GERENCIAMENTO DE SERVIÇOS
DE TI COM BASE NA ITIL® V2
Apresentação
Este material foi desenvolvido para profissionais de TI que desejam ter o primeiro contato
com a biblioteca ITIL V2. O conteúdo abordado aqui pode ser utilizado para preparação
para a certificação ITIL V2 Foundation. Este material não é reconhecido pela OGC ou
qualquer órgão relacionado, e serve apenas para estudos para o entendimento básico da
proposta da ITIL e para preparação para o exame de certificação ITIL V2 Foundation.
Esta apostila contém textos referenciados de livros e artigos em inglês, cujas referências
originais constam no final deste material, além de conter conteúdo próprio com
comentários e críticas do autor. Todos os termos da ITIL V2 foram traduzidos para o
idioma português com o auxílio de referências do glossário disponibilizado pelo itSMF
Brasil.
Este material não tem como objetivo substituir os livros oficiais da ITIL V2 e nem
mesmo o conteúdo apresentado durante o nosso curso e-learning. Muitos tópicos
aqui não são explorados com profundidade, pois eles não são necessários para a
preparação do candidato ao exame ITIL V2 Foundation. É apresentado aqui
somente o que é necessário para esta preparação. O curso e-learning da TIEXAMES
é bem mais completo, engloba mais tópicos que esta apostila. Não elaboramos esta
apostila com o objetivo de substituir o conteúdo do curso, ela serve apenas para
revisão de conteúdo. De forma alguma isto prejudica quem está se preparando para
o exame, pois conforme já dito, esta apostila engloba somente o que é necessário
para o exame.
Marcas envolvidas
Direitos de cópia
Este material é oferecido apenas aos alunos da TIEXAMES e não pode ser utilizado por
nenhuma outra empresa de treinamento ou ser redistribuído de qualquer outra forma. Se
você identificar que este material está sendo utilizado por outra empresa ou está sendo
distribuído em outro site, denuncie para nós através do e-mail contato@tiexames.com.br .
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SUMÁRIO
Introdução ........................................................................................................................ 6
Introdução ao Cenário.................................................................................................... 6
Introdução à ITIL ............................................................................................................ 8
Organizações Envolvidas com a ITIL ........................................................................... 10
Estrutura de livros da ITIL V2 ....................................................................................... 13
Estrutura de livros da ITIL V3 ....................................................................................... 18
Por Que a ITIL é Importante?....................................................................................... 21
Possíveis Resultados com a Adoção da ITIL................................................................ 21
Possíveis Problemas.................................................................................................... 22
1. Fundamentos em Gerenciamento de Serviços de TI ........................................... 23
Introdução .................................................................................................................... 23
Conceito de Serviço ..................................................................................................... 24
Conceito de Processo .................................................................................................. 24
Outros Conceitos ......................................................................................................... 25
Melhoria Contínua........................................................................................................ 26
3. Central de Serviços ................................................................................................... 27
Introdução .................................................................................................................... 27
Objetivos ...................................................................................................................... 28
Descrição ..................................................................................................................... 28
Atividades .................................................................................................................... 29
Qualificações do Pessoal ............................................................................................. 29
Tipos de Centrais de Serviço ....................................................................................... 30
Estruturas de Central de Serviços ................................................................................ 30
Papéis e Responsabilidades ........................................................................................ 33
Relacionamentos ......................................................................................................... 34
Principais Benefícios .................................................................................................... 35
Problemas Comuns...................................................................................................... 35
IPD - Indicadores Principais de Desempenho .............................................................. 36
4. Gerenciamento de Incidentes ................................................................................ 37
Introdução .................................................................................................................... 37
Objetivos ...................................................................................................................... 37
Conceitos ..................................................................................................................... 38
Descrição do Processo ................................................................................................ 39
Atividades .................................................................................................................... 39
Níveis de Suporte......................................................................................................... 43
Papéis e Responsabilidades ........................................................................................ 44
Relacionamentos ......................................................................................................... 45
Benefícios .................................................................................................................... 46
Problemas Comuns...................................................................................................... 46
IPD - Indicadores Principais de Desempenho .............................................................. 46
5. Gerenciamento de Problemas ............................................................................... 47
Introdução .................................................................................................................... 47
Objetivo........................................................................................................................ 47
Conceitos ..................................................................................................................... 48
Descrição do Processo ................................................................................................ 48
Atividades .................................................................................................................... 50
Ferramentas e Técnicas............................................................................................... 54
Papéis e Responsabilidades ........................................................................................ 55
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Relacionamentos ......................................................................................................... 56
Benefícios .................................................................................................................... 57
Problemas Comuns...................................................................................................... 58
IPD - Indicadores Principais de Desempenho .............................................................. 58
6. Gerenciamento de Mudanças ................................................................................ 59
Introdução .................................................................................................................... 59
Objetivo........................................................................................................................ 59
Conceitos ..................................................................................................................... 60
Descrição do Processo ................................................................................................ 60
Tipos de Mudanças ...................................................................................................... 63
Atividades .................................................................................................................... 63
Comitê de Controle de Mudanças (CCM)..................................................................... 65
Papéis e Responsabilidades ........................................................................................ 66
Relacionamentos ......................................................................................................... 67
Benefícios .................................................................................................................... 67
Problemas Comuns...................................................................................................... 68
IPD - Indicadores Principais de Desempenho .............................................................. 68
7. Gerenciamento de Liberações............................................................................... 69
Introdução .................................................................................................................... 69
Objetivo........................................................................................................................ 69
Conceitos ..................................................................................................................... 70
Descrição do Processo ................................................................................................ 71
Atividades .................................................................................................................... 72
Papéis e Responsabilidades ........................................................................................ 76
Relacionamentos ......................................................................................................... 77
Benefícios .................................................................................................................... 77
Problemas Comuns...................................................................................................... 78
IPD - Indicadores Principais de Desempenho .............................................................. 78
8. Gerenciamento da Configuração........................................................................... 79
Introdução .................................................................................................................... 79
Objetivos ...................................................................................................................... 79
Conceitos ..................................................................................................................... 81
Descrição do Processo ................................................................................................ 83
Atividades .................................................................................................................... 84
Papéis e Responsabilidades ........................................................................................ 87
Relacionamentos ......................................................................................................... 87
Benefícios .................................................................................................................... 88
Problemas Comuns...................................................................................................... 88
IPD - Indicadores Principais de Desempenho .............................................................. 89
Melhores Práticas ........................................................................................................ 90
9. Gerenciamento do Nível de Serviço ...................................................................... 91
Introdução .................................................................................................................... 91
Objetivo........................................................................................................................ 92
Conceitos ..................................................................................................................... 93
Descrição do Processo ................................................................................................ 95
Atividades .................................................................................................................... 96
Papéis e Responsabilidades ........................................................................................ 99
Relacionamentos ......................................................................................................... 99
Benefícios .................................................................................................................... 99
Problemas Comuns.................................................................................................... 100
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Introdução
Introdução ao Cenário
Por muitos anos, algumas organizações puderam continuar seus negócios, ainda que
tivessem pouco apoio da TI. Hoje a realidade é diferente: a Tecnologia da Informação é
um fator crítico de sucesso para a organização, e em até muitos casos acaba sendo seu
diferencial competitivo no mercado. Existem determinados ramos de negócio que são
quase impossíveis de serem imaginados hoje sem o apoio da TI, como por exemplo o
sistema bancário. Seria impossível tentar controlar as contas dos clientes sem o apoio de
um sistema de banco de dados. É difícil você encontrar hoje um ramo de negócio que não
utilize serviços de TI em nenhum processo.
Hoje para muitas empresas a TI se tornou um parceiro estratégico. Ela faz parte do
negócio. Atualmente as decisões sobre os investimentos em TI são tratadas nas reuniões
de planejamento estratégico pelo conselho administrativo da empresa - não é mais
possível tratar a TI isoladamente. A TI deixou de ser tratada por técnicos e passou a ser
incorporada na estratégia da empresa para alcançar seus objetivos. Pelo menos, deveria
ser assim em organizações que enxergam a TI como essencial para o negócio.
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passa os orçamentos estão cada vez mais apertados - é preciso buscar formas
para reduzir custos.
Justificativa para retorno sobre os investimentos em TI. De alguma forma o
investimento em TI precisa ser justificado. É preciso demonstrar o ROI (Retorno de
Investimento), ou seja, o que a organização vai ganhar ao fazer determinado
investimento em TI. O pessoal de TI têm tido muita dificuldade de fazer estas
justificativas de ROI, justamente pelo fato de que a maioria do pessoal de TI é
muito técnico e não entende nada do negócio.
Conformidade com leis e regulamentos. Instituições financeiras e empresas
com ações em bolsas internacionais são agora obrigadas a cumprir regulamentos
impostos pelo governo e outras entidades, como por exemplo a Lei Sarbanes-
Oxley. A TI está totalmente relacionada ao cumprimento destas leis, buscando
adequação dos seus sistemas e processos para atender aos requisitos impostos.
Manter a segurança sobre as informações. A necessidade por informação em
qualquer lugar fez com que os sistemas e bancos dados fossem expostos à
vulnerabilidade de ataques de hacker e vírus. A segurança é um ponto de grande
relevância para os gestores de TI - a organização não pode correr o risco de
perder suas informações, pois isto pode trazer prejuízos financeiros e até mesmo
prejudicar a reputação da empresa no mercado.
Em virtude deste cenário onde a TI aparece com grande importância para o negócio da
empresa, buscando por otimização de seus processos e redução de custos e riscos,
várias frameworks de processos e melhores práticas foram criados. A figura abaixo
mostra a evolução destas frameworks e seus níveis de maturidade em termos de
Gerenciamento de Serviços.
Maturidade do
Gerenciamento de TI
ITIL v.3
ISO
BS 20.000
15000
ITIL
HP v.2
ITITSM
IBM IL
Idade ISMA
Escura da
TI
Tempo
1970 1980 1990 2000 2005 2007
A ITIL (IT Infrastructure Library), que é uma biblioteca composta das boas práticas para
Gerenciamento de Serviços de TI, é hoje o modelo mais utilizado quando se trata de
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suporte e entrega de serviços de TI. Criada pelo governo britânico em 1980, tornou-se
padrão de fato no mercado a partir de 1990. A ITIL na versão 2 é composta de 7 livros
principais. Já na ITIL V3, os livros foram todos reescritos e o conteúdo disponibilizado em
5 livros principais. A ITIL não se trata de uma metodologia e sim de um conjunto de boas
práticas adotadas em várias organizações. Atualmente é a framework (framework poderia
ser traduzida como “estrutura de processos”) mais adequada para o gerenciamento de
serviços para os departamentos de TI, sendo utilizada por mais de 10.000 empresas no
mundo todo.
Podemos tratar a ITIL apenas como um consenso de como devem ser tratados os
processos dentro de área de TI. Os processos propostos são genéricos, podendo ser
utilizados por qualquer organização, seja pública ou privada, de grande ou pequeno porte.
Estes processos devem ser adotados e adaptados ao seu negócio - tenha em mente
que não existe receita pronta. A ITIL é um modelo de processos e não representa os
próprios processos com o passo-a-passo para implementar na organização. Pelo fato de
ser um modelo, a ITIL serve como inspiração para definir e melhorar processos de
Gerenciamento de Serviços de TI.
A EXIN também disponibiliza hoje uma certificação para profissionais que conhecem a
norma ISO/IEC 20.000, que é a certificação ISO 20.000 Foundation. A TIEXAMES
disponibiliza um curso de interpretação desta norma que ajudará você a se preparar para
o exame de certificação. Como esta norma é baseada na ITIL, o profissional que já for
certificado em ITIL Foundation poderá facilmente também conquistar a certificação ISO
20.000 Foundation.
Introdução à ITIL
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tornando um padrão de fato em todo o mundo, e a partir dela houve várias adaptações de
outros fornecedores, como a Microsoft, IBM e HP. A Microsoft oferece hoje o MOF, que é
um modelo que foi baseado na ITIL.
A ITIL atualmente desperta grande interesse no mercado pois há uma preocupação com o
Gerenciamento de Serviços de TI nas empresas. Como falamos anteriormente, a grande
dependência da TI para os negócios faz com que os gestores de TI busquem a adoção
das melhores práticas com o objetivo de trazer resultados positivos, como redução de
custos e agilidade em seus processos.
Mais de 10.000 empresas no mundo todo já adotaram as melhores práticas da ITIL. Isto
comprova sua maturidade e aceitação pelo mercado. O Brasil e os EUA estão na fase
inicial de implementação destas práticas, mas muitas empresas aqui já as adotaram e já
temos vários casos de sucesso.
A ITIL oferece uma estrutura de processos para manter uma infra-estrutura de TI. Cada
um destes processos cobre uma ou mais tarefas do provedor de TI, tais como
desenvolvimento de serviços, gerenciamento da infra-estrutura, fornecimento de serviços
e suporte a serviços.
Estes processos propiciam o uso das boas práticas, fazendo com que o provedor de TI
possa adotá-las independente da estrutura da organização.
Muitas destas boas práticas são claramente identificáveis, e na verdade são utilizadas na
maioria das organizações de TI. Talvez muitos dos conceitos que você vai ver aqui você
já utiliza ou conheça.
A ITIL apresenta as boas práticas de forma coesa. Os livros da ITIL V2 descrevem como
estas práticas podem ser otimizadas e como a coordenação das atividades pode ser
aperfeiçoada. Os livros também explicam como os processos podem ser formalizados
dentro de uma organização, fornecem uma referência dentro da organização para uma
terminologia padronizada, ajudam a definir os objetivos e a determinar o esforço
requerido.
A ITIL não pode ser vista como uma metodologia, pois as práticas sugeridas são flexíveis
a ponto de você adaptá-las aos seus processos. Já uma metodologia possui uma
implementação mais rígida, com regras bem definidas. “Na ITIL tudo pode, nada deve.”
A vantagem da adoção das boas práticas está no fato de você não ter que “reinventar a
roda”. Adotar práticas já testadas propicia um ganho de tempo e retorno mais rápido
sobre o projeto de implementação de um Gerenciamento de Serviços.
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Corpo do Governo –
Office Of Government Garante a qualidade na estrutura
Commerce (OGC) atual e futura. Proprietário da ITIL.
ITILV3
Institutos de Exame – Gerenciam a definição
EXIN APMG ISE e execução dos exames de certificação.
B Credenciam os centros de treinamento.
itSMF
O Fórum de Gerenciamento de Serviços de Tecnologia da Informação (itSMF)
originalmente ficou conhecido como Fórum do Gerenciamento da Infra-estrutura de TI
(itIMF) e foi criado no Reino Unido em 1991. O OGC não tem objetivos comerciais com a
ITIL, e também não tinha interesse em ficar divulgando as práticas da ITIL mundo afora.
Por isto repassou esta missão para o itSMF. O itSMF holandês foi o primeiro chapter
(capítulo), criado em novembro de 1993. Em 2001 mais de 500 empresas tornaram-se
membros, entre fornecedores e grupos de usuários. Atualmente existem chapters do
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itSMF em vários países, tais como África do Sul, Bélgica, Alemanha, Áustria, Suíça, EUA,
Austrália e Brasil, que participam no grupo internacional do itSMF.
EXIN e ISEB
Da mesma forma que o OGC não tinha interesse em ficar divulgando as práticas da ITIL,
ele resolveu fazer uma licitação para que outras organizações se responsabilizassem
pelas certificações profissionais e treinamentos credenciados. O EXIN e a ISEB venceram
esta licitação no passado. O Examination Institute for Information Science (EXIN) e a
Information Systems Examinations Board (ISEB) juntos desenvolveram uma certificação
profissional para a ITIL V2. Isto foi feito em cooperação com o itSMF. O EXIN e a ISEB
são organizações sem fins lucrativos que cooperam para oferecer uma escala de
qualificação ITIL V2 em três níveis:
O sistema de certificação é baseado nas exigências para cumprir o papel relevante dentro
de uma organização de TI. Até agora os certificados foram concedidos para mais 600.000
profissionais de TI em mais de 30 países.
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APMG
Com o lançamento da ITIL V3, o OGC abriu uma nova concorrência para empresas que
estivessem interessadas em assumir o controle de treinamentos e certificações na nova
versão da ITIL. Nesta nova concorrência, quem ganhou foi outra organização: o APMG.
Agora o APMG está envolvida no novo esquema de certificação da ITIL V3, e o EXIN e a
ISEB apenas fazem a distribuição dos novos exames.
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Aqui nesta apostila não iremos apresentar o esquema de certificação da ITIL V3. É
importante comentar que as certificações na ITIL V2 serão oferecidas enquanto houver
demanda de mercado.
Para conhecer o novo esquema de certificação da ITIL V3 consulte o link abaixo no nosso
site:
http://www.tiexames.com.br/ITIL3_esquema_certificacao.php
A ITIL V2 é uma série de livros. Assim como o nome já sugere, é uma biblioteca (IT
Infrastructure Library). Esta seção descreverá os vários componentes da biblioteca na
versão anterior. Os livros oficiais do OGC estão disponíveis para compra em algumas
livrarias. Para comprar estes livros, consulte o site www.itsmf.com.br. A utilização destas
práticas na sua empresa é de domínio público, entretanto todo o material da ITIL possui
direitos de cópia da coroa inglesa.
Cada um dos livros da ITIL faz parte da framework completa da ITIL. A ITIL na verdade é
uma biblioteca de muitos livros. Esta apostila é focada na entrega do serviço e nos livros
de Suporte a Serviços e Entrega de Serviços. Nós descrevemos a ITIL conforme estes
dois livros durante toda a apostila.
Parte da filosofia da ITIL é baseada nos sistemas de qualidade, tais como a série ISO-
9000. A ITIL suporta tais sistemas de qualidade com uma descrição clara dos processos e
das melhores práticas em Gerenciamento de Serviços de TI. Isto pode significativamente
reduzir o tempo necessário para obter a certificação ISO.
Originalmente, a ITIL V1 era consistida por um grande conjunto de livros. Cada um deles
descrevia uma área específica de manutenção e operação da infra-estrutura de TI. Os
dez livros que descreviam o Suporte de Serviços e Entrega de Serviços eram
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considerados o núcleo da ITIL V2. Havia aproximadamente outros 40 livros nos assuntos
complementares relacionados ao Gerenciamento de Serviços de TI, desde mandar um
telegrama ao cliente a relacionar-se com ele. Entretanto, a série original dos livros da
biblioteca de infra-estrutura focou-se mais no Gerenciamento de Serviços de TI a partir da
perspectiva de TI.
O conjunto de Perspectiva de Negócio foi introduzido para construir uma ponte entre o
negócio e a organização de TI.
O núcleo dos livros da ITIL V2 foi revisado e publicado apenas como dois livros: Suporte a
Serviços e Entrega de Serviços. Isto eliminou sobreposições e inconsistências da série
anterior.
• Perspectiva de Negócio
• Entrega de Serviço
• Suporte a Serviço
• Gerenciamento da Segurança
• Gerenciamento da Infra-estrutura
• Gerenciamento de Aplicações
• Planejamento da Implementação do Gerenciamento de Serviços
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Estes 7 módulos constituem o corpo da ITIL V2. Abaixo você terá uma descrição
resumida do propósito de cada livro:
Esta apostila irá descrever apenas os dois livros principais da ITIL: Suporte a Serviços e
Entrega de Serviços, considerados o coração da framework.
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Suporte a Serviços
Suporte a
Serviços
SERVICE-DESK
Inform.
Mudanças Inform.
Liberações
Gerenciam.
Ferramentas Incidentes
Monitoramento Gerenciam.
Problemas
Gerenciam.
Mudanças
Gerenciam.
Liberações
Gerenciam.
Configuração
BDGC
Problemas Relacionamento
Incidentes
Erros Conhecidos Mudanças Liberações Entre ICs
16
Entrega de Serviços
Níveis de
Serviço &
Relatórios Orçamento,
Informações
de cobrança Informação
Plano de
Continuidade
Open
Hrs 9-5
Gerenciam.
Capacidade
Gerenciam.
Disponibilidade
Gerenciam.
Nível de Serviços
Gerenciam.
Finanças Gerenciam.
Continuidade
Serviços de TI
Ferramentas
Monitoração
17
Estrutura de livros da ITIL V3
Então, em meados de 2007 foi lançado a ITIL V3. A estrutura passou de 7 para 5 livros
principais. Agora os livros da nova versão fazem parte do ciclo de vida do serviço. Esta é
a grande mudança estrutural na ITIL V3.
Melhoria de Serviço
Continuada
Desenho
de Serviço
Operação
de Serviço
Estratégia
de Serviço
Framework ITIL® V2
Transição
de Serviço
A abordagem do ciclo de vida do serviço é algo novo para a TI, mas não é algo novo em
outras áreas do negócio. Temos que entender que um serviço nasce, se desenvolve, vai
para a operação e um dia ele morre ou é aposentado, e é necessário gerenciar o serviço
não só durante a sua fase adulta, mas sim desde a sua fase embrionária para que gere
valor para o negócio.
18
Conheça abaixo as capa dos livros principais.
5 livros principais
Introdução ao
Ciclo de Vida
do Serviço
O ciclo de vida do serviço tem um eixo central, que é a estratégia do serviço – é também
a fase inicial deste ciclo. Esta estratégia vai guiar todas as outras fases: Desenho de
Serviço, seguida da Transição de Serviço e Operação de Serviço. E envolvendo todas as
fases do ciclo de vida vem a Melhoria de Serviço Continuada. Processos e funções agora
estão distribuídos ao longo do ciclo de vida.
A fase de Estratégia de Serviço é a grande sacada na ITIL V3. É aqui que a TI vai se
integrar com o negócio. Nós já estamos acostumados a ver a TI como sendo apenas um
departamento de tecnologia que é comunicado sobre as decisões da empresa. E quando
o comunicado chega a TI tem que se virar para atender às demandas - e aí começam os
conflitos: falta de recursos e falta de tempo. Nesta fase de estratégia a TI tem que buscar
entender quais são as demandas dos seus clientes, identificar oportunidades e riscos,
decidir por terceirizar ou não determinados serviços e pensar no retorno para o negócio.
Nesta fase a TI vai gerenciar o seu portfolio de serviço, e este portfolio vai conter o
pipeline, o funil de serviços que é um termo que o pessoal de vendas conhece muito bem.
Todos nós sabemos que a TI sempre tem mais demanda que a sua capacidade, só que
ela vai ter que priorizar o que vai desenvolver. Nem toda demanda vira serviço, por isto
ela precisa fazer a gestão do seu portfolio. Com a Estratégia de Serviço da ITIL V3 é
possível agora ter a visão da razão de se ter um serviço no portfolio.
Na fase do Desenho de Serviço tudo que foi levantado na Estratégia de Serviço será
usado para projetar um novo serviço: custos, mercado e como o serviço será utilizado. O
serviço vai ser definido com base nesta estratégia, já pensando no valor que ele vai gerar
para os clientes. Se todas as informações forem levantadas já durante a fase de
estratégia, a TI conseguirá projetar o serviço conforme esperado. Nesta fase já se deve
19
pensar em qual será o SLA (Acordo de Nível de Serviço), quais os riscos envolvidos e os
fornecedores necessários, e qual a capacidade da infra-estrutura para suportar o serviço.
E envolvendo todas as fases do ciclo de vida vem a Melhoria de Serviço Continuada, que
tem um foco na qualidade, avaliando tanto o serviço como os processos de
gerenciamento das fases. Outro foco é que um serviço que foi entregue não é estático:
ele pode ser bom hoje, mas amanhã não mais, pois a demanda do usuário vai
aumentando. Então esta fase vai procurar avaliar os serviços, vai procurar obter o
feedback, e nada impede que este ciclo de vida do serviço gire várias vezes - pois pode
ser necessário repensar a estratégia do serviço.
Como vocês podem perceber, se a TI executar todas as fases ao criar um novo serviço ou
alterar um serviço existente, ela vai errar menos. Se os serviços forem desenhados
conforme os requisitos dos clientes e projetados devidamente, o pessoal de produção irá
ter menos estresse para manter o serviço. Em resumo, teremos menos re-trabalho e
maior controle sobre os custos.
O conteúdo que estamos apresentando nesta apostila é baseado na ITIL V2, e este ainda
se aplica às organizações. Os processos de suporte e entrega da versão anterior
praticamente são os mesmos na nova estrutura de livros. O mercado vai continuar
adotando a ITIL V2 por um bom tempo. Muitas organizações estão preferindo iniciar seus
projetos de ITIL na versão 2 e depois evoluir para a versão 3, pelo fato de acharem que a
versão anterior está mais simples. Por isto, tudo o que você vai aprender aqui nesta
apostila será de grande valia. Se você tiver interesse em conhecer mais a ITIL V3, faça o
nosso curso e-learning de migração. Ao fazer o nosso curso de migração você estará
habilitado para prestar o novo exame ITIL V3 Foundation.
20
Por Que a ITIL é Importante?
21
Redução de 50% no tempo médio de resolução, redução de 30% no tempo para
realizar novas mudanças, redução de 50% dos recursos - Utility Provider
Possíveis Problemas
22
1. Fundamentos em Gerenciamento de Serviços de TI
Introdução
As necessidades dos clientes devem ser entendidas pelo provedor de TI. Para atender a
estas necessidades é necessário buscar e implementar soluções e tecnologias
disponíveis no mercado. É necessário ter pessoas que implementem esta tecnologia,
forneçam suporte aos usuários, negociem níveis de serviços e mantenham a solução
disponível. Para que as pessoas trabalhem de forma eficiente e eficaz são necessários
processos que digam como as atividades devem ser executadas. Deverão também existir
processos que controlem e monitorem a entrega de serviços sempre com o mesmo
padrão. Pessoas, processos e tecnologia são os três elementos principais do
Gerenciamento de Serviços de TI, e os três juntos fornecem serviços que atendam às
necessidades dos clientes.
23
uma maior disponibilidade dos serviços o negócio deixará de perder dinheiro com
as paradas de TI.
3) Visão mais clara da capacidade atual de fornecimento de serviços.
4) Fornecimento de informações gerenciais para acompanhamento de desempenho,
possibilitando traçar melhorias.
5) Equipe de TI mais motivada: conhecendo a carga de trabalho é possível gerenciar
melhor as expectativas.
6) Maior satisfação dos clientes e usuários, com a TI entregando serviços com mais
qualidade e rapidez.
7) [Em alguns casos] Redução de custos: a partir do melhor planejamento e controle
dos processos internos é possível otimizar os custos operacionais.
8) Maior agilidade e segurança para realizar as mudanças propostas pelo negócio.
Com processos definidos e controlados é mais fácil implementar várias mudanças
simultaneamente.
Conceito de Serviço
Exemplo:
Um sistema de faturamento é fornecido usando uma base Oracle e uma rede
O serviço de e-mail utiliza recurso de rede, servidor e link de internet
DICA: para não haver confusão sobre o que é serviço e o que é recurso de TI, tenha em
mente que serviço é sempre com o que o usuário interage diretamente. O usuário usa um
sistema, e não um banco de dados. O banco de dados não pode ser considerado um
serviço de TI, mas sim um componente de um serviço.
Conceito de Processo
24
Outros Conceitos
Com o cliente são negociados os níveis de serviços e são desenvolvidos novos serviços.
São os usuários ligam para a Central de Serviços (service-desk ou help-desk) para
solicitar ajuda ou reportar incidentes. É importante saber quem são estas figuras dentro
do seu cenário.
25
Melhoria Contínua
Esta figura acima ilustra o ciclo de melhoria contínua sugerido pela ITIL. Quando você for
adotar a ITIL, você poderá utilizar este ciclo. No primeiro momento se identificam quais
são os objetivos do negócio, o que o negócio precisa da TI para realizar suas estratégias.
Com base nisto, a TI deve organizar seus processos de suporte e de entrega. Em
seguida se faz uma avaliação, conhecida como ITIL assessment. Esta avaliação pode ser
feita através de questionários que apresentarão a situação atual de TI e os gaps (lacunas)
entre o que está sendo feito na prática e o que está sendo sugerido nos livros da ITIL. Na
área do aluno em nosso site você poderá baixar um modelo de questionários. Depois que
você já conhece a sua realidade e a distância desta para o que o modelo da ITIL sugere,
você pode fazer um plano de implementação de melhorias nos seus processos. Uma vez
que este plano foi implementado, é necessário avaliar se os processos desenhados estão
gerando os resultados previstos, se eles estão colaborando para a realização das
estratégias do negócio. Esta avaliação pode ser feita por meio de métricas usando
indicadores. A ITIL tem uma série de indicadores para cada processo.
Este ciclo pode se repetir várias vezes. A melhoria contínua, como o próprio nome diz, é
contínua. Continuamente você precisa verificar se os processos estão gerando
resultados, e sempre há algo a melhorar. Um processo nunca chega ao nível
OTIMIZADO, mas sim no nível OTIMIZANDO. A TI está sempre passando por inovações,
e estas inovações impactam os processos existentes. Por isto sempre haverá algo a
melhorar ou inovar em seus processos. Nada é estático para sempre.
26
3. Central de Serviços
Introdução
A proposta sugerida é separar, dentro das operações de TI, quem faz parte do suporte
aos usuários e quem vai realizar atividades de resolução de problemas e
desenvolvimento. Ter uma área específica para o suporte traz vantagens para os
usuários, propiciando um suporte com maior agilidade e qualidade, e propiciando mais
eficiência para a equipe de TI, pois o técnico especialista acaba não sendo mais
interrompido pelas chamadas diretas dos usuários.
Não há nada mais aborrecedor do que você ligar para um número de suporte e passar por
várias pessoas e departamentos para conseguir resolver o seu problema. Com a Central
de Serviços haverá pessoas focadas em resolver as solicitações dos usuários, evitando
colocar os usuários em contato direto com as equipes de suporte ou desenvolvimento.
Fonte: www.piada.com
27
Objetivos
• Funcionar como o ponto central de contato (SPOC – Single Point of Contact) entre
os usuários e o provedor de TI. A Central de Serviços funciona como o 1º. nível de
suporte aos usuários, isto é, o primeiro atendimento é feito pelo atendente de
suporte que trabalha dentro da Central de Serviços.
• Restaurar os serviços sempre que possível. A equipe de suporte deve estar
equipada com ferramentas e informações, tais como Erros Conhecidos e base de
conhecimento, para que possa oferecer soluções o mais rápido possível.
• Prover suporte com qualidade para atender aos objetivos do negócio. É
necessário que a equipe esteja bem treinada para ter conhecimento de todos os
serviços que serão fornecidos e entender o impacto que eles têm para o negócio.
• Gerenciar todos os incidentes até o seu encerramento. A Central de Serviços será
responsável pelo processo de Gerenciamento de Incidentes, e será responsável
pelo tratamento de todos os incidentes. É importante esclarecer que o processo de
Gerenciamento de Incidentes inicia na Central de Serviços, mas um incidente
pode ser escalado para outras áreas da TI. Não é só a Central de Serviços que
está envolvida na resolução de um incidente. É de responsabilidade também da
Central de Serviços monitorar o cumprimento dos acordos estabelecidos nos
ANSs (SLAs - Acordos de Nível de Serviço).
• Dar suporte a mudanças, fornecendo comunicação aos usuários sobre o
agendamento de mudanças. A Central de Serviços é uma área que pode executar
pequenas mudanças ou mudanças-padrão que não têm risco para o negócio. A
própria Central de Serviços pode executar tudo aquilo que já tem procedimentos
escritos, que é rotineiro.
• Aumentar a satisfação do usuário, provendo suporte com maior qualidade,
estando sempre de prontidão para o atendimento, buscando solucionar os
incidentes de forma mais rápida.
• Maximizar a disponibilidade do serviço. Se houver alguém focado em restaurar os
serviços após o incidente, isto conseqüentemente aumentará a disponibilidade do
serviço.
Descrição
• Dar suporte aos usuários à medida que eles requerem ajuda para o uso dos
serviços de TI.
28
• Monitorar o cumprimento dos níveis de serviços estabelecidos nos ANSs. O
Gerenciamento do Nível de Serviços é um habilitador de negócio primordial para
esta função.
Atividades
Controle de Incidentes
• Telefone
• E-mail
• Internet
• Fax
• Visita pessoal
Qualificações do Pessoal
A equipe de suporte que fará parte da Central de Serviços deverá ter algumas
qualificações mínimas, como:
29
o Honesto
• Entendimento dos serviços utilizados pelo negócio
• Conhecimento técnico necessário para fornecer o suporte
Se o usuário que liga para a Central de Serviços é um usuário mais experiente com
necessidade de resolver questões mais complexas, pode ser mais adequado utilizar uma
equipe de atendentes skilled ou experts.
Centrais de Serviço Locais são criadas para atender a necessidades locais de cada
unidade de negócio. Este tipo de estrutura é escolhido quando há necessidades
30
especificas para cada unidade de negócio, onde o atendimento é facilitado devido ao fato
da equipe de suporte já estar implantada no local. Normalmente neste tipo de estrutura o
custo operacional é maior, devido ao fato de manter várias estruturas físicas com recursos
como hardware e software específicos para cada uma.
Central de Serviços
Suporte
Terceiros Redes ERP Manutenção
Interno
Este tipo de Central local é muito comum em empresas multinacionais, onde cada planta
(filial) tem uma estrutura de TI local, pois cada filial tem a sua própria infra-estrutura de TI
assim como sistemas próprios.
31
Central de Serviços Centralizada
Uma Central de Serviços Centralizada tem como objetivo centralizar todas as solicitações
de suporte em um único local. Este modelo leva à redução de custos operacionais,
melhora o Gerenciamento de Serviços de TI e otimiza a utilização dos recursos.
Central de Serviços
Suporte
Terceiros Redes ERP Manutenção
Interno
Neste caso a organização pode ter várias filiais, mas o suporte é centralizado na matriz.
Não existe o melhor tipo de Central de Serviços - vai existir o melhor tipo para a sua
necessidade. Cada organização tem necessidades, serviços e complexidades diferentes.
32
Central de Serviços Virtual
Esta estrutura virtual é muito utilizada por empresas que têm filiais espalhadas pelo globo.
Papéis e Responsabilidades
Em todo processo e função na ITIL você vai ter papéis, não cargos. Isto significa que a
ITIL sugere que alguém desempenhe determinado papel em relação ao processo e
função. No caso da Central de Serviço existe a figura do Gerente da Central de Serviços.
Dependendo da estrutura da organização, acaba existindo uma pessoa que tem este
cargo fixo.
33
Avalia e compra ferramentas para a Central de Serviços (software)
Garante que todas as chamadas recebidas pela Central de Serviços serão
prontamente registradas
Garante que as requisições e consultas de clientes/usuários serão satisfeitas
dentro do tempo acordado nos ANSs
Apóia o Gerenciamento de Problema com a análise dos incidentes registrados
para determinar a causa-raiz dos problemas e mudanças necessárias através do
Gerenciamento de Mudanças, e reduzir incidentes que podem ser evitáveis
Estar presente no Comitê de Controle de Mudanças quando necessário
Revisa a função da Central de Serviços e faz recomendações de custos para
melhorias
Relacionamentos
Sendo um ponto único de contato para o serviço de TI, a Central de Serviço deve ter um
vínculo com todos os processos da ITIL. Com alguns processos este vínculo é mais claro
do que com outros.
Gerenciamento
da Configuração
Gerenciamento
de Incidentes Central de Gerenciamento
de Mudanças
Serviços
Gerenciamento Gerenciamento do
de Liberação Nível de Serviço
Os incidentes podem ser relacionados aos Itens de Configuração. Se este vínculo for
suportado por um software, teremos condições de futuramente fazer todo o rastreamento
de problemas ocasionados com determinado equipamento na infra-estrutura.
34
Serviços poderá executar atividades como instalar softwares e hardwares e também
efetuar mudanças-padrão, como por exemplo realocar fisicamente estações de trabalho
(PCs), configurar conexões de LAN, etc. É importante que estas atividades sejam
coordenadas pelo processo de Gerenciamento de Mudanças e Liberações.
Principais Benefícios
Problemas Comuns
Não existe dúvida que a adoção da Central de Serviços terá barreiras de sucesso.
Algumas barreiras típicas que poderão ocorrer:
1. Usuários não ligarem para Central de Serviços, mas tentarem buscar uma solução
diretamente com uma pessoa que conhecem ou que ajudou da última vez.
2. A equipe técnica não estar preparada para atender às necessidades do negócio
ou dos usuários.
3. Nem todas as partes estão informadas sobre os serviços fornecidos e os níveis de
serviços acordados, resultando em frustração por parte dos usuários.
35
IPD - Indicadores Principais de Desempenho
36
4. Gerenciamento de Incidentes
Introdução
Vimos no capítulo anterior que a Central de Serviços é uma função dentro do provedor de
TI que tem como objetivo prestar suporte aos usuários em relação ao uso dos serviços de
TI. Iremos ver agora o processo de Gerenciamento de Incidentes, que normalmente é
executado pela Central de Serviços, - mas isto não quer dizer que ele acontece apenas
na Central de Serviços.
Este é um dos processos mais reativos, pois entrará em atuação a partir dos incidentes
levantados por usuários ou ferramentas de monitoramento. Entretanto este processo é
vital para manter a agilidade dos serviços de TI. É importante considerar também que as
informações dos incidentes levantadas neste processo serão de grande importância para
o processo de Gerenciamento de Problemas, pois incidentes recorrentes precisam ser
tratados.
Objetivos
• Falha de hardware
• Erro de software
• Solicitações de informações
• Solicitação de mudança de equipamento
37
• Troca de senha
• Criação de perfil para novos funcionários
• Solicitação de suprimentos
• Problemas de desempenho
Perceba que na lista acima existem alguns itens que não são incidentes, isto é, não são
falhas ou anomalias no serviço. Solicitação de suprimentos, criação de perfil para um
novo usuário, etc., é o que chamamos de solicitação de serviço. Na ITIL V2 este tipo de
solicitação também pode ser tratado por este processo. Já na ITIL V3 você vai encontrar
um processo para lidar especificamente com estas questões.
Conceitos
Dentro deste processo existem alguns conceitos que devem ficar claros:
Incidente: qualquer evento que não é parte padrão da operação de um serviço, que
causa ou pode causar uma interrupção ou redução da qualidade do serviço. Exemplo de
incidente: a tela do PC do usuário travou e ele não consegue mais digitar.
38
Descrição do Processo
Procedimentos de
Incidentes entram no processo
Requisição de Serviço
Central de Roteamento
Serviços
Processo de Gestão de Incidentes RDM
Gestão de
Operações • Detecção e registro de incidentes Mudanças
BDGC
Como em todo processo, existem entradas e saídas. A entrada principal deste processo
são os incidentes. Como mostrado acima, os incidentes podem vir de muitas fontes como
usuários, equipes de operações, redes ou ferramentas de monitoramento que identificam
irregularidades nos serviços. Soluções de contornos podem ser buscadas a partir de uma
base de Erros Conhecidos, ajudando a resolver o incidente mais rápido. A Base de Dados
do Gerenciamento da Configuração (BDGC) auxiliará na identificação do Item de
Configuração relacionado ao incidente, incidentes anteriores, mudanças já registradas,
problemas abertos e o possível impacto e itens relacionados ao incidente. Determinadas
solicitações de usuários podem necessitar de um Registro de Mudança, como por
exemplo, uma nova regra de negócio ou instalação de um novo componente.
Atividades
39
O diagrama abaixo mostra as atividades durante o processo de Gerenciamento de
Incidentes.
S Procedimento de
Requisição de requisição de
Serviço? serviços
Investigação e diagnóstico
Solução e restauração
Fechamento do incidente
40
Classificação e suporte inicial
Os incidentes devem ser classificados de tal forma que permitam a identificação de Erros
Conhecidos e gerem informações gerenciais que permitam a identificação dos tipos de
incidentes mais freqüentes.
Exemplos de classificação de incidentes:
• Software
• Microsoft Office
• Hardware
• CD-ROM
• Impressoras
A estrutura acima é apenas um exemplo e não existe um padrão para classificação dos
incidentes. Cada organização pode criar as suas categorias e níveis de classificação.
É importante determinar o impacto e a urgência de cada incidente para determinar a sua
prioridade. A prioridade determina qual será a ordem de execução para resolver os
incidentes. Para determinar a prioridade utilize como boa prática a combinação entre
impacto e urgência do incidente. O impacto será considerado quantas pessoas ou
sistemas serão prejudicados pelo incidente. Já a urgência determina a velocidade em que
o incidente precisa ser resolvido.
Para ajudar na identificação de impacto e urgência pode ser que seja necessário envolver
o cliente para obter melhor entendimento sobre os serviços de TI que são utilizados e
como as falhas impactam os seus negócios.
41
A prioridade poderá ser utilizada para determinar o prazo para resolução dos incidentes.
Esta prioridade com estes devidos tempos de atendimento podem ser estabelecidos em
acordos com o cliente. Não é uma decisão única da TI, será necessário saber do cliente
qual é o tempo máximo para recuperar o serviço evitando impacto no negócio.
Investigação e diagnóstico
Resolução e restauração
Uma vez que uma solução de contorno ou definitiva para o incidente é encontrada, esta
será adotada. Se uma mudança for necessária, uma RMD (Requisição de Mudança) será
submetida ao Gerenciamento de Mudanças. Você vai ver mais sobre abertura de RDMs
no Gerenciamento de Problemas.
Fechamento do incidente
42
assim, sempre que o usuário entrar em contato com a Central de Serviços, terá uma
pronta resposta sobre a situação de suas chamadas. Não é conveniente que os usuários
tenham contato direto com os solucionadores finais do incidente, isto fará com que os
usuários comecem a manter o contato direto com eles e diminua a produtividade dos
mesmos.
Níveis de Suporte
O primeiro nível de suporte irá ser feito pela Central de Serviços e inclui o registro,
classificação, escalonamento (encaminhamento do incidente), resolução e fechamento.
43
Diferentes tipos de escalonamento
Diretor
Gerente 1 Gerente 2
Hierárquico
Funcional
Papéis e Responsabilidades
Neste processo deve haver o Gerente de Incidente, que na maioria das organizações é
um papel atribuído para o Gerente da Central de Serviços.
Além deste papel, deve haver a equipe que vai atuar na resolução de incidentes, incluindo
o grupo de atendentes da Central de Serviços e os grupos de suporte apresentados
anteriormente.
44
Relacionamentos
Gerenciamento da Configuração
Cada incidente está conectado com um Item de Configuração (IC) armazenado no BDGC.
Um incidente tipicamente irá envolver mais de um IC. Exemplo: determinado incidente
pode estar relacionado a uma impressora que não imprime corretamente. Esta impressora
é um IC associado ao registro de incidente.
Gerenciamento de Problemas
Para incidentes com causas não-conhecidas abre-se um registro de problema para que o
processo de Gerenciamento de Problemas faça o diagnóstico da causa-raiz e desenvolva
uma solução de contorno. Um incidente nunca vira um problema. Na verdade, são dois
registros separados. Pode acontecer que os dois processos ocorram em paralelo.
Erros Conhecidos, soluções de contorno e quick fixes (reparos rápidos) são fornecidos ao
Gerenciamento de Incidentes pelo Gerenciamento de Problemas. O Gerenciamento de
Problemas é quem alimenta a base de conhecimento com os Erros Conhecidos.
Gerenciamento de Mudanças
Este processo pode ser a causa dos incidentes se uma mudança não foi executada
corretamente. Conseqüentemente é muito importante que o Gerenciamento de Incidentes
saiba de todas as mudanças planejadas - assim ele poderá relacionar os incidentes a
uma mudança e notificar o processo de Gerenciamento de Mudanças para que o
processo de retrocesso (back out) seja executado. De outra forma, alguns incidentes
serão resolvidos por meio de uma mudança, como por exemplo no caso de um
equipamento defeituoso ser substituído.
Um exemplo de mudança mal sucedida: foi implementada no dia anterior uma nova
versão corretiva para o software XYZ. No dia seguinte, dois usuários reclamam àa Central
de Serviços que os dados históricos armazenados no software XYZ foram perdidos após
a implementação da mudança. Esta ligação será registrada como um incidente, mas este
incidente está relacionado a uma mudança.
45
Benefícios
Problemas Comuns
46
5. Gerenciamento de Problemas
Introdução
A maioria dos provedores de TI tem como tarefa diária apagar incêndios. O grande
volume de chamados com erros em sistemas e mau funcionamento dos componentes de
hardware acabam criando um gargalo para a equipe de suporte. O dia-a-dia corrido da
equipe acaba fazendo com que os problemas não sejam resolvidos definitivamente,
utilizando apenas soluções paliativas para contornar a pressão dos usuários. É como se
colocassem a poeira embaixo do tapete.
Objetivo
Este processo tem como missão minimizar a interrupção nos serviços de TI através da
organização dos recursos para solucionar problemas de acordo com as necessidades de
negócio, prevenindo a recorrência dos mesmos e registrando informações que melhorem
a maneira pela qual a organização de TI trata os problemas, resultando em níveis mais
altos de disponibilidade e produtividade.
Principais objetivos:
47
• Minimizar os efeitos adversos nos negócios
• Tratar incidentes e problemas causados por erros na infra-estrutura
• Prevenir pró-ativamente a ocorrência de incidentes, problemas e erros
• Reduzir o número geral de incidentes
Conceitos
Descrição do Processo
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Banco de Dados do Base de dados de
Gerenciamento da Erros Conhecidos e
Configuração (BDGC) problemas
Incidentes
graves
• Controle de problemas
• Suporte inicial, classificação e controle de
erros
• Apoio no tratamento de incidentes graves Requisição de
• Prevenção pró-ativa de problemas Mudança (RDM)
• Obtenção de informações gerenciais a partir
Incidentes dos dados de problemas
correlacionados • Revisão dos principais problemas
Gerenciamento de
Mudanças Gerenciamento da Gerenciamento de
Configuração Liberações
49
• Atualização dos registros de problemas e registro de problemas resolvidos quando
o Erro Conhecido for resolvido.
Atividades
Controle de problemas
o Alguns problemas podem ser identificados por processos que não sejam o
Gerenciamento de Problemas (exemplo: Gerenciamento da Capacidade).
50
A figura abaixo apresenta o fluxo de atividades dentro do controle de problemas:
Depois que se descobre qual é o erro, inicia-se a segunda parte, que é o controle de
erros.
Controle de erros
51
O controle de problemas e o controle de erros ocorrem na seqüência. Na ITIL V3 estes
dois subprocessos foram agrupados em único subprocesso. Você pode perceber que se o
fluxo dos dois subprocessos fossem colados um abaixo do outro, eles poderiam ser
emendados.
O ideal seria que a equipe técnica tivesse uma parte do tempo reservadas para fazer esta
parte pró-ativa do processo.
Exemplos:
Esta análise de tendências poderia ser realizada com o uso de um gráfico sugerido
abaixo. As categorias com o maior número de incidentes e com a maior relevância
deveriam ser analisadas com mais detalhes. Para identificar a categoria mais relevante a
52
ser analisa, usa-se um peso, que poderia ser o impacto que a categoria apresenta ao
negócio.
Categoria de incidentes
Peso
Ações preventivas
Exemplos:
Utilizar o “pain factor” (onde dói mais, onde gera mais impacto) dos incidentes
para direcionar recursos
Realização das revisões dos maiores problemas
53
A figura abaixo apresenta as atividades da fase reativa para a fase pró-ativa.
REATIVO PRÓ-ATIVO
►Prevenção de problemas em
outros sistemas e aplicações
►Monitoramento do Gerenciamento de
Mudanças
Esta é uma outra atividade pró-ativa. Ao final do ciclo de um problema grave, deve haver
uma revisão para poder aprender:
1. O que deu certo?
2. O que fizemos de forma diferente?
3. Que lições podemos tirar da resolução deste problema?
Ferramentas e Técnicas
Diagrama de Ishikawa
54
O Diagrama de Ishikawa é tipicamente o resultado de uma sessão de brainstorming, na
qual os membros de um grupo jogam idéias de como melhorar um produto, processo ou
serviço. É também muito utilizado para a identificação da causa-raiz do problema. Na
ponta da espinha é colocado o problema identificado, e em cada ponta lateral são
colocadas as possíveis áreas que estão resultando no problema. Cada causa possível é
testada até chegar à raiz, desta forma identificando qual é o motivo ou o erro que gerou o
problema.
Papéis e Responsabilidades
Vejamos os papéis existentes neste processo.
55
Existem recursos para a efetividade do processo de gerenciamento pró-ativo de
problema
Relacionamentos
56
Com o Gerenciamento de Mudanças
Benefícios
57
Problemas Comuns
Os problemas comuns no Gerenciamento de Problemas incluem:
58
6. Gerenciamento de Mudanças
Introdução
Como já visto anteriormente, a TI tem se tornado crítica para as operações das empresas
em virtude das dependências que o negócio tem sobre os sistemas de TI para continuar
funcionando. Cada vez mais os usuários exigem níveis de disponibilidade mais altos dos
serviços para alcançar os objetivos do negócio. Percebemos ainda que a área de TI está
em constante mudança para atender à demanda da evolução do cenário de negócios,
realizando implementações nos sistemas, implementando novos sistemas, aumentando a
capacidade para os serviços e criando novas políticas de segurança, entre outros.
É sabido também que a maioria dos problemas relacionados com a qualidade dos
serviços normalmente está relacionada a alguma mudança já realizada anteriormente.
Mudanças mal feitas, sem planejamento e sem testes adequados podem resultar em mais
problemas, muitas vezes desastrosos, trazendo prejuízos ao negócio. Há também
pesquisas no mercado que indicam que quase 60% dos problemas de indisponibilidade
dos serviços são devidos a uma falha de configuração do operador. Como estamos tão
dependentes dos serviços de TI, não podemos mais aceitar falhas brutais nas mudanças
realizadas.
Objetivo
Este processo tem como missão gerenciar todas as mudanças que possam causar
impacto na habilidade do provedor de TI em entregar serviços, através de um processo
único e centralizado de aprovação, programação e controle de mudança, para assegurar
que a infra-estrutura de TI permaneça alinhada aos requisitos do negócio com o menor
risco possível.
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• Assegurar que os procedimentos padronizados estão sendo usados para o
tratamento eficiente de todas as mudanças, reduzindo seus riscos e impactos
• Minimizar incidentes relacionados com mudanças
• Balanço entre necessidade e impacto
Conceitos
Mudança:
Uma ação que resulta em um novo status para um ou mais ICs da infra-estrutura de TI.
Exemplos de mudanças:
Trocar a memória de um servidor
Alterar a versão do sistema corporativo
Trocar o no-break de um servidor
Descrição do Processo
60
Não é necessário que todas as mudanças sejam controladas pelo processo de
Gerenciamento de Mudanças. Por exemplo, mudanças sem importância, como alterar
uma senha, podem ser feitas pela Central de Serviços seguindo procedimentos definidos.
Qualquer mudança comum e de baixo risco pode se transformar em um procedimento
que qualquer um na organização pode executar. Fazendo desta forma, reduzem-se carga
de trabalho, frustração e boicote ao processo.
Banco de Dados do
Gerenciamento da
Configuração (BDGC)
Requisições de
Mudanças Programação
(RDMs) Futura de
Mudanças(PFM)
61
Principais saídas:
Implementação
Backout
Avaliação
Muitas atividades que você visualiza ao lado do projeto são atividades também cobertas
pelo processo de Gerenciamento de Liberações da ITIL. O Gerenciamento de Mudanças
aprova e controla as mudanças, mas quem planeja a liberação dos componentes de
hardware e software que fazem parte da mudança é o processo de Gerenciamento de
Liberações. O processo de Gerenciamento de Liberações pode ser subordinado ou
coordenado pelo Gerenciamento de Mudanças.
62
Tipos de Mudanças
Mudança Padrão
Mudança com roteiro pré-definido (atualização de softwares, troca de
senha)
Não é necessária uma aprovação
Em alguns casos pode ser executada pela Central de Serviços
Existe um documento modelo padrão (procedimento escrito)
Mudança Normal
Segue os procedimentos normais, precisa passar pelo fluxo de aprovação
Mudança Urgente
O tempo é muito pequeno para seguir o fluxo normal, cria-se um fluxo
mais ágil de aprovação.
Cria-se o procedimento de urgência
Atividades
• Registro e classificação
• Aprovação
• Coordenação do desenvolvimento
• Autorização e implementação
• Avaliação
63
RDM
Requisição de Mudança
Rejeição
Gerenciamento da Configuração processa mudanças nos
Classificação/Prioridade
Sim
Urgente? Procedimentos
Não
Urgentes
Planejamento
ICs
Coordenação
Desenvolvimento
Testes
Implementação
Inicia o plano
Funcionou?
Não de retrocesso
Sim
Avaliação e fechamento
Registro e classificação
Uma RDM deve ter várias informações para a tomada de decisão, tais como categoria,
impacto e custo. Estas informações serão utilizadas para extrair o relatório gerencial.
Também é importante alocar a prioridade para cada mudança para definir a agenda de
mudanças programadas.
Aprovação
As RDMs são filtradas e aprovadas. Alguns fatores podem determinar que uma mudança
seja recusada, como por exemplo o custo muito alto em relação ao benefício que ela vai
trazer para o negócio. Esta atividade também ajuda a identificar o nível requerido de
aprovação - por exemplo, determinado tipo de mudança o Gerente de Mudanças pode
aprovar, outro deve circular pelo CCM ou pelo Comitê Executivo.
64
Coordenação do desenvolvimento
Aprovada a mudança, a RDM deve ser passada para o grupo técnico que será
responsável pelo seu desenvolvimento e implementação. O Gerenciamento de Mudanças
deve coordenar este processo, assegurando que existam os recursos necessários,
monitorando os riscos e acompanhando os testes. Muitas destas atividades de
implementação são planejadas pelo processo de Gerenciamento de Liberações.
Autorização e implementação
Após passar pela fase de desenvolvimento, as mudanças devem ser testadas antes de ir
para o ambiente de produção. É aconselhável que exista um grupo de testes
independente neste processo com condições técnicas para elaborar o plano de testes
avaliando todos os requisitos para o funcionamento da mudança no ambiente de
produção. Após o resultado dos testes a mudança será autorizada para ser implantada.
Dependendo da urgência e do impacto da mudança, a fase de testes poderá ser ignorada.
Implementação
O Gerenciamento de Mudanças deve garantir que as mudanças sejam implementadas
seguindo um programa definido. A execução da implementação não é de
responsabilidade deste processo, ele apenas irá coordenar. O processo de
Gerenciamento de Liberações poderá ser coordenado pelo processo de Gerenciamento
de Mudanças, pois as mudanças acabam gerando novos releases de software ou de
hardware.
Avaliação
O Gerenciamento de Mudanças deve avaliar todas as mudanças implementadas após
determinado período. Esta revisão se chama Revisão Pós-Implementação (RPI). O
processo de Gerenciamento de Problemas também poderá acompanhar este processo,
visto que o controle de erros tem esta atividade no seu escopo. Esta revisão serve para
verificar se a mudança trouxe os resultados esperados. Se houver algum problema ou
ineficiência, ações devem ser tomadas para a correção.
É um grupo responsável pela avaliação do impacto das mudanças. Este grupo será
composto de várias pessoas técnicas e até mesmo clientes e fornecedores externos, que
fornecerão assessoria ao Gerente de Mudanças sobre quais mudanças devem ser
aprovadas e quais seus riscos e impactos no negócio, e auxiliarão na programação das
mudanças. Normalmente o CCM se reúne como uma determina freqüência para discutir
todas as mudanças novas e em andamento. É comum esta reunião ser semanal, com
uma hora de duração.
65
• Equipe de serviços administrativos (quando as mudanças afetam as instalações)
• Representantes dos contratantes ou de terceiros (se necessário - por exemplo, em
situações de outsourcing)
Dependendo do impacto, a mudança não poderá ser aprovada apenas pelo Gerente de
Mudança. Será necessário que ela circule pelo CCM. O Gerente de Mudanças
normalmente tem autoridade para aprovar mudanças de menor impacto por conta própria.
Papéis e Responsabilidades
66
Relacionamentos
Benefícios
67
Problemas Comuns
Assim como todo processo que tem benefícios, nós temos que reconhecer que existem
problemas também. O Gerenciamento de Mudanças é um processo importante, tanto
para o provedor de TI como para os usuários e clientes.
68
7. Gerenciamento de Liberações
Introdução
Imagine que no próximo mês serão atualizadas todas as instalações do Microsoft Office
para a versão 2007 em 2.000 PCs na organização. Esta atualização vai passar antes pelo
Gerenciamento de Mudanças, que vai fazer a aprovação e a coordenação. Esta
atualização nos PCs vai ser planejada e entregue pelo Gerenciamento de Liberações.
Objetivo
69
Objetivos do processo de Gerenciamento de Liberação incluem:
• Gerenciar, distribuir e implementar ICs de hardware e software que foram
aprovados
• Prover o armazenamento físico e seguro de itens de hardware e software no
Depósito de Hardware Definitivo (DHD) e na Biblioteca de Software Definitiva
(BSD)
• Assegurar que apenas versões de softwares e hardwares autorizadas e com
qualidade controlada serão utilizadas nos ambientes de teste e de produção
• Negociar o conteúdo e o plano de implantação de liberações
• Comunicar e gerenciar expectativas do cliente durante o planejamento e rollout de
novas liberações
Conceitos
Liberação
É usada para descrever uma coleção de mudanças aprovadas em um serviço de TI que
foram autorizadas pelo Gerenciamento de Mudanças. Uma liberação é definida pelas
RDMs que irão implementá-las. Dependendo do tamanho, a liberação pode ser
classificada como sendo:
Liberação Emergencial
Liberação menor de Software ou Upgrade de Hardware
Liberação Maior
70
A BSD não precisa existir como um local físico, podemos ter um servidor de arquivos que
armazena as cópias originais dos softwares.
A diferença do BDGC para a BSD é que a BSD armazenada cópias físicas dos ICs, já o
BDGC armazena apenas informações lógicas. O CD de um software ficar armazenado na
BSD, já o BDGC vai dizer quais usuários e em que PCs este software está sendo
utilizado.
Descrição do Processo
O diagrama seguinte ilustra algumas das situações básicas que envolvem o processo de
Gerenciamento de Liberação.
Teste
Política de Desenvolvimento Construção & elaborado Planejamento Comunicação & Distribuição
liberações & ou compra configuração da de rollout treinamento & instalação
planejamento liberação Aceite da
liberação
72
Na política de liberação também poderá ser identificado o tipo de liberação que pode ser
feito. Existem 4 tipos principais:
Completa: todos os elementos da unidade de liberação são construídos, testados,
distribuídos e implementados juntos.
Módulo
Liberação
Comercial
Completa
C3 C2 C1 C4
Módulo
Comercial
C3 C2 C1 C4
Liberação Delta
C2 C2
1 2 Unidade de
liberação
73
Pacote: inclui pelo menos duas liberações (Delta e Completa). Uma liberação
Pacote tem a intenção de oferecer um período mais longo de estabilidade,
reduzindo a freqüência das liberações.
Liberação Módulo
Completa Comercial
C3 C2 C1 C4 Módulo
Logística
C2 C2 Unidade de L3 L2 L1
1 2 liberação
Liberação
Delta
L2 L2
1 2
Unidade de liberação
Outro item que precisa ser definido na política são as unidades de liberação, que
escrevem a coleção de ICs, ou porções da infra-estrutura de TI que são liberadas juntas.
A unidade pode variar, dependendo dos tipos ou itens do software e hardware.
Identificação da liberação:
A liberação ser identificada de modo único
de acordo com a política de Liberação.
Exemplos:
Liberações maiores: Sistema de
Contabilidade v.1, v2, v3 etc.
Liberações menores: Sistema de
Contabilidade v.1.1, v1.2, v.1.3, etc.
Liberações emergenciais: Sistema de
Contabilidade v.1.1.1, v.1.1.2, v.1.1.3, etc.
74
Construção e configuração das liberações
No final deste estágio, o plano de backout deve ser criado. Este plano será focado em
restaurar todos os serviços para o seu estado antes de qualquer mudança. Este plano
será avaliado pelo processo de Gerenciamento de Mudança.
A saída desta atividade será a liberação completa com a instrução de sua instalação,
plano de teste e o plano de backout.
O plano completo da liberação que foi originalmente criado precisa ser enriquecido com
informações dos detalhes da implantação da liberação (rollout). Este irá incluir:
75
Comunicação, preparação e treinamento
O plano de liberação deve se tornar público para que todos tenham acesso.
Distribuição e instalação são vistas como atividades diferentes. Hoje, com o avanço da
tecnologia, é possível fazer a distribuição de releases através de softwares de
distribuição de pacotes nas estações da rede, o que automatiza esta atividade. A
instalação pode acontecer efetivamente quando o usuário fizer o seu primeiro login na
estação que irá executar um script de logon para iniciar o processo de instalação.
Nesta etapa, deve ser criado um gatilho para atualizar o BDGC com detalhes da
liberação e todos os ICs que sofreram esta atualização.
Papéis e Responsabilidades
76
Relacionamentos
Benefícios
77
Problemas Comuns
78
8. Gerenciamento da Configuração
Introdução
Este é o processo que gera informações para os demais processos da ITIL, tanto para os
processos de suporte como para os processos de entrega. O Gerenciamento da
Configuração é um processo que dá sustentação, que alimenta outros processos com
informações sobre serviços, componentes e ativos de TI. Implementar este processo
isoladamente não faz sentido algum - o Gerenciamento da Configuração somente terá
importância se as informações que ele gerar forem utilizadas pela gerenciar os serviços
de TI.
As informações sobre os ICs são úteis por exemplo para identificar todos os componentes
do serviço que serão impactados por uma mudança, ou para fazer um planejamento de
liberação. Sem estas informações, alguns processos da ITIL poderão não ter a efetividade
esperada.
Objetivos
79
O escopo é definido por dois elementos:
• Extensão da responsabilidade do Gerenciamento da Configuração
• A amplitude do Banco de Dados do Gerenciamento da Configuração
Este também é um processo que fará o gerenciamento de ativos. O BDGC deve conter
informações contábeis. A diferença que existe deste processo de Gerenciamento da
Configuração para o simples processo de Gerenciamento de Ativos é que este processo,
além de conter informação financeira de todos os ativos, vai conter outras informações,
como o relacionamento de um ativo com outro, relacionamento com registros de
mudanças, incidentes, e outros. Esta é a principal diferença entre estes dois tipos de
processos.
80
Conceitos
81
Exemplo de uma estrutura de Itens de Configuração:
Redes Servidores
Unidade
Localização Produto
Status
Custo
Eventos
Item de Relaciona-
Configuração mentos
Manutenção
Atributos
Usuários
Fornecedor ANS
82
Exemplos de atributos para um Item de Configuração:
CI PC CI Contrato
Descrição do Processo
83
Banco de Dados Biblioteca de
do Gerenciamento SW Definitivo
da Configuração (BSD)
(BDGC)
Incidentes
Política de
• Planejamento Padrões
Problemas
• Identificação
• Controle Relatórios de
Auditoria
Erros
Conhecidos
• Registro do Status
• Verificação e auditoria
Requisições de
Mudanças(RDM)
Mudanças Gerenciamento
Autorizadas de Mudança
Atividades
Planejamento
A atividade de planejamento consiste na definição do propósito, escopo, objetivos,
políticas e procedimentos, contexto técnico e organizacional para o processo de
Gerenciamento da Configuração.
84
• Contexto organizacional (o contexto em que o Gerenciamento da Configuração será
implantado)
• Interfaces (processo ITSM, projetos, fornecedores, aplicações, times de suporte)
• Processos, papéis e responsabilidades
Identificação
A atividade de identificação envolve a coleta de todas as informações do IC dentro do
escopo do processo. A informação do IC é coletada manualmente e/ou pelo uso de
ferramentas automatizadas. Na hora de coletar estes dados, cada IC deverá ser
etiquetado para referência e propósitos de controle.
O que deve ser levado em consideração:
Estrutura de configuração
ICs
Escopo
Nível do IC e atributos
Levantamento e registro de dados (etiquetar)
Relacionamentos (pai/filho, contém, depende de)
Controle
Antes de o BDGC ser populado, procedimentos de controle já devem existir. É vital que as
mudanças dentro do BDGC sejam feitas apenas com autorização. Procedimentos
necessários precisam ser estabelecidos para que todas as mudanças sejam
documentadas.
Controles principais:
Registro de novos ICs e arquivamento no BDGC
Atualizações quanto a mudanças (configuração, local, responsável)
Atualização do status
Controle de licenças
Garantir que apenas os ICs autorizados estão presentes na infra-estrutura de TI
85
Registro do status
O acompanhamento do status é uma atividade que registra o estado atual e anteriores de
um IC, podendo desta forma um IC ser rastreável. Os níveis de status podem ser
definidos como parte do processo de planejamento (exemplo: em compra, em uso, fora de
uso, em reparo, aposentado).
IC em
desenvolvimento
Ciclo de vida de um IC
Teste
Agendado para
implementar
IC fora para
manutenção IC em Uso
IC aposentado
Verificação e auditoria
Ao conduzir auditorias regulares na organização pode-se verificar que todos os ICs estão
registrados corretamente. A primeira auditoria deve ser aguardada logo após o BDGC ser
implementado, para certificar que esta é uma representação correta da infra-estrutura de
TI atual. Auditoria também pode ocorrer após desastres e mudanças graves.
A freqüência de auditorias dependerá do resultado ou valor que ela pode agregar nas
informações e o gasto que ela irá gerar. Auditorias parciais e auditorias em pontos
específicos são estratégias que podem ser mais rápidas e baratas.
86
Papéis e Responsabilidades
Relacionamentos
87
Aqui temos um loop que ilustra o BDGC fornecendo informações durante todo o ciclo de
suporte:
Incidente
Fecha
Mudança
Benefícios
Problemas Comuns
• O nível de detalhes dos ICs não estar correto. Se o nível de detalhes for muito
profundo, muita informação será registrada e irá tomar muito tempo, dinheiro e
esforço para manter. Entretanto se o nível de detalhes não for suficiente, poderá
prejudicar a tomada de decisões para outros processos, gerando mais problemas
e incidentes.
88
• Mudanças emergenciais normalmente acontecem fora do horário normal de
operação. Pode ser que nenhuma pessoa tenha sido autorizada para registrar as
mudanças no BDGC. Isto pode ser evitado através de um procedimento de
atualização pós-mudança. De outra forma a confiança do BDGC pode ser
comprometida.
• Comprometimento: deve haver um comprometimento da equipe de TI com este
processo. A disciplina será necessária para assegurar que mudanças na infra-
estrutura devem seguir procedimentos para manter o BDGC preciso.
• Interação com outros processos. Como o Gerenciamento da Configuração se
baseia no Gerenciamento de Mudanças e de Liberação, seria recomendável
implantar estes processos ao mesmo tempo.
• Controle. Deve haver um processo implantado que assegure a validade do BDGC.
Por exemplo, usuários que compram softwares sozinhos pela internet podem criar
incidentes que são difíceis de resolver devido ao desconhecimento das mudanças
de configuração (tipicamente você houve “Eu não mudei nada!!”).
• Resultado das auditorias: número de ICs não autorizados, ICs que não estão em
uso.
• Número de mudanças que ocorreram devido à informação errada de configuração,
causando incidentes ou problemas.
• RDMs que não foram completadas com sucesso devido à avaliação pobre de
impacto, dados incorretos no BDGC ou fraco controle de versão.
• O tempo que uma mudança leva para iniciar e acabar.
• Licenças de softwares que não foram aproveitadas ou não estão em uso.
• A quantidade de chamadas por mês que foram resolvidas pelo telefone usando
informações do BDGC.
• Redução de incidentes e problemas ao longo do tempo e a mudança no impacto
que eles tiveram no negócio.
• Melhoria do prazo necessário para resolver incidentes e problemas que não
podiam ser resolvidos imediatamente.
• Número de mudanças no BDGC por mês devido à identificação de erros no
BDGC.
89
• Tempo necessário para registrar um IC.
Melhores Práticas
O BDGC
90
9. Gerenciamento do Nível de Serviço
Introdução
Este é o primeiro processo do livro Entrega de Serviço que vamos estudar. Todos os
outros processos apresentados até agora fazem parte do livro Suporte ao Serviço da ITIL
V2. Os processos do livro de Entrega de Serviço são processos táticos e não incluem
atividades que são executadas no dia-a-dia como as do Suporte ao Serviço.
91
Objetivo
Provedores internos
Provedor de serviços TI
Fornecedores Clientes
externos
92
Conceitos
Para entender o processo de Gerenciamento do Nível de Serviço é necessário entender
alguns conceitos básicos que são usados que serão explicados aqui para que o processo
se torne mais fácil de entender.
Documentos que contém todos os requisitos do cliente relacionados aos serviços de TI.
Define a disponibilidade e desempenho que os clientes precisam para estes serviços. É o
ponto inicial para traçar os Acordos de Nível de Serviço.
Especificações de Serviço
Com um fornecedor externo ou terceiro que está sendo envolvido na entrega de serviços
de TI haverá um contrato que garanta que ele fornecerá o serviço dentro de prazo, custo,
nível, etc. A organização de TI passa os requisitos do negócio para os fornecedores
externos.
Este documento será reflexo dos níveis de serviços definidos nos ANSs. Por exemplo, se
o ANS apresenta um conserto de uma impressora em 5 dias, então o CA com o terceiro
deverá dar suporte a esta necessidade, por exemplo consertando da impressora e
retornando para a organização em 3 dias.
93
A figura abaixo ilustra o relacionamento entre o cliente, a organização de TI e provedores
externos de serviços:
Este plano irá conter informação sobre indicadores de performance para a organização de
TI medir os serviços. Ele irá conter indicadores de desempenho para cada um dos
processos que estão sendo implantados na organização. É importante também incluir
indicadores de desempenho nos CAs e ANOs - assim eles contribuirão para o serviço de
TI como um todo.
Catálogo de Serviço
Este é um documento que contem todos os serviços que estão sendo fornecidos,
descrição, níveis, custo, cliente e pessoa/departamento responsável pela manutenção do
serviço. O conteúdo do Catálogo de Serviço irá variar de acordos com os requisitos da
organização de TI.
Negócio RNS
ANS
TI representada
por um Gerente Catálogo
de Nível de de Serviço
Serviço
ANO CA
(Acordo com grupos (Acordo com fornecedores
de TI internos) de serviço externo)
94
Descrição do Processo
• Define
Início do
G NS
• Executa
• Controla
Planejar
Implementar AN S(SLAs)
Desenhar o
Fehar ANS
CAs/ANOs
Catalogar
Gerenciar o processo
Negociar
serviços
Revisar
acordo
contínuo
Monitorar
Reportar
Revisar
Revisões
Periódicas
Revisar SLAs
Revisar o
processo
Quando o processo for iniciar, o primeiro passo será planejar as atividades, desenhando
os procedimentos, criando o catalogo de serviços e rascunhando os ANSs possíveis.
Na revisão periódica teremos reuniões com as equipes de TI, ou até com o cliente se
necessário, para verificar o cumprimento das metas estabelecidas nos ANSs. Para o que
não estiver sendo cumprido, deve ser traçado uma ação corretiva. Estas ações podem
fazer parte do Programa de Aperfeiçoamento do Serviço (PAS) contínuo.
95
Atividades
Definição Especificação de
Serviço
Plano de Qualidade
de Serviço
Acordos de Nível de
Serviços
Catálogo de Serviço
Contratos de Apoio
Revisão Programa de
Aperfeiçoamento de
Serviços
• Identificação
• Definição
• Negociação
• Monitoração
96
• Relatório
• Revisão
Identificação
Dentro desta atividade a organização de TI precisará definir os serviços que ela fornece
dentro do Catálogo de Serviço. O Catálogo de Serviço é como se fosse um menu de
serviços que a TI oferece, e os componentes destes serviços.
Definição
A partir dos RNSs e do Catálogo de Serviço será feita uma proposta do ANS que alinha
ambos em níveis de serviços aceitáveis. Durante a criação deste documento a elaboração
de CAs e ANOs é critica para dar suporte ao ANS.
Negociação
Uma vez que a proposta do ANS é formulada, é hora de fazer o acordo, aceite e
assinatura para os seguintes documentos:
97
Monitoração
Se os níveis não podem ser medidos ou monitorados seus valores serão reduzidos
significativamente. Por que criar níveis de serviço se você não sabe se eles estão sendo
alcançados?
Para que os níveis de serviços possam ser medidos eles precisam ser claros e ter um
objetivo.
Não é suficiente definir por quanto tempo um serviço pode estar indisponível, é
necessário também definir quando o serviço estará disponível novamente. E é
considerado disponível quando a organização de TI restaurar o serviço ou quando os
usuários forem notificados que ele já se encontra disponível?
Para monitorar o desempenho, disponibilidade e dar suporte aos níveis de serviço, outros
processos tais como Gerenciamento da Capacidade, de Disponibilidade e de Incidentes já
devem existir. Estes processos irão gerenciar e reportar sobre os níveis de serviços para
o processo de Gerenciamento do Nível de Serviço.
Relatório
Os relatórios devem mostrar números sobre os níveis de serviços que são necessários e
os níveis de serviços medidos de fato.
Revisão
Uma vez que os Acordos de Nível de Serviço estejam documentados, isto não é o final do
processo - é apenas o começo. É também importante revisar regularmente como os
processos estão sendo operados, e atualizá-los quando necessário.
98
Papéis e Responsabilidades
Relacionamentos
Os processos de entrega de serviços são mais focados em manter os serviços dentro dos
parâmetros definidos no ANS. Eles coletam informação a partir do Gerenciamento do
Nível de Serviço sobre quais são os níveis necessários, dão informação sobre os níveis
atuais e avisam sobre o impacto de novos serviços ou mudanças em serviços.
Benefícios
• O serviço de TI terá uma qualidade maior e irá causar menos interrupção. Por
conseqüência a produtividade dos clientes da TI será aperfeiçoada.
• Os recursos da equipe de TI serão usados de forma mais eficiente.
99
• A organização de TI fornecerá serviços que satisfaçam as expectativas dos
clientes.
• O serviço fornecido poderá ser medido.
• A percepção da organização de TI será melhorada.
• O custo será reduzido.
• Os serviços de fornecedores são mais bem gerenciados com Contratos de Apoio,
reduzindo a possibilidade de influência negativa no serviço de TI fornecido.
• O monitoramento do serviço se torna possível identificando os pontos fracos que
podem ser melhorados.
Problemas Comuns
100
10. Gerenciamento da Disponibilidade
Introdução
As organizações estão se tornando cada vez mais dependentes dos serviços de TI. Já
sabemos que a indisponibilidade dos serviços de TI gera prejuízos financeiros para o
negócio, pois sem TI as operações simplesmente param. Além da criticidade que alguns
serviços de TI têm para o negócio, as organizações não funcionam mais apenas 8 horas
por dia - há também a demanda por disponibilidade de serviços 24/7 (7 dias por semana,
24 horas por dia). Lojas virtuais, por exemplo, exigem serviços de TI disponíveis 24/7. Os
serviços bancários hoje são estendidos através do home-banking, por isto um banco não
funciona mais apenas no horário tradicional.
Objetivo
Objetivos do processo:
101
Conceitos
Disponibilidade (Availability)
• Habilidade de um serviço de TI ou componente realizar sua função requisitada em
determinado instante ou durante um período de tempo.
• Apoiada pela confiança, sustentabilidade, capacidade de serviço e tolerância de falhas
na infra-estrutura de TI.
• Medida pela Média de Tempo entre Falhas (MTBF – Mean Time Between Failures)
Para calcular a disponibilidade usa-se a seguinte fórmula:
D = (TS – DT) / TS x 100, onde:
D = Disponibilidade, TS = Tempo de Serviço Acordado e DT = Downtime.
Confiabilidade (Reliability)
• Habilidade de trabalhar sem falha operacional.
• Depende da probabilidade de uma falha de cada componente e manutenção aplicada
para prevenir a ocorrência de falhas.
• Medida pela Média de Tempo entre Incidentes do Sistema (MTBSI – Mean Time
Between System Incidents)
102
Redundância ou Tolerância a Falhas (Resilience)
• Habilidade de um serviço de TI permanecer operacional devido à má função de um ou
mais sub-componentes.
Segurança
Definida em termos de confiabilidade, integridade e disponibilidade dos dados associados
ao serviço.
Descrição do Processo
Relatórios sobre
Dados de problemas e disponibilidade,
incidentes confiabilidade,
sustentabilidade
Dados de Monitoramento da
disponibilidade
configuração e
monitoramento
Plano de melhoria da
Níveis de Serviço disponibilidade
acordados
103
• Informações de outros processos, incidentes e problemas relacionados à
indisponibilidade
• Dados de configuração e monitoramento de serviço para ajudar a medir a
disponibilidade
• Targets de níveis de serviço acordados com o cliente
Atividades
Projetar a disponibilidade
Planejamento
Gerenciamento Projetar a recuperação
da
Disponibilidade
Questões sobre segurança
Gerenciamento da Manutenção
Aperfeiçoamento
Desenvolvimento de um plano de disponibilidade
Medição &
Relatório
Medição e emissão de relatórios
Estas atividades dentro do processo podem ser divididas em três atividades principais, as
quais serão discutidas em detalhes durante este capítulo:
• Planejamento
104
• Aperfeiçoamento
• Medição & Relatório
Planejamento
Planos
Quando estiver considerando o arranjo da infra-estrutura da organização de TI, pode-se
ainda levar em conta um plano de “disponibilidade” e “recuperação”.
Plano de disponibilidade
Quando o negócio não puder arcar com os prejuízos de um serviço particular estar “fora
do ar” (downtime) por um período de tempo, um plano para a disponibilidade fazendo um
arranjo na infra-estrutura será necessário. Neste momento a organização de TI irá
precisar construir resiliência dentro da infra-estrutura e assegurar que a manutenção
preventiva possa ser executada para manter os serviços em operação. Em muitos casos
criar uma “disponibilidade extra” dentro da infra-estrutura é uma tarefa cara que precisa
ser justificada pela necessidade do negócio.
Fazer um plano para a disponibilidade é considerado uma tarefa pró-ativa para evitar o
downtime nos serviços de TI.
Plano de recuperação
Quando o negócio puder tolerar algum downtime do serviço ou a justificativa do custo não
puder ser feita para construir uma resiliência adicional dentro da infra-estrutura, então um
plano para a recuperação será mais apropriado. Neste caso a infra-estrutura será
projetada de tal forma que no evento de uma falha a recuperação do serviço seja a mais
rápida possível.
Planejar a recuperação pode ser visto como uma tarefa mais reativa do Gerenciamento
da Disponibilidade.
105
Outras considerações
Defina as áreas de segurança e o impacto que elas podem ter na disponibilidade dos
serviços. Certifique-se que esteja claro quem tem acesso ao que e onde.
• Gerenciamento da manutenção
Aperfeiçoamento
Você pode usar muitas formas para identificar a disponibilidade e problemas potenciais.
Os seguintes métodos são mencionados pelo OGC:
Papéis e Responsabilidades
O Gerente de Disponibilidade tem uma função que orienta e tem uma visão geral sobre
a infra-estrutura de TI. Irá se reunir e analisar dados a partir dos processos como
Gerenciamento de Problemas, Gerenciamento de Mudanças, Central de Serviços e
106
Gerenciamento da Capacidade para assistir no gerenciamento e planejamento
relacionado à disponibilidade.
Relacionamentos
Benefícios
107
Problemas Comuns
Como em todo processo, existem algumas questões que precisam ser levadas em
consideração para que se tenha sucesso.
108
O gráfico a seguir mostra as principais medidas de desempenho.
109
11. Gerenciamento da Capacidade
Introdução
Muita gente faz confusão entre capacidade e disponibilidade, mas são duas coisas muito
distintas. Obviamente a falta de espaço em disco pode travar um sistema, fazer com que
o sistema fique indisponível ao usuário. O Gerenciamento de Disponibilidade não planeja
a capacidade dos servidores, apenas planeja um arranjo ou sugere uma tecnologia para
que os servidores tenham a maior disponibilidade possível.
Objetivo
110
Este processo será um ponto focal para todos os assuntos relacionados ao desempenho
e à capacidade da infra-estrutura de TI:
Hardware (desktop, servidores, etc)
Software (SO, in-house, pacotes, gerenciamento, etc)
Equipamentos de rede (LAN, WAN)
Periféricos (impressoras)
Recursos humanos, mas somente quando a falta de recurso pode acarretar um
atraso de tempo de resposta (exemplo: operador de backup). Este processo não
vai fazer uma estimativa de quantos atendentes deve haver na Central de
Serviços, por exemplo.
Descrição do Processo
111
Gerenciamento da Capacidade de Negócio
Este subprocesso tem foco no longo prazo. Ele é responsável por assegurar que os
requisitos futuros do negócio sejam levados em consideração, estejam sendo planejados
e implantados quando necessário e por atender a todas as necessidades de mudanças do
negócio que estão relacionadas com capacidade, trabalhando em sintonia com os
processos de:
Gerenciamento de Desenvolvimento
Gerenciamento de Mudança
Gerenciamento do Nível de Serviço
Compras
Gerenciamento da Configuração
Gerenciamento Financeiro de TI
Processadores
Memória
Discos
Largura de banda
Financeiro
112
Atividades
Gerenciamento da
Capacidade de Negócio
Atividades
Gerenciamento da Iterativas
Capacidade de Serviço Armazenamento
Monitoração Gerenciamento dos dados do
Análise da Demanda Gerenciamento
Gerenciamento da Ajuste Dimensionam
Capacidade de Recursos
da Capacidade
Implementação ento de
Aplicação Modelagem
Planejamento da Capacidade
BDGC
Relatórios
• Atividades iterativas
• Armazenamento dos dados do Gerenciamento da Capacidade
• Gerenciamento da demanda
• Dimensionamento de aplicação
• Modelagem
• Plano de Capacidade
• Relatórios
113
Atividades Iterativas
114
Gerenciamento da Demanda
Dimensionamento de Aplicação
Modelagem
Plano de Capacidade
Relatórios
Papéis e Responsabilidades
As principais responsabilidades do Gerente de Capacidade são:
Para fazer isto, o gerente precisa estar envolvido na avaliação de todas as mudanças e
estabelecer os efeitos sobre a capacidade e desempenho. Isto deve acontecer tanto
quando as mudanças são propostas como depois de implantadas. Ele deve prestar
atenção em particular nos efeitos cumulativos das mudanças durante um período de
tempo. Os efeitos cumulativos de uma única mudança podem freqüentemente causar
problemas nos tempos de resposta, problemas de armazenamento de arquivos, excesso
de demanda para processamento, etc.
115
Outras funções dentro do Gerenciamento da Capacidade são as funções do
Administrador de Redes e do Gerente de Aplicações e Sistemas. Eles são responsáveis
por traduzir os requisitos do negócio para uma capacidade necessária que consiga
satisfazê-los e aperfeiçoar o desempenho.
Relacionamentos
Gerenciamento da Disponibilidade
116
Gerenciamento Financeiro para Serviços de TI
Benefícios
Problemas Comuns
Alguns problemas comuns que podem ser encontrados após o processo já estar
implantado:
117
IPD - Indicadores Principais de Desempenho
Para verificar se o processo está operando dentro dos objetivos deve-se verificar:
118
12. Gerenciamento da Continuidade dos Serviços de TI
Introdução
Evento Percentual
Roubo 36%
Vírus 20%
Ataque de hackers 16%
Falha de hardware e comunicação 11%
Ambiente 7%
Falhas de software 4%
Incêndio/ Enchentes / Força Maior 3%
Outros 3%
119
O processo de Gerenciamento da Continuidade dos Serviços de TI tem por escopo dar
suporte à continuidade dos serviços que suportam os processos de negócio da empresa,
garantindo desta forma que tais serviços possam ser recuperados no menor intervalo de
tempo possível e de acordo com as prioridades do negócio após a ocorrência de um
desastre. O processo de Gerenciamento de Continuidade dos Serviços de TI é um
processo integrado com o Gerenciamento da Continuidade do Negócio como um todo. A
continuidade dos serviços de TI não é de responsabilidade apenas da TI, mas sim da
gestão da empresa como um todo. Conselho, diretores e gerentes devem saber da
importância que o seu negócio tem de operar mesmo que passe por crises ou desastres.
Gerenciamento da Continuidade do
Negócio (GCN)
Gerenciamento da
Continuidade do Serviços
de TI (GCSTI)
O GCSTI faz parte do GCN. A ITIL não trata do GCN. Existem outros livros mais focados
no Gerenciamento da Continuidade do Negócio.
120
Objetivo
Outros objetivos:
Este processo vai cobrir serviços de TI que dão suporte a processos de negócios
críticos. Isto inclui:
Sistemas e aplicativos
Rede
Telecomunicações
Suporte técnico
Central de Serviços
Descrição do Processo
O processo pode ser dividido em 4 estágios, os quais serão descritos neste capítulo em
detalhes:
• Iniciação
• Requisitos & Estratégia
• Implementação
• Gerenciamento Operacional
121
Atividades
Cada um dos estágios tem suas próprias atividades, as quais serão descritas em mais
detalhes durante este capítulo.
Iniciação
• Inicia o GCN
O impacto de um desastre no negócio será investigado. Questões que podem ser feitas:
O negócio poderá continuar operando em caso de um desastre? Por quanto tempo ele
poderá se manter? Ele se baseia nos serviços de TI para continuar a operar?
122
O quanto a empresa agüenta perder com o resultado de um desastre ou outra interrupção
de serviço e a velocidade do escalonamento destas perdas será avaliada através de:
• Avaliação de Riscos
Decisão do cliente
Custo/Benefício
123
• Estratégia de Continuidade do Negócio
Disposições recíprocas
Em caso de um desastre, organizações disponibilizam suas infra-estruturas uma para a outra.
Ou seja, é feito um acordo entre empresas que possuem infra-estruturas semelhantes, sendo
que uma emprestará sua infra-estrutura para a outra. É possível também que empresas em
conjunto desenvolvam uma infra-estrutura de contingência e rateiem os custos entre si. A
desvantagem desta opção é a falta de confidencialidade dos dados.
124
Implementação
• Organização e plano de implementação
Vários planos precisam ser criados para implantar o processo de GCSTI. Estes planos se
referem a questões como: procedimentos de emergência, avaliação de danos, o que fazer
com os dados, planos de recuperação, etc.
• Arranjos stand-by e medidas de redução de riscos
As medidas de redução de riscos precisam ser implantadas. Na maioria dos casos estas
são feitas com a ajuda do processo de Gerenciamento da Disponibilidade. Também
procedimentos de stand-by precisam existir. Por exemplo, criar um acordo com um
terceiro para fornecer equipamentos em caso de um desastre.
• Desenvolver planos e procedimentos de GCSTI
O plano de recuperação precisa ser definido. Este plano deve conter os seguintes itens:
o Quando ele será atualizado
o Lista de responsáveis por definir qual ação deve ir para determinado grupo
o Iniciação da recuperação
o Grupo de especialistas para cobrir as ações e responsabilidade de setores
individualmente. Estes setores são: administração, pessoal da infra-
estrutura de TI, segurança, sites de recuperação e restauração.
• Executar os testes iniciais
O teste é a parte crítica de todo o processo de GCSTI, e é a única forma de garantir que a
estratégia escolhida, os arranjos stand-by, logísticas, planos de recuperação de negócio e
procedimentos irão funcionar na prática.
Gerenciamento Operacional
Estas são ações essenciais que devem ser tomadas para que o processo de GCSTI
tenha sucesso. Isto assegura que toda a equipe esteja ciente das implicações da
continuidade de negócio e continuidade dos serviços de TI, e as considere como parte da
sua rotina de trabalho normal.
• Revisão e auditoria
É necessário regularmente revisar e auditar os planos, para certificar que eles estão ainda
atualizados.
• Testes
Através de testes regulares não apenas a eficácia do plano pode ser testada, mas
também as pessoas irão saber o que irá acontecer, onde fica o plano e o que ele contém.
• Gerenciamento de Mudanças
125
Em virtude das mudanças do dia-a-dia na área de TI, é necessário que os planos de
GCSTI estejam atualizados. O GCSTI precisa ser incluído como parte do processo de
Gerenciamento de Mudanças para assegurar que qualquer mudança na infra-estrutura de
TI seja refletida nos arranjos de contingência fornecidos pela TI ou terceiros.
• Garantia
Papéis e Responsabilidades
A distinção pode ser feita nas funções e responsabilidades dentro e fora dos períodos de
crise. Diferentes níveis dentro deste processo podem ser definidos, começando pelo
comitê, seguido pelo gerente sênior, gerente, líderes de equipe e seus membros. É vital
documentar as responsabilidades e funções de cada um.
126
Relacionamentos
O GCSTI tem um relacionamento muito próximo com todos os outros processos da ITIL e
o negócio de forma geral. Estes relacionamentos com alguns dos processos são descritos
abaixo em mais detalhes.
Gerenciamento da Disponibilidade
Gerenciamento da Configuração
Gerenciamento de Mudanças
Gerenciamento da Capacidade
Benefícios
127
• Melhor relacionamento entre o negócio e a TI, fazendo com que a TI se torne mais
focada no negócio e mais ciente sobre os impactos e prioridades
• Aumento da confiança do cliente, possível vantagem competitiva e aumento da
credibilidade da organização
Problemas Comuns
128
13. Gerenciamento Financeiro para Serviços de TI
Introdução
Como nos últimos anos os negócios se tornaram mais dependentes da TI para realizar
suas operações, conseqüentemente o número de usuários aumentou – assim com
também o volume de gastos com TI (orçamento de TI).
Desta forma os clientes dos provedores de TI e seus diretores perceberam que está se
gastando muito dinheiro em TI. Ainda leva-se em conta que estes investimentos precisam
trazer um aumento da qualidade dos serviços prestados e ter um custo-benefício melhor.
De outro lado, o provedor de TI acha que está fazendo um bom trabalho, mas acha muito
difícil explicar na linguagem do negócio os custos reais e benefícios dos serviços de TI
fornecidos.
Objetivo
Em um ambiente comercial, pode haver premissas que irão refletir no lucro e nas ações
de marketing da organização. Mas para qualquer serviço de TI os objetivos deverão
incluir:
129
Descrição do Processo
Contabilidade de TI (obrigatório)
Cobrança (opcional)
A cobrança é um conjunto de processos necessários para emitir contas aos clientes pelos
serviços fornecidos a eles. É necessário ter o apoio da contabilidade de TI para que isto
possa ser feito de forma simples, clara e correta.
Dentro das organizações existem dois tipos de ciclos associados com a elaboração de
orçamento, contabilidade de TI e cobrança:
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Ciclo do processo
Atividades
Elaboração do Orçamento
Na maioria dos casos este período será de um ano financeiro (fiscal), o qual pode
ser subdividido em períodos menores.
• Elaborar o orçamento:
Contabilidade de TI
A contabilidade TI se preocupa em fornecer informações sobre onde está sendo gasto o
dinheiro. Todo Item de Configuração necessário para entregar um serviço de TI para o
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cliente gera um custo. Estes custos somam-se aos custos necessários para a entrega dos
serviços de TI. Para que possamos entender os custos é necessário discutir sobre os
custos de maneira geral.
Para facilitar o controle orçamentário de TI identificando onde o dinheiro está sendo gasto,
podemos ter a uma categorização dos tipos de custos. Dentro de cada tipo podemos ter
vários elementos de custo. Vejamos a tabela a seguir:
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Cobrança
Antes da cobrança devem ser tomadas algumas decisões de como será a política de
cobrança, custos unitários e preço.
Cobrança nocional: todos os custos são emitidos, mas o cliente não precisa pagar
em dinheiro real. Este método é usado para fazer experiências e eliminar erros.
Para poder realizar as cobranças, os custos para as unidades de custos dos clientes de TI
(também conhecidos como centro de custos) ou itens cobráveis precisam ser criados. Isto
deve estar claro para que o cliente também possa entender o funcionamento da cobrança.
Um exemplo pode ser um PC que o cliente usa, ou a quantidade de impressões
requisitadas por ele.
Alguns dos métodos para formação do preço podem ser utilizados para realizar a
cobrança:
• Preço por custo: para cobrir despesas com P&D e despesas adicionais
• Preço de mercado: preço que é cobrado pelo serviço no mercado
• Taxas existentes: taxas que são usadas também em organizações similares ou
outros departamentos internos
• Preço fixo: o preço é negociado com o cliente antecipadamente.
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Papéis e Responsabilidades
Relacionamentos
Benefícios
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Os benefícios podem ser divididos por subprocesso:
Para a cobrança:
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Problemas Comuns
Para que o processo funcione de forma eficaz e eficiente as seguintes questões devem
ser levadas em conta para evitar problemas nesta área:
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Apêndice: Gerenciamento de Qualidade
O Gerenciamento de Qualidade para os serviços de TI é forma sistemática de assegurar
que todas as atividades para desenhar, desenvolver e implantar os serviços de TI que
satisfaçam os requisitos da organização e usuários sejam planejadas e comprometidas
com a otimização do custo.
A forma pela qual a organização planeja gerenciar suas operações para entregar serviços
com qualidade é especificada pelo sistema de Gerenciamento de Qualidade. O sistema
de Gerenciamento de Qualidade define a estrutura organizacional, responsabilidades,
políticas, procedimentos, processo, padrões e recursos necessários para entregar
serviços de TI com qualidade. Entretanto, um sistema de Gerenciamento de Qualidade irá
apenas funcionar como pretendido se a equipe e a parte gerencial estiverem
comprometidas com seus objetivos.
W. Edwards Deming ficou conhecido pela sua filosofia de gestão que estabelece
qualidade, produtividade e posição competitiva. Como parte desta filosofia, ele formulou
14 pontos de atenção para os gerentes. Alguns destes pontos são mais apropriados para
o Gerenciamento de Serviços do que outros, por exemplo:
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Para a melhoria de qualidade, Deming propôs o Ciclo (ou Círcuilo) de Deming. Os quatro
estágios-chave são: planejar, fazer, verificar e agir (em inglês: plan, do, check, act –
PDCA).
Após cada fase consolidada, é usado um círculo que irá girando sobre a rampa conforme
ilustrado na figura abaixo. A consolidação de cada fase possibilita à organização tomar as
lições aprendidas e assegurar que o aperfeiçoamento continuará embutido no processo.
Freqüentemente, uma série de aperfeiçoamentos tem sido realizada nos processos que
irão requerer documentação (tanto para permitir que o processo se torne repetível como
para facilitar o alcance de alguma forma de um padrão de qualidade).
Melhoria contínua
passo-a-passo Alinhamento da
TI
com o negócio
Nível de maturidade
Plan (Planejar)
Do (Executar)
A P Check (Auditar)
Act (Agir)
C D Aperfeiçoamento
contínudo de
qualidade
Consolidação do
nível alçado
Escala de tempo
Padrões de Qualidade
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Um dos padrões mais utilizados é o ISO 9001. Ele é aplicado às indústrias envolvidas no
projeto, desenvolvimento, produção, instalação e assistência técnica de produtos ou
serviços. Os padrões se aplicam uniformemente a qualquer empresa de qualquer
tamanho.
Um guia mais detalhado sobre isto pode ser obtido a partir do livro Quality Management
for IT Services – ISBN 0-11-330555-9. Este livro tem como foco primário adequar os
serviços de TI com a ISO 9001.
O EFQM (European Foundation for Quality Management) foi fundado em 1988 por
presidentes das 14 maiores empresas e foi endossado pela Comissão Européia. O grupo
de associados atual excede mais de 600 organizações das mais respeitadas, desde
multinacionais a empresas nacionais importantes até renomados institutos de pesquisas
de universidades européias.
O EFQM fornece um modelo para aqueles que desejam alcançar a excelência nos
negócios através de um programa de aperfeiçoamento contínuo.
Missão do EFQM
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Neste modelo existe um foco explícito no valor para os usuários do ciclo PDCA (Plan-Do-
Check-Act) em suas operações de negócio.
1. Orientação ao produto
2. Orientação ao processo (o estágio de maturidade focado originalmente pela ITIL)
3. Orientação ao sistema (o target da maturidade para organizações aderentes à ITIL
no novo milênio)
4. Orientação à cadeia (de relacionamentos)
5. Qualidade total
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Bibliografia
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