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Assunto central (categoria) História das representações das mulheres

Lucas Brito Santana Da Silva


Disciplina: Pesquisa Educacional

Autor (ano) Extrato literal de texto (página) [Em outras palavras] Referência completa
Isso significa que...
Num primeiro momento, o
“o conceito de representação [...] conceito de representação
foi um apoio precioso para que tornaria possível a análise, nas
pudessem ser determinados e relações dos indivíduos com a
articulados, sem dúvida melhor realidade social, das formas
do que permitia a noção de pelas quais uma visão
mentalidade, as diversas relações (identidade) sobre eles
que os indivíduos ou os grupos mesmos, e na sociedade em sua
mantém com o mundo social: amplitude, é construída, os
primeiramente, as operações de recortes e classificações
recorte e de classificação que operados neste processo.
produzem as configurações Processo o qual é ele mesmo
múltiplas graças às quais a fundante e fundamental da
realidade é realidade social, sem o qual
percebida, construída, qualquer configuração CHARTIER, Roger. À
CHARTIER (2002) representada; em seguida, os (estrutura e organização) da Beira da Falésia. A
signos que visam sociedade não seria possível. História entre certezas
a fazer reconhecer uma Em segundo momento, e inquietude. Porto
identidade social, a exibir uma tomando os indivíduos ou Alegre: Editora da
identidade grupos numa sociedade Universidade Federal
própria de estar no mundo, a historicamente localizada, no do Rio Grande do Sul,
significar simbolicamente um exame das suas identidades, e 2002
estatuto, das relações que estabelecem
uma ordem, um poder; enfim, as com o restante do mundo
formas institucionalizadas social, identifica-se os signos
através através do qual tais identidades
das quais ‘representantes’ são manifestadas e delineadas.
encarnam de modo visível, No terceiro momento, pode-se
‘presentificam’, a coerência de analisar as manifestações que
uma dada comunidade, a força de permitem aos indivíduos e
uma identidade, ou a grupos um nível de coerência e
permanência de um poder” (p. relações com o poder que
169). ecoam mais nitidamente ao
restante dos componentes da
sociedade.
As práticas e representações
seriam interdependentes na
“Tanto os objetos culturais construção da realidade social
seriam produzidos “entre e dos indivíduos. Sendo que
práticas e representações”, como uma prática (um fazer, um
os sujeitos produtores e modo der ser ou estar no BARROS, José
receptores de cultura circulariam mundo social) estaria D'Assunção. O Campo
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entre estes dois pólos, que de conectada a uma representação da História. 8ª ed.
certo modo corresponderiam (uma forma de ver, que dá Petrópolis: Vozes,
respectivamente aos “modos de respaldo e naturaliza 2008.
BARROS (2008) fazer” e aos “modos de ver” socialmente formas de ser).
“São práticas culturais não Além disso, as práticas e
apenas a feitura de um livro, representações são retroativas,
uma técnica artística ou uma servindo a retroação como
modalidade de ensino, mas fonte para as transformações de
também os modos como, em ambas.
uma dada sociedade, os homens Se por um lado temos uma
falam e se calam, comem e miríade de comportamentos
bebem, sentam-se e andam, que podemos classificar como
conversam ou discutem, práticas sociais e práticas
solidarizam-se ou hostilizam-se, sociais, por outro há um leque
morrem ou adoecem, tratam seus de representações que
loucos ou recebem os sustentam tais práticas, desde
estrangeiros” (p. 75-6). aquelas que são mais sutis às
consciências dos indivíduos
àquelas que provocam maior
dissonância cognitiva.
Existem diferenças
fisionômicas entre os sexos e
que são percebidas por ambos,
diferenças que são mais ou
menos acentuadas através da
formação cultural. Entretanto,
num primeiro momento, tais
“o diferenças não refletem as SCOTT, Joan
gênero é um elemento subsequentes diferenciações Wallach. Gênero: uma
constitutivo de relações sociais que são tomadas na estrutura e categoria útil de
SCOTT (1995) baseado nas diferenças organização sociais e nas análise histórica.
percebidas entre os sexos, e o relações de poder entre os Educação &
gênero é uma forma primeira de sexos. Mas, num segundo Realidade. Porto
significar as momento, são essas diferenças, Alegre, vol. 20, nº
relações de poder” (p. 21). significadas relacionalmente, 2,jul./dez. 1995, pp.
que constituem a base da 71-99.
diferenciação social entre os
sexos, forçando a assimetria nas
relações de poder. São as
significações sobre essas
diferenças e suas consequências
no modo de ser dos indivíduos
que formam o que é aqui
chamado de gênero.
Ao se produzir uma nova
positividade da ciência na
modernidade, as explicações
sobre as coisas não mais PEREIRA, Thamires.
deveriam necessitar de uma Gênero e sexualidade
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referência metafisica, devendo no pensamento


as explicações sobre o mundo e iluminista. São
as coisas tomarem referências Cristóvão, SE, 2016.
“Sabemos que a subordinação e nos próprios fenômenos. Logo, Monografia
os preconceitos relativos às ao se tratar da diferenciação (Bacharelado em
mulheres foram criados pelos social entre homens e mulheres, História) -
povos antigos que elaborou a explicação para ele deve estar Departamento de
PEREIRA (2016) conforme seus costumes uma naqueles que estes dois sujeitos História, Centro de
superioridade masculina que se são, nas suas próprias Educação e Ciências
perpetuou ao longo das gerações diferenças; em outras palavras, Humanas,
e volta a ser alvo das polêmicas nos corpos. Neste momento da Universidade Federal
do século XVIII por conta da modernidade, os significados de Sergipe, São
efetivação da descoberta da sobre as diferenças entre Cristóvão, SE, 2016
anatomia das diferenças dos homens e mulheres (gênero) é
órgãos genitais. Com bases nessa essencializado no próprio corpo
descoberta buscam-se legitimar a biológico (sexo). Temos ai a
inferioridade da categoria naturalização do
feminina, estas têm apenas a comportamento subserviente e
função de procriação e dócil da mulher: racionalmente
conservação da espécie” (p. 47). inferior, tendo como finalidades
principais cuidar do seu homem
e família, e garantir a
reprodução biológica.
No pensamento iluminista, a
mulher não possui status de
sujeito pleno, estando os
impedimentos para a ascensão a
“aos ideais de submissão tal status na própria compleição
feminina contrapunham-se os física; ou seja, a natureza teria
ideais de automomia de negado à mulher o arsenal
todo o sujeito moderno; aos necessário para o exercício de
ideais de domesticidade uma existência emancipatória, KEHL, M.R.
contrapunham-se os de racional e racionalizada, Deslocamentos do
liberdade; à idéia de uma vida ficando perpetuamente Feminino - A Mulher
KEHL (1998) predestinada ao casamento e à condenada à sua “menoridade”. Freudiana na
maternidade contrapunha-se a Mas se o caminho da mulher da Passagem para a
idéia também moderna de que modernidade iluminista não é o Modernidade. Rio de
cada sujeito deve escrever seu mesmo do homem, ela tem um Janeiro: Imago,1998.
próprio destino, de acordo com lugar apontado para si: o
sua vontade” (p. 53). matrimônio, os frêmitos do lar e
dos filhos, além de uma
procuração àquele que deve ser
o seu cuidador., uma vez que ela
não teria condições de traçar
seu percurso neste mundo.
Um tanto no veio de Joan Scott,
esse intento da história das
“Um objeto maior da história das mulheres a partir das práticas e CHARTIER, Roger.
mulheres é então o estudo dos representações apontado por Diferenças entre os
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discursos e das práticas, Chartier, assume um perfil sexos e dominação


manifestos em registros analítico que tende a identificar simbólica (nota
múltiplos, que garantem (ou e decodificar o aparato crítica). In: Cadernos
devem garantir) que as mulheres simbólico através do qual a Pagu – fazendo
consintam nas dominação masculina se afirma história das mulheres.
representações dominantes da e manifesta nas relações sociais. (4). Campinas, Núcleo
diferença entre os sexos: desta Na medida em que o de Estudos de
forma a divisão das atribuições e pressuposto nuclear dessa Gênero/UNICAMP,
dos espaços, a inferioridade perspectiva teórica é “não 1995.
jurídica, a inculcação escolar dos existe configuração das
papéis sociais, a exclusão da relações sociais que seja natural
CHARTIER (1995) esfera pública, etc. Longe de nem que seja possível sem o
afastar do "real" e de só indicar suporte simbólico
figuras do imaginário masculino, (representações) nem de
as representações da práticas que sustentem também
inferioridade feminina, o suporte simbólico, além das
incansavelmente repetidas e próprias práticas que as
mostradas, se representações permitem e que
inscrevem nos pensamentos e nos não são voltadas para a
corpos de umas e de outros” manutenção do aparato das
(p.40). representações. Sendo assim,
um dos objetivos principais da
história das mulheres assim
proposta é a identificação das
representações e das práticas, e
seus suportes, que permitem em
uma realidade social
historicamente determinada um
ou alguns tipos de relações
entre homens e mulheres e sua
imersão nas mais diversas
partes do mundo social. Tais
representações, signos e
práticas, discursivas e não-
discursivos, atravessam toda a
existência dos sujeitos: nos
pensamentos, ou seja nas
manifestações discursivas
desses sujeitos; no corpo, dos
modos de se comportar até as
indumentárias.

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