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SUMÁRIO:
1 – INTRODUÇÃO
2 – INDUSTRIALIZAÇÃO – FATO GERADOR DO IPI
3 – PRESTAÇÃO DE SERVIÇO – FATO GERADOR DO ISS
4 – REMESSA DE MERCADORIA OU BEM PARA CONSERTO OU REPARO
4.1 – Benefício Fiscal de Suspensão do ICMS
4.1.1 – Emissão de Nota Fiscal Complementar
4.2 – Emissão da Nota Fiscal de Remessa para Conserto ou Reparo
4.3 – Emissão da Nota Fiscal de Retorno de Conserto ou Reparo
5 – ESQUEMA PRÁTICO DA OPERAÇÃO DE REMESSA PARA CONSERTO OU REPARO
1 – INTRODUÇÃO
A remessa de mercadoria ou bem para conserto ou reparo tem como finalidade, remeter uma mercadoria ou bem usado para conserto,
devido algum dano que tenha ocorrido com o mesmo, sendo que ele volta a ter suas características originais.
O parágrafo único do art. 46 do Código Tributário Nacional (Lei federal nº 5.172/66) determina que para efeitos do Imposto Sobre Produtos
Industrializados – IPI considera-se industrializado o produto que tenha sido submetido a qualquer operação que lhe modifique a natureza ou
a finalidade, ou o aperfeiçoe para o consumo.
O Regulamento do IPI, aprovado pelo Decreto nº 4.544/02 – RPI/02, que regulamenta a tributação, fiscalização, arrecadação e
administração do IPI, em seu art. 2º, dispõe que o IPI incide sobre produtos industrializados, nacionais e estrangeiros, obedecidas as
especificações constantes da Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados – TIPI. Sendo que, o campo de incidência do
IPI abrange todos os produtos com alíquota, “ainda que zero”, relacionados na TIPI, observadas as disposições contidas nas respectivas
notas complementares, excluídos da incidência aqueles a que corresponde a notação "NT" (não-tributado).
O art. 3º do RIPI/02 define produto industrializado como o resultante de qualquer operação definida no Regulamento como industrialização,
mesmo incompleta, parcial ou intermediária.
Desta forma, os incisos II e V do art. 4º do RIPI/02, determinam que se caracteriza como industrialização qualquer operação que modifique a
natureza, o funcionamento, o acabamento, a apresentação ou a finalidade do produto, ou o aperfeiçoe para consumo, tal como:
I – a que importe em modificar, aperfeiçoar ou, de qualquer forma, alterar o funcionamento, a utilização, o acabamento ou a aparência do
produto (beneficiamento);
II – a que, exercida sobre produto usado ou parte remanescente de produto deteriorado ou inutilizado, renove ou restaure o produto para
utilização (renovação ou recondicionamento).
Porém, os incisos XI e XIII do art. 5º do RIPI/02, determinam que NÃO se considera industrialização:
I – o conserto, a restauração e o recondicionamento de produtos usados, nos casos em que se destinem ao uso da própria empresa
executora ou quando essas operações sejam executadas por encomenda de terceiros não estabelecidos com o comércio de tais produtos,
bem assim o preparo, pelo consertador, restaurador ou recondicionador, de partes ou peças empregadas exclusiva e especificamente
naquelas operações;
II – a restauração de sacos usados, executada por processo rudimentar, ainda que com emprego de máquinas de costura.
Desta forma, quando caracterizar industrialização, deve ser emitida Nota Fiscal, modelo 1, com incidência do IPI para efetuar a cobrança; e o
remetente deverá adotar os procedimentos de “remessa para industrialização por encomenda”.
Quando a operação efetuada não caracterizar industrialização, nos casos expostos no art. 5º do RIPI/02, não ocorrerá o fato gerador do IPI.
Segundo a Lei Complementar federal nº 116/03, em seu art. 1º, o ISS tem como fato gerador a prestação de serviços constantes da Lista
anexa à referida lei, ainda que tais serviços não constituam atividade preponderante do prestador, no entanto, a prestação de serviço, para
ser tributada, há de ser remunerada, tais como:
/“14.01 - Lubrificação, limpeza, lustração, revisão, carga e recarga, conserto, restauração, blindagem, manutenção e conservação de
máquinas, veículos, aparelhos, equipamentos, motores, elevadores ou de qualquer objeto (exceto peças e partes empregadas, que ficam
sujeitas ao ICMS).
14.03 - Recondicionamento de motores (exceto peças e partes empregadas, que ficam sujeitas ao ICMS).
14.05 - Restauração, recondicionamento, acondicionamento, pintura, beneficiamento, lavagem, secagem, tingimento, galvanoplastia,
anodização, corte, recorte, polimento, plastificação e congêneres, de objetos quaisquer.”/
Desta forma, quando o processo não caracterizar industrialização, na forma do art. 5º do RIPI/02, e estiver elencado na lista de serviços
anexa à Lei Complementar federal nº 116/03, para efetuar a cobrança deverá ser emitida a Nota Fiscal de Prestação de Serviço, de
competência municipal, discriminando em detalhes o tipo de conserto ou reparo efetuado.
4 – REMESSA DE MERCADORIA OU BEM PARA CONSERTO OU REPARO
Em se tratando de remessa para conserto ou reparo de mercadorias ou bem, estando a prestação sujeita a incidência do ISS, deverão ser
observados os seguintes procedimentos quanto a remessa e o retorno das mercadorias ou bens a serem consertados.
As remessas internas e interestaduais de “qualquer mercadoria”, para conserto ou reparo somente estão amparadas pelo benefício fiscal de
“suspensão” do ICMS, desde que a mercadoria retorne ao estabelecimento de origem, no prazo de 180 (cento e oitenta) dias contados da
data da sua saída para conserto ou reparo, conforme o inciso I do art. 27 do Anexo 2 do Regulamento do ICMS, aprovado pelo Decreto nº
2.870/01 – RICMS-SC/01, observado o seguinte:
I – o prazo poderá ser prorrogado uma vez pelo Gerente Regional da Fazenda Estadual, por igual período, mediante requerimento
fundamentado do contribuinte;
II – o benefício de suspensão do ICMS “não se aplica”, nas operações “interestaduais”, à saída de “sucata ou resíduo e de produto primário
de origem animal, vegetal ou mineral”.
No momento do retorno da mercadoria recebida para conserto ou reparo, o ICMS também será “suspenso”, desde que a remessa tenha sido
amparada pelo benefício de suspensão, atendidas as condições descritas acima.
Em se tratando de remessas internas e interestaduais de “bem integrado ao ativo permanente” para conserto ou reparo, esta operação está
amparada pelo benefício fiscal de “suspensão” do ICMS, desde que o bem do ativo remetido para conserto ou reparo retorne ao
estabelecimento de origem no prazo de 180 (cento e oitenta) dias, caso contrário será tributado normalmente, conforme o inciso II do art.
36 do Anexo 2 do Regulamento do ICMS, aprovado pelo Decreto nº 2.870/01 – RICMS-SC/01.
Nos casos em que a remessa de mercadoria ou bem para conserto ou reparo foi amparada pelo benefício de “suspensão” do ICMS, porém
passados 180 (cento e oitenta) dias sem o respectivo retorno e desde que não tenha sido autorizado o pedido de prorrogação do benefício
pelo Gerente Regional da Fazenda Estadual, o estabelecimento remetente deverá emitir uma Nota Fiscal complementar relativa a remessa da
mercadoria ou bem para conserto ou reparo (RICMS-SC/01, Anexo 5, art. 26):
IV – com o valor da base de cálculo do ICMS e o destaque do ICMS, que deixaram de ser destacados na Nota Fiscal de remessa original;
a) o motivo da emissão do documento complementar e a que documento original se refere (número, série, subsérie e data);
Na hipótese de ser emitida a Nota Fiscal complementar fora do período de apuração do ICMS da Nota Fiscal de remessa original, o ICMS
incidente sobre o documento fiscal complementar deverá ser recolhido em documento de arrecadação específico, ou seja, separadamente
através do documento de arrecadação DARE-SC, contendo:
III – as informações relativas à regularização e a qual documento fiscal refere-se (número, série e data);
IV – os acréscimos legais cabíveis (multa e juros), caso a regularização ocorra fora do período de apuração e após o vencimento do prazo
original de recolhimento do imposto.
O documento fiscal complementar será normalmente escriturado no Livro de Registro de Saídas pelo remetente, inclusive na coluna
“Imposto Debitado” e no Livro de Registro de Entradas pelo destinatário, inclusive com crédito do ICMS, se for o caso. Na coluna
"Observação” de ambos os livros fiscais, é recomendável a indicação de que se trata de documento fiscal complementar, indicando os dados
relativos ao documento fiscal original.
Caso a regularização ocorra fora do período de apuração do ICMS, o documento fiscal complementar será escriturado no Livro de Registro de
Saídas da competência em que o documento fiscal complementar for emitido. E na hipótese de ocorrer complementação do valor do ICMS, o
valor do mesmo deverá ser lançado no Livro de Registro de Apuração do ICMS também no item “Estorno de Débitos”, discriminando na
coluna de “Observações” o nº, série e data do documento fiscal complementar, para que não haja duplo pagamento do mesmo, uma vez que
o ICMS complementar será recolhido em DARE-SC específico.
Quando da remessa de bens ou mercadorias para conserto ou reparo, o estabelecimento remetente deverá emitir Nota Fiscal, modelo 1 ou
1-A, ou Nota Fiscal Avulsa (se não for contribuinte do ICMS) contra o prestador do serviço, contendo, além dos demais requisitos exigidos,
as seguintes indicações:
I – no Campo “CFOP”: 5.915 (operação interna) ou 6.915 (operação interestadual) – Remessa de mercadoria ou bem para conserto ou
reparo.
IV – no Campo “CST”: 000, 100 ou 200; 050, 150 ou 250; 041, 141 ou 241, de acordo com a origem do bem ou mercadoria e sua tributação
perante o ICMS.
O prestador do serviço, se contribuinte do ICMS, efetuará o lançamento da Nota Fiscal no Livro de Registro de Entradas, utilizando o CFOP
1.915 (operação interna) ou 2.915 (operação interestadual) – Entrada de mercadoria ou bem recebido para conserto ou reparo.
Para efetuar o retorno dos bens ou das mercadorias consertadas, o estabelecimento prestador do serviço deverá emitir Nota Fiscal, modelo 1
ou 1-A, ou Nota Fiscal Avulsa (se não for contribuinte do ICMS) contendo, além dos demais requisitos exigidos, as seguintes indicações:
I – no Campo “CFOP”: 5.916 (operação interna) ou 6.916 (operação interestadual) – Retorno de mercadoria ou bem recebido para conserto
ou reparo.
II – no Campo “Valor do ICMS”: será adotado o mesmo procedimento aplicado na remessa dos bens ou mercadorias para conserto.
IV – no Campo “CST”: 000, 100 ou 200; 050, 150 ou 250; 041, 141 ou 241, de acordo com a origem do bem ou mercadoria e sua tributação
perante o ICMS.
V – no Campo “Informações Complementares”: será mencionado que se refere ao retorno da Nota Fiscal de remessa, número, série e data.
E a fundamentação legal:
Vale ressaltar que para efetuar a cobrança pelo serviço prestado, o prestador deverá emitir Nota Fiscal de Prestação de Serviço, de
competência municipal, sujeita a incidência do ISS, discriminando em detalhes o serviço efetivamente prestado.
O remetente original do bem ou da mercadoria, se contribuinte do ICMS, efetuará o lançamento da Nota Fiscal relativa ao retorno no Livro
de Registro de Entradas, utilizando o CFOP 1.916 (operação interna) ou 2.916 (operação interestadual) – Retorno de mercadoria ou bem
remetido para conserto ou reparo.
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Fim da Pesquisa