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ESEC - Seridó
UFRN
Curso de Campo PPG Ecologia
PESQUISADORES
DOUTORANDOS
MESTRANDOS
Ana Clezia Simplicio de Morais Bruno Gazola de Faria Emerson de Medeiros Sousa
Leide Amara Pereira da Silva Leonardo Emmanuel F Carvalho Lucas Viegas Francisco
EMERSON DE MEDEIROS SOUSA, LEIDE AMARA SILVA, RICARDO ALMEIDA EMIDIO, TONNY MARQUES
DE OLIVEIRA JUNIOR, GUILHERME GERHARDT MAZZOCHINI
Resultados
Press, M.C. & Phoenix, G.K. 2005 Press M. C., Graves J. D. Stewart G. R.
Impacts of parasitic plants on 1988. Transpiration and carbon
natural communities. The New acquisition in root hemiparasites.
phytologist, 166, 737-51. Jornal of experimental botany. 39:
1009-1014.
Reid N; Yan Z., Fittler J. 1994. impact of
mistletoes (Amyema miquelii) on Howell B, E. Mathiasen R.L. 2004.
host (Eucalyptus blakelyi and Grouth impacts of Psitacanthus
Eucalyptus melliodora) survival and angustifolius Kuijt on Pinnus oocarpa
growth in temperate Autralia. Forest Schiede in Honduras. Forest ecology
ecology management 70: 55-65. and management 198: 75-88.
Silva, A. & del Rio, C. M. 2008. Effects of Westoby, M. (2000) Seed mass and
the Mistletoe Tristerix aphyllus seedling dimensions in relation to
(Loranthaceae) on the Reproduction seedling establishment. Oecologia,
of Its Cactus Host Echinopsis 11-17.
chilensis. Oikos, 75, 437-442.
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Curso de Campo Ecologia da Caatinga, PPG Ecologia, UFRN, 2011
LEONARDO EMMANUEL FERNANDES DE CARVALHO; BRUNO GAZOLA DE FARIA & ELIANA FARIA DE
OLIVEIRA
Discussão
A utilização do método de
vizinhança por raio fixo pode não ter
sido ideal para detectar o efeito real da
densidade dos vizinhos coespecíficos.
Berger et al. (2008), numa revisão
Figura 2. Relação entre a densidade e sobre competição entre plantas,
biomassa em Stachytarpheta mostrou que a metodologia de
sanguinea. vizinhança por raio fixo não considera a
heterogeneidade das amostras, uma
vez que a influência dos vizinhos
diminui com a distância do centro.
ID = Σ ni*Ci/N
0,8
0,7 Ab. Total
0,6
0,5 Bio. Total
0,4
0,3
0,2 Figura 3. Índice de dano foliar para
0,1
0 Catingueira (Ca) e Marmeleiro (Ma).
Discussão
Figura 2. Abundância e biomassa total A vegetação de Caatinga da
das espécies encontradas no estudo ESEC encontra-se em estado de
O resultado da regressão regeneração, contendo muitas áreas
múltipla para herbivoria da catingueira com domínio de espécies pioneiras
e marmeleiro mostrou que nenhuma (Santana, 2009). Isso se deve ao fato da
das variáveis analisadas (riqueza, ESEC ter sido criada em uma área com
abundância, distância do leito e histórico de cultivo de algodão e forte
biomassa) influenciou a taxa de pressão antrópica.
herbivoria nas espécies estudadas
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espécie foram o que definiram a Dantas, B. F., Lopes, A P., Silva, F. F. S.,
intensidade de herbivoria sobre as Lúcio, A A, Batista, P. F., Pires, M.
mesmas, sendo a caatingueira pouco M. M. L., Aragão, C. A, 2009.
predada provavelmente por um Taxas de crescimento de mudas
mecanismo de inibição e o marmeleiro de Catingueira submetidas a
altamente predado por sua habilidade diferentes estratos e
de tolerar e compensar o efeito sombreamentos. Revista Árvore
negativo dos herbívoros. 33:413-423
Tabela 1. Lista taxonômica das aves registradas na ESEC (Seridó, Serra Negra, RN).
rolinia caldo de
Columbidae Columbina talpacoti feijão
Abundância de ectoparasitas 20
MfSP2
MfSP3
15 MfSP4
MfSP5
10
0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18
Indivíduos
Neotropical bird lice. Oikos, Nunn, C.L., Altizer, S., Jones, K.E.,
94(3), 455-467. Sechrest, W., 2003. Comparative
Tests of Parasite Species
Clayton, D.H., Koop, J.A.H., Harbison,
Richness in Primates. The
C.W., Moyer, B.R., Bush, S.E.,
American Naturalist, 162 (5),
2010. How Birds Combat
597-614.
Ectoparasites. The Open
Ornithology Journal, 3, 41-71. Poulin, R., 2004. Macroecological
patterns of species richness in
Hughes, J., Page, R.D.M., 2007.
parasite assemblages. Basic and
Comparative tests of
Applied Ecology 5, 423-434.
ectoparasite species richness in
seabirds. BMC Evolutionary Stanko, M., Miklisová, D., Goüy de
Biology, 7: 227. Bellocq, J., Morand, S., 2002.
Mammal density and patterns
MacArthur R.H., Wilson O.W. 1963. An
of ectoparasite species richness
Equilibrium theory of insular
and abundance. Oecologia
zoogeography. Evolution 17:
131:289–295.
373-387.
Takemoto, R.M., Pavanelli, G.C.,
Morand, S., Poulin R., 1998. Density,
Lizama, M.A.P, Luque, J.L.,
body mass, and parasite species
Poulin R., 2005. Host population
richness of terrestrial mammals.
density as the major
Evolutionary Ecology, 12, 717–
determinant of endoparasite
727.
species richness in floodplain
fishes of the upper Paraná River,
Brazil. Journal of Helminthology
79, 75-84.
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DAVID LUCAS ROHR, LAURA MARTINA FERNANDEZ, ANA CLÉZIA S. DE MORAIS, PHOEVE MACARIO
estudadas. Para tanto, cada indivíduo espécies. Para estas análises foi
foi colocado na pista distante 6m de um utilizado o software PAST versão 2.08.
“observador-predador”, que se
Resultados
aproximava a uma velocidade
constante até que o indivíduo Comportamento de fuga
apresentasse um comportamento de
fuga ou fosse alcançado. Assim, foram A espécie L. macrosternum
observadas medidas da tolerância de apresentou comportamento de fuga
aproximação - distância mínima de significativamente mais freqüente do
aproximação do observador tolerada que R. jimi (χ² = 11,43; g.l. = 1; p <
pelo sapo/rã antes do deslocamento; 0,001) (Fig. 1).
distância da fuga - deslocamento total
até o último pulo; o número de saltos -
saltos dados logo após aproximação;
distância do salto – média dos saltos
(distância de fuga/número de saltos).
Além disso, foram realizadas as
seguintes medições morfométricas:
comprimento rostro-cloacal (CRC);
circunferência da coxa; e comprimento
da pata posterior direita, objetivando
relacioná-las à distância de fuga e do Figura 1. Frequência de
salto. comportamento de fuga, sendo barras
pretas o número total de indivíduos
Foi realizado um teste de Qui- testados e barras cinzas o número de
quadrado para avaliar se havia indivíduos que não fugiram.
diferença significativa entre o número
de indivíduos de cada espécie que Influência do CRC na tolerância de
apresentaram comportamento de fuga. aproximação
Para verificar se o CRC influencia a
tolerância de aproximação, foi utilizada A tolerância de aproximação de
uma regressão linear simples. Um teste ambas as espécies não foi influenciada
t foi aplicado objetivando detectar de forma significativa pelo tamanho
diferença significativa na distância do corpóreo dos indivíduos (L.
salto entre as espécies. Foi feita uma macrosternum - R²=0,0112; g.l.= 25; F=
Análise de Componentes Principais 0,2832; p=0,6053. R. Jimi – R²= 0,039;
(ACP) para reduzir o número de g.l.= 13; F= 0,2832; p=0,6053).
variáveis morfométricas, onde os
Distância do salto entre as espécies
“scores” do primeiro eixo mais
explicativo foram utilizados Não houve diferença
posteriormente numa regressão com a significativa entre a distância do salto
distância do salto e da fuga para ambas
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Dados morfométricos
Referências
A B
D
C
Figura 1. Valores observados sob e fora da copa de P. pyramidalis. A) Densidade de indivíduos de lenhosas.
B) Número de morfotipos de lenhosas. C) Densidade de indivíduos de herbáceas. D) Número de morfotipos
de herbáceas. As ligações entre os pontos representam os pares de tratamentos.
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12
Coccyzus 3
10
riqueza de espécies
mellocoryphus
8
Columbina picui 3
6
4
Columbina squammata 7
2
Columbina talpacoti 12
0
pileatus habitat
Cyclarhis gujanensis 4
Figura 2. Boxplot da riqueza de
Furnarius leucopus 1
espécies entre os habitas de capoeira
Leptotilla vereaux 1
e mata.
Myiarchus tyrannulus 2
Myiodinastis 1
20
maculatus
15
abundância de espécies
Paruaria dominicana 1
Pitangus sulphuratus 1
10
Sinallaxis frontalis 3
5
Tapera naevia 1
0
Troglodytes musculus 3
Figura 3. Boxplot da abundância das
Turdus amaurochalinus 1
espécies entre os habitats de
Turdus rufiventris 2
capoeira e mata
Volatinia jacarina 1
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80
floresta (%) das espécies de aves
60
entre os habitat de capoeira e de
mata.
peso (g)
40
Habit Migração Dependência
20
at floresta
RA RT MI IN SE DEP
0
10 15 20 25
G D MI bico (mm)
Cap 95. 3.3 1.7 66. 30. 3.3 Figura 4 Distribuição das guildas
0 7 0 alimentares da comunidade de aves
Mata 42. 57. 0.0 14. 57. 28.6 em relação as medidas
9 1 3 1 morfométricas de peso e bico. O
RA=Residente anual; RT= residente cruzamento das linhas tracejadas
temporário; MIG= migração; indica as medianas do intervalo de
IND=independente; SEMI=semi- valores de bico e peso. As guildas
dependente; DEP=dependente. tróficas no mesmo quadrante
indicam estrutura fenotípica
As variáveis morfométricas de agrupada. Legenda: ● artrópode; ○
peso, cúlmen exposto e asa foram frugívoro; ▲ granívoro; ∆
relacionadas por meio da MANOVA insentívoro; ■ nectarívoro; □ onívoro.
com as guildas mais representativas Azul: Turdidade; Vermelho:
(onívoros, insentívoros e granívoros) Columbina sp. (Columbidae); Verde:
e teve uma diferença significativa Leptotilla vereaux (Columbidae).
(F=3,12; g.l.= 4; p=0,0167). A Figura 4
ilustra o gráfico de dispersão dos
caracteres de peso e cúlmen exposto
Discussão
(bico) com todas as guildas tróficas
de aves encontradas na amostra. A amostragem de um dia da
comunidade de aves na ESEC
apresentou 24 espécies, sendo que
destas, apenas uma ocorreu
exclusivamente na área de mata. A
maior riqueza e abundância de aves
em áreas de capoeira podem ser
explicadas pela hipótese do distúrbio
intermediário (Osman, 2008). Porém,
para confirmar esta hipótese é
necessário incluir nos tratamentos
um habitat mais degradado que a
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LEIDE AMARA P. SILVA; RICARDO ALMEIDA EMIDIO; EMERSON DE MEDEIROS SOUSA; TONNY
MARQUES DE OLIVERA JÚNIOR E DAVID LUCAS ROHR
Análise de dados
orientação III
Projetos com
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TONNY MARQUES; ELIANA FARIA DE OLIVEIRA; ANA CLÉZIA SIMPLÍCIO DE MORAIS; LEONARDO
EMMANUEL FERNANDES DE CARVALHO
Figura 2. Relação da AF do
comprimento da asa flat de C.
squammata com o peso.
fluctuating asymmetry in the blu tit. Nijhout, H. .F. & Davidowitz, G. 2003.
The Condor, 98: 172-175. Developmental perspectives on
phenotypic instability, canalization
Goddard, K. W. & Lawes, M. J. 2000
and fluctuating asymmetry. In:
Ornament size and symmetry: is the
Developmental Instability Causes
tail a reliable signal of male quality
and Consequences.(M. Polak,ed).
in the red-collared widowbird? The
New York: Oxford.
Auk, 117: 366-372.
Ribeiro, E. M. S. 2009. Mudança de
Hovorka, M. D. & Robertson, R .J. 2000.
simetria, diminuição na área e
Food stress, netling growth, and
assimetria floral alteram a visitação
fluctuating asymmetry.Can.
em Oxalis psoraleoides
Jour.Zoology, 78: 453-459.
(Oxialidaceae). Pp 198-208. In: Leal,
Jurd, R. D. 2004. Animal Biology. I.R.; Almeida, W. R.; Aguiar, A. V.
University of Essex, Colchester, UK. Ecologia da caatinga: curso de
campo 2009.
Lorenzon, M. C. A. & Matrangolo, C. A.
R. 2005. Foraging o some nonfloral Sigrist, T. 2009. Avifauna Brasileira: The
resources by stingless bees avis brasilis field guide to the birds
(Hymenoptera, Meliponini) in a of Brazil. 1ª edição, São Paulo:
caating region. Brazilian Journal Editora Avis Brasilis, 2009.
Biology, 65: 291-298.
Silva, J. M. C. 2003. Introdução. Pp 9-
Moller, A. P. 1995. Patterns of 10. In: J. M. C. Silva, M. Tabarelli, M.
fluctuating asymmetry in sexual T. Fonseca & L. V. Lins (eds.),
ornaments of birds from marginal Biodiversidade da Caatinga: áreas e
and central populations. Amercian ações prioritárias para a
Naturalist,145: 316-327. conservação. Ministério do Meio
Ambiente. Universidade Federal de
Pernambuco, Fundação de Apoio ao
Desenvolvimento da UFPE,
Conservation International do Brasil,
Fundação Biodiversitas, EMBRAPA
Semi-Árido.
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72
73
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Janzen, D.H. 1970. Herbivores and the Press, M.C. & Phoenix, G.K. 2005
number of tree species in tropical Impacts of parasitic plants on
forests. American Naturalist, 104: natural communities. The New
501–528. phytologist, 166: 737-51.
Nathan, R., Safriel, U.N., Noy-Meir, I., Reid N; Yan Z., Fittler J. 1994. impact of
Schiller, G. 2000. Spatiotemporal mistletoes (Amyema miquelii) on
variation in seed dispersal and host (Eucalyptus blakelyi and
recruitment near and far from Pinus Eucalyptus melliodora) survival and
halepensis trees. Ecology, 81: 2156– growth in temperate Autralia. Forest
2169. ecology management 70: 55-65.
Nathan, R., Casagrandi, R. 2004. A Silva, A. & del Rio, C. M. 2008. Effects of
simple mechanistic model of seed the Mistletoe Tristerix aphyllus
dispersal, predation and plant (Loranthaceae) on the
establishment: Janzen-Connell and Reproduction of Its Cactus Host
beyond. Journal of Ecology, 92: 733– Echinopsis chilensis. Oikos, 75,
746 437-442.
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Coleta de dados
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80
81
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Lehtila, k. & Strauss, S. Y. 1999. Effects Strauss, S. Y. 1997. Floral characters link
of foliar herbivory on male and herbivores, pollinators and plant
female reproductive traits in wild fitness. Ecology 78:1640-1645.
radish Raphanus raphanistrum.
Ecology 80:116-124.
81
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PEDRO DE F. CAPISTRANO; EMERSON DE MEDEIROS SOUSA; LEIDE AMARA P. SILVA E DAVID LUCAS
ROHR
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LAURA MARTINA FERNÁNDEZ, GUILHERME MAZZOCHINI, LEIDE AMARA P. SILVA E PEDRO DE FARIAS
CAPISTRANO
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copa das árvores. Nossa previsão é que iscas contendo sardinha (proteína) e
o número de espécies de formigas que cuscuz (carboidrato) distantes um
ocorrem no solo é maior que o número metro do tronco e quatro iscas nas
de espécies de formigas que ocorrem bifurcações dos galhos secundários. As
na copa das árvores. iscas foram deixadas nos pontos de
amostragem por 20 minutos. Após esse
período as quatro amostragens das
Material e Métodos formigas encontradas no solo, para
cada local, foram integradas em uma
Área de estudo bandeja e as formigas encontradas
foram acondicionadas em recipientes
O estudo foi realizado na
plásticos contendo álcool 70%. No
Estação Ecológica do Seridó - ESEC
laboratório, as formigas foram
(6º35’S e 37º15’W), que possui 1.128
identificadas ao nível de gênero. O
ha, situada no sudeste do Rio Grande
mesmo foi feito para as amostragens
do Norte, município de Serra Negra do
das formigas encontradas na copa das
Norte e pertencente à mesorregião
árvores.
Seridó. A área está presente no
domínio do bioma Caatinga, Análise de dados
apresentando vegetação secundária,
caracterizada por grande abundância Para testar a hipótese de que a
de espécies arbustivas e arbóreas de riqueza seria menor na copa em
pequeno porte, característica de uma comparação com o solo, foi realizado
caatinga em processo de regeneração um teste-t pareado.
(Bencke et al., 2006). O clima
dominante é semi-árido com
temperaturas médias anuais variando Resultados
entre 22 e 33 graus e índices
Foram encontrados seis
pluviométricos médios de 497 mm por
morfotipos de formigas pertencentes a
ano (Ibama 2004).
cinco gêneros (Figura 1). Os gêneros
mais frequentes neste estudo foram
Camponotus, Solenopsis e Pheidole.
Delineamento amostral
Os resultados indicam que
Foram escolhidas 12 árvores de
houve uma diferença significativa na
três espécies, Poinceianella pyramidalis
riqueza de formigas encontradas no
(Caatingueira), Mimosa tenuiflora
solo e na copa de árvores (t=9, g.l.=11,
(Jurema preta) e Commiphora
p<0,001; Figura 2). No solo houve em
leptophloeos (Amburana). O tamanho
média 2,25 espécies a mais que na copa
mínimo foi estabelecido em 30 cm de
das árvores (Figura 2).
circunferência à altura do solo. Em
cada árvore, foram depositadas quatro
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Discussão
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Isso pode estar ocorrendo devido às primary rain forest in Sabah, Borneo.
condições climáticas desfavoráveis da Journal of Tropical Ecology, 14: 285-
Caatinga, ainda mais críticas na copa 297.
das árvores, como altas temperaturas e Davidson, D.W. 1997. The role of
umidade escassa. Isso pode explicar a resource imbalances in the
ocorrência quase que exclusiva de evolutionary ecology of tropical
Camponotus na copa, pois é um gênero arboreal ants. Biological Journal of
com a maioria das espécies generalistas the Linnean Society, 61:153-181.
(Leal, 2003), que habita Fonseca, C.R., Overton, J.B., Collins, B.,
preferencialmente o solo mas, & Westoby, M. 2000. Shifts in trait-
possivelmente, sobe nas copas para combinations along rainfall and
forragear. phosphorous gradients. Journal of
Ecology, 88: 964-977.
Em conclusão, a limitação por
Hölldobler, B. & Wilson, E.O. 1990. The
nutrientes, o estresse ambiental e a ants. Cambridge: Belknap Press.
pouca disponibilidade de locais para
nidificar proporcionam pouca Ibama. 2004. Plano de Manejo da ESEC
vantagem para as formigas da Caatinga do Seridó.
se especializarem para habitar a copa Kaspari M. & Yanoviak S.P. 2001. Bait
das árvores. use in tropical litter and canopy
ants—Evidence of differences in
Agradecimentos nutrient limitation. Biotropica, 33:
207–211.
Ao professor Alexandre
Vasconcellos pelo auxílio na Leal, I.R. 2003. Diversidade de formigas.
identificação das formigas e à toda a In: Leal, I.R., Tabarelli, M. e Silva
equipe da ESEC – Seridó. J.M.C. 2003. Ecologia e conservação
da Caatinga. Editora Universitária,
Referências Universidade Federal de
Pernambuco, Recife. p. 3-73.
Begon, M., J.L. Harper & C.R.
Townsend. 2006. Ecology: from Power, M.E. 1992. Top-down and
individuals to ecosystems. Oxford: bottom-up forces in food webs: do
Blackwell Publishing. plants have primacy? Ecology,
73:733-746.
Bencke, G.A., Mauricio, G.N., Develey,
P.F. & Goerck, J.M. (orgs.). 2006. White, T. 1978. The importance of a
Áreas importantes para a relative shortage of food in animal
Conservacao de aves no Brasil. Parte ecology. Oecologia, 33: 71–86.
1 – Estados do Dominio da Mata
Atlántica. São Paulo: SAVE Brasil, p.
139.
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Resultados
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Fitted Model Plot
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10
5
A análise de Escalonamento
Multidimensional Não-Métrico não
separou os grupos de aranhas de
75
6,
AL 60
TU 40 ontogenético da planta (R² = 0,11; F =
75
RA
2,
20
DAS 2; p = 0,18; Fig. 3).
75
0
0,
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ANA CLÉZIA SIMPLÍCIO DE MORAIS, PHOEVE MACARIO, TANÁGARA FALCÃO, DAVID LUCAS ROHR,
96
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97
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5
encontrada durante o estudo.
4
Número de visitas
Número de visitas
Contro Tratamen Tot
3
Espécies
le to al
2
Hymenopt
1
era 1 (A. 76 58 134
mellifera)
0
C T
Hymenopt Tratamento
era 2 35 18 53 B
Apis
(Vespidae)
7
Hymenopt
6
era 3 438 390 828
5
Número de visitas
(Apoidae)
4
3
2
espécies de Hymenoptera 1 e
0
15
C T
Tratamento
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Coleta de dados
103
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4
aceita (Vielliard, 2000). Assim, a
conservação de aves da Serra Verde
2
Parciais | Riqueza de aves
Manejo da ESEC.
105
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Em relação à temperatura do
solo, o teste de ANOVA mostrou que os
tratamento diferem entre si (Figura 3;
R² = 0,725; F2,14 = 1,07; p = 0,04). No
entanto, o teste de Tukey foi apenas
marginalmente significativo, indicando
que o padrão encontrado não é muito
consistente (trilha-5 m, p = 0,09; trilha
– 10 m, p = 0,053).
Figura 1: Abundância total de formigas 35
por morfotipo.
0
Trilha 5m 10m
Tratamento
Figura 2: Compactação do solo em
diferentes tratamentos: 10 m, 5 m e no
centro da trilha.
109
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119
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TANÁGARA IRINA DE SIQUEIRA NEVES FALCÃO, PEDRO DE FARIAS CAPISTRANO, LAURA MARTINA
FERNÁNDEZ
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Resultados
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SILVANA MASCIADRI
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trilha 10 para estimação da herbivoria. As
categorias estabelecidas foram 6
M 100 m (Tabela 1). Na Figura 3 se ilustram duas
M M
folhas do marmeleiro com sinais de
herbivoria.
L. Juncos
Resultados
100 m
125
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F15
F14
F13
F12
F11
F10
Árvores em áreas Abertas e Fechadas
F9
F8
F7
F6
F5
F4
F3
F2
F1
A14
A13
A12
A11
A10
A9
A7
A6
A5
A4
A3
A2
A1
0 5 10 15 20 25 30 35 40
Herbivoria
Figura 5. Médias e desvio padrão das
Figura 4. Distribução da soma de categorias somadas de herbivoria sob
categorias de folhas herbivoradas nas os marmeleiros. Embaixo: gráfico do
árvores de mata de borda, aberta (A) e resultado do ANOVA uma via, onde se
de mata, fechada (F), na ESEC, Seridó. observa uma maior herbivoria na mata
fechada.
A análise de variância mostrou
uma diferença muito significativa entre No dendograma se observa que
a herbivoria na borda e na mata, e um a herbivoria é similar entre os
bom ajuste do modelo aos dados (R2= marmeleiros de borda (aberta), e difere
0,807, F2, 28=48,405, p < 0,001). Mas dos marmeleiros da mata (fechada),
contrariamente à hipótese prevista formando dois grupos. Porém algumas
neste trabalho, a herbivoria sob o árvores de áreas de borda
marmeleiro foi muito maior dentro da apresentaram uma herbivoria similar às
mata que nas bordas (Fig. 5). árvores de mata (Fig. 6).
Discussão
126
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Similarity
Porém, estes resultados são
0,72
0,76
0,84
0,88
0,92
0,96
0,8
F2
F13
contrastantes com o trabalho de Silva
F15
F3
F11
et al. (2009), na Caatinga
F6
F10
F12
(Pernambuco), onde não encontraram
A4
F1 diferenças entre borda e mata, na
F8
A2
F14 herbivoria de insetos sob Croton sp.
F4
F9
A5
F7
F5
Neste trabalho também se
A6
A11
A14
procuraram herbívoros nas plantas,
A9
A10
A1
mas o único registrado foi uma larva de
A13
A7
A12
Lepidoptera numa árvore de um ponto
A3
de mata fechada. É provável também
que os herbívoros estejam mais
protegidos na mata, quanto ao sol e a
Figura 6. Análise de agrupamento
predadores, do que em áreas de borda,
(Índice de Bray Curtis)
e habitam principalmente nestas áreas.
ensolaramento como a presença de Futuros estudos serão necessários para
tricomas. Embora os tricomas são uma determinar a fauna e a especificidade
proteção das plantas à insolação e à dos herbívoros no ‘marmeleiro’.
evapotranspiração, estas podem afetar
Por outro lado, parecem estar
a palatabilidade para os herbívoros.
implicados processos de sucessão nas
Durante o trabalho de campo, foi
matas amostradas. C. sonderianus se
possível observar que as folhas nas
comporta como uma espécie pioneira
áreas de borda, ensolaradas,
que habita bem lugares ensolarados.
apresentam maior pilosidade e são
Em estadios de sucessão posterior
mais coriáceas que as folhas da mata
poderia diminuir sua proporção na
(folhas com menor pilosidade e mais
mata, já que parece receber uma
macias). Isto poderia estar
pressão de herbivoria maior. Foi
determinando uma maior herbivoria
observado durante este trabalho, que
sob os marmeleiros dentro da mata
matas mais diversas apresentam uma
sendo que a pilosidade menor, também
menor abundância de ‘marmeleiros’.
como a menor insolação dentro da
Portanto, parece ser que
mata permitiriam melhores condições
posteriormente seria suplantado por
para os herbívoros. Além disso, outras
outras espécies, mudando a
observações feitas durante o trabalho
composição da comunidade a uma
mostram que não há herbivoria em
mata com diversidade quanto a riqueza
indivíduos jovens de marmeleiro, os
e proporção das espécies.
quais apresentam uma muito maior
quantidade de tricomas, mas se
apresentam afecções por vírus.
127
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Os protocolos de amostragem
foram aplicados em sete transectos
perpendiculares a trilha principal da
Serra Verde. Os transectos distavam 20
metros de altitude um do outro, sendo
o primeiro ponto localizado a 230
metros do nível do mar e o último a
350 metros, perfazendo um gradiente
altitudinal de 120 metros.
130
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Stevens, G. C. 1992. The elevational Wang, J.; Soininen, J.; Zhang, Y.; Wang,
gradient in altitudinal range: an B.; Yang, X. & Shen, J. 2011.
extension of Rapoport’s latitudinal Contrasting patterns in elevational
rule to altitude. American Naturalist, diversity between microorganisms
140: 893-911. and macroorganisms. Journal of
Biogeography, 38: 595-603.
134
135
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135
136
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E. pungens
1998). No total foram analisadas 15 folhas Morfo sp. 1
Morfo sp. 5
de cada espécie (três folhas/ indivíduo). Morfo sp. 2
A. pyrifolium
Para calcular a área foliar foram C. pyramidalis
L. ferrea
utilizadas fotografias das folhas analisadas C. sonderianus
J. moliissinea
no programa LAFORE (Lehsten, 2002). B. cheilantha
Z. juazeiro
Todas as imagens foram tiradas com um
0 1 2 3 4 5 6 7
tripé e a partir de uma altura padronizada,
Log (SLA)
assegurando assim a precisão das medidas.
Figura 1: Área específica foliar (SLA) para 17
Depois de serem fotografadas, as folhas espécies lenhosas amostradas na ESEC. Valores
foram colocadas na estufa a 80 °C, durante apresentados em escala logarítmica.
aproximadamente 18 horas. Estando
completamente secas as folhas foram
136
137
Curso de Campo Ecologia da Caatinga, PPG Ecologia, UFRN, 2011
As espécies estudadas Figura 3: Relação entre o o log (SLA) e o índice
apresentaram diferenças no índice de dano de dano foliar para 17 espécies amostradas na
foliar, variando de 1,3 até 4,2 (p=0,001). ESEC.
Como as variâncias não eram homogenias,
ao invés da ANOVA, utilizou-se 1000
simulações de Monte Carlo para testar a Discussão
significância das diferenças. A espécie
A área específica foliar (SLA) é uma
Eritroxylum pungens apresentou o menor
característica morfofuncional das plantas
índice de herbivoria enquanto Combretum
que está ligada ao retorno em fotossíntese
leprosum o maior (Figura 2).
por unidade de biomassa investida na folha
(Westoby, 1998). A partir desta ótica,
existe um trade-off entre fotossíntese e
E. pungens
Morfo sp. 5 defesa foliar, ou seja, uma folha não pode
P. deversifolium
L. ferrea investir ao mesmo tempo em superfície
J. moliissinea
C. pyramidalis fotossintetizante e em biomassa (maior
C. flexuosa
grossura, pelos, ceras, lignina, ente
Espécies
Morfo sp. 4
A. pyrifolium
Z. juazeiro fatores). Partindo de uma mesma
Morfo sp. 3
Morfo sp. 2 quantidade de biomassa, quanto maior for
B. cheilantha
Morfo sp. 1 a superfície foliar, mais fina a folha tem
C. sonderianus
T. formosa que ser. Desta forma, o SLA é uma
C. leprosum
característica intimamente associada com
0 1 2 3 4 5 as estratégias ecológicas das espécies,
Índice de dano Foliar estando correlacionada com a taxa de
Figura 2: Índice de dado foliar para 17
crescimento potencial, o tempo de vida das
espécies lenhosas amostradas na ESEC.
folhas e a resistência a herbívoros
O resultado da regressão linear (Westoby, 1998; Dubey et al., 2011).
simples demonstrou que o SLA não afeta a
Como a Caatinga é uma formação
herbivoria das espécies (R²<0,1; F1,15 = 0,12;
vegetacional situada em uma região
p = 0,91). O gráfico confirma que não existe
semiárida, sua vegetação apresenta
qualquer relação entre o SLA e o índice de
deciduidade marcante devido aos longos
dano foliar, existido espécies com um
períodos de seca sazonal (Leal et al., 2003).
mesmo valor de SLA e taxas de herbivoria
Muitas espécies lenhosas apresentam
extremamente contrastantes (Figura 3).
redução da superfície foliar, substituição
de folhas por espinhos, folhas compostas
com folíolos reduzidos e em alguns casos
4,5
entrecasca com potencial fotossintetizante
4,0
(Queiroz, 2009). Essas características são
Índice de dano foliar
3,5
estratégias relacionadas à ambientes
3,0
secos, nos quais, a eficiência no uso da
2,5
água é fundamental. Na Caatinga, as
2,0
restrições abióticas parecem ser uma força
1,5
importante na estruturação das
1,0
3,5 4,0 4,5 5,0 5,5 6,0 comunidades ecológicas, filtrando as
Log (SLA) espécies que conseguem lidar com tais
137
138
Curso de Campo Ecologia da Caatinga, PPG Ecologia, UFRN, 2011
condições (“Filtro ambiental”). O “filtro tiveram média inferior a categoria 2 (entre
ambiental” imposto pela região na qual a 1 – 6 % de dano foliar) (Figura 2). Esses
Caatinga se desenvolve pode ser uma resultados demonstram que a herbivoria é
explicação para a baixa amplitude de SLA uma pressão que afeta de forma
encontrada no estudo, uma vez que significativa quase todas as espécies
espécies com folhas grandes perderiam avaliadas e estão de acordo com as
muita água e não seriam capazes de estimativas de Coley & Barone (1996), que
manter seu balanço hídrico nessa região. sugerem que as florestas tropicais secas
são mais afetadas pela herbivoria que as
Nas florestas tropicais, os insetos florestas tropicais úmidas. Além disso,
parecem ser os grandes responsáveis pela estudos demonstram que 10% de dano
herbivoria das plantas, exercendo assim foliar já é suficiente para gerar diminuição
grande pressão evolutiva para o
no sucesso reprodutivo de uma espécie,
desenvolvimento de defesas químicas, caso ela não apresente algum mecanismo
mecânicas ou fenológicas (Coley & Barone, de compensação (Strauss & Agrawal,
1996). Uma estratégia alternativa que 1999). Na Caatinga, a deciduidade das
também pode evoluir em resposta a vegetação pode contribuir para uma taxa
pressão dos herbívoros é a tolerância ou a maior de herbivoria, uma vez que folhas
compensação (Strauss & Agrawal, 1999). decíduas geralmente apresentam poucas
Neste caso, as plantas possuem a defesas contra herbívoros (Coley & Barone,
habilidade de manter ou aumentar seu 1996).
sucesso reprodutivo na presença de
herbívoros. Esse processo pode ocorrer Nossos resultados mostram
através de uma resposta induzida pelo claramente que o SLA não é um fator
herbívoro, que acaba gerando o aumento importante para explicar a herbivoria das
na taxa fotossintética, o armazenamento plantas, pelo menos para as espécies
de carbono nas raízes, aumento da taxa de lenhosas avaliadas. Este padrão, apesar de
crescimento, entre outras formas de contrário à nossa expectativa, está de
compensação (Strauss & Agrawak, 1999). acordo com outros estudos, nos quais,
outros fatores são melhores preditores da
De uma maneira geral as pressões intensidade de herbivoria que as
exercidas pelos herbívoros são mais características morfológicas das folhas
intensas nos ambientes tropicais que nos (Diaz et al., 2001; Ruhnke et al., 2009). Um
ambientes temperados, promovendo uma ponto importante a ser levado em
maior diversidade de defesas por parte das consideração é o estágio ontogênico das
plantas e enfatizando a importância dos folhas. De uma maneira geral, nos trópicos,
aspectos evolutivos na relação herbivoro- a grande intensidade de predação ocorre
planta para estes ambientes (Coley & nas folhas jovens, pois estas possuem
Barone, 1996). No presente estudo, maior quantidade de nutrientes, sendo
encontrou-se uma herbivoria foliar assim, mais palatáveis para os herbívoros
bastante representativa, uma vez que a (Coley & Barone, 1996). Um bom exemplo
maioria das espécies apresentou uma taxa dessa situação é a P. Pyramidalis, que
média variando entre as categorias 2-3 possui folhas altamente palatáveis quando
(entre 1-12% de dano foliar), algumas jovens e pouco palatáveis quando adultas
chegaram a ter média entre as categorias 4 (Dantas et al., 2009 ). As defesas químicas
e 5 (entre 12-50% de dano foliar) e poucas
138
139
Curso de Campo Ecologia da Caatinga, PPG Ecologia, UFRN, 2011
também precisamos ser consideradas, uma Coley, P.D. e Barone, J.A. 1996. Herbivory
vez que as mesmas contribuem para uma and plant defenses in Tropical Forests.
baixa taxa de herbivoria mas não afetam Annu. Rev. Ecol. Syst. 27: 305–35.
de maneira muito significativa o SLA das
plantas (não pesam tanto quanto camadas Coley, P.D., Bryant, J.P., Chapin, F.S. 1985.
Resource Avaibility and Plant Antiherbivory
de lignina ou ceras).
Defense. Science, New Series. 230(4728):
Em resumo, o presente estudo 895-899.
demonstrou que as espécies lenhosas da
ESEC variam muito em relação a taxa de Dantas, B. F., Lopes, A P., Silva, F. F. S.,
herbivoria mas não muito em relação ao Lúcio, A A, Batista, P. F., Pires, M. M. M. L.,
SLA. Isso provavelmente ocorre porque as Aragão, C. A, 2009. Taxas de crescimento
plantas da Caatinga estão limitadas por um de mudas de Catingueira submetidas a
“filtro ambiental” que restringe a diferentes estratos e sombreamentos.
amplitude na qual suas folhas podem Revista Árvore 33:413-423
variar. O SLA não parece ser um fator Diaz, S., Noy-Meir, I., Cabido, M. 2001. Can
importante para explicar a herbivoria das grazing response of herbaceous plants be
espécies, evidenciando a complexidade das predicted from simple vegetative traits?
relações herbivoro-planta existente na Journal of Applied Ecology 38:497-508
Caatinga. A grande diversidade de defesas
anti-herbivoria dos ambientes tropicais, Dubey, P., Sharma, G.P., Raghubanshi,
variando de defesas mecânicas (que A.S., Singh, J.S. 2011. Leaf traits and
afetam negativamente o SLA) até defesas herbivory as indicators of ecosystem
químicas (que não afetam de forma function. CURRENT SCIENCE, 100(3): 313-
significativa o SLA), a história de vida e 320.
outras características funcionais das
Leal, M. Tabarelli & J.M.C. Silva (eds.).
plantas precisam ser avaliadas em conjunto
Ecologia e conservação da Caatinga.
para explicar e prever a herbivoria das
Editora Universitária, Universidade Federal
espécies na Caatinga.
de Pernambuco, Recife, Brasil. pp. 237-273.
Agradecimentos
Lehsen, V. (2002) Lafrore – Leaf area for
Os autores agradecem Alexandre everyone. URL: http://www.uni-
Vasconcellos e Guilherme Mazzochio pelo oldenburg.de/landeco/Download/Software
constante apoio nas análises estatísticas e /Laforem/Lafore.html.
discussões. Além disso, agradecemos
também a hospitalidade e o apoio logístico Ruhnke, H., Shadler, M., Klotz, S., Matthies,
para a realização do presente estudo por D., Brandl, R. 2009. Variability in leaf traits,
parte da equipe da ESEC. insect herbivory and herbivore
performance within and among individuals
Referências of four broad-leaved tree species. Basic
Amorim, I.S., Sampaio, E.V.S.B., Araújo, E.L. and Applied Ecology. 10:726-736
2005. Flora e estrutura da vegetação Santana, J.A.S. e Souto, J.S. 2006.
arbustivo-arbórea de uma área de caatinga Diversidade e Estrutura Fitossociológica da
do Seridó, RN, Brasil. Acta bot. bras. 19(3): Caatinga na Estação Ecológica do Seridó-
615-623.
139
140
Curso de Campo Ecologia da Caatinga, PPG Ecologia, UFRN, 2011
RN. REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA Wright, I.J., Reich, P.B. e Westoby, M.
TERRA. 6(2): 232-242. 2001. Strategy shifts in leaf physiology,
structure and nutrient content between
Strauss, S. Y., Agrawaw, A. A., The ecology species of high- and low-rainfall and high-
and evolution of plant tolerance to and low-nutrient habitats. Functional
herbivory. TREE 14:179-185 Ecology. 15: 423–434.
Westoby, M. 1998. A leaf-height-seed (LHS)
plant ecology strategy scheme. Plant and
Soil. 199: 213–227.
140
141
Curso de Campo Ecologia da Caatinga, PPG Ecologia, UFRN, 2011
141
142
Curso de Campo Ecologia da Caatinga, PPG Ecologia, UFRN, 2011
circular de 78,5 m², tendo o ninho como o
1.0
como centro do raio.
0.8
Probabilidade de predação
Após um período de 24 horas,
0.6
registrou-se a proporção de predação dos
ninhos experimentais.
0.4
0.2
Para não ter influência da escolha
do ovo predado mediante a massa, testou-
0.0
se previamente a ocorrência de diferença
0 5 10 15 20 25
significativa no peso entre o conjunto de Densidade de árvores lenhosas
potenciais ovos a serem utilizados no
Figura 1 – Probabilidade de predação de
experimento. Para tanto, amostrou-se a
ninho mediante a disponibilidade de
massa de cinco ovos de três bandejas
árvores lenhosas a um raio de 5 metros do
contendo 15 ovos, totalizando 45 ovos do
ninho.
universo amostral. Os resultados
mostraram que o peso dos ovos não diferiu Discussão
significativamente (𝑥1 = 61,37± 4,67g; 𝑥2
= 62,08 ± 4,68g; 𝑥3 = 63,88 ± 4,1g; F(2,11) = A escolha de bons locais de
0,37; P =0,69). Para testar a hipótese do nidificação tem sido alvo de diversos
estudo, utilizou-se a regressão logística, a estudos que tentam identificar pressões
densidade de árvores lenhosas atuou como ambientais que modulam estas estratégias
variável independente enquanto que a comportamentais. Arango-Vélez & Kattan
proporção de predação de ninho atuou (1997) testaram na Costa Rica se o efeito
como variável dependente. de fragmentação (fragmentos menores e
maiores do que 100 ha) era responsável
Resultados pela maior predação. Os autores
observaram que o efeito de fragmentação
Ao revisitar os ninhos
não foi responsável por tal fato, apesar de
experimentais após um período de 24
apresentar esta tendência. As espécies de
horas, observou-se que 10% dos ovos
mamíferos residentes em fragmentos
foram predados. No conjunto de ovos
menores são menores em tamanho
predados, a regressão logística mostrou
corpóreo e mais abundantes,
uma probabilidade de 60% na predação de
proporcionando uma maior possibilidade
ovos em áreas com baixa densidade de
de encontro predador-ovo, e, portanto,
árvores lenhosas (gl = 1; χ²= 14,91; P =
sendo responsável pelo maior efeito de
0,051 – Figura 1).
predação.
142
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Ainda no Cerrado, porém em desenvolvido um mecanismo de imagem
escalas menores, Borges & Marini (2010) de busca eficiente ao longo da estação
revelaram que ambientes com reprodutiva.
perturbações antropogênicas (lixos dentro
de matas) atuam como drenos. A No nosso estudo ocorreram dois
densidade de predadores nativos e diferentes padrões de predação de ninhos:
invasores (animais domésticos) e os encontramos tanto ovos quebrados (ovos
parasitas de ninho resultam numa baixa quebrados em grandes lascas) quanto
taxa de sucesso reprodutivo comparado perfurados (pequenas cavidades na casca
com a avifauna habitante de ambiente de do ovo), que indicam quais possíveis
floresta (9,3% de sobrevivência da prole predadores tenham visitado os ninhos
em ambientes com lixo e 19,5% de (Arango-Vélez & Kattan 1997, França &
sobrevivência em ambientes sem lixo). Marini 2010).
143
144
Curso de Campo Ecologia da Caatinga, PPG Ecologia, UFRN, 2011
nycticorax) e garça branca (Ardea alba). Arango-Vélez, N & Kattan GH. 1997. Efects
Dentre os mamíferos, são encontrados of forest fragmentation on
guaxinim (Nasua nasua), timbú (Didelphis experimental nest predation in andean
albiventris), cuícas (Micoureus sp.), raposa cloud forest. Biological Conservation
(Cerdocyon thous) além de gatos do mato 81:137-143
(Leopardus tigrinus) e vermelho (Puma
Barbini IS & Passamani M (2003).Pequenos
yagouaroundi).
mamíferos e a predação de ninhos
Ninhos no solo são mais propensos artificiais no Museu de Biologia Prof.
a predação do que ninhos arbóreos Mello Leitão (ES).Natureza on line
(Arango-Vélez & Kattan 1997). Portanto, 1(2):56-61
nossos resultados sugerem que seleção de
habitats com maior densidade de árvores Bencke, G. A., G. N. Maurício, P. F. Develey
lenhosas faz parte de uma estratégia & J. M. Goerck (orgs.). 2006. Áreas
comportamental com maior possibilidade importantes para a conservação das
de sucesso reprodutivo, uma vez que aves no brasil. parte i – estados do
nestas áreas os ovos ficam menos expostos domínio da Mata Atlântica. São Paulo:
a visualização de potenciais predadores SAVE Brasil, p. 139.
comparados com áreas abertas. Borges, FJA & Marii MA (2010). Birds
Sugere-se para trabalhos futuros nesting survival in disturbed and
mais dias de coleta para confirmar os protected Neotropical savannas.
resultados encontrados no presente biodiversity COnservaion 19: 223-236
estudo e a construção de um desenho França LC & Marini MA 2009. Teste do
experimental que possibilite o registro de efeito de borda na predação de ninhos
quais animais predaram ovos, a fim de naturais e artificiais no Cerrado.
apresentar resultados direcionados às Zoologia 26(2):241-250
estratégias de vida de cada espécie de
predador. Krebs JR, Danis NB 1996. Introdução à
ecologia comportamental. Ed. Atheneu
Agradecimentos São Paulo.
Aos Professores orientadores pelo Lima SL 2009. Predators and the breeding
comprometimento em ajudar-nos com este bird: behavioral and reproductive
trabalho a qualquer hora da noite, aos flexibility under the risk of predation.
gestores da ESEC – Seridó e ao Guilherme Biological Reviews 84: 485–513.
Mazzochini pela assessoria estatística.
Pichorim, M 2002. Biologia reprodutiva do
Referências bacurau-tesoura-gigante (Macropsalis
Alcock, J. (2001). Animal Behavior: an forcipata, Caprimulgidae) no morro
Evolutionary Aproach. Sunderland, Anhangava, Paraná, Sul do Brasil.
Sinauer. Ararajuba 10(2):149-165
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Abreviaçã Área
o Espécie (m2) Freq. P Freq. J
CniPhy Cnidoscolus phyllacanthus 512.08 - 1
MimTen Mimosa tenuiflora 509.19 7 7
AspPyr Aspidosperma pyrifolium 241.34 19 6
EriPon Erythroxylum pungens 73.98 2 5
JatMol Jatropha mollissima 62.27 19 10
HanImp Handroanthus impetiginosa 62.20 1 -
CapFle Capparis flexuosa 17.22 4 8
PipSti Piptadenia stipulacea - 12 18
ZizJoa Ziziphus joazeiro - 1 -
PitDiv Pithecellobium diversifolium - - 2
SponTub Spondias tuberosa - - 1
ComLep Morfotipo 1 - 1 5
OpAsp Morfotipo 2 - 1 -
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LEIDE AMARA PEREIRA DA SILVA, ANA CLÉZIA SIMPLÍCIO DE MORAIS, HONARA MORGANA DA SILVA
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Análise de dados
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