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1.2- Monofásico a três condutores (bifásico simétrico) – deriva dos dois extremos de uma bobina e
3º condutor (neutro) de uma tap central. A indicação de dois números separados por uma
barra, sendo o 1º metade do 2º indica um sistema monofásico a três condutores ( por ex.
120/240V ).
1.3- Sistema Trifásico a três Condutores – Fechamento Estrela. Um único número indica um sistema
trifásico a três condutores ( por ex. Y220 V )
1.4- Sistema Trifásico a três Condutores – Fechamento Triângulo. Um único número indica um
sistema trifásico a três condutores ( por ex. ∆220 V )
1.5- Sistema trifásico a quatro Condutores - Fechamento Estrela. Dois números separados pela letra
Y seguidos de uma barra, sendo o 1º vezes maior que o 2º, indica um sistema trifásico a
quatro condutores com ligação em estrela ( por ex. 220Y/127V )
1.6- Sistema trifásico a quatro Condutores - Fechamento Triângulo. Dois números separados por
uma barra, sendo o 1º o dobro do 2º, indica um sistema trifásico a quatro condutores com
ligação em triângulo ( por ex. 240/120V ). O tap central de uma das bobinas é ligado a um
neutro.
Nas instalações elétricas alimentadas pela rede pública em baixa tensão (ou transformador
exclusivo da concessionária), a Norma NBR-5410 em 4.2.2.2.4, exige o aterramento do neutro na
origem da instalação. Portanto estas instalações só podem ser utilizadas os esquemas TN e TT. Para
instalações em AT, com subestação do usuário, bem como para as que possuem fonte própria,
sendo que qualquer um dos três esquemas pode ser utilizado.
Classificação:
As instalações elétricas devem ser executadas num dos sistemas indicados abaixo:
3- A tensão nas massas, em serviço normal, será sempre igual à tensão do ponto de ligação
entre o neutro e o condutor de proteção ( TN-S ) ou entre o neutro e as massas ( TN-C ).
4- Tanto em condições normais como com correntes de falta, a tensão nas massas será maior
no sistema TN-C do que no TN-S, devido a queda de tensão no neutro da instalação.
3- O percurso das correntes de falta entre fase e neutro compreende geralmente a terra
1- A corrente resultante de uma só falta entre fase e massa não tem intensidade suficiente
para provocar o surgimento de qualquer tensão de contato perigosa.
2.2 - ATERRAMENTO
2.2.1- Aterramento: tem por finalidade assegurar que um sistema elétrico opere corretamente
tanto quanto ao sistema de proteção como a segurança das pessoas envolvidas.
2.2.2- Objetivos:
- assegura um caminho para a corrente de falta a terra através de uma baixa resistência de
aterramento.
2.2.3- Onde aterrar, fonte ou carga? Para que seja efetuado um aterramento é necessário que o
ponto de neutro seja acessível, seja através da estrela de um transformador, da estrela de um
gerador ou pela ligação em zig-zag de um autotransformador de aterramento. O aterramento deve
ser sempre na fonte, pois se a carga sair de operação o sistema passa a não ser aterrado.
- Sistema não aterrado: sistema a três fios. Em função de ser um sistema mais econômico, foi por
muito tempo o mais adotado. Quando uma das fases cai para a terra, não há circulação da corrente
de falta.
- Sistema solidamente aterrado: sistema surgido em função das desvantagens do sistema não
aterrado. Apresenta o neutro diretamente aterrado à terra. O sistema apresenta a possibilidade de
ligar cargas monofásicas.
- Sistema aterrado por resistência de baixo valor: limita corrente entre 100 e 1.000A, sendo valor
mais comum de 400A.
- Vantagens: - isola a falta automaticamente
- Não existe danos térmicos ou dinâmicos devidos à corrente de falta a terra
- Elimina risco de sobretensões transitórias
- Reduz os riscos as pessoas comparado ao sistema solidamente aterrado.
- Desvantagens: - Aumento do custo dos equipamentos ( isolação entre fases ao invés de
fase-terra
- Aumento da tensão nas duas fases sãs quando da ocorrência de uma falta a terra
- Aumento do custo equipamento em função da isolação entre fase.
- Aumento do custo da instalação em função do custo do próprio resistor
3- RESISTIVIDADE DO SOLO – 9º B
3.1- Resistividade: Característica que todo elemento tem de opor ao fluxo de corrente elétrica.
- Quanto maior a resistividade, menor será a capacidade do elemento de conduzir corrente elétrica.
Desta forma teremos elementos com características isolantes.
- Quanto menor a resistividade, maior será a capacidade do elemento de conduzir corrente elétrica.
Desta forma teremos elementos com características condutoras.
-R=ρl/A
- tipo de solo (mistura e camadas estratificadas): os solos normalmente não são homogêneos, mas
constituídos de várias camadas de resistividade e profundidades diferentes.
- teor de umidade
A umidade do solo altera a resistividade do solo, pois quanto maior a umidade maior será a
dissolução dos sais presentes no solo formando um meio eletrolítico favorável a condução da
corrente. Um mesmo solo pode apresentar variações de resistividade em função da variação da
umidade, ou seja, períodos secos e úmidos.
- temperatura
- compactação e pressão
3.3- Medições: a medição do solo tem por finalidade determinar a resistividade do solo que servirá
na elaboração do cálculo de aterramento.
3.4- Método de Wenner: o método consiste no uso de 4 hastes alinhadas, igualmente espaçadas e
cravadas no solo a uma mesma profundidade.
Uma corrente elétrica “I” é injetada no ponto 1 da primeira haste e coletada no ponto 4 da última
haste. A corrente passando pelo solo entre os pontos 1 e 4 produzirá um potencial nos pontos 2 e 3.
3.5- Cuidados na Medição: para evitar erros ou medições erradas devem ser observados:
- as hastes devem estar alinhadas
- as hastes devem estar igualmente espaçadas
- as hastes devem estar cravadas no solo na mesma profundidade
- o aparelho deverá ficar posicionado simetricamente entre as hastes
- as hastes devem estar bem limpas
- deverão ser anotadas as condições do solo (seco, úmido etc)
- não efetuar medições em condições atmosféricas adversas
- evitar que animais ou pessoas estranhas se aproximem do local
- deve-se usar EPI como calçado, luvas etc.
- uso de ferramentas adequadas
- verificar o estado do aparelho, inclusive a carga da bateria.
3.6- Espaçamento das hastes: para uma determinada direção devem ser usados os espaçamentos
recomendados na tabela: AQUI
Para SE deve-se efetuar medidas em vários pontos, cobrindo toda área da malha. O idela é efetuar
várias medidas em pontos diferentes e direções diferentes.
3.8- Análise das medidas: depois de realizadas as medições deve-se efetuar análise dos resultados
com:
- cálculo da média aritmética dos valores da resistividade elétrica para cada espaçamento
- cálculo do desvio de cada medição em relação ao valor médio
d = ρ i – ρm / ρm x 100
- as resistividades com desvio acima de 50% devem ser desconsideradas.
3.9- Exemplo: para um determinado local forma realizadas as seguintes medições de resistividade
do solo em vários pontos e direções:
Com base nos valores acima se deve determinar a resistividade média e o valor do desvio de cada
medição. As medições com desvio acima de 50% devem ser eliminadas e calculadas novas
resistividades medias:
4- CÁLCULO DE ATERRAMENTO
A mediada que aumenta o espaçamento entre as hastes reduz a interferência. Na prática adota-se
espaçamento de 3 metros.
Para cálculo de resistência de aterramento equivalente com hastes em paralelo, deve ser levada em
consideração a interferência entre as hastes.
Rh – Resistência apresentada pela haste “h” no conjunto com interferência das outras hastes.
n – nº de hastes paralelas
Rhh – Resistência individual de cada haste sem a presença da outra haste
Rhm – Acréscimo de resistência na haste “h” devido a interferência da haste “m”
- diâmetro: 15mm
ehm = 3,0m
bhm = √(L² + e2hm) = √(2,4² + 3²) = 3,84m
Rhm = R12 = R21 = 100/(4 x 3,1416 x 2,40) ln(((3,84 + 2,4)² - 3²) / (3² - (3,84 – 3)²)) = 4,26 Ω
R1 = R1h + R12 = 42,85 + 4,26 = 47,11 Ω
R2 = R2h + R21 = 42,85 + 4,26 = 47,11 Ω
Req = 1 / ((1/R1) + (1/R2)) = 1 / ((1/47,11) + (1/47,11)) = 23,55Ω
- Índice de redução (K): relação entre a resistência equivalente e a resistência sem interferência
K = Req / R1h = 23,55 / 42,85 = 0,5496 A resistência equivalente quando se usa duas
hastes iguais será 54,96% do valor da resistência de uma única haste.
Exemplo: calcular a resistência de aterramento equivalente para 4 hastes alinhadas, conforme figura
abaixo. Determinar o índice de redução.
Cálculo de resistência de cada haste:
Significa que a resistência equivalente com 4 hastes corresponde a 31% da resistência de uma haste
isolada,
Tabela de índice de redução para haste iguais instaladas em paralelo com mesmo espaçamento:
C – Sistema de aterramento com hastes em triângulo: o dimensionamento do sistema está
baseado no índice de redução (K) –
O índice de redução (K) é obtido diretamente na curva abaixo: Curva para hastes de 1/2” e 1” com
tamanhos de 1,2 – 1,8 – 2,4 e 3m.
- diâmetro: 1/2”
- resistividade do solo: ρa = 100 Ωm
- lado do triângulo: 2m
9º A
D – Sistema de aterramento com hastes em quadrado vazio: as hastes são dispostas na periferia do
quadrado a uma determinada distância entre si, conforme disposição abaixo:
O dimensionamento do sistema está baseado no índice de redução (K) conforme os gráficos abaixo:
- comprimento da haste: 3m
- diâmetro da haste: 1”
Na tabela abaixo iremos determinar a relação entre a resistência da haste e a resistividade aparente
do solo:
E – Sistema de aterramento com hastes em quadrado cheio: as hastes são dispostas a formar
vários quadrados iguais uma determinada distância entre si, conforme disposição abaixo:
O dimensionamento do sistema está baseado no índice de redução (K) conforme os gráficos abaixo:
Na tabela abaixo iremos determinar a relação entre a resistência da haste e a resistividade aparente
do solo:
No gráfico acima teremos:
5.1- Premissas:
- Sistema existente está fora do valor desejado e por algum motivo não pretende alterá-lo.
- Não existe alternativa técnica para alterar o sistema como disponibilidade de local, resistividade
alta etc.
O tratamento químico do solo tem por objetivo reduzir a resistividade do solo reduzindo dessa
forma a resistência de aterramento.
5.3- Características dos materiais empregados: os materiais empregados devem
- Ter boa higroscopia: propriedade que certos materiais possuem de absorverem água. Ex: Silicagel,
Sulfato de cobre e madeira;
- Não lexiviável: não ser removido pela água (solubilidade);
- Não ser corrosivo;
- Ter baixa resistência elétrica;
- Quimicamente estável no solo;
- Não ser tóxico;
- Não causar danos à natureza.
5.4- Tipos de tratamento:
Ex: Uma empresa de engenharia foi contratada para diagnosticar o aterramento de uma
subestação. Após levantamentos constatou-se que o aterramento apresentava valor de 150Ω para
uma resistividade do solo de 2.000Ω.m. O local não permitia expansão da malha. Dessa forma a
empresa apresentou uma proposta para reduzir o valor do aterramento com tratamento do solo
com gel. Determinar:
1- Fator de redução:
0,2 ≤ Kt ≤ 0,34
2- Faixa da resistência de aterramento
- Rinf = 0,2 x 150 = 30Ω
- Rsup = 0,34 x 150 = 51Ω
Obs: Não está atendendo a norma, porém está muito inferior a situação inicial.
BIBLIOGRAFIA:
- Instalações Elétricas – Ademaro Cotrim
- Instalações Elétricas – Siemens
- Iluminação Elétrica – Vinícius de Araújo Moreira
- Instalações Elétrica – Manoel Negrisoli
- Norma Brasileira NB3 ( NBR-5410 )
- Aterramentos Elétricos – Silvério Visacro Filho
- Aterramento Elétrico – Geraldo Kindermann