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Eucaristia passo a passo

Segundo o Papa Francisco, a Eucaristia compõe a Igreja, a agrega e a une no vínculo


do amor e da esperança. Jesus a instituiu para que permanecêssemos com Ele,
formando um só corpo e tornando-nos mais unidos e irmãos. A Eucaristia nos
reconcilia e nos une, alimenta a vida comunitária e gera gestos de generosidade,
perdão, confiança e gratidão: significa ação de graças, nos educa à primazia do amor
e à prática da justiça e da misericórdia.

Na verdade, após uma semana de trabalho, de alegrias e de tristezas, nós nos reunimos
na igreja para celebrar a Eucaristia, para celebrar a Páscoa, renovarmos a nossa fé neste
encontro real com Cristo que morreu e ressuscitou por nós! Ao ouvir a Palavra de Deus,
que é o próprio Cristo que nos fala, a nossa fé é iluminada e fortalecida. Ao comungar o
Pão eucarístico não apenas recordamos a presença de Jesus na última Ceia, mas
sentimo-Lo aqui vivo, no meio de nós. O entusiasmo é reacendido e partimos de novo a
anunciar Cristo, a ser o fermento, o sal e a luz de um mundo novo, com a certeza de que
Cristo jamais nos abandonará.

Minutos antes da Missa


Antes de entrarmos propriamente a observar as partes que constituem a celebração da
eucarística, não podemos descurar os minutos que a antecedem! Sendo importante não
chegar atrasado ou em “cima da hora”. Exorta o Santo Padre: “quando nós vamos à
Missa, talvez chegamos cinco minutos antes e começamos a conversar com quem está
ao meu lado. Mas não é o momento de conversa! É o momento do silêncio para nos
prepararmos para o diálogo. Momento de se recolher no coração para nos
prepararmos para o encontro com Jesus. O silêncio é muito importante”.
Ao entrar na igreja, mergulhamos a mão na pia da água benta e fazemos o sinal da cruz,
lembra-nos que somos batizados, numa caminhada em que precisamos de alimento para
não desfalecer! Reparamos que junto ao altar estão velas acesas e flores: o começo da
festa está próximo! As pessoas estão a entrar ou já estão sentadas a rezar. Subimos o
corredor, genufletimos virados para o altar-mor onde se encontra o sacrário, aí está
Cristo Eucaristia. Procuramos um lugar, aí nos ajoelhamos virados para o sacrário e
rezamos em silêncio: agradecemos o convite do Senhor para em família celebrarmos o
Seu amor!

Ritos Iniciais
Os Ritos iniciais ajudam-nos a compreender que somos Igreja reunida. Todos nós, que
viemos de diversos lugares, respondemos ao convite de Deus que nos chamou para
fazermos parte desta grande assembleia dos filhos de Deus. Somos assim convidados
por Deus a predispormo-nos a abrir o nosso coração, a nossa razão, todo o nosso ser nas
duas grandes mesas da Palavra e do Altar. Eucaristia é o grande Dom de Deus à Sua
Igreja, a cada um de nós. Receber bem este Dom é o objetivo deste conjunto de gestos e
palavras, silêncios e interiorizações, atitudes e respostas que constituem esta parte
inicial da Eucaristia. Comecemos por falar do cântico de entrada. De pé, em posição de
alegria e júbilo, damos início à celebração cantando a uma só voz porque Deus está no
meio de nós! “Onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, Eu estarei no meio
deles” (Mt 18,20) Todos juntos acolhemos os acólitos e o sacerdote que preside à
celebração em nome de Cristo. É Cristo que preside à festa, que nos fala e se entrega
por nós no altar; daí o beijo do padre, em nome de todos, ao altar no início como sinal
de veneração e saudação a Jesus Cristo. Depois da saudação ao altar, segue-se a
saudação da assembleia com o Sinal da Cruz. Sinal que recorda a cada cristão o grande
amor de Jesus: Ele dá a vida por nós. A celebração da Missa é encontro amoroso com
Deus em Jesus que por nós encarnou, morreu na cruz e ressuscitou glorioso.
Acto penitencial e Kýrie (Senhor tende piedade de nós). Na verdade se na Eucaristia se
torna presente o Mistério pascal, ou seja, a passagem de Cristo da morte para a vida,
então a primeira coisa que devemos fazer é reconhecer quais são as nossas situações de
morte para poder ressuscitar com Ele para a nova vida. Passar de uma vida tocada pelo
mal, pelo egoísmo e pela mentira para uma vida de amor! Assim, nos ensina o Papa:
“Ouvir em silêncio a voz da consciência permite reconhecer que os nossos pensamentos
estão distantes dos pensamentos divinos, que as nossas palavras e as nossas ações são
muitas vezes mundanas, isto é, guiadas por escolhas contrárias ao Evangelho. Cada um
confessa a Deus e aos irmãos “que pecou muitas vezes por pensamentos e palavras,
atos e omissões”. Sim, também por omissões, ou seja, que deixei de praticar o bem que
poderia ter feito. Sentimo-nos muitas vezes bons porque — dizemos — “não fiz mal a
ninguém”. Na realidade, não é suficiente não praticar o mal contra o próximo, mas é
necessário escolher fazer o bem aproveitando as ocasiões para dar bom testemunho de
que somos discípulos de Jesus.” Depois rezamos a Confissão, batendo duas vezes com a
mão no peito, sinal de reconhecimento dos nossos próprios pecados – é por minha culpa
-, humildemente nos confessamos pecadores, pedimos perdão, certos do amor
misericordioso de Deus. Com estes sentimentos, cantamos Senhor, Tende piedade de
nós! De seguida, rezamos ou cantamos o Glória: Deus é bom, grande é a sua
misericórdia! Por isso o louvamos e Lhe damos glória. Ao louvarmos a Deus pela Sua
santidade, sentimos o desejo de sermos santos como Ele. Depois do Glória, somos
convidados a fazer uns momentos de silêncio para tomarmos consciência que Deus está
connosco e apresentemos-Lhe as nossas preocupações e os nossos anseios. Sua
Santidade especifica: “Talvez tenhamos vivido dias de cansaço, de alegria, de dor, e
queremos dizê-lo ao Senhor, invocar a sua ajuda, pedir que esteja próximo de nós;
temos familiares e amigos doentes, ou que atravessam provações difíceis; desejamos
confiar a Deus o destino da Igreja e do mundo”. Então, o sacerdote dirige-se a Deus,
por Cristo, na unidade do Espírito Santo, numa oração, dita, colecta, que resume, por
assim dizer, as intenções que acabámos de pensar em silêncio. A essa oração
respondemos com o nosso ámen.
Pelo percurso feito, agora melhor compreendemos a importância dos ritos introdutórios:
é sua finalidade fazer com “que os fiéis reunidos formem uma comunidade e se
predisponham a ouvir com fé a Palavra de Deus e a celebrar dignamente a Eucaristia”.
Daí que o Papa persuada: “Não é um bom hábito olhar para o relógio e dizer: “Estou a
tempo, chego depois do sermão e assim cumpro o preceito”. A Missa começa com o
sinal da cruz (…) porque ali começamos a adorar Deus como comunidade. E por isso é
importante procurar não chegar atrasado mas, ao contrário, antecipadamente, a fim de
preparar o coração para este rito, para esta celebração da comunidade.”

Liturgia da Palavra

Entramos agora na Liturgia da Palavra, constituída num primeiro momento pelas


leituras bíblicas e pelos cantos intercalares (Salmo e Aleluia). Deus quer estar sempre
presente na nossa vida. Nas leituras, hoje, Deus revela-nos o mistério da nossa Salvação
realizada em Seu filho Jesus Cristo. Ele fala-nos como um amigo a outro amigo, face a
face! É uma experiência que não se limita a ouvir dizer, mas acontece «diretamente»,
porque, quando na Igreja se lê a Sagrada Escritura, é o próprio Deus que fala; as páginas
da Bíblia deixam de ser um escrito para se tornarem palavra viva pronunciada pelo
próprio Deus, que, aqui e agora, nos interpela a nós que escutamos com fé. Relembra
Sua Santidade: “O Espírito «que falou por meio dos profetas» (Credo), inspirando os
autores sagrados, faz com que «a Palavra de Deus atue realmente nos corações aquilo
que faz ressoar aos ouvidos». (…) Temos necessidade de o ouvir! Com efeito, é uma
questão de vida, como bem lembra a expressão incisiva de que «não só de pão vive o
homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus» (Mt 4, 4). (…) Como
poderíamos enfrentar a nossa peregrinação terrena, com as suas dificuldades e
provações, sem ser regularmente alimentados e iluminados pela Palavra de Deus que
ressoa na liturgia?” Na eucaristia dominical fazem-se três leituras: a primeira
habitualmente do Antigo Testamento (exceto no Tempo Pascal) seguida do Salmo que
favorece a meditação do que foi escutado; a segunda é tirada das cartas dos Apóstolos; e
a terceira é extraída do Evangelho. Durante as duas primeiras leituras, permanecemos
sentados como sinal de oração, de escuta, de disposição para bem acolher a Palavra
proclamada. Das três leituras, a proclamação do Evangelho, é a mais solene pois recorda
os gestos e as palavras de Jesus. É o próprio sacerdote (ou o diácono) quem o lê; é
aclamado com o Aleluia (ou outra aclamação na quaresma). No final da proclamação, é
respeitosamente beijado pelo ministro. Durante a proclamação do Evangelho, estamos
virados para o ambão. Na verdade, é o próprio Cristo quem nos fala. Queremos ouvir
com atenção, queremos pôr essas palavras em prática, por isso estamos de pé, sempre
prontos a agir! Já antes a isso nos apelavam os sinais da cruz à leitura do Santo
Evangelho: depois da saudação “O Senhor esteja convosco” – “Ele está no meio de
nós”, e enunciado o evangelista do qual será lido o Evangelho, o sacerdote traça com o
polegar o sinal da cruz, primeiro sobre o livro e depois sobre a sua própria pessoa: na
testa, na boca e no peito. Esse triplo sinal é repetido por todos nós. Exprimimos o desejo
que a Palavra de Deus toque, transforme a nossa mente, as nossas palavras, o nosso
coração, isto é, todo o nosso ser, para agir. Na verdade, ilustra o Papa Francisco: “a
Palavra de Deus faz um caminho dentro de nós. A escutamos com os ouvidos, passa
pelo coração, não permanece nos ouvidos, deve ir ao coração e do coração passa às
mãos, às boas obras. Este é o percurso que faz a Palavra de Deus: dos ouvidos ao
coração e às mãos". Depois da homilia, com um tempo de silêncio para que nasçam
propósitos de adesão à Palavra pregada; segue o credo, porque se realmente acreditamos
que foi Deus que nos falou e que essa mesma Palavra é Luz para os nossos caminhos,
professamos a nossa fé, em Igreja, num Deus que é Pai, Filho e Espírito Santo. Rezamos
de pé, atitude própria daquele que acredita na ressurreição! Porque sabemos que viver o
Evangelho não é fácil, ser discípulo de Jesus é exigente, mas belo, contamos com a
necessária ajuda de Deus! Na oração universal, pedimos a Deus que nos ajude: a nós e
a todos os homens, assumindo o olhar de Deus que cuida de todos os seus filhos.

Liturgia Eucarística

Depois de termos observado a 1ª grande parte da Missa, a Liturgia da Palavra, olhamos


agora para a 2ª: a Liturgia Eucarística. Vejamos a preparação dos dons e a Oração
Eucarística. No momento da preparação dos dons, é trazido para o altar o pão e o
vinho, símbolo da terra e de todo o trabalho do homem e da mulher, que se vão tornar
em corpo e sangue de Jesus Cristo, sob a acção do Espírito Santo. Também são trazidos
para o altar as ofertas de toda a comunidade em favor das necessidades da Igreja e dos
mais desfavorecidos.
Sentados durante este momento, queiramos pensar: ao serem colocados o pão e o vinho
sobre a mesa, louvamos a Deus pelos dons que Ele nos oferece e, ao mesmo tempo,
simboliza a nossa presença e disponibilidade (de tudo o que somos, as nossas alegrias e
as nossas tristezas) para em Cristo sermos ofertados a Deus. Pois o sacerdote,
convidando os fiéis a orar juntamente consigo, pedirá a Deus que olhe com
benevolência os dons apresentados a fim de que os presentes, e toda a Igreja, sejam por
eles unidos a Cristo. O sacerdote recita então a Oração sobre os dons concluída com o
ámen da assembleia.
Inicia-se, então, a Oração Eucarística com o diálogo inicial (O Senhor esteja
convosco…), seguido do prefácio em que o sacerdote, em nome de toda a assembleia,
glorifica a Deus Pai e dá-Lhe graças por toda a obra da Salvação em Seu Filho Jesus
Cristo; por fim, todos cantam o Santo. Segue-se agora, proclamada pelo sacerdote, uma
oração, dita epiclese, na qual se pede a Deus a força do Espírito Santo para que Ele
santifique e consagre o pão e o vinho. De joelhos, a assembleia escuta a narração da
Ceia: as palavras do sacerdote, as mesmas de Cristo na última Ceia com os seus
Apóstolos, realizam verdadeiramente o que significam: o pão torna-se Corpo de Cristo
entregue por nós; o vinho torna-se Sangue da nova Aliança. De facto, Cristo morreu e
ressuscitou, Ele vive e reina eternamente! Ele é o alimento necessário para vivermos e
amarmos à sua maneira! Depois da proclamação de fé, todos, já de pé, pela boca do
sacerdote, oferecem o sacrifício de Cristo a Deus Pai, e juntamente com Ele, oferecem-
se a si mesmos. Este é o momento do verdadeiro ofertório eucarístico: Cristo oferece-se
ao Pai por nossa redenção e une a Igreja a Si neste ofertório! O que se passa no altar,
não é apenas recordação do passado, é um acontecimento tornado presente, agora, e que
se projecta no futuro. Cada celebração da Eucaristia, segundo o Papa Francisco, é um
raio daquele sol sem ocaso que é Jesus ressuscitado. Participar da Missa, em
particular no domingo, significa entrar na vitória do Ressuscitado, ser iluminados pela
sua luz, aquecidos pelo seu calor. Por meio da celebração eucarística, o Espírito Santo
nos torna partícipes da vida divina que é capaz de transfigurar todo o nosso ser mortal.
Na sua passagem da morte à vida, do tempo à eternidade, o Senhor Jesus nos leva com
Ele para fazer a Páscoa. Na Missa se faz Páscoa. (…) A Páscoa de Cristo é a vitória
definitiva sobre a morte, porque Ele transformou a sua morte em supremo ato de amor.
Morreu por amor. E na Eucaristia, Ele quer nos comunicar este seu amor pascal,
vitorioso. Se o recebemos com fé, também nós podemos amar verdadeiramente Deus e o
próximo, podemos amar como Ele nos amou, dando a vida”.
Por fim, mais uma vez, o sacerdote irá invocar o Espírito Santo pedindo que cada um se
esforce por viver uma união cada vez mais íntima com Deus e com os irmãos. Rezar-se-
á ainda por toda a Igreja, pelos seus pastores, pelos vivos e por todos aqueles que já
partiram. A Oração Eucarística termina com a doxologia final (Por Cristo, com Cristo
e em Cristo…). O “ámen” como resposta manifesta a adesão ao mistério celebrado. Este
é o ámen mais importante da celebração.

Ritos da Comunhão

Um discípulo disse a Jesus Cristo: “Senhor, ensina-nos a rezar”. Foi então que o Senhor
ensinou o “Pai Nosso” aos seus apóstolos. Eis o momento de rezar esta bela oração, dita
dominical. Quando rezamos esta oração pedimos que o nome de Deus seja santificado,
que o seu reino cresça, que a Sua vontade se faça; pedimos que não nos falte o pão, não
só o alimento que nos ajuda a crescer fisicamente, mas o pão eucarístico, Jesus Cristo,
que nos ajuda a caminhar em direção ao Pai e que nunca nos abandona. Nesta oração
também pedimos o perdão das nossas faltas e nos comprometemos a perdoar.
Exprimimos na oração do Pai Nosso, que somos um povo de irmãos, com um Pai
comum. A oração e o gesto do abraço da Paz, que se seguem, expressam o nosso desejo
de viver em reconciliação com todos; tendo gestos de caridade, perdão e de bondade. A
paz que damos aos outros não é a nossa paz, mas sim a paz de Jesus Cristo: Ele é a
nossa Paz! Por sua vez, ao cumprimentarmos as pessoas que estão ao nosso lado (não é
preciso ir cumprimentar todas as pessoas ou então só aquelas que conhecemos!) é como
que cumprimentar toda a comunidade principalmente aqueles com quem nos damos
menos bem. É um gesto comprometedor!
Durante o cântico Cordeiro de Deus (no qual se pede o perdão e a paz), que nos
predispõe à participação do banquete eucarístico, o sacerdote faz a fracção do pão
eucarístico. Lembra o Papa: “cumprido por Jesus durante a última Ceia, partir o Pão é
o gesto revelador que permitiu aos discípulos reconhecê-lo depois da sua ressurreição.
Recordemos os discípulos de Emaús, os quais, falando do encontro com o Ressuscitado,
narram «como o tinham reconhecido ao partir o pão» (cf. Lc 24, 30-31.35). Cristo dá-
se a cada um de nós, assim nós comungando o mesmo Senhor, embora sejamos muitos,
tornamo-nos um só Corpo em Cristo Jesus que é a Igreja: uma Igreja servidora! Jesus é
o Cordeiro Imolado que tira o pecado do mundo. Na sua infinita misericórdia, Ele
desfaz tudo aquilo que impede a nossa felicidade. Deixemos que Ele actue em nós!
Na última Ceia, Jesus deu-se em alimento aos seus Apóstolos: “Tomai e comei!”. O
sacerdote (e os ministros extraordinários da comunhão) fazem o mesmo gesto de Jesus,
dando-nos o pão da Eucaristia. Felizes os convidados para a Ceia do Senhor… Senhor,
eu não sou digno de que entreis em minha morada, mas dizei uma palavra e serei salvo!
Como o centurião romano, não somos dignos de O receber, mas Ele vem ao nosso
encontro e dá-nos uma vida nova, um espírito novo. Testemunha o Papa Francisco:
“Dizemos isto em cada Missa. Somos nós que nos movemos em procissão para receber
a Comunhão, caminhamos rumo ao altar em procissão para receber a Comunhão, mas
na realidade é Cristo que vem ao nosso encontro para nos assimilar a si. Há um
encontro com Jesus! (…) Cada vez que recebemos a Comunhão, assemelhamo-nos mais
a Jesus, transformamo-nos mais em Jesus. Do mesmo modo que o pão e o vinho são
transformados no Corpo e Sangue do Senhor, assim quantos os recebem com fé são
transformados em Eucaristia viva. Ao sacerdote que, distribuindo a Eucaristia, te diz:
«O Corpo de Cristo», tu respondes: «Amém», ou seja, reconheces a graça e o
compromisso que comporta tornar-se Corpo de Cristo. Pois quando recebes a
Eucaristia, tornas-te corpo de Cristo. Enquanto nos une a Cristo, arrancando-nos dos
nossos egoísmos, a Comunhão abre-nos e une-nos a todos aqueles que são um só nele.
Eis o prodígio da Comunhão: tornamo-nos aquilo que recebemos! (…) O fiel aproxima-
se normalmente da Eucaristia em forma processional, como dissemos, e comunga de
pé, com devoção; recebendo o sacramento na boca ou, onde for permitido, nas mãos,
como preferir. Após a Comunhão, o silêncio, a oração silenciosa, ajuda-nos a
conservar no coração o dom recebido. Prolongar um pouco aquele momento de
silêncio, falando com Jesus no coração, ajuda-nos muito, assim como cantar um salmo
ou um hino de louvor, que nos ajude a estar com o Senhor. A Liturgia eucarística é
concluída pela oração depois da Comunhão. Nela, em nome de todos, o sacerdote
dirige-se a Deus para lhe dar graças por nos ter tornado seus comensais e pede que
aquilo que recebemos transforme a nossa vida. A Eucaristia revigora-nos a fim de
darmos frutos de boas obras para viver como cristãos.”

Ritos de Conclusão
Depois de termos visto aos vários momentos da celebração da Eucaristia, chegamos por
fim aos Ritos de Conclusão. Participámos na celebração, formámos uma assembleia,
pedimos perdão, escutámos a Palavra e respondemos a Deus; cantámos as maravilhas
operadas por Cristo, fizemos memória da sua morte e ressurreição, comungámos o Seu
Corpo e Sangue, estamos unidos no seu amor.
A celebração termina com a Bênção concedida pelo sacerdote e com a despedida do
povo. Assim como tinha começado com o sinal da cruz, é também em nome da
Trindade que se conclui a Missa. Agora o sacerdote envia-nos para o mundo. Jesus, ao
partir deste mundo, disse aos seus Apóstolos: “Sereis minhas testemunhas até aos
lugares mais distantes do mundo...” Vamos a cantar com a língua, mas com o desejo de
o fazer com a vida, cantando com as obras! Hoje somos nós os enviados a dar
testemunho de Cristo vivo, principalmente juntos dos pobres, educando-nos a passar da
carne de Cristo à carne dos irmãos, na qual Ele espera ser reconhecido, servido, honrado
e amado por nós. Eis as palavras do Santo Padre: “Sabemos que quando a Missa
termina, tem início o compromisso do testemunho cristão. Os cristãos não vão à Missa
para cumprir um dever semanal e depois esquecer-se, não! Os cristãos vão à Missa
para participar na Paixão e Ressurreição do Senhor, e em seguida viver mais como
cristãos: tem início o compromisso do testemunho cristão! Saímos da igreja para «ir
em paz» levar a Bênção de Deus às atividades diárias, aos nossos lares, aos ambientes
de trabalho, às ocupações da cidade terrena, “glorificando o Senhor com a nossa
vida”. (…) Cada vez que saio da Missa, devo sair melhor que quando entrei, com mais
vida, com mais força, com mais vontade de dar testemunho cristão. Através da
Eucaristia, o Senhor Jesus entra em nós, no nosso coração e na nossa carne, a fim de
podermos «exprimir na vida o sacramento recebido da fé». Portanto, da celebração à
vida, conscientes de que a Missa tem o seu cumprimento nas escolhas concretas de
quem se deixa comprometer pessoalmente nos mistérios de Cristo. Não devemos
esquecer que celebramos a Eucaristia para aprender a tornar-nos homens e mulheres
eucarísticos. Que significa isto? Significa deixar que Cristo aja nas nossas obras: que
os seus pensamentos sejam os nossos, os seus sentimentos os nossos, as suas escolhas
as nossas. Dado que a presença real de Cristo no Pão consagrado não acaba com a
Missa, a Eucaristia é conservada no Tabernáculo para a Comunhão aos enfermos e
para a adoração silenciosa do Senhor no Santíssimo Sacramento; com efeito, o culto
eucarístico fora da Missa, quer de forma particular quer comunitária, ajuda-nos a
permanecer em Cristo. Portanto, os frutos da Missa estão destinados a amadurecer na
vida de todos os dias. Podemos dizer assim, forçando um pouco a imagem: a Missa é
como o grão, o grão de trigo que depois, na vida comum, cresce, cresce e amadurece
nas boas obras, nas atitudes que nos tornam semelhantes a Jesus. Portanto, os frutos da
Missa estão destinados a amadurecer na vida de todos os dias. Na
verdade, aumentando a nossa união a Cristo, a Eucaristia atualiza a graça que o
Espírito nos concedeu no Batismo e na Confirmação, a fim que o nosso testemunho
cristão seja credível.”

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