Considerando a Legislação vigente a respeito da Libras, o Decreto 5626/2005, que
regulamenta a Lei da LIBRAS e o artigo da Lei 10.098/2000 preconiza que o ensino da Libras como primeira língua e o Português como segunda, para pessoas surdas: Como o profissional da educação pode contribuir para que a Lei possa ser cumprida e fazer valer os direitos dos alunos surdos?
Todos nós temos direitos e deveres. Em virtude das leis temos a
segurança jurídica necessária para exercermos nossos direitos. A cidadania é garantida através de normas constitucionais, leis e decretos emitidos pelo governo.
De forma geral, a lei 10.098 de 19 de Dezembro de 2000 que estabelece as
normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, incluindo a comunicação. No artigo 2°, inciso IX é assegurado o direito a comunicação dos surdos através da Libras. Podemos afirmar que esta lei foi precursora para a garantia da cidadania dos surdos, por assegurar o direito à comunicação em um de seus dispositivos.
De forma mais incisiva, de acordo com a Lei número 10.436, de 24 de
abril, de 2002, a Língua Brasileira de Sinais é reconhecida como meio legal de comunicação e expressão a Língua Brasileira de Sinais - Libras e outros recursos de expressão a ela associados. O Decreto 5.626, de 22 de dezembro de 2005 regulamenta a Lei no 10.436, de 24 de abril de 2002, e o art. 18 da Lei no 10.098, de 19 de dezembro de 2000. Já se passaram 16 anos desse marco histórico para a comunidade surda, porém sempre há a necessidade de se avaliar até que ponto está lei está sendo aplicada.
O fato é que, na maioria das escolas já possuem profissionais intérpretes
de libras e professores com formação específica para interagir com os surdos. De acordo com Pereira & Silva (2003) existe uma grande barreira para a interação dos surdos em sala de aula, o próprio professor, que ao criar uma imagem equivocado do aluno surdo pode prejudicar o processo de ensino aprendizagem.
Um dos aspectos importantes para as autoras está em os professores ter
mais sensibilidade e desenvolver um trabalho específico para lidar com seus alunos surdos. Antes de acreditar que os surdos têm muita dificuldade para aprender, os professores precisam estar preparados para dar atenção especializada para o seu público surdo. O discurso precisa estar ligado a prática. Sabemos que os surdos têm a mesma capacidade que os ouvintes de aprender, porém na prática exigimos menos de nossos alunos surdos, tendo uma atitude contraditória? Ensinar surdos envolve ter sensibilidade e empatia. Acreditar no potencial deles envolve criar medidas que façam na prática eles estarem incluídos em sala de aula. Referências
SILVA, A. B. P.; PEREIRA M. C. C. O Aluno Surdo na Escola Regular: Imagem e Ação do
Professor. Psicologia: Teoria e Pesquisa, Campinas, Vol. 19, 2003.