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Egbe Ògún ati Òrúnmilà

Carta Aberta sobre o Projeto 223/2016 da Câmara municipal de Campinas

A Egbe Ogun Ati Orunmila, organização religiosa e cultural de Matriz Africana


devidamente registrada em Cartório na Cidade de Campinas, constituida pelas casa de
Culto Candomblé Egbe Ogun Ati Orunmila dirigida por Baba Cícero de Ogun
(Onitadewa), Ile Ase Omo Ogbon dirigida por Baba Efun Okun Olola, e as casas de
Umbanda Tenda Pai Cipriano dirigida também por Baba Okun (Fernando Silveira),
Terreiro de Umbanda Caboclo 7 Flechas dirigida por Pai Marcelo Duarte, Casa de
Caridade Itapuã dirigida por Mãe Ana Correa/ Pai Eric Duque e Terreiro de Umbanda
Luz de Aruanda TULA dirigido por Pai Felipe Paris; conjuntamente com outros
terreiros e casa de Cultos parceiros e amigos que não compõe o quadro desta
Organização (serão devidamente qualificados na assinatura) veem expor abertamente
sua posição sobre o projeto lei 223/2016 do município de Campinas de autoria do
Vereador Carlão do PT:
Considerando a escrita na integra do referido projeto onde diz:

Considerando que é realmente um problema de saúde pública o descarte de animais


vivos e ou abatidos bem como a sujeira deixada por alguns munícipes neste solo
sagrado;
Considerando o livre direito de culto devidamente estabelecido na Constituição
Brasileira em seu artigo 5º;
Considerando a escrita e virgulas as quais deixam muita dúvidas sobre os reais
propósitos do referido projeto.
Vimos apresentar abertamente nossa preocupação, pois não somos contra um projeto
que inibe o descarte de restos animais ou até mesmo animais vivos ou abatidos dentro
do espaço público e sagrado como cemitério humano,devido afetar a saúde pública,
porem o texto não estabelece parâmetros, nem tão pouco apresenta um projeto de
Egbe Ògún ati Òrúnmilà
conscientização popular e sim tão somente punitivo. Acreditamos que na devida
pontuação apresentada, se uma criança deixar sua peteca feita de couro e pena (partes
animais) dentro do cemitério essa criança e o responsável legal será simplesmente
punida por descarte de parte de animal, como diz o termos do projeto de lei, o projeto
não esclarece o que é esses animais ou partes deles, generalizando e podendo ser
usado erroneamente no futuro para um vinculo de intolerância religiosas de
extremistas, indo de desacordo com a lei máxima de nosso país que libera qualquer
prática ou culto.
Temos a certeza que sim existe um problema de limpeza e saúde pública, mas este
projeto cria um problema de intolerância pela dúbia interpretação apresentada. Vamos
dizer que uma pessoa católica queira deixar balas de goma para seu ente querido que
descansa neste santuário, ela estará infringindo a lei proposta no projeto no parágrafo
único do artigo 1, pois bala de goma é feita de material animal, podendo ser multada
pelo fato, veja diretamente multada nem advertida. Ou ainda os cultos de culturas
Orientais que ofertam comidas e peixe fresco aos seus antepassados? entre outros
exemplos fora da Matriz africana que posso citar.
Vivemos em um País onde a Intolerância religiosa e o Racismo é inerente, e a luta para
o combate a essas práticas é necessário, sendo assim temos dúvidas se o projeto com
texto tão simplificado e somente punitivo, não seria usado por pessoas maldosas
contra a população e membros das religiões de Matrizes Africanas.
Sendo assim não apoiamos o referido projeto, bem como solicitamos que ele seja
retirado de votação e aberto para um debate mais amplo e a formação de um texto com
menos riscos a Matriz africana e a intolerância religiosa.

Sem mais

Fernando Silveira
Presidente da Egbe Ogun ati Orunmila

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