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MELHORA DA RETARDANCIA À CHAMA DE TECIDO DE ALGODÃO

USANDO RECOBRIMENTO
Ricardo Zottis; Marcos Batistella ; Pedro Henrique Hermes de Araujo; Selene Maria Arruda Gueli Ulson de Souza; Ayres
Ferreira Morgado; Antonio Augusto Ulson de Souza
LABMASSA - Laboratório de Transferência de Massa e LABSIN – Laboratório de Simulação Numérica de Sistemas Químicos,
Departamento de Engenharia Química e Engenharia de Alimentos, Universidade Federal de Santa Catarina, CEP 88.040-900 -
Florianópolis-SC – Brasil; E-mails: marcosbatistella@gmail,com, selene.souza@ufsc.br, antonio.augusto.souza@ufsc.br

1. Introdução 3. Resultados
Os tecidos de algodão são constituídos predominantemente por celulose e As amostras foram submetidas ao teste de resistência à chama vertical através
apresentam elevada área superficial em relação à massa de fibra, fatores que do qual se avaliou o tempo de queima e o comprimento carbonizado (CC) dos
favorecem a ignição, acarretando danos em casos de incêndios. Assim, a tecidos. Os resultados obtidos neste teste são mostrados na Tabela 2 e as
melhora da resistência à chama contribuem para a diminuição de acidentes, amostras na Figura 3.
mortes e prejuízos materiais. Tabela 2 – Resultados do teste de queima vertical. Figura 3 – Amostras submetidas ao teste
de queima vertical.
A fim de minimizar os danos causados pela ignição e diminuir o risco de Tempo para
Tempo para A1 B1
incêndios, retardantes de chama podem ser aplicados. Dentre os aditivos mais Amostra CC (cm) queima
extinção (s)
promissores e amplamente utilizados em diversos sistemas, encontram-se os completa (s)
A1 10±0.5 10,2 -
compostos fosforados. Além destes aditivos, pequenas quantidades de argila B1 11,9±0.4 11,7 -
podem ser adicionadas na formulação, a fim de obter um efeito de sinergia com C1 - - 37
D1 AD1
o composto retardante de chama. Neste contexto, no presente trabalho é D1 12,9±0.8 11,2 -
apresentada uma metodologia para incorporação da argila bentonita sódica no E1 - - 76
tratamento retardante de chama em tecido de algodão, a fim conceder AD1 - - 74
propriedades ignífugas a este material.
Decréscimo na estabilidade térmica das amostras: a temperatura de degradação
2. Metodologia inicial do algodão puro é de cerca de 345 °C1,2, esta temperatura é deslocada
para 293, 302 e 295 °C para as amostras C1, D1 e AD1.
Utilizou-se tecido plano, 100% algodão, branco, com gramatura média de 192
g/m² (±5%), do tipo sarja 2x1. Foi usada a argila natural do tipo montmorilonita O algodão decompõe-se completamente em 490 °C1,3. A quantidade de resíduos
sódica (MMT), marca Cloisite® Na+, produzida pela Southern Clay Products a 700 °C é de 13,5 % para amostra C1, 17,4 % para a amostra D1 e 12,6 %
(Texas, EUA). O retardante à chama utilizado foi um fosfato de amônio para a amostra AD1. Assim a quantidade de resíduo ao final é maior que a
monobásico, contendo entre 26-27% de fosforo e 11-12% de nitrogênio. quantidade de argila de cada formulação, indicando que houve uma
carbonização parcial das amostras.
A pasta homogeneizada foi aplicada sobre o tecido pelo método de
Figura 4 – Curvas de perda de massa do tecido de algodão
recobrimento. Utilizou-se uma rama de laboratório, modelo LTE-S, marca (ST) e das amostras C1, D1 e AD1.
Mathis. As formulações estudadas são mostradas na Tabela 1.
Figura 1 – Metodologia utilizada para o preparo da pasta e recobrimento do tecido.

Tabela 1 – Nomenclatura e formulaçoes usadas neste estudo, corrigidas para a 4. Conclusões


quantidade massica após a aplicaçao da pasta de recobrimento.
Amostra V323 FR MMT • Os testes de queima vertical mostraram que o uso apenas do retardante à
A1 31.1±0.9 12.4±0.4 6,2±0.2 chama não foi eficaz para melhorar a resistência à chama do tecido. Porém, a
adiçao de argilas melhorou significativamente a retardância à chama, levando
B1 29.5±0.1 11.8±0.1 14,7±0.1
à rápida extinção do fogo.
C1 30.9±1.4 9.3±0.4 6,2±0.3
• A analise termogravimétrica mostrou uma queda na estabilidade térmica nas
D1 29±0.9 8.7±0.3 14,5±0.4 amostras recobertas, evidenciando a liberação dos compostos voláteis antes
E1 27.6±0.8 5.5±0.2 13,8±0.4 da degradação do tecido, que é um fator essencial para a melhora da
AD1 29.6±0.9 9.1±0.3 -
resistência a chama. Além disso, as amostras recobertas mostraram um
aumento na quantidade do resíduo carbonáceo à 700 °C, indicando uma
Figura 2 – Esquema dos testes de queima vertical.
melhora na estabilidade a altas temperaturas.
O comportamento de queima de todas
as amostras foi avaliado pelo teste de
resistência à chama vertical conforme
5. Referências
mostrado na Figura 2. Corpos de prova
de 30,0 x 7,5 cm foram cortados no [1] HORROCKS, A. R. e colab. Pol Int, v. 49, n. 10, p. 1079–1091, 2000.
sentido da trama do tecido. Doze [2] HORROCKS, R. e colab. J Ind Tex, v. 29, n. 3, p. 206–239, 2000.
[3] LECOEUR, E. e colab. Pol Deg Stab, v. 74, n. 3, p. 487–492, 2001.
corpos de prova de cada tratamento
foram submetidos ao ensaio. Neste
teste, aplica-se uma chama na base da Agradecimentos
amostra durante 12 s, e avalia-se a
distancia que a chama danificou o Aos laboratórios LABSIN e LABMASSA, pelo suporte financeiro e
tecido, denominada de comprimento infraestrutura. Ao CNPq, pela bolsa concedida e apoio financeiro.
carbonizado (CC).

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