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História do

comunismo
Comunismo primitivo

Segundo Pierre Clastres, Karl Marx, Engels, Piotr Kropotkin e outros autores, as primeiras
sociedades humanas eram comunistas. Territórios eram ocupados por tribos, mas dentro
deles, os recursos naturais necessários para a sobrevivência do grupo
eram propriedade comum, e apenas ferramentas e utensílios individuais eram possuídos
pelos indivíduos.
Com o desenvolvimento da agricultura, aqueles que plantavam se consideravam com mais
direito à terra do que os coletores. Surge a propriedade privada. Com o crescimento das
cidades, surge o modo de produção primitivo, baseado na escravização da mão de obra,
características, por exemplo, da Grécia e Roma.

Modo de Produção Feudal


Com o colapso do Império Romano do Ocidente, os nobres passam a se mudar para suas
propriedades rurais (que já eram cuidadas pelos servos). Começa a Idade Média, onde se
estabelece o Feudalismo, onde toda a terra pertence ao senhor feudal, cabendo aos
servos cultivá-la e receber em troca parte da produção.
Ou seja, culturalmente falando, os servos do feudalismo nada mais são do que os
descendentes dos escravos romanos. Os Senhores Feudais, são os descendentes dos
Nobres Romanos e também dos invasores bárbaros que acabam adotando costumes
romanos.

O surgimento da classe operária


A partir da Revolução Industrial, primeiro no Reino Unido e depois em outros países,
houve o movimento dos cercamentos, onde as terras comunais foram gradativamente
sendo cercadas e declaradas propriedade individual dos antigos senhores feudais. O
regime de servidão foi abolido, de forma que os servos não mais eram obrigados a
permanecer nos antigos feudos, mas ao mesmo tempo, também foram proibidos de
cultivar as terras para sua subsistência, porque estas passaram a ter donos. Com a
mudança, eles eram expulsos das terras e passaram a ser contratados como
trabalhadores assalariados. A colheita passou a ser propriedade exclusiva dos donos das
terras, e o seu trabalho passou a ser remunerado em dinheiro. Com isso, muitos migraram
para as cidades, onde também passaram a trabalhar, em troca de salário, em oficinas
onde os meios de produção também eram propriedade privada. Vários movimentos de
resistência a essas mudanças surgiram, dentre os quais o movimento dos escavadores e
posteriormente o movimento Luddita.

Ação e reação
As origens do comunismo se situam num lugar e num tempo perfeitamente definidos: a
Europa ocidental de meados do século XVIII. A industrialização, começada com o
emprego das primeiras máquinas a vapor e desenvolvida sem método nem planejamento,
criara condições sociais terríveis, especialmente no setor do trabalho. À medida que os
países mais adiantados da Europa ocidental - Inglaterra, França, Alemanha - passavam de
uma economia agrária e artesanal para os novos processos de produção industrial,
surgiram problemas graves no tratamento que então se dava à mão-de-obra assalariada.
Havia castigos corporais, mulheres e crianças eram usadas em tarefas pesadas,
trabalhava-se dezoito horas por dia nas condições mais duras e com remuneração ínfima.
A toda ação corresponde uma reação. O preço humano do progresso, medido pela quase
escravidão do proletariado, foi considerado alto demais por muitos pensadores, que
passaram a condená-lo cada vez mais violentamente, até que, no ano de 1848, uma onda
de agitações sociais varreu a toda a Europa. O resultado não foi uma revolução comunista
- que na época só era desejada por uma minoria de extremados - mas é certo que os
direitos dos trabalhadores - menos horas de trabalho por dia, melhores condições
materiais, possibilidades de fazer reivindicações, etc. - começaram a ser admitidos.
Lançavam-se as primeiras bases, ainda imperfeitas e nem sempre reconhecidas, de um
relacionamento de trabalho mais humanitário, mais racional e mais eficaz.

O surgimento do comunismo como tendência política


A palavra comunismo apareceu pela primeira vez na imprensa em 1827, quando Robert
Owen se referiu a socialistas e comunistas. Robert Owen foi o primeiro autor a considerar
que o valor de uma mercadoria deve ser medido pelo trabalho a ela incorporado, e não
pelo valor em dinheiro que lhe é atribuído. Segundo ele,
os comunistas e socialistas consideravam o capital comum mais benéfico do que o
capital privado. Owen atacou violentamente o sistema de concorrência capitalista, e
propôs a criação de comunidades cooperativas como alternativa. As palavras socialismo e
comunismo, criadas por ele, foram usadas como sinônimos durante todo o século XIX.
Charles Fourier desenvolveu os pontos fundamentais levantados por Owen, e projetou em
detalhes o funcionamento das comunidades aldeãs às quais chamou de Falanstérios.
Nestas comunidades, cada pessoa trabalharia de acordo com seu gosto e aptidão,
voluntariamente, para o bem de todos. Depois de sua morte, Falanstérios foram criados
nos Estados Unidos, Rússia, Espanha e no Brasil com o objetivo de colocar suas ideias
em prática.
O Conde de Saint-Simon, além de continuar a vertente de seus antecessores, observou
que o Antigo Regime estava fadado à ruína, e que o futuro pertencia às indústrias. Ele
propunha que os patrões e empregados deveriam colaborar para adotar uma organização
econômica mais justa e que privilegiasse o bem-estar dos pobres. Na década de 1850,
adeptos seus, dentre eles Enfantin, Bazard e Pierre Leroux denunciaram a riqueza
herdada como imerecida, e defenderam a planificação da economia.
Em 1840, Pierre-Joseph Proudhon publica seu livro A Propriedade É Um Roubo, onde,
baseando-se em informações históricas, jurídicas e econômicas, procura demonstrar que
toda a propriedade tem em sua raiz um ato de roubo. Proudhon ataca o conceito de
renda, o qual compreende como sendo o direito de exigir algo a troco de nada. E pela
primeira vez, identifica uma parcela da população como produtores de riqueza (os
trabalhadores) e uma outra como os usurpadores dessa riqueza (os proprietários). Conclui
que a propriedade é impossível, e só pode existir como uma ficção jurídica imposta pela
força, através do Estado. Proudhon então conclui que os cidadãos só estarão livres da
imposição da propriedade numa sociedade onde o Estado não exista, e se
assume anarquista.
Diferente de seus precursores, Proudhon desprezou a religião e procurou basear sua
análise econômica apenas em fatos e lógica. E acreditou que a mudança através da
violência representaria apenas uma mudança de governo, nada modificando nas relações
sociais. Estas, portanto teriam que ser reformadas gradativamente, pelos próprios
cidadãos. Além disso, identificou parte do mecanismo pelo qual as contradições do
capitalismo se intensificavam. Em Sistema de Contradições Econômicas ou Filosofia
da Miséria (1846), Proudhon afirma que depois de ter provocado o consumo de
mercadorias pela abundância de produtos, a sociedade estimula a escassez pelo baixo
nível dos salários, uma ideia que se popularizaria com o nome de "crise de superprodução-
subconsumo".
Karl Marx cria o conceito de comunismo científico
Karl Marx foi o responsável pela análise econômica e histórica mais detalhada da evolução
das relações econômicas entre as classes sociais. Marx procurou demonstrar a dinâmica
econômica que levou a sociedade, partindo do comunismo primitivo, até a concentração
cada vez mais acentuada do capital e o aparecimento da classe operária. Esta, ao mesmo
tempo seria filha do capitalismo, e a fonte de sua futura ruína. Marx se diferenciou dos
seus precursores por explicar a evolução da sociedade em termos puramente econômicos,
e se referir à acumulação do capital através da mais-valia de forma mais clara que seus
antecessores.
Marx considerava, ao contrário de muitos dos seus contemporâneos e de muitos críticos
actuais, o comunismo um "movimento real" e não um "ideal" ou "modelo de sociedade"
produzido por intelectuais. Este movimento real, para Marx, se manifestava no movimento
operário. Inicialmente ele propôs que a classe operária fizesse um processo de estatização
dos meios de produção ao derrubar o poder da burguesia, para depois haver a supressão
total do Estado. Após a experiência da Comuna de Paris, ele revê esta posição e passa a
defender a abolição do Estado e o "autogoverno dos produtores associados". No entanto,
também diferentemente dos outros autores, Marx acreditava que a sociedade era regida
por leis econômicas que eram alheias à vontade humana. Para ele, tanto as mudanças
passadas, quanto a Revolução socialista que poria fim ao capitalismo, eram necessidades
históricas que fatalmente aconteceriam.
Após ter travado contato com Proudhon e descrito sua obra de forma lisonjeira em A
Sagrada Família (1845), Marx passa a criticá-lo em Miséria da Filosofia (1847). O
embate se intensifica após a fundação da Associação Internacional dos
Trabalhadores (AIT), dessa vez contra Bakunin, outro anarquista, e leva a associação ao
seu fim. O principal ponto de discordância era que, para Proudhon e Bakunin, a Revolução
só seria possível com a abolição imediata do Estado. Já Marx acreditava que o Estado
poderia ser instrumental no processo revolucionário. Os anarquistas também rejeitavam a
autoridade, e Marx não. Após o fim da AIT, os adeptos de Proudhon e Bakunin passam a
se chamar comunistas libertários para se diferenciar dos marxistas, que permanecem
usando a denominação de comunistas. A partir daí, essas duas correntes do comunismo
se separaram e seguiram trajetórias independentes.
Outra separação importante da história do comunismo que teve raízes no século XIX e
continua até ao momento presente, divide comunistas revolucionários e comunistas que
acreditam que, em alguns países onde a democracia já é bem estabelecida, é possível
criar uma revolução pacífica e democrática. Esta separação é exemplificada nas críticas
de Karl Kautsky contra a União Soviética, e nas críticas de Vladimir Lênin contra a social-
democracia de Kautsky. Em uma famosa palestra em Amsterdam em 8 de Setembro de
1872, Karl Marx proclamou seu apoio à possibilidade de uma revolução pacífica e
democrática em certos países. Esta ideologia foi também adotada por Friedrich Engels em
vários tratados, monografias, e palestras. Atualmente, o movimento pacífico de
democrático é identificado como social-democracia ou socialismo em contraste com o
comunismo.

Insurreições comunistas no século XIX


Revolução de 1848: Em 22 de Fevereiro de 1848 o povo de Paris tomou as ruas.
Centenas de milhares de insatisfeitos com o desemprego, mas sem um programa político
claro, descobriram que queriam derrubar o governo do rei Luís-Filipe, de seus ministros e
de todo o sistema econômico que os enriquecia às custas dos trabalhadores. O governo
ensaiou oferecer reformas de esquerda, mas já era tarde: no dia 24 de Fevereiro, o rei
abdicou, o parlamento se dissolveu, e um governo provisório que juntava a oposição eleita
constitucionalmente e representantes da multidão se formou. Muitos viram neste
movimento a expressão—embora vaga—da insatisfação popular ao ver que o ideal de
igualdade defendido e em grande parte conquistado durante a Revolução Francesa não
havia se estendido à esfera econômica. O governo provisório instituiu o sufrágio universal
masculino e convocou eleições, as quais deram vitória aos candidatos da burguesia e dos
latifundiários. O novo governo não tocou no direito à propriedade privada, mas instituiu
Oficinas Nacionais, como forma de ocupar os desempregados. Essas oficinas drenaram o
tesouro francês, e a comunicação de que elas seriam fechadas levaram a uma nova
insurreição, que desta vez foi sufocada pelo exército francês à força de bala.
Uma nova insurreição ocorreu em 1871, no episódio que ficou conhecido como Comuna
de Paris. Após Napoleão III ter sido derrotado na Guerra Franco-Prussiana e assinado um
armistício em, o povo de Paris se levantou contra a ocupação alemã, e constituiu um
governo revolucionário formado por uma federação de representantes de bairro (a guarda
nacional, uma milícia formada por cidadãos comuns). Uma das suas primeiras
proclamações foi a "abolição do sistema da escravidão do salário de uma vez por todas". A
guarda nacional se misturou aos soldados franceses, que se amotinaram e massacraram
seus comandantes. O governo oficial, que ainda existia, fugiu, junto com suas tropas leais,
e Paris ficou sem autoridade. O Comitê Central da federação dos bairros ocupou este
vácuo, e se instalou na prefeitura. O comitê era formado por Blanquistas, membros
da Associação Internacional dos Trabalhadores, Proudhonistas e uma miscelânea de
indivíduos não-afiliados politicamente, a maioria trabalhadores braçais, escritores e
artistas.
Eleições foram realizadas, mas obedecendo à lógica da democracia direta em todos os
níveis da administração pública. A polícia foi abolida e substituída pela guarda nacional. A
educação foi secularizada, a previdência social foi instituída, uma comissão de inquérito
sobre o governo anterior foi formada, e se decidiu por trabalhar no sentido da abolição da
escravidão do salário. Noventa representantes foram eleitos, mas apenas 25 eram
trabalhadores, e a maioria foi constituída de pequenos-burgueses. Entretanto, os
revolucionários eram maioria. Em semanas, a recém nomeada Comuna de
Paris introduziu mais reformas do que todos os governos nos dois séculos anteriores
combinados. Serviços públicos se tornaram gratuitos, a educação foi secularizada, a
igualdade entre os sexos foi instituída e o serviço militar obrigatório e o exército regular
foram abolidos.
O governo oficial, agora instalado em Versalhes e sob o comando de Thiers, fez a paz com
a Alemanha para que tivesse tempo de esmagar a Comuna de Paris. A Alemanha libertou
prisioneiros de guerra para compor as forças que o exército francês usaria contra a
Comuna. Esta, perdeu terreno rapidamente, pois possuía menos de 15 mil milicianos
defendendo a cidade contra 100 mil soldados de Versalhes. Durante a lenta derrota, os
revolucionários atearam fogo aos símbolos do Império francês - os prédios administrativos,
o palácio do governo - e executaram seus reféns, compostos em sua maioria por clérigos,
policiais e juízes. A defesa também sofreu pela incompetência militar dos representantes
escolhidos para organizá-la. Ao todo, a Comuna executou 100 pessoas e matou 900 na
defesa de Paris. As tropas de Thiers, por outro lado, mataram de 50 a 80 mil parisienses,
tanto nos combates quanto nas execuções sumárias que se seguiram. 40 mil pessoas
foram presas, e muitas pessoas foram executadas por terem sido confundidas com
membros da Comuna. As execuções só pararam por medo de que a quantidade imensa
de cadáveres pudesse causar uma epidemia de doenças.

Stalin X Trótsky

As dificuldades internas do sistema se agravaram vertiginosamente, logo nos primeiros


anos do governo de Stalin, impondo sacrifícios brutais ao povo russo. No plano político, a
primeira crise ocorreu entre Stalin e Trótski, um dos líderes da Revolução Russa.
Internacionalista, Trótsky queria a continuação do processo revolucionário, no interior da
Rússia e em toda parte, até chegar a algo parecido com o comunismo imaginado
por Marx: um mundo sem classes sociais e sem fronteiras nacionais (ver:revolução
mundial e Teoria da revolução permanente). Contra essa orientação, Stalin respondeu
com sua teoria do "socialismo em um só país", ampliando os poderes de atuação do
Estado e de si mesmo, para só depois disso, promover a expansão revolucionária em
outras partes do mundo,[1] exilando Trótski (que foi assassinado, no México, em 1940) e
fixando a revolução na sua fase de repressão a quaisquer adversários. Por outros motivos,
sobretudo a tirania pessoal de Stalin, outros líderes da revolução,
como Bukharin, Zinoviev, Kamenev, Radek, também acabaram por voltar-se contra o
ditador. Este revidou, nos anos de 30, com uma série de processos e expurgos que
eliminaram centenas de milhares de pessoas, inclusive a quase totalidade dos velhos
companheiros de Lenin.[2][3][4] No plano administrativo, os programas lançados por Stalin,
em particular, a industrialização em ritmo acelerado da URSS e a coletivização forçada da
terra produziram uma reação por parte dos camponeses[5] e mesmo de setores da classe
operaria e do Partido Comunista, à qual os stalinistas responderam com o mais implacável
terror de massa.[6] Os campos de concentração se encheram de trabalhadores e,[7][8] no fim
do processo, uma nova burocracia privilegiada se assenhorou definitivamente do
país.[9][10] Mas Stalin fez a União Soviética crescer significativamente, assumindo o caráter
de superpotência no mundo e criando um império proporcional ao Antigo Império Russo. A
partir de 1928, impôs uma industrialização intensiva e a coletivização da agricultura, o que
gerou uma reorganização social.[11]

Sovietcentrismo X Policentrismo
Depois da morte de Stalin, em 1953, as contradições do comunismo se alastraram. Houve
uma tentativa de liberalização do regime no interior da União Soviética, liderada
por Kruschev, que governou de 1958 a 1964, mas quando essa tendência alcançou os
seus países-satélites, ou foi brutalmente reprimida, como na Hungria, em 1956, e
na Checoslováquia, em 1968, ou provocou divisões irremediáveis no mundo comunista,
como a ruptura da China e, em menor escala, a temporária rebeldia cubana. Os cubanos
voltariam a se alinhar com a URSS. Mas a ruptura com os chineses se acentuaria. Por
outro lado, os partidos comunistas europeus, sobretudo o italiano e o espanhol, tenderam
a se separar tanto da URSS quanto da China, procurando um eurocomunismo,
semelhante à tradicional social-democracia europeia.

Revoluções Comunistas no século XX


Revolução Russa de 1917
Revolução Espartaquista Alemã - (1918-1919)
República conselhista da Baviera - (1918-1919)
República conselhista Húngara - (1918-1919)
Revolução Espanhola - (1939-1939)
Revolução Chinesa - (1949)
Revolução Húngara de 1956
Resistência Francesa - (1941-1944)
Guerra do Vietnã - (1957-1975)
Intentona Comunista - (1935)
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Divergências entre Stalin e Trotsky


Com a morte de Lênin em 1924, dois líderes passaram a disputar o poder na União
Soviética: Leon Trotsky, segundo homem da Revolução de Outubro (cuja habilidade militar
durante a guerra civil russa lhe deu grande prestígio), adepto da Revolução Permanente;
e Josef Stalin, Secretário-Geral do Partido Comunista da URSS depois de 1922 (que foi,
durante a Revolução, editor do jornal Pravda), que defendia a tese do Socialismo em um
só país.
A disputa pela liderança política: Stalin versus
Trotsky
Em 1923 aprofunda-se a cisão entre Stálin e Trotsky, provocada pela
crescente burocratização de Stálin (ex: Degenerescência burocrática) e por sérias
divergências políticas relacionadas a questão da autodeterminação da Geórgia. A abertura
econômica provocada pela NEP não foi acompanhada por uma abertura política, a
centralização do Estado acabou por substituir o poder da classe operária pelo poder
do Partido Comunista, reforçado ainda mais a partir da ascensão de Stálin ao posto de
Secretário-Geral em 1922.

Leon Trotsky em 1929.

Após sofrer dois acidentes vasculares cerebrais, Lenin acreditava que estava na hora de
decidir sobre um novo líder para o país. Ele tinha mais fé em Trotsky do que em
Stalin,[1][2] descrevendo Stalin como um mau elemento, e querendo Trotsky para sucedê-
lo.[1][2] Porém, o chefe dos bolcheviques não tinha mais força para fazer prevalecer a sua
vontade.[1] A incapacidade física de Lênin deu a Stálin a oportunidade necessária para se
tornar o líder da Revolução, que passa a controlar a máquina do partido e os meandros da
burocracia. Lênin escreve uma carta dizendo que Trotsky deverá ser nomeado como seu
sucessor, enquanto Stalin deve ser impedido de assumir o poder.[1][2] Mas, como Stálin
tinha uma rede de espiões, essa carta foi interceptada e, Stálin naturalmente escondeu a
carta do parlamento para proteger a si próprio, pois temia que Trotsky mostraria a eles na
próxima reunião, onde ele seria impotente para detê-lo. Dessa forma, Stálin teve sua
posição consolidada.[3]
Lênin morre em 21 de janeiro de 1924, sendo sucedido por um triunvirato, a Troika, com
plenos poderes sobre o Estado e a Organização Partidária. Dos triúnviros
(Kamenev, Zinoviev e Stálin) foi Stálin quem de fato passou a usufruir maior poder e
autoridade: responsável pela administração do Partido e pela admissão ou exclusão de
seus militantes; no mesmo ano começa no Comitê Central do Partido
Bolchevique o processo de calúnia e difamação de Trotsky promovido por Stálin.
A disputa entre Trotsky e Stálin não ocorre somente como uma briga pessoal pelo poder,
sobre o partido e sobre o Estado, mas também devido aos fundamentos políticos
divergentes de ambos, envolvendo o ideal de "Revolução Permanente" de Trotsky, e a
defesa da política do "socialismo em um só país" de Stálin. Eles divergiam em várias
questões, porém, uma questão era básica: como construir o socialismo. Para Stálin e
os stalinistas, a revolução socialista deveria ser consolidada internamente na URSS, pois o
país estava internacionalmente isolado pelo fracasso de tentativas revolucionárias em
outros países (ver: revoluções de 1917-23) e pela hostilidade do mundo capitalista.
Segundo Stalin, caso fosse assegurado à independência russa pelo desenvolvimento
da indústria pesada, o país poderia, sozinho, construir uma sociedade socialista. Essa é
a tese da construção do "socialismo em um só país".
Para Trotsky e os trotskistas, a revolução socialista deveria ser levada aonde
o capitalismo estava em crise. Acreditavam ser inviável a construção do regime socialista
na URSS caso não ocorressem vitórias socialistas em outros países, pois, caso ao
contrário, os países capitalistas acabariam com a URSS. Essa é a tese da chamada
"revolução permanente", segundo a qual o socialismo deveria ser construído em escala
internacional.
Outro ponto de divergência entre os líderes bolchevistas estava no modo como viam a
URSS. Trotsky a considerava uma conquista revolucionária, um Estado sob o controle dos
operários[1][2]; mas, era um Estado com muitas dificuldades, que permanecia longe do
socialismo até que a revolução na Europa permitisse o livre desenvolvimento das forças
produtivas em escala continental. Stalin, ao contrário, admitia a possibilidade da
construção do socialismo em um só país e ia mais longe: a sociedade soviética da década
de 1920 estava à beira do socialismo; a “mãe Rússia” seria a pátria do “socialismo
real”[carece de fontes].
Na luta entre Trotsky e Stalin, o primeiro tirou a importância do papel dos trabalhadores
nos países capitalistas avançados (por exemplo, expôs uma série de teses, previamente
apontadas por Lênin, que consideravam que a classe trabalhadora dos Estados
Unidos era uma aristocracia operária aburguesada), pois considerava que o estado de
bem-estar social dos países capitalistas e suas políticas imperialistas dificultam o
surgimento de tensões revolucionárias. Mesmo assim, Stalin tinha diferenças com Trotsky
em relação ao papel dos camponeses: enquanto o secretário-geral defendia uma aliança
de proletários e camponeses, no espírito bolchevique, Trotsky considerava que o tipo de
aliança professado por Stalin era contra-revolucionário por dar papel preponderante à
política dos camponeses (considerados pelo marxismo como um conjunto heterogêneo de
setores sociais entre os quais há burgueses, pequeno-burgueses e proletários rurais)
frente aos operários.
As principais ideias de Stalin dentro da prática política nas quais se aleja do pensamento
de Lênin incluíam a defesa do socialismo em um só país, a noção de que a luta de
classes se agravaria ao longo do desenvolvimento do socialismo, com o que seria
necessário aumentar o controle por parte do partido e do Comitê Central, e de modo geral
uma moral social mais conservadora, principalmente no que se refere às questões
de gênero.

Josef Stalin.

Trotsky apoiava em defender o marxismo, combatendo a burocracia no Estado Operário


que se fortaleceu com a ascensão de Josef Stálin ao poder em 1924 na União Soviética.
Ao contrário de Stalin, Trotsky tinha uma ideologia sobre a Teoria da Revolução
Permanente defenderia a expansão da revolução para além das fronteiras da União
Soviética como prioridade, ao invés do seu fortalecimento interno.
Ao contrário de Stalin, Trotsky não era um veterano do Partido Bolchevique, no qual
ingressou apenas em julho de 1917, por isso era considerado arrogante entre os
companheiros de armas que, além disso, viam seu "brilhantismo" intelectual com
desconfiança. Entretanto tinha a seu favor o fato de ser um líder de massas e de ter
estado no centro da insurreição de outubro de 1917. Mas Stalin, na qualidade de
secretário geral do partido comunista, detinha o controle da máquina partidária, que agora
se confundia com a própria máquina do governo. É que, em 1921 todos os outros partidos
foram postos na ilegalidade. Começa assim, o regime de partido único, característico dos
governos totalitários (ver: repressão política na União Soviética).
No XII Congresso do Partido Comunista (1924), Trotsky foi derrotado por uma aliança
entre Stalin e dois importantes dirigentes bolcheviques: Lev Kamenev e Grigory Zinoviev,
principal dirigente da Internacional Comunista. O XIV Congresso do Partido Comunista
(1925) aprovou o “socialismo em um só país” de Stalin e também os ataques dirigidos a
Kamenev e Zinoviev: Stalin tornou-se o principal líder soviético. Em contrapartida, Trotsky
se empenhou numa luta sem trégua contra o regime stalinista que, na sua concepção,
estaria colocando em perigo a revolução. Ele denunciou, por exemplo, a transformação
da Terceira Internacional num simples instrumento da política soviética, após a morte de
Lênin, e os ziguezagues desgastantes que Stalin passou a impor à ação política
dos comunistas, na Europa e na China.
Apoiado na máquina do partido e do Estado, Stalin acabou vencendo a disputa com
Trotsky, que foi afastado do governo e do Partido Comunista e expulso da URSS. Depois
de perambular por vários países, fixou-se no México, onde foi assassinado por Ramón
Mercader com golpes de picareta na cabeça em 1940, a mando de Stalin.[4][5]
No decorrer da década de 1930, Trotsky afirmou que a burocracia soviética havia
“expropriado politicamente o proletariado”. Essa expropriação assumiu a forma de um
massacre no Grande Expurgo de 1936, nos quais foram executados Zinoviev, Kamenev e
muitos bolchevistas. Nos últimos anos de vida de Trotsky, multiplicaram-se nos seus
escritos referências ao totalitarismona URSS, implantado por Stalin:


Ninguém, e não faço exceção de Hitler, aplicou ao socialismo um golpe tão
mortal. Hitler ataca as organizações operárias do exterior. Stalin as ataca
no interior. Hitler destrói o marxismo; Stalin o prostitui. Não há principio
que permaneça intacto; não há uma ideia que não tenha sido enlameada.
Até mesmo os termos socialismo e comunismo foram gravemente
comprometidos, agora que a gendarmaria incontrolável, com diplomas de
‘comunista’, chama de socialismo ao regime que se impõe. Repugnante
profanação! [6] ”
Senhor absoluto do poder, Stalin passou a perseguir todos os que se opunham a ele.
Entre 1936 e 1938, realizou diversos expurgos contra seus adversários, nos quais foram
presos, julgados e executados eminentes líderes da Revolução.
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Socialismo em um só país
O "socialismo em um só país" foi uma tese desenvolvida por Nikolai Bukharin em 1925 e
adotada como política estadual por Josef Stalin. A tese sustentou que dado a derrota de
todas as revoluções comunistas na Europa (ver: Revoluções de 1917-23), exceto
na Rússia, a própria União Soviéticadeveria começar a reforçar-se internamente.[1]
A linha foi adotada pelo XIV Congresso do Partido Comunista da União Soviética, em
Dezembro de 1925 e, argumentavam que era necessário primeiro consolidar o socialismo
na URSS para que, em longo prazo, esta tivesse força suficiente para sustentar
a revolução mundial. Segundo esta visão, caso os soviéticos se engajassem num conflito
de proporções globais antes de conseguir proteger-se e defender-se dos
inimigos capitalistas e fascistas, o socialismo fracassaria. De acordo com essa tese, isto
seria precisamente a maior contribuição da classe operária soviética à revolução mundial.
Este argumento encontrou a oposição de Leon Trotsky com a sua teoria da revolução
permanente,[2] que promulgava a revolução mundial como a única garantia da vitória do
socialismo na Rússia, uma vez que, sendo um país atrasado, não seria capaz de cumprir
as missões da revolução socialista, e a industrialização, não poderia resolver para fazer
um contrapeso às potências ocidentais (ver: divergências entre Stalin e Trotsky).
Esta linha foi desenvolvida no contexto de um refluxo da luta das massas, principalmente
na Europa Ocidental, onde a esquerda comunista acreditava numa iminente guerra contra
o primeiro Estado socialista. Embora promovido, na altura, como uma ideologia da
necessidade, não a opinião do núcleo, a teoria veio definir o curso da construção política
dentro da União Soviética durante toda sua história.

Josef Stalin

Ascensão • Era Stálin (1927-1953) • Coletivização • Segunda Guerra Mundial • Pacto Molotov-Ribbentrop • Guerra de Inverno
• Ocupação dos Estados Bálticos •
História e política Invasão da Polônia • Negociações sobre a adesão da União Soviética ao Eixo • Pacto nipônico-soviético • Conferência de Teerã
• Conferência de Yalta • Conferência de Potsdam • Guerra Fria
• Tratado de Amizade, Aliança e Assistência Mútua Sino-Soviético • Bloco Oriental • Ruptura Tito-Stalin

Stalinismo • Neostalinismo • Socialismo em um só país • Realismo socialista • Arquitetura stalinista


Conceitos
• Agravação da luta de classes sob o socialismo

Grande Expurgo • Holodomor • Gulags • Descossaquização • Transferências populacionais (Nazi–Soviética)


• Assentamentos forçados • Crimes de guerra soviéticos •
Cosmopolitas sem raízes • Complô dos médicos • Assalto ao banco de Tíflis • Processos de Moscou
Controvérsias • Alegações de antissemitismo • Massacres de prisioneiros pela NKVD • Morte de Sergey Kirov
• Massacre de Katyn • Censo soviético de 1937 • Operação Norte • Caso georgiano • Caso mingreliano
• Caso Leningrado • Lysenkoísmo
• Falsificações de fotografias • Operação Lentil no Cáucaso • Operação Priboi • Massacre de Vinnytsia • Kurapaty • Caso Nazino

Comissão Pospelov • Reabilitação • Degelo de Kruschev • Sobre o culto à personalidade e suas consequências
Desestalinização
• Outubro Polonês • Arte não conformista soviética • Comissão Shvernik • Era da Estagnação

Critíca Testamento de Lenin • Caso Ryutin • Esquerda anti-stalinista

Besarion Jughashvili (pai) • Ketevan Geladze (mãe) • Ekaterina Svanidze (primeira esposa) • Yakov Djugashvili (filho)
Família • Konstantin Kuzakov (filho)
• Nadejda Alliluyeva (seguda esposa) • Vasily Djugashvili (filho) • Svetlana Alliluyeva (filha) • Yevgeny Djugashvili (neto)

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