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INTRODUÇÃO
A ira de Deus é um conceito que nos vem do AT, e refere-se à hostilidade divina
a tudo que é mau. A ira de Deus comumente designa um conceito escatológico, 1 Ts
1,10 a denomina de ira que há de vir (NVI). Porém, este conceito também abrange o
presente relacionamento entre Deus e os seres humanos no pecado, pois, enquanto
sob o pecado, éramos filhos da ira (Ef 2,3).
A fim de descrever o horror da ira de Deus aos pecadores, a tradição cristã fez
uso de imagens do AT que se referiam ao Dia do Senhor, o dia do juízo de Deus sobre
os seres humanos. Sobre esse dia o profeta Amós diz em repreensão aos seus
contemporâneos: é dia de trevas e não de luz (5,18b).
Essa imagem também é alimenta por outra referência ao profeta Sofonias, que
diz: aquele dia é dia de indignação, dia de angústia e dia alvoroço e desolação, dia de
escuridade e negrume, dia de nuvens e densas trevas (1,15). – A ira de Deus é
semelhante a uma noite escura!
A conclusão a que Paulo chega é a seguinte: todos, tanto judeus quanto não-
judeus, estão debaixo do pecado (3,9). A imagem desta humanidade sob o pecado é
descrita em 3,11-18. Longe de Deus a humanidade se descaracteriza, e o ser humano
passa a viver do desumano – Diante de Deus, todos são culpados!
Transição: esta é a noite escura sob a ira de Deus. Dela, por nós mesmos, não teríamos
condição de vislumbrar a luz da salvação. Estaríamos condenados a uma noite sem
esperança. No entanto, em Cristo, revela-se...
A justiça que encontramos em Cristo não é uma justiça retributiva, mas sim
uma justiça justificadora, pois ela nos é atribuída pela fé. Isso se dá através da
redenção que há em Cristo Jesus (3,24b), a fim de que Deus manifestasse a sua justiça
no tempo presente, para ele mesmo ser justo e o justificador daquele que tem fé em
Jesus (3,26).
Logo, muito mais agora, sendo justificados pelo seu sangue, seremos por ele
salvos da ira (Rm 5,9). E, em 1 Ts 1,10 afirma que Jesus nos livra da ira vindoura.
Em Cristo somos feitos justos, mediante a fé, e agora temos paz com Deus (Rm
5,1). Antes, nossa única possibilidade de futuro era uma noite de densas trevas, sem
esperança. No entanto, agora, é aberto o nosso futuro em Deus. Se outrora todos
carecemda glória de Deus (3,23), hoje podemos viver na esperança da glória de Deus
(Rm 5,2).
Transição:Em nós mesmos nada tínhamos, mas fomos justificados em Cristo e selados
com o Espírito da Vida. Ainda vivemos na noite do mundo, porém, na ressurreição de
Cristo, já vislumbramos o romper dos raios da salvação. Paulo diz que a noite está
quase acabando; o dia logo vem... comportemo-nos com decência, como quem age à
luz do dia (Rm 13,12-13). No vislumbre da salvação uma nova vida se nos impõe aqui e
agora!
Diante desta realidade, a nossa vida acontece em meio a tensão entre CARNE x
ESPÍRITO. Por carne aqui devemos entender a natureza humana não regenerada, em
rebelião contra Deus, e pautada no egoísmo. E por Espírito, esta nova vida que somos
chamados a viver na tensão da abertura do Reino de Deus – entre seu já e ainda não.
CONCLUSÃO