Documenti di Didattica
Documenti di Professioni
Documenti di Cultura
Nesse universo, é inegável que a luta de alguns setores em favor da racionalização dos
processos construtivos começa a apresentar resultados auspiciosos, consideradas as
limitações de mercado e apesar da falta de uma política oficial voltada ao estímulo de
pesquisas. Prova evidente dos avanços referidos é a norma produzida pela Associação
Brasileira de normas Técnicas (ABNT) que fixa as condições exigíveis, no projeto, para
a execução e controle de estruturas pré-fabricadas de concreto armado ou protendido.
Ela se aplica, segundo a entidade, também a estruturas mistas: aquelas construídas
parcialmente de elementos pré-fabricados e moldados no local.
As raízes históricas
Não só a guerra ocasionou a demanda. Nas décadas de 20 e 30, alguns países europeus,
como a França, haviam congelado aluguéis e desestimulado investimentos na
construção civil. E, além de desestimular investimentos, alguns governos simplesmente
deixaram de realizar construções. Portanto, quando hoje se diz que a Europa praticou
um inédito programa de reconstrução, deve-se levar em conta que ele tinha em vista não
só as construções destruídas pelos bombardeios, mas todo um grande patrimônio
habitacional dilapidado, já que em amplo período anterior ao conflito não se havia
investido maciçamente no setor. Quando Eugéne Claudius Petit assumiu o Ministério do
Urbanismo e da Reconstrução francês, em setembro de 1948, teve pela frente uma
demanda semelhante à que se observa hoje aqui. Ele dizia ser necessário refazer por
volta de dez milhões de habitações, incluindo nessa projeção tanto as destruídas pelas
bombas quanto as danificadas pelo tempo ou outros fatores. Mas a escassez de recursos
nos países esgotados pela guerra orientou e determinou prioridades: a reconstrução de
indústrias, sistemas de comunicação, transportes etc. A situação era de tal ordem que a
Inglaterra controlava com rigor o direito de construir, já que os investimentos e os
materiais necessários eram fundamentalmente canalizados para fins sociais ou de
produção. Essa fase foi muito importante, pois fortaleceu a consciência da necessidade
da racionalização dos componentes, e caracterizou-se por uma impressionante
objetividade no uso dos materiais.
Os avanços no Brasil
Hoje, nota-se que o país poderia obter ainda mais avanços na área do pré-fabricado,
caso houvesse uma política dirigida para as pesquisas e para o aprimoramento das
técnicas existentes. Pois a medida em que houvesse esse tipo de integração governo-
empresa, a tecnologia experimentaria maior processo de evolução. E com uma
extraordinária vantagem adicional: ajudaria a consolidar cada vez mais a memória
técnica, imprescindível ao desenvolvimento do setor.