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Um olhar agudo sobre arte e literatura

Domício Proença Filho

O primeiro contato:
amarelo atrai o leitor ao
quadrado
é um primoroso
Formas de olhar
No texto de abertura, considerações
objeto gráfico. O prazer plenifica-se no sobre duas telas superpostas na memória:
convívio com o texto, que associa, inte- uma, inesquecível; outra, senhora de sua
grados, a sensibilidade do poeta, o rigor preferência. O crítico não se pretende
da pesquisa, a meticulosidade do histo- orientador de descodificações: assume a
riador, o equilíbrio do memorialista, a prevalência da subjetividade na emissão
percuciência do cultor do ensaio, a flui- dos juízos de valor. De um lado, o figu-
dez e a elegância do estilo: trata-se de Al- rativo Portrait of a young gentleman, de
berto da Costa e Silva. São aspectos que Antonello da Messina, artista do século
não surpreendem quem conhece seus XV. De outro, a geometria moderna do
Poemas reunidos, as reminiscências de Es- quadro de Waldemar da Costa, Apologé-
pelho do príncipe e de A invenção do dese- tica do quadrado amarelo, base do título
nho, os estudos de O pardal na janela e do volume. Comparações. Impactos de
de Das mãos do oleiro, os oito preciosos beleza pictural. Com os dois quadros
livros sobre a África e sua história, desta- ali, reproduzidos, à disposição da leitura
cados A enxada e a lança, A África antes pessoal e da fruição do leitor, a estimulá-
dos portugueses, A manilha e o libambo: a lo na descoberta do lugar perfeito para
África e a escravidão, de 1500 a 1700. um quadrado amarelo.
A singularidade do livro: revela dimen- Na sequência, o autor de Um rio cha-
sões do crítico de arte e de literatura. mado Atlântico trata de escultura africa-
Divide-se o volume em quatro seções: na. Num comentário livre, revelador de
“Formas de olhar”, “Modos de ler”, sua intimidade e pleno saber do conti-
“Palavra e canto”, “O dia de ontem”, nente, seu povo, sua história, sua arte.
escritos iluminadores. Sem preocupações Desvela, inicialmente, aspectos de um
terminológicas ou assunções doutorais. saleiro de marfim, quase um pretexto
Alberto deixa fluir a navegação de sua para discorrer sobre as dimensões docu-
sensibilidade, aparentemente livre. Rigo- mentais e monumentais da peça-núcleo
rosamente fundada, entretanto, em mui- e de outras mais, de lugares outros afri-
tas leituras-fonte e no conhecimento da canos. Invenções prodigiosas, ajuíza, de
matéria de que trata. Não se mostra, na texturas e contrastes, arte popular da
feitura – adapto Olavo Bilac –, o esforço mais alta representatividade. À acuida-
do mestre e, natural, o efeito agrada, sem de do crítico associa-se o saber do his-
lembrar os andaimes do edifício. toriador, num ensaio altamente escla-
Trata-se de escritos de datas distintas, recedor sobre a significação cultural da
agora reunidos em livro. Constituem um manifestação artística do povo de África.
painel representativo das facetas múl- Descreve, minucializa, historia, compa-
tiplas que fazem do autor o intelectual ra, ilustra. O leitor visualiza as peças,
de altíssimos méritos e amplo reconhe- acompanha o percurso que as conduz
cimento. à avalização dos museus da Europa. A

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palavra do crítico ajuda a penetrar mais capitavam as próprias mães e sangravam
agudamente as significações estéticas e um touro” (p.54).
históricas abrigadas na arte dos barros e Ficamos sabendo, entre outras infor-
dos bronzes de África: mações, que os Saô também trabalha-
O que fascinava Vlaminck, Darain, vam metais e que “talvez só raramente
Matisse, Kirchner, Picasso, Braque, uma escultura africana seja um retrato
Julien Gris, Brancusi, Lipchtiz, Mo- [...] mas muitas vezes transcreve um
digliani e tantos outros artistas, no semblante em que toda a coletividade se
início do século XX, era a constru- reconhece, a face eterna do homem da
ção mental subjacente à maioria das tribo, independentemente de estar vivo
esculturas africanas, o geometrismo ou morto, acordado ou no sono, feliz ou
que regia as suas formas, a invenção dolorido” (p.59).
levada a extremos, e a diversidade de O ensaísta deixa claramente fluir a sua
cânones estéticos que podia coexistir
emoção diante das manifestações da arte
no espaço reduzido de uma só aldeia.
e dedica o próximo texto a Abelardo Ro-
(p.23)
drigues e seu acervo. Diz-nos do devota-
Já se escreveu mais de uma vez que a mento do colecionador ao mundo visível
descoberta da arte negra teve um im-
e às criações dos seus semelhantes, entre
pacto sobre a arte europeia semelhan-
elas a excepcional coletânea de arte sacra e
te ao da revelação da cultura grega na
as manifestações indígenas acolhidas com
antemanhã do Renascimento. (p.23)
entusiasmo. Informa-nos sobre a biografia
Trocas. Mobilizadoras de algum ideal e o dinamismo da ação do artista na divul-
e seguramente de estímulo. gação da pintura brasileira. Homenagem
Alberto aproveita muito de sua vi- e reconhecimento. Aproximações.
vência de diplomata nas terras de África. Retorna à apreciação do popular em
Vale-se do que viu, do que viveu e convi- dois textos. No primeiro, dedicado ao
veu. Associa tudo isso à sua erudição. pintor Lula Cardoso Aires e a seus qua-
Num breve texto intervalar muda o dros feitos de pinturas de bonecos de
rumo de sua prosa e parte de apreciações barro, destaca a captação da essencialida-
sobre dois filmes, que envolvem amor e de das cenas corriqueiras do Nordeste, as
bonecas, para comentar, nuclearmente, reminiscências nordestinas que lhe traz a
o livro Las hortensias, do uruguaio Felis- visão de sua obra. Dedica o segundo às
berto Hernández. formas de olhar de Mestre Dezinho de
Volta à matéria africana, em conside- Valença do Piauí, artista do povo, tra-
rações sobre os Saô. Ressalta a história duzidas nas imagens que esculpiu e que
desse povo e o destaque das muralhas adornam, em Teresina, a Igreja de Nossa
que edificaram, cujas cicatrizes permane- Senhora de Lourdes, que com ele visi-
cem “ao longo dos rios Logone e Cha- tamos em seu texto, em companhia de
ri”. Restos de cidades. E somos levados José Guilherme Merquior. Na base do
a pensar com ele que “ficam, durante as longo ensaio, a descrição e a comparação
inundações, acima das águas e ainda con- com obras europeias, frequentadoras de
servam traços das muralhas que as cerca- museus e da melhor crítica avalizadora.
vam, lembranças de nações cujos reis, ao Associa essa arte escultural às produções
ascenderem ao trono, amorosamente de- da Alta Idade Média, com a convicção

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declarada de que “toda arte, e sobretudo Modos de ler
a grande arte, nasce do diálogo com o O texto de abertura surpreende pela
passado”. E explicita, a partir de uma das mudança de estilo. Agora é a frase curta,
obras do Mestre: o corte na estrutura sintática tradicio-
São distintos o vocabulário e a ur- nal. É a reflexão a predominar sobre a
didura das metáforas entre o artista descrição. Mas ainda é a visão armada.
dito culto e o chamado artista popu- Lançada, iluminadora, sobre retratos, fo-
lar. Mas, ao voltar-me para as mãos tografias. O autor permite-se filigranar o
de Bernadette que recebe a visita da seu estilo.
Virgem de Lourdes, na Vermelha, as Retorna a escritura anterior nas apre-
diferenças no tempo, no material, na ciações seguintes do crítico de literatu-
técnica e na concepção da vida e da ra.
arte não impedem que a memória de
Perpassa criticamente a obra de
meus olhos as irmane, em sua tensão
Guimarães Rosa, num texto datado de
expressiva, às que a Dama com Flores
1961. Entende, com acerto, que é au-
de Verrocchio (no Bargello, em Flo-
tor de estórias para serem lidas como se
rença) encosta ao peito. (p.101)
ouvia: frase a frase. Rastreia o percurso
Curiosamente, a apreciação crítica da ficção brasileira centrada na realidade
flui associada à narrativa da visita. sertaneja e na aproximação com a fala do
Na mesma linha de pensamento, seu povo. Ressalta a dimensão simultanea-
olhar atento volta-se para uma coleção mente brasileira e universal do autor de
de imagens de santos e objetos de prata Corpo de baile. Mobiliza, com a radicali-
que João Marino traz de São Paulo para dade do seu juízo de valor, a reflexão dos
exibir em Lisboa, na Fundação Calous- colegas de ofício: “Sagarana rompe, no
te Gulbenkian, também centrada na arte entanto, com os processos ingênuos que
popular de santeiros e artesãos, notada- crivam de infelicidade a maior parcela
mente “barristas e talhadores que saíram da ficção telúrica brasileira – na qual só
de seus vilarejos escondidos, para atra- existia realmente um grande livro: Fogo
vessar o Atlântico”. A partir delas, no- morto” (p.129).
vas considerações sobre o percurso dessa O próximo comentário, de 1999,
arte em terras coloniais do Brasil. envolve Bolor, de Augusto Abelaira, na
Conclui esse primeiro segmento com sua edição brasileira. Considera-o “um
três breves textos. O primeiro, sobre o grande escritor”, de linhagem macha-
diálogo pictural de Carlos Bracher com diana. De palavras afiadas, “manejadas
Van Gogh, deliberadamente assumi- como parte do enredo, expresivamente
do, diálogo-homenagem, que conside- perfeitas, e claras, e precisas, e agudas, e
ra além da mera repetição ou pastiche, diretas”. Uma resenha nuclearizada no
mas continuação, centrada “no desejo estilo e na comparação de que a adjetiva-
vangoghiano de desenhar com a própria ção exemplificada dá a medida.
cor”. O segundo, nuclearizado nas tape- O objeto do texto seguinte, escrito
çarias de Concessa Colaço. O último da em 2001, é O Ateneu, de Raul Pompéia.
série, uma página sobre o traço de Cary- Alberto compara a técnica do romancis-
bé, testemunho e documento da gente e ta à arte da pintura. E lê romance além
dos mistérios da Bahia. da sátira e da écriture artistique a que a

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crítica costuma associá-lo. Valoriza o que Lúcia Palhares-Burke, uma biografia de
chama de “o nervosismo de uma lingua- Gilberto Freyre, que considera “muitís-
gem que nasce como verdade na boca e simo bem escrito”.
na mão de um hipersensível que carrega E retorna à Africa, tema de sua espe-
o início de uma adolescência como um cial predileção, e ao aprofundamento.
peso doloroso no coração machucado e Para situá-la em sua relação com a lite-
faz de sua história a verdadeira carta de ratura brasileira. Retoma Castro Alves e
quem se adivinha suicida” (p.138). sua África literária, que considera longe
Entende, e desde a primeira leitura do real, e o documentado Coelho Neto,
que, na juventude, fez do romance, que do romance Rei negro. Aponta vagueda-
“o grande tema desse livro é um menino de e referências indiretas dos poemas ne-
com medo. Com medo da orfandade da gros de Jorge de Lima, centrado mais na
vida”. Centraliza, portanto, o juízo na “África como fonte de palavras. De pala-
construção do personagem. Considera o vras quimbundas, umbundas, quicongas,
livro “quase perfeito”. E, fiel à sua pena fons e iorubanas, que o poeta usou com
crítica, compara, assinalando diferenças, grande mestria, com uma percepção de
para acentuar singularidades. Com o me- seus valores sonoros e plásticos”, uma
nino de Casimiro de Abreu, com suas África, para o crítico, vocabular. Louva
saudades da aurora de sua vida, com a Luanda, Beira, Bahia, de Adonias Fi-
sofrida criança preservada por Humberto lho, como belo romance, mas ressalta
de Campos nas suas Memórias, com In- que a África nele mostrada “são franjas
fância, de Graciliano Ramos, O nariz do portuguesas da África colonizada, com
morto, de Antônio Carlos Villaça, Chove os africanos como figurantes menores,
sobre a minha infância, de Miguel San- quase estrangeiros”. Afirma que é com
chez Neto, e ainda com Menino de en- Antônio Olinto que o continente negro
genho, de José Lins do Rego, Segredos de entra de verdade na nossa literatura, com
infância, de Augusto Meyer, O menino A casa da água, O rei de Keto e Trono de
e o palacete, de Thiers Martins Moreira, vidro. Destaca ainda Ganga-Zumba, de
Histórias da minha infância, de Gilberto João Felício dos Santos, Tróia negra, de
Amado, os poemas de Menino antigo, de Jorge Landmann, e O trono da rainha
Carlos Drummond de Andrade, Baú de Jinga, de Alberto Mussa. Em sua maio-
ossos e Balão cativo, de Pedro Nava, Pro- ria, trata-se de textos que situam o negro
sas, de José Paulo Paes. Comparar: mais numa visão distanciada. Um contrapon-
um procedimento recorrente na sua leitu- to interessante seria a comparação com
ra crítica. Ao leitor deixa a abertura para negros e descendentes de negros que
as suas próprias conclusões e ampliações. escreveram poemas e ficção compromis-
A resenha seguinte, do mesmo ano, sados com a etnia, como sujeitos do seu
percorre a obra do amigo Herberto Sa- próprio discurso. O ensaio do crítico
les, ao ensejo da data em que comple- abre espaço para esta perspectiva.
taria, vivo fosse, 84 anos de idade: 21 A África presentifica-se ainda, em-
de setembro de 2001. Comenta a lin- bora indiretamente, no escrito de 2005
guagem de seus romances, o seu relacio- sobre o fotógrafo e estudioso da cultura
namento com sua obra. Segue-se outra africana “Pierre Verger, de parisiense a
resenha, agora sobre o livro de Maria afro-brasileiro”.

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Palavra e canto
A seção faz-se de estudos críticos, au-
tores e sobre textos.
Em “Fernando Pessoa, grego”, Al-
berto privilegia a intertextualidade.
Um ensaio sobre Augusto Meyer
apoia-se em associações. Poema-puxa-
poema. Poeta-puxa-poeta. O crítico dia-
loga, de início, com antigo texto seu e
com um texto de seu pai Da Costa e Sil-
va, e segue costurando relações, influên-
cias, intertextos. Ao fundo, sua erudição,
a riqueza de sua bagagem de leituras.
Ao longo da análise empreendida, ainda
uma vez a comparação. Sem preocupa-
ção com modelizações, teorias apriorísti-
cas. Reflexões de leitor excepcionalmente COSTA E SILVA, Alberto da. O quadrado
amarelo. São Paulo: Imprensa Oficial do
municiado. Em destaque, o gauchismo
Estado de São Paulo, 2009. 248p. 73il.
presente na obra do poeta. Na paisagem
e no vocabulário. Os adjetivos do crítico
revelam o seu entusiasmo pelo autor de
Poemas de Bilu. se depreende da poesia do brasileiro, o
“Morte no avião”, o poema de Car- vocabulário buscado nas ciências bioló-
los Drummond de Andrade, ganha lei- gicas e no monismo de Haeckel, no evo-
tura original, nuclearizada no humor lucionismo de Spencer. Destacada, a sua
drummondiano. Lateralmente, ainda atualidade. No processo literário brasi-
comparações. Com Manuel Bandeira, leiro, o crítico aponta com originalida-
com Augusto Meyer. de, e fundamenta a sua tese, o diálogo
“Um sonho como pretexto” reúne com Bilac, ressaltado o dilaceramento da
poemas de José Paulo Moreira da Fon- poesia do primeiro.
seca, Ferreira Gullar, Fernando Pessoa e Marly de Oliveira tem a sua poesia
seus heterônimos, em reflexões em tor- analisada na minuciosa resenha que traz
no de grafismo. seu livro Retrato como ponto de refe-
Um estudo sobre Augusto dos An- rência nuclear. O crítico situa o volume
jos apoia-se na categoria estilo epocal. como uma autorreleitura do itinerário
E, sempre, a literatura comparada, a poético que Marly empreende, à seme-
leitura inntertextual. Agora destacados lhança do que fez o crítico espanhol
Camões, Antero de Quental, Bocage, Carlos Bousoño. Mas, assinala, em outra
Cesário Verde, Bilac. Semelhanças e des- direção: trata-se de um diálogo de ver-
semelhanças. Assinalada, a construção sos, os novos relendo os antigos, numa
anteriana e camoniana dos sonetos do revisão de si mesma, como poeta, como
poeta, a presença do trágico e da visão vida. Elogia a limpidez da linguagem,
pessimista. Na diferença, o evolucionis- o vocabulário de tradição camoniana, o
mo assumido e a aspiração nirvânica que visualismo das imagens, a tranquilidade

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da sensualidade, “aguçada em sua aspi- de beleza, de paisagens e de gente. As-
ração mística”. Considera-a “senhora do sociações com telas, pinturas. Fecha-se o
verso” e da “estrofe luminosa, precisa e ciclo: o “quadrado amarelo” encontra as
sempre emocionada”. Entende que, no aquarelas de Thomaz Ianelli.
livro em exame, “descreve-se a busca da Completa-se o prazer da leitura, cla-
unidade entre o ser e o fazer, entre a vida rificadora de espaços de ver além das for-
e o poema, no correr do tempo”. Am- mas, de ler além do discurso manifesto,
plia a percepção do silêncio do texto. de abertura de perspectivas diante das
A leitura de A árvore seca, livro de artes plásticas e da literatura. Associam-
Alexei Bueno, resenhada na sequência, se a visão de mundo do artista, revelada
aponta o desencanto, a amargura, a de- nas obras, e a visão do observador aten-
sesperança, que marcam seus poemas. to, a usufruir-lhes a representatividade
Destaca, como marca dominante na téc- como coisas de beleza e de cultura.
nica do poeta, o apego às formas fixas e
Rio de Janeiro, 16 de outubro de 2009
tradicionais, bem medidas e ritmadas.
Outra resenha repassa criticamente
a poesia de Oswaldino Marques, a par-
tir da leitura de Usina do sonho. Alberto
ajuíza, elogia, descreve, aponta temas
dominantes. O leitor que usufrui super-
põe-se ao crítico que analisa.
O último objeto dos modos de ler é a
Antologia efêmera do “por dentro e por
fora português” E. M. de Melo Castro.
Livro em que, no juízo do crítico, se con-
ta “a vida de um poeta sanguíneo, exu-
berante a apaixonado, que marcou com
sua pregação, atividade e exemplo meio
século de poesia portuguesa”, de “um
dos porta-estandartes de uma geração
que surgiu apertada entre a intolerância
salazarista e o sectarismo dos neorrea-
listas, mas acabou por colocar Portugal
em dia com o resto do Ocidente”, “um
vanguardista tradicionalista, do mesmo
modo que é um barroco contido”. Na
base da leitura, a dinâmica do processo Domício Proença Filho é professor emérito
literário. titular de Literatura Brasileira da Univer-
sidade Federal Fluminense, aposentado. É
O dia de ontem
autor, entre outras obras, de A linguagem
A apreciação crítica cede espaço, nes- literária; estilos de época na literatura, Pós-
se último bloco, a dois textos-memória: modernismo e literatura (estudos críticos).
“Lembranças de Lagos”, na Nigéria, e “A É membro da Academia Brasileira de Letras.
luz de Lisboa”. Impressões. Descobertas @ – domicio.proenca@terra.com.br

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