fazer a leitura medita-
da, na qual leio e releio, repito o que mais me tocou
e acrescento alguma coisa que tenho vontade de di-
zer a Deus. Porém, confesso que estou passando por
um período de secura espiritual. É a noite escura.
Com o pedido da Editora Ave-Maria para pre-
parar este livro, sinto um apelo de Deus para me
aprofundar na vida de oração.
Acredito que, mediante a Lectio Divina, po-
derei crescer na união com Deus e na dedicação
aos irmãos. Essa maneira de orar é bem metódica
e bastante exigente, prevendo a produção de mui-
tos e bons frutos.
Na literatura pesquisada por mim, encontrei
mais um estudo exegético que uma leitura orante.
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Por isso decidi fazer meditações próprias e trans-
crevê-las. Cada leitor poderá seguir o esquema,
fazendo a si mesmo as perguntas sugeridas nos
quatro degraus da “escada dos monges” citadas
no capítulo anterior.
Assim, com as respostas saídas da própria rea-
lidade, cada um irá fazendo sua própria oração.
Creio que, após se exercitar com esses doze
modelos oferecidos, cada um poderá fazer com
relativa facilidade a Lectio Divina de qualquer
texto bíblico que achar oportuno.
Inspirando-me em duas passagens do Evange-
lho de Lucas – nas quais Jesus faz a leitura orante
com os dois discípulos de Emaús sobre a Lei de
Moisés e dos Profetas (cf. Lc 24,25-27) e pouco de-
pois com seus Apóstolos sobre a Lei, os Profetas e
os Salmos (cf. Lc 24,44-45), mostrando-lhes tudo
o que as Sagradas Escrituras falavam sobre seus
sofrimentos, morte e ressurreição –, pretendo ini-
ciar minhas Leituras Orantes deste opúsculo com
os livros da Lei, dos Profetas e dos Salmos.
Jesus mostrava como as palavras da Bíblia se
realizaram nele. Agora veremos também como es-
sas palavras se realizam em nós, em nossa vida.
Peço a Deus que me ilumine para que eu pos-
sa ajudar outras pessoas a utilizar essa maneira
especial de orar.
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1ª Lectio:
Deuteronômio 6

Preparação
Seguindo as orientações do segundo capítulo,
rezo pedindo as luzes de Deus. Preparando-me
para subir a “escada dos monges”, lembro-me das
palavras de Jesus “pedi, e vos será dado; buscai, e
achareis; batei, será aberta” (Lc 11,9), as quais São
João da Cruz aplica à Lectio Divina: “Procura na
Leitura e encontrarás na Meditação. Bata à porta
da Oração e se lhe abrirá na Contemplação”.
Se o ambiente permitir, canto baixinho: “Ó
luz do Senhor, que vem sobre a terra, inunda meu
ser, permanece em mim!”.

Leitura
Li com atenção o capítulo 6 do livro do Deu-
teronômio. Moisés entrega a lei de Deus ao povo
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de uma maneira solene. Foi um acontecimento
tão forte que certamente ficou na mente e no co-
ração do povo de Deus, no deserto.
Leio novamente o texto procurando responder:
o que Deus quer me transmitir por meio de Moisés?
As palavras que mais chamaram minha aten-
ção estão nos versículos 4 e 5: “Ouve, ó Israel! O
Senhor, nosso Deus, é o único Senhor. Amarás o
Senhor, teu Deus, com todo o teu coração, com
toda a tua alma e com todas as tuas forças”. Jesus
nos ensina que este é o primeiro e o maior dos
mandamentos (cf. Mt 22,36-37).
A segunda coisa que achei muito importan-
te é que Deus manda aqueles que recebem suas
palavras e mandamentos que os transmitam prin-
cipalmente aos filhos, tanto aos naturais, quanto
aos espirituais (cf. v. 20 e ss.).

Meditação
Neste degrau procuro sentir Deus bem perto
de mim; quero senti-lo como meu Pai, amigo e
confidente. E lhe pergunto: o que quereis me falar
por meio deste texto? Medito e procuro escutar
o que Ele quer me dizer. Entendo que Deus quer
que eu cumpra os seus mandamentos, que eu os
decore, que os imprima no coração, que os ame e
os viva.
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Os versículos 6 a 9 me fazem esta recomen-
dação: os mandamentos recebidos devem estar
gravados na testa e nos braços como uma ta-
tuagem; devem estar escritos nas paredes e nos
portais; devem ser transmitidos por mim em todo
lugar em que eu estiver. Recordo as palavras de
São Paulo que dizia: “Vós sois uma carta de Cris-
to, escrita não com tinta, mas com o Espírito de
Deus vivo, gravada não em tábuas de pedra, mas
em vossos corações” (cf. 2Cor 3,3).
Também percebo que Deus quer sentir em
mim um verdadeiro respeito por Ele e por sua Pa-
lavra. Ele é o único Deus, e eu não posso colocar
alguém ou alguma coisa em primeiro lugar. Esse é
lugar cativo de Deus. Ninguém pode sentar-se em
seu trono. Se eu transgredir seus mandamentos,
estarei praticando idolatria, estarei servindo ou-
tro senhor (vv. 13-15).

Oração
Agora, depois de escutar Deus na leitura e na
meditação, eu me pergunto: o que o texto me leva
a dizer a Deus? Na oração, eu falo com meu Deus,
meu Pai, amigo e confidente. Abro a Ele meu co-
ração, agradeço, sorrio, choro, reclamo, prometo;
peço desculpas, perdão, força e graça.
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Hoje, o que vou falar? Sei que Deus é zeloso,
é ciumento. Não preciso contar minhas traições
porque Ele tudo sabe, mas quero lhe pedir perdão
por ter sido idólatra.
No deserto, o povo da Aliança fez um bezerro
de ouro para adorá-lo como deus. Era costume de
muitos povos e muitas tribos adorar vários deuses.
Os ídolos de hoje são um pouco diferentes.
O mundo moderno nos ensina a ter como deuses
o poder, o ter e o prazer; e eu já me deixei levar
pelo mundo transgredindo o maior mandamento
de Jesus.
Quantas vezes procurei agradar mais a mim
que a vós! Agi como se eu fosse o centro do
mundo; como se eu fosse deus. Também preferi
pessoas, acontecimentos ou coisas materiais, dei-
xando-vos de lado ou fora da minha vida, Senhor!
Meu Deus, perdão por vos ter tirado muitas
vezes do trono glorioso de Rei e Senhor. Deste
modo, vos coloquei em segundo ou terceiro lugar
na minha vida.
Como o filho pródigo, estou voltando para
dizer: “Meu pai, pequei contra o céu e contra
ti; já não sou digno de ser chamado teu filho”
(Lc 15,18-19).
Sendo vós o Pai das Misericórdias e do Amor
Infinito, espero receber também o vosso abraço
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de perdão e a graça de ser fiel no futuro, vivendo
o que me ordenastes: “Escuta Israel, o Senhor é
vosso Deus, o Senhor é um!”.
Baixinho, entoo e repito este mantra: “Escu-
ta, ó José, o Senhor é o teu Deus, o Senhor é um!”.

Contemplação
Depois de ler, reler, meditar e orar, eu paro e
me coloco em silêncio diante de Deus. Agradeço,
relembro as palavras que mais me tocaram e pen-
so continuar com elas durante a semana, o mês,
a vida.
Conscientizo-me de que este é o momento
de Deus. Ele pode me conceder a graça da con-
templação. Procuro para que o ambiente e meu
estado de espírito me ajudem a alcançar essa
graça. Se hoje ela não acontecer, peço que um
dia venha.
Recordo-me das vezes em que, ainda semi-
narista ou jovem padre, vivi momentos de êxtase
quando me senti em Deus e nada em torno me
importava. A grande Santa Teresa de Ávila pas-
sou anos a rezar sem sentir o gozo da presença de
Deus. Ela persistiu na oração, e eu também quero
persistir, mesmo que os momentos de enlevo se-
jam raros.
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O salmista, experimentando também essa se-
cura, lastimou: “Senhor, será que me esquecereis
para sempre? Será que nunca mais vou sentir vossa
presença amorosa junto de mim?” (cf. Sl 12[13],2).

Ação
Antes de deixar a “escada” do monge Gui-
do, que no degrau da contemplação me levou
pertinho do céu, devo me preparar para retornar
à planície da vida cotidiana. É hora de assumir
alguns compromissos como fruto desta leitura
orante da Bíblia.
O que me importa neste momento é respon-
der “se estou pronto para a nova missão que Deus
me apontou na Lectio Divina de hoje”. O que
devo mudar em minha vida para responder posi-
tivamente a Deus?
Quero dedicar mais tempo a esse método de
oração. Assumo hoje o compromisso de viver
mais intensa e amorosamente a Palavra de Deus e
de modo especial seu mandamento maior.
Por isso encerro com uma prece tirada do
maior salmo da Bíblia, que é um grande hino de
louvor à santa Lei de Deus:
“Revelastes, Senhor, vossas palavras: são ma-
ravilhosas! Eu as amo e faço tudo para guardá-las.
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Quem aprende vossos ensinamentos fica iluminado,
porque eles dão sabedoria até aos mais humildes.
Desde a aurora abro a boca, ansioso por ali-
mentar-me de vossa verdade. Vinde e atendei-me
por compaixão, como fazeis a todos os que amam
a vossa justiça.
Firmai meus passos na estrada dos vossos
mandamentos e jamais serei dominado pelo pe-
cado. Livrai-me da opressão dos maus para que
eu possa cumprir as vossas ordens.
Olhai para vosso servo com semblante sereno
e instrui-me com vossas leis. Choro e as lágrimas
correm dos meus olhos porque muitos ingratos
não amam, mas desprezam vossos mandamen-
tos” (cf. Sl 118[119],129-136).

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