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UNIVERSIDADE PAULISTA

PÓS-GRADUAÇÃO EM ESTRUTURAS METÁLICAS

DANILO REIS ALMEIDA

DIMENSIONAMENTO DE GALPÃO INDUSTRIAL EM


ESTRUTURA METÁLICA

SALVADOR
2018
DANILO REIS ALMEIDA

DIMENSIONAMENTO DE GALPÃO INDUSTRIAL EM


ESTRUTURA METÁLICA

Monografia apresentada à Pós-Graduação em


Estruturas Metálicas, Universidade Paulista,
como requisito parcial para obtenção do título
de Especialista.

SALVADOR
2018
DANILO REIS ALMEIDA

DIMENSIONAMENTO DE GALPÃO INDUSTRIAL EM


ESTRUTURA METÁLICA

Monografia apresentada à Pós-Graduação em


Estruturas Metálicas, Universidade Paulista,
como requisito parcial para obtenção do título
de Especialista.

Aprovado em: ____/____/____


Resultado: _______________

BANCA EXAMINADORA:

______________________________________/___/___
Prof.
Universidade Paulista - UNIP

______________________________________/___/___
Prof.
Universidade Paulista - UNIP

______________________________________/___/___
Prof.
Universidade Paulista - UNIP
RESUMO

No atual contexto da construção civil, as estruturas metálicas vêm aos poucos substituindo as
estruturas convencionais de concreto armado, fato este que deve-se principalmente pela
agilidade no processo construtivo. Além disso, este tipo de modelo construtivo gera menos
resíduos e necessita de uma quantidade menor de mão de obra quando comparada com a outra.
Diante desse cenário, o presente trabalho trata do dimensionamento de um galpão industrial em
estrutura metálica, demonstrando todo o processo para verificação dos elementos que compõem
a edificação, será composto por 2 etapas, a primeira tratará de uma revisão bibliográfica e
abordará assuntos que relatam os processos para elaboração do projeto e a segunda trata-se da
análise estrutural e o dimensionamento dos elementos. Vale ressaltar que o dimensionamento
da estrutura foi baseado principalmente na NBR 8800/08, que trata dos projetos de estruturas
metálicas. Ao término do trabalho foi possível notar que a experiência que se adquire na
realização de um projeto estrutural em aço é muito grande, pois o mesmo fornece um leque de
informações que por sua vez agregam conhecimentos técnicos e práticos ao mesmo tempo.

Palavras-chave: Estruturas metálicas. Galpão industrial. NBR 8800/08.


ABSTRACT

In the current context of construction, metallic structures are gradually replacing the
conventional structures of reinforced concrete, which is mainly due to agility in the constructive
process. In addition, this type of constructive model generates less waste and needs a smaller
amount of manpower compared to the other. In view of this scenario, the present work deals
with the sizing of an industrial shed in metallic structure, demonstrating the whole process for
verification of the elements that make up the building, will be composed of 2 steps, the first
shall deal with a revision Bibliography and address issues that report the processes for project
elaboration and the second is the structural analysis and the sizing of the elements. It is
noteworthy that the structure's sizing was based mainly on the NBR 8800/08, which deals with
the designs of metallic structures. At the end of the work it was possible to note that the
experience that is acquired in the realization of a structural project in steel is very large, because
it provides a range of information that in turn adds technical and practical knowledge at the
same time.

Keywords: Metallic structures. Industrial shed. NBR 8800/08.


SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO........................................................................................................... 7
1.1 Objetivos...................................................................................................................... 7
1.1.1 Objetivo Geral............................................................................................................... 7
1.1.2 Objetivos Específicos.................................................................................................... 7
1.2 Metodologia................................................................................................................. 8

2 PREMISSAS DE CÁLCULO.................................................................................... 9
2.1 Peças submetidas à tração.......................................................................................... 9
2.2 Peças submetidas à compressão............................................................................... 16
2.3 Peças submetidas à flexão simples........................................................................... 24

3 ANÁLISE ESTRUTURAL E DIMENSIONAMENTO........................................ 32


3.1 Ações........................................................................................................................... 32
3.2 Dimensionamento das telhas de cobertura............................................................. 37
3.3 Dimensionamento das terças de cobertura............................................................. 38
3.4 Dimensionamento das telhas de tapamento lateral................................................ 50
3.5 Dimensionamento das terças de tapamento lateral............................................... 50
3.6 Dimensionamento dos tirantes de cobertura.......................................................... 59
3.7 Dimensionamento dos elementos do contraventamento da cobertura................. 62
3.8 Dimensionamento dos elementos do contraventamento vertical.......................... 64
3.9 Dimensionamento das vigas do pórtico................................................................... 65

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................... 80

REFERÊNCIAS........................................................................................................ 81
(O TRABALHO FOI REPAGINADO DE ACORDO COM AS NORMAS DA ABNT. A CAPA NÃO DEVE
SER CONTADA E A NUMERAÇÃO SÓ DEVE APARECER A PARTIR DA INTRODUÇÃO. FAVOR
EFETUAR AS DEVIDAS CORREÇÕES, INSERINDO A PAGINAÇÃO CORRETAMENTE NO
SUMÁRIO)
7

1 INTRODUÇÃO

O dimensionamento dos elementos em estruturas metálicas tem como principal função


quantificar e determinar com precisão a seção transversal das barras que formarão a estrutura
da edificação, além disso, é possível também verificar os deslocamentos da estrutura, fazendo
com que a mesma atenda aos limites estabelecidos pela NBR, resultando assim, em uma
edificação segura, econômica e eficaz.
Para que o dimensionamento seja realizado com qualidade e segurança é necessário
seguir todas as exigências estabelecidas pela NBR 8800: 2008 – Projeto de estruturas de aço e
de estruturas mistas de aço e concreto de edifícios, NBR 6123:1988 – Forças devidas ao vento
em edificações e NBR 6120:1980 - Cargas para o cálculo de estruturas de edificações.
O presente trabalho será composto por 2 etapas, a primeira tratará de uma revisão
bibliográfica e abordará assuntos que relatam os processos para elaboração do projeto e a
segunda trata-se da análise estrutural e o dimensionamento dos elementos.

1.1 Objetivos

1.1.1 Objetivo Geral

Realizar o dimensionamento de forma segura e econômica de todos os elementos que


formam a estrutura de um galpão industrial em aço.

1.1.2 Objetivos Específicos

Dimensionar as telhas e terças de cobertura e tapamento lateral, os tirantes, os elementos


de contraventamento, as vigas e pilares do pórtico.
8

1.2 Metodologia

A estrutura principal do galpão a ser projetado será composta por pilares e vigas em alma
cheia (perfis I), esses elementos formarão pórticos bidimensionais igualmente espaçados a cada
6 m, totalizando assim, 11 pórticos em toda edificação. O galpão apresenta as seguintes
dimensões: altura total = 7 m, largura = 20 m, comprimento = 60 m, inclinação da cobertura =
5,71º (10%). Para as terças de cobertura e tapamento lateral serão utilizados perfis laminados
tipo U e para os tirantes e elementos de contraventamento barras rosqueadas. As telhas utilizadas
serão trapezoidais com altura de 40 mm e espessura de chapa de 0,50 mm. A edificação em
análise apresenta um portão na fachada e no fundo.
Na figura 1 apresenta-se o modelo do galpão a ser dimensionado com suas respectivas
dimensões.

Figura 1 – Galpão a ser dimensionado.

Fonte: Elaborado pelo autor.


9

2 PREMISSAS DE CÁLCULO

2.1 Peças submetidas à tração

De acordo com Pfeil e Pfeil (2009), as peças tracionadas são aquelas submetidas a
solicitações de tração axial ou simplesmente tração simples. Os tipos de seções mais usuais para
este tipo de esforço estão ilustrados na figura 2. Além disso, essas barras podem ser formadas
por seções simples ou compostas (figura 3).

Figura 2 – Elementos tracionados.

Fonte: Pfeil, 2009.

Figura 3 – Tipos de perfis utilizados em barras tracionadas.

Fonte: Pfeil, 2009.


10

2.1.1 Critérios de dimensionamento

Segundo a NBR 8800:2008, no dimensionamento de peças submetidas à tração deve ser


atendida a seguinte condição:
𝑵𝒕, 𝑺𝒅 ≤ 𝑵𝒕, 𝑹𝒅
Onde:
𝑵𝒕, 𝑺𝒅 = 𝒇𝒐𝒓ç𝒂 𝒂𝒙𝒊𝒂𝒍 𝒅𝒆 𝒕𝒓𝒂çã𝒐 𝒔𝒐𝒍𝒊𝒄𝒊𝒕𝒂𝒏𝒕𝒆 𝒅𝒆 𝒄á𝒍𝒄𝒖𝒍𝒐;
𝑵𝒕, 𝑹𝒅 = 𝒇𝒐𝒓ç𝒂 𝒂𝒙𝒊𝒂𝒍 𝒅𝒆 𝒕𝒓𝒂çã𝒐 𝒓𝒆𝒔𝒊𝒔𝒕𝒆𝒏𝒕𝒆 𝒅𝒆 𝒄á𝒍𝒄𝒖𝒍𝒐.

Ainda segundo a NBR 8800:2008, a força axial de tração resistente de cálculo (Nt,Rd), a
ser utilizada no dimensionamento, excetuando-se as barras redondas com extremidades
rosqueadas e barra ligadas por pinos, será o menor dos valores obtidos através da resistência ao
escoamento da seção bruta e a ruptura da seção líquida efetiva.

 Escoamento da seção bruta


𝑨𝒈∗𝒇𝒚
𝑵𝒕, 𝑹𝒅 = 𝜰𝒂𝟏

 Ruptura da seção líquida efetiva


𝑨𝒆∗𝒇𝒖
𝑵𝒕, 𝑹𝒅 = 𝜰𝒂𝟐

Onde:
𝑨𝒈 = Á𝒓𝒆𝒂 𝒃𝒓𝒖𝒕𝒂 𝒅𝒂 𝒔𝒆çã𝒐 𝒕𝒓𝒂𝒏𝒔𝒗𝒆𝒓𝒔𝒂𝒍 𝒅𝒂 𝒃𝒂𝒓𝒓𝒂;
𝑨𝒆 = Á𝒓𝒆𝒂 𝒍í𝒒𝒖𝒊𝒅𝒂 𝒆𝒇𝒆𝒕𝒊𝒗𝒂 𝒅𝒂 𝒔𝒆çã𝒐 𝒕𝒓𝒂𝒏𝒔𝒗𝒆𝒓𝒔𝒂𝒍 𝒅𝒂 𝒃𝒂𝒓𝒓𝒂;
𝒇𝒚 = 𝑹𝒆𝒔𝒊𝒔𝒕ê𝒏𝒄𝒊𝒂 𝒂𝒐 𝒆𝒔𝒄𝒐𝒂𝒎𝒆𝒏𝒕𝒐 𝒅𝒐 𝒂ç𝒐;
𝒇𝒖 = 𝑹𝒆𝒔𝒊𝒔𝒕ê𝒏𝒄𝒊𝒂 à 𝒓𝒖𝒑𝒕𝒖𝒓𝒂 𝒅𝒐 𝒂ç𝒐;
𝜰𝒂𝟏 = 𝑪𝒐𝒆𝒇𝒊𝒄𝒊𝒆𝒏𝒕𝒆 𝒅𝒆 𝒑𝒐𝒏𝒅𝒆𝒓𝒂çã𝒐 𝒓𝒆𝒍𝒂𝒄𝒊𝒐𝒏𝒂𝒅𝒐 𝒂𝒐 𝒆𝒔𝒄𝒐𝒂𝒎𝒆𝒏𝒕𝒐;
𝜰𝒂𝟐 = 𝑪𝒐𝒆𝒇𝒊𝒄𝒊𝒆𝒏𝒕𝒆 𝒅𝒆 𝒑𝒐𝒏𝒅𝒆𝒓𝒂çã𝒐 𝒓𝒆𝒍𝒂𝒄𝒊𝒐𝒏𝒂𝒅𝒐 à 𝒓𝒖𝒑𝒕𝒖𝒓𝒂.

 Área líquida efetiva


𝑨𝒆 = 𝑪𝒕 ∗ 𝑨𝒏
Onde:
𝑨𝒏 = Á𝒓𝒆𝒂 𝒍í𝒒𝒖𝒊𝒅𝒂 𝒅𝒂 𝒔𝒆çã𝒐 𝒕𝒓𝒂𝒏𝒔𝒗𝒆𝒓𝒔𝒂𝒍 𝒅𝒂 𝒃𝒂𝒓𝒓𝒂;
11

𝑪𝒕 = 𝑪𝒐𝒆𝒇𝒊𝒄𝒊𝒆𝒏𝒕𝒆 𝒅𝒆 𝒓𝒆𝒅𝒖çã𝒐 𝒅𝒂 á𝒓𝒆𝒂 𝒍í𝒒𝒖𝒊𝒅𝒂.


 Área líquida

Conforme Pfeil (2009), a área líquida de uma peça com furos (figura 4), é determinada
subtraindo-se da área bruta as áreas dos furos contidos em uma seção reta da barra.

Figura 4 – Seção líquida de peças com furos (furação reta).

Fonte: Pfeil, 2009.

No caso de furação em ziguezague (figura 5), faz-se necessário a verificação de diversos


percursos para que se possa determinar o menor valor para a seção líquida.

Figura 5 – Seção líquida de peças com furos (furação em ziguezague).

Fonte: Pfeil, 2009.

𝑺𝟐
𝑨𝒏 = [𝒃 − 𝜮(𝒅 + 𝟑, 𝟓 𝒎𝒎) + 𝜮 ]∗𝒕
𝟒∗𝒈

Onde:
𝑨𝒏 = Á𝒓𝒆𝒂 𝒍í𝒒𝒖𝒊𝒅𝒂 𝒅𝒂 𝒔𝒆çã𝒐 𝒕𝒓𝒂𝒏𝒔𝒗𝒆𝒓𝒔𝒂𝒍 𝒅𝒂 𝒃𝒂𝒓𝒓𝒂;
12

𝒃 = 𝑳𝒂𝒓𝒈𝒖𝒓𝒂 𝒅𝒂 𝒄𝒉𝒂𝒑𝒂;
𝒕 = 𝑬𝒔𝒑𝒆𝒔𝒔𝒖𝒓𝒂 𝒅𝒂 𝒄𝒉𝒂𝒑𝒂;
𝒅 = 𝑫𝒊â𝒎𝒆𝒕𝒓𝒐 𝒅𝒐 𝒑𝒂𝒓𝒂𝒇𝒖𝒔𝒐;
𝑺 = 𝑬𝒔𝒑𝒂ç𝒂𝒎𝒆𝒏𝒕𝒐 𝒉𝒐𝒓𝒊𝒛𝒐𝒏𝒕𝒂𝒍 𝒆𝒏𝒕𝒓𝒆 𝒇𝒖𝒓𝒐𝒔 𝒅𝒆 𝒇𝒊𝒍𝒂𝒔 𝒅𝒊𝒇𝒆𝒓𝒆𝒏𝒕𝒆𝒔;
𝒈 = 𝑬𝒔𝒑𝒂ç𝒂𝒎𝒆𝒏𝒕𝒐 𝒗𝒆𝒓𝒕𝒊𝒄𝒂𝒍 𝒆𝒏𝒕𝒓𝒆 𝒇𝒖𝒓𝒐𝒔.

 Coeficiente de redução (Ct)


De acordo com a NBR 8800 (2008, p.39) o coeficiente de redução, Ct, tem os valores a
seguir:
 Quando a força de tração for transmitida diretamente para cada um dos
elementos da seção transversal da barra, por soldas ou parafusos:
𝑪𝒕 = 𝟏, 𝟎𝟎
 Quando a força de tração for transmitida somente por soldas transversais:
𝑨𝒄
𝑪𝒕 =
𝑨𝒈
Onde Ac é a área da seção transversal dos elementos conectados;
 Nas barras com seções transversais abertas, quando a força de tração for
transmitida somente por parafusos ou somente por soldas longitudinais ou ainda por
uma combinação de soldas longitudinais e transversais para alguns (não todos)
elementos da seção transversal (devendo, no entanto, ser usado 0,90 como limite
superior, e não se permitindo o uso de ligações que resultem em um valor inferior a
0,60):
𝒆𝒄
𝑪𝒕 = 𝟏 −
𝒍𝒄
Onde:
ec é a excentricidade da ligação, igual à distância do centro geométrico da seção da
barra, G, ao plano de cisalhamento da ligação (em perfis com um plano de simetria, a
ligação deve ser simétrica em relação a ele e são consideradas, para cálculo de Ct, duas
barras fictícias e simétricas, cada uma correspondente a um plano de cisalhamento da
ligação, por exemplo, duas seções T no caso de perfis I ou H ligados pela mesa ou duas
seções U, no caso desses perfis serem ligados pela alma);
lc é o comprimento efetivo da ligação (esse comprimento, nas ligações soldadas, é igual
ao comprimento da solda na direção da força axial; nas ligações parafusadas é igual a
distância do primeiro ao último parafuso da linha de furação com maior número de
parafusos, na direção da força axial).

Figura 6 – Ilustração dos valores de ec em seções abertas.

Fonte: NBR 8800:2008.


13

 Nas chapas planas, quando a força de tração for transmitida somente por soldas
longitudinais ao longo de ambas as suas bordas (figura 7);

𝑪𝒕 = 𝟏, 𝟎𝟎, 𝒑𝒂𝒓𝒂 𝒍𝒘 ≥ (𝟐 ∗ 𝒃)
𝑪𝒕 = 𝟎, 𝟖𝟕, 𝒑𝒂𝒓𝒂 (𝟐 ∗ 𝒃) > 𝒍𝒘 ≥ (𝟏, 𝟓 ∗ 𝒃)
𝑪𝒕 = 𝟎, 𝟕𝟓, 𝒑𝒂𝒓𝒂 (𝟏, 𝟓 ∗ 𝒃) > 𝒍𝒘 ≥ 𝒃
Onde:
lw é o comprimento dos cordões de solda;
b é a largura da chapa (distância entre as soldas situadas nas duas bordas);

Figura 7 – Chapa plana com força de tração transmitida por solda longitudinal.

Fonte: NBR 8800:2008.

 Nas barras com seções tubulares retangulares, quando a força de tração for
transmitida por meio de uma chapa de ligação concêntrica ou por chapas de ligação em
dois lados opostos da seção, desde que o comprimento da ligação, lc, não seja inferior
à dimensão da seção na direção paralela à(s) chapa(s) de ligação;

𝒆𝒄
𝑪𝒕 = 𝟏 −
𝒍𝒄

Figura 8 – Ilustração do valor de ec em seção tubular retangular.

Fonte: NBR 8800:2008.

 Nas barras com seções tubulares circulares, quando a força de tração for
transmitida por meio de uma chapa de ligação concêntrica:

-Se o comprimento da ligação, lc, for superior ou igual a 1,30 do diâmetro externo da
barra: Ct = 1,00;
-Se o comprimento da ligação for superior ou igual ao diâmetro externo da barra e
menor que 1,30 vez esse diâmetro:

𝒆𝒄
𝑪𝒕 = 𝟏 −
𝒍𝒄

Figura 9 – Ilustração do valor de ec em seção tubular circular.

Fonte: NBR 8800:2008.


14

2.1.1.1 Barras redondas com extremidades rosqueadas

Segundo a NBR 8800:2008, a força axial de tração resistente de cálculo (Nt,Rd), das barras
redondas com extremidades rosqueadas, será o menor dos valores obtidos através da resistência
ao escoamento da seção bruta e a ruptura da parte rosqueada da barra.

 Escoamento da seção bruta


𝑨𝒈∗𝒇𝒚
𝑵𝒕, 𝑹𝒅 =
𝜰𝒂𝟏

 Ruptura da parte rosqueada


𝑨𝒃𝒆∗𝒇𝒖𝒃
𝑵𝒕, 𝑹𝒅 =
𝜰𝒂𝟐

Onde:
𝑨𝒈 = Á𝒓𝒆𝒂 𝒃𝒓𝒖𝒕𝒂 𝒅𝒂 𝒔𝒆çã𝒐 𝒕𝒓𝒂𝒏𝒔𝒗𝒆𝒓𝒔𝒂𝒍 𝒅𝒂 𝒃𝒂𝒓𝒓𝒂;
𝑨𝒃𝒆 = Á𝒓𝒆𝒂 𝒆𝒇𝒆𝒕𝒊𝒗𝒂;
𝒇𝒚 = 𝑹𝒆𝒔𝒊𝒔𝒕ê𝒏𝒄𝒊𝒂 𝒂𝒐 𝒆𝒔𝒄𝒐𝒂𝒎𝒆𝒏𝒕𝒐 𝒅𝒐 𝒂ç𝒐;
𝒇𝒖𝒃 = 𝑹𝒆𝒔𝒊𝒔𝒕ê𝒏𝒄𝒊𝒂 à 𝒓𝒖𝒑𝒕𝒖𝒓𝒂 𝒅𝒐 𝒎𝒂𝒕𝒆𝒓𝒊𝒂𝒍 𝒅𝒂 𝒃𝒂𝒓𝒓𝒂;
𝜰𝒂𝟏 = 𝑪𝒐𝒆𝒇𝒊𝒄𝒊𝒆𝒏𝒕𝒆 𝒅𝒆 𝒑𝒐𝒏𝒅𝒆𝒓𝒂çã𝒐 𝒓𝒆𝒍𝒂𝒄𝒊𝒐𝒏𝒂𝒅𝒐 𝒂𝒐 𝒆𝒔𝒄𝒐𝒂𝒎𝒆𝒏𝒕𝒐;
𝜰𝒂𝟐 = 𝑪𝒐𝒆𝒇𝒊𝒄𝒊𝒆𝒏𝒕𝒆 𝒅𝒆 𝒑𝒐𝒏𝒅𝒆𝒓𝒂çã𝒐 𝒓𝒆𝒍𝒂𝒄𝒊𝒐𝒏𝒂𝒅𝒐 à 𝒓𝒖𝒑𝒕𝒖𝒓𝒂.

 Área efetiva
𝑨𝒃𝒆 = 𝟎, 𝟕𝟓 ∗ 𝑨𝒃

Onde:
𝑨𝒃 = Á𝒓𝒆𝒂 𝒃𝒓𝒖𝒕𝒂 𝒅𝒂 𝒃𝒂𝒓𝒓𝒂.

2.1.1.2 Limitação do índice de esbeltez

Segundo a NBR 8800:2008 o índice de esbeltez (L / Rmín.) de barras submetidas a esforço


axial de tração, exceto barras de tirantes pré-tensionadas ou outras barras que sejam montadas
15

com pré-tensão, não poderá ser superior a 300. O mesmo limite é recomendado para seções
compostas por mais de um perfil, onde estes são separados por chapas espaçadoras (figura 10).

Figura 10 – Barra composta tracionada.

Fonte: NBR 8800:2008.

2.2 Peças submetidas à compressão

Diferente do esforço de tração, que tende a retificar as barras reduzindo o efeito de


imperfeições geométricas iniciais, o esforço de compressão tende a acentuar esse efeito. As
peças comprimidas são encontradas normalmente em componentes de treliças, sistemas de
travejamento e em pilares de sistemas contraventados de edifícios (PFEIL, 2009).

2.2.1 Critérios de dimensionamento

Segundo a NBR 8800:2008, no dimensionamento de peças submetidas à compressão deve ser


atendida a seguinte condição:
𝑵𝒄, 𝑺𝒅 ≤ 𝑵𝒄, 𝑹𝒅

Onde:
𝑵𝒄, 𝑺𝒅 = 𝒇𝒐𝒓ç𝒂 𝒂𝒙𝒊𝒂𝒍 𝒅𝒆 𝒄𝒐𝒎𝒑𝒓𝒆𝒔𝒔ã𝒐 𝒔𝒐𝒍𝒊𝒄𝒊𝒕𝒂𝒏𝒕𝒆 𝒅𝒆 𝒄á𝒍𝒄𝒖𝒍𝒐;
𝑵𝒄, 𝑹𝒅 = 𝒇𝒐𝒓ç𝒂 𝒂𝒙𝒊𝒂𝒍 𝒅𝒆 𝒄𝒐𝒎𝒑𝒓𝒆𝒔𝒔ã𝒐 𝒓𝒆𝒔𝒊𝒔𝒕𝒆𝒏𝒕𝒆 𝒅𝒆 𝒄á𝒍𝒄𝒖𝒍𝒐.
16

Ainda segundo a NBR 8800:2008, a força axial de compressão resistente de cálculo


(Nc,Rd), a ser utilizada no dimensionamento, estando essa associada aos estados-limites últimos
de instabilidade por flexão, por torção ou flexo-torção e de flambagem local, deve ser
determinada pela seguinte expressão:
𝝌 ∗ 𝑸 ∗ 𝑨𝒈 ∗ 𝒇𝒚
𝑵𝒄, 𝑹𝒅 =
𝜰𝒂𝟏

Onde:
𝝌 = 𝑭𝒂𝒕𝒐𝒓 𝒅𝒆 𝒓𝒆𝒅𝒖çã𝒐 𝒂𝒔𝒔𝒐𝒄𝒊𝒂𝒅𝒐 à 𝒓𝒆𝒔𝒊𝒔𝒕ê𝒏𝒄𝒊𝒂 à 𝒄𝒐𝒎𝒑𝒓𝒆𝒔𝒔ã𝒐;
𝑸 = 𝑭𝒂𝒕𝒐𝒓 𝒅𝒆 𝒓𝒆𝒅𝒖çã𝒐 𝒕𝒐𝒕𝒂𝒍 𝒂𝒔𝒔𝒐𝒄𝒊𝒂𝒅𝒐 à 𝒇𝒍𝒂𝒎𝒃𝒂𝒈𝒆𝒎 𝒍𝒐𝒄𝒂𝒍;
𝑨𝒈 = Á𝒓𝒆𝒂 𝒃𝒓𝒖𝒕𝒂 𝒅𝒂 𝒔𝒆çã𝒐 𝒕𝒓𝒂𝒏𝒔𝒗𝒆𝒓𝒔𝒂𝒍 𝒅𝒂 𝒃𝒂𝒓𝒓𝒂;
𝒇𝒚 = 𝑹𝒆𝒔𝒊𝒔𝒕ê𝒏𝒄𝒊𝒂 𝒂𝒐 𝒆𝒔𝒄𝒐𝒂𝒎𝒆𝒏𝒕𝒐 𝒅𝒐 𝒂ç𝒐;
𝜰𝒂𝟏 = 𝑪𝒐𝒆𝒇𝒊𝒄𝒊𝒆𝒏𝒕𝒆 𝒅𝒆 𝒑𝒐𝒏𝒅𝒆𝒓𝒂çã𝒐 𝒓𝒆𝒍𝒂𝒄𝒊𝒐𝒏𝒂𝒅𝒐 𝒂𝒐 𝒆𝒔𝒄𝒐𝒂𝒎𝒆𝒏𝒕𝒐.

2.2.1.1 Fator de redução associado à resistência à compressão (𝜒)

𝟐
 𝒑𝒂𝒓𝒂 𝝀𝒐 ≤ 𝟏, 𝟓: 𝝌 = 𝟎, 𝟔𝟓𝟖𝝀𝒐
𝟎,𝟖𝟕𝟕
 𝒑𝒂𝒓𝒂 𝝀𝒐 > 𝟏, 𝟓: 𝝌 = 𝝀𝒐𝟐

Onde:
𝝀𝒐 = Í𝒏𝒅𝒊𝒄𝒆 𝒅𝒆 𝒆𝒔𝒃𝒆𝒍𝒕𝒆𝒛 𝒓𝒆𝒅𝒖𝒛𝒊𝒅𝒐.

O valor de 𝜒 pode ser obtido também através das figuras 11 e 12, para os casos em que λo
seja menor ou igual a 3,0.
17

Figura 11 – Valor de 𝜒 em função do índice de esbeltez λo.

Fonte: NBR 8800:2008.

Figura 12 – Valor de 𝜒 em função do índice de esbeltez λo.

Fonte: NBR 8800:2008.


18

 Índice de esbeltez reduzido (λo)


𝑸∗𝑨𝒈∗𝒇𝒚
𝝀𝒐 = √ 𝑵𝒆

Onde:
𝑵𝒆 = 𝑭𝒐𝒓ç𝒂 𝒂𝒙𝒊𝒂𝒍 𝒅𝒆 𝒇𝒍𝒂𝒎𝒃𝒂𝒈𝒆𝒎 𝒆𝒍á𝒔𝒕𝒊𝒄𝒂.

 força axial de flambagem elástica (Ne)

A seguir serão apresentados os processos para obtenção da força axial de flambagem


elástica (Ne), conforme prescrições da NBR 8800:2008:

 Seções com dupla simetria ou simétricas em relação a um ponto

-para flambagem por flexão em relação ao eixo central de inércia x da seção


transversal:
𝜫𝟐 ∗ 𝑬 ∗ 𝑰𝒙
𝑵𝒆𝒙 =
(𝑲𝒙 ∗ 𝑳𝒙)𝟐

-para flambagem por flexão em relação ao eixo central de inércia y da seção


transversal:
𝜫𝟐 ∗ 𝑬 ∗ 𝑰𝒚
𝑵𝒆𝒚 =
(𝑲𝒚 ∗ 𝑳𝒚)𝟐

-para flambagem por torção em relação ao eixo longitudinal z:

𝟏 𝜫𝟐 ∗ 𝑬 ∗ 𝑪𝒘
𝑵𝒆𝒛 = ∗ [ + 𝑮 ∗ 𝒋]
𝑹𝒐𝟐 (𝑲𝒛 ∗ 𝑳𝒛)𝟐
Onde:
(Kx*Lx) é o comprimento de flambagem por flexão em relação ao eixo x;
(Ky*Ly) é o comprimento de flambagem por flexão em relação ao eixo y;
(Kz*Lz) é o comprimento de flambagem por torção;
Ix é o momento de inércia da seção transversal em relação ao eixo x;
Iy é o momento de inércia da seção transversal em relação ao eixo y;
E é o módulo de elasticidade do aço;
Cw é a constante de empenamento da seção transversal;
G é o módulo de elasticidade transversal do aço;
J é a constante de torção da seção transversal;
Ro é o raio de giração polar da seção bruta em relação ao centro de cisalhamento, dado
por:
𝑹𝒐 = √𝑹𝒙𝟐 + 𝑹𝒚𝟐 + 𝒙𝒐𝟐 + 𝒚𝒐𝟐

Onde Rx e Ry são os raios de giração em relação aos eixos centrais x e y,


respectivamente, e xo e yo são as coordenadas do centro de cisalhamento na direção
dos eixos centrais x e y, respectivamente, em relação ao centro geométrico da seção.

 Seções monossimétricas (cujo eixo y é o eixo de simetria), exceto o caso de


cantoneiras simples conectadas por uma aba conforme alínea d)

- para flambagem elástica por flexão em relação ao eixo central de inércia x da seção
19

transversal:
𝜫𝟐 ∗ 𝑬 ∗ 𝑰𝒙
𝑵𝒆𝒙 =
(𝑲𝒙 ∗ 𝑳𝒙)𝟐

-para flambagem elástica por flexo-torção:

𝒚𝒐 𝟐
𝑵𝒆𝒚 + 𝑵𝒆𝒛 𝟒 ∗ 𝑵𝒆𝒚 ∗ 𝑵𝒆𝒛 ∗ [𝟏 − ( ) ]
√ 𝑹𝒐
𝑵𝒆𝒚𝒛 = ∗ 𝟏− 𝟏−
𝒚𝒐 𝟐 (𝑵𝒆𝒚 + 𝑵𝒆𝒛)𝟐
𝟐 ∗ [𝟏 − ( ) ]
𝑹𝒐
[ ]

Onde Ney e Nez são as forças axiais de flambagem elástica, obtidos conforme
apresentado anteriormente.

 Seções assimétricas (sem nenhum eixo de simetria), exceto o caso de


cantoneiras simples conectadas por uma aba conforme alínea d), é dada pela menor das
raízes da seguinte equação cúbica:
𝒙𝒐 𝟐 𝒚𝒐 𝟐
(𝑵𝒆 − 𝑵𝒆𝒙) ∗ (𝑵𝒆 − 𝑵𝒆𝒚) ∗ (𝑵𝒆 − 𝑵𝒆𝒛) − 𝑵𝒆𝟐 ∗ (𝑵𝒆 − 𝑵𝒆𝒚) ∗ ( ) − 𝑵𝒆𝟐 ∗ (𝑵𝒆 − 𝑵𝒆𝒙) ∗ ( ) = 𝟎
𝑹𝒐 𝑹𝒐

 Cantoneiras simples conectadas por uma aba

Os efeitos da excentricidade da força de compressão atuante em uma cantoneira


simples podem ser considerados por meio de um comprimento de flambagem
equivalente, desde que essa cantoneira:

-seja carregada nas extremidades pela mesma aba;


-seja conectada por solda ou por pelo menos dois parafusos na direção da solicitação;
-não esteja solicitada por ações transversais intermediárias.

𝜫𝟐 ∗ 𝑬 ∗ 𝑰𝒙𝟏
𝑵𝒆𝒙 =
(𝑲𝒙𝟏 ∗ 𝑳𝒙𝟏)𝟐
Onde:
Ix1 é o momento de inércia da seção transversal em relação ao eixo que passa pelo
centro geométrico e é paralelo à aba conectada;
(Kx1*Lx1) é o comprimento de flambagem equivalente e deve ser calculado de acordo
os itens E.1.4.2 ou E.1.4.3 da NBR 8800:2008, o que for aplicável.

2.2.1.1.1 Valores do coeficiente de flambagem por flexão

De acordo com a NBR 8800:2008, na figura 13 são fornecidos os valores teóricos do


coeficiente de flambagem por flexão, Kx ou Ky, que serão utilizados na verificação da força
axial de flambagem elástica. Na hipótese de não se garantir a perfeição do engaste, deverão ser
utilizados os valores recomendados.
20

Figura 13 – Coeficiente de flambagem por flexão de elementos isolados.

Fonte: NBR 8800:2008.

2.2.1.1.2 Valores do coeficiente de flambagem por torção

Segundo a NBR 8800:2008, o coeficiente de flambagem por torção, Kz, deverá ser obtido
mediante análise estrutural, ou poderá ser adotado simplificadamente da seguinte forma:

 1,00, quando ambas as extremidades da barra possuírem rotação em torno do


eixo longitudinal impedida e empenamento livre;
 2,00, quando uma das extremidades da barra possuir rotação em torno do eixo
longitudinal e empenamento livres e, a outra extremidade, rotação e empenamento
impedidos.

2.2.1.2 Flambagem local de barras axialmente comprimidas

De acordo com a NBR 8800:2008 os elementos que compõem a seção transversal de barras
axialmente comprimidas, excetuando-se as seções tubulares circulares, para efeito de análise
21

local, são classificados em AA (duas bordas longitudinais apoiadas) e AL (apenas uma borda
longitudinal apoiada). As barras submetidas a esforço axial de compressão, nas quais os
elementos que compõem a seção transversal possuem relações b/t superiores aos valores de
(b/t)lim dados na figura 13, têm o fator de redução total associado à flambagem local (Q) dado
por:
𝑸 = 𝑸𝒔 ∗ 𝑸𝒂
Onde:
𝑸 = 𝑭𝒂𝒕𝒐𝒓 𝒅𝒆 𝒓𝒆𝒅𝒖çã𝒐 𝒒𝒖𝒆 𝒍𝒆𝒗𝒂 𝒆𝒎 𝒄𝒐𝒏𝒕𝒂 𝒂 𝒇𝒍𝒂𝒎𝒃𝒂𝒈𝒆𝒎 𝒍𝒐𝒄𝒂𝒍 𝒅𝒐𝒔 𝒆𝒍𝒆𝒎𝒆𝒏𝒕𝒐𝒔 𝑨𝑳
𝑸𝒂
= 𝑭𝒂𝒕𝒐𝒓 𝒅𝒆 𝒓𝒆𝒅𝒖çã𝒐 𝒒𝒖𝒆 𝒍𝒆𝒗𝒂 𝒆𝒎 𝒄𝒐𝒏𝒕𝒂 𝒂 𝒇𝒍𝒂𝒎𝒃𝒂𝒈𝒆𝒎 𝒍𝒐𝒄𝒂𝒍 𝒅𝒐𝒔 𝒆𝒍𝒆𝒎𝒆𝒏𝒕𝒐𝒔 𝑨𝑨.

As expressões para o cálculo dos fatores de redução Qs e Qa, estão contidas na figura 15.
Caso a relação b/t dos elementos AL ou AA seja menor que os valores de (b/t)lim expressos na
figura 14, os fatores de redução terão os valores igual a 1,00.

Figura 14 – Limites de relação largura/espessura.

Fonte: (Souza, 2009).


22

Figura 15 – Expressões para o cálculo do fator de redução (Q).

Fonte: (Souza, 2009).

2.2.1.3 Limitação do índice de esbeltez

Segundo a NBR 8800:2008 o índice de esbeltez (KL / Rmín.) de barras submetidas a esforço
axial de compressão, não poderá ser superior a 200. É recomendado para seções compostas por
mais de um perfil, estando estes em contato ou separados por chapas espaçadoras, a ligação entre
esses perfis de modo que o índice de esbeltez L/R de qualquer perfil, entre duas ligações
23

vizinhas, não seja superior a 50% do índice de esbeltez da seção composta (KL / R).

Figura 16 –Barra composta comprimida.

Fonte: NBR 8800:2008.

2.3 Peças submetidas à flexão simples

De acordo com Pfeil e Pfeil (2009), no dimensionamento de peças submetidas à flexão


simples, deve-se garantir a resistência da barra ao momento fletor e ao esforço cortante, além de
verificar os deslocamentos no estado limite de serviço.
Segundo Souza (2009), os estados limites últimos aplicáveis no dimensionamento de
elementos submetidos à flexão simples são:

 Flambagem lateral com torção (FLT)


 Flambagem local da mesa (FLM)
 Flambagem local da alma (FLA)

O momento fletor resistente de cálculo será o menor dentre os três calculados (FLT, FLM e
FLA).
24

2.3.1 Critérios de dimensionamento

Conforme a NBR 8800:2008, no dimensionamento de peças submetidas a momento fletor


e força cortante, devem ser atendidas as seguintes condições:

𝑴𝒔𝒅 ≤ 𝑴𝑹𝒅
𝑽𝒔𝒅 ≤ 𝑽𝑹
Onde:
𝑴𝒔𝒅 = 𝒎𝒐𝒎𝒆𝒏𝒕𝒐 𝒇𝒍𝒆𝒕𝒐𝒓 𝒔𝒐𝒍𝒊𝒄𝒊𝒕𝒂𝒏𝒕𝒆 𝒅𝒆 𝒄á𝒍𝒄𝒖𝒍𝒐;
𝑽𝒔𝒅 = 𝒇𝒐𝒓ç𝒂 𝒄𝒐𝒓𝒕𝒂𝒏𝒕𝒆 𝒔𝒐𝒍𝒊𝒄𝒊𝒕𝒂𝒏𝒕𝒆 𝒅𝒆 𝒄á𝒍𝒄𝒖𝒍𝒐;
𝑴𝑹𝒅 = 𝒎𝒐𝒎𝒆𝒏𝒕𝒐 𝒇𝒍𝒆𝒕𝒐𝒓 𝒓𝒆𝒔𝒊𝒔𝒕𝒆𝒏𝒕𝒆 𝒅𝒆 𝒄á𝒍𝒄𝒖𝒍𝒐;
𝑽𝑹𝒅 = 𝒇𝒐𝒓ç𝒂 𝒄𝒐𝒓𝒕𝒂𝒏𝒕𝒆 𝒓𝒆𝒔𝒊𝒔𝒕𝒆𝒏𝒕𝒆 𝒅𝒆 𝒄á𝒍𝒄𝒖𝒍𝒐;

2.3.1.1 Momento fletor resistente de cálculo para vigas de alma não-esbelta

Segundo a NBR 8800 (2008, p.130) “Vigas de alma não-esbelta são aquelas constituídas
por seções I, H, U, caixão e tubulares retangulares, cujas almas, quando perpendiculares ao eixo
de flexão, têm parâmetro de esbeltez λ inferior ou igual a λr [...]”.

2.3.1.1.1 Momento fletor resistente de cálculo devido a FLT

De acordo com a NBR 8800:2008, para os tipos de seção e eixos de flexão expressos na
figura 16, para o estado-limite FLT, o momento fletor resistente de cálculo é dado pelas
expressões a seguir:

𝑴𝒑𝒍
 𝑴𝑹𝒅 = 𝜰𝒂𝟏 , 𝒑𝒂𝒓𝒂 𝝀 ≤ 𝝀𝒑 → 𝑴𝒑𝒍 = 𝒁𝒙 ∗ 𝒇𝒚
𝑪𝒃 𝝀−𝝀𝒑 𝑴𝒑𝒍
 𝑴𝑹𝒅 = 𝜰𝒂𝟏 ∗ [𝑴𝒑𝒍 − (𝑴𝒑𝒍 − 𝑴𝒓) ∗ (𝝀𝒓−𝝀𝒑)] ≤ 𝜰𝒂𝟏 , 𝒑𝒂𝒓𝒂 𝝀𝒑 < 𝝀 ≤ 𝝀𝒓
25

𝑴𝒄𝒓 𝑴𝒑𝒍
 𝑴𝑹𝒅 = 𝜰𝒂𝟏 ≤ 𝜰𝒂𝟏 , 𝒑𝒂𝒓𝒂 𝝀 > 𝝀𝒓

Onde:
𝑴𝒑𝒍 = 𝒎𝒐𝒎𝒆𝒏𝒕𝒐 𝒇𝒍𝒆𝒕𝒐𝒓 𝒅𝒆 𝒑𝒍𝒂𝒔𝒕𝒊𝒇𝒊𝒄𝒂çã𝒐 𝒅𝒂 𝒔𝒆çã𝒐;
𝑴𝒓 = 𝒎𝒐𝒎𝒆𝒏𝒕𝒐 𝒇𝒍𝒆𝒕𝒐𝒓 𝒄𝒐𝒓𝒓𝒆𝒔𝒑𝒐𝒏𝒅𝒆𝒏𝒕𝒆 𝒂𝒐 𝒊𝒏í𝒄𝒊𝒐 𝒅𝒆 𝒆𝒔𝒄𝒐𝒂𝒎𝒆𝒏𝒕𝒐;
𝑴𝒄𝒓 = 𝒎𝒐𝒎𝒆𝒏𝒕𝒐 𝒇𝒍𝒆𝒕𝒐𝒓 𝒅𝒆 𝒇𝒍𝒂𝒎𝒃𝒂𝒈𝒆𝒎 𝒆𝒍á𝒔𝒕𝒊𝒄𝒂;
𝝀 = 𝑷𝒂𝒓â𝒎𝒆𝒕𝒓𝒐 𝒅𝒆 𝒆𝒔𝒃𝒆𝒍𝒕𝒆𝒛 𝒅𝒂 𝒔𝒆çã𝒐;
𝝀𝒑 = 𝑷𝒂𝒓â𝒎𝒆𝒕𝒓𝒐 𝒅𝒆 𝒆𝒔𝒃𝒆𝒍𝒕𝒆𝒛 𝒄𝒐𝒓𝒓𝒆𝒔𝒑𝒐𝒏𝒅𝒆𝒏𝒕𝒆 à 𝒑𝒍𝒂𝒔𝒕𝒊𝒇𝒊𝒄𝒂çã𝒐;
𝝀𝒓 = 𝑷𝒂𝒓â𝒎𝒆𝒕𝒓𝒐 𝒅𝒆 𝒆𝒔𝒃𝒆𝒍𝒕𝒆𝒛 𝒄𝒐𝒓𝒓𝒆𝒔𝒑𝒐𝒏𝒅𝒆𝒏𝒕𝒆 𝒂𝒐 𝒊𝒏í𝒄𝒊𝒐 𝒅𝒆 𝒆𝒔𝒄𝒐𝒂𝒎𝒆𝒏𝒕𝒐;
𝒇𝒚 = 𝒓𝒆𝒔𝒊𝒔𝒕ê𝒏𝒄𝒊𝒂 𝒂𝒐 𝒆𝒔𝒄𝒐𝒂𝒎𝒆𝒏𝒕𝒐 𝒅𝒐 𝒂ç𝒐;
𝜰𝒂𝟏 = 𝒄𝒐𝒆𝒇𝒊𝒄𝒊𝒆𝒏𝒕𝒆 𝒅𝒆 𝒑𝒐𝒏𝒅𝒆𝒓𝒂çã𝒐 𝒓𝒆𝒍𝒂𝒄𝒊𝒐𝒏𝒂𝒅𝒐 𝒂𝒐 𝒆𝒔𝒄𝒐𝒂𝒎𝒆𝒏𝒕𝒐;
𝒁𝒙 = 𝑴ó𝒅𝒖𝒍𝒐 𝒅𝒆 𝒓𝒆𝒔𝒊𝒔𝒕ê𝒏𝒄𝒊𝒂 𝒑𝒍á𝒔𝒕𝒊𝒄𝒐;
𝑪𝒃 = 𝒇𝒂𝒕𝒐𝒓 𝒅𝒆 𝒎𝒐𝒅𝒊𝒇𝒊𝒄𝒂çã𝒐 𝒑𝒂𝒓𝒂 𝒅𝒊𝒂𝒈𝒓𝒂𝒎𝒂 𝒅𝒆 𝒎𝒐𝒎𝒆𝒏𝒕𝒐 𝒇𝒍𝒆𝒕𝒐𝒓 𝒏ã𝒐 𝒖𝒏𝒊𝒇𝒐𝒓𝒎𝒆.

Para determinação do momento fletor resistente de cálculo para o estado-limite FLT, caso
o diagrama de momento não seja uniforme é necessário que se calcule o fator de modificação do
diagrama (Cb), dado por:

𝟏𝟐, 𝟓 ∗ 𝑴𝒎á𝒙
𝑪𝒃 = ≤ 𝟑, 𝟎
𝟐, 𝟓 ∗ 𝑴𝒎á𝒙 + 𝟑 ∗ 𝑴𝒂 + 𝟒 ∗ 𝑴𝒃 + 𝟑 ∗ 𝑴𝒄
Onde:
𝑴𝒎á = 𝒎𝒐𝒎𝒆𝒏𝒕𝒐 𝒎á𝒙𝒊𝒎𝒐 𝒔𝒐𝒍𝒊𝒄𝒊𝒕𝒂𝒏𝒕𝒆 𝒅𝒆 𝒄á𝒍𝒄𝒖𝒍𝒐, 𝒏𝒐 𝒄𝒐𝒎𝒑𝒓𝒊𝒎𝒆𝒏𝒕𝒐 𝒅𝒆𝒔𝒕𝒓𝒂𝒗𝒂𝒅𝒐
𝑴𝒂 = 𝒎𝒐𝒎𝒆𝒏𝒕𝒐 𝒔𝒐𝒍𝒊𝒄𝒊𝒕𝒂𝒏𝒕𝒆 𝒅𝒆 𝒄á𝒍𝒄𝒖𝒍𝒐, 𝒂 𝒖𝒎 𝒒𝒖𝒂𝒓𝒕𝒐 𝒅𝒂 𝒆𝒙𝒕𝒓𝒆𝒎𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆 𝒆𝒔𝒒𝒖𝒆𝒓𝒅𝒂;
𝑴𝒃 = 𝒎𝒐𝒎𝒆𝒏𝒕𝒐 𝒔𝒐𝒍𝒊𝒄𝒊𝒕𝒂𝒏𝒕𝒆 𝒅𝒆 𝒄á𝒍𝒄𝒖𝒍𝒐, 𝒔𝒊𝒕𝒖𝒂𝒅𝒐 𝒏𝒂 𝒔𝒆çã𝒐 𝒄𝒆𝒏𝒕𝒓𝒂𝒍;
𝑴𝒄 = 𝒎𝒐𝒎𝒆𝒏𝒕𝒐 𝒔𝒐𝒍𝒊𝒄𝒊𝒕𝒂𝒏𝒕𝒆 , 𝒂 𝒕𝒓ê𝒔 𝒒𝒖𝒂𝒓𝒕𝒐𝒔 𝒅𝒂 𝒆𝒙𝒕𝒓𝒆𝒎𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆 𝒆𝒔𝒒𝒖𝒆𝒓𝒅𝒂;

2.3.1.1.2 Momento fletor resistente de cálculo devido a FLM e FLA

De acordo com a NBR 8800:2008, para os tipos de seção e eixos de flexão expressos na
figura 17, para os estados-limites FLM e FLA, o momento fletor resistente de cálculo é dado
pelas expressões a seguir:
26

𝑴𝒑𝒍
 𝑴𝑹𝒅 = 𝜰𝒂𝟏 , 𝒑𝒂𝒓𝒂 𝝀 ≤ 𝝀𝒑 → 𝑴𝒑𝒍 = 𝒁𝒙 ∗ 𝒇𝒚
𝟏 𝝀−𝝀𝒑
 𝑴𝑹𝒅 = 𝜰𝒂𝟏 ∗ [𝑴𝒑𝒍 − (𝑴𝒑𝒍 − 𝑴𝒓) ∗ (𝝀𝒓−𝝀𝒑)] , 𝒑𝒂𝒓𝒂 𝝀𝒑 < 𝝀 ≤ 𝝀𝒓
𝑴𝒄𝒓
 𝑴𝑹𝒅 = 𝜰𝒂𝟏 , 𝒑𝒂𝒓𝒂 𝝀 > 𝝀𝒓 (𝒏ã𝒐 𝒂𝒑𝒍𝒊𝒄á𝒗𝒆𝒍 à 𝑭𝑳𝑨)

Figura 17 –Parâmetros referentes ao momento fletor resistente.

Fonte: NBR 8800:2008.


27

De acordo com a NBR 8800:2008, as notas relacionadas com a figura 17 são as seguintes:

𝟏,𝟑𝟖∗√𝑰𝒚∗𝑱 𝜷𝟏𝟐
1) 𝝀𝒓 = ∗ √𝟏 + √𝟏 + 𝟐𝟕 ∗ 𝑪𝒘 ∗
𝑹𝒚∗𝑱∗𝜷𝟏 𝑰𝒚

𝑪𝒃 ∗ 𝜫𝟐 ∗ 𝑬 ∗ 𝑰𝒚 𝑪𝒘 𝑳𝒃𝟐
𝑴𝒄𝒓 = ∗ √ ∗ (𝟏 + 𝟎, 𝟎𝟑𝟗 ∗ 𝑱 ∗ )
𝑳𝒃𝟐 𝑰𝒚 𝑪𝒘

(𝒇𝒚 − 𝝈𝒓) ∗ 𝑾
𝜷𝟏 =
𝑬∗𝑱

𝟏,𝟑𝟖∗√𝑰𝒚∗𝑱 𝜷𝟏𝟐
2) 𝝀𝒓 = ∗ √𝜷𝟐 + √𝜷𝟐² + 𝟐𝟕 ∗ 𝑪𝒘 ∗
𝑹𝒚𝒄∗𝑱∗𝜷𝟏 𝑰𝒚

𝑪𝒃 ∗ 𝜫𝟐 ∗ 𝑬 ∗ 𝑰𝒚 𝟐
𝑪𝒘 𝑳𝒃𝟐
𝑴𝒄𝒓 = ∗ [𝜷𝟑 + √𝜷𝟑 + ∗ (𝟏 + 𝟎, 𝟎𝟑𝟗 ∗ 𝑱 ∗ )]
𝑳𝒃𝟐 𝑰𝒚 𝑪𝒘

(𝒇𝒚 − 𝝈𝒓) ∗ 𝑾𝒄
𝜷𝟏 =
𝑬∗𝑱
𝜷𝟐 = 𝟓, 𝟐 ∗ 𝜷𝟏 ∗ 𝜷𝟑 + 𝟏
𝒕𝒇𝒔 + 𝒕𝒇𝒊 𝜶𝒚 − 𝟏
𝜷𝟑 = 𝟎, 𝟒𝟓 ∗ (𝒅 − )∗( ) , 𝜶 𝒄𝒐𝒏𝒇𝒐𝒓𝒎𝒆 𝒏𝒐𝒕𝒂 𝟗.
𝟐 𝜶𝒚 + 𝟏

3) O estado-limite FLA aplica-se só à alma da seção U, quando comprimida pelo momento


fletor. Para seções U, o estado-limite FLM aplica-se somente quando a extremidade livre
das mesas for comprimida pelo momento fletor.

4) Wef é o módulo de resistência mínimo elástico, relativo ao eixo de flexão, para uma
seção que tem uma mesa comprimida (ou alma comprimida no caso de perfil U fletido
em relação ao eixo de menor inércia) de largura igual a bef, dada por F.3.2, com 𝜎 igual
a fy. Em alma comprimida de seção U fletida em relação ao eixo de menor momento de
inércia, b = h, t = tw e bef = hef.

5) A tensão residual de compressão nas mesas, 𝜎r, deve ser tomada igual a 30% da
resistência ao escoamento do aço utilizado.
28

𝟎,𝟔𝟗∗𝑬∗𝑾𝒄 𝑬
6) Para perfis laminados: 𝑴𝒄𝒓 = , 𝝀𝒓 = 𝟎, 𝟖𝟑 ∗ √𝒇𝒚−𝝈𝒓
𝝀𝟐

𝟎,𝟗∗𝑬∗𝑲𝒄∗𝑾𝒄 𝑬
Para perfis soldados: 𝑴𝒄𝒓 = , 𝝀𝒓 = 𝟎, 𝟗𝟓 ∗ √(𝒇𝒚−𝝈𝒓)/𝑲𝒄
𝝀𝟐

𝟒
𝑲𝒄 = → 𝟎, 𝟑𝟓 ≤ 𝑲𝒄 ≤ 𝟎, 𝟕𝟔
𝒉

𝒕𝒘

7) O estado-limite FLT só é aplicável quando o eixo de flexão for o de maior momento de


inércia.

8) b/t é a relação entre largura e espessura aplicável à mesa do perfil; no caso de seções I e
H com um eixo de simetria, b/t refere-se à mesa comprimida (para mesas de seções I e
H, b é a metade da largura total, para mesas de seções U, a largura total, para seções
tubulares retangulares, a largura da parte plana e para perfis caixão, a distância livre entre
almas).

9) Para essas seções, devem ser obedecidas as seguintes limitações:

𝟏 𝑰𝒚𝒄
a) ≤ 𝜶𝒚 ≤ 𝟗, 𝒄𝒐𝒎 𝜶𝒚 =
𝟗 𝑰𝒚𝒕

b) A soma das áreas da menor mesa e da alma deve ser superior à área da maior mesa.

𝑬
10) Para seções-caixão: 𝝀𝒑 = 𝟑, 𝟕𝟔 ∗ √𝒇𝒚

𝑬
Para seções tubulares retangulares: 𝝀𝒑 = 𝟐, 𝟒𝟐 ∗ √𝒇𝒚

2.3.1.2 Força cortante resistente de cálculo

De acordo com a NBR 8800:2008, em seções I, H e U fletidas em relação ao eixo de maior


momento de inércia, a força cortante resistente de cálculo, VRd, é dada por:

𝑽𝒑𝒍
 𝑽𝑹𝒅 = 𝜰𝒂𝟏 , 𝒑𝒂𝒓𝒂 𝝀 ≤ 𝝀𝒑
29

𝝀𝒑∗𝑽𝒑𝒍
 𝑽𝑹𝒅 = , 𝒑𝒂𝒓𝒂 𝝀𝒑 < 𝝀 ≤ 𝝀𝒓
𝝀∗𝜰𝒂𝟏

𝝀𝒑 𝟐 𝑽𝒑𝒍
 𝑽𝑹𝒅 = 𝟏, 𝟐𝟒 ∗ ( 𝝀 ) ∗ 𝜰𝒂𝟏 , 𝒑𝒂𝒓𝒂 𝝀 > 𝝀𝒓

Onde:
𝒉
→𝝀=
𝒕𝒘

(𝑲𝒗 ∗ 𝑬)
→ 𝝀𝒑 = 𝟏, 𝟏 ∗ √
𝒇𝒚

(𝑲𝒗 ∗ 𝑬)
→ 𝝀𝒓 = 𝟏, 𝟑𝟕 ∗ √
𝒇𝒚

→ 𝑲𝒗 = 𝟓, 𝟎 𝒑𝒂𝒓𝒂 𝒂𝒍𝒎𝒂𝒔 𝒔𝒆𝒎 𝒆𝒏𝒓𝒊𝒋𝒆𝒄𝒆𝒅𝒐𝒓𝒆𝒔 𝒕𝒓𝒂𝒏𝒔𝒗𝒆𝒓𝒔𝒂𝒊𝒔


→ 𝑽𝒑𝒍 = 𝟎, 𝟔𝟎 ∗ 𝑨𝒘 ∗ 𝒇𝒚
→ 𝑨𝒘 = 𝒅 ∗ 𝒕𝒘

𝑽𝒑𝒍
= 𝒇𝒐𝒓ç𝒂 𝒄𝒐𝒓𝒕𝒂𝒏𝒕𝒆 𝒄𝒐𝒓𝒓𝒆𝒔𝒑𝒐𝒏𝒅𝒆𝒏𝒕𝒆 à 𝒑𝒍𝒂𝒔𝒕𝒊𝒇𝒊𝒄𝒂çã𝒐 𝒅𝒂 𝒂𝒍𝒎𝒂 𝒑𝒐𝒓 𝒄𝒊𝒔𝒂𝒍𝒉𝒂𝒎𝒆𝒏𝒕𝒐;
𝒉 = 𝒂𝒍𝒕𝒖𝒓𝒂 𝒅𝒂 𝒂𝒍𝒎𝒂;
𝒕𝒘 = 𝒆𝒔𝒑𝒆𝒔𝒔𝒖𝒓𝒂 𝒅𝒂 𝒂𝒍𝒎𝒂;
𝑨𝒘 = á𝒓𝒆𝒂 𝒆𝒇𝒆𝒕𝒊𝒗𝒂 𝒅𝒆 𝒄𝒊𝒔𝒂𝒍𝒉𝒂𝒎𝒆𝒏𝒕𝒐;
𝒅 = 𝒂𝒍𝒕𝒖𝒓𝒂 𝒕𝒐𝒕𝒂𝒍 𝒅𝒂 𝒔𝒆çã𝒐 𝒕𝒓𝒂𝒏𝒔𝒗𝒆𝒓𝒔𝒂𝒍;
𝑨𝒘 = á𝒓𝒆𝒂 𝒆𝒇𝒆𝒕𝒊𝒗𝒂 𝒅𝒆 𝒄𝒊𝒔𝒂𝒍𝒉𝒂𝒎𝒆𝒏𝒕𝒐;

2.3.1.2 Deslocamentos máximos

Segundo a NBR 8800:2008 os deslocamentos máximos permitidos para elementos formados


por estrutura metálica, estão expressos na figura 18.
30

Figura 18 –Deslocamentos máximos.

Fonte: NBR 8800:2008.


31

3 ANÁLISE ESTRUTURAL E DIMENSIONAMENTO

Neste capítulo serão apresentados os processos de análise estrutural e dimensionamento


dos elementos que compõem um galpão industrial.

3.1 Ações

Para que seja feito o dimensionamento dos elementos que compõem uma estrutura é
necessário que se faça o levantamento de todas as ações que atuarão na edificação, feito isso,
realiza-se as combinações das ações para que se obtenha a envoltória de esforços. Para o
levantamento das ações foram utilizadas as recomendações da NBR 8800/2008 e consultas a
catálogos de fabricantes.

3.1.1 Ações permanentes

As ações permanentes são formadas pelo peso próprio dos elementos que constituem a
edificação. As cargas consideradas para os elementos do galpão em estudo estão descritas a
seguir:
 Telhas – 5 kg/m²
 Terças + tirantes – 7 kg/m² (dimensionamento das terças)
 Terças + tirantes – 10 kg/m² (dimensionamento dos pórticos)
 Contraventamentos – 5 kg/m²
 Vigas e colunas – 20 kg/m²
32

3.1.2 Ações variáveis

As ações variáveis serão formadas pela sobrecarga na cobertura e pela ação do vento
sobre a edificação.

3.1.2.1 Sobrecarga

A sobrecarga a ser utilizada no dimensionamento de coberturas pode ser obtida através


do item B.5.1 da NBR 8800/2008, onde a mesma estabelece uma sobrecarga característica
mínima de 0,25 KN/m², em projeção horizontal.

3.1.2.2 Vento

O processo para obtenção das forças devida ao vento será descrito a seguir conforme
prescrições da NBR 6123/1988.

3.1.2.2.1 Velocidade básica do vento

Através da consulta ao mapa de isopletas do Brasil (figura 20), encontra-se uma velocidade
básica V0 = 30 m/s, velocidade correspondente a região onde será construído o galpão (Vitória
da Conquista – BA).
33

Figura 20 – Mapa de isopletas do Brasil.

Fonte: Catálogo OLGA COLOR.

3.1.2.2.2 Fator topográfico (S1)

Através das características da região pode-se considerar o terreno como plano ou fracamente
acidentado, sendo assim, S1 = 1,00.

3.1.2.2.3 Fator rugosidade do terreno (S2)

De acordo com os itens 5.3.1 e 5.3.2 da NBR 6123/1988 a edificação pode ser
classificada como categoria IV (zona industrial e cota média dos obstáculos igual a 10 m) e
classe C (maior dimensão excede 50 m).
34

𝑍 𝑝 7 0,135
𝑆2 = 𝑏 ∗ 𝐹𝑟 ∗ ( ) = 0,84 ∗ 0,95 ∗ ( ) = 0,76
10 10

3.1.2.2.4 Fator rugosidade do terreno (S3)

De acordo com a tabela 3 da NBR 6123/1988 a edificação enquadra-se no grupo 3


(edificações e instalações industriais com baixo fator de ocupação), sendo assim, S3 = 0,95.

3.1.2.2.5 Velocidade característica (Vk)

É a velocidade do vento em torno da edificação e é influenciada pelos fatores calculados


anteriormente.

𝑉𝑘 = 𝑉0 ∗ 𝑆1 ∗ 𝑆2 ∗ 𝑆3 = 30 ∗ 1,00 ∗ 0,76 ∗ 0,95 = 21,66 𝑚/𝑠

3.1.2.2.6 Pressão dinâmica (q)

Obtida através da velocidade característica do vento.

𝑁 𝐾𝑁
𝑞 = 0,613 ∗ 𝑉𝑘 2 = 0,613 ∗ 21,662 = 287,59 2
= 0,288 2
𝑚 𝑚
35

3.1.2.2.7 Coeficientes de pressão e de forma externos (Cpe)

Os coeficientes de pressão e de forma externos foram obtidos conforme tabelas 4 e 5 da


NBR 6123/1988. O Cpe médio para as paredes dado nas referidas tabelas é igual a -1,0.

Figura 21 – Coeficientes de pressão e de forma externos para as paredes.

Fonte: Visual Ventos.

Figura 22 – Coeficientes de pressão e de forma externos para a cobertura.

Fonte: Visual Ventos.


36

3.1.2.2.8 Coeficiente de pressão interna (Cpi)

O coeficiente de pressão interna foi obtido de acordo com o item 6.2 da NBR 6123/1988.
Será considerado o caso de duas faces opostas igualmente permeáveis e as demais impermeáveis.
Neste caso, serão necessárias duas verificações, uma para Cpi = + 0,2 e outra para Cpi = - 0,3.

Figura 23 – Combinação dos coeficientes de pressão (Vento 0º).

Fonte: Visual Ventos.

Figura 24 – Combinação dos coeficientes de pressão (Vento 90º).

Fonte: Visual Ventos.

3.1.2.1.9 Força resultante devida ao vento (F)

As forças finais devidas ao vento para cada parte da edificação podem ser calculadas de
acordo com a equação a seguir:
𝐹 = (𝐶𝑝𝑒 − 𝐶𝑝𝑖) ∗ 𝑞 ∗ 𝐿𝑖
37

Será escolhido um caso crítico para vento 0º e outro para vento 90º, os mesmos estão
expressos nas figuras 25 e 26.

Figura 25 – Caso crítico de carregamento para vento 0º.

Fonte: Visual Ventos.

Figura 26 – Caso crítico de carregamento para vento 90º

Fonte: Visual Ventos.

3.2 Dimensionamento das telhas de cobertura

Para a verificação das telhas é necessário que se faça o levantamento dos carregamentos
e em seguida uma consulta a catálogos técnicos para que se obtenha o vão máximo para a mesma.
38

3.2.1 Ações consideradas

 Ação permanente
𝐾𝑁
o Peso próprio → 5 kg/m² = 0,05 𝑚2

 Ações variáveis
𝐾𝑁
o Sobrecarga → 0,25 𝑚2
𝐾𝑁
o Vento → 𝑞 ∗ 𝐶𝑝𝑒(𝑚é𝑑𝑖𝑜) = 0,288 ∗ (−1,4) = −0,403
𝑚2

3.2.2 Combinações das ações (ELU)

𝐾𝑁
 𝑁𝑑1 = 1,25 ∗ 0,05 + 1,5 ∗ 0,25 = 0,44 𝑚2
𝐾𝑁
 𝑁𝑑2 = 1,00 ∗ 0,05 + 1,4 ∗ (−0,403) = −0,51 𝑚2

Será adotado uma distância entre terças de 2,5 m, nessas condições a telha metálica
sobre 3 apoios de acordo com o manual técnico de telhas de aço da ABCEM, suportará uma
carga de 0,78 KN/m², sendo uma carga superior a solicitante que foi de 0,51 KN/m².

3.3 Dimensionamento das terças de cobertura

3.3.1 Ações consideradas

 Ações permanentes
𝐾𝑁
o Peso próprio das terças + tirantes → 7 kg/m² = 0,07 𝑚2
𝐾𝑁
o Peso próprio das telhas → 5 kg/m² = 0,05 𝑚2

 Ações variáveis
𝐾𝑁
o Sobrecarga → 0,25 𝑚2
39

𝐾𝑁
o Vento → 𝑞 ∗ 𝐶𝑝𝑒(𝑚é𝑑𝑖𝑜) = 0,288 ∗ (−1,4) = −0,403 𝑚2

3.3.2 Combinações das ações (ELU)

As cargas permanentes e a sobrecarga são gravitacionais, neste caso serão decompostas


nas direções x e y da terça. Já a carga de vento é perpendicular ao plano da cobertura, atuando
apenas na direção y da terça.

𝐾𝑁
 𝐶𝑃𝑥 = (0,05 + 0,07) ∗ 2,512 ∗ 𝑠𝑒𝑛(5,71º) = 0,03 𝑚
𝐾𝑁
 𝐶𝑃𝑦 = (0,05 + 0,07) ∗ 2,512 ∗ cos(5,71º) = 0,3 𝑚
𝐾𝑁
 𝑆𝐶𝑥 = 0,25 ∗ 2,512 ∗ 𝑠𝑒𝑛(5,71º) = 0,062 𝑚
𝐾𝑁
 𝑆𝐶𝑦 = 0,25 ∗ 2,512 ∗ cos(5,71º) = 0,625 𝑚
𝐾𝑁
 𝑉𝑦 = −0,403 ∗ 2,512 = −1,01 𝑚
𝐾𝑁
 𝑁𝑑1(𝑥) = 1,25 ∗ 0,03 + 1,5 ∗ 0,062 = 0,13 𝑚
𝐾𝑁
 𝑁𝑑1(𝑦) = 1,25 ∗ 0,3 + 1,5 ∗ 0,625 = 1,31 𝑚
𝐾𝑁
 𝑁𝑑2(𝑥) = 1,00 ∗ 0,03 = 0,03 𝑚
𝐾𝑁
 𝑁𝑑2(𝑦) = 1,00 ∗ 0,3 + 1,4 ∗ (−1,01) = −1,11 𝑚

Conforme item 2.2.1.4 da NBR 6120/1980 as terças deverão ser projetadas a fim de
resistir ao carregamento permanente e a uma carga vertical de 1 KN na posição mais
desfavorável. Pelo fato da terça ser considerada bi apoiada a posição desse carregamento será no
meio do vão.

𝐾𝑛
 𝑁𝑑3(𝑥) = 1,25 ∗ 0,03 + 1 ∗ 𝑠𝑒𝑛(5,71º) = 0,04 + 0,1 𝐾𝑁
𝑚
KN
 𝑁𝑑3(𝑦) = 1,25 ∗ 0,3 + 1 ∗ cos(5,71º) = 0,38 + 1 𝐾𝑁
m

A seguir serão apresentados os diagramas de esforços solicitantes para os 3 casos de


combinações.
40

 Combinação 1 (direção X)

Figura 27 – Reações de apoio.

Fonte: FTOOL.

Figura 28 – Diagrama de esforço cortante.

Fonte: FTOOL.

Figura 29 – Diagrama de momento fletor.

Fonte: FTOOL.
41

 Combinação 1 (direção Y)

Figura 30 – Reações de apoio.

Fonte: FTOOL.

Figura 31 – Diagrama de esforço cortante.

Fonte: FTOOL.

Figura 32 – Diagrama de momento fletor.

Fonte: FTOOL.

 Combinação 2 (direção X)

Figura 33 – Reações de apoio.

Fonte: FTOOL.
42

Figura 34 – Diagrama de esforço cortante.

Fonte: FTOOL.

Figura 35 – Diagrama de momento fletor.

Fonte: FTOOL.

 Combinação 2 (direção Y)

Figura 36 – Reações de apoio.

Fonte: FTOOL.

Figura 37 – Diagrama de esforço cortante.

Fonte: FTOOL.
43

Figura 38 – Diagrama de momento fletor.

Fonte: FTOOL.

 Combinação 3 (direção X)

Figura 39 – Reações de apoio.

Fonte: FTOOL.
Figura 40 – Diagrama de esforço cortante.

Fonte: FTOOL.

Figura 41 – Diagrama de momento fletor.

Fonte: FTOOL.
44

 Combinação 3 (direção Y)

Figura 42 – Reações de apoio.

Fonte: FTOOL.

Figura 43 – Diagrama de esforço cortante.

Fonte: FTOOL.

Figura 44 – Diagrama de momento fletor.

Fonte: FTOOL.

Logo pode-se concluir que a combinação 1 será a crítica e deverá ser utilizada no
dimensionamento da terça de cobertura.

3.3.3 Combinações das ações (ELS)

De acordo com o anexo C, tabela C.1 da NBR 8800/2008 os deslocamentos máximos


permitidos para terças de cobertura são de L/180 considerando-se combinações raras, devendo
45

ser utilizadas as ações variáveis de mesmo sentido da ação permanente e L/120 considerando
apenas as ações variáveis de sentido oposto à ação permanente com seus valores característicos.

 Para L/180 (combinação rara de serviço)


𝐾𝑁
o 𝐹𝑠 = 0,3 + 0,625 = 0,925 𝑚

 Para L/120 (apenas a carga de vento)


𝐾𝑁
o 𝐹𝑠 = −1,01 𝑚

3.3.5 Pré-dimensionamento

De acordo com a bibliografia de galpões para usos gerais do CBCA, para a escolha da
seção da terça pode-se levar em consideração a relação entre a altura do perfil e o vão a ser
vencido, estando essa relação entre L/40 e L/60. Além disso, pode-se verificar também a inércia
necessária através da flecha máxima.

 Relação entre altura do perfil e vão


𝐿 𝐿 600 600
o ≥ 𝑑 ≥ 60 = ≥𝑑≥ = 15 ≥ 𝑑 ≥ 10
40 40 60

Logo a altura da seção estará entre 10 e 15 cm.

 Inércia da seção
5∗𝑝∗𝐿4 600 (5∗0,00925∗6004 )
o 𝑃𝑎𝑟𝑎 𝐿/180 → 𝛿 = 384∗𝐸∗𝐼 → 180 = → 𝐼𝑥 = 234,14 𝑐𝑚4
384∗20000∗𝐼𝑥
5∗𝑝∗𝐿4 600 (5∗0,0101∗6004 )
o 𝑃𝑎𝑟𝑎 𝐿/120 → 𝛿 = 384∗𝐸∗𝐼 → 120 = → 𝐼𝑥 = 170,44 𝑐𝑚4
384∗20000∗𝐼𝑥

Será escolhido o perfil U 152,4 mm x 12,2 kg/m para verificação.

 Características geométricas do perfil:


46

Figura 45 – Perfil U laminado.

Fonte: Catálogo de produtos Gerdau.

𝑘𝑔
∗ 𝑃 = 12,17 𝑚 ∗ 𝐴 = 15,50 𝑐𝑚² ∗ 𝑑 = 152,4 𝑚𝑚 ∗ 𝑡𝑤 = 5,08 𝑚𝑚

∗ 𝑡𝑓 = 8,71 𝑚𝑚 ∗ 𝑏𝑓 = 48,8 𝑚𝑚 ∗ 𝐼𝑥 = 546 𝑐𝑚4 ∗ 𝑊𝑥 = 71,7 𝑐𝑚3


∗ 𝑅𝑥 = 5,94 𝑐𝑚 ∗ 𝑍𝑥 = 84,1 𝑐𝑚³ ∗ 𝐼𝑦 = 28,8 𝑐𝑚4 ∗ 𝑊𝑦 = 8,2 𝑐𝑚³
∗ 𝑅𝑦 = 1,36 𝑐𝑚 ∗ 𝑍𝑦 = 16,3 𝑐𝑚³ ∗ 𝐼𝑡 = 3 𝑐𝑚4 ∗ 𝐶𝑤 = 871 𝑐𝑚6

3.3.6 Verificação da capacidade resistente ao momento fletor em torno do eixo x

 FLT (flambagem lateral com torção)

o Parâmetro de esbeltez do perfil


𝐿𝑏 300
𝜆 = 𝑅𝑦 = 1,36 = 220,59

o Parâmetro de esbeltez correspondente à plastificação da seção


𝐸 20000
𝜆𝑝 = 1,76 ∗ √𝑓𝑦 = 1,76 ∗ √ = 49,78
25

o Parâmetro de esbeltez correspondente ao início de escoamento da seção

1,38∗√𝐼𝑦∗𝐽 𝛽12
𝜆𝑟 = ∗ √1 + √1 + 27 ∗ 𝐶𝑤 ∗
𝑅𝑦∗𝐽∗𝛽1 𝐼𝑦
47

1,38∗ 28,8∗3
√ 0,02091252
𝜆𝑟 = 1,36∗3∗0,0209125 ∗ √1 + √1 + 27 ∗ 871 ∗ = 221,33
28,8

(𝑓𝑦− 𝝈𝑟)∗𝑊 0,7∗ 𝑓𝑦∗𝑊 0,7∗25∗71,7


𝛽1 = = = = 0,0209125 𝑐𝑚−1
𝐸∗𝐽 𝐸∗𝐽 20000∗3

Como λp ≤ λ ≤ λr, então o momento resistente é dado pela equação a seguir:

𝐶𝑏 𝜆−𝜆𝑝 𝑀𝑝𝑙
𝑀𝑅𝑑 = 𝛶𝑎1 ∗ [𝑀𝑝𝑙 − (𝑀𝑝𝑙 − 𝑀𝑟) ∗ 𝜆𝑟−𝜆𝑝] ≤ 𝛶𝑎1
1,14 220,59−49,78 2102,5
𝑀𝑅𝑑 = ∗ [2102,5 − (2102,5 − 1254,75) ∗ 221,33−49,78 ≤
1,1 1,1

𝑀𝑅𝑑 = 1304,17 𝐾𝑁 ∗ 𝑐𝑚 ≤ 1911,36 𝐾𝑁 ∗ 𝑐𝑚


𝑀𝑟𝑑 = 1304,17 𝐾𝑁 ∗ 𝑐𝑚

𝑀𝑝𝑙 = 𝑍𝑥 ∗ 𝑓𝑦 = 84,1 ∗ 25 = 2102,5 𝐾𝑁 ∗ 𝑐𝑚


𝑀𝑟 = (𝑓𝑦 − 𝝈𝑟) ∗ 𝑊 = 0,7 ∗ 𝑓𝑦 ∗ 𝑊 = 0,7 ∗ 25 ∗ 71,7 = 1254,75 𝐾𝑁 ∗ 𝑐𝑚

 FLM (flambagem local da mesa)

o Parâmetro de esbeltez do perfil


𝑏𝑓 48,8
𝜆= = = 5,6
𝑡𝑓 8,71

o Parâmetro de esbeltez correspondente à plastificação da seção


𝐸 20000
𝜆𝑝 = 0,38 ∗ √𝑓𝑦 = 0,38 ∗ √ = 10,75
25

Não será necessário a verificação do parâmetro de esbeltez correspondente ao início de


escoamento da seção, pois λ ≤ λp. Sendo assim, o momento resistente é dado pela equação
abaixo:
𝑀𝑝𝑙 𝑍𝑥 ∗ 𝑓𝑦 84,1 ∗ 25
𝑀𝑅𝑑 = = = = 1911,36 𝐾𝑁 ∗ 𝑐𝑚
𝛶𝑎1 𝛶𝑎1 1,1
48

 FLA (flambagem local da alma)

o Parâmetro de esbeltez do perfil


ℎ (152,4 − 8,71 ∗ 2)
𝜆= = = 26,57
𝑡𝑤 5,08

o Parâmetro de esbeltez correspondente à plastificação da seção


𝐸 20000
𝜆𝑝 = 3,76 ∗ √𝑓𝑦 = 3,76 ∗ √ = 106,35
25

Como λ ≤ λp:

𝑀𝑝𝑙 𝑍𝑥 ∗ 𝑓𝑦 84,1 ∗ 25
𝑀𝑅𝑑 = = = = 1911,36 𝐾𝑁 ∗ 𝑐𝑚
𝛶𝑎1 𝛶𝑎1 1,1

O momento resistente de cálculo em torno do eixo x será o menor dentre os três calculados (FLT,
FLM e FLA), sendo assim:

𝑀𝑅𝑑 = 1304,17 𝐾𝑁 ∗ 𝑐𝑚

3.3.7 Verificação da capacidade resistente ao momento fletor em torno do eixo y

 FLM (flambagem local da mesa)

o Parâmetro de esbeltez do perfil


𝑏𝑓 48,8
𝜆= = = 5,6
𝑡𝑓 8,71

o Parâmetro de esbeltez correspondente à plastificação da seção


𝐸 20000
𝜆𝑝 = 0,38 ∗ √𝑓𝑦 = 0,38 ∗ √ = 10,75
25
49

Como λ ≤ λp:

𝑀𝑝𝑙 𝑍𝑦 ∗ 𝑓𝑦 16,3 ∗ 25
𝑀𝑅𝑑 = = = = 370,45 𝐾𝑁 ∗ 𝑐𝑚
𝛶𝑎1 𝛶𝑎1 1,1

 FLA (flambagem local da alma)

o Parâmetro de esbeltez do perfil


ℎ (152,4 − 8,71 ∗ 2)
𝜆= = = 26,57
𝑡𝑤 5,08

o Parâmetro de esbeltez correspondente à plastificação da seção


𝐸 20000
𝜆𝑝 = 1,12 ∗ √𝑓𝑦 = 1,12 ∗ √ = 31,68
25

Como λ ≤ λp:

𝑀𝑝𝑙 𝑍𝑦 ∗ 𝑓𝑦 16,3 ∗ 25
𝑀𝑅𝑑 = = = = 370,45 𝐾𝑁 ∗ 𝑐𝑚
𝛶𝑎1 𝛶𝑎1 1,1

O momento resistente de cálculo em torno do eixo y será o menor dentre os dois calculados
(FLM e FLA), sendo assim:

𝑀𝑅𝑑 = 370,45 𝐾𝑁 ∗ 𝑐𝑚

3.3.8 Verificação da capacidade resistente ao cisalhamento em torno do eixo x

o Parâmetro de esbeltez do perfil


ℎ (152,4 − 8,71 ∗ 2)
𝜆= = = 26,57
𝑡𝑤 5,08

o Parâmetro de esbeltez correspondente à plastificação da seção


50

𝐾𝑣∗𝐸 5∗20000
𝜆𝑝 = 1,1 ∗ √ = 1,1 ∗ √ = 69,57
𝑓𝑦 25

Como λ ≤ λp:

𝑉𝑝𝑙 0,6 ∗ 𝐴𝑤 ∗ 𝑓𝑦 0,6 ∗ (15,24 ∗ 0,508) ∗ 25


𝑉𝑅𝑑 = = = = 105,57 𝐾𝑁
𝛶𝑎1 𝛶𝑎1 1,1

3.3.9 Verificação da capacidade resistente ao cisalhamento em torno do eixo y

o Parâmetro de esbeltez do perfil


𝑏𝑓 48,8
𝜆= = = 5,6
𝑡𝑓 8,71

o Parâmetro de esbeltez correspondente à plastificação da seção


𝐾𝑣∗𝐸 1,2∗20000
𝜆𝑝 = 1,1 ∗ √ = 1,1 ∗ √ = 34,08
𝑓𝑦 25

Como λ ≤ λp:

𝑉𝑝𝑙 0,6 ∗ 𝐴𝑤 ∗ 𝑓𝑦 0,6 ∗ (2 ∗ 4,88 ∗ 0,871) ∗ 25


𝑉𝑅𝑑 = = = = 115,92 𝐾𝑁
𝛶𝑎1 𝛶𝑎1 1,1

3.3.10 Verificação da ação simultânea

Conforme item 5.5.1.2 da NBR 8800/2008 para atuação simultânea de força axial de
tração ou de compressão e de momento fletor deverá ser atendida a limitação estabelecida pela
expressão a seguir:

𝑁𝑠𝑑 𝑁𝑠𝑑 𝑀𝑥,𝑠𝑑 𝑀𝑦,𝑠𝑑


< 0,2 → 2∗𝑁𝑟𝑑 + (𝑀𝑥,𝑟𝑑 + 𝑀𝑦,𝑟𝑑) ≤ 1,0
𝑁𝑟𝑑
51

589 15
0 < 0,2 → 0 + (1304,17 + 370,45) ≤ 1,0

0 < 0,2 → 0,49 ≤ 1,0 → 𝑂𝐾!

A verificação da flecha nas terças já foi realizada na etapa do pré-dimensionamento, não


sendo necessária refazê-la novamente.
Pode-se concluir que o perfil adotado atendeu com êxito a todas as solicitações, sendo
este o perfil a ser utilizado nas terças de cobertura.

3.4 Dimensionamento das telhas de tapamento lateral

3.4.1 Ações consideradas

 Ação permanente
𝐾𝑁
o Peso próprio → 5 kg/m² = 0,05 𝑚2

 Ação variável

Neste caso será considerado apenas a ação do vento para verificação da telha, pois é a
única ação perpendicular ao plano do tapamento lateral.

𝐾𝑁
o Vento → 𝑞 ∗ 𝐶𝑝𝑒(𝑚é𝑑𝑖𝑜) = 0,288 ∗ (−1,0) = −0,288 𝑚2

3.4.2 Combinações das ações (ELU)

𝐾𝑁
 𝑁𝑑 = 1,4 ∗ (−0,288) = −0,40 𝑚2

Será adotado uma distância entre terças de 3,0 m, nessas condições a telha metálica
sobre 3 apoios de acordo com o manual técnico de telhas de aço da ABCEM, suportará uma
carga de 0,54 KN/m², sendo uma carga superior a solicitante que foi de 0,40 KN/m².
52

3.5 Dimensionamento das terças do tapamento lateral

A verificação das terças de tapamento lateral é análoga a verificação das terças de


cobertura, neste caso, atuando o peso próprio das terças, peso próprio das telhas e ação do vento
com o Cpe médio das paredes.

3.5.1 Ações consideradas

 Ações permanentes
𝐾𝑁
o Peso próprio das terças + tirantes → 7 kg/m² = 0,07 𝑚2
𝐾𝑁
o Peso próprio das telhas → 5 kg/m² = 0,05 𝑚2

 Ações variáveis
𝐾𝑁
o Vento → 𝑞 ∗ 𝐶𝑝𝑒(𝑚é𝑑𝑖𝑜) = 0,288 ∗ (−1,0) = −0,288 𝑚2

3.5.2 Combinações das ações (ELU)

As cargas permanentes são gravitacionais, atuando neste caso na direção x da terça. Já a


carga de vento é perpendicular ao plano do tapamento lateral, atuando assim, na direção y da
terça.

𝐾𝑁
 𝐶𝑃𝑥 = (0,05 + 0,07) ∗ 3,0 = 0,36 𝑚

 𝐶𝑃𝑦 = 0
 𝑉𝑥 = 0
𝐾𝑁
 𝑉𝑦 = −0,288 ∗ 3,0 = −0,864 𝑚

𝐾𝑁
 𝑁𝑑1(𝑥) = 1,25 ∗ 0,36 = 0,45 𝑚

 𝑁𝑑1(𝑦) = 0
53

𝐾𝑁
 𝑁𝑑2(𝑥) = 1,00 ∗ 0,36 + 1,4 ∗ 0 = 0,36 𝑚
𝐾𝑁
 𝑁𝑑2(𝑦) = 1,00 ∗ 0 + 1,4 ∗ (−0,864) = −1,21 𝑚

A seguir serão apresentados os diagramas de esforços solicitantes para os 2 casos de


combinações.

 Combinação 1 (direção X)

Figura 46 – Reações de apoio.

Fonte: FTOOL.

Figura 47 – Diagrama de esforço cortante.

Fonte: FTOOL.

Figura 48 – Diagrama de momento fletor.

Fonte: FTOOL.
54

 Combinação 2 (direção X)

Figura 49 – Reações de apoio.

Fonte: FTOOL.

Figura 50 – Diagrama de esforço cortante.

Fonte: FTOOL.

Figura 51 – Diagrama de momento fletor.

Fonte: FTOOL.

 Combinação 2 (direção Y)

Figura 52 – Reações de apoio.

Fonte: FTOOL.
55

Figura 53 – Diagrama de esforço cortante.

Fonte: FTOOL.

Figura 54 – Diagrama de momento fletor.

Fonte: FTOOL.

Logo pode-se concluir que a combinação 2 será a crítica e deverá ser utilizada no
dimensionamento da terça de tapamento lateral.

3.5.3 Combinações das ações (ELS)

De acordo com o anexo C, tabela C.1 da NBR 8800/2008 o deslocamento máximo


permitido para travessas de fechamento é de L/120 considerando-se apenas as ações variáveis
perpendiculares ao plano de fechamento com seu valor característico.

𝐾𝑁
 𝐹𝑠𝑒𝑟𝑣. = −0,864 𝑚
56

3.5.4 Pré-dimensionamento

 Relação entre altura do perfil e vão


𝐿 𝐿 600 600
o ≥ 𝑑 ≥ 60 = ≥𝑑≥ = 15 ≥ 𝑑 ≥ 10
40 40 60

Logo a altura da seção estará entre 10 e 15 cm.

 Inércia da seção
5∗𝑝∗𝐿4 600 (5∗0,00864∗6004 )
o 𝑃𝑎𝑟𝑎 𝐿/120 → 𝛿 = 384∗𝐸∗𝐼 → 120 = → 𝐼𝑥 = 145,80 𝑐𝑚4
384∗20000∗𝐼𝑥

Será escolhido o perfil U 102 mm x 9,3 kg/m para verificação.

 Características geométricas do perfil:

Figura 55 – Perfil U laminado.

Fonte: Catálogo de produtos Gerdau.

𝑘𝑔
∗ 𝑃 = 9,34 𝑚 ∗ 𝐴 = 11,90 𝑐𝑚² ∗ 𝑑 = 101,6 𝑚𝑚 ∗ 𝑡𝑤 = 6,27 𝑚𝑚

∗ 𝑡𝑓 = 7,52 𝑚𝑚 ∗ 𝑏𝑓 = 41,8 𝑚𝑚 ∗ 𝐼𝑥 = 174,4 𝑐𝑚4 ∗ 𝑊𝑥 = 34,3 𝑐𝑚3


∗ 𝑅𝑥 = 3,83 𝑐𝑚 ∗ 𝑍𝑥 = 41,5 𝑐𝑚³ ∗ 𝐼𝑦 = 15,5 𝑐𝑚4 ∗ 𝑊𝑦 = 5,1 𝑐𝑚³
57

∗ 𝑅𝑦 = 1,14 𝑐𝑚 ∗ 𝑍𝑦 = 10,3 𝑐𝑚³ ∗ 𝐼𝑡 = 2 𝑐𝑚4 ∗ 𝐶𝑤 = 203 𝑐𝑚6

3.5.5 Verificação da capacidade resistente ao momento fletor em torno do eixo x

 FLT (flambagem lateral com torção)

o Parâmetro de esbeltez do perfil


𝐿𝑏 300
𝜆 = 𝑅𝑦 = 1,14 = 263,16

o Parâmetro de esbeltez correspondente à plastificação da seção


𝐸 20000
𝜆𝑝 = 1,76 ∗ √𝑓𝑦 = 1,76 ∗ √ = 49,78
25

o Parâmetro de esbeltez correspondente ao início de escoamento da seção

1,38∗√𝐼𝑦∗𝐽 𝛽12
𝜆𝑟 = ∗ √1 + √1 + 27 ∗ 𝐶𝑤 ∗
𝑅𝑦∗𝐽∗𝛽1 𝐼𝑦

1,38∗√15,5∗2 0,015006252
𝜆𝑟 = 1,14∗2∗0,01500625 ∗ √1 + √1 + 27 ∗ 203 ∗ = 320,68
15,5

(𝑓𝑦− 𝝈𝑟)∗𝑊 0,7∗ 𝑓𝑦∗𝑊 0,7∗25∗34,3


𝛽1 = = = = 0,01500625 𝑐𝑚−1
𝐸∗𝐽 𝐸∗𝐽 20000∗2

Como λp ≤ λ ≤ λr, então o momento resistente é dado pela equação a seguir:

𝐶𝑏 𝜆−𝜆𝑝 𝑀𝑝𝑙
𝑀𝑅𝑑 = 𝛶𝑎1 ∗ [𝑀𝑝𝑙 − (𝑀𝑝𝑙 − 𝑀𝑟) ∗ 𝜆𝑟−𝜆𝑝] ≤ 𝛶𝑎1
1,14 263,16−49,78 1037,5
𝑀𝑅𝑑 = ∗ [1037,5 − (1037,5 − 603,75) ∗ 320,68−49,78 ≤
1,1 1,1

𝑀𝑅𝑑 = 721,15 𝐾𝑁 ∗ 𝑐𝑚 ≤ 943,18 𝐾𝑁 ∗ 𝑐𝑚


𝑀𝑟𝑑 = 721,15 𝐾𝑁 ∗ 𝑐𝑚
58

𝑀𝑝𝑙 = 𝑍𝑥 ∗ 𝑓𝑦 = 41,5 ∗ 25 = 1037,5 𝐾𝑁 ∗ 𝑐𝑚


𝑀𝑟 = (𝑓𝑦 − 𝝈𝑟) ∗ 𝑊 = 0,7 ∗ 𝑓𝑦 ∗ 𝑊𝑥 = 0,7 ∗ 25 ∗ 34,3 = 603,75 𝐾𝑁 ∗ 𝑐𝑚

 FLM (flambagem local da mesa)

o Parâmetro de esbeltez do perfil


𝑏𝑓 41,8
𝜆= = = 5,56
𝑡𝑓 7,52

o Parâmetro de esbeltez correspondente à plastificação da seção


𝐸 20000
𝜆𝑝 = 0,38 ∗ √ = 0,38 ∗ √ = 10,75
𝑓𝑦 25

Como λ ≤ λp:

𝑀𝑝𝑙 𝑍𝑥 ∗ 𝑓𝑦 41,5 ∗ 25
𝑀𝑅𝑑 = = = = 943,18 𝐾𝑁 ∗ 𝑐𝑚
𝛶𝑎1 𝛶𝑎1 1,1
 FLA (flambagem local da alma)

o Parâmetro de esbeltez do perfil


ℎ (101,6 − 7,52 ∗ 2)
𝜆= = = 13,8
𝑡𝑤 6,27

o Parâmetro de esbeltez correspondente à plastificação da seção


𝐸 20000
𝜆𝑝 = 3,76 ∗ √𝑓𝑦 = 3,76 ∗ √ = 106,35
25

Como λ ≤ λp:

𝑀𝑝𝑙 𝑍𝑥 ∗ 𝑓𝑦 41,5 ∗ 25
𝑀𝑅𝑑 = = = = 943,18 𝐾𝑁 ∗ 𝑐𝑚
𝛶𝑎1 𝛶𝑎1 1,1

O momento resistente de cálculo em torno do eixo x será o menor dentre os três calculados (FLT,
FLM e FLA), sendo assim:
59

𝑀𝑅𝑑 = 721,15 𝐾𝑁 ∗ 𝑐𝑚

3.5.6 Verificação da capacidade resistente ao momento fletor em torno do eixo y

 FLM (flambagem local da mesa)

o Parâmetro de esbeltez do perfil


𝑏𝑓 41,8
𝜆= = = 5,56
𝑡𝑓 7,52

o Parâmetro de esbeltez correspondente à plastificação da seção


𝐸 20000
𝜆𝑝 = 0,38 ∗ √𝑓𝑦 = 0,38 ∗ √ = 10,75
25

Como λ ≤ λp:

𝑀𝑝𝑙 𝑍𝑦 ∗ 𝑓𝑦 10,3 ∗ 25
𝑀𝑅𝑑 = = = = 234,09 𝐾𝑁 ∗ 𝑐𝑚
𝛶𝑎1 𝛶𝑎1 1,1
 FLA (flambagem local da alma)

o Parâmetro de esbeltez do perfil


ℎ (101,6 − 7,52 ∗ 2)
𝜆= = = 13,8
𝑡𝑤 6,27

o Parâmetro de esbeltez correspondente à plastificação da seção


𝐸 20000
𝜆𝑝 = 1,12 ∗ √𝑓𝑦 = 1,12 ∗ √ = 31,68
25

Como λ ≤ λp:

𝑀𝑝𝑙 𝑍𝑦 ∗ 𝑓𝑦 10,3 ∗ 25
𝑀𝑅𝑑 = = = = 234,09 𝐾𝑁 ∗ 𝑐𝑚
𝛶𝑎1 𝛶𝑎1 1,1
60

O momento resistente de cálculo em torno do eixo y será o menor dentre os dois calculados
(FLM e FLA), sendo assim:

𝑀𝑅𝑑 = 234,09 𝐾𝑁 ∗ 𝑐𝑚

3.5.7 Verificação da capacidade resistente ao cisalhamento em torno do eixo x

o Parâmetro de esbeltez do perfil


ℎ (101,6 − 7,52 ∗ 2)
𝜆= = = 13,8
𝑡𝑤 6,27

o Parâmetro de esbeltez correspondente à plastificação da seção


𝐾𝑣∗𝐸 5∗20000
𝜆𝑝 = 1,1 ∗ √ = 1,1 ∗ √ = 69,57
𝑓𝑦 25

Como λ ≤ λp:

𝑉𝑝𝑙 0,6 ∗ 𝐴𝑤 ∗ 𝑓𝑦 0,6 ∗ (10,16 ∗ 0,627) ∗ 25


𝑉𝑅𝑑 = = = = 86,87 𝐾𝑁
𝛶𝑎1 𝛶𝑎1 1,1

3.5.8 Verificação da capacidade resistente ao cisalhamento em torno do eixo y

o Parâmetro de esbeltez do perfil


𝑏𝑓 41,8
𝜆= = = 5,56
𝑡𝑓 7,52

o Parâmetro de esbeltez correspondente à plastificação da seção


𝐾𝑣∗𝐸 1,2∗20000
𝜆𝑝 = 1,1 ∗ √ = 1,1 ∗ √ = 34,08
𝑓𝑦 25

Como λ ≤ λp:
61

𝑉𝑝𝑙 0,6 ∗ 𝐴𝑤 ∗ 𝑓𝑦 0,6 ∗ (2 ∗ 4,18 ∗ 0,752) ∗ 25


𝑉𝑅𝑑 = = = = 85,73 𝐾𝑁
𝛶𝑎1 𝛶𝑎1 1,1

3.5.9 Verificação da ação simultânea

𝑁𝑠𝑑 𝑁𝑠𝑑 𝑀𝑥,𝑠𝑑 𝑀𝑦,𝑠𝑑


< 0,2 → 2∗𝑁𝑟𝑑 + (𝑀𝑥,𝑟𝑑 + 𝑀𝑦,𝑟𝑑) ≤ 1,0
𝑁𝑟𝑑
545 41
0 < 0,2 → 0 + (721,15 + 234,09) ≤ 1,0

0 < 0,2 → 0,93 ≤ 1,0 → 𝑂𝐾!

Pode-se concluir que o perfil adotado atendeu com êxito a todas as solicitações, sendo este o
perfil a ser utilizado nas terças de tapamento lateral.

3.6 Dimensionamento dos tirantes de cobertura

Os tirantes utilizados na cobertura serão compostos por barras redondas com


extremidades rosqueadas (figura 55). O diâmetro adotado para verificação dos tirantes será de
12,5 mm.

Figura 56 – Tirantes de cobertura.

Fonte: Galpões para usos gerais (Manual - CBCA).


62

3.6.1 Força resistente de cálculo à tração

 Escoamento da seção bruta


𝐴𝑏 ∗ 𝑓𝑦𝑏 1,227 ∗ 25
𝐹𝑡, 𝑅𝑑 = = = 27,89 𝐾𝑁
𝛶𝑎1 1,1
𝛱 ∗ 𝛷2 𝛱 ∗ 1,252
𝐴𝑏 = = = 1,227 𝑐𝑚2
4 4

 Ruptura da seção rosqueada


𝐴𝑒 ∗ 𝑓𝑢𝑏 0,92 ∗ 40
𝐹𝑡, 𝑅𝑑 = = = 27,26 𝐾𝑁
𝛶𝑎2 1,35

𝐴𝑒 = 0,75 ∗ 𝐴𝑏 = 0,75 ∗ 1,227 = 0,92 𝑐𝑚2

A força resistente de cálculo à tração será a menor dentre as duas calculadas, então:

𝐹𝑡, 𝑅𝑑 = 27,26 𝐾𝑁

3.6.2 Ações atuantes nos tirantes da cobertura

 Ações permanentes
𝐾𝑁
o Peso próprio das terças + tirantes → 7 kg/m² = 0,07 𝑚2
𝐾𝑁
o Peso próprio das telhas → 5 kg/m² = 0,05 𝑚2

 Ações variáveis
𝐾𝑁
o Sobrecarga → 0,25 𝑚2

3.6.3 Combinações das ações (ELU)


63

𝐾𝑁
 𝑁𝑑(𝑥) = (1,25 ∗ (0,05 + 0,07) + 1,5 ∗ 0,25) ∗ 3 ∗ 𝑠𝑒𝑛 5,71º = 0,157 𝑚

3.6.4 Carregamento atuante nos tirantes T1

Figura 57 – Disposição das linhas de tirantes com sua respectiva área de influência.

Fonte: Galpões para usos gerais (Manual - CBCA).

 𝑁𝑑1 = 0,157 ∗ 3 ∗ 2,512 = 1,18 𝐾𝑁

3.6.5 Carregamento atuante nos tirantes T2

0,157∗4∗2,512
 𝑁𝑑2 = = 1,23 𝐾𝑁
2∗𝑠𝑒𝑛 39,94º

Como Nd1 < Nd2 ≤ Ft,Rd → OK!


64

3.7 Dimensionamento dos elementos do contraventamento da cobertura

3.7.1 Coeficientes de pressão externa (Cpe) na parede frontal

Figura 58 – Cpe na parede frontal (vento 0º) Figura 59 – Cpe na parede frontal (vento 90º)

Fonte: Elaborado pelo autor. Fonte: Elaborado pelo autor.

3.7.2 Coeficientes de pressão interna (Cpi)

Figura 60 – Cpi = +0,2 Figura 61 – Cpi = -0,3

Fonte: Elaborado pelo autor. Fonte: Elaborado pelo autor.

3.7.3 Combinação dos coeficientes de pressão

Figura 62 – Combinação dos coeficientes de pressão (vento 0º)

Fonte: Elaborado pelo autor.


65

Figura 63 – Combinação dos coeficientes de pressão (vento 90º)

Fonte: Elaborado pelo autor.

Portanto será adotado o valor de -1,1 (Cpe – Cpi) para o fechamento frontal, valor este que será
utilizado no dimensionamento do contraventamento da cobertura.

3.7.4 Força de tração atuante na diagonal do contraventamento

√62 +2,5122
𝐹𝑑 = (𝐶𝑝𝑒 − 𝐶𝑝𝑖) ∗ 𝑞 ∗ 𝐴𝑖 ∗ ( )
6

2,512∗7 √62 +2,5122


𝐹𝑑 = 1,1 ∗ 0,288 ∗ ∗( ) = 3,02 𝐾𝑁
2 6

3.7.5 Força de tração de cálculo atuante na diagonal do contraventamento

𝐹𝑑 = 1,4 ∗ 3,02 = 4,23 𝐾𝑁

Será considerada uma barra rosqueada de 12,5 mm de diâmetro para verificação.

3.7.6 Força resistente de cálculo à tração

 Escoamento da seção bruta


𝐴𝑏 ∗ 𝑓𝑦𝑏 1,227 ∗ 25
𝐹𝑡, 𝑅𝑑 = = = 27,89 𝐾𝑁
𝛶𝑎1 1,1
𝛱 ∗ 𝛷2 𝛱 ∗ 1,252
𝐴𝑏 = = = 1,227 𝑐𝑚2
4 4
66

 Ruptura da seção rosqueada


𝐴𝑒 ∗ 𝑓𝑢𝑏 0,92 ∗ 40
𝐹𝑡, 𝑅𝑑 = = = 27,26 𝐾𝑁
𝛶𝑎2 1,35

𝐴𝑒 = 0,75 ∗ 𝐴𝑏 = 0,75 ∗ 1,227 = 0,92 𝑐𝑚2

A força resistente de cálculo à tração será a menor dentre as duas calculadas, então:

𝐹𝑡, 𝑅𝑑 = 27,26 𝐾𝑁

Como Fd ≤ Ft,Rd → OK!

3.8 Dimensionamento dos elementos do contraventamento vertical

De acordo com a bibliografia de galpões para usos gerais do CBCA a força que atuará
na diagonal do contraventamento vertical será obtida através de ¼ da área total da face frontal
da edificação.

3.8.1 Força de tração a ser utilizada no dimensionamento do contraventamento vertical

(7+6)∗10
2
𝐹𝑑 = ∗ 0,288 ∗ 1,1 = 10,3 𝐾𝑁
2

3.8.2 Força de tração de cálculo a ser utilizada no dimensionamento do contraventamento


vertical

𝐹𝑑 = 1,4 ∗ 10,3 = 14,42 𝐾𝑁


67

3.8.3 Força de tração de cálculo atuante na diagonal do contraventamento vertical

Figura 64 – Esquema para obtenção da força de tração atuante na diagonal.

Fonte: Elaborado pelo autor.

√62 + 62
𝑁𝑡, 𝑆𝑑 = 14,42 ∗ = 20,39 𝐾𝑁
6

Será considerada uma barra rosqueada de 12,5 mm de diâmetro para verificação.

3.8.4 Força resistente de cálculo à tração

 Escoamento da seção bruta


𝐴𝑏 ∗ 𝑓𝑦𝑏 1,227 ∗ 25
𝐹𝑡, 𝑅𝑑 = = = 27,89 𝐾𝑁
𝛶𝑎1 1,1
𝛱 ∗ 𝛷2 𝛱 ∗ 1,252
𝐴𝑏 = = = 1,227 𝑐𝑚2
4 4

 Ruptura da seção rosqueada


𝐴𝑒 ∗ 𝑓𝑢𝑏 0,92 ∗ 40
𝐹𝑡, 𝑅𝑑 = = = 27,26 𝐾𝑁
𝛶𝑎2 1,35

𝐴𝑒 = 0,75 ∗ 𝐴𝑏 = 0,75 ∗ 1,227 = 0,92 𝑐𝑚2

A força resistente de cálculo à tração será a menor dentre as duas calculadas, então:
68

𝐹𝑡, 𝑅𝑑 = 27,26 𝐾𝑁

Como Nt,Sd ≤ Ft,Rd → OK!

3.9 Dimensionamento das vigas do pórtico

3.9.1 Ações consideradas

 Ações permanentes
𝐾𝑁
o Peso próprio das terças + tirantes → 10 kg/m² = 0,10 𝑚2
𝐾𝑁
o Peso próprio das telhas → 5 kg/m² = 0,05 𝑚2
𝐾𝑁
o Contraventamentos → 5 kg/m² = 0,05 𝑚2
𝐾𝑁
o Vigas e colunas → 20 kg/m² = 0,20 𝑚2

 Ações variáveis
𝐾𝑁
o Sobrecarga → 0,25 𝑚2

o Vento → Serão consideradas duas hipóteses de vento, conforme cálculo da ação


do vento serão levados em consideração os casos críticos de carregamento.

Figura 65 – Hipótese I (caso crítico – vento 0º). Figura 66 – Hipótese II (caso crítico – vento 90º).

Fonte: Visual ventos. Fonte: Visual ventos.


69

3.9.2 Combinações das ações (ELU)

𝐾𝑁
 𝑁𝑑1 = 1,25 ∗ ((0,10 + 0,05 + 0,05 + 0,2) ∗ 6) + 1,5 ∗ (0,25 ∗ 6) = 5,25 𝑚

Figura 67 – Combinação Nd1.

Fonte: Elaborado pelo autor.

𝐾𝑁
 𝑁𝑑2(1) = 1,4 ∗ (−1,73) = −2,42 𝑚
𝐾𝑁
 𝑁𝑑2(2) = 1,4 ∗ (−1,73 ∗ 𝑠𝑒𝑛 5,71º) = −0,24 𝑚
𝐾𝑁
 𝑁𝑑2(3) = 1,0 ∗ 2,4 + 1,4 ∗ (−1,73 ∗ cos 5,71º) = −0,01 𝑚

Figura 68 – Combinação Nd2.

Fonte: Elaborado pelo autor.

𝐾𝑁
 𝑁𝑑3(1) = 1,4 ∗ (0,86) = 1,20 𝑚
𝐾𝑁
 𝑁𝑑3(2) = 1,4 ∗ (−1,97 ∗ 𝑠𝑒𝑛 5,71º) = −0,27 𝑚
𝐾𝑁
 𝑁𝑑3(3) = 1,0 ∗ 2,4 + 1,4 ∗ (−1,97 ∗ cos 5,71º) = −0,34 𝑚
𝐾𝑁
 𝑁𝑑3(4) = 1,0 ∗ 2,4 + 1,4 ∗ (−1,04 ∗ cos 5,71º) = 0,95 𝑚
70

𝐾𝑁
 𝑁𝑑3(5) = 1,4 ∗ (−1,04 ∗ 𝑠𝑒𝑛 5,71º) = −0,14 𝑚
𝐾𝑁
 𝑁𝑑3(6) = 1,4 ∗ (−1,21) = −1,69 𝑚

Figura 69 – Combinação Nd3.

Fonte: Elaborado pelo autor.

A seguir serão apresentados os diagramas de esforços solicitantes para os 3 casos de


combinações.

 Combinação 1

Figura 70 – Reações de apoio.

Fonte: FTOOL.
71

Figura 71 – Diagrama de esforço normal.

Fonte: FTOOL.

Figura 72 – Diagrama de esforço cortante.

Fonte: FTOOL.

Figura 73 – Diagrama de momento fletor.

Fonte: FTOOL.
72

 Combinação 2

Figura 74 – Reações de apoio.

Fonte: FTOOL.

Figura 75 – Diagrama de esforço normal.

Fonte: FTOOL.

Figura 76 – Diagrama de esforço cortante.

Fonte: FTOOL.
73

Figura 77 – Diagrama de momento fletor.

Fonte: FTOOL.

 Combinação 3

Figura 78 – Reações de apoio.

Fonte: FTOOL.

Figura 79 – Diagrama de esforço normal.

Fonte: FTOOL.
74

Figura 80 – Diagrama de esforço cortante.

Fonte: FTOOL.

Figura 81 – Diagrama de momento fletor.

Fonte: FTOOL.

Figura 82 – Esforços solicitantes resultantes das combinações das ações.

Fonte: Elaborado pelo autor.


75

Serão consideradas duas hipóteses de esforços solicitantes para o dimensionamento das


vigas do pórtico principal, conforme figura 81, as hipóteses que apresentam os maiores valores
de esforços são as seguintes:

 Hipótese 1: Nc,sd = -28,66 KN; Vsd = 50,16 KN; Msd = -141,16 KN*m
 Hipótese 2: Nt,sd = 9,38 KN; Vsd = 0,94 KN; Msd = 6,28 KN*m

3.9.3 Combinações das ações (ELS)

De acordo com o anexo C, tabela C.1 da NBR 8800:2008 os deslocamentos máximos


permitidos para vigas de cobertura são de L/250. Conforme bibliografia de galpões para usos
gerais do CBCA, deve-se considerar combinações quase permanentes de serviço para
verificação dos deslocamentos. A combinação crítica para deslocamentos vertical do pórtico será
dada pela ação permanente e sobrecarga.

 Para L/250 (combinação quase permanente de serviço)


𝐾𝑁
o 𝐹𝑠 = 2,4 + 0,6 ∗ 1,5 = 3,3 𝑚

3.9.4 Pré-dimensionamento

De acordo com Bellei (2006), pode-se estabelecer uma relação entre a altura da viga e o
vão a ser vencido pela mesma. Esta relação encontra-se em um intervalo de L/50 até L/70. Além
disso, pode-se verificar também a inércia necessária através da flecha máxima.

 Relação entre altura da viga e vão


𝐿 𝐿 2000 2000
o ≥ 𝑑 ≥ 70 = ≥𝑑≥ = 40 ≥ 𝑑 ≥ 28,57
50 50 70

Logo a altura da seção estará entre 28,57 e 40 cm.


76

 Inércia da seção
Verificou-se através do software FTOOL o deslocamento máximo da viga do pórtico
submetida ao carregamento de 3,3 KN/m, o perfil que atenderá com eficiência e
economia ao deslocamento máximo de L/250 (8 cm), será o W 410 x 38,8, estando o
mesmo sujeito a um deslocamento de 7,8 cm, valor esse menor que o estabelecido pela
NBR 8800:2008.
Sendo assim, será escolhido o perfil W 410 x 38,8 para verificação.

 Características geométricas do perfil:

Figura 83 – Perfil W laminado.

Fonte: Catálogo de produtos Gerdau.

𝑘𝑔
∗ 𝑃 = 39,50 𝑚 ∗ 𝐴 = 50,3 𝑐𝑚² ∗ 𝑑 = 399 𝑚𝑚 ∗ 𝑡𝑤 = 6,4 𝑚𝑚

∗ 𝑡𝑓 = 8,8 𝑚𝑚 ∗ 𝑏𝑓 = 140 𝑚𝑚 ∗ 𝐼𝑥 = 12777 𝑐𝑚4 ∗ 𝑊𝑥 = 640 𝑐𝑚3


∗ 𝑅𝑥 = 15,94 𝑐𝑚 ∗ 𝑍𝑥 = 737 𝑐𝑚³ ∗ 𝐼𝑦 = 404 𝑐𝑚4 ∗ 𝑊𝑦 = 58 𝑐𝑚³
∗ 𝑅𝑦 = 2,83 𝑐𝑚 ∗ 𝑍𝑦 = 91 𝑐𝑚³ ∗ 𝐼𝑡 = 11,69 𝑐𝑚4 ∗ 𝐶𝑤 = 153190 𝑐𝑚6
∗ ℎ = 381,4 𝑚𝑚 ∗ 𝑑′ = 357,4 𝑚𝑚
77

3.9.5 Verificação da capacidade resistente à compressão

3.9.5.1 Verificação do índice de esbeltez

De acordo com o item 5.3.4.1 da NBR 8800:2008 a esbeltez máxima para barras
comprimidas é de 200. A favor da segurança o coeficiente K, será considerado igual a 1.

𝐾𝑥∗𝐿𝑥 1∗1004,99
 𝜆𝑥 = = = 63,05
𝑅𝑥 15,94
𝐾𝑦∗𝐿𝑦 1∗251,25
 𝜆𝑦 = = = 88,78
𝑅𝑦 2,83

Como λx < λy ≤ 200 → OK!

3.9.5.2 Verificação do fator de redução total Q

3.9.5.2.1 Verificação do fator de redução Qs

𝑏 𝐸 20000
 ( 𝑡 ) 𝑙𝑖𝑚 = 0,56 ∗ √𝑓𝑦 = 0,56 ∗ √ = 13,48
34,5

𝑏 140
 = 2∗8,8 = 7,95
𝑡

Como (b/t) ≤ (b/t)lim → Qs = 1,00

3.9.5.2.2 Verificação do fator de redução Qa

𝑏 𝐸 20000
 ( 𝑡 ) 𝑙𝑖𝑚 = 1,49 ∗ √𝑓𝑦 = 1,49 ∗ √ = 35,87
34,5
78

𝑏 357,4
 = = 55,84
𝑡 6,4

Como (b/t) > (b/t)lim → Qa = (Aef/Ag)

 𝐴𝑒𝑓 = 𝐴𝑔 − 𝛴(𝑏 − 𝑏𝑒𝑓) ∗ 𝑡 = 50,3 − (35,74 − 25,25) ∗ 0,64 = 43,59 𝑐𝑚2


𝐸 𝐶𝑎 𝐸 20000 0,34
 𝑏𝑒𝑓 = 1,92 ∗ 𝑡 ∗ √𝑓𝑦 ∗ [1 − 𝑏 ∗ √𝑓𝑦] ≤ 𝑏 = 1,92 ∗ 0,64 ∗ √ ∗ [1 − 55,84 ∗
34,5
𝑡

20000
√ ] ≤ 35,74 𝑐𝑚 = 25,25 𝑐𝑚 ≤ 35,74 𝑐𝑚
34,5

𝐴𝑒𝑓 43,59
 𝑄𝑎 = = = 0,867
𝐴𝑔 50,3

Logo Q = Qa*Qs = 0,867*1,0 = 0,867

3.9.5.3 Verificação do fator de redução total 𝜒

 Flambagem por flexão em torno do eixo x


𝛱 2 ∗ 𝐸 ∗ 𝐼𝑥 𝛱 2 ∗ 20000 ∗ 12777
𝑁𝑒𝑥 = = = 2497,1 𝐾𝑁
(𝐾𝑥 ∗ 𝐿𝑥)2 (1 ∗ 1004,99)2

 Flambagem por flexão em torno do eixo y


𝛱 2 ∗ 𝐸 ∗ 𝐼𝑦 𝛱 2 ∗ 20000 ∗ 404
𝑁𝑒𝑦 = = = 1263,28 𝐾𝑁
(𝐾𝑦 ∗ 𝐿𝑦)2 (1 ∗ 251,25)2

 Flambagem por torção


1 𝛱 2 ∗ 𝐸 ∗ 𝐶𝑤
𝑁𝑒𝑧 = ∗ [ + 𝐺 ∗ 𝐽]
𝑅𝑜2 (𝐾𝑧 ∗ 𝐿𝑧)2
1 𝛱 2 ∗ 20000 ∗ 153190
𝑁𝑒𝑧 = ∗[ + (0,385 ∗ 20000) ∗ 11,69]
262,09 (1 ∗ 251,25)2
𝑁𝑒𝑧 = 2171,11 𝐾𝑁

𝑅𝑜2 = (𝑅𝑥 2 + 𝑅𝑦 2 + 𝑥𝑜2 + 𝑦𝑜2 ) = 15,942 + 2,832 + 02 + 02 = 262,09 𝑐𝑚2


79

A força axial de flambagem elástica do perfil será a menor dentre as três calculadas (Nex, Ney
e Nez), logo:
Ne = 1263,28 KN

 Índice de esbeltez reduzida

𝑄 ∗ 𝐴𝑔 ∗ 𝑓𝑦 0,867 ∗ 50,3 ∗ 34,5


𝜆𝑜 = √ =√ = 1,09
𝑁𝑒 1263,28

2 2
Como λo ≤ 1,5 → 𝜒 = 0,658(𝜆𝑜) = 0,658(1,09) = 0,61

3.9.5.4 Força axial resistente de cálculo

𝜒 ∗ 𝑄 ∗ 𝐴𝑔 ∗ 𝑓𝑦 0,61 ∗ 0,867 ∗ 50,3 ∗ 34,5


𝑁𝑐, 𝑅𝑑 = = = 834,34 𝐾𝑁
𝛶𝑎1 1,1

3.9.6 Verificação da capacidade resistente ao momento fletor em torno do eixo x

 FLT (flambagem lateral com torção)

o Parâmetro de esbeltez do perfil

𝐿𝑏 251,25
𝜆 = 𝑅𝑦 = = 88,78
2,83

o Parâmetro de esbeltez correspondente à plastificação da seção


𝐸 20000
𝜆𝑝 = 1,76 ∗ √𝑓𝑦 = 1,76 ∗ √ 34,5
= 42,38
80

o Parâmetro de esbeltez correspondente ao início de escoamento da seção

1,38∗√𝐼𝑦∗𝐽 𝛽12
𝜆𝑟 = ∗ √1 + √1 + 27 ∗ 𝐶𝑤 ∗
𝑅𝑦∗𝐽∗𝛽1 𝐼𝑦

1,38∗ 404∗11,69
√ 0,0662
𝜆𝑟 = 2,83∗11,69∗0,066 ∗ √1 + √1 + 27 ∗ 153190 ∗ = 120,82
404

(𝑓𝑦− 𝝈𝑟)∗𝑊 0,7∗ 𝑓𝑦∗𝑊 0,7∗34,5∗640


𝛽1 = = = = 0,066 𝑐𝑚−1
𝐸∗𝐽 𝐸∗𝐽 20000∗11,69

Como λp ≤ λ ≤ λr, então o momento resistente é dado pela equação a seguir:

𝐶𝑏 𝜆−𝜆𝑝 𝑀𝑝𝑙
𝑀𝑅𝑑 = 𝛶𝑎1 ∗ [𝑀𝑝𝑙 − (𝑀𝑝𝑙 − 𝑀𝑟) ∗ 𝜆𝑟−𝜆𝑝] ≤ 𝛶𝑎1
1,98 88,78−42,38 25426,5
𝑀𝑅𝑑 = ∗ [25426,5 − (25426,5 − 15456) ∗ 120,82−42,38 ≤
1,1 1,1

𝑀𝑅𝑑 = 35151,48 𝐾𝑁 ∗ 𝑐𝑚 ≤ 23115 𝐾𝑁 ∗ 𝑐𝑚


𝑀𝑟𝑑 = 23115 𝐾𝑁 ∗ 𝑐𝑚

𝑀𝑝𝑙 = 𝑍𝑥 ∗ 𝑓𝑦 = 737 ∗ 34,5 = 25426,5 𝐾𝑁 ∗ 𝑐𝑚


𝑀𝑟 = (𝑓𝑦 − 𝝈𝑟) ∗ 𝑊 = 0,7 ∗ 𝑓𝑦 ∗ 𝑊 = 0,7 ∗ 34,5 ∗ 640 = 15456 𝐾𝑁 ∗ 𝑐𝑚
12,5 ∗ 𝑀𝑚á𝑥
𝐶𝑏 = ∗ 𝑅𝑚 ≤ 3,0
2,5 ∗ 𝑀𝑚á𝑥 + 3 ∗ 𝑀𝑎 + 4 ∗ 𝑀𝑏 + 3 ∗ 𝑀𝑐
12,5 ∗ 141,16
𝐶𝑏 = ∗ 1,0 ≤ 3,0
2,5 ∗ 141,16 + 3 ∗ 31,81 + 4 ∗ 44,78 + 3 ∗ 88,52
𝐶𝑏 = 1,98 ≤ 3,0 → 𝐶𝑏 = 1,98

 FLM (flambagem local da mesa)

o Parâmetro de esbeltez do perfil


𝑏𝑓 140
𝜆= = = 7,95
(2 ∗ 𝑡𝑓) (2 ∗ 8,8)

o Parâmetro de esbeltez correspondente à plastificação da seção


81

𝐸 20000
𝜆𝑝 = 0,38 ∗ √𝑓𝑦 = 0,38 ∗ √ = 9,15
34,5

Como λ ≤ λp:

𝑀𝑝𝑙 𝑍𝑥 ∗ 𝑓𝑦 737 ∗ 34,5


𝑀𝑅𝑑 = = = = 23115 𝐾𝑁 ∗ 𝑐𝑚
𝛶𝑎1 𝛶𝑎1 1,1

 FLA (flambagem local da alma)

o Parâmetro de esbeltez do perfil


ℎ 357,4
𝜆= = = 55,84
𝑡𝑤 6,4

o Parâmetro de esbeltez correspondente à plastificação da seção


𝐸 20000
𝜆𝑝 = 3,76 ∗ √𝑓𝑦 = 3,76 ∗ √ = 90,53
34,5

Como λ ≤ λp:

𝑀𝑝𝑙 𝑍𝑥 ∗ 𝑓𝑦 737 ∗ 34,5


𝑀𝑅𝑑 = = = = 23115 𝐾𝑁 ∗ 𝑐𝑚
𝛶𝑎1 𝛶𝑎1 1,1

O momento resistente de cálculo em torno do eixo x será o menor dentre os três calculados (FLT,
FLM e FLA), sendo assim:

𝑀𝑅𝑑 = 23115 𝐾𝑁 ∗ 𝑐𝑚

3.9.7 Verificação da capacidade resistente ao cisalhamento em torno do eixo x

o Parâmetro de esbeltez do perfil


ℎ 357,4
𝜆= = = 55,84
𝑡𝑤 6,4
82

o Parâmetro de esbeltez correspondente à plastificação da seção


𝐾𝑣∗𝐸 5∗20000
𝜆𝑝 = 1,1 ∗ √ = 1,1 ∗ √ = 59,22
𝑓𝑦 34,5

Como λ ≤ λp:

𝑉𝑝𝑙 0,6 ∗ 𝐴𝑤 ∗ 𝑓𝑦 0,6 ∗ (39,9 ∗ 0,64) ∗ 34,5


𝑉𝑅𝑑 = = = = 480,54 𝐾𝑁
𝛶𝑎1 𝛶𝑎1 1,1

3.9.8 Verificação da capacidade resistente à tração

o Seção bruta
𝐴𝑔 ∗ 𝑓𝑦 50,3 ∗ 34,5
𝑁𝑡, 𝑅𝑑 = = = 1577,59 𝐾𝑁
𝛶𝑎1 1,1

o Seção líquida
Não será necessária a verificação da seção líquida pelo fato de não haver furos
ou recortes na seção do perfil, sendo assim, a resistência de cálculo à tração igual
a 1577,59 KN.

3.9.9 Verificação da ação simultânea

 Hipótese 1
𝑁𝑠𝑑 28,66 𝑁𝑠𝑑 𝑀𝑥, 𝑠𝑑 𝑀𝑦, 𝑠𝑑
= = 0,34 < 0,2 → +( + ) ≤ 1,0
𝑁𝑟𝑑 834,34 2 ∗ 𝑁𝑅𝑑 𝑀𝑥, 𝑅𝑑 𝑀𝑦, 𝑅𝑑
28,66 14116
+( + 0) ≤ 1,0
2 ∗ 834,34 23115
0,63 ≤ 1,0 → 𝑂𝐾!
83

 Hipótese 2

Será necessário o cálculo do Cb para verificação da resistência ao momento fletor:

12,5 ∗ 𝑀𝑚á𝑥
𝐶𝑏 = ∗ 𝑅𝑚 ≤ 3,0
2,5 ∗ 𝑀𝑚á𝑥 + 3 ∗ 𝑀𝑎 + 4 ∗ 𝑀𝑏 + 3 ∗ 𝑀𝑐
12,5 ∗ 6,31
𝐶𝑏 = ∗ 1,0 ≤ 3,0
2,5 ∗ 6,31 + 3 ∗ 0,19 + 4 ∗ 2,01 + 3 ∗ 4,06
𝐶𝑏 = 2,16 ≤ 3,0 → 𝐶𝑏 = 2,16

𝐶𝑏 𝜆−𝜆𝑝 𝑀𝑝𝑙
𝑀𝑅𝑑 = 𝛶𝑎1 ∗ [𝑀𝑝𝑙 − (𝑀𝑝𝑙 − 𝑀𝑟) ∗ 𝜆𝑟−𝜆𝑝] ≤ 𝛶𝑎1
2,16 88,78−42,38 25426,5
𝑀𝑅𝑑 = ∗ [25426,5 − (25426,5 − 15456) ∗ ≤
1,1 120,82−42,38 1,1

𝑀𝑅𝑑 = 38347,07 𝐾𝑁 ∗ 𝑐𝑚 ≤ 23115 𝐾𝑁 ∗ 𝑐𝑚


𝑀𝑟𝑑 = 23115 𝐾𝑁 ∗ 𝑐𝑚

𝑁𝑠𝑑 9,38 𝑁𝑠𝑑 𝑀𝑥, 𝑠𝑑 𝑀𝑦, 𝑠𝑑


= = 5,95 ∗ 10−3 < 0,2 → +( + ) ≤ 1,0
𝑁𝑟𝑑 1577,59 2 ∗ 𝑁𝑅𝑑 𝑀𝑥, 𝑅𝑑 𝑀𝑦, 𝑅𝑑
9,38 628
+( + 0) ≤ 1,0
2 ∗ 1577,59 23115
0,03 ≤ 1,0 → 𝑂𝐾!
84

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Após uma breve consulta a bibliografias renomadas e visitas a obras locais da região
aonde fora feito o dimensionamento da estrutura, optou-se pelo modelo em pórtico, formados
a partir de vigas com seção cheia. Este tipo de estrutura quando comparada com as estruturas
treliçadas apresentou uma série de vantagens, dentre elas: maior agilidade no processo
construtivo e uma porcentagem muito menor em relação a mão de obra. Para realizar o
desenvolvimento de um projeto estrutural em aço é necessário que se conheça de forma
aprofunda as Normas Brasileiras de Regulamentação (NBR), sem tal conhecimento fica
impossível realizar o dimensionamento de uma estrutura de forma segura e econômica.
Diante disso, foi possível notar que a experiência que se adquire na realização de um
projeto estrutural em aço é muito grande, pois o mesmo fornece um leque de informações que
por sua vez agregam conhecimentos técnicos e práticos ao mesmo tempo.
85

REFERÊNCIAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6120: Cargas para o cálculo


de estruturas de edificações. Rio de Janeiro, 1980.

______. NBR 6123: Forças devidas ao vento em edificações. Rio de Janeiro, 1988.

______. NBR 8800: Projeto de estrutura de aço e de estruturas mistas de aço e concreto de
edifícios. Rio de Janeiro, 2008.

BELLEI, Ildony Hélio. Edifícios industriais em aço – projeto e cálculo. 2. ed. São Paulo: PINI,
1998.

INSTITUTO AÇO BRASIL. Galpões para usos gerais. Rio de Janeiro, 2010.

PFEIL, Walter; PFEIL, Michèle. Estruturas de aço: Dimensionamento Prático de Acordo com
a NBR 8800:2008. Rio de Janeiro, 2009.

SOUZA, Alex Sander Clemente de. Dimensionamento de Elementos Estruturais em Aço


Segundo a NBR 8800:2008. São Carlos, 2009.

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