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1. DELIMITAÇÃO TEMÁTICA.
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Art. 3º. O Curso de Graduação em Direito constitui-se dos seguintes Eixos de Formação:
(...)
§ 1º. As matérias, áreas de estudos e disciplinas componentes do Eixo de Formação Fundamental são
denominadas de Teorias do Direito e da Sociedade, de caráter propedêutico e visam integrar o estudante no
campo do saber jurídico, estabelecendo as relações do Direito com outras áreas do conhecimento, conforme
discriminação anexa.
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3. REFERENCIAL TEÓRICO
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Como usei a palavra “progresso” várias vezes, será melhor garantir que não
serei visto como um crente na lei histórica do progresso. Na verdade, já tive
várias oportunidades de atacar essa crença e sustento que mesmo a ciência
não está sujeita a qualquer coisa parecida. A história da ciência, como a
história de todas as ideias humanas, é feita de sonhos irresponsáveis, de erros
e de obstinação. Mas a ciência é uma das poucas atividades humanas –
talvez a única – em que os erros são criticados sistematicamente (e com
frequência corrigidos). Por isso, podemos dizer que, no campo da ciência,
aprendemos muitas vezes com nossos erros; por isso, podemos falar com
clareza e sensatez sobre o progresso científico. Na maior parte dos outros
campos de atividade do homem, ocorrem mudanças, mas raramente há
progressos – a não ser em uma perspectiva muito estreita de nossos objetivos
neste mundo. (POPPER, 1981, p. 242).
Nessa esteira, Popper pode ser muito útil em se tratando de uma proposta para
repensar o ensino de Direito. Tal fato não foi ignorado pelo Prof°. Horácio Wanderlei
Rodrigues que entreviu no racionalismo crítico popperiano a oportunidade de inserir uma
didática de ensino-aprendizagem do Direito com foco na resolução de problemas, e não tão
somente na proposta de memorização dos conteúdos ministrados, mesmo interdisciplinares.
Conforme este Autor o método EARP (método de ensino–aprendizagem pela
resolução de problemas) parte:
(...) nossa educação intelectual, assim como nossa educação ética, é corrupta.
É pervertida pela admiração do brilho, do modo por que são ditas as coisas,
o que toma o lugar de uma apreciação crítica das coisas que são ditas (e das
coisas que são feitas). (POPPER, 1998, p. 44).
Tal construção poderia se dar à partir de eixos temáticos, à maneira dos “temas
geradores” freiriano (FREIRE, 1987), que delimitariam problemas multidimensionais, nos
quais aluno e professor poderiam discutir as teorias e hipóteses existentes, que objetivam
solucionar os problemas oriundos da prática jurídica.
Nesse raciocínio Rodrigues (2010, p.51):
5) REFERÊNCIAS
BOTERO, Mónica Aristizábal, DUQUE, Carlos Emilio García. Cómo usar la epistemología
crítica de Popper para mejorar los procesos pedagógicos en la enseñanza del derecho.
Opinión Jurídica, n° 11 (Jan.-Jun), 2012.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. 17°ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.
POPPER, Karl R. A sociedade aberta e seus inimigos. Belo Horizonte: Itatiaia; São Paulo:
EDUSP, 1998.
RODRIGUES, Horácio Wanderlei. A ciência do Direito pensada a partir de Karl Popper. Rev.
Intuitio, Porto Alegre/RS, p. 10-15, v. 2, n° 2, out. 2009.
WARAT, Luis Alberto. Saber crítico e senso comum teórico dos juristas. Revista Sequência,
Florianópolis, Santa Catarina (UFSC), p. 48-57, Ano 03, n. 05, 1982.
WARAT, Luis Alberto. Sobre la dogmática jurídica. Revista Sequência, Florianópolis, Santa
Catarina (UFSC), p. 33-55, Ano 01, 2° Semestre, 1980.