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A mecânica do século XIX conseguia explicar movimentos complexos, como os dos piões e
giroscópios; estudou os movimentos de líquidos e gases; e desenvolveu técnicas matemáticas muito
sofisticadas com a chamada "mecânica analítica", que utiliza um formalismo diferente do que
existia na época de Newton.
A física ondulatória (abrangendo a óptica e a acústica) também parecia ter atingido uma
grande perfeição durante o século XIX. Até o século XVIII, a opinião predominante era a de que a
luz era constituída por pequenas partículas muito rápidas que saíam dos corpos luminosos. No
entanto, no início do século XIX foram estudados fenômenos de difração e interferência, que só
podiam ser explicados supondo-se que a luz fosse constituída por ondas. Graças principalmente aos
estudos de Augustin Fresnel e Thomas Young, os físicos foram se convencendo de que era
necessário abandonar a teoria corpuscular da luz, e o modelo ondulatório se tornou uma
unanimidade. Para o estudo dos fenômenos ondulatórios da luz, foram desenvolvidos métodos
matemáticos bastante complicados.
Foi também durante o século XIX que foram estudadas as radiações infravermelha e
ultravioleta. Assim, a óptica se ampliou, passando a abranger os espectros visíveis e invisíveis da
luz.
Além dos estudos puramente científicos, o estudo da luz levou a importantes inventos,
durante o século XIX. Primeiramente, a invenção da fotografia por Niepce e Daguerre, permitindo a
fixação de imagens através de meios químicos. As primeiras fotografias exigiam tempos de
exposição enormes (alguns minutos), mas depois, com o gradual aperfeiçoamento técnico, foi
possível produzir fotos "instantâneas", e por fim fazer sequências de fotografias de objetos em
movimento. Daí surgiu o cinema, na última década do século XIX.
A eletricidade e o magnetismo, que antes de 1800 eram apenas fenômenos curiosos sem
grande importância, também sofreram um importante avanço durante o século XIX. A invenção da
pilha elétrica por Alexander Volt permitiu pela primeira vez a produção de correntes elétricas
duradouras e de grande intensidade, abrindo o caminho para estudos completamente novos - como a
descoberta da eletrólise. Nas primeiras décadas do século XIX, Oersted e Faraday descobriram a
possibilidade de produzir efeitos magnéticos utilizando a eletricidade, e vice-versa, nascendo assim
o eletromagnetismo. Houve um intenso estudo experimental dessa nova área, seguido por
desenvolvimentos teóricos que culminaram com a teoria eletromagnética de Maxwell.
O Éter
A palavra Éter vem do grego aithér, uma das mais antigas menções ao termo é do período
pré-socrático de Anexágoras de Clazômenas, do século V a.C.. Ele propôs que o mundo como
conhecemos teria surgido de um caos inicial onde tudo estaria misturado. Em seu modelo um
vórtice teria começado a separar as coisas em duas massas distintas: o ar e o aithér, sendo o ar
composto das coisas densas, frias e úmidas e o aithér das coisas quentes, rarefeitas e secas. Então a
partir do ar se diferenciaram as nuvens, a terra, água e pedras e o aithér teria ocupado os lugares
externos.
Semelhante ao modelo de Anexágoras de Clazômenas, com respeito ao aithér, eram a
maioria dos modelos astronômicos desenvolvidos no século IV a.C., na época de Platão e
Aristóteles. Segundo esses modelos de um modo geral as estrelas estariam fixas em uma esfera
celeste distante que giraria em torno da terra a cada vinte e quatro horas. Nesses modelos antigos o
éter seria uma substância na qual tudo o que existe estaria imerso.
Por que os gregos idealizaram o éter? Não existe uma resposta geralmente aceita para essa pergunta,
mas não haviam meios dos gregos saberem (como hoje sabemos) que o que “permeia” o universo
na verdade é o vácuo, não haviam recursos experimentais para isso. A experiência de viver
continuamente na atmosfera terrestre nos leva a intuir exatamente o contrário, ao se esvaziar uma
garrafa de água imediatamente esta é preenchida de ar, a “natureza abomina o vácuo” disse
Aristóteles, um pensamento que no contexto terrestre faz muito sentido.
Pois bem, haviam esses “corpos” que se moviam pelo céu. Ninguém sabia o que eram, por que se
moviam nem o quão distante estavam. Era natural pensar que estavam imersos em algo como tudo
na Terra está. Estranho seria se os gregos através de uma surpreendente intuição imaginassem a
existência do vácuo, e tratando-se dos gregos era possível e muitas vezes acontecia (vide átomo).
Até 1609 quando Kepler publicou “Astronomia Nova… De Motibus Stellae Martis” o éter
continuava sobrevivendo tranqüilo, do jeito os gregos o haviam criado: uma substância de
densidade menor do que a do ar, que ocupava os espaços superiores (distantes da superfície
terrestre). O mundo já sabia como os planetas se moviam (descrição), mas ainda não sabia por quê
(causa, mecanismo). E, assim, ainda não havia surgido nenhum argumento contrário à idéia de que
os planetas estivessem imersos no éter e de que através dele realizassem seu movimento orbital,
exatamente da forma descrita por Kepler.
Os subseqüentes passos na compreensão do movimento dos astros traria grandes
conseqüências ao éter. Em 5 de julho de 1687, Isaac Newton publica “Philosophiae Naturalis
Principia Mathematica”, onde são descritas as três leis do movimento. A partir das Leis de Newton,
deduziram que os astros se moviam apenas por inércia, logo nenhum atrito era admitido.
Esse foi o fim do éter como os gregos o idealizaram, o vácuo foi uma dedução puramente
mecânica. Posteriores descobertas acerca da natureza da luz trouxeram novamente o éter para o
meio científico: sendo a luz uma onda, como ela atravessa o vácuo? O Éter tem que existir! A partir
de então, para existir, o éter teria de ser totalmente permeável a qualquer tipo de movimento.
Suas inconsistências teóricas estava apenas começando a surgir. Thomas Young apontava
que para explicar a polarização da luz, esta deveria ser uma onda transversal, porém gases e líquidos
não propagam perturbações transversais, o éter tinha de ser um sólido!
Mas nem como um sólido o éter se comportava, pois ondas longitudinais também se
propagam em sólidos, mas não no éter. Outra inconsistência do éter é que devido a enorme
velocidade da luz, o éter deveria apresentar enorme rigidez elástica, mas como um meio pode ser
tão rígido à luz e permeável aos corpos?
A tecnologia da época não permitia a detecção do efeito da velocidade da Terra na
velocidade da luz, até que na década de 1880 desenvolveram tecnologia para fazê-lo. E este seria o
golpe que acabaria por transformar o éter em um conceito considerado obsoleto.
O experimento
Foi realizado em 1887 por Albert Michelson (1852 - 1931) e Edward Morley (1838-1923),
no que é hoje a Case Western Reserve University, e é considerada a primeira prova forte contra a
teoria de um éter luminífero mas que por outro lado demonstrou que a luz propagava-se
independente ao meio.
Motivação
Era senso comum na época que ondas necessitavam de um meio para se propagar, o meio
elástico hipotético idealizado para a propagação de ondas eletromagnéticas, como já anteriormente
mencionado, foi o éter luminífero.
Mesmo em meio a tamanhas inconsistências teóricas o modelo de éter sobreviveu por vários
anos, porém nunca fora detectado de forma indireta e tampouco direta. Pois bem, as equações de
Maxsuel previram um valor c para a velocidade da luz em relação a seu meio de propagação, e uma
das questões a serem respondidas na época era a velocidade da Terra em relação a esse meio
hipotético, o éter. Eram duas as hipóteses: se o éter preenche todo o espaço, ou a Terra arrasta o éter
em seu movimento ou a Terra se movimenta sem arrastar o éter, ou seja, o éter seria permeável a
movimentos planetários.
Princípio de funcionamento
A idéia chave por trás do experimento é a seguinte: se a luz de uma estrela se move com
velocidade c , e a Terra tem velocidade v, então o observador na Terra veria luz da estrela com
velocidade c-v (de acordo com as transformações Galileu). Acreditava-se que isso seria observável
experimentalmente.
Figura 1: O interferômetro construído por Michelson e Morley sobre um bloco flutuando em mercúrio
“Entidades não devem ser multiplicadas além do necessário”. Essa é uma famosa frase de
Guilherme de Ockham, frade franciscano, filósofo da lógica e teólogo escolástico inglês. Essa frase
traduz a conhecidíssima teoria da Navalha de Ockham, esta afirma que uma teoria deve possuir o
menor número possível de hipóteses, ou seja, deve ser o mais simples possível, deve eliminar todos
os aspectos de caráter supérfluo.
O éter luminífero há muito tempo vinha gerando complicações teóricas e “nós lógicos” no
pensamento científico, cheio de inconsistências (citadas acima) a ponto de sua utilidade ser reduzida
para somente meio de propagação de ondas eletromagnéticas. O experimento de Michelson –
Morley, determinou que não existe nenhum referencial especial ou preferencial para a propagação
da luz.
Conclusão
http://www.articlegarden.com/pt/Article/The-Invisible-Ether-and-Michelson-Morley/8165
http://pt.wikipedia.org/wiki/Philosophiae_Naturalis_Principia_Mathematica
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1806-11172005000100001&script=sci_arttext
http://translate.google.com.br/translate?hl=pt-BR&langpair=en|
pt&u=http://www.juliantrubin.com/bigten/michelsonmorley.html
http://fisica.fe.up.pt/luz/michelson.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/Éter_(mitologia)
http://vsites.unb.br/iq/kleber/EaD/Fisica-4/Aulas/Aula-10/aula-10.html#Inicio
http://pion.sbfisica.org.br/pdc/index.php/por/multimidia/simulacoes/fisica_moderna_e_contempora
nea/experimento_de_michelson_morley
http://www.casadacultura.org/andre_masini/ensaios/historia_do_eter.html
http://www.juliobattisti.com.br/tutoriais/adrienearaujo/historia027.asp
http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/eletricidade-e-magnetismo/fisica-no-fim-do-seculo-
xix.php
http://pt.wikipedia.org/wiki/Teoria_do_éter
http://pt.wikipedia.org/wiki/Guilherme_de_Ockham
http://pt.wikipedia.org/wiki/Albert_Abraham_Michelson
http://en.wikipedia.org/wiki/Edward_Morley
http://www.projetoockham.org/historia_eter_3.html
Notas:
A aberração pode ser explicada pela superposição das velocidades, da luz e da Terra:
dependendo da direção do movimento terrestre em sua órbita a luz de uma estrela parece vir de
direções diferentes. Esse fenômeno é inconsistente com a hipótese da Terra arrastar o éter, porque se
assim o fizesse este não existiria, as ondas luminosas seriam também arrastados junto ao éter.
Figura 3: ilustração com analogia da Aberração estelar
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