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Rodrigo Carlos Silva de Lima
rodrigo.uff.math@gmail.com
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Sumário
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4 SUMÁRIO
Capı́tulo 1
5
6 CAPÍTULO 1. CONCEITOS BÁSICOS DE COMBINATÓRIA
Esse texto ainda não se encontra na sua versão final, sendo, por enquanto, cons-
tituı́do apenas de anotações informais. Sugestões para melhoria do texto, correções
da parte matemática ou gramatical eu agradeceria que fossem enviadas para meu
Email rodrigo.uff.math@gmail.com.
1.1. INTRODUÇÃO 7
Notações
Y
a−1
• Usamos a definição de produto vazio f(k) = 1 para qualquer a inteiro.
k=a
1.1 Introdução
• A análise combinatória é a teoria Matemática que estuda métodos de contagem
de números de elementos de conjuntos, sendo tais conjuntos dados por certas
condições especı́ficas.
X
f(k) = |A|
k∈A
onde f(k) = 1∀ k, que simbolizaremos por
X
1 = |A|,
k∈A
isso significa que somamos o número 1 para cada elemento em A, ao terminar a
soma teremos o seu número de elementos.
temos
X X X
1= 1+ 1 = |A1 | + |A2 | = p1 + p2 .
k∈A1 ∪A2 k∈A1 k∈A2
|A ∪ B| = |A| + |B|.
$ Corolário 2. Sejam conjuntos (Ak )n1 disjuntos , sendo que cada conjunto Ak
n
[ X
n
possui pk elementos. Então o conjunto dado pela união A = Ak possui pk
k=1 k=1
elementos. Por propriedade de somatórios temos
X X
n X X
n
1= 1= pk .
k∈A k=1 k∈Ak k=1
X X
|A × B| = |A||B| = ( 1)( 1) = m.n.
k∈A k∈B
Y
n Y
n
| Ak | = |Ak |.
k=1 k=1
A = {a1 , · · · , an }
(f(a1 ), · · · , f(an ))
Y
s−1
(n − k)
k=0
n−(k− 1)− 1 elementos, pois não podemos escolher elementos que já foram escolhidos
para as outras coordenadas, continuamos o procedimento até a s-ésima coordenada
de onde escolhemos elementos de um conjunto com n − (s − 1) elementos, o princı́pio
multiplicativo garante um total de
Y
s Y
s−1
(n − k + 1) = (n − k)
k=1 k=0
s-uplas.
Vejamos uma outra demonstração, por indução, da última propriedade.
b Propriedade 7. Se A possui n elementos então A possui np subconjuntos
com p elementos.
momento.
3 + 32 + 33 + 34 = 120
letras.
Y
n
Z Exemplo 12 (Divisores). Quantos divisores possı́veis tem o número pαk k ?
k=1
Y
n
Os divisores são da forma pbkk onde bk varia de 0 até αk , sendo αk + 1
k=1
números, logo o número de divisores é
Y
n
(αk + 1).
k=1
ser uma das contadas antes (a1 , a2 ) logo temos n − 1 escolhas, continuamos o
processo até (an , ak ) onde temos n − (n − 1) = 1 escolha, e somamos todos os
casos
X
n X
n
n(n + 1)
(n − k) = k= .
2
k=1 k=1
X
n−1
n
(n − k)k .
k=1
k
• Se f(In ) tem n pontos fixos, então para todo x ∈ In vale f(x) = x, portanto
existe uma única função que satisfaz a propriedade, que é a função identidade.
Contamos
n 0
1= n .
0
• Se f(In ) tem n − 1 pontos fixos. Suponha que sejam
f(n) não pode ser n, pois se não terı́amos n pontos fixos, o que já contamos no
caso anterior, então f(n) deve ser algum outro elemento k 6= n, Vamos mostrar
que para qualquer uma dessas definições vai valer f(f(n)) = f(n), o que vamos
fazer agora. Sabemos que f(k) = k, pois k < n cai na primeira listagem de
pontos fixos, então
f(f(n)) = f(k) = k = f(n)
|{z}
k
1.2. PRINCÍPIO FUNDAMENTAL DA CONTAGEM 17
então f(t) satisfaz a propriedade f(f(t)) = f(t) , assim como os outros valores
de t. O que provamos acima iremos usar nos outros casos, demonstramos que
n
se f(n) = k com k ponto fixo, então vale f(f(n)) = f(n). Podemos fazer
n−1
escolhas dos pontos fixos, isto é, de n escolhemos n− 1 pontos parem serem fixos
e para o outro valor não fixo podemos escolher n − 1 imagens, logo contamos
n
(n − 1)1 .
1
sabemos pelo exemplo anterior que f(n) ou f(n − 1) devem ser diferentes de n
e n − 1 respectivamente, pois se não cairı́amos nas contagens anteriores. Agora
f(n) não pode ser (n − 1), pois se não f(f(n)) = f(n − 1) = f(n) = n − 1 daı́
|{z}
n−1
f(n − 1) = n − 1 o que contraria o que queremos, da mesma maneira f(n − 1)
não pode ser n, usaremos esse propriedade para os outros casos. Vimos no
caso anterior que f(n) pode assumir qualquer valor de 1 ≤ f(n) ≤ n − 2, o
mesmo para f(n − 1), então com isso contamos um fator (n − 2)2 no número
de funções, como
de n pontos escolhemos n − 2 pontos para serem pontos fixos
n n
temos = escolhas, contamos no total
n−2 2
n
(n − 2)2 .
2
Já podemos observar uma padrão na contagem. Vejamos um caso genérico.
temos que definir a função nos valores f(k + 1) até f(n), sabendo que esses
valores podem ser qualquer natural s com 1 ≤ s ≤ k, pelo que foi observado nos
casos anteriores, então contamos um fator de (n − k)k , agora os pontos fixos,
n
de n escolhemos k, , no total contamos
k
n
(n − k)k funções.
k
18 CAPÍTULO 1. CONCEITOS BÁSICOS DE COMBINATÓRIA
X
n−1
n
(n − k)k .
k=1
k
(f1 , · · · , fn )
(a1 , a2 , a3 ),
outra é
(a2 , a1 , a3 ).
ê Demonstração.
Por indução sobre n, para n = 1, tem-se uma função A = {a1 } e B = {b1 }, f : A → B
tal que f(a1 ) = b1 . Supondo a validade para conjuntos com n elementos, vamos
provar que vale para conjuntos com n + 1 elementos. Tomando A = {ak , k ∈ In+1 }
e B = {bk , ∈ In + 1}, dado s ∈ In+1 , fixamos as bijeções f com f(a1 ) = bs daı́ a
quantidade dessas funções é dada pela quantidade de bijeções de A \ {a1 } em B \ {bs },
que é n! para cada s variando de 1 até n + 1, o total então é (n + 1)n! = (n + 1)!.
n elementos, vamos provar que vale para um conjunto com n + 1 elementos B. Tome
um elemento a de B, então |P(B \ {a})| = 2n e temos os subconjuntos (pk )2k=1 com
n
ele podemos formar os subconjuntos (pk )2k=1 e (pk ∪ {a})2k=1 , daı́ temos 2n + 2n = 2n+1
n n
subconjunto para B.
temos também
X
r
n= nk
k=1
logo
P
r
nk !
k=1
Q
r
(nk !)
k=1
é um número natural.
Outra demonstração vem da identidade
Y
n
bs+1
(bn+1 )!
=
bs Q1
n+
s=1 [(ak )!]
k=1
X
s
onde bs = ak que vamos demonstrar agora. Temos
k=1
bs+1 bs+1 ! bs+1 ! Qg(s)
= = =
bs bs !(bs+1 − bs )! bs !(as+1 )! (as+1 )!
1.4. PERMUTAÇÕES COM ELEMENTOS REPETIDOS 21
P1
s+ P1
n+
Y
n ak ( ak )!
k=1 k=1
=
Ps Q1
n+
s=1 ak [(ak )!]
k=1 k=1
Y
n
a1 + · · · + as+1
(a1 + · · · + an+1 )!
=
a1 + · · · + as Q1
n+
s=1 [(a1 + · · · + ak )!]
k=1
Y
n
a1 + · · · + as+1
(a1 + · · · + an+1 )!
=
s=1
a1 + · · · + as [(a1 )!][(a1 + a2 )!] × · · · × [(a1 + · · · + an+1 )!]
a1 + a2 a1 + a2 + a3 a1 + · · · + an+1 (a1 + · · · + an+1 )!
×· · ·× =
a1 a1 + a2 a1 + · · · + an [(a1 )!][(a1 + a2 )!] × · · · × [(a1 + · · · + an+1 )!]
n(n − 3)
b Propriedade 11. Um polı́gono convexo de n lados possui
2
diagonais.
ê Demonstração.
De inı́cio podemos escolher n vértices para a primeira extremidade de uma diago-
nal, a segunda escolha é de n − 3 pois retiramos o vértice inicial e seus dois vizinhos.
Contando dessa forma, temos o dobro da contagem do número total então dividimos
n(n − 3)
por 2 para conseguir o número requerido , diagonais.
2
22 CAPÍTULO 1. CONCEITOS BÁSICOS DE COMBINATÓRIA
4.5m−1
5m + 4.5m−1 = 95m−1 .
13.12.11.10.
1.5 Combinações
Lembramos que estamos usando a notação
Y
r−1
(r,1)
n = (n)(n − 1) × · · · (n − (r − 1)) = (n − s).
s=0
n(r,1)
n
= ,
r r!
pois temos r! permutações dos r elementos, que foram contados a mais, por isso
n
dividimos. Lembramos também que pode ser lido como n escolhe r.
r
a
Quando a ordem conta, contamos mais elementos
n−1 n−1
n
= + .
k k−1 k
n−1
• Retire um objeto at dos n. Existem de formar grupos com k objetos,
k−1
incluindo t, pois de n − 1 elementos a1 , · · · , an \ {at } devemos escolher k − 1
objetos, (o k-ésimo já foi escolhido que é o elemento at ).
n−1
• De forma similar existem maneiras de formar grupos que não conte-
k
n
nham t, dando o total de .
k
30.29 escolhas .
Z Exemplo 26. Duas alunas devem escolher entre dois livros de Teoria dos
Números e quatro de Geometria. Sendo que todos os livros sejam escolhidos, cada
aluna tenha um livro de ambos os temas. Quantas são as possı́veis maneiras de
escolha? . Para escolha de livros de teoria dos números, temos duas possı́veis
escolhas. Agora para a escolha de livros de geometria, fixe uma aluna. Temos
4 4 4 4 .3
+ + =4+ + 4 = 8 + 6 = 14,
1 2 3 2
maneiras, pois conta ela pode escolher um livro, dois ou três, dos 4 livros de
geometria. Pelo princı́pio multiplicativo o total é de 14.2, maneiras de se escolher.
26 CAPÍTULO 1. CONCEITOS BÁSICOS DE COMBINATÓRIA
n.(n − 1)(n − 2)
,
3!
triângulos.
n−1 r+n−1
b Propriedade 14. Existem r − 1 inteiros positivos e r − 1 inteiros
não negativos (xk )r1 satisfazendo
X
r
xk = n.
k=1
X
r
t−1
Para xk = t temos soluções, somando as soluções de todos os
k=1
r−1
casos
1.6. NÚMERO DE SOLUÇÕES NATURAIS DE X1 + · · · + XR = N 27
X
n
t−1
0
n
= −
t=1
r−1 r r
n
se r > 0 ficamos com , se fossem soluções não negativa terı́amos
r
X
n
r+t−1
n+r
r n+r
= − = − 1.
t=1
r−1 r r r